INTERBUSS ANO 2 • Nº 68
30 de Outubro de 2011
SUCESSO!
7º INTERBUSS CITY TOUR
REVISTA
GRANDES OF-1721 X K270 X B12M EMBATES NO ÚLTIMO EMBATE!
GRANDES EMBA
As mais tradicionais mon defendidas por fãs e estudio
CONHEÇAM A PROGRAMAÇÃ Encerramento 06 de Novembro Pela MERCEDES-BENZ CLAITON REIS
Pela SCANIA
WILSON ROBERTO DEGRESSI MÍCCOLI
Pela VOLVO FÁBIO VARGAS
ATES INTERBUSS
ntadoras do Brasil sendo osos em um debate inédito
ÃO DOS PRÓXIMOS EMBATES ATENÇÃO: A PRÓXIMA EDIÇÃO SERÁ PUBLICADA NORMALMENTE NO DOMINGO, DIA 6 DE NOVEMBRO. NÃO PERCAM! REVISTA
INTERBUSS
Informação com responsabilidade
NESTA EDIÇÃO: 48 PÁGINAS
BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS
GRANDESEMBATESINTERBUSS
OF-1
Leves e pesados, lado a lado, no últim
Victor Hugo Guedes Pereira comenta sobre o OF-1721 da Mercedes. Tiago de Grande defend Novacki fala do B12M da Volvo no quarto e último embate de chassis da Revista InterBuss
| 7º InterBuss City Tour
| A Semana Revista
Ônibus da Novo Horizonte pega fogo na cidade de Brumado, na Bahia
SUCESSO TOTAL!
Passageiros relatam que motoristas já reclamavam da condição de um dos pneus há algum tempo
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| A Semana Revista
Belém espera implantação do Bilhete Único no transporte Apesar de já ter sido prometido e assinado há cerca de cinco meses, não houve a implantação do sistema nos ônibus da cidade
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O 7º InterBuss City Tour, que aconteceu no último sábado em Campinas, foi um enorme sucesso. Os mais de 40 participantes elogiaram a organização do Portal InterBuss e da Itajaí Transportes
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ANO 2 • Nº 68 • DOMINGO, 30 DE OUTUBRO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 23h28(4ª)
1721 X K270 X B12M
mo embate Páginas 30 a 45
EDITORIAL
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Gratuidades e a tarifa
A SEMANA REVISTA
7
As notícias da semana no setor de transportes
DEU NA IMPRENSA
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As notícias da imprensa especializada
COLUNISTAS William Gimenes
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O hobby ontem e hoje
COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz
14 COLUNISTAS José Euvilásio Sales Bezerra O City Tour em Campinas 15
Relíquias da Pássaro Marron II
AS FOTOS DA SEMANA
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As fotos que foram destaque na semana
COLUNISTAS Luciano Roncolato
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Despedida
de o K270 da Scania e Matheus s. Confira os ótimos textos!
| Colunista - L. Roncolato
PÔSTER Tiago de Grande
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Caio Millennium II
7º INTERBUSS CITY TOUR
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Sucesso total!
Última coluna traz SEU MURAL 28 análise do hobby e A seção especial do leitor Adamo Bazani abre a caixa-preta COLUNISTAS Pós-venda é fundamental 46 do InterBuss Obs: Excepcionalmente, o Diário de Bordo não é publicado nesta edição Leitor conhecerá todos os detalhes operacionais do Portal e da Revista InterBuss
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| Deu na Imprensa
Promessa do Diesel S-50 para comércio não saiu do papel
Petrobras continua fazendo distribuição ainda em caráter experimental para poucas empresas. Mercado espera
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ESPECIAL 7º INTERBUSS CITY TOUR
As Fotos da Semana - Especial City Tour ........................ 16 InterBuss City Tour é um sucesso ................................... 26 Seu Mural Especial - Cenas do City Tour ........................ 28
GRANDESEMBATESINTERBUSS
Mercedes-Benz OF-1721 Por Victor Hugo Guedes Pereira
30 a 33
Por Tiago de Grande
34 a 39
Por Matheus Novacki
40 a 45
Scania K270
Volvo B12M
A NOSSA OPINIÃO | Editorial
As gratuidades que tanto encarecem a tarifa de ônibus Uma das grandes mazelas dos sistemas de transporte no Brasil são a evasão de tarifa e as gratuidades. As decisões políticas que circundam as isenções de tarifa acabam atrapalhando investimentos mais incisivos e, consequentemente, a melhora dos sistemas. O Brasil é um dos poucos países que concede gratuidades no transporte. No fim, todos os usuários é que acabam pagando por isso pois esses valores acabam rateados entre todos os demais passageiros, encarecendo a passagem. Na maioria dos casos, essa gratuidade ou desconto que é dado para algumas classes da sociedade, como estudantes por exemplo, deveria ser subsidiado pelo poder público. As prefeituras deveria passar para as empresas concessionárias e/ou permissionárias os valores correspondentes a essas passagens. Porém, como sabe-se, elas nunca têm dinheiro e acabaram embutindo esses valores nas passagens dos demais. Caso houvesse o pagamento desse subsídio às gratuidades e
aos descontos, o valor da tarifa poderia estar até 30% menor em todos os lugares. É uma situação complicada pois as prefeituras passam a operação do transporte (que é responsabilidade delas) para empresas privadas alegando que não têm recursos, embutem leis municipais (entre elas as das gratuidades, atualmente já em âmbito federal) e não dão suporte nenhum. Em alguns casos é até cobrado uma taxa das empresas operadoras (como a EMTU de São Paulo que cobra o RESEGE das empresas operadoras das linhas sob sua jurisdição). Esse caso da EMTU beira o absurdo, pois quanto maior o ônibus nas linhas,maior é a taxa a ser paga. Ou seja, as empresas acabam adquirindo veículos menores para linhas de grande demanda a fim de evitar o pagamento de taxas mais altas, já que não há a exigência da gerenciadora (no caso a EMTU) de determinados tipos de veículos para certas linhas. O poder público também deve ser responsável pelo fornecimento de infra-es-
REVISTAINTERBUSS Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bonome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Anderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos a Tiago de Grande, Victor Higo Guedes Pereira e Matheus Novacki pelos textos dos embates e a Gustavo Bayde pela cessão de fotos. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor
de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem
trutura para a operação de sistemas de transporte. Seja um complexo corredor ou um sistema viário enorme, seja o simples pavimento de uma rua, isso é responsabilidade das prefeituras ou dos governos estaduais. Com as licitações que estão correndo por todo o Brasil por força de uma lei federal que exige que todo o serviço concessionado público deve ser licitado, até essas responsabilidades estão sendo repassadas para as empresas. Na cidade de Hortolândia mesmo, onde sequer houve a licitação ainda, a empresa operadora local se viu obrigada a pavimentar todas as ruas onde seus ônibus operam, já que a inércia da prefeitura foi tão grande que a iniciativa teve que partir da própria empresa permissionária, o que é um grande absurdo. Há casos em que até terminais estão sendo construídos pelas empresas, pois as prefeituras alegam não ter dinheiro em caixa para fazer obras assim. Os nossos políticos deveriam deixar de pensar um pouco em si mesmos e nas eleições que disputam para ver melhorias para o transporte, como por exemplo a redução de impostos e de taxas, a fim de compensar os gastos excessivos das viações, ao invés de criar leis que cada vez mais oneram o transportador e o transportado.
Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.
DE 24 A 30 DE OUTUBRO DE 2011
A SEMANA REVISTA Piauí
TCE propõe licitação para o transporte urbano de Teresina CidadeVerde.com
Reajuste de tarifa gerou reação do Tribunal de Contas do Estado, que vai auditar a planilha de custos do sistema • CidadeVerde.com contato@j.com.br
O Tribunal de Contas do Estado do Piauí divulgou um relatório sobre a situação do transporte de ônibus em Teresina. O TCE indicou três auditores fiscais de controle externo para acompanhar a auditoria feita sobre a planilha de custo apresentada pelas empresas de transporte coletivo do município: Hamifrancy Brito Menezes, Teresa Cristina de Jesus Guimarães Moura e Irlane de Castro Leite, e o trio propôs, entre outros pontos, a licitação, o monitoramento e a integração das linhas de ônibus na capital. Segundo nota divulgada pelo TCE, durante a execução dos trabalhos, a Comissão Especial verificou os dados constantes da planilha de cálculo tarifário referentes ao mês de maio de 2011, além de documentos contábeis referentes aos exercícios 2009 e 2010. O valor da tarifa é determinado com base no custo total do serviço de transporte coletivo e na quantidade total de passageiros transportados em um mesmo período. O custo final envolve o somatório de custos fixos (ex.: salários de motoristas e cobradores), variáveis (ex.: combustíveis e lubrificantes) e tributos (ex.: ICMS sobre o combustível). Dentre os principais resultados encontrados, ressalte-se que a tarifa apresentada na planilha de maio de 2011, no valor de R$ 2,1444 (dois reais e catorze centavos), após a auditoria de caráter amostral, apresenta o valor de R$ 2,1060 (dois reais e dez centavos), referente ao mês de maio de 2011. De acordo com o TCE, a redução foi possível porque foram encontrados valores diferentes das notas fiscais e na planilha em relação aos pneus e número de recapagens, diferenças no tipo e valores do lubrificante, revisão do número de passageiros e da quilometragem mensal, reajuste de 8,3% da remuneração da diretoria, aumento para 3 do número de recapagens e aumento da vida
REVISTAINTERBUSS •30/10/11
PROTESTO • Aumento de tarifa gerou manifestações em Teresina; ônibus foram pichados útil de pneu para 120 mil quilômetros. Sugestões A equipe do TCE-PI apresentou sugestões técnicas, dentre as quais: • integração entre linhas (física – via terminal físico, e temporal – via bilhetagem eletrônica); • otimização da rede de transportes (adequação da oferta de serviço de ônibus à demanda dos usuários, com redução da quilometragem não útil); • melhoria nos abrigos das paradas de ônibus (infra-estrutura adequada a demanda de usuários e as condições climáticas locais); • construção de corredores exclusivos para o tráfego de ônibus; • desoneração fiscal sobre os principais itens de composição do custo da tarifa (ex.: ICMS do Diesel); • monitoramento da operação da frota de ônibus via central de controle (ex.: Circuito fechado de TV, GPS, GPRS e telemetria para determinar coeficientes de consumo realis-
tas, bem como prover maior segurança aos usuários); • implantação de sistemas de informação para o usuário (ex.: Uso de SIG para prover informações sobre o horário de passagem de veículos via celular e/ou internet); • combate constante e intensivo a fraudes em meia passagem e gratuidades concedidas (ex.: bilhetagem eletrônica com leitura biométrica); • concessão do serviço de transporte urbano por meio de licitações fundamentadas em termos de referência tecnicamente consistentes e transparentes; • capacitação física e técnica para a gestão do sistema de transporte por parte do Administração Municipal Segundo os profissionais do TCE, caso sejam implantadas as sugestões mencionadas, sobretudo a desoneração tributária e redução do percentual de meia-passagem, através de fiscalização, e gratuidade de 32% para 25%, o valor da tarifa poderia cair para de R$ 1,95.
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A SEMANA REVISTA Incidente
Divulgação
Ônibus da Novo Horizonte pega fogo em Brumado
Novidade
Recife vai equipar ônibus com GPS • Jornal do Commercio
180graus@180graus.com.br Três mil ônibus do Sistema de
INCÊNDIO • Fogo destruiu todo o veículo; parte das bagagens também foram perdidas
• Correio da Bahia terra@terra.com.br
Um ônibus intermunicipal da empresa Novo Horizonte pegou fogo durante uma viagem que ia de Porto do Rosário a Olivença, na madrugada da última quintafeira (27), na BR-030, nas proximidades do município de Brumado, a 654 km de Salvador. Segundo Fábio Matos Fernandes, no momento do acidente, havia cerca de 15 passageiros no ônibus. “Desde do começo do percurso, eu vi o motorista, o cobrador e um fiscal da empresa conversando sobre a má condição de um dos pneus, mas ainda assim, continuaram viagem”, explicou Fábio. De acordo com o passageiro, um caminhoneiro sinalizou para o motorista que havia fumaça saindo de um dos pneus traseiros do ônibus. Quando os passageiros desceram do ônibus, o pneu estourou e começou a pegar fogo. “O extintor de incêndio do ônibus não funcionou e o caminhoneiro cedeu o extintor do caminhão, mas isso não foi o suficiente”, explicou o passageiro. Alguns dos passageiros conseguiram recuperar a bagagem, mas parte das malas que estavam próximas ao pneu foram incendiadas.
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De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, o ônibus ficou completamente incendiado e o motorista foi orientado a prestar queixa sobre o ocorrido no posto da PRF em Brumado. Segundo o site Brumado Notícias, uma caminhão pipa foi utilizado para conter as chamas. Os passageiros esperaram por cerca de uma hora na estrada por um ônibus que os levou para uma espécie de terminal rodoviário em Brumado e, dali foram relocados para um outro veículo da empresa Novo Horizonte. “Depois de cerca de meia hora a caminho de Vitória da Conquista, o motorista teve que interromper a viagem por causa de um superaquecimento no radiador e esperamos por quase uma hora para que chegasse o quarto ônibus”, explicou Fábio. Fábio, que é professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e utiliza os serviços de ônibus entre os municípios baianos, afirmou que é comum este tipo de acidente nas estradas. “Alguns colegas já passaram pela mesma situação e é comum a falta de manutenção dos ônibus, além do excesso de velocidade nas madrugadas”, concluiu o passageiro.
Transporte Público da Região Metropolitana do Recife (RMR) serão equipados com GPS (Sistema de Posicionamento Global) para que sejam fiscalizados, em tempo real, a posição, localização, velocidade e tempo de viagem dos coletivos. O Governo do Estado anunciou também que vai reforçar o gerenciamento dos Terminais de Integração que fazem parte do Sistema Estrutural Integral (SEI). Na última terça-feira (25), o governador Eduardo Campos assinou a ordem de serviço para o início da instalação, às 12h30, no Palácio do Campo das Princesas. De acordo com a assessoria de imprensa do Governo, o novo sistema será implantado por um Consórcio formado pelas empresas pernambucanas Cittati, Midiavox e Cerpap. O investimento é de R$ 20 milhões. Quanto ao gerenciamento dos Terminais de Integração, serão contratados gerentes e gestores, selecionados por um Comitê de Busca, formado por representantes das Universidades Federal (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE) e técnicos do Grande Recife Consórcio de Transporte.
Na Consolação
Ponto de ônibus em SP terá Wi-Fi • Destak Jornal
180graus@180graus.com.br
Para tentar deixar a espera por ônibus na capital um pouco mais agradável para os passageiros, na quinta-feira começarão testes para que os pontos de ônibus se tornem interativos e sustentáveis, os e-pontos. O primeiro alvo da experiência será uma parada na Rua Consolação. O sistema contará com um painel interativo, uma lixeira que “aplaude” quando alguém joga lixo, um climatizador que tentará controlar o clima e umidade do local e iluminação que será ativada quando for detectada a presença de pessoas no ponto de ônibus. Outra novidade será a conexão Wi-Fi. O acesso à internet será restrito a informações do próprio ponto, mas já existem projetos para autorização de consultas a outros sites. A Tetis Engenharia e Tecnologia é a responsável pelo teste e usará painéis solares e dispositivos que captarão energia do movimento dos veículos para manter a operação do ponto sustentável.
30/10/11 • REVISTAINTERBUSS
Protesto
Ônibus quebra e é depredado em Manaus A Crítica
• A Crítica
revista@portalinterbuss.com.br
Alguns ônibus antigos que continuam circulando pela cidade estão tirando a paciência do usuário de transporte coletivo em Manaus. Na tarde da última quinta-feira (27), alguns passageiros que estavam no ônibus de placas LCG 4260 da linha 652 que cobre o itinerário V8- Constantino Nery ficaram revoltados com uma pane mecânica acontecida no veículo e depredaram o coletivo. O ônibus entrou em pane na Alameda Cosme Ferreira, Coroado, zona leste de Manaus, no sentido centro-bairro. O incidente complicou um pouco o trânsito na via até que o veículo fosse retirado. Quando a polícia chegou , o ônibus já estava parcialmente destruído. De acordo com informações do soldado Douglas Napoleão, da 11ª Companhia Interativa Comunitária ( Cicom), o veículo estava totalmente lotado e o motorista não conseguiu
REVOLTA • Ônibus articulado estava lotado na hora da pane e revoltou os passageiros identificar os autores da depredação. A domésti- com o veículo estando sem força. “ O ônibus ca Jane Figueira Araújo estava revoltada com começou a fumaçar, com a gente tudo dentro, a situação. “ A passagem subiu e o ônibus não com criança dentro. Tiveram sorte que iam dá condições para o passageiro. Quem sofre é a jogar gasolina para botar fogo, mas respeitaram gente que trabalha”, desabafou. Dona Jane tam- porque tinha criança no meio”, conta a passabém contou que o motorista do ônibus conti- geira. A ocorrência foi registrada no 11º Distrito nuou pegando passageiros nas paradas, mesmo Integrado de Polícia. Ninguém foi detido.
Espera
Belém ainda espera implantação do Bilhete Único nos ônibus • Diário do Parádgabc@dgabc.com.br
Passaram-se cerca de cinco meses desde que a prefeitura de Belém publicou o decreto que instituiu o sistema de Bilhete Único no serviço de transporte coletivo urbano e até agora a norma não saiu do papel. O sistema prevê que por duas horas o usuário pode usar o mesmo bilhete em vários ônibus. A Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) atribui a não implantação do sistema ao atraso da pesquisa que está sendo realizada pela Companhia para levantar a viabilidade da aplicação do serviço. O decreto previa que o sistema deveria estar funcionando em agosto. Em reunião na sede do Ministério Público do Estado (MPE), na tarde de ontem, com representantes dos usuários de transporte coletivo, CTBel e promotoria de Justiça de defesa do consumidor, ficou definido que a Companhia tem até o final de novembro para apresentar estes estudos. Por enquanto, o edital de licitação que iria definir a empresa responsável pela implantação do sistema foi revogado e o decreto prorrogado. O planejamento da CTBel não considera terminais de integração e não aponta como o Bilhete Único será implementado e comercializado. “Isso vai depender do resul-
REVISTAINTERBUSS • 30/10/11
tado dos estudos e da forma como a empresa responsável fará a infraestrutura necessária para implantar o serviço”, argumenta o diretor de trânsito da CTBel, Paulo Serra. REAJUSTE Após a reunião no MPE, Serra não quis falar sobre aumento de valores da passagem, mas, em entrevista ao jornal Diário do Pará, ontem pela manhã, cogitou a possibilidade de aumento em até 10% do valor atual da tarifa, que pode subir para até R$2,20. Na reunião, o presidente da Associação dos Usuários em Transporte de Passageiros do Estado do Pará (Assutpa), José Lago, apresentou outros pontos discordantes. “Como os usuários de Mosqueiro e Outeiro, por exemplo, conseguirão utilizar o bilhete se a duração das viagens demora mais de duas horas por causa do trânsito caótico e confuso de Belém”, disse, referindo-se ao tempo de uso da bilhetagem única estabelecido no decreto. Lago afirmou que os usuários precisam participar do processo de construção da instalação do sistema. “Onde será feita a recarga deste cartão? Em qual parte dos ônibus estará localizada a máquina que validará a passagem? Quanto isso vai custar ao bolso da população? Por que não abranger toda região metropolitana de Belém? São esses
pontos que não ficam claros e a CTBel só diz que está realizando os estudos”. Paulo Serra afirmou que as perguntas serão respondidas assim que ficarem prontos os estudos. “O Bilhete Único é uma integração temporal. Nossas pesquisas apontaram cerca de 20 pontos de transbordamentos e nosso pessoal está avaliando o sobe e desce de passageiros em toda cidade. Por enquanto, só podemos afirmar que reunimos com representantes de todas as prefeituras dos municípios que compõem a grande Belém e solicitamos que os mesmos estudos fossem realizados nestas localidades para só então pensarmos em ampliar o projeto”. A CTBel justifica, ainda, que o atraso na entrega dos relatórios da pesquisa se deu em virtude das férias de julho, considerado pelo diretor como um mês atípico, quando o fluxo de pessoas na cidade diminui, o que, segundo ele, comprometeria a pesquisa. “Estamos em fase final”, afirma Serra. O universitário Haroldo Garcia, 28 anos, espera ansioso pela implantação do sistema. Subindo e descendo de ônibus é que ele faz o trajeto casa/faculdade/trabalho/casa, diariamente. Para conseguir chegar ao final da maratona, o rapaz pega seis ônibus. “Em dias movimentados pego até dez ônibus. É um gasto enorme”.
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A SEMANA REVISTA Mudanças
• G1
terra@terra.com.br
O tráfego na Zona Portuária e no Centro do Rio passou por mudanças desde sábado (29), devido à segunda fase das obras do projeto de revitalização do Porto Maravilha. A avenida Primeiro de Março e a Rua Camerino serão interditadas pela CET-Rio, para circulação de qualquer tipo de veículo. Por isso, as linhas que circulam por essas vias terão seu itinerários e pontos de embarque e desembarque modificados. O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) já comunicou às empresas de ônibus sobre a mudança. As vans intermunicipais que circulam pelo local também já foram avisadas sobre a mudança de itinerário, mas o ponto final permanece sem alteração. Assim, os coletivos deixam de passar pela Rua Camerino, entre as ruas Barão São Félix e Sacadura Cabral. Com a alteração, os passageiros poderão embarcar e desembarcar na Avenida Venezuela, próximo a Camerino, e na Visconde de Inhaúma, na altura da Rua da Conceição. Já na avenida Primeiro de Março, o trecho fechado será entre a Praça de Ladário e a Rua Dom Gerardo. Assim, os usuários que utilizam estas linhas terão que embarcar e desembarcar na Visconde de Inhaúma, na altura da Candelária. Fiscais do Detro estarão no local ao longo da semana para orientar os passageiros sobre as mudanças determinadas pela Prefeitura. As linhas serão organizadas da seguinte forma: Linhas de ônibus que circulavam pela Avenida Primeiro de Março: Castelo Nova - Friburgo; Araruama - Castelo (via RJ-106); Castelo - Saquarema (via RJ-106); Castelo - Magé, Duque de Caxias - Praça XV (via Presidente Vargas); Castelo - Coelho da Rocha; Passeio - Duque de Caxias (via Vigário Geral); Castelo - Duque de Caxias (via 25 de Agosto); Castelo - Duque de Caxias (via Itatiaia / 25 de Agosto), Cabuçu - Castelo (via Plínio Casado), Castelo - Santa Sofia (via Universidade Rural); Castelo - Itaguaí; Nilópolis - Passeio (via Parada de Lucas); Castelo - Rio Bonito; Castelo - Vilar dos Teles; Castelo - Éden; Maricá - Castelo; Ponta Negra - Castelo; Castelo - Mangaratiba. Itinerário anterior: Primeiro de Março; Rua Dom Gerardo; Avenida Rio Branco; Praça Mauá; Avenida Rodrigues Alves; Itinerário a partir de 29/10: Primeiro de Março; Rua Visconde de Inhaúma; Avenida Rio Branco (mão dupla); Praça Mauá; Avenida Rodrigues Alves; Nova Iguaçu - Praça XV; Praça XV - Rio Bonito;
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Gustavo Bayde
Obras na Zona Portuária do Rio muda linhas de ônibus
OBRAS • Pontos de ônibus da Avenida Rodrigues Alves sofrerão mudanças Cachoeiras de Macacú - Praça XV (via BR-101); Avenida Passos; Niterói - Praça XV; Castelo - Niterói; Passeio - Piabetá; Nova Iguaçu - Castelo (via Plinio Casado) e Nova Iguaçu - Castelo (via Vila Nova). Itinerário anterior: Avenida Alfredo Agache (Praça XV - Passagem Subterrânea); Avenida Presidente Itinerário anterior: Avenida Rodrigues Alves; Rua Vargas; Rua Visconde de Itaboraí; Rua Dom Ge- Silvino Montenegro; Avenida Venezuela; Averardo; Praça Mauá; Avenida Rodrigues Alves; nida Barão de Tefé; Rua Camerino; Avenida Passos; Avenida Presidente Vargas; Itinerário a partir de 29/10: Avenida Alfredo Agache (Praça XV - Passagem Subterrânea); Itinerário a partir de 29/10: Avenida Rodrigues Avenida Presidente Vargas; Rua Visconde de Alves; Rua Sousa e Silva; Avenida Venezuela; Itaboraí; Rua Visconde de Inhaúma; Avenida Rio Praça Mauá; Rua Acre; Marechal Floriano; AveBranco (mão dupla); Praça Mauá; Avenida Ro- nida Passos; Avenida Presidente Vargas. drigues Alves. Vans que circulavam pela região portuária: Linhas de ônibus que circulavam pela rua Cam- Itinerário anterior: Avenida Rodrigues Alves; erino: Rua Sousa e Silva; Avenida Venezuela; Avenida Passeio - São Gonçalo, Alcântara - Passeio (via Dr. Barão de Tefé; Rua Barão de São Félix; Rua CamMarch), Passeio - Duque de Caxias (via Vigário erino; Avenida Marechal Floriano; Rua Visconde Geral), Nova Iguaçu - Castelo (via Plínio Casado) da Gávea; Avenida Presidente Vargas; Terminal e Nova Iguaçu - Castelo (via Vila Nova); rodoviário Procópio Ferreira; Itinerário anterior: Avenida Rodrigues Alves; Avenida Barão de Tefé; Rua Camerino; Avenida Passos; Itinerário a partir de 29/10: Avenida Rodrigues Alves; Rua Sousa e Silva; Avenida Venezuela; Praça Mauá; Rua Acre; Rua Marechal Floriano;
Itinerário a partir de 29/10: Avenida Rodrigues Alves; Avenida Professor Pereira; Rua Santo Cristo; Viaduto São Pedro; Avenida 31 de Março; Rua Benedito Hipólito; Rua General Caldwell; Rua Moncorvo Filho; Praça da República; Avenida Presidente Vargas; Terminal rodoviário Procópio Ferreira.
30/10/11 • REVISTAINTERBUSS
Santa Teresa
Micro-ônibus vão operar no lugar de bondes a partir do próximo dia 7 • G1
terra@terra.com.br
A Secretaria Municipal de Transportes anunciou, na tarde da última quinta-feira (27), que as duas linhas de ônibus que vão substituir os bondes de Santa Teresa, no Rio, entram em operação no dia 7 de novembro. Eles têm capacidade para 35 passageiros e a passagem vai custar R$ 0,60. Resolução publicada no Diário Oficial do Município nesta quinta definiu os parâmetros de operações das duas linhas circulares, a SE 006 (Silvestre-Castelo) e SE 014 (Paula Matos-Castelo) (circular), que vão atender aos moradores do bairro, que não contam mais com os trens desde o acidente de agosto, em que seis pessoas morreram e mais de 50 se feriram. Nesta quinta-feira, faz dois meses em que ocorreu o acidente. A medida que criou as linhas de ônibus foi decretada pelo prefeito Eduardo Paes, no Diário Oficial do município, no início do mês. O serviço terá duração de um ano e seis meses. Atualmente o bairro de Santa Teresa é atendido por outras duas linhas de ônibus e um serviço noturno. Diretor exonerado do cargo O diretor de operações dos bondes
LAYOUT •Veículos que vão operar no lugar dos bondes terão nova comunicação visual que circulavam em Santa Teresa, no Centro do se acidentou. Peritos apontaram que o veículo Rio, Fábio Tepedino, foi exonerado do cargo tinha 23 falhas. pelo presidente da Central, Eduardo Macedo Em nota enviada no dia 2 de setemtambém no início do mês, logo após a divul- bro, Tepedino afirmou considerar tanto os gação do laudo da perícia sobre o bonde que bondes antigos quanto os reformados seguros.
Rio de Janeiro
Ônibus pega fogo na Avenida Brasil R7
• R7
terra@terra.com.br
Um ônibus da Viação Expresso Pégaso pegou fogo na tarde desta quartafeira (26) na avenida Brasil, via importante que liga o centro do Rio de Janeiro aos bairros da zona norte da cidade. Segundo o Centro de Operações da prefeitura, três faixas foram interditadas no sentido zona oeste, na altura de Parada de Lucas. Embora as vias já tivessem sido liberadas, o fluxo de veículos foi grande e a região seguia com retenção. Na última terça-feira (25), ao menos duas pessoas ficaram feridas depois que um caminhão pegou fogo na avenida Rio de Janeiro, na zona portuária da capital. Os feridos foram encaminhados para o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro.
REVISTAINTERBUSS • 30/10/11
SINISTRO •Veículo sinistrado do Expresso Pégaso atrapalhou o trânsito na Avenida Brasil
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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA
DEU NA IMPRENSA Transpo Online
• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
O anúncio de Waldey Sanchez como presidente da International Caminhões teve um efeito positivo que vai muito além da conhecida competência do executivo como gestor. Serviu como endosso e divisor entre águas revoltas e, agora, águas bem mais tranquilas. As respostas começam a aparecer, tranquilizando rede e outros parceiros. A apresentação de Imprensa na Fenatran deu boa medida disso quando Sanchez, dispensando parafernália eletrônica de áudio e vídeo, deu a cara para bater e encarou a audiência com coragem e um simples microfone. Já é voz geral na Fenatran que a melhor das posturas entre os newcomers foi protagonizada pela DAF que, de uma só vez, anunciou nomes, projeto, produtos e estratégias, permitindo que os interessados se posicionem e se planejem. A International, uma vez que o nome NC² deve se restringir ao âmbito puramente administrativo, pagou várias dívidas em informação, assumidas desde o primeiro anúncio de sua chegada ao Brasil. A rigor, falta apenas indicar o local da fábrica. De qualquer modo, o início da produção está prometido para 2013. Enquanto isso, a marca espera vender 3 mil caminhões em 2012, sendo 60% da linha 9800i. Marcelo Maceira, diretor de Vendas, comentou, em termos de NC², que “os rumos da organização global, sem a Caterpillar, é questão em análise”, mencionando até que pelo padrão dos contratos entre empresas americanas, isso daria ainda muito trabalho aos advogados, apenas para redigir os termos corretos. “A saída da Caterpillar não altera nada nas características do projeto da fábrica, por exemplo”, diz. Ou seja, tempo ao tempo. Mas um primeiro reflexo disso já pode ser sentido na Fenatran: toda a comunicação da companhia está centrada na
MERCADO • Esclarecimentos sobre movimentações na Navistar acalmaram o mercado marca International, claramente predominando de cabine avançada. A International diz estar sobre NC², Caterpillar e Navistar. perfeitamente ciente de que o Brasil segue pa Lição de casa - Alguns erros do pas- drões europeus em legislação e costumes, mas sado, no entender de Maceira, estão sendo defende seu DuraStar como produto de nichos, evitados. Assim, o escritório principal da com- adequado a aplicações urbanas ou pelo interior panhia está sendo montado em São Paulo, bem do país, em estradas de reconhecida baixa qualipróximo às instalações da MWM. E um dealer dade. O produto já chega com índice de nacioimportante na região está quase operacional, nalização enquadrado no Finame. O exemplo localizado à beira da Via Dutra, parte de pro- da Mercedes, com seu 1620, sempre vem à tona cesso que almeja atingir participação de 10% nessa discussão, como reforço de argumento. em seu mercado competitivo e estar entre as A Fenatran foi muito bem aproveitada cinco maiores montadoras em cinco anos. Por pela International. Que o diga o pessoal de fáfalar em rede, a companhia promete 25 casas ao brica encarregado de visitar dealers em algum final de 2012 e 80 quando a linha de produtos treinamento ou negociação, agora bastante otiestiver completa. mista. Certamente, devem parar as perguntas A escolha de um produto de cabine como uma em especial, feita por um supervisor tradicional para a faixa dos semipesados é de vendas: “Como vocês esperam que a gente explicada por Maceira com a máxima natu- convença um cliente a comprar de uma comralidade. “É o que temos agora”, diz, mas re- panhia que não tem nem presidente?” Bom, forçando compromisso de desenvolver opções problema resolvido.
Transpo Online
Cadê o Diesel S-50 prometido pela Petrobras? • Do site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
Durante a Fenatran 2011, a Petrobras organizou duas palestras diárias com o intuito de prestar esclarecimentos acerca do novo Diesel S-50, que está sendo distribuído – em frotas cativas de São Paulo e do Rio de Janeiro – desde janeiro de 2009. No encontro, a empresa demonstrou a dificuldade que encontrou em diminuir os níveis de material particulado e NOx na queima do combustível, uma vez que o antídoto de um
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e de outro são opostos. Segundo a Estatal, cerca de 50% da frota brasileira ainda é “Euro 0”. Por esse motivo, a estratégia da Petrobras para a substituição do combustível deve depender da renovação do equipamento. Contudo, a projeção da empresa é otimista sobre a entrada decisiva de novas tecnologias de combustível no mercado. É fato de que não haverá uma grande frota Euro V operando em 1º de janeiro de 2012. Porém, a economia está aquecida e a indústria de caminhões tem registrado demandas de aproxim-
adamente 200.000 unidades por ano, o que é um volume muito grande. A pergunta que fica no ar é: será que a nova frota sofrerá com os problemas de abastecimento? Isso não foi respondido com clareza e o assunto “preço” não pode sequer ser comentado. Ou seja, apesar da palestra técnica, o mercado continua no escuro. E o tal do diesel Podium, será que ele é realmente o S-50 com outro nome, conforme o informado na coletiva de imprensa da Foton? Perguntas essas que serão respondidas no laboratório da vida real.
30/10/11 • REVISTAINTERBUSS
Divulgação
O esclarecimento da Navistar
COLUNISTAS William Gimenes williamcptm@gmail.com
O hobby ontem e hoje - as mudanças dos praticantes e outras notas
REVISTAINTERBUSS • 30/10/11
Norberto dos Santos Künzli
Para esta coluna semanal aqui na Revista Interbuss vou tratar de um tema diferente ao que eu trato habitualmente neste espaço. Vou aproveitar que nesta edição virá a última coluna “Hobby & Diversão” do Luciano Roncolato para fazer alguns comentários acerca do nosso hobby, mais ou menos em cima do que ele também costuma tratar aqui, agora sob o meu ponto de vista, que admito, é mais distante. Freqüento este hobby desde julho de 1999, quando comecei a tirar minhas primeiras fotos de ônibus urbano aqui em São Paulo. No ano seguinte passei a freqüentar o Terminal Tietê e Barra Funda para tirar fotos dos rodoviários e passei a conhecer algumas pessoas que ainda estão no hobby. Nessa época eu já freqüentava as listas de ônibus que existiam. Hoje tudo é muito mais fácil, temos milhares de sites importantes, além desta Revista que é um espaço único para condensar as informações sobre o meio sob a nossa ótica, além do Ônibus Brasil, que como conceito é um site excelente, ao abrigar as galerias de muitos colecionadores de várias partes do país em um único ambiente. Quando comecei havia uns 5 sites, máquina digital ainda era apenas um objeto importado, a maioria de nós usava uma máquina analógica profissional, da Zenit ou similar. Revelar um filme custava 17 reais. Vejo muita coisa errada neste hobby: a começar por esse pessoal que, como dizem alguns de nós que somos mais experientes, “respiram ônibus” e ficam o dia inteiro no Ônibus Brasil postando fotos e implorando a visita a sua galeria em diversas redes sociais. Gastam dinheiro só para ir fotografar, não conhecem nada das cidades em que visitam e viram motivo de piada mesmo aqui dentro do hobby e principalmente lá fora. Posso dizer isso porque já fui assim (até 2003) e sei como isto prejudicou a minha formação à época, principalmente no âmbito social. Hoje conheço mais de 800 cidades do Brasil e posso dizer que em muitas não cheguei a tirar nenhuma foto de ônibus, até tendo que apelar para fotos de colecionadores locais para ilustrar a minha coluna aqui na Revista. Foram os casos de Boa Vista, Porto Velho e Rio Branco. A última vez que viajei exclusivamente para tirar fotos de ônibus foi em 2005, na cidade de Campinas. Dali para a frente todas as minhas viagens foram para âmbito turístico e/ ou profissional, e em algumas vezes apenas uma pequena parte foi dedicada a busologia. Várias vezes encontrei-me no Tietê com pessoas de outras cidades que não sabiam nada
MANAUS • Veículos novos ainda rodam junto com os antigos, como o da foto sobre o município ou região do qual viviam. coisas que são absolutamente necessárias. Teve gente que não sabia nem o nome do seu Prefeito (o partido então, esquece!), “mas as *Na coluna anterior disse que o serviço de empresas de ônibus eu sei todas”, o que como voadeiras em Manaus seria interrompido por jornalista acho um absurdo mesmo para al- causa da abertura da Ponte Rio Negro. Dei guém com 15 anos de idade. uma informação incorreta. As mesmas con Outra coisa que irrita um pouco são tinuam, mas com 40% dos veículos e com os comentários no Ônibus Brasisl. Esse tal queda de 73% dos usuários. Os “catraqueiros” de “bela foto” e de chamar todo mundo de (motoristas das voadeiras) estão preocupados amigo, além do “ah sim”, “ah tá” e outras coi- com o futuro deste transporte. sas típicas de gente alienada me irrita profundamente. Apenas faço uma ressalva que este *Ainda Manaus: a Sinetram não recolheu os tipo de situação não é exclusivo da busologia, veículos novos, pelo menos 95% deles estão pois quando estou comentando algum jogo rodando normalmente. Dentro de 40 dias, diz de futebol o que pinta na minha timeline de a mídia local, chegam os primeiros Neobus “belo comentário”, “valeu!”, “hehehehehe” e BRT. É o fim dos articulados com sanfona etc. é incrível. Nada que acrescente de ma- rasgada, bancos soltos, sem tacógrafo e veneira sadia. locímetro e com velocidade máxima de 30 Há um outro aspecto que notei de km/h. Vou sentir saudade deles. 2010 pra cá e que chega a me revoltar um pouco. Dentro de nosso hobby, vejo que, para *Gostaria de parabenizar o amigo José Euvicriticar determinado colega ou grupo, usa-se lásio pela coluna dele que fala sobre as linhas do termo “busólogo” de maneira ofensiva. Já 8008, 8040 e os bairros de Jaraguá e Perus. cheguei a ver, em comentários na rede social Lembro quando fui ao bairro pela primeira Facebook, diálogos do tipo. “Não sou busólo- vez, em março de 90, ainda haviam muitos go, pois sou gente e sei ler e escrever”. Vejo locais desabitados. Predominavam os O-364 isso como algo totalmente desnecessário da Santa Brígida nas linhas dos bairros. e que não agrega em nada dentro do nosso meio. *Bela coluna do Fábio Tanniguchi sobre os Encerro essa coluna pedindo descul- celulares Android. Tenho um Galaxy 5, da pas se ofendi alguém com meus comentários Samsung, e recomendo a compra. e também parabenizar o Luciano por colocar o dedo na ferida nessa coluna dele. Posso não *Compromissos profissionais me impediram concordar com um ou outro ponto que o Lu- de estar no InterBuss City Tour 7, ocorrido ciano colocou, que talvez considere radical, no dia 29, em Campinas. Peço desculpas aos mas vejo como importante ter uma pessoa organizadores pela ausência, mesmo tendo experiente como ele para abordar algumas feito a inscrição.
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VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com
Pássaro Marron e suas relíquias - Parte II
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Marisa Vanessa N. Cruz
No capítulo de hoje falarei sobre esta segunda relíquia da Pássaro Marron, recentemente vendida para o Grupo Comporte. Vejam as fotos deste belíssimo Diplomata JO da São Jorge, ano 1974, prefixo 74. Impecável!! Parece ônibus que saiu da fábrica catarinense!! A Nielson na época concorria com a Marcopolo disputando o luxo e a grandeza pelos seus encarroçamentos. Pelo menos é uma das empresas que guardam esta relíquia dos anos 70, hoje peça valiosa de acervo. Com certeza ao ler este tópico, vocês me perguntam: O que seria esse modelo “JO”? Mesmo pesquisando durante a semana inteira, eu não consegui descobrir, agora se é uma alusão ao que seria o futuro “Jum Buss” eu já não sei. O Diplomata tinha vários modelos com o decorrer do tempo. Teve sua primeira produção em 1961, passando por inúmeras modificações até ser substituído em 1989 pela linha “El Buss”. A Nielson tinha uma excelente administração. Após mudar a logomarca para Busscar e passando pela morte do presidente da empresa, a empresa teve altos e baixos como todos sabem. Mas é importante rever o passado e as conquistas produzidas e realizadas pela família Nielson. A São Jorge foi fundada em 1954 por Pelerson Soares Penido, hoje com 93 anos. Comprou a Pássaro Marron 23 anos depois, cujos proprietários eram Affonso José Teixeira e Affonso de Carvalho Teixeira (este último falecido em setembro). Depois veio a Expresso Mantiqueira e a Litorânea. Em questão de décadas, a Pássaro Marron era a maior empresa rodoviária do Vale do Paraíba, até que este ano veio a venda para uma das maiores holdings em transportes rodoviários. Sim, foi um choque não só para mim mas foi para todos os entusiastas dessa amável empresa, que tinha uma administração independente voltada somente para aquela região. O outro fato é, apesar de ter um escritório no Terminal Rodoviário de Aparecida, seus ônibus são emplacados somente naquela cidade, o que a meu ver é uma forma de devoção à Padroeira do Brasil. Espero que essa saga continue nesta nova administração. E, além deste conservado ônibus que vocês viram, espero que o destino da empresa que fez este ônibus tenha sua continuação, mesmo sendo comprada por uma pequena ou média empresa cujo órgão Cade possa aprová-la. Na próxima edição, terminarei comentando sobre os monoblocos MercedesBenz da empresa. Deixo avisado que por
motivos profissionais, reservarei somente um evento para eu poder ir no último trimestre de 2011. Estarei na exposição paulista VVR (Viver, Ver e Rever) que acontecerá nos dias 26 e 27 de novembro (não garanto que irei também no segundo dia), e a partir de janeiro
RELÍQUIA • Diplomata JO ano 1974 da São Jorge foi apresentado aos visitantes da garagem da Pássaro Marron de 2012 voltarei às atividades presenciais pelo Brasil afora. Agradeço ao nosso colunista William Gimenes por ter gostado da minha matéria sobre o 70º aniversário da Expresso Brasileiro.
30/10/11 • REVISTAINTERBUSS
CIRCULANDO José Euvilásio Sales Bezerra je.sales@revista.portalinterbuss.com.br
Asteriscos – Notas e Comentários...
* QUINZE MINUTOS... – Sábado passado , cheguei às 6h50 da manhã à Rodoviária do Tietê, em São Paulo. Consegui passagem para o carro das 7h10, via Bandeirantes, com destino à Campinas pela Viação Cometa. Com um ligeiro atraso, o ônibus deixa o Terminal Rodoviário do Tietê. O carro não estava cheio. Peguei a poltrona 33, janela onde estava a “faixa” amarela do belo desenho do ônibus. O carro da vez era o 2206, um exExpresso Brasileiro. Aliás, depois de um começo onde ficaram apenas nas suas linhas de origem, os carros que vieram da EB começaram a ser distribuídos nas demais linhas da Cometa. Logo que o ônibus começou a viagem, estranhei que ele foi seguindo pela Marginal Tietê, sem parar. Não lembro de nenhuma viagem onde o ônibus tenha percor-
REVISTAINTERBUSS • 30/10/11
José Euvilásio Sales Bezerra
* HOBBY VIRTUAL - No último sábado, como já devem ter lido nas páginas desta edição, ocorreu a sétima edição do InterBuss City Tour. Foram mais de seis horas curtindo o hobby em sua plenitude: visitamos a garagem da Itajaí onde conhecemos a empresa e, quem quis, pôde aprender alguns detalhes técnicos interessantes de operação e manutenção, conversando com profissionais da empresa; passeamos no Mondego biarticulado pelas ruas de Campinas; paramos para uma sessão de fotos; e nos divertimos e confraternizamos. São iniciativas como esta que trazem um caráter mais humano ao hobby, coisa que ele parece estar perdendo. Hoje em dia, a “busologia” – por falta de termo melhor – está se tornando um hobby “virtual”: não só pelas fotos que enchem o mundo virtual como o fato dele estar sendo curtido virtualmente. Eu explico: quantas pessoas realmente andam de ônibus? Tudo bem que andar de ônibus não é barato, mas tem gente que adora dar “pitaco” sem nem ao menos ter posto o pé dentro de um. Descem a lenha na qualidade dos chassis e carrocerias sem nem ter andado no carro, como se o tato pudesse ser sentido a distância. Curtir o hobby é algo mais do que ficar postando fotos, fotos e fotos na internet. É ter o prazer de observar o mundo de dentro de um ônibus, sentir sua potência e conforto e ver o quanto este mundo é grande, diferente e fascinante... Parabéns aos amigos do Portal InterBuss, da Itajaí Transportes Coletivos Ltda e a todos que estiveram presentes. Todos tornaram o nosso 29 de outubro um sábado inesquecível e fascinante.
CITY TOUR • Caio Mondego bi-articulado da Itajaí, o ônibus do evento; Ônibus da Viação Cometa: São Paulo - Campinas com 15 minutos de parada na Marginal. rido um trecho tão grande sem paradas. No entanto, ao chegar ao km 6 da Marginal Tietê, ele parou para pegar passageiros. Parou para demorar a sair. Foram quase quinze minutos parado, esperando os passageiros subirem, pagarem e entrarem. A demora foi tanta que o carro seguinte, das 7h30, chegou e nos passou, sem a menor cerimônia. O ônibus onde eu estava chegou à Campinas às 9h00, pontualmente – e depois do ônibus das 7h30. É nessas horas que me pergunto sobre a real necessidade dessas paradas dentro da cidade de São Paulo. Pra quem pega no meio do caminho é uma boa, pois não paga condução até o Terminal Rodoviário do Tietê.
Mas, e pra quem vai até lá? É justo o ônibus rodoviário parar por quinze minutos apenas pra atender a comodidade de alguns enquanto outros, que se deslocaram até a rodoviária, se programaram, pagaram a taxa de embarque, são punidos chegando atrasados ao seu destino? Seria bom se a Artesp determinasse uma distância mínima da rodoviária ou do ponto inicial da linha para que a empresa começasse a pegar passageiros pelo caminho. Algo justo com quem se desloca até o Terminal Tietê, que, ao se programar, não precisaria levar em consideração as paradas pelo caminho.
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AS FOTOS DA SEMANA Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com | ESPECIAL 7º INTERBUSS CITY TOUR
FÁBIO TANNIGUCHI Caio Mondego LA Volvo B9SALF • Itajaí Transportes
DIOGO AMORIM Caio Mondego LA Volvo B9SALF • Itajaí Transportes
FELIPE ABILAC Caio Millennium II Volksbus 17.260EOT • Itajaí Transportes
BRUNO G. TAUBERT Busscar Urbanuss Pluss Volksbus 17.230 EOD • Itajaí Transportes
Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com | Fotos correntes da semana
LEANDRO DE SOUSA BARBOSA Marcopolo Torino 2007 MBB OF-1418 • Praiamar
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WELDER DIAS Marcopolo Torino 2007 Volksbus 17 230 EOD • São Miguel
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DIOGO AMORIM Busscar Urbanuss Pluss MBB O-500M • VB Transportes
DIOGO AMORIM Caio Apache Vip MBB OF-1722M • VB Transportes
GIOVANI ALENCAR Neobus Mega 2006 MBB OF-1418 • Onicamp Transportes
RAPHAEL MALACARNE Busscar Urbanuss Pluss Volvo B12M • Itajaí Transportes
GUSTAVO BAYDE Mascarello Gran Via Volksbus 17 210 EOD • Satélite
RICARDO BARBOZA DA SILVA JUNIOR Neobus Mega BRT Volvo B340M • Metrobus
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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolato roncolato@portalinterbuss.com.br
Um imbróglio sem fim e a análise final da despedida
Apesar de ter ocorrido fora da semana a qual esta edição corresponde, aproveito o momento para comentar o ocorrido na última terça-feira, dia 1º/11. Procurarei não apontar culpados porém na minha concepção todos têm uma parcela de culpa no imbróglio que se formou em torno de duas fotos publicadas na manhã desse mesmo dia no site Ônibus Brasil. Foram publicadas três fotos de um ônibus da empresa Lírio dos Vales acidentado. Uma das fotos mostrava o veículo com o para-brisa estourado, outra mostrava mais uma parte do carro e uma terceira imagem, a pior de todas, mostrava um caminhão tombado para a direita, e o ônibus envolvido no incidente era exibido bem distante. A impressão que deu é que o autor da foto quis fazer uma imagem com “paisagem”, colocando o objeto principal e mais importante (o ônibus) bem distante, valorizando a imagem ao seu redor. O problema é que se tratava de um acidente de trânsito, e desde quando acidentes são paisagens? Logo após a postagem da foto, começaram manifestações contrárias à postagem da mesma e vários pedidos à moderação para que apagassem a mesma. Rapidamente prints da foto foram espalhados pelo Facebook e os comentários começaram a crescer, tanto na rede social quanto na foto no site. Enquanto passava o tempo, todos
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estavam na expectativa de que a foto seria apagada a qualquer momento. Passadas mais de duas horas da postagem da imagem e a mesma permanecia no ar, foi postado um protesto elaborado por um usuário do site. Nele constava a foto ainda não apagada e os dizeres: Fotografar para o onibusbrasil.com - Você está fazendo isso errado! Foi aí que a confusão explodiu. Em cerca de uma hora essa foto-protesto ultrapassou os duzentos comentários. Houve duros ataques à moderação pelo fato da foto ainda não ter sido apagada, começou-se a pedir a substituição da moderação e ainda quem era contrário foi hostilizado. Para agravar a situação, começou um bate-boca entre alguns comentaristas que partiram para o lado pessoal. Paralelamente a esse rebuliço todo, as fotos printadas e postadas no Facebook também começavam a ganhar cada vez mais comentários. Enquanto isso, as duas fotos (o protesto e a original) continuavam no ar. A expectativa era a de que a foto-protesto acabasse indo para a “Foto da Hora”, nova seção criada no site para a foto mais vista nos últimos 60 minutos. As palavras de ordem dos usuários do site eram super pesadas, exigindo “eleições” para moderação, criticando muito a administração e até houve pedido para a volta de antigos moderadores. Cerca de uma hora depois, a foto-protesto foi apagada. Isso gerou uma revolta ainda
maior, pois o protesto foi deletado, junto com o bloqueio da conta do postante, enquanto a foto do acidente permanecia no ar. Por conta disso, as manifestações foram “transferidas” para essa imagem. O debate continuou pesado e prosseguia a hostilização de quem “ousava” defender o site. No Facebook também continuava a bagunça. Somente mais de meia hora depois é que essa e as demais fotos foram apagadas, junto com o bloqueio da conta do postante. A discussão continuou no Facebook e no Twitter, onde os colecionadores continuavam reclamando da moderação e de uma suposta parcialidade em algumas decisões. Mais tarde houve um princípio de tumulto mais uma vez, porém a moderação agiu rapidamente e o perfil falso foi bloqueado. Agora vamos analisar a fundo toda essa situação. Primeiro temos que por em mente que o site Ônibus Brasil é de acesso público, porém é particular. Cabe à administração tomar as decisões que norteiam o site. Pedir “eleições” para moderação não é algo correto. Cabe à administração do site decidir quem serão os moderadores e se eles estão correspondendo às expectativas da dinâmica do espaço. O Ônibus Brasil é um site muito grande e bem estruturado. O tamanho que ele tomou nos últimos tempos fez com que ele passasse a necessitar de mais atenção, que dispende tempo e a necessidade de ajuda
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de mais pessoas. Para você ter tempo, é necessária uma renda que lhe sustente, por isso o site tem bastante anúncios, pois ninguém vai dedicar um enorme tempo a algo que não lhe traz retorno, ainda mais um site com tantos membros e tão dinâmico como o OB é. O mais engraçado de tudo é que todo mundo começou a criticar a administração e a moderação do site, mas esqueceram do principal culpado de tudo, que foi quem postou a foto. Ele sim foi o causador do rebuliço todo. Se a foto não tivesse sido postada, não haveria ocorrido tamanho imbróglio. Isso é algo que tenho martelado muito neste espaço. Falta bom senso para alguns colecionadores em postarem fotos na internet. Todos devem saber que o objeto principal de uma foto de ônibus é o ônibus oras, e não uma árvore, a rodovia, ou um caminhão ao lado. Será que é tão difícil assim fazer uma foto de um ônibus sem que se faça “graça”? Muitos no site fazem isso com o objetivo de ganhar “status” e ficar entre as fotos mais vistas. Mais uma vez repito aqui: não sei o porque as pessoas continuam querendo esses status que não existe dentro do hobby. É muito mais bonito publicar uma foto boa (seja novidade ou não) e conquistar a simpatia dos demais do que ficar criando polêmica para aparecer. O mesmo aconteceu uma outra vez, quando uma pessoa postou uma foto de um veículo recém-saído da Busscar e comentou: “Fight!”, já esperando uma bagunça generalizada, que foi o que aconteceu. Resultado: foto apagada e conta bloqueada. É assim que todos querem engrandecer o hobby? Criando polêmicas que não contribuem em nada? Não vou negar que ri muito com os comentários que foram postados nessa foto do caminhão acidentado, inclusive relatei isso no Facebook na manhã daquele dia. A esbórnia estava tão grande que não tinha como não rir. Não posso negar também que achei que a moderação demorou para tomar uma providência, enquanto em outros casos similares a foto foi apagada bem antes de 4 horas no ar, mas isso não justifica algumas reações exacerbadas no campo de comentários. Também já critiquei o site pela ausência de diálogo com os usuários porém creio que as reivindicações devam ser encaminhadas diretamente à administração em forma de sugestão, tentando fazer um site cada vez melhor. Há estrutura, suporte e audiência (que é o que parte dos usuários mais querem, independente da qualidade da imagem postada), e cabe aos usuários respeitar as regras ao menos como forma de reciprocidade. Há muita tolerância da moderação com algumas ocorrências, e isso não é observado. Se a moderação não agrada aos usuários, não custa tentar uma conversa. Mas algo é fato: deixar o site, nin-
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guém quer. Pensem nisso. Com o bom comportamento de todos, unindo a uma moderação eficiente, a harmonia no site é garantida. Ficar criticando, fazer escândalo, movimentos e protestos, infelizmente não resolvem nada. Podem até serem válidos, mas a administração, no máximo, apagará as fotos e os comentários e ainda bloqueará a sua conta por ter violado os termos de uso. Lembrando que antes de acessar o site, você concordou com esses termos. Enquanto isso, o site continua no ar, com mais fotos entrando, e todos comentando bastante, os anúncios seguem lá e o dinheiro entrando na conta da adminstração. Valeu a pena espernear? *** Pela última vez, esta coluna é publicada aqui na Revista InterBuss. A partir da próxima edição, a revista publicará novas seções e outras serão retiradas, e uma delas é esta. É uma reforma no conteúdo que contempla o profissionalismo e por isso esta coluna não enquadra-se nos novos objetivos da publicação. Durante esses últimos meses que estivemos juntos recebi várias manifestações, muitas positivas e outras negativas, vários sentiram-se atingidos pelos meus textos (mesmo não sendo objetivo deles), colecionei muitos desafetos, enfrentei vários protestos e ataques de diversas pessoas, mas mesmo assim não me intimidei e prossegui com meus relatos aqui neste espaço. Em todos os ataques mostrei que estava correto nas colocações e tudo culminou em pedidos de desculpas a minha pessoa. Em nenhum momento tive objetivo de fazer ataques ou hostilizar alguém, porém eu tinha que mostrar os fatos reais e me defender de alguma forma, sempre mostrando a verdade. Uma coisa é fato: muita gente critica este espaço e até a revista como um todo, mas ninguém deixa de ler. Para ficar por dentro de tudo o que acontece, todos acabam lendo e uma parte solta as críticas nas redes sociais, sites especializados ou blogs. Fico feliz com essa repercussão pois isso significa que de alguma forma a revista já incomoda. A equipe trabalha arduamente durante toda a semana para trazer o melhor conteúdo todos os domingos, mesmo não agradando a todos, mas sempre com a certeza de que o esforço é válido. Quem me conhece há um bom tempo sabe que sempre trabalhei em prol de um hobby unido, prazeroso e divertido para todos. Nunca medi esforços para tentar melhorar o relacionamento entre os colecionadores. Promovi eventos de integração, participei de outros nacionalmente famosos, chamei a imprensa quando necessário para fazer a divulgação de nosso hobby para sermos recon-
hecidos pela sociedade como uma classe de simples colecionadores, e não apenas loucos como alguns ainda pensam, mas mesmo assim há os que criticam, dizendo que quero aparecer, que quero estar sempre em evidência. Isso é algo que não admito. Em eventos nacionais, como muitos já puderam presenciar, sempre me identifico apenas como Luciano, nunca falo meu sobrenome, que é pelo qual sou mais conhecido. Não acho necessário eu sair falando meu nome inteiro, ao contrário de outros que chegam falando o nome completo, endereço de site, fotolog, blá blá blá, para tentar ser reconhecido. Sempre pautei pela simplicidade e pela humilidade, que é o caminho mais fácil para as conquistas. Em quase onze anos de hobby obtive muitas conquistas não só para mim, mas para todos os colecionadores, com os quais faço questão de compartilhar. O hobby deve ser assim, sempre em grupo, compartilhar as conquistas com os demais engrandece nossa classe e torna-a mais reconhecia. Nesta última coluna, vou fazer um retrospecto do hobby desde os seus primórdios, algumas coisas podem parecer repetitivas mas são necessárias para o contexto geral. O hobby sofreu uma grande mutação nos últimos anos. Antes do advento da câmera digital, os poucos registros eram feitos com câmeras analógicas que nem todos tinham. Muita gente colecionava material através de recortes de jornais e revistas, catálogos e troca de informações por carta. Computador ainda era algo escasso. Com o tempo a câmera digital barateou, todos passaram a ter acesso ao mundo digital com microcomputadores em suas casas e começaram a surgir os primeiros sites especializados em fotos de ônibus. O hobby ainda era pequeno, pouco conhecido, as garagens não eram tão acessíveis e não haviam tantos eventos como há hoje. Com o tempo o número de colecionadores foi crescendo cada vez mais, os sites também foram inflando e o comportamento também foi mudando. As competições entre os colecionadores foi aumentando, a busca pelas novidades, pelo estrelismo, pela fama, foi minando muita coisa boa que o hobby tinha até pouco tempo antes. Hoje estamos em uma situação muito mais confortável, com o reconhecimento da mídia, das empresas e dos empresários do setor, e isso tem feito com que alguns colecionadores tornassem-se verdadeiros monstros, buscando fama a qualquer custo. Comentei aqui em outra oportunidade sobre essa avidez pela fama no hobby. Muitos colecionadores de hoje buscam no hobby um refúgio. Boa parte têm algum problema no campo pessoal e/ou familiar, são desprezados de alguma forma, não conseguem
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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolato sucesso em algum campo da vida pessoal e por isso buscam isso no hobby, seja através do tão famigerado “Top 5”, seja através da busca de novidades, seja através do alto número de comentários. Com isso, essas pessoas conseguem preencher um vazio em sua vida. Isso é totalmente compreensível e notamos pelos assuntos comentados nas redes sociais dessas pessoas. Geralmente há apenas fotos de ônibus e os assuntos giram em torno apenas desses veículos. O problema é que isso acaba minando o hobby de uma certa forma, pois tumultua o andamento de sites, de redes e até de convívios pessoais. Toda essa movimentação acaba gerando muitas intrigas, sobretudo depois do surgimento do site Ônibus Brasil. A ânsia pelo ineditismo e pela popularidade acabaram deixando de lado a qualidade. O site, que hoje é referência em fotos de ônibus no Brasil, constantemente é alvo de confusões e barracos armados por parte dos associados. É lamentável que isso ocorra e que o hobby esteja dessa forma, mas infelizmente temos que começar a lidar com isso com a maior naturalidade e trabalhar em cima disso para poder melhorar o convívio. Antes de relatar um pouco da minha experiência recente, gostaria de contar um pouco da minha história com o Portal InterBuss. Já fiz isso em outra oportunidade, mas gostaria de dar mais alguns detalhes dessa história que segue há quase onze anos. O primeiro site foi o Portal SIT Campinas, que entrou no ar em 20 de dezembro de 2000. Criei o site com o objetivo de trazer informações sobre as mudanças que estavam ocorrendo no transporte da cidade que dava nome ao site, sobretudo com a falência da Viação Santa Catarina e com suas linhas sendo assumidas pela VBTU Transportes. De início também comecei postando algumas fotos de minha autoria, já que em março do mesmo ano comprei minha primeira câmera, uma Yashica analógica. Ou seja, quando eu abri o site, eu já tinha câmera e já fazia fotos de ônibus. Toquei o site sozinho e apenas com fotos minhas até 2003, quando me afastei do hobby por motivos profissionais e voltei em 2005, quando estreitei os laços com o amigo Alex Fiori. Nós dois tínhamos fotologs no Terra e “concorríamos” com fotos raras do sistema SIT Campinas. Meses depois nos encontramos e passamos a tocar o Portal SIT Campinas juntos, dessa vez atualizado com fotos dos dois. Logo depois, com a mudança do sistema de transportes de Campinas, o site mudou para Portal InterCamp, porém por muito pouco tempo. O conteúdo exclusivo campineiro foi mantido. Houve um pedido da prefeitura para a mudança do nome do site, já que ele remetia ao sistema de transportes da cidade. Dessa forma, trocamos o “Camp” por
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RECONHECIMENTO • Nas fotos, com empresários do setor de transportes: Maria Beatriz Setti B trabalho do Portal e da Reviosta InterBuss é reconhecido pelos mais altos escalões do transporte n “Buss”, nascendo assim o Portal InterBuss. se passou por mim diversas vezes para entrar Até então as fotos sempre foram fei- em garagens, porém logo foi desmascarado e tas nas ruas, pois não tínhamos acesso a ga- hoje vive a fazer ataques a mim e ao site. ragens. Quem disse que eu usava o nome do Em 2007 realizamos nosso primeiro sistema de transportes para acessar garagens evento, o InterBuss City Tour, em 24 de marestá muito enganado. Os acessos começaram ço. A empresa Itajaí Transportes nos cedeu um em 2006, depois que eu conheci pessoalmente veículo articulado para transportarmos todos alguns empresários do setor e já fazia quase os convidados. Foi um sucesso. No mesmo um ano de Portal InterBuss. O primeiro con- ano repetimos a dose em 29 de setembro. tato que fiz foi durante uma entrega de novos Dessa vez, o carro foi cedido pelo Expresso ônibus à cidade, no Paço Municipal. A par- Campibus e visitamos as instalações da emtir dali fomos estreitando o relacionamento. presa. 28 dias depois foi realizada a 1ª Bus Curiosamente, o número de pessoas “interes- Brasil Fest em Campinas, em parceria com a sadas” nesses contatos foram aumentando, Revista Portal do Ônibus. Mais de 20 empretendo inclusive algumas usado o nome do site sas cederam ônibus para a exposição, que tampara acessar garagens com maior facilidade. bém contou com o apoio da prefeitura. Mais Uma dessas pessoas chegou ao absurdo de se um sucesso. Em 2008 começamos com mais valer da confusão que um empresário fazia e um Tour, dessa vez em 08 de março, quando
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Braga, Belarmino Marta, Joubert Beluomini e José Roberto Felício, e a viagem para a Colômbia. O nacional pela sua seriedade, credibilidade e reconhecimento do bom trabalho feito há onze anos visitamos as obras da nova Rodoviária de o fato à gerência da empresa, que já estava ciCampinas, mais uma vez com um veículo da ente e nosso relacionamento continuou ótimo, Itajaí Transportes. No mesmo ano, em 12 de como ainda é. Algumas poucas pessoas dizem julho, foi realizada a segunda Bus Brasil Fest que o relacionamento do site com a empresa em Campinas, também em parceria. Dessa “estremeceu” depois desse incidente, que foi vez, mais de 40 empresas cederam veículos e aumentado dezenas de vezes, como se o ônifizemos dois Tours com dois veículos articu- bus tivesse sido destruído num grave acidente, lados da VB1 e um Paradiso GV 1800DD da o que, pra variar, não é verdade. Ouro Verde. O evento foi um grande sucesso, Nesse mesmo ano o Portal InterBuss tendo apenas um pequeno incidente no final, seguia uma curva ascendente e os acessos onde o londrinense André Aguirra Taioqui, na foram multiplicando. O número de fotos vinépoca com 19 anos (e não quinze, como foi das de todas as partes do Brasil foi crescendo especulado), estava conduzindo um dos ôni- cada vez mais. Nessa época, o site referência bus expostos, orientado pelo motorista e por no hobby era o Railbuss, sob o comando de um instrutor, quando o mesmo acabou ralando Paulo Sérgio Vieira Junior, o Speed. Havia a lateral no carro de um dos participantes do também o Vale SPBus, comandado por Leanevento. Houve um pequeno furo na lataria. dro Machado de Castro e por Marcelo Leite. Dois dias depois estive na garagem e expliquei Os três sites mantinham atualizações semanais
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e tinham um número de acessos bem parecidos, com o Railbuss sempre na frente. Haviam também paralelamente dezenas de fotologs que eram atualizados quase que diariamente. Eu mesmo manti um fotolog paralelo por um bom tempo, trazendo algumas fotos minhas que eu não publicava no Portal InterBuss. Participo de eventos desde 2006. Sempre prestigio e visito para rever os amigos que tenho oportunidade, às vezes, apenas nesses eventos. Nunca participei de algo para fazer ironia ou para desprezar alguém. Quem me conhece sabe que estou sempre participando com o objetivo de rever o pessoal, tanto que nem fotos eu faço. Tanto que na Exponi 100 eu estarei lá, mais uma vez para rever os amigos do sul e os novos que surgiram depois do Ônibus Brasil. O Portal InterBuss sempre foi um site sem recursos, e por isso sempre teve um layout simples e procurei fazê-lo o mais funcional possível. Criei-o como um hobby, e não como uma profissão, por isso sempre tudo foi muito simples mas feito com vontade. Com o tempo, o Railbuss teve suas atualizações sendo reduzidas por falta de tempo para atualização. Já o Vale SPBus, que era hospedado junto com o Railbuss, teve uma expiração do domínio e o mesmo acabou saindo do ar. Foi ventilado na época que o Portal InterBuss é quem estava por trás disso tudo, o que não é verdade. Tanto que logo depois, o site também teve uma escassez de atualizações, até chegar a sua nova fase. Com a chegada do Ônibus Brasil, o Portal InterBuss mudou seu foco e passou a trabalhar um projeto antigo, que era o da Revista. Em 2010 começamos com um blog. Para ele, convidei algumas pessoas conceituadas no hobby para escreverem artigos, por sinal são os textos mais lidos e mais elogiados até hoje. Seis edições depois fiz uma edição-piloto em formato Flash-Flip, que foi aprovada por um grupo de leitores e desde então publicamos a revista semanalmente dessa forma. Além de fazer a montagem e a elaboração do layout da mesma, escrevo neste espaço, faço as matérias principais e busco as informações para elas. Os convidados escrevem seus artigos, faço a busca das fotos da semana, escrevo o editorial em 90% das vezes, faço a clipagem das notícias (prática super comum em todos os meios de comunicação especializados) e ainda colho as informações para a seção do leitor. É um trabalho desgastante pois levo ao menos três dos sete dias da semana para fazer tudo isso na Revista, mas faço com prazer pois também é minha área de atuação. Na revista temos três jornalistas: eu, Felipe Pereira e Anderson Botan. Todos são jornalistas por formação, sendo eu e o Anderson formados pela PUC-Campinas, e o Felipe pela UNIP. Toda publicação deve ser assinada por um jornalista responsável, e no caso
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HOBBY & DIVERSÃO Luciano Roncolato da revista ela é assinada pelo Anderson, garantindo a imparcialidade e a pluralidade da mesma. Alguém já viu o próprio diretor assinar a sua publicação, mesmo ele sendo jornalista? Da mesma forma que alguém já viu uma revista ou um jornal ser escrito por apenas uma pessoa? Por tudo isso que a Revista InterBuss mantém essa pluralidade de ideias, que garante a sua isonomia e independência. Durante algum tempo divulgamos na Revista a intenção da publicação chegar às bancas. Não buscamos nenhuma editora para tentar fazer isso pois o Portal InterBuss já tem uma empresa aberta e com autorização para edição de publicações, da mesma forma que o Railbuss também tem uma empresa aberta para administrar os negócios do site e o Ônibus Brasil também. Apesar da empresa aberta, ela nunca foi utilizada para fomentar contatos, que sempre foram feitos através da credibilidade do site. Depois de diversas reuniões com os integrantes da Revista e do Portal, chegamos a conclusão que a ida às bancas iria minar o principal diferencial da publicação, que é a rapidez das informações. É a primeira publicação especializada em ônibus que sai todas as semanas. Isso seria totalmente inviável primeiro pois não faria sentido colocar uma publicação de 40 páginas por semana nas bancas. Se juntássemos tudo em uma edição mensal, seria em torno de 160 páginas, o que encareceria demais a produção e a publicação também ficaria cara, o que impediria o acesso de muita gente. Por conta disso, optamos por manter a publicação online e gratuita, para que todos possam acessar como e quando quiserem. Nesse quase um ano e meio de revista, passamos a ser reconhecidos por montadoras, encarroçadoras, mais colecionadores e ganhamos o respeito de importantes instituições, como a ABRATI e a NTU. Nosso trabalho e esforço passou por várias fronteitas e agradecemos a todos pelo reconhecimento, é o que nos motiva a fazer cada edição com o máximo de dedicação para que você fique sempre bem informado. Este espaço foi aberto depois de muita discussão interna. Dentro da Revista alguns foram contrários à publicação desta coluna, mas mesmo assim optei por fazer uma análise primária do site Ônibus Brasil, muito comentado mas que até então eu ainda não tinha vivenciado. Para isso, no dia 9 de maio deste ano, aceitei um convite para ingressar no site. No dia seguinte postei minhas primeiras fotos. Antes disso eu quis experimentar a dinâmica do site, e passei 15 fotos de minha autoria para o amigo Ravanelly Souza, que muito gentilmente as publicou em sua galeria. Logo de cara já houve confusão pois algumas pessoas pensaram que ele tivesse roubado as fotos de mim. A partir daí comecei a entender algumas coisas que os colecionadores relatavam mas eu
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não acreditava. Comecei minhas publicações e consequentemente conheci mais uma legião de colecionadores. Isso indicava que eu estava realmente por fora de muita coisa, conforme o amigo Diego Almeida já me dizia, e eu não botava fé. No começo muitos estranharam minha presença pois eu sempre dizia informalmente que eu não abriria conta lá. Na ocasião, todos os integrantes do Portal InterBuss foram contrários à abertura da minha conta (alguns são até hoje), mas mesmo assim prossegui com minha caminhada lá. Com o tempo fui reparando o comportamento de algumas pessoas que eu já conhecia há algum tempo, mas lá no site a cara mudava. É o famoso “na frente de um computador, todo mundo é corajoso”. Fiz muitas amizades novas, como o Alex Miljcovic, o Kevin Willian, o Franz Hecher, o Mateus Barbosa, o Gustavo Bayde, entre vários outros. Também restabeleci contato com algumas pessoas que enviavam fotos para o Portal InterBuss e estreitei contato com outros que eu estava iniciando conversações através do meu Twitter, recém-criado. Vendo muita coisa que acontecia (e ainda acontece) no site, comecei a fazer a publicação de uma série intitulada “O Ônibus Brasil em Sua Essência”. Ali escrevi o que muita gente colocava nas redes sociais ou comentava apenas informalmente. A partir daí, muita coisa começou a mudar. Conforme relatei anteriormente, sempre fui uma pessoa que busquei a harmonia no hobby e a amizade com todos. Sempre fui adepto da chamada “política de boa vizinhança”, haja visto a quantidade de colecionadores que recebi em minha casa nos últimos anos, e continuo recebendo com o maior prazer. Porém, vendo alguns acontecimentos, não tive como continuar nessa linha. Algumas pessoas já estavam abusando da boa vontade e estavam se transformando. Por conta disso, meus textos foram ficando cada vez mais ácidos, porém necessários para mostrar as entranhas do hobby e o caminho que ele estava seguindo. Isso acabou fazendo com que eu ganhasse vários desafetos, algo que até então eu tinha apenas com uma ou outra pessoa. Desde maio, já fui atacado publicamente quatro vezes por “anônimos” que fazem enormes relatos sobre minha vida (inclusive pessoal) e difundem nas redes sociais e nos e-mails das pessoas. Todas elas foram desmentidas e os assuntos, enterrados. Em três casos ainda houve um pedido de desculpas do “anônimo”, que já não era mais tão anônimo assim. O mais engraçado é que as pessoas não assinavam suas “denúncias” com medo de retaliação, como se eu fosse algum criminoso. Na primeira vez fui atacado por um tal de “busólogo de opinião” em um blog que ficou cerca de três horas no ar, paralelamente
a um perfil falso de Twitter. Ele “reivindicava” a publicação de fotos no Portal InterBuss, dizendo que eu publicava fotos apenas de quem eu quisesse, que eu não cumpria com o que eu dizia e criticou veementemente a Revista, como uma publicação que ninguém lia. Três horas depois da chuva de acusações infundadas, o perfil e o blog foram apagados, coincidentemente depois que comecei a fazer minha defesa no meu Twitter. Foi aí que surgiu a chamada Maior Panela do Brasil, onde esse tal de “busólogo de opinião” disse que eu, o Gustavo Bayde e o Victor Hugo Guedes Pereira liderávamos, excluindo os colecionadores “menos favorecidos”, algo totalmente infundado. Da mesma forma que há grupos de amigos no Ônibus Brasil, eu também tinha (e tenho) meus amigos lá. O que fazíamos era apenas conversar entre si, como vários fazem lá. Por conta disso, acabamos ganhando esse “título”, com o qual passamos a ironizar nas redes sociais, em tom de brincadeira como muita gente faz com seus grupos. Nunca excluí ninguém de nada, pelo contrário, até procuro estreitar os laços com o máximo de pessoas. Tempos depois foi publicado um print com alguns tweets meus falando sobre “facções” no hobby. Alguns integrantes da Equipe R4Bus passaram a fazer uma malhação pública da minha pessoa, acompanhado de vários comentários pejorativos de pessoas que sequer sabia do que se tratava. Mais uma vez esclareci o fato e publiquei neste mesmo espaço. Uma semana depois recebi pedidos de desculpas pelo fato. O que mais me estranhou é que o líder da equipe, o Rody, é uma pessoa que eu conheço já há algum tempo, de eventos passados, e respeito muito o trabalho dele. Conversando informalmente, ele me esclareceu que haviam alguns integrantes da equipe que tinham feito isso, e que seriam tomadas as providências. Foi mais um assunto enterrado. Mais um tempo depois surgiu um vídeo fazendo novas acusações a mim e à Revista, dizendo que eu e minha “equipe” hostilizamos a Brasil Sul no desfile da nova frota da Viação Garcia, em Londrina. Além da distância ser absurda, impossível ouvir alguma coisa de quem estava dentro do ônibus. Depois ficou esclarecido que houve uma confusão entre o Portal InterBuss e o responsável pelo áudio, David Arthur. Quem montou o vídeo pensou que David era do site por conta de uma matéria feita em 2008, onde o Portal InterBuss foi divulgado por ele. Pra variar, a postagem do vídeo foi feita em uma conta falsa e anônima. Duas horas depois de descoberto o imbróglio, o vídeo foi retirado do ar e a conta, fechada. Agora mais recentemente foi espalhada uma carta com gravíssimas acusações contra a minha pessoa, fazendo relatos falsos e mentirosos. Porém como a carta foi mal escrita e com os fatos ali relatados, foi mais fácil descobrir quem era o “anônimo com medo de
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retaliação”. A carta foi enviada através de um e-mail falso (pra variar). A carta estava tão carregada de inveja e rancor que acabou surtindo o efeito reverso. Horas depois, o autor apareceu e pediu “trégua”. E como havíamos descoberto, os fatos relatados foram inventados por uma pessoa já conhecida do hobby pelas suas confusões, mas não foram escritos por ele, pois a covardia o impediu. Por isso, passou a bola para um inocente escrever e enviar, e acabar arcando com todas as consequências. Essa pessoa conhecida no hobby eu nem preciso citar o nome aqui, mas mora na bela cidade de Jundiaí. Esse cidadão, desocupado, têm vivido a me atacar desde que a sua entrada para o Portal InterBuss foi vetada por fazer confusão e ser um baita de um encrenqueiro. Mesmo assim ele utilizou o nome do Portal e se passou por mim diversas vezes para entrar em garagens as quais eu tinha acesso. Agora ele vive a dizer que sou dono e moderador do Ônibus Brasil, que ele diz ser o pior site do Brasil, mas ele tem uma conta lá para vigiar o que todos estão escrevendo. Nunca fui dono do site (todos sabem que o dono é o Tadeu Carnevalli, de Cornélio Procópio/PR), nunca fui moderador e inclusive nem me candidatei a moderador naquela vez que foi aberto a todo o público a oportunidade de ser da equipe de moderação do site. Cada hora esse cidadão, invejoso por não ter a capacidade de montar um site e por se achar acima de tudo e ainda dizer que é amigo de empresários de ônibus que sequer lembram o nome dele, inventa uma coisa nova para difamar seus desafetos, que são quase todos no hobby. Mesmo ele sendo expulso de vários eventos, rodoviárias, ser mal visto em diversas cidades pelas quais passou, apanhou de motoristas de uma grande empresa paulista, ainda insiste em dizer que é bem visto no meio. É um desocupado que vive às custas da coitada da mãe e que espera uma eterna “herança” do falecido pai (quem conhece esse cidadão já ouviu essa história inúmeras vezes). É o famoso “espanta-rodinha”. Notem que ele sempre termina assuntos no Facebook: ele comenta, todo mundo pára. Como co-autor da carta, as medidas jurídicas cabíveis já estão sendo providenciadas contra ele. Com tal prova na mão, será fácil fazê-lo pagar criminalmente por mais um ataque infundado. Curiosamente todos esses ataques acontecem nesse período em que eu tenho conta no Ônibus Brasil, minha galeria tem uma visualização razoável, tento manter bom relacionamento com todos e fazendo novos amigos. A quem incomoda isso? Não seria mais fácil que todos fizessem isso também, buscar a harmonia? Aquele Luciano de antes do Ônibus Brasil, o que fazia o que todos queriam, deixou de existir. Hoje sou uma pessoa mais centrada, realista e que não deixo de criticar quando necessário, como eu fazia no passado quando eu engolia muito sapo para não criar inimizades.
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AMIZADE • A visita aos pais do colecionador Leonardo Martin, falecido no primeiro semestre deste ano, mostra que o hobby vai muito além de apenas fazer fotos de ônibus Um exemplo disso foi o que aconte- completamente suas recentes palavras. Reitero ceu entre eu e o colecionador bauruense Ro- que não tenho nada contra a equipe nem contra drigo Padilha Rodrigues, da Equipe 19. Sem- seus integrantes, se chamei de facção no paspre tive bom relacionamento com ele, o recebi sado foi por algumas ocorrências da época que em minha casa duas vezes com o maior prazer, também não justificam essas minhas palavras, estive em Bauru algumas vezes onde fiz fotos mas por isso estou aqui para pedir desculpas com ele. No Ônibus Brasil também mantín- por alguma coisa que tenha ocorrido ou algo hamos um bom contato, porém depois da es- que eu tenha dito. Reconheço o bom trabalho colha do desenho dele para ilustrar os ônibus do Rodrigo e espero que ele continue nessa da Viação Ouro Branco, houve uma mudança caminhada. de comportamento que ficou nítido em um co- Também tive alguns entraves com a mentário na foto do empresário e colecionador equipe Ônibus de Mogi, de Mogi das Cruzes, Marcio Bruxel, que fez a primeira foto do LD por conta de um mal entendido justamente na da empresa. Na ocasião, Rodrigo havia pedido coluna em que falei de facções. Aproveito para para que a foto não fosse publicada para que também pedir desculpas à toda a equipe por alele fizesse-a primeira. Dali pra frente notei gum mal entendido, apesar de saber da ligação que já não era mais a mesma pessoa e passei com a pessoa que semeia a discórdia no hobby a relatar os fatos conseguintes neste espaço. mas isso é de cada um, com o tempo todos Da parte dele também partiram ataques, so- abrem os olhos e vêm o que está ao seu redor. bretudo em comentários no Ônibus Brasil. O Acho o trabalho da equipe bastante interesRodrigo me foi apresentado pelo também co- sante, sobretudo esse último, na viagem para lecionador Jorge Neto, de Barretos. Fez boas Aparecida, sobre a qual ouvi muitos elogios referências dele e aceitei bater um papo no durante o City Tour 7 em Campinas. Parabéns MSN. Não tenho absolutamente nada contra o pelo trabalho e que continuem assim. Rodrigo nem contra a equipe dele. Acompan- Tive também alguns desafetos que hei durante muito tempo seu esforço em prol apareceram nos últimos meses e a todos peço da união dos interioranos paulistas no hobby, desculpas por alguma palavra ou algum mal com a tentativa de criação de associações, seu entendido que eu tenha criado. A acidez das site RDO19 que já chegou a ser hospedado minhas palavras pode ter magoado alguém e no servidor do Portal InterBuss, é uma pessoa por isso mesmo peço desculpas por alguma muito esforçada e que tem um coração muito coisa. Só não me desculparei com aqueles que bom, porém eu discordei de algumas atitudes acreditaram e botaram fé nas acusações infrente ao Ônibus Brasil, e obviamente ele se fundadas contra mim, sobretudo no caso do segurou na retaguarda dele. Recentemente eu vídeo falso que foi parar no Ônibus Brasil. A tenho recebido alguns ataques de um outro in- vocês, o meu desprezo pela falta de caráter de tegrante da equipe dele, o Ademar Rodrigues, vocês. que insistiu em fazer comentários pejorativos. A todos vocês meu muito obrigado O Ademar acabei conhecendo naquele “chat” pela atenção, pelos elogios e pelas crítique chamo de “pontapé inicial” da minha cas nesse tempo. Em breve estarei em meu pessoa no Ônibus Brasil, onde me enturmei. blog, publicando novos textos sobre o hobby. Naquela foto do Expresso Nordeste, muitos Quem quiser meu contato, ele está no topo da comentaram durante toda a madrugada, inclu- primeira página deste espaço. Um forte absive ele. Também é uma boa pessoa e entendo raço e até breve!
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REVISTAINTERBUSS T I A G O S Ã O
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G R A N D E
P A U L O / S P • H I M A L A I A
7º INTERBUSS CITY TOUR
SUCESSO TOT Sétima edição do InterBuss City Tour foi um enorme sucesso e superou as expectativas dos mais de 40 participantes que vieram de diversas partes do Estado de São Paulo para prestigiar o evento, realizado semana passada
CITY TOUR • Participantes do evento posicionam-se à frente do veículo que fez o Tour por Campinas, na garagem da Itajaí: superação das expectativas
• Luciano Roncolato
roncolato@portalinterbuss.com.br
A Revista e o Portal InterBuss realizaram no último sábado, dia 29 de outubro, o 7º InterBuss City Tour, na cidade de Campinas/SP. O evento teve o apoio da Itajaí Transportes Coletivos e da Transurc, que é a associação que congrega as empresas de ônibus urbanos da cidade. Estiveram presentes mais de 40 colecionadores vindos de diversas partes do Estado de São Paulo. Todos tiveram a oportunidade de andar no veículo mais moderno da frota campineira, que é um Caio Mondego LA Volvo B9Salf biarticulado. O veículo, ano 2009, opera diariamente na linha 2.12 (Terminal Itajaí - Circular Corredor Central via Terminal Campo Grande) apenas
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nas horas de pico. A empresa ainda tem outros três veículos biarticulados, todos Volvo B12M: um deles sob Marcopolo Gran Viale, outro sob Caio Millennium e um terceiro sob Busscar Urbanuss Pluss. O ônibus biarticulado buscou os convidados na Rodoviária de Campinas por volta das 9h30 e levou-os para um café-damanhã servido em um buffet localizado atrás da garagem. Leite, capuccino, chocolate, frutas, pão-de-queijo, frios e pães estavam no cardápio que agradou e surpreendeu a todos os participantes. Durante o café, o sócio-diretor da Itajaí Transportes, Joubert Beluomini, apareceu para prestigiar os convidados e já trouxe uma grande novidade (leia mais abaixo) que surpreendeu a todos.
Após o café e a cobertura da Rede Anhanguera de Comunicação, que fez fotos e entrevistas com os colecionadores para publicação nos jornais da cidade (Correio Popular e Notícia Já, além do Portal RAC - www.rac. com.br), o ônibus levou todos à garagem, na mesma quadra, para uma visita. Os colecionadores tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura e a frota da empresa. O motorista Alex Fiori, que também é colecionador, foi o responsável pela manobra dos carros. Ele também convidou a todos para uma volta em um dos recém-chegados Mascarello Gran Via Volksbus 17 230 EOD V-Tronic e mostrar seu desempenho com a caixa de câmbio automática. Todos também puderam fazer fotos dos outros biarticulados e articulados
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TAL!
que compõem a frota da empresa. Por volta das 13h todos voltaram para o biarticulado de prefixo 2975 e começou o Tour, que teve a primeira parada para fotos na Avenida Prestes Maia. Logo à frente, na Avenida João Jorge, os colecionadores ficaram à vontade para fazer fotos dos ônibus que cruzam o corredor exclusivo a todo o momento. Ali passam ônibus das quatro áreas operacionais (verde, vermelho, azul claro e azul escuro). Cerca de 40 minutos depois o tour seguiu por pontos turísticos, como o Castelo e a Escola de Cadetes do Exército. Seguiu pela Estrada dos Amarais até a Rodovia D. Pedro I, onde passou em frente à concessionária Sambaíba e contemplou todos com o pátio de ônibus usados (a maioria de São Paulo) que
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estão à venda. A segunda parada aconteceu um pouco mais à frente, no Parque D. Pedro Shopping, onde novas fotos foram feitas. Após essa parada, o ônibus seguiu pela Lagoa do Taquaral e fez uma volta em todo o Corredor Central, encerrando o tour na Rodoviária, por volta das 16h. Foram recolhidos alimentos não-perecíveis dos convidados e os mesmos foram entregues à Itajaí, que fará a doação a uma instituição de caridade da região. Novidade Joubert Beluomini anunciou durante o café da manhã que a empresa já fechou a compra de 14 unidades de chassis articulados Volvo B12M, que deverão ser
entregues até o final deste ano. O encarroçamento será feito no ano que vem e o modelo ainda está sendo escolhido. A notícia surpreendeu a todos os presentes, pois as notícias até então sinalizavam a chegada de 10 unidades em breve. Foi uma notícia de grande agrado a toodos os convidados. Agradecimentos A Revista e Portal InterBuss agradece a todos pela visita, em especial à Itajaí Transportes e à Transurc pelo apoio e pela dedicação com todos os convidados. Também agradecemos à Socicam que atendeu nossos pedidos para o dia em específico em relação ao entorno da Rodoviária da cidade. O evento agradou a todos e foi um grande sucesso.
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SEU MURAL
Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: Felipe Abilac, Luciano Roncolato, Giovani Alencar, José Euvilásio, Cicero Junior e Wagner Franco, com seu filho Wagner
Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a di Gordiano, Maicon Igor Barbosa, Sérgio Carvalho
Convidados desfrutam do café da manhã oferecido pela Itajaí Transportes
A mesa com o café da manhã oferecido aos conv
O motorista do veículo biarticulado que fez o City Tour posa ao lado do carro, ao final
Convidados fazem foto do veículo biarticulado d
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FOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS
ESPECIAL 7º INTERBUSS CITY TOUR
ireita: o pai do colecionador Nicolas o, Rony Carlos e Giovani Alencar
Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: Wagner Franco, Cicero Junior, Fábio Tanniguchi, Jorge Neto, José Euvilásio, Giovani Alencar e Felipe Abilac
vidados pela Itajaí Transportes
Dentro do ônibus do Tour, da esquerda para a direita: Fábio Tanniguchi, Thiago Barros, Guilherme Rafael, Carlos Eduardo, Márcio Rodriges e Weslley
do City Tour na garagem da Itajaí Transportes
Convidados no Corredor da Av. João Jorge durante primeira parada para fotos
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GRANDESEMBATESINTER
MERCEDE
Chassi OF-1721: o multi-uso da Mercedes, presente em todo o país
Por Victor Hugo Guedes Pereira Maringá/PR 30
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RBUSS
DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE ÔNIBUS
ES-BENZ Evolução do OF-1620, o OF-1721 está ainda presente em várias empresas do país
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GRANDESEMBATESINTERBUSS
MERCEDE
O OF-1721 foi lançado em 1998 pela Mercedes-Benz, em substituição ao OF-1620, e foi o último modelo de chassi dela a ser fabricado com motor mecânico. Esse motor também equipou o caminhão L-1620, grande sucesso de vendas da montadora. Era destinado para utilização em ônibus de categoria urbana, mas também poderia ser empregado em linhas intermunicipais ou rodoviárias de curta distân-
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cia. Possui o motor OM-366 LA de 211cv a 2600rpm, com cilindrada total de 5958cm³, 6 cilindros verticais em linhas, com turbocooler, torque de 67mkgf a 1400, caixa de câmbio ZF S5 680, de 5 marchas. Os eixos eram fabricados pela própria MB, sendo sua suspensão composta por feixes de molas semi-elípticas, com amortecedores de dupla ação. O chassi tambem vinha com direção
hidráulica, modelo ZF 8097. Nele eram empregados pneus 275/80 22,5 (radias sem câmara). O chassi era construído a partir de longarinas em perfil U e travessas de fixação, garantindo ao produto grande robustez, grande resistência à torção e à flexão, bem como falicidade de encarroçamento, devido possuir dimensões adequadas à sua capacidade de carga, com duas opções de entreeixos (5,25m e
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OF-1721
ES-BENZ
5,95m), fazendo que fosse dispensado qualquer tipo de retrabalho nas longarinas do chassi no momento em que ele fosse para encarroçamento. O OF-1721 foi um grande sucesso de vendas no período em que foi fabricado, entre 1998 e 2004, pois proporcionava bom desempenho, aliado ao baixo consumo de combustível e a menor necessidade de manutenção, que acarreta-
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vam em uma rentabilidade maior. Outra qualidade do modelo era seu trem de força, que juntamente com o sistema de freios, garantia maior segurança e ecomônia. O chassi é ainda utilizado em larga escala por muitas empresas, seja no segmento urbano, metropolitano ou rodoviário. Em 2004, o chassi recebeu o prêmio Lotus como “chassi urbano do ano”, devido a marca de 2.791
unidades comercializadas no ano de 2003, fechando esse ano com a marca de 64,7% de participação no segmento de chassis para ônibus urbanos. Ainda em 2004, OF-1721 foi substituído pelo OF-1722 M, que vem sendo fabricado atualmente, e a partir de 2012, com o Euro 5, voltará a se chamar OF-1721, mas dessa vez com o motor OM-924 LA, eletrônico, e já adaptado para o recebimento de ARLA32.
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Chasi K270 – Força, Agilidade e preocupação com o futuro
Tido como intermediário entre convencionais e articulados, o K270 ganhou versão 4x2 e ganhou as ruas do Brasil 34
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RBUSS
O-371 DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE テ年IBUS
NIA
Por Tiago de Grande Sテ」o Paulo/SP REVISTAINTERBUSS 窶「 30/10/11
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Os chassis da Scania são conhecidos mundialmente por sua força, robustez e alta potência, aliada ao alto torque, economia de componentes e também de combustível, também pela sua sofisticação e por inovações que a marca introduz ao mercado em cada lançamento, e não foi diferente com o lançamento do inovador L94, o pontapé inicial para o K270 utilizado nos dias de hoje. Em 1998 chega ao mercado a Série 4 da Scania, e nos produtos para o mercado de urbanos, destacou-se o L94, um sucessor do L113 com motor de 9 litros e uma grande inovação, um chassi 6x2 que podia receber carrocerias com até 15 metros de comprimento, este que só poderia ser comercializado devido a recém espe-
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cificação legalizada pelo CONTRAN, onde estipulava que um veículo deste porte poderia operar somente se o próprio tivesse dois eixos direcionais, o que tornaria o veículo mais versátil e ágil, mesmo com seu tamanho. Nascia então o L94UB6x2*4NB260 (piso normal) e o L94UB6x2*4LB260 (piso baixo), que nesta primeira fase receberam o motor DSC9 (Euro II) de 9 litros, com 6 cilindros em linha, torque máximo de 1180nm e potência de 260hp até o ano de 2005, onde entrou em vigor a Norma Euro III, que forçou a descontinuidade da fabricação das Séries F e L e a mudanças de motores e nomenclatura dos chassi. O L94UB6x2*4 acabou se tornando o K270, que contara agora com o motor DC9 (Euro III), com novo posiciona-
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mento, torque máximo de 1.250nm e potência aumentada para 270hp, além de contar com todas as novidades que o seu antecessor L94 trazia. Até hoje o chassi se mantém no portfólio da fabricante devido ao seu número significativo de vendas, o que é um trunfo para a fabricante Sueca, visto que não existe nacionalmente um chassi concorrente com as mesmas características, o que faz com que o K270 seja uma ótima alternativa com relação aos ônibus articulados no quesito custo/benefício além de poder operar em BRT’s - “Bus Rapid Transit” devido a sua capacidade grande passageiros, se comparado aos demais veículos Convencionais equipados com motorização traseira oferecidos pelos concorrentes.
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Desde 2010, o sistema de nomenclatura por números deixou de ser utilizado pela montadora, sendo assim os chassis fabricados a partir desse ano serão classificados apenas como Série K (motor traseiro) F (motor dianteiro). A aceitação no Mercado Quando do lançamento tanto do L94, como do K270, a Scania disponibilizou carros de teste, que rodaram por muitas empresas, e após esses testes podemos dizer que as portas dessas mesmas empresas foram abertas para a entrada dos produtos. Empresas que adquiriram K270 após testes com o L94 e o K270: Viação Santa Brígida – Possuí cerca de 70 carros e ainda mantêm em sua frota dois protótipos: O Marcopolo
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Viale, prefixo 1 1479 e o Apache Vip prefixo 1 1480. Himalaia Transportes - Foi por muito tempo a maior frotista Scania na cidade de São Paulo, e todos os seus chassis Scania são K270, tanto na configuração de Piso Baixo e Piso Normal, adquiridos após testes. Viação Gato Preto - Após testar o protótipo movido a Etanol, adquiriu unidades porém, movidos a diesel para operar a linha 8700/10. Metra - Também mantém em sua frota os protótipos usados para testes, o Marcopolo Viale prefixo 5101 e o Urbanuss Pluss prefixo 5001 (o mesmo carro que passou por testes na Himalaia), e depois desses testes adquiriu 3 lotes do Scania K270 (25 carros em 2008, 15 carros em 2009 e mais
15 carros em 2011 todos na versão piso baixo). Além dessas empresas, várias outras possuem o chassi em suas frotas, podemos citar: Consórcio SBC Trans (K270 Piso Baixo), Gatusa (L94UB Piso Baixo), Viação Campo Largo (Piso Normal), Transppass (K270 Piso Baixo/ Piso Normal), Expresso Maringá (K270 Piso Baixo) e Sorocaba Transportes Urbanos (K270 Piso Normal). A aplicação e o comportamento do chassi Como morador da cidade de São Paulo e admirador dos produtos da marca, observo com freqüência o comportamento dos exemplares que temos na cidade e concluo que: O chassi Scania K270 é destinado para
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GRANDESEMBATESINTERBUSS linhas com alta demanda, porém para operar em trechos mais difíceis, aonde a utilização de um veículo articulado é vetada. O terceiro eixo direcional e o ângulo máximo de giro de 52º permitem manobras e curvas em trechos estreitos, aonde um articulado não caberia, e seu desempenho é muito bom, mesmo com grande lotação, e os veículos costumam ter bom desempenho tanto em linhas com trechos mais retos, e muitas vezes que usam trecho de rodovia, como no caso das linhas da Viação Santa Brígida, e linhas com grande demanda de passageiros, entrando em bairros com muitas paradas e condições de transito difíceis, como no caso das linhas da Transppass e da Himalaia Transportes, e o seu desempenho também pode ser bem analisado andando nos carros da Metra, pelo corredor ABD, são linhas de altíssima demanda, mas que utilizam apenas corredores exclusivos, e as condições de tráfego são favoráveis. Mas com certeza, o pior teste ao qual o chassi é submetido, são as linhas do bairro Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital paulista, as linhas que atendem o bairro são altamente demandadas, e trafegam por praticamente todos os tipos de vias, ruas estreitas, centros comerciais de bairro, grandes avenidas com muito fluxo, trechos sem nenhum fluxo, paradas de ônibus bem próximas umas das outras, semáforos e muito fluxo de passageiros, e ambas as versões (piso normal e piso baixo) se comportam muito bem, provando ser um chassi eficiente para todo o tipo de aplicação urbana, oferecendo o conforto e a versão piso baixo com todos os itens compatíveis com a lei da acessibilidade universal.
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K270 movido a Etanol, a Scania de olho no futuro De olho no futuro, se adequando as novas leis de baixa emissão de poluentes e com a preocupação de fazer um mundo mais limpo, a Scania lançou no ano de 2011, após uma longa bateria de testes, o Novo K270, com motor compatível com a Norma Euro V e movido a Etanol, as primeiras unidades foram adquiridas na versão 4x2, pela Viação Metropolitana, de São Paulo, e já estão rodando pelas ruas da cidade.
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Etanol – o combustível alternativo ideal para o transporte publico A busca de combustíveis alternativos viáveis é essencial no esforço global de melhoria do meio ambiente. Emissões, políticas e taxação podem variar entre regiões. Porém, as necessidades básicas de uma alternativa sustentável permanecem as mesmas: o combustível precisa estar disponível, deve ser limpo e economicamente viável. Apenas o Etanol cumpre de forma clara todos os aspectos. Com centenas de veículos em operação regular desde 1989, a Scania é a fornecedora líder mundial de ônibus movidos a Etanol. O Etanol opera com baixas emissões de CO2, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. O Etanol é o combustível renovável mais usado e aceito mundialmente, proporciona disponibilidade,
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baixas emissões e economia com uso de tecnologia existente. O Etanol não é apenas o biocombustível com maior possibilidade de atender a crescente demanda, ele oferece também grandes níveis de sustentabilidade devido a capacidade de absorção de carbono das matérias-primas de fontes vegetais. O grande interesse internacional em relação ao Etanol está se espalhando, Estocolmo na Suécia utiliza ônibus movidos a Etanol em grande escala por mais de uma década e novas frotas estão em testes em grandes cidades européias. Na frente legislativa, a União Européia já estabeleceu a diretiva de uso mandatório de 10% de biocombustíveis na matriz, restando definir apenas de que maneira cada país vai atingir a meta. No Brasil
A Prefeitura de São Paulo em parceria com a Scania passam a oferecer uma alternativa real de um modelo de transporte mais sustentável e que pode garantir um futuro mais saudável e muito menos poluente a população. Os novos Scania K270 4x2 que operam na Viação Metropolitana, possuem motor de 9 litros, 270 cavalos de potência, e são abastecidos com Etanol adicionado a 5% de aditivo promovedor de ignição. Esse combustível renovável é capaz de reduzir a emissão de CO2 em até 90%. Os novos motores Scania movidos a Etanol, já atendem as exigências da legislação brasileira de emissão de gases poluentes e o Conama P7, que entrará em vigor no País em 2012, além da nova norma EEV (Enhanced Environmentallu Friendly Vehicles) da União Européia.
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Volvo B12M - Alta tecnologia aliada à modernidade do BRT Por Matheus Novacki Curitiba/PR
Capaz de transportar grande volume de pessoas, o B12M faz sistemas de BRT serem cada vez mais eficientes com suas versões articuladas e biarticuladas 40
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DEBATES INTELIGENTES SOBRE CHASSIS DE テ年IBUS
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Fazendo um breve histórico sobre os chassis articulados e biarticulado da Volvo, passamos por várias e saudosas gerações. Começamos em 1989 com o lançamento do Volvo B58 articulado, de 275 cv. Em 1992 foi lançado o B58 biarticulado para uso em sistemas BRT (Bus Rapid Transit) com 285 cv. Em 1993 a linha ECO entrou em circulação, eram motores mais novos, porém, menos potentes. Em 1994 foi a vez dos B10M ar-
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ticulados, também da linha ECO com 245 cv. Em 1998 a linha B58 e B58 ECO foram descontinuadas, dando seu lugar à linha B10M EDC, 285 e 340 cv para articulados e biarticulados respectivamente. Até 2003, eram comercializados os B10M EDC, com motores mecânicos. Muitos dos chassis que a Volvo montava foram testados nas ruas de Curitiba, cidade que idealizou o sistema BRT que conhecemos atualmente e que sempre esteve um passo a frente das
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outras capitais brasileiras em questão de transporte coletivo. No inicio da década, a Volvo dava grande atenção a sua linha de caminhões pesados (FH) e por isso perdeu uma expressiva participação na comercialização de ônibus. Quem aproveitou esse deslize, foi a Volkswagen que teve um grande crescimento neste ramo, exatamente nesta época. Entre 1998 e início de 2003, a linha de ônibus urbano da Volvo contava
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com pouca diversidade, eram disponibilizados B7R 230/285cv e B10M EDC 245/285/340cv. Já a partir da metade de 2003, a empresa começou a tentar reaver o mercado perdido, lançando seu novo chassi rodoviário com motor eletrônico, o B12R; e em 2004 lançou um novo chassi de aplicação urbana, articulado e biarticulado, o B12M. é sobre esse chassi que vamos comentar em seguida. Em 2004 como já dissemos, a
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Volvo além tentar entrar novamente no mercado de ônibus rodoviários também queria retomar o espaço perdido no setor urbano. Para que isso acontecesse era necessário fazer um produto diferenciado daqueles que seus concorrentes disponibilizavam. Mas além disso, precisariam manter a confiança, durabilidade, segurança e força que os B10M EDC dispunham. A partir desta perspectiva, nascia o B12M TX 340 nas versões articulado e biarticulado.
Com motor DH12D340 posicionado horizontalmente no entre-eixos, 340 cv de potência e 1.700 Nm (173 Kgfm) de torque, a Volvo apresentou um dos chassis mais fortes disponíveis para o transporte urbano, que se tornaria um dos mais vendidos, em se tratando de articulado ou biarticulado. De fato, toda a tecnologia que poderia ser aplicada no B12M, foi. Dos freios ABS até computador de bordo. Estava no mercado um veiculo robusto e
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equipado com a melhor tecnologia. Essa tecnologia aplicada em 2004 foi ampliada em 2006 quando houveram algumas reformulações nos chassis urbanos e rodoviários, como atualização do painel de instrumentos e computador de bordo, tornando o veiculo ainda mais atraente. A estabilidade que o chassi tem é impressionante, o mesmo se pode dizer quanto à força de frenagem. Nas palavras de um motorista amigo meu: “... você pode estar a 60km/h e pisar forte no freio, o ônibus vai parar rapidamente e não terá passageiro caindo no chão...”. E isso acontece por causa de um sistema de freios a disco em todos os eixos aliado ao EBS5 – Eletronic Brake System e suspensão inteiramente pneumática controlada por sensores de nível, que esse e outros motoristas só conseguem falar bem do B12M. Agora, detalhemos um pouco a configuração do Eletronic Brake System – EBS5. Esse recurso é composto por vários sistemas de segurança conjugados, projetados principalmente para diminuir risco de acidente, seja com o veiculo, seja com seus passageiros. As Principais características do EBS5 são: • ABS (Anti-lock Braking System – controle contra deslizamento)
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• ASR (Acceleration Slip Regulation – controle de tração) • Sensor de desgaste das pastilhas • Sistema Door Brake (freio de portas) • Frenagem combinada inteligente (retarder + freio de serviço simultanea-
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mente) A junção de todos esses componentes de segurança impedirá que o motorista perca o controle do ônibus em uma situação de emergência, exceto o Sistema Door Brake, que serve para
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“travar” o ônibus quando as portas estiverem abertas. Em 2011, a Volvo trocou as nomenclaturas de seus produtos, assim, o B12M passou a ser chamado Volvo B340M. Ou seja, a linha passou a ser nomeada pela litragem do motor e não mais pela potência. O resultado desse desenvolvimento tecnológico foi o alcance da perfeita competitividade entre os concorrentes no mercado. Para demonstrar esse sucesso, a seguir, apresentamos uma tabela comparativa entre o B12M e seus principais concorrentes no mercado de ônibus articulados, o Mercedes-Benz O500MA e Scania K310. Finalizo esse texto, agradecendo ao amigo Mateus Barbosa pela colaboração e paciência que teve comigo, e parabenizo o Luciano Roncolato pelo sucesso que é a Revista Interbuss, e também pela idealização dos embates.
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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com
Pós venda e prevenção, os segredos para um serviço de transportes sem sustos Ainda hoje não é raro o passageiro, na corrida rotina das cidades, estar com pressa, o trânsito complicado e o ônibus, mesmo novo, repentinamente quebrar atrapalhando a vida de quem depende de transporte público e de quem está no carro e enfrenta um congestionamento ainda maior por conta de o ônibus ficar parado no local. Pelas condições de operação que muitas linhas apresentam, é impossível esperar que os ônibus nunca apresentem problemas e quebrem. Por isso, as companhias são obrigadas a ter equipes de socorro que resolvam os problemas na hora ou reboquem o ônibus. No entanto, muitas destas quebras no meio da rua e transtornos aos passageiros podem ser evitados pela manutenção preventiva. Muitas empresas estão cientes disso e começam a investir ainda mais nesta área. Além dos investimentos na capacitação da própria equipe e aperfeiçoamento dos métodos de trabalho, o setor registra mais um avanço: o trabalho de pós venda das concessionárias e o maior relacionamento entre autorizadas e operadoras. O BLOG PONTO DE ÔNIBUS falou com os dois lados, uma transportadora de passageiros e uma revendedora e autorizada: Leblon Transportes e Auto Sueco, concessionária da Volvo. O diretor da Auto Sueco confirma este relacionamento maior entre empresas que atendem aos passageiros e as representantes das montadoras. Mário Oliveira disse que o pós venda e a manutenção preventiva são a alma do negócio de qualquer companhia. O Grupo Auto Sueco registrou aumento significativo nos serviços de pós venda: o crescimento em 2011 foi de 26% em relação a 2010, segundo a concessionária. Destaque para as vendas de peças que subiram 22% e para o de prestação de serviços, que teve alta de 46%, o que indica não apenas um número maior de ônibus e caminhões atendidos como também a preocupação do frotista em relação a manutenção correta dos veículos. Tanto é que, segundo a Auto Sueco, metade da quantidade dos caminhões vendidos pela concessionária já contempla um plano de manutenção oferecido pela autorizada. “O número vem crescendo gradativamente: em 2009 tínhamos 846 planos em atividade e este ano já são 1.859, sendo que 573 contratos foram feitos no terceiro trimestre de 2011”, explica Mário Oliveira. Na outra ponta, a do operador, a manutenção preventiva é encarada também como a principal ação para evitar problemas de quebras no meio do caminho, oferecer qualidade no atendimento ao passageiro, segurança evitando inclusive acidentes e também de respeito do meio ambiente. Motores regulados, filtros trocados e
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peças bem conservadas evitam a emissão excessiva de poluentes não só no ar, mas também no solo, exigindo menos substituições por problemas e impedindo vazamento de fluidos prejudiciais ao meio ambiente. “A manutenção preventiva numa empresa de ônibus é a continuidade do trabalho do fabricante e do recomendado por ele. Mas as empresas devem ter iniciativas e as revisões variam de acordo com o tipo de operação, linhas e áreas atendidas” – explicou Waldemir Padilha, coordenador de manutenção da Leblon Transportes. Ele conta que além de seguir o recomendado pelo fabricante, as empresas devem analisar sua condição de operação. Waldemir explica que, basicamente há três classes que determinam de quanto em quanto tempo e em qual quilometragem devem ser feitas as manutenções: - GRUPO 1: Condições boas - GRUPO 2: Condições mais severas - GRUPO 3: Condições extremas. “O plano de manutenção preventiva leva esses fatores em consideração. E dependendo do lugar a ser atendido, é um plano diferente para o mesmo modelo” – conta. Ele faz um comparativo entre os mesmo modelos que circulam na unidade da Leblon em Mauá e na unidade de Fazenda Rio Grande – Curitiba. “A manutenção preventiva geral do Volkswagen 17-230 EOD de Mauá é feita a cada 6 mil quilômetros. No Paraná, a cada 7 mil quilômetros. Em Mauá há linhas com percurso muito íngreme e uma qualidade de viário problemática em alguns trechos. Em Curitiba a situação já é mais tranqüila. Já com o Volvo B 12 M ocorre exatamente o oposto: em Curitiba a manutenção deve ser feita em um prazo menor, isso porque os articulados B 12 M entre Curitiba e Fazenda Rio Grande fazem linhas de 40 quilômetros e em alguns trechos a velocidade pode chegar a 70 quilômetros por hora. Já em Mauá, as linhas de articulados Volvo B 12 M são retas, sem tantos desníveis e aclives, a velocidade é em torno de 40 km/h e as viagens são de 4 quilômetros de extensão cada. Assim, o B 12 M no Paraná, recebe manutenção preventiva completa a cada 5 mil quilômetros e em Mauá, a cada 7 mil quilômetros – conta. Waldemir também explicou que a quilometragem e o tempo de revisão variam de acordo com cada modelo, dentro de suas condições operacionais. No caso de Mauá, ele cita os exemplos. - 9 – 150 : micro-ônibus Volkswagen, revisão a cada 4 mil quilômetros, pelo tipo do veículo e também pelas linhas que atende serem mais severas - 15-190: midi ônibus (entre o micro e o convencional) Volkswagen: 5 mil quilômetros, também pelas linhas mais severas - 17-230: ônibus convencional Volkswagen: 6 mil
quilômetros pro conta do viários com problemas. - B 12 M: ônibus articulado Volvo: 7 mil quilômetros. As linhas são melhores e o veículo é considerado mais forte, embora requer cuidados por boa parte dele ser eletrônica e computadorizada. Waldemir alerta que o fato der a empresa escolher seus prazos de manutenção preventivas não anula os determinados pelos fabricantes, como trocas de óleo. QUAIS AS PEÇAS? Waldemir Padilha, coordenador de manutenção da Leblon de Mauá, explica que todos os elementos do ônibus são revisados no trabalho preventivo, mas ganha, destaque as seguintes ações: - trocas de filtros de ar, óleo e combustível, que além de oferecerem mais confiabilidade quanto a evitar quebras e outros problemas, se forem feitas dentro do prazo correto evitam poluição a mais no ambiente. - verificação dos cubos de roda, que interferem diretamente na segurança dos passageiros, motoristas e cobradores e de toda a comunidade atendida pela empresa. - troca de óleo e fluidos e que evitam sobrecarga nas peças, riscos de quebras e falhas de operação e ajudam na melhoria dos níveis de emissão. - verificação do compressor de ar. Waldemir alerta também para a necessidade de a empresa de ônibus não só fazer a manutenção, mas ter um controle rígido de manutenção também, ser organizada. “O aumento da vida útil de uma peça é garantia de menores custos para a empresa, alguns custos podem ser reduzidos em 100% pois há peças que se forem bem mantidas, vão durar vida toda do ônibus, de segurança para o passageiro, evitando os acidentes, e de ganhos ambientais: além de os veículos poluírem menos, com uma peça durando mais, logo haverá menos descarte de peças inservíveis no meio ambiente” – explica o especialista. Os critérios de manutenção não são apenas por quilometragem rodada, mas por tempo também. “Um filtro de óleo para direção hidráulica é trocado a cada 350 dias, se não houver problemas. Já a calibragem do pneu, também se não houver nada no meio do caminho, deve ser verificada com atenção a cada 20 dias” – conta Nos dias de hoje, a sociedade tem pressa, tem consciência de que paga pelo serviço de transportes e tem direitos. Além do mais, nada pode substituir vidas humanas. Portanto, a manutenção preventiva é feita sim para o veículo, mas deve ter foco nas pessoas. E muitas empresas adotam essa postura, mas nem todas ainda são assim.
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