REVISTA
INTERBUSS ANO 2 • Nº 88
1º de Abril de 2012
ACABOU O EURO III. AGORA, SÓ EURO V A partir de hoje as montadoras estão impedidas de vender ônibus e caminhões com motores Euro III, mesmo que tenha estoque. Agora, é só Euro V
UMA HISTÓRIA SE CONSTRÓ
REVISTA INTERBUSS 2 AN
UMA EDIÇÃO HISTÓ MOSTRARÃO O TRA BRASIL CADA VEZ M
ÓI COM MUITO TRABALHO.
NOS.
ÓRICA, COM MATÉRIAS QUE ABALHO DE QUEM FAZ UM MELHOR.
EM BREVE.
NESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS
BEM-VINDOS À REVISTA INTERBUSS
AGORA, É SÓ EURO V
| A Semana Revista
Acabou ontem o prazo final para qu se desfazer de seus últimos cha A partir de amanh
| As Fotos da Semana
Mercedes-Benz apresenta o seu off-road para condições severas
Galeria do Portal InterBuss é atualizada com 215 fotos
O OF-1519R foi concebido sobretudo para encarroçar ônibus do Caminhos da Escola
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| A Semana Revista
Governo deverá assinar na terça-feira a desoneração do mercado de ônibus Fabricantes de carrocerias para ônibus deverão ficar isentas de algumas taxas para estimular produção, mas não demitirão
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Vejam seis fotos que estão na atualização desta semana e as imagens postadas nas redes sociais e outros sites especializados!
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ANO 2 • Nº 88 • DOMINGO, 1º DE ABRIL DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 02h55 (D)
ue as montadoras pudessem assis com tecnologia Euro III. hã, venda apenas do Euro V
EDITORIAL
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A função dos cobradores
A SEMANA REVISTA
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As notícias da semana no setor de transportes
PÔSTER Adriano Minervino
Marcopolo Paradiso G7
DEU NA IMPRENSA
As notícias da imprensa especializada
SEU MURAL
A seção especial do leitor
COLUNISTAS Marisa Vanessa N. Cruz São José dos Campos
Página 13 | Deu na Imprensa
MULHERES NA VOLVO
Montadora lança livro contando a história delas
MWM passará a produzir o motor da picape da GM, o S10 Motorização vai equipar todas as versões da picape que faz sucesso pela Chevrolet
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| Nosso Transporte
Comil encerra o ano de 2011 com crescimento de 37% nas vendas
Adamo Bazani relata que a encarroçadora teve um crescimento enorme em suas vendas no ano passado
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COLUNISTAS Adamo Bazani O crescimento de 37% da Comil
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COLUNISTAS Fábio Takahashi Tanniguchi Novidades para simulador
AS FOTOS DA SEMANA As fotos que foram destaque na semana
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COLUNISTAS José Euvilásio Sales Bezerra Operação emergencial da CPTM
Obs: O Diário de Bordo, excepcionalmente, não são publicados nesta edição.
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A NOSSA OPINIÃO | Editorial
As denúncias de evasão de tarifa e a função do cobrador As recentes denúncias feitas pela EPTV Campinas (afiliada da Rede Globo) acerca do desvio de passagens no sistema metropolitano de transporte na região de Hortolândia expõe um fato que já acontece há muito tempo, mas todos tinham medo de denunciar. O esquema não parou e ainda acontece em diversas outras cidades da região, inclusive no sistema municipal de Campinas. Os cobradores chegam a lucrar cerca de R$ 100 por dia de trabalho. Apesar da população ter uma grande parcela de culpa em tudo isso, uma discussão se abre: há a necessidade da existência do posto do cobrador nos ônibus? O usuário é culpado pois acaba sendo conivente com o esquema, achando que está saindo ganhando com tudo isso só porque paga um real a menos na passagem, enquanto ele mesmo está sendo prejudicado. Sem o registro da passagem na catraca, as estatísticas de deslocamento e demanda acabam ficando distorcidas. Nesse caso específico das linhas metropolitanas
de Hortolândia, para a EMTU e para a empresa prejudicada, no caso a Viação Boa Vista, que pertence ao Grupo Belarmino Marta, a operação está correndo na mais perfeita ordem, sem superlotação, o que não é uma realidade. Como os estudos de demanda são feitos em cima do número de passageiros pagantes que registram suas passagens na catraca, o que não vira catraca é considerado excedente, e não entra na estatística. Por conta disso, não há aumento de horários nem a troca de ônibus por modelos maiores, como articulados por exemplo. Ou seja, o mesmo usuário que contribui para o ato criminoso do cobrador acaba sendo o mais prejudicado, pois tem que se submeter a andar de ônibus superlotados, sobretudo nas horas de pico. A função de cobrador é obsoleta. Em diversos países do mundo há cobradores apenas nas paradas de ônibus, que geralmente são fechadas e onde é feito o pré-embarque (o passageiro entra dentro do ônibus já com a passagem paga, agilizando o embarque). Esse sistema é muito
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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFE Luciano de Angelo Roncolato JORNALISTA RESPONSÁVEL Anderson Rogério Botan (MTB) EQUIPE DE REPORTAGEM Felipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Anderson Rogério Botan, Guilherme Rafael EQUIPE FIXA DE COLUNISTAS Marisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bonome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi REVISÃO Felipe Pereira e Luciano de Angelo Roncolato ARTE E DIAGRAMAÇÃO Luciano de Angelo Roncolato AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos a Marcopolo pelas informações referente ao novo caminhão de bombeiros da empresa, e ao Emerson Henrique Silvério pelo envio do pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor
de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss. com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 9483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem
usado na cidade de Curitiba, onde a rede de estações-tubo dos Ligeirinhos funcionam dessa forma. Em outras localidades já não há mais o aceite de dinheiro para o pagamento de passagem, dispensando completamente o uso do cobrador. O passageiro, ao embarcar no coletivo, já passa o seu cartão no validador que geralmente está localizado ao lado do motorista, que não precisa fazer cobranças, como ainda acontece em várias cidades brasileiras. No Brasil, cidades como Goiânia e Campo Grande já aboliram a cobrança de passagem em dinheiro. Além de acabar com esse golpe da catraca, a segurança aumenta tanto para o motorista quanto para o passageiro, pois sem a existência da circulação de dinheiro dentro do ônibus, os bandidos acabam perdendo o interesse nessa modalidade de assalto. A revisão da função do cobrador é mais do que necessária para que essas práticas criminosas sejam coibidas e que não haja mais distorções nos sistemas de transporte. A modernidade do sistema de cobrança também é muito importante pois agiliza tanto para o passageiro quanto para a empresa e para o trabalhador que está no carro, no caso o motorista. Será importante que os orgãos públicos repensem leis e decretos que obriguem a manutenção do posto do cobrador.
Expediente para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.
DE 26 DE MARÇO A 1 DE ABRIL DE 2012
A SEMANA REVISTA Lançamento
Lançamento do OF1519R aconteceu na terça-feira
• Automotive Business contato@j.com.br
A Mercedes-Benz apresentou na terça-feira, 27, o ônibus off road OF1519R, que atenderá a demanda do Caminho da Escola. Em julho deste ano o modelo participará da primeira licitação para o programa do governo federal. Até o fim do ano a companhia espera concretizar a venda de 3 mil chassis em concorrências públicas. Está prevista ainda a comercialização de outras 100 a 200 unidades para outros segmentos. O foco é avançar nas áreas de turismo em regiões de difícil acesso, transporte florestal e mineração. “A Vale é um cliente potencial”, explica Gilson Mansur, diretor de vendas e marketing de ônibus da empresa para o Brasil. Para atender o programa de transporte escolar em áreas rurais, o chassi recebeu 12 diferenciais em relação à versão original. Barra estabilizadora dianteira e traseira, eixo traseiro reforçado, suspensão dianteira e traseira elevadas em 120 milímetros e alarme sonoro de marcha à ré são alguns deles. O modelo é equipado ainda com motor BlueTec 5, com nível de emissões dentro do permitido pelo Proconve P7. O novo chassi foi desenvolvido entre 2009 e 2011 e recebeu parte dos R$ 1,5 bilhão de investimentos anunciados pela companhia para o período de 2010 a 2013. O incremento no preço é de cerca de 2% na comparação com a configuração urbana. Mercado de ônibus A Mercedes-Benz começou 2012 pronta para retomar o espaço perdido no mercado de ônibus no ano passado. Entre janeiro e dezembro de 2011 a companhia entregou 7,4 pontos porcentuais de participação, para 43,1% de market share. No primeiro bimestre de 2012, a montadora já reverteu a situação, ganhou 11,7 pontos e respondeu por 51% das vendas no período, com 2,7 mil unidades. O desempenho do ano anterior é justificado por Mansur pela falta de capacidade da fábrica para atender a demanda daquele momento. “Agora que iniciamos a produção
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
RURAIS • Novo chassi foi concebido para circular em zonas rurais em condições severas em Juiz de Fora (MG), liberamos espaço na flexo do início do Proconve P7, ou Euro 5. planta de São Bernardo, que agora está pronta Mansur garante que a companhia já para entregar um volume maior de ônibus”, não tem mais chassis Euro 3 no pátio, apesar explica. da parada de 10 dias na produção de caminhões Com isso, a companhia pretende e ônibus que a empresa fará em abril na univoltar a deter mais de 50% das vendas do seg- dade do ABC paulista para ajustar os estoques. mento este ano. “Temos a obrigação de man- “Estes já são modelos Euro 5 que estamos fabter a liderança”, afirma. O executivo estima ricando desde janeiro”, assegura. Segundo ele, que o mercado de ônibus desacelere de 15% a a Mercedes-Benz já tem cerca de mil unidades 20% este ano na comparação com 2011, para com a tecnologia BlueTec 5 comercializadas cerca de 30 mil unidades. O movimento é re- desde o segundo semestre do ano passado.
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Divulgação
Mercedes-Benz apresenta o seu primeiro “off-road”
A SEMANA REVISTA Um ano de sucesso
No aniversário de Curitiba, Ligeirão completa um ano de operação O Expresso Ligeirão, o maior ônibus do mundo, identificado pelos passageiros pela cor azul, completa um ano hoje, quando a cidade comemora 319 anos. O Ligeirão atende as linhas Boqueirão e Pinheirinho-Carlos Gomes e, até o início do próximo ano, entrará no eixo Norte, fazendo a ligação do Terminal Santa Cândida com a Praça do Japão. Na linha Pinheirinho-Carlos Gomes, pela Linha Verde, 14 biarticulados azuis atendem diariamente 31 mil usuários. No eixo Boqueirão, são 37 mil passageiros transportados por dia nos 12 ligeirões. No total são 30 ônibus movidos exclusivamente a biodiesel, com uma redução de 63% na emissão de poluentes, em relação aos demais ônibus da frota. Com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, o Ligeirão Azul substituiu ônibus articulados com capacidade para 170 passageiros, o que representou um aumento de 47% na oferta de lugares em cada viagem. Laboratório — O eixo Boqueirão, onde o Ligeirão, ainda na cor vermelha, foi implantado em março de 2010, tem sido um laboratório para aperfeiçoamento do sistema de transporte em Curitiba. O eixo foi construído em 1977 e tinha à época ônibus de 11 metros de comprimento e
Divulgação
• Bem Paranárra@terra.com.br
LIGEIRÃO • Expresso ganhará novo eixo de ligação a partir do ano que vem capacidade para 85 passageiros. 28 metros de comprimento e capacidade para Em dezembro de 1992, o eixo Bo- 250 passageiros. queirão inaugurou a segunda fase do sistema Também foi no Boqueirão que em Expresso, com os primeiros biarticulados — 1991 estreou a primeira Linha Direta, servida pemodelo à época pioneiro, desenvolvido para los chamados “Ligeirinhos”, na linha BoqueirãoCuritiba — de 25 metros de comprimento e Centro Cívico. Foi também o primeiro corredor capacidade para 230 passageiros. E no ano pas- de transporte a ter estações desalinhadas com sado, inaugurou o novo Ligeirão, ônibus com criação de pistas de ultrapassagem nas canaletas.
Sorocaba
• Cruzeiro do Sul
terra@terra.com.br Os terminais de ônibus de Sorocaba estão recebendo monitores de tevê instalados acima das placas de localização dos pontos. A ação faz parte do programa TV Indoor, da Secretaria de Comunicação de Sorocaba (Secom), voltado à prestação de serviço para a população. O início do funcionamento dos equipamentos nos terminais está previsto para a primeira quinzena de abril. Os monitores irão disponibilizar informações úteis ao cotidiano da população como a realização de cursos, disponibilidade de vagas de emprego no Posto de Atendimento ao Trabalhador, programação cultural e notícias da cidade, além de informações históricas de Sorocaba. Desde janeiro, algumas TVs já estão funcionando no Palácio dos Tropeiros, em unidades de saúde e Casas do Cidadão. A programação é atualizada diariamente pela Secom.
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TERMINAIS • Televisores serão instalados para a transmissão de serviços ao usuário
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
Divulgação
Terminais receberão monitores de TV
Ásia
• CRI Online
terra@terra.com.br
A segurança do transporte escolar tornou-se um assunto em destaque na sociedade chinesa devido aos acidentes de ônibus escolares ocorridos no país durante o ano passado. Entre os dias 15 e 18 de fevereiro foi realizada em Beijing a primeira exposição de ônibus escolares da China. Alguns fabricantes chineses revelaram que o seu volume de vendas aumentou notoriamente durante os últimos meses. Muitas empresas estrangeiras pretendem entrar neste mercado em clara expansão. Durante os 4 dias do certame, mais de 20 empresas chinesas e estrangeiras exibiram os seus modelos de ônibus escolares, além de outros veículos de produção recente. Zhao Ruihua, o vice-diretor da divisão de Administração de Segurança do Trabalho dos EUA, um dos organizadores da exposição, afirmou acreditar que o evento influenciará o estabelecimento de uma nova tendência no desenvolvimento da presença de ônibus escolares na China. “A exposição é muito oportuna, porque oferece uma plataforma de discussão acerca do desenvolvimento do mercado dos ônibus escolares na China. Os acidentes ocorridos durante o ano passado puseram em evidência a importância da segurança dos ônibus escolares e este assunto tornou-se numa área de extrema importância para o governo central da China. O governo está se esforçando para estabelecer e promover o sistema de gestão da segurança do setor”. Li Dusheng, diretor do Grupo Zhong Tong Carros, revelou que desde junho de 2011 o volume de vendas dos ônibus escolares da sua empresa tem aumentado consideravelmente. “Este forte crescimento ultrapassou as nossas expectativas. Apenas no mês de janeiro, recebemos mais de mil pedidos, o equivalente ao volume de negócios registrado durante todo o ano de 2011”. A experiência de Li dita que, na hora de escolher o ônibus, os compradores prestam atenção não só às características de segurança, mas também ao estilo do modelo. “A maioria dos compradores preferem os veículos tipo ônibus, porque consideram que esse estilo se assemelha aos ônibus escolares tradicionalmente vistos nos EUA e Europa.” Apesar da preocupação estética
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
iDivulgação
China promove feira de ônibus escolares visando a segurança
EXPOSIÇÃO • Chassis modernos e seguros ao lado de modelos históricos renovados demonstrada pelos clientes, Philip Horlock, transportam 24 milhões de crianças americapresidente da Corporação Blue Bird dos nas. Os motoristas do país recebem formação EUA, reitera que os ônibus escolares da sua para saberem lidar com crianças e poderem empresa não são desenhados para serem bo- dar resposta a incidentes que ponham em caunitos, mas sim para promover a segurança sa a segurança dos passageiros. A profissão é no transporte. Fatores como rigidez e dura- levada tão a sério que todos os anos existe um bilidade vêm sendo melhorados para garantir concurso para determinar o melhor motorista que, em caso de acidente, o ônibus não que- de ônibus escolar dos EUA. Este é o cenário bre e amolgue. que os organizadores da exposição pretendem “Dentro do nosso veículo, os assen- implementar na China. tos e a estrutura da capota e paredes interiores Os fabricantes chineses demonstram são contruídas em material resistente ao fogo. uma preocupação semelhante à sua concorNo caso de incêndio, o ônibus poderá garantir rente norte-americana e garantem que, muito a segurança das crianças.” mais do que uma preocupação meramente Philip Horlock afirmou que o merca- estética, o que importa nos seus modelos de do de ônibus escolares é de grande dimensão ônibus escolar é garantir a segurança das crinos EUA. Todos os dias cerca de 50 mil de anças transportadas. (Tradução: Nina Niu / ônibus escolares (tipicamente de cor amarela) Revisão: Miguel Torres)
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A SEMANA REVISTA Mato Grosso
Ônibus poderão ter radiocomunicadores Divulgação
• Circuito Mato Grosso terra@terra.com.br
Se depender da deputada Luciane Bezerra (PSB), as empresas de transporte coletivo serão obrigadas a instalar aparelhos radiotransmissores ou de celular em seus veículos, como mecanismo de segurança e proteção aos passageiros. A medida consta no Projeto de Lei 124/2012. De acordo com a Associação Nacional de Transportes Públicos, o ônibus é utilizado em larga escala, sendo responsável por 94% do transporte público. “Em vários locais, os roubos em algumas linhas de ônibus são frequentes, sem que o Estado e a empresa de
A DEPUTADA • Luciana Bezerra, autora do PL
ônibus possam fazer algo para reprimi-los”, diz trecho da justificativa da proposta. Nas rodovias de Mato Grosso, segundo a parlamentar, acontecem muitos assaltos, onde os bandidos atacam, roubam e deixam os passageiros à mercê da própria sorte, face o aumento da violência. “O intuito da proposta é o de facilitar a comunicação de pessoas que estiverem nesses veículos e em situação de emergência. A obrigatoriedade dos aparelhos de comunicação tornaria mais rápida o atendimento e a prestação do socorro”, afirmou Luciane Bezerra.
São José do Rio Preto
Ônibus ainda não são 100% acessíveis • Bom Dia São José do Rio Preto terra@terra.com.br
Os ônibus do transporte coletivo urbano de Rio Preto ainda não são 100% acessíveis aos deficientes físicos. Na terça-feira, o jornal Bom Dia fotografou 18 veículos sem as adaptações circulando pela cidade. A falta de acessibilidade provoca reclamações de deficientes que precisam usar o serviço todos os dias. A prefeitura, porém, afirma que todos os ônibus são adaptados. Calvário Para Claudineia Aparecida de Oliveira, 40 anos, atleta de vôlei adaptado, usar o transporte se torna um verdadeiro calvário. O BOM DIA a acompanhou durante o trajeto que faz para retornar para casa, quinta-feira (29) à tarde, e constatou dificuldades. “Na última vez que andei de ônibus, na terça-feira, fiquei mais de uma hora no ponto. Os dois ônibus que passaram estavam com problemas na rampa”, afirmou. Quando Claudineia se depara com circulares sem adaptação ou com problemas na rampa, os motoristas não param para ajudá-la a subir, segundo ela. “Às vezes fingem que não nos viram. Quando param e falam que a rampa tem problemas, eles perguntam se não podem me pegar no colo”, diz. Percurso Claudineia permaneceu cerca de 15 minutos em um ponto de ônibus à espera do circular “Jardim do Lago”, próximo ao Ginásio Antonio Carlos Montanhez, no jardim América, por volta das 17h. Ao ver o motorista descer para ligar a rampa de acesso, a atleta ficou feliz. “Hoje está funcionando, hein”, disse ao motor-
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ista. Ao chegar no terminal urbano, Claudineia tentou acesso ao ônibus da linha “São Francisco”, porém, sem rampa de acesso, o motorista pediu para ela esperar outro ônibus. Para Vila Toninho, nova frustração. Veículo inacessível para deficientes, com apenas duas portas. “Perdi consulta médica já. Resolver problemas do dia a dia é mais rápido para mim do que pegar ônibus”, diz. Para retornar para casa, Claudineia contou com a ajuda de sua sobrinha, Mariana Lima de Oliveira, de 9 anos. Com ônibus lotado, de novo, a rampa de acesso precisou ser ligada três vezes pelo motorista porque estava com problema. Emfim, depois de mais uma jornada, Claudineia chegou em casa.
Outro caso Marcelo Kikuti, de 34 anos, é formado em Ciência da Computação. Ele também é atleta e sua modalidade é a natação. Para ele, o espaço para cadeirantes dentro dos ônibus é pequeno. “No máximo dois cadeirantes por ônibus. Mais que isso já não cabe”, diz. Outro fator que Marcelo diz acreditar necessário é a segurança do passageiro. “A segurança também não é boa. Tem apenas um cinto de segurança”, afirma. Ministério Público Desde a última sexta-feira, o jornal Bom Dia tem publicado reportagens sobre falhas no sistema de transporte coletivo de Rio Preto. O Ministério Público ainda não decidiu qual medida irá tomar sobre o caso. Jogador de basquete comprou carro para facilitar transporte diário
Para evitar o transporte coletivo urbano de Rio Preto, o jogador de basquete adaptado, Paulo César dos Santos, mais conhecido como Jatobá, comprou um carro para não depender dos ônibus. “Todos os deficientes deveriam ter carro para não depender do transporte. É muito complicado”, diz. “Às vezes a pessoa depende de carona para ir ao seu destino. E isso pode demorar”, afirma. Mesmo longe do sistema público de transporte, Jatobá diz conversar com amigos que relatam o despreparo dos veículos para atender os deficientes. “Alguns amigos reclamam da falta de acessibilidade. A maioria tem problema com isso”, diz. Há oito anos com carro, o atleta relembra que, para deficiente, existe desconto, o que ajuda. “Varia muito. Mas o desconto máximo, tirando alguns impostos, é de 32%. O que facilita a compra. Hoje, eu vou para onde eu quero, na hora que eu quiser”, afirma Jatobá. Empresas são obrigadas a recolher ônibus para arrumar rampa de acesso, diz prefeitura O secretário de Comunicação da Prefeitura de Rio Preto, Deodoro Moreira, afirmou quinta-feira ao jornal Bom Dia que caso as rampas de acesso apresentem problemas as empresas são obrigadas a retirar os veículos de circulação, verificar os problemas e arrumá-los. Somente depois disso, os carros podem voltar às ruas da cidade. “Às vezes, os veículos apresentam problemas porque rodam na zona rural e entra poeira na engrenagem da plataforma. O ônibus podia estar transportando, mas em virtude da sujeira pode ter dado problema. Quando isso acontece, ele é recolhido para manutenção”, afirmou Deodoro.
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
Negociação
• Jornal do Comércio/RS terra@terra.com.br
Numa reunião com partidos da base aliada do governo na última quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu que o pacote de medidas para estimular a economia será anunciado na próxima semana, provavelmente, na terça-feira. Entre elas, a extensão da desoneração da folha de pagamento para, pelo menos, mais três setores da indústria e incentivos para ampliar investimentos. Um dos segmentos contemplados será o de produção de ônibus, em que o Rio Grande do Sul é líder. Segundo José Antônio Fernandes Martins, membro do conselho de administração da Marcopolo e presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), a desoneração da folha de pagamentos do setor poderá permitir uma retomada das exportações de ônibus pelo Brasil. Em 2008, o Brasil chegou a exportar 6,5 mil unidades para países da América Latina, mas esse número caiu a 4 mil no ano passado. O executivo conta que países como o Chile, que costumavam comprar do Brasil, já importam da China. “Sentimos que os chineses já começam a agredir o mercado sul-americano. Estão querendo montar bases na América Latina, que é um mercado brasileiro”, destacou. De acordo com Martins, a produção de ônibus no Brasil é praticamente artesanal e inclui todos os componentes, que vão de janelas, portas, painéis de instrumentos a ar-condicionado. “As medidas irão melhorar a nossa competitividade substancialmente.” Com a montagem de 16.319 carroçarias de ônibus, o Rio Grande do Sul manteve a liderança nacional com 46% dos volumes totais de 2011. Mas o crescimento de 6,6% sobre a produção de 2010 ficou abaixo da nacional, que chegou a 9%, num total de 35,5 mil unidades. Maior fabricante de ônibus do Brasil, Caxias do Sul perdeu participação: caiu de 37% para 34% em 2011. As duas empresas localizadas na cidade, Marcopolo e Neobus, montaram 12,2 mil unidades, apenas 1% de crescimento na comparação com o ano de 2010. Já a Comil, de Erechim, atingiu a marca de 4,1 mil veículos, crescimento de 36%, o maior dentre as encarroçadoras nacionais. Em função do resultado elevou de 10% para 11,5% sua participação no bolo total. No caso da desoneração da folha, o acordo é para que a alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja reduzida
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
Divulgação / Neobus
Governo vai desnorerar fabricantes de ônibus para estimular mercado
FÁBRICA DE ÔNIBUS • Estagnação do mercado estava prevista para este ano de 20% para zero, e o empresariado opte pelo taxa para produtos importados. recolhimento de algo como 1% no faturamento. Pelo Plano Brasil Maior, a alíquota que vinha Produção da Marcopolo teve elevação de sendo adotada até agora, para alguns setores, 2,5% no ano passado na comparação com chegava a 1,5%. 2010 Além de Martins, do setor de fabrica- Segundo dados da Associação Nacioção de ônibus, o ministro Mantega recebeu tam- nal dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), a Marbém Humberto Barbato, presidente da Associa- copolo montou em 2011, em Caxias do Sul, ção Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica 8.338 carroçarias, crescimento de 2,5% sobre (Abinne) e Rogério Mani, diretor da Associação 2010. A Neobus, por sua vez, apresentou queda Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). de 1,5%, somando 3.863 unidades. Nestes volBarbato defendeu as medidas que, segundo ele, umes não está incluída a produção do Volare, são fundamentais para que a produção nacional modelo da Marcopolo, considerado pela Fabus possa ganhar competitividade ante os produtos como veículo pronto, e que entra nas estatístiimportados, que cada vez mais chegam ao País cas da Associação Nacional dos Fabricantes de com preços inferiores aos do mercado interno. Veículos (Anfavea). A Fabus computa somente O baixo preço é provocado pelo dólar que, mais as carroçarias vendidas. No caso do Volare, a barato do que o real, entra no País atraído pelas Marcopolo faz a venda integrada da carroçaria altas taxas de juros e também por causa de me- ao chassi. canismos que provocam uma desvalorização Por modelos, o Rio Grande do Sul artificial das moedas estrangeiras. responde por 81% da produção nacional de Ao contrário do que anunciaram rep- rodoviários, com total de 6 mil ônibus, dos resentantes de outros setores que têm negociado quais 75% têm a marca Marcopolo. Também com o governo, o representante da Abinee disse é líder absoluto no segmento de micro-ônibus, que Mantega não pediu a garantia da manuten- com 3.845 veículos, equivalente a 77% da ção dos empregos em contrapartida aos benefí- produção. A liderança é da Neobus, com 41% cios à indústria. “Não houve nenhuma exigên- dos volumes nacionais. Nos modelos intermucia de contrapartida até porque nós estamos tão nicipais a participação é de 86%, com 2,4 mil sufocados que essas medidas chegariam em um unidades, das quais 1,7 mil montadas pela Marmomento em que a indústria está na UTI. Tudo copolo. Já em urbanos a representatividade cai praticamente está sendo importado. Não há para 20%, com 4.056 unidades, cabendo 1,6 mil como a gente dar alguma coisa em troca neste para a Comil, representando 8% do volume nainstante”, disse Barbato. cional. Pela proposta anunciada pelo rep- A produção brasileira de ônibus conresentante da Abinee, a desoneração da folha siderada pela Fabus se dá ainda em duas emde pagamento não seria para todo o setor elé- presas, Caio/Induscar e Irizar, na cidade de trico, mas sim para quem produz 35 produtos Botucatu, interior de São Paulo, que respondem utilizados nas áreas de geração, transmissão e por 29% do total. Em Duque de Caxias, no Rio distribuição de energia elétrica. De acordo com de Janeiro, está a Ciferal, controlada da MarBarbato, outras medidas estão sendo estudadas, copolo, com participação de 18%. Há, ainda, a como a desoneração das exportações e a sobre- Mascarello, em Cascavel, no Paraná, com 7%.
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A SEMANA REVISTA Exportação
MAN Latin America vende oito ônibus para aeroportos de Angola Divulgação
• Automotive Business terra@terra.com.br
Nos próximos meses, a MAN Latin America entregará oito ônibus 17.260 EOT para transporte interno em aeroportos de Angola. Os veículos terão piso baixo, adequado a levar pessoas com dificuldade de locomoção. Os novos ônibus serão utilizados em Luanda e foram comprados pela Ghassist, empresa exclusiva na operação dos aeroportos de Angola. Cinco unidades já foram entregues pela Asperbrás, representante oficial da MAN Latin America no País, e por responsáveis da área de assistência técnica da montadora. O lote completo será embarcado até junho de 2012. “É a primeira vez que fazemos esse tipo de operação com o aeroporto e acreditamos criar um impacto positivo com esses ônibus em Angola, visto que no País ainda não temos ônibus específicos para transporte de passageiros no aeroporto. Para os próximos meses, a perspectiva é de que o cliente adquira mais oito unidades para atender às províncias de Angola”, diz Geraldo Hypólito, diretor da Asperbrás. Além dos treinamentos para utilização do veículo, a MAN e a Asperbrás vão oferecer ao cliente um acordo comercial com atendimento especial de pós-vendas e manutenção realizada dentro de suas instalações, com preços de peças e mão de obra
CORREDOR • Para comerciantes, faixa exclusiva os prejudicou e por isso pediram o fim dela diferenciados e visitas técnicas periódicas. Todos os veículos exportados para Angola O chassi Volkswagen leva a carro- são 100% implementados no Brasil, a MAN ceria Mascarello Granvia Low Entry. Tem entrega a solução completa. Em 2011 a mon12,4 metros, três portas de serviço com tadora enviou 237 veículos a Angola, equiacionamento pneumático, ar-condicionado pados com carroceria de carga seca, comde teto, itinerário frontal eletrônico e câ- pactadores de lixo, caçambas basculantes e mara traseira para auxílio em marcha à ré. outros.
Campo Grande/MT
Cidade dos Ônibus finalmente sai do papel • Correio do Estado
terra@terra.com.br Com investimento avaliado em R$ 50 milhões e a promessa da geração de 1,5 mil empregos, a Cidade do Ônibus começa a ser construída no Polo Empresarial Sul, em Campo Grande. O lançamento das obras do projeto aconteceu na manhã de quinta-feira (29). A área reservada para o empreendimento é de 218 mil m³ que concentrarão 20 empresas de transporte rodoviário intermunicipal, estadual e internacional. O local contará também com uma espécie de shopping de serviços para as empresas com sede na Capital. O objetivo é de que até o final do ano cerca de 600 ônibus do transporte rodoviário deixem de realizar o trajeto diário de suas garagens até o centro. Estiveram presentes no evento o prefeito Nelsinho Trad, o vice Edil Albuquerque e o governador André Puccinelli.
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INÍCIO • Autoridades presentes no lançamento das obras da Cidade dos Ônibus, no MS
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
Tecnologia
Luciano Roncolato
Euro III chega ao fim
EURO III • A partir desta segunda-feira, veículos com a tecnologia antiga não podem ser mais vendidos. Agora, apenas com a tecnologia Euro V
• Transpo Online
terra@terra.com.br Independente dos estoques armazenados nos concessionários autorizados, cujo volume está difícil apurar, o fato é que encerrou na sexta-feira, dia 30 de março, um importante ciclo da indústria brasileira. Essa foi a data legal limite para as montadoras faturarem a entrega dos veículos comerciais da safra Euro III para a rede autorizada. A partir de segunda-feira, dia 02 de abril, as fábricas só poderão entregar para suas lojas autorizadas veículos comerciais pesados com tecnologia Euro V. A importância da data está no fato de que essa mudança eleva o Brasil, ao menos neste particular, ao bloco dos países de primeiro mundo nas questões de controle de emissões geradas por veículos automotores. Pelo acordo, as montadoras poderiam processar a manufatura dos veículos comerciais pesados Euro III até o dia 31 de
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
dezembro 2012 e entregar a produção para a rede até final de março. A partir de primeiro de janeiro só veículos com tecnologia Euro V poderiam ser produzidos no Brasil. Muitas montadoras, para atender a alta demanda do mercado pelos veículos antigos (e mais baratos) no ano passado, elevaram a produção o que acabou gerando um estoque que teve o dia 30 de março como prazo máximo para ser escoado. Com isso, a indústria acabou batendo seu recorde de produção e venda em 2011 quando as compras antecipadas contribuíram para o histórico volume total de 207.410 unidades, sendo 172.661 caminhões e 34.749 ônibus. No início dessa semana algumas montadoras estavam com os pátios cheios de modelos Euro III. Com a tecnologia Euro V, o Brasil se posicione bem e com destaque entre os países que aplicam políticas avançadas para o controle de emissões veiculares. A
fase 7 do Proconve exige a redução de 80% nas emissões de Material Particulado e de 60% nas emissões de Óxidos de Nitrogênio (NOx), em relação à legislação atual. Para alcançar essas metas os fabricantes recorreram às mais avançadas tecnológicas que vão resultar em melhor qualidade do ar, especialmente nas grandes metrópoles. A diminuição do volume de emissões é alcançada basicamente de duas formas, sendo que a maior parte utilizada a tecnologia SCR - redução catalítica seletiva, com o auxílio do aditivo Arla 32 para pós-tratamento dos gases de escape. A outra é a EGR, mais usado nos comerciais leves, que recorre à recirculação dos gases emitidos pelo escapamento como forma de redução de HC e CO. Nesse, os materiais particulados são reduzidos através da alta pressão de injeção de combustível e não há necessidade de usar aditivos.
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REVISTAINTERBUSS A D R I A N O S Ã O
M I N E R V I N O
G O N Ç A L O / R J • R I O
M I N H O
DEU NA IMPRENSA Transpo Online
MWM fará o motor da picape S10 Divulgação
• Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
A exemplo do que já vem fazendo com a MAN, a MWM International passa a produzir para a General Motors o novo motor diesel que esta equipando a picape S10. Batizado de Chevrolet CTDI, o motor tem 2.8 litros, 180 cv e foi todo projetado pela montadora que até o ano passado usava o motor MWM no seu utilitário leve. A nova linha de montagem, na cidade de Canoas, (RS) teve investimento de US$ 80 milhões para se adequar à nova demanda. A capacidade de produção é da ordem de 300 mil motores ano e deve atender a demanda da montada em outros mercados. O processo de terceirização da produção do motor Chevrolet 2.8 CTDI pela MWM International foi anunciado em 2008 e vem consolidar a parceria que as duas empresas mantém ao longo de 48 anos, período em que foram fornecidos em torno de 860 mil motores para a montadora de veículos. Essa nova geração de motores diesel de alta rotação (a potência é alcançada a 3.800 rpm) é mais moderno e será usado como uma das armas da GM para manter a S10 como líder de mercado. O segmento de comerciais leves é um dos que mais cresce no cenário brasileiro
e vem ganhando novos participantes a cada ano, como a picape Amarok, da Volkswagen. Para José Eduardo Luzzi, presidente da MWM International, este novo modelo de negócio reforça a nossa parceria entre as empresas e contribui para o crescimento da montadora no País. O contrato, que prevê o fornecimento de 300 mil motores até 2018,
é considerado o maior do gênero na história da fabricante de motores a diesel. A produção do motor está distribuída entre três plantas do fabricante. O bloco é fundido em São Paulo, o cabeçote na Argentina, e a montagem final em Canoas. A montagem final na picape S10 é feita em São José dos Campos, em São Paulo.
Transpo Online
Renault lança Master EGR Euro V • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
Sem nenhuma revolução em termos de design, a Renault do Brasil apresentou a linha de furgões Master equipada com a nova tecnologia EGR de motores diesel Euro V, de acordo com a norma Proconve L6, que prevê a redução das emissões de poluentes, preparada para abastecimento com o diesel S-50. O sistema EGR (Recirculação dos Gases de Escape) dispensa o uso do fluído Arla 32 – indispensável no sistema SCR – e é indicado para veículos leves. Sendo assim, a linha Master passa a ser equipada com o motor EGR 2.5 dCi 16V. Uma válvula permite que entre 20% e 30% dos gases de escape inertes sejam reutilizados pelo motor, reduzindo a pressão e diminuindo a temperatura na câmara. Minibus Master recebe nova carroceria A Renault aproveitou a ocasião
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para aposentar a versão Minibus L2H2 (teto alto, chassi médio) de 16 lugares, e lançar a nova geração Minibus L3H2 (teto alto, chassi longo). Dessa forma, o Master Minibus fi-
cou mais comprido, aumentando o espaço interno e, consequentemente, o conforto para os passageiros. O Renault Master Minibus L3H2 pode ser equipado com banco fixo ou reclinável.
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA
Transpo Online
A Land Rover da Princesa Diana • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
É muito interessante observar a reação de um “anônimo” ao fazer parte de um momento histórico. No início de 1991, o Brasil recebeu a importante visita do casal real formado pelo príncipe Charles e a princesa Diana. Na ocasião, a realeza inglesa doou uma pick-up Defender 110 a diesel da Land Rover para fins de defesa da preservação ambiental. “Um inglês participante da comitiva e envolvido com assuntos de meio-ambiente me contou, quando trouxe o veiculo, que se tratava de uma doação da princesa para pesquisas em meio-ambiente”, lembrou Enrico Hyppolito, Instrutor de Operações de Caminhões Multi Tração, que na época trabalhava em uma concessionária de caminhões da Mercedes-Benz. O Land Rover Defender 110 chegou às mãos de Hyppolito no dia de 22 de abril de 1991, uma data que ficou marcada em sua cabeça dada à importância da ocasião. “Uma certa sensação de um momento especial seria aquela revisão preventiva completa em um veiculo doado pela linda princesa Diana”, exalta. “Aquele veículo era uma novidade e tivemos tempo de saborear aquela riqueza de construção veicular em detalhes. Vasculhamos toda a forma de engenharia, famosa mundialmente, e contamos com a sorte de ser novo e estar tinindo. Afinal era um veiculo da marca que ficou famosa nas edições anuais do Camel Trophy (tradicional competição de rally que não existe mais). Começamos a admirar mais a
marca”, recorda com saudosismo. Segundo Hyppolito, o trabalho até que foi fácil, embora exalte a responsabilidade da demanda. “Foi fácil fazer a revisão, mas tive a responsabilidade de entender o manual em inglês. Ele trazia um manual do mecânico, além do de manutenção. Era um veículo novo e a equipe que usaria o veículo só queria ter certeza de que estava tudo certo. Houve, porém, uma reclamação de um barulho dentro da cabine, mas que foi facilmente arrumado”, revela. “Acho que o inglês que veio buscar o Defender pensava que teria de
pagar uma fortuna pelo serviço. Mas a empresa não cobrou nada pelo serviço”, conta. O modelo em questão era equipado com motor diesel 2.5 Litros com quatro cilindros em linha e 67 cavalos de potência a 4.000 rpm e 150 Nm a 150 rpm. O motor era aspirado e com injeção indireta. O Defender 110 desenvolvia velocidade máxima de 100 km/h. Recebia também a transmissão mecânica de 5 velocidades Leyland Transmission LT77. A tração 4x4 permanente mostrava a vocação off-road do Land Rover naquele tempo.
Transpo Online
Rolls-Royce inicia testes com T56 • Do Site da Transpo Online jsalto@portalcopa2014.com.br
Durante o segundo semestre deste ano, a Força Aérea dos Estados Unidos iniciarão, em parceria com a Rolls-Royce, iniciará os voos de teste com aeronaves equipadas com os motores turbopropulsores T56, que serão modernizados. De acordo com a RR, a atualização da série 3.5 foi desenvolvida com objetivo de proporcionar economia de combustível (em até 10% até 2015) e maior segurança, além de um avançado Custo de Ciclo de Vida, permitindo que a frota das aeronaves de transporte militar C-130H seja mantida até o ano de 2040. Também está previsto uma redução de consumo de energia de até
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
8%, bem como a otimização do funcionamento em condições de elevada altitude e alta temperatura (“hot and high”). Cerca de 220 aeronaves C-130H são compatíveis com esse upgrade. A Força Aérea estadunidense prevê uma economia de US$ 3,5 bilhões sobre a vida útil da frota, no longo prazo, somente com a atualização do T56.
“Por isso, aprimoramos o desempenho e a segurança dos nossos motores, que vão permitir que a Força Aérea estenda o prazo de vida da sua frota C-130 em décadas, além de economizar potencialmente bilhões de dólares”, justifica Patricia O’Connell, Presidente de Negócios com Clientes da divisão de Defesa da Rolls-Royce.
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FOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS
SEU MURAL Pesquisa da Semana
Em 2010
ATÉ ONTEM ESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:
Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?
41,98% • Scania 28,4% • Volvo 19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks 2,06% • Agrale 1,23% • Outras A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:
Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?
VISITE:www.portalinterbuss.com.br E VOTE!
EM ITAPEVA Os colecionadores Guilherme Rafael, Sérgio Carvalho e Tiago de Grande durante passagem pela cidade, localizada no sul do Estado de São Paulo
PARA QUEM AINDA NÃO CONHECE - PARTE 3
A Viação Mourão, de Lençóis Paulista, tem uma pintura idêntica a usada em Campinas entre os anos de 1995 e 2000. Apesar disso, nenhum carro da empresa é ex-Campinas, apenas a identidade visual que é praticamente a mesma. Dá para ter uma ideia de como seriam esses carros mais novos com a pintura do SIT Campinas. 18
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. Cruz ideiaselembrancas@gmail.com
O transporte de São José dos Campos
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
Marisa Vanessa N. Cruz
No dia 17 de março, junto com outros 15 entusiastas organizados pela Associação Paulista de Busólogos, fui visitar a cidade de São José dos Campos para ver como andam as coisas em termos de transporte urbano municipal e intermunicipal, cuja novidade foi a nova empresa de ônibus a operar, a Saens Peña, e o aumento de frota da Expresso Maringá com Millennium Scania K270. Já visitei a mesma cidade em janeiro de 2010, para ver as linhas e os ônibus das novas empresas Júlio Simões (hoje CS Brasil) e Expresso Maringá e, de quebra, me despedir dos antigos ônibus da Real e Capital do Vale que rodavam nas linhas que eram da São Bento. Em comparação da minha visita de dois anos atrás até agora, eu só vi mudanças na Pássaro Marron com novos G7 para São Paulo. A frota da Viação Jacareí e da linha da Litorânea para a cidade de Paraibuna continuava a mesma, sem aparentes renovações. E a frota da Viação Cidade Natureza com seus ônibus comprados de empresas de Minas Gerais, faz linhas para a cidade vizinha de Monteiro Lobato. Minha primeira viagem foi em 1989. Lembro-me das três antigas viações: da Real, da Capital do Vale e da São Bento, predominando o modelo Amélia. Só lembro-me da Dutra, do comércio central da cidade e dos intermunicipais da Viação Jacareí com as laterais de “Jacareí-São José”. Depois daquela época, só passando pela cidade cortando a Via Dutra. Antes, a Viação São Bento detinha o monopólio dos transportes municipais na capital do Vale do Paraíba. Eram dos mesmos donos do jornal Valeparaibano, inclusive até os anos 1970 possuíam outra viação na capital paulista, a Viação São Benedito, que foi incorporada à Tupi, e tinham também parte da Viação Santa Paula, de São Caetano do Sul. A primeira empresa São Bento foi encampada pela Prefeitura por volta de 1983. Todos os seus ônibus ostentavam o nome da autarquia da prefeitura, a URBAM (autarquia municipal de desenvolvimento urbano) e em seguida, foi vendida ao empresário Constantino de Oliveira, desmembrando em outras três empresas citadas acima. Lembrando que em 1984 Constantino adquiriu dezenas de empresas no país em um único ano e mais tarde o empresário repassou as empresas de São José dos Campos para seus sócios Baltazar José de Sousa e René Gomes de Sousa. Até a licitação de 2008, ao contrário de muitos leitores pensarem, não havia monopólio entre as antigas três empresas. Entretanto, havia monopólio até 1998. A Viação São Bento, no entanto, pertencia à empresa
SÃO JOSÉ • Millennium II Scania K270 da Expresso Maringá e Viale O-500U da Saens Peña Costamar desde 2002, e em contrapartida, perdeu a concessão para operar linhas na cidade de Ubatuba em 2003. Foi somente em 2008 que, após o cancelamento da permissão da empresa, que entraram a Real e a Capital do Vale para operar todas as linhas da viação extinta. Hoje o transporte urbano de São José dos Campos ainda passa por reformulações, mesmo após a entrada de outras três empresas de ônibus na cidade, pois ainda constam reclamações em reportagens pesquisadas na Internet: Deficiências em partidas de ônibus, o tamanho dos veículos não encaixam à demanda, baixas partidas em lugares mais distantes e falta de integração total com o Bilhete Único, sendo que para a cidade é impossível pegar dois ônibus em uma mesma região pagando a
mesma tarifa. E somente pouquíssimas linhas dispõem de ônibus Padron, bem mais largos e que são o sonho de consumo de milhares de passageiros, que querem ônibus cheio de conforto como os montados sobre Scania K270 ou Mercedes-Benz família O-500. Na minha opinião, ainda não posso dizer que a cidade fez uma revolução nos transportes, com exceções em termos de renovação de frota e troca de gestão. Ainda falta muita coisa a ser feita, pois é preciso que a qualidade das linhas seja melhorada, evitando superlotações e demoras constantes. Mas mesmo assim a cidade de São José dos Campos fez um exemplo de limpeza, tirando empresários que não são aprovados pelo Poder Público, pela população e pelos entusiastas de ônibus.
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MULHERES NA VOLVO
Trajetória de mulheres na Volvo vira livro
“Mulheres, Elas Fazem História”, conta a história de mulheres que trabalharam na montadora • Da Volvo
Divulgação
alexandrobusologofronteiro@gmail.com O incentivo que o Grupo Volvo oferece para que as mulheres ocupem cargos de liderança e a participação delas em um ambiente predominantemente masculino são retratados no livro “Mulheres, Elas Fazem História”. Lançado hoje, 27 de março, às 19 horas no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, pelo grupo Mulheres Executivas do Paraná (MEX/PR), o livro aborda o universo das mulheres executivas paranaenses e apresenta experiências profissionais, práticas empresariais e reflexões sobre a liderança feminina. “A Volvo valoriza a diversidade no ambiente de trabalho por acreditar que ela favorece um ambiente rico e criativo”, afirma Solange Fusco, gerente de comunicação corporativa da Volvo. Fabricante de caminhões, chassis de ônibus, motores e cabines, a Volvo é uma empresa de um setor onde predominam profissionais do sexo masculino. No Brasil, a companhia, de origem sueca, adota uma política para aumentar o número de mulheres na produção e em cargos administrativos. A presença de mulheres já uma realidade nas linhas de montagem da fábrica de motores, de ônibus e de caminhões pesados e semipesados. “No início éramos apenas quatro mulheres na linha, o que sempre gerava uma espécie de estranheza por parte dos colegas homens. Mas não há o que não se aprenda e o que não se possa fazer. Há dificuldades para qualquer gênero, o importante é a persistência e a dedicação em vencê-las”, conta Andréia Rodrigues, técnica de produção na fábrica de motores. Andréia está na Volvo há 10 anos. Começou como guarda-mirim, trabalhou como operadora de montagem e foi líder de equipe.
profissional. Fico feliz de hoje ser um exemplo para tantas outras mulheres que estão construindo sua trajetória profissional”, diz Solange Fusco. O trabalho desenvolvido pela executiva é fundamental para que a comunicação da Volvo do Brasil seja reconhecida como referência em comunicação corporativa e até mesmo para que a empresa seja uma das melhores para se trabalhar no País. Solange Fusco foi uma das primeiras executivas a integrar o grupo que forma o Espaço Mulheres Executivas do Paraná. Criado em 2007, o grupo reúne empreendedoras e também mulheres que ocupam posições de liderança nas organizações nacionais e multinacionais presentes no Estado.
Nova Volare com motor Euro V chega ao mercado e já tem cem unidades entregues aos pequenos compradores
Experiência A gerente de comunicação corporativa da Volvo é uma das 64 executivas paranaenses que relataram sua experiência profissional para compor as histórias retratadas no livro. Há mais de 25 anos na Volvo, a trajetória da executiva confunde-se com a de milhares de mulheres que optaram por investir em uma carreira de sucesso. “Eu me preparei, investi no meu desenvolvimento
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Desafios Em “Mulheres, Elas Fazem História” a autora Mayla Di Martino, que é psicanalista e professora universitária, articula as histórias das executivas com pesquisas recentes e a discussão atual sobre políticas e práticas para o avanço social feminino. “O livro traz relatos corajosos sobre os desafios e impasses para a aceleração das carreiras profissionais femininas”, diz Regina Arns, presidente do MEX/PR. Segundo ela, ao falar de suas escolhas, as participantes do grupo revelaram possuir diferentes estilos de vida
INÉDITA • Iniciativa pioneira dá origem ao livro que conta a história de mulheres de sucesso que ajudaram no crescimento da Volvo e comprometimento com a carreira profissional. “Mais ainda, demonstraram como é possível sustentar tais escolhas – mesmo que para isso, seja preciso mudar a si própria, mudar o ritmo da carreira ou optar por um novo caminho”, conta Regina. A proposta da obra é ocupar uma lacuna na literatura nacional que aponte um caminho diferente sobre o tema. “Desde o início, o livro não pretendia tratar as mulheres como uma ‘classe’ diferente da dos homens que ocupam cargos executivos. Ele parte do pressuposto de que existem diferentes estilos de liderança e de carreiras também entre as mulheres”, destaca a presidente da entidade. Para a autora do livro, uma das importantes reflexões é o entendimento de que a igualdade de oportunidades entre os sexos, no mundo social, implica o reconhecimento da diferença. “É preciso reconhecer a divergência entre os papéis sociais dos homens e das mulheres, especialmente daquelas mulheres que procuram conciliar a maternidade e a carreira profissional. E também entender as diferenças em termos de preferências por trabalho e estilo de vida que existem entre as próprias mulheres”, detalha Mayla. “Mulheres, Elas fazem história”, é editada pela Editora Posigraf, tem tiragem inicial de 10 mil exemplares e conta com 200 páginas.
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
A PRIMEIRA GALERIA DE IMAGENS ESPECIALIZADA
IN PHOTOS ACESSE, FAÇA SEU CADASTRO E POSTE NA HORA FOTOS DE VEÍCULOS COMERCIAIS DA MERCEDES-BENZ! www.portalinterbuss.com.br/mercedes-benz EURO V • A nova grade do Volare, o ponto de injeção do ARLA32, e o painel do novo micro
REVISTAINTERBUSS • 25/03/12
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NOSSO TRANSPORTE Adamo Bazani adamobus@gmail.com
Comil encerra 2011 com receita bruta 37,6% maior que no ano anterior Valor chegou a R$ 550,4 milhões. Para este ano, maior perspectiva da encarroçadora é nova planta no Sudeste A Comil, encarroçadora de ônibus sediada em Erechim, no Rio Grande do Sul, divulgou hoje seu balanço de 2011. De acordo com a empresa, a receita bruta do ano passado em comparação a 2010 chegou a R$ 550,4 milhões, o que representou aumento de 37,6%. Levando em conta o EBTIDA (EarningsBbefore Interest,Taxes, Depreciation and Amortization) que são os lucros antes da contabilização da depreciação, taxas, juro e impostos, a Comil também registrou crescimento. Em 2011, o EBTIDA foi de R$ 33,2 milhões, o que significou 7,2% sobre a Receita Líquida enquanto em 2010, os lucros descontando a depreciação, a amortização, os juros e as taxas foram de R$ 22,6 milhões, representando 6,7% da Receita Líquida. A empresa foi a encarroçadora que mais cresceu no ano de 2010 no setor. Em volume de produção, de acordo com dados apresentados pela própria Comil, o crescimento foi de 27%. No setor de rodoviários, o crescimento do volume de produção na comparação de 2011 com 2010 foi o mais expressivo, somando 1 mil 798 unidades, uma alta de 40%. Segundo a Comil, o resultado se deve à aceitação da linha Campione, que compreende veículos de fretamento e para curta distância até mais sofisticados, como o HD, com piso superior do salão dos passageiros, e o recém lançado DD (Double Decker), ônibus de dois andares de aplicação rodoviária. Em relação aos ônibus urbanos, a Comil teve crescimento de 19,3%, produzindo um total de 1 mil 659 veículos. Os destaques dos modelos urbanos foram o Svelto e o Svelto Midi (do tipo micrão). Em relação aos micro-ônibus de diversas categorias, foram feitos pela encarroçadora 661 veículos, o que representa aumento de 15,2%. A participação da Comil no mercado de ônibus no País também cresceu passando de 9,9% em 2010 para 11,6% em 2011. Em 2011, os investimentos foram de R$ 17 milhões para a manutenção da fábrica e desenvolvimento de novos modelos. Além do modelo de dois andares, Comil Campione DD, que possui alto valor agregado, outro modelo novo que foi destaque é o Comil Svelto para chassi de piso baixo, indicado para operações em vias de melhores condições ou corredores exclusivos
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AUMENTO • Ônibus urbano da Comil.Empresa registrou crescimento de 27% no volume de vendas de 2010 para 2011 e a receita bruta subiu 37,6%. Em 2012, encarroçadora vai inaugurar planta no Sudeste, especializada em ônibus urbanos. Foto: Adamo Bazani para ônibus. A Comil acredita que além do mercado doméstico, o modelo de dois andares rodoviários terá participação relevante em países como Argentina, Chile, Peru e Venezuela, onde a aplicação deste tipo de ônibus é maior que no Brasil. Por isso mesmo que a encarroçadora diz acreditar no crescimento da comercialização deste tipo de ônibus no mercado brasileiro com a ampliação do setor de turismo, impulsionado pelo avanço da renda e maior demanda gerada pela Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. A empresa diz que os investimentos no Pós - Venda têm sido essenciais para o aumento na participação do mercado, fidelização dos clientes e atração de novos compradores que acabam recebendo indicações positivas de quem foi atendido pelo serviço. Em 2012, a perspectiva geral do mercado de ônibus é de desaceleração. No ano passado, muitos empresários anteciparam as renovações de frota por conta da mudança de tecnologia de emissão de restrição de poluentes, que antes era baseada nas normas Euro III e a partir de janeiro deste ano começou a ter como referência os padrões Euro V. Os veículos do Proconve fase 7 Programa de Controle de Poluição do Ar por
Veículos Automotores - P 7 chegam a poluir com o diesel S 50 cerca de 80% menos, mas custam até 15% mais. Isso sem contar que alguns modelos, com o sistema SCR, de Redução Catalítica Seletiva, usam além do diesel, um fluido chamado ARLA 32. Apesar de as montadoras garantirem que os novos motores com a tecnologia Euro V consumirem menos combustível, compensando o custo a mais com ARLA, muitos empresários ainda ficaram na dúvida e preferiram comprar ônibus antecipadamente. Assim, a alta acima do habitual registrada no ano passado deve ser “compensada” com uma desaceleração em 2012. Mesmo assim, a Comil vê o cenário de forma positiva no médio e longo prazo, em especial pelos investimentos das cidades em modernização dos sistemas de mobilidade, algumas para receberem eventos como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. O quadro econômico geral do País também é visto de forma positiva pela Comil, o que deve influenciar no mercado de ônibus. No primeiro semestre deste ano, a Comil deve anunciar uma planta no Sudeste, onde vão ser produzidos veículos urbanos. Para a planta devem ser investidos R$ 110 milhões.
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
PARADA DIGITAL Fábio T. Tanniguchi fabiott@revista.portalinterbuss.com.br
Novidade - European Bus Simulator 2012
REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
Reprodução
A alemã TML-Studios, já consagrada pelo jogo Bus-Cable Car-Simulator/ San Francisco (um jogo com ônibus e bondes de San Francisco) e pelo City Bus Simulator 2010 (primeiro jogo exclusivamente de ônibus dos alemães, retratando Nova York), virá com o European Bus Simulator 2012. Se o BCCS de 2011 já tinha impressionado pelo capricho nos detalhes, pelo ótimo enredo do jogo e pelo ótimo desenvolvimento do comportamento do ônibus articulado (o que é novidade nos jogos de ônibus, que normalmente não permitem a criação de ônibus articulados ou possuem algo não muito fiel à realidade), o EBS 2012 promete muito mais. Vamos começar pelos controles do ônibus: maior realismo no comportamento, faróis e lanternas refeitas, ajustes no assento do motorista, sistema de ar condicionado agora nas mãos do motorista, freios refeitos, monitoramento dos tanques de diesel e ARLA32, monitoramento da temperatura do motor, do óleo da caixa de câmbio, do líquido de arrefecimento e do óleo. Todo o tráfego virtual de carros e pedestres foi reprogramado para garantir mais realismo. Os passageiros também tiveram seu comportamento reprogramado para deixar o jogo ainda mais rico. Tudo isso em um ambiente que simula uma cidade tipicamente alemã, com 6 distritos, ruas estreitas, avenidas e viadutos. Também será possível editar os itinerários dos ônibus, criando suas próprias linhas (com tabela horária, tempo programado entre cada parada, etc.), dando mais liberdade ao jogador e deixando o jogo muito mais flexível. Como podem ver, os veículos são baseados no Mercedes-Benz Citaro, em versão convencional e articulado. Um dos pontos mais importantes é a questão do desempenho: os desenvolvedores perceberam que nem todos possuíam computadores potentes o suficiente para rodar esses jogos de simulação com tanto detalhamento. Seguindo o exemplo deles mesmos, em World-of-Subways 1 (Nova York PATH), o European Bus Simulator 2012 oferecerá as opções Low e High. Logicamente, quem usará a opção Low também deverá ter placa de vídeo de desempenho minimamente aceitável para jogos em geral, o que pode desagradar alguns brasileiros, mas já será um ótimo avanço em relação ao quão pesado era o Bus Cable Car Simulator lançado no ano passado, que não possuía essa flexibilidade. A versão em alemão já foi lançada, e por algum motivo muito questionável, a TML-Studios não traduz o jogo para o inglês
nem espera a tradução das inglesas Astragon e Excalibur Publishing para lançar as versões em inglês e em alemão juntas. Tanto é que o jogo foi lançado como Bus Simulator 2012 e será lançado em inglês como European Bus Simulator 2012. A Excalibur já faz a pré-venda, e o
preço é de 24,99 libras esterlinas, o que deve dar em torno de 71,90 reais. Como o produto não será vendido no Brasil em boxes, a única opção é comprar a licença para download. E vale a pena esperar o lançamento para comprar em euros em lojas conceituadas, especialmente a Aerosoft.
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AS FOTOS DA SEMANA Portal InterBuss - Nova Galeria de Imagens • www.portalinterbuss.com.br
JORGE CIQUEIRA Marcopolo Paradiso G6 1800DD Scania K124IB • Expresso Brasileiro
JORGE CIQUEIRA Busscar Urbanuss Pluss MBB O-500M • Expresso Maringá
THIAGO SIONE Irizar Century MBB O-500R • Mercedes-Benz
THIAGO SIONE Irizar Century Volksbus 18.310 OT • Volta Redonda Futebol Clube
THIAGO SIONE Marcopolo Torino 2007 MBB OF-1722 • TCPP
IGOR DRUMOND SOARES Caio Apache S21 MBB OF-1417 • União
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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA
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MARCELO CASTRO Marcopolo Torino 99 MBB OF-1722 • Cattani Sul
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REVISTAINTERBUSS • 01/04/12
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CIRCULANDO José Euvilásio Sales Bezerra je.sales@revista.portalinterbuss.com.br
Operação Especial
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José Euvilásio Sales Bezerra
O último dia 25 de março, foi o primeiro domingo do esquema especial que a SPTrans (gerenciadora do serviço de transporte urbano por ônibus da cidade de São Paulo) montou junto com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), para atendimento aos usuários da Linha 9-Esmeralda, que ficará fechada por nove domingos para atualização dos sistemas de via. Esse esquema foi dividido em três frentes: a primeira com o transporte de passageiros da Estação Grajau até a Estação Santo Amaro da CPTM, operada com ônibus articulados pela Viação Cidade Dutra; a segunda, da Estação Santo Amaro até a Estação Pinheiros da CPTM, também operada por articulados pela Viação Gatusa; e a terceira, da Estação Pinheiros até a Estação Leopoldina da CPTM, operada por ônibus convencionais pela TranspPass. Das três linhas, utilizamos a do segundo trecho, que liga a Estação Santo Amaro à Estação Pinheiros. Chegamos à Estação Santo Amaro através da Linha 5 do Metrô. Na saída da estação, recebemos uma senha que nos daria acesso gratuito ao sistema metroviário na Estação Pinheiros, caso fôssemos usá-lo. Em frente à Estação Santo Amaro, estavam ônibus das duas linhas: as da Gatusa, que levavam os passageiros e os traziam de Pinheiros, e as da Cidade Dutra, que levavam os passageiros e os traziam do Grajau. Todos os ônibus partiam cheios, especialmente os veículos da Gatusa, que recebiam passageiros da Linha 5 e dos ônibus da Cidade Dutra. As partidas sentido Pinheiros ocorriam a cada 5 minutos; as partidas sentido Cidade Dutra ocorriam com o mesmo intervalo. Optamos por pegar a linha sentido Pinheiros. A organização era feita por funcionários da CPTM em conjunto com os fiscais da SPTrans. Deixei o primeiro, que já estava muito cheio, partir e entrei no seguinte. Enquanto aguardava, a cada momento foram entrando mais passageiros. Minutos depois, já lotado, o ônibus parte. Na Marginal, o ônibus foi parando somente junto a algumas estações, como a Granja Julieta, Morumbi e Berrini, onde um ou outro passageiro desembarcava. No total a viagem durou cerca de 20 minutos. Chegando ao ponto final, junto à Estação Pinheiros, havia uma fila de vários Mondegos da Gatusa. Eram vários carros mas a partida era regular. Um pouco mais adiante, estava o local de partida dos carros da TranspPass,
ESPECIAL • Ônibus em frente à estação Santo Amaro da CPTM: na cor vinho, os da Viação Gatusa; em azul, os da Viação Cidade Dutra”; Ônibus da Viação TranspPass operando a linha Est. Pinheiros-Est. Leopoldina que faziam o trecho até a Estação Leopol- pegaram a Marginal na altura da Ponte do dina. As partidas desse trecho eram mais Morumbi, onde seguiu o caminho da 6200, espaçadas. Ocorriam a cada dez ou quinze apenas parando em frente à Estação Santo minutos. Mas, para a demanda, até que es- Amaro da CPTM. Até por conta dos semátava bom. Os carros saiam com lotação de foros existentes nesse trajeto, a volta durou banco sem mais problemas. cerca de 30 minutos. Logo iniciamos a viagem de volta. Esta operação especial deve se Ao invés de pegar a Marginal sentido Santo repetir nos próximos oito finais de semana. Amaro, a linha da Gatusa foi por um camin- Mas, com a logística eficiente que foi planeho paralelo à Marginal Pinheiros por dentro jada, mostrou-se satisfatória e deve “quebrar mesmo, seguindo pelas Avenidas Briga- o galho” até que a manutenção da linha 9 deiro Faria Lima e Luis Carlos Berrini. Só seja completada.
01/04/12 • REVISTAINTERBUSS
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