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ELES DOMINAM OS ELETRÔNICOS

Com habilidades tecnológicas, alunos participam de encontros no contraturno escolar para desenvolver atividades digitais

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Por Reda O Its Teens

5 Benef Cios Da Tecnologia Na Educa O

Além de tornar a aprendizagem mais dinâmica, o uso de recursos tecnológicos nas metodologias do ensino também garante que os estudantes estejam preparados para as novas profissões do futuro.

Nos últimos dez anos, a demanda por profissionais qualificados em tecnologia aumentou grandemente e a tendência é que amplie ainda mais no futuro próximo. Segundo dados da Brasscom, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, a procura por pessoas do setor será de 797 mil até 2025. Cientistas de dados, desenvolvedores e especialistas em cibersegurança estão entre as vagas mais cobiçadas.

1. Engaja o estudante: com uma geração cada vez mais conectada, que tal usar este instrumento para criar uma interação maior em sala de aula? Com esta dinâmica, os alunos se sentem mais estimulados no processo de ensino-aprendizagem e podem ter mais facilidade na hora de compreender o conteúdo do componente curricular.

2. Expande conhecimento: por meio da internet é possível ter informações na palma da mão de maneira fácil e em apenas alguns segundos. Com uma boa pesquisa em sites confiáveis, o aluno pode ampliar o seu conhecimento a partir da escrita de autores e pesquisadores de qualquer lugar do mundo.

3. Estimula a criatividade e o autodidatismo: com os aprendizados escolares e o auxílio da tecnologia, os estudantes podem utilizar a internet como uma ferramenta de novas descobertas. Seja ao aprender um novo idioma, treinar um instrumento ou desenvolver habilidades artísticas, é possível despertar a criatividade e o protagonismo dos estudantes.

4. Promove a sustentabilidade: com mais telas e menos papel, as escolas contribuem para ter um ambiente com menos desperdício e incentivam atitudes mais sustentáveis. Para ajudar o planeta, as tecnologias mais novas também investem em aparelhos com maior durabilidade e melhor desempenho energético.

5. Facilita a organização das atividades: durante o semestre, com tantas atividades e provas, o uso de uma ferramenta digital de planejamento pode facilitar todo esse processo.

Projeto

Alunos Digitais desenvolve habilidades tecnológicas para apoio em sala de aula.

Tempo de leitura: 4 minutos

Com as salas de aulas cada vez mais tecnológicas, desenvolver habilidades e competências nos estudantes para somar no apoio ao professor e a colegas em sala de aula é o que propõe o projeto Alunos Digitais presente em escolas da Rede Municipal de Ensino de Joinville.

Na Escola Municipal Professora Anna Maria Harger, por exemplo, cerca de 60 alunos das turmas dos anos finais do Ensino Fundamental participam do projeto e se tornam auxiliares no apoio da tecnologia no ensino.

O simples fato de conectar o notebook na lousa ou até mesmo ajudar na conexão com a internet – situações simples, mas que podem tomar tempo da aula se não resolvidas de forma imediata – é o que os alunos que fazem parte do projeto na escola apontam como unânime dos auxílios em sala de aula. Com encontros no contraturno escolar, os grupos se reúnem com a professora integradora de mídias e metodologias

(PIMM) Francine Barboza de Souza Silveira no Lab.Code na escola e aprendem desde o básico, como ligar e desligar aparelhos digitais, até programação de robótica. “Eu explico e coloco eles para fazerem e aprenderem na prática”, destaca a professora.

Dos tablets aos chromebooks, computadores com dispositivo de funcionamento na nuvem, os alunos desenvolvem conhecimento tecnológico com mais facilidade, sendo convidados a entender esse universo digital na prática.

O que você vai encontrar por aqui:

Professora de matemática cria prática pedagógica que aproxima o sexto ano dos cálculos por meio das abelhas

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Tempo de leitura: 13 minutos

Observar o mundo ao redor e o funcionamento da natureza pode parecer uma tarefa simples. Entretanto, ainda há muito o que aprender com os animais. Responsáveis por manter o equilíbrio no planeta, seja pela cadeia alimentar ou nas atividades que desenvolvem ao longo da vida, cada espécie é reconhecida por uma característica, incluindo inteligência, velocidade e até mesmo proteção.

Entretanto, você já parou para pensar na ligação entre as abelhas e a matemática? Mesmo que a polinização e a produção de mel sejam os feitos mais conhecidos, na Escola Municipal Bernardo Tank a relação com os insetos vai além — aqui eles são protagonistas nas aulas de matemática. A ideia da professora Andreza Faria Malewschik surgiu durante uma conversa com o marido. O passo seguinte foi conhecer o trabalho da Associação dos Apicultores e Meliponicultores de Joinville (Apiville). Em seguida, o Projeto Abelha na Escola passou a fazer parte dos encontros, levando para

Mas como é essa aproximação entre os números e as abelhas? Na turma do sexto ano, a relação está sendo trabalhada por meio de problemas matemáticos que são criados pelos alunos. É durante a resolução que os estudantes aprendem sobre as abelhas, o tipo de cada espécie, formas de reprodução, hierarquia e importância para a sobrevivência do ser humano. Além de resolver as contas, a professora também inclui na rotina uma caixa didática, objeto que facilita o entendimento das formas geométricas. ”Comecei algum tempo atrás trabalhando a questão das curiosidades para eles pesquisarem sobre as abelhas. Para muitos deles é novidade, eles não sabiam que existem abelhas sem ferrão, alguns têm receio, têm medo”, conta a professora. Mesmo que o projeto tenha ganhado os números neste ano, a participação das abelhas na unidade já existia em 2022. O segredo é trabalhar a criatividade e as interações. “Eles ainda estão no processo de elaborar problemas (matemáticos) com as curiosidades que eles mesmos pesquisaram. Dentro do projeto também estudamos as formas geométricas”, conta a educadora.

Para quem está na outra ponta, a nova forma de apresentar o conteúdo foi uma maneira de compreender os cálculos e bases da matemática.

“É que inova, faz uma coisa diferente. Porque é sempre só número”, explica Caio Stuhler Budal Arins, 12, aluno do sexto ano na unidade.

Para incluir os insetos no cotidiano das turmas e explicar o funcionamento de cada espécie, existe um processo que deve ser seguido. Com o objetivo de promover a criação racional, cultivando a importância, o respeito e a preservação, o Projeto Abelha na Escola é uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação de Joinville, o Núcleo de Educação Ambiental e a Apiville. O núcleo é o responsável por acompanhar o que está sendo desenvolvido em cada escola, verificando os trabalhos, necessidades e demandas, além de contribuir com a participação do estudante e a formação do professor. Entretanto, antes de colocar a mão na massa, os envolvidos passam por uma formação técnica com os apicultores Antônio Carlos Xavier e Adeniso Dalla Costa, que fazem parte da associação. Durante 12 meses, os envolvidos têm o acompanhamento dos especialistas, levando em consideração a forma correta de realizar o manejo e a convivência com as abelhas. É após o teórico que os professores ficam responsáveis por pensar em projetos pedagógicos capazes de abordar a vida dos bichos, unindo a realidade em sala de aula. Na Educação Infantil, por exemplo, o desafio é pensar em abordagens compatíveis com todos os anos. Para fazer parte do projeto, basta entrar em contato com o Núcleo de Educação Ambiental.

Turma de sexto ano que participa do projeto das abelhas na escola

Perigo de extinção

Nos últimos anos, devido às atividades humanas, as milhares de espécies da ordem Hymenoptera estão correndo o risco de entrar em extinção. Diversos motivos levaram a essa situação, desde poluição e alterações climáticas até agrotóxicos agressivos ao ambiente. A falta desses bichinhos no mundo causaria consequências catastróficas, podendo levar ao colapso dos ecossistemas. É pensando nessa conscientização que o projeto atua ofertando essa experiência às crianças. “E assim, elas tendo conhecimento, podem até criar no futuro essas abelhas, ou ajudar na conservação [...] Alguém tem que fazer alguma coisa, e ninguém preserva o que não conhece. Esse é o nosso objetivo”, afirma Antônio. Além deste entendimento, as unidades que acolhem as abelhas estarão contribuindo com a comunidade escolar. “Toda a região da escola que recebe ela é beneficiada com a polinização de frutos; essas colmeias no futuro vão liberar outras colmeias, novas famílias para a natureza, isso vai enriquecer o meio ambiente.”

Se você já assistiu ao filme “Bee Movie” deve ter conhecido como é a rotina dentro de uma colmeia. Apesar de ser uma animação infantil, o longa-metragem representa a realidade dentro deste mundo animal: uma sociedade complexa formada apenas por abelhas.

Assim como no filme, cada abelhinha possui uma função para manter a sua comunidade em funcionamento. Dentro de uma colmeia há abelhas de três classes: rainha, operária e zangão. Apenas um inseto assume o reinado de seu grupo. Esta líder é responsável por manter a ordem social e pela postura de ovos fertilizados.

Já no trabalho diário, o número é muito maior, contando com centenas – ou até milhares – de abelhas. São elas que fazem a limpeza, coletam o néctar, produzem geleia real e defendem a sua colônia.

Apesar das diversas funções das operárias, o papel de seu colega de colmeia é reduzido a somente um: os zangões são responsáveis apenas pela reprodução.

Embora os pequenos insetos possam causar medo em muitas pessoas, as abelhas nativas do Brasil são todas de espécies sem ferrão. Com uma média de mil a cinco mil indivíduos por colmeia, além da produção de mel, estes animais desempenham atividades que mantêm todo um ecossistema funcionando. A polinização entre as flores permite a fecundação das espécies e a produção de sementes. Assim, os biomas permanecem vivos, e alimentos do nosso cotidiano, como frutas e grãos, continuam sendo produzidos.

“A polinização é o bem maior que a abelha traz pra humanidade. Sem abelha, sem humanidade no futuro. Então elas são muito importantes, como excelentes polinizadores, e precisam ser protegidas e cuidadas”, comenta o apicultor Antônio. No nosso país, existem cerca de 250 tipos de abelhas sem ferrão. Conheça curiosidades sobre as três espécies que vivem na EM Bernardo Tank:

Jataí: uma das abelhas sem ferrões mais conhecidas, as jataís estão presentes em todo o país e se destacam por sua capacidade de adaptação. Seja em regiões de floresta ou em cidades grandes, o animalzinho pode criar seu ninho em qualquer lugar. Com tamanho médio de 4 a 5 mm, os insetos são considerados os mais limpos dentre todas as espécies sem ferrão e trabalham apenas quando a temperatura está acima de 22º. O mel produzido por elas possui diversos benefícios, sendo considerado um antibiótico natural. Por conter enzimas, o alimento pode amenizar sintomas de gripe e sinusite e até mesmo auxiliar na prevenção de cataratas.

Mirim Droryana: conhecidas por sua mansidão, as abelhas mirins medem 3 mm de comprimento e possuem um corpo escuro com algumas manchinhas amarelas. Diferente das jataís, essa classe prefere lugares específicos para construir seus ninhos: ocos de árvores ou buracos em ambientes rochosos – até mesmo em muros. Uma característica que difere as droryanas é o fato da rainha fazer uma pausa na postura durante os períodos mais frios do ano. A tática é uma maneira de garantir que haja alimento suficiente ao longo do inverno. Estas abelhas não são conhecidas por seu mel, já que produzem apenas o suficiente para alimentar a sua colônia.

Mandaçaia: com uma característica única, as mandaçaias podem medir entre 10 e 11 mm e são cobertas por uma coloração preta em grande parte de sua estrutura, com algumas faixas amarelas no abdômen que dão um toque especial no corpinho das abelhas. Já que são insetos maiores comparado às outras duas espécies, os ninhos –construídos em árvores ocas – também possuem um tamanho superior e são capazes de armazenar uma quantidade significativa de mel, que pode ser utilizado em remédios caseiros. Outro diferencial é que as operárias e os zangões podem ter maiores atribuições que em outras classes. As operárias são capazes de realizar a postura antes ou após a rainha. Já os machos podem exercer funções além da reprodução, como a desidratação do néctar. Os insetinhos, apesar de mansos, são capazes de proteger a colônia fortemente, já que podem repelir os intrusos fazendo movimentos intensos ao seu redor e até mesmo mordiscando os seus adversários.

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