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Bruno de Sousa

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Valéria Barbosa

Valéria Barbosa

Bruno de Sousa Santa Maria (Viseu), Portugal

O regresso nem sempre é uma vinda

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O regresso nem sempre é uma vinda Que torna ao lar que o abraça. Há saudades de amor que o tempo lassa E que permanecem ainda e ainda.

A ida para uma fuga que nos prende Faz-nos ficar tristes e sorumbáticos Como se o vento, nos seus coices acrobáticos, Nos ciciasse que a compra também se vende.

E a solidão alastra e aborrece Porque sabe que não é voluntária. Mas, o coração é teimoso e pária E nas recordações lembra o que viesse.

O regresso nem sempre é uma vinda E um escape não soluciona a solução Que está nas mãos de uma só mão Que é tão simples como uma chuva linda. Jogado a um canto como um farrapo Está o sentimento que é enorme - Tolo de tolices disforme Que te ama e que agora destapo.

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