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Caroline Cristina Pinto Souza
Caroline Cristina Pinto Souza Botucatu/SP
O Compasso do Contágio
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Os Concertos em pausa repentina, as aves como ímpetos regentes O mundo numa virulenta neblina, as despedidas sobremaneira excedentes: De maneira gradativa, dezenas a milhares, Inconsistente estimativa, incrédulos patamares.
A mudez quebrada pelas sirenes, a lua inundando as ruas vazias O inimigo em compassos infrenes, a pandemia, perniciosa, se desfia. Os leitos em sobrecarga, o colapso no cenário A estrofe se amarga, o parasita arbitrário.
O indispensável isolamento e a sensação de deserto De momento a momento se amputa o futuro… dolorido, incerto! Abatidos, aflitos: a prisão de nossas mentes Incansáveis gritos, a garganta incompetente!
A dificuldade de um descanso, o ritornelo temor de uma perda O contágio em presto avanço; a alienada richa: direita x esquerda A ansiedade pela cura, os mais diversos profissionais em valentia Realidade confinante, dura! A batalha de cada dia...
As sequelas da COVID-19 , bem piores do que febres, resfriados O vulto preto, sentinela, se locomove, os dados das Bolsas viciados O outono segue o seu trajeto - a queda de folha por folha, paulatina O relógio indiscreto, a esperança se aquecendo numa desolada esquina.