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Cleidirene Rosa Machado

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Valéria Barbosa

Valéria Barbosa

Cleidirene Rosa Machado Catalão/GO

Balada da Escuridão

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(*Baseado em fatos reais…)

Em uma lápide próxima ao infinito Dormem dois corpos, frente a um grito Em uma lápide próxima as sombras Dorme um corpo diante do gelo escorrido.

Doce viagem rumo a longínqua imensidão Olhos entreabertos nos guardava e nos seguia Repentina parada, corre adentro a escuridão Eram dois revólveres que de perto todos viam,

Olha para a frente e atente meu irmão Um tiro no soldado que esconde a sua mão Revida com bons olhos, atravessa dois tiros Caem em enlace três corpos no giro.

Banhados de sangue estatelaram-se no chão Uma rosa perfumada, despedida de um fardado Duas rosas vermelhas, um adeus aos irmãos Banhados de sangue os três corpos de um lado O perfume das rosas, uma a uma, se vão.

São três vidas, três noitadas Qual fora o motivo que de longe se perdeu Descansam em paz na noite estrelada Qual a sorte, o grandioso Deus lhe deu.

Este poema teve origem em um acontecimento ocorrido em um ônibus indo para Brasilia, tanto os dois bandidos quanto um policial que foi atacado devido a mostra de sua farda, faleceram no local.

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