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Marcos Lisboa
Marcos Lisboa Tóquio/Japão
Julgues, todavia, evites condenar!
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Há hora em que uma contrição a mim exaspera... Nestas premências e dubiedades em que estou a caminhar, Aflijo e expio, nesta decadência, na altura em que com total pesar Conjeturo o que malogrei na buganvília, quando jovem eu era.
Poesias e afetos (e ódios também!) reprimi a emudecer, Sem possuí-los num genuíno desabafo de arder... Oh! Outros cem sem vigor! Através de qual ardimento pretendera Mais sofrer, mais gozar, a cantarolar enquanto benquisera!
Experimento aquilo que malbaratei na juvenilidade; Lacrimejo neste início de vetustez, Vítima da dissimulação ou da generosidade.
As osculações que não possuí por imbecilidade, Inês, E por embaraço a poesia que não recitei por falta de genialidade E aquilo que não fui capaz de padecer por acanhação devido à minha lastimável falta de sensatez!