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Rogério Costa

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Valéria Barbosa

Valéria Barbosa

Rogério Costa Cornélio Procópio/PR

Post mortem

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Hoje não estou mais aqui Já não mais existo, já não sou Mas se você olhar ao redor, Na obscuridade interrompida por um simples raio de sol Que entra pela fresta da porta que eu deixei aberta ao sair, Minhas cinzas ainda estão pairando no ar A procura de um lugar para repousar Quase sem movimento, Cintilando no vai e vem do seu alento Ao abrir a janela, ao sabor do vento Elas vão se esgueirar por outros campos E, um dia, estarei renascendo em outra seara Então esqueça as mágoas, a dor que não sara Como uma criança, guarde de mim as melhores lembranças, Meu cheiro, meu sorriso ligeiro, Meu olhar cheio de esperança.

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