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Adilson Fernandes

Adilson Fernandes

O Pó das Sílabas

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a Eugénio de Andrade

Desmalho os vocábulos, fio a fio, Neste gesto de mãos que se demoram A reconstruir o mundo: Os flancos, as asas, o sol, a neve, Não são palavras interditas para ti, Antes caminhos... E na sua esteira de pedras As sílabas Lira cantando.

Tenho o ritmo: a cadência íntima Do corpo Que repercute na alma E ritma os seus movimentos Mas onde a estão os pilares, Onde o peso da sombra, A branca raiz?

Onde o desdobrar da língua Rente à fonte?

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