LiteraLivre Vl. 4 - nº 24 – Nov./Dez. de 2020
Adilson Fernandes
O Pó das Sílabas a Eugénio de Andrade Desmalho os vocábulos, fio a fio, Neste gesto de mãos que se demoram A reconstruir o mundo: Os flancos, as asas, o sol, a neve, Não são palavras interditas para ti, Antes caminhos... E na sua esteira de pedras As sílabas Lira cantando. Tenho o ritmo: a cadência íntima Do corpo Que repercute na alma E ritma os seus movimentos Mas onde a estão os pilares, Onde o peso da sombra, A branca raiz? Onde o desdobrar da língua Rente à fonte?
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