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Michell Ribeiro Sobral

Michell Ribeiro Sobral Barreiras/BA

Indígenas Brasilis

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Vejo Aimorés e Tupinambás Vejo o que és e como serás? Também Tapuias e Guaranis Tamanha firmeza na Terra Brasilis, Ianomâmis e Tupiniquins, gente feliz.

Vejo Caiapós e Charruas Não estás só, nas fases da lua, Também Zoés e Ashaninca Belos que és, na noite aguerrida, Bororos e Ticunas, das vozes soturnas.

Vejo Xoclengues e Xavantes Sois vivazes e beligerantes, Também Guatós e Awá Vento feroz, na guerra e na paz, Uitotos e Caingangues, nas presas que persegues.

Vejo Pirarrãs e Crenaques Força da selva, velhos audazes, Também Iauanauás e Pataxós Fome que há, caça veloz, Carajás e Potiguaras, com flechas afiadas.

Vejo Camaiurás e Caxinauás Queres a luta ou queres a paz? Também Mundurucus e Corubos Altos levantes e grandes estrondos, Uaianas e Camaiurás, muitos peixes nos samburás. Vejo Caxinauás e Oiampis

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Vida que segue da velha raiz, Também Sirianos e Calapalos Fortes argumentos e fortes braços, Guajajaras e Suruís-Aiqueuaras, exaras de pedras.

Vejo Macuxi e Pankararu Caça acuxi e colhe caraparu, Também Iaualapitis e Matsés Transpõem alcantis com fogo nos pés, Shanenawa e Miranhas, muitos valentes, muitas façanhas.

Vejo Tucanos e Cocamas Passos são largos na terra que chama, Também Makuna e Maxacalis Firmeza das punas e beleza amarílis, Caiabis e Cuicuros, grandes triális ao som de besouros.

Vejo Muras e Matis Sem tremuras e sutis, Também Nambiquaras e Cadiuéus Mestres de lanças e flechas ao céu, Vejo a coragem, na fúria que ruge, No canto que surge, da garganta grita, Da alma aflita, da dor sentida, da face abatida, Da saudade vivida, da herança perdida, da cultura riquíssima, Que não é percebida no coração.

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