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Agostinha Monteiro
Agostinha Monteiro Vila Nova de Gaia, Portugal
Cerro suavemente os olhos E deixo-me inebriar Pelo perfume da tua presença Que volvidos tantos anos Continua a me atormentar. Aspiro apaixonadamente Cada lufada de ar Num turbilhão de emoções Que me entorpece a alma E me deixa à deriva … Num prazer alucinante De regresso a um tempo Que exala felicidade, Onde não tem lugar a ilusão Nem a mentira nem a solidão, Onde o teu olhar me basta Para saborear com vigor A plenitude da vida. E neste meu refúgio Onde ninguém pode entrar Revivo cada momento De um amor eterno Que persiste em ficar.
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