1 minute read
Billie Bee
Billie Bee Londrina/PR
L í r i c a da to r m e n t a
Advertisement
“The angry, the empty, the lonely, the tricked. We are all museums of fear.” (Charles Bukowski)
Uivam os ventos Presságios assobiam Vindouras desesperanças Assombrosamente estão prestes a chegar
Negras nuvens absorvem o último afilado feixe de luz O firmamento enclausura-se, plúmbico, caliginoso, obscuro Agonizando está o dia, crepúsculo, escuridão total, sufoco oco, soco Árvores dançam em descompasso, convulsionam, cansam em desperdiço vil Perigo, trovoadas, estrondos, raios, luminosidade que rompem o cenário enegrecido Relâmpagos, intermitência de luzes, comandam, lideram o desalento fulcral e a aflição Que dilaceram, sabotam, transtornos, conflitos, palpáveis são a incompreensão e a discórdia Os fenômenos, materialidades e projeções de tempestuosidades intempestivas me amolam Extrapolam, gritam, a desordem, demência, desvario que insistem em torturar
Quando vou me libertar? Busco o refrigério
31
Quero partir (e) só Devo esperar?
Lá fora Agora Estranha Leveza Calmaria Admiro uma gotícula no vitral Ponto cristalino que desliza vacilante E, por fim, se esvai.