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Amelina Chaves
Amelina Chaves
M e t á f o ra da A g o n i a
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O vento geme baixinho. Como um lamento de agonia. A noite muito negra Fecha seus olhos frios. O tempo emite ruídos ocos do vazio. Me aproximando e arrastando-me ao fim. Ouço as gargalhadas tétricas; Da boca escancarada da cova Que pavorosa e fria me espera. Escrevo meu epitáfio A pena canta no papel Antegozando a minha agonia. Dos dias que se foram E eu fiquei parada estática... Como uma estatua de gesso Que vai ruindo lentamente O poema que eu queria escrever Para ficar...não ficou O sonho que eu queria viver Para levar; não levo passou.