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Guilherme Hernandez Filho
Guilherme Hernandez Filho Santos/SP
A m o r ve rda de i ro
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Ele fechou a porta do apartamento e saiu para mais um dia de trabalho. Fiquei ali parada meio sem vontade de qualquer coisa. Era sempre uma consternação quando ele se ia.
A programação na TV, ligada, não me interessava, mesmo assim me instalei no sofá, pois ainda estava sonolenta. Passada mais de uma hora resolvi aproveitar o sol da manhã que brilhava forte. Fui para a varanda onde fiquei sem fazer nada por um longo tempo. No almoço comi pouco, sem muito apetite; não é o mesmo do que quando ele está comigo.
Depois cochilei e quando percebi já era tarde. Se pudesse teria ido passear no parque, mas não seria exequível, sozinha. Lá com certeza me distrairia. A Elza deve ter ido.
Tentei passar o tempo enquanto as horas caminhavam, logo anoiteceu. Em breve ele retornaria.
O elevador parou no andar. Corri, e quando ele abriu a porta eu não aguentei, comecei a pular no seu colo, abanando meu rabinho o mais rápido possível e lambendo seu rosto.