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Jordão Pablo de Pão
Jordão Pablo de Pão Niterói/RJ
P ue r i l
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a camisa de uniforme a calça jeans sem graça o calçado preto nos pés faz meus colegas de escola iguais continuidades de mim nos olhos dos meninos enjaulados vejo a pipa, o correr na rua de fios a boca suja do brigadeiro roubado as mãos quentes e enegrecidas do gude vespertino não sinto suas respirações mas comungo de seus sonhos seremos grandes, empresários, bancários, astronautas gente de bem com famílias de comercial pena que fadados ao desconcerto grosseiro deste mundo arredio de possibilidades infrutíferas quando se achegar os anciãos seremos um deles, lamentando nossa falta de ousadia coragem, humanos, irmãos de caminhada! façamos diferente, existir alegremente está na nossa alçada não deixemos que o menino-dos-olhos morra invistamos nessa sobrevida: ninguém conhece o próximo passo de existir
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