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Michell Ribeiro Sobral
Michell Ribeiro Sobral Barreiras/BA A lexa n d re, o G ra n de n a b a t a lh a do ri o G râ ni c o (33 4 a . C . )
Ventos uivantes do Norte Trazem o som dos galopes Das tropas guerreiras audazes Persas bárbaros vorazes Tremendos soldados algozes Sem medo, com fúria e velozes Cavaleiros e infantes vivazes Sob ordens dos sátrapas perspicazes Levando o estandarte da morte!
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Como flechas lançadas ao alvo Correm os persas gritando e armados Também gregos, traidores mercenários Para as margens do rio Grânico Esperando o momento do contato Dos exércitos que estão separados Por um fluxo de água límpido Que em instantes ficará manchado Com o sangue dos bravos guerreiros Morrendo com seus companheiros ao lado!
Após cruzarmos o Helisponto Estamos a margem do rio Grânico Esperando aquele momento Em que ecos serão ressoados Gritos de guerra entoados Corpos de combatentes marchando Para o confronto pretendido e inevitável Quando o aviso será tocado Pela corneta de som agradável Ordenando o ataque inimaginável! Shaat, Shaat, Shaat!
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Este é o som do embate Das lanças e escudos no combate Dos golpes das espadas na carne Das lesões expelindo sangue Das dores ao receber o corte Dos delírios perto da morte Das vidas que partem num instante!
Shaat, Shaat, Shaat! Este é o som do embate Das flechas que chegam dos ares Dos homens que caem aos milhares Das espadas quando acertam os golpes Dos defensores que protegem seus pares Dos medos que mudam os semblantes Dos soldados que esperam por um milagre Das vidas que vão para a eternidade!
Sinto as dores da batalha O cheiro da morte que paira A força que surge da raiva Pelas vidas que foram ceifadas E os gritos de extrema dor Dos feridos caídos pelo opressor Da tristeza trazendo horror Da agonia sofrida agora Pelos guerreiros vivos que choram! No momento começa a tombar O esplendoroso Império Aquemênida Cabeças de sátrapas a rolar Sua soberba será punida Sem ninguém para se consolar Pelos erros e pela infâmia Tendo a petulância de enfrentar Os grandes belicosos da Macedônia Sofrerão pela estupidez de confrontar As sarissas das falanges míticas!
Quando falta a coragem Quando os dentes se batem Quando os valentes se agridem Quando os guerreiros agem Quando a fúria emerge Quando as dores não ferem Quando o suor escorre Quando o sangue percorre Quando os combatentes morrem!
Essa é a vida que levo Marchando sem medo, confesso Sobre ruínas, montanhas e desertos Batalhas de longe e de perto Vitórias alcançadas por certo Vivendo e lutando ao mesmo tempo Glórias e honra espero Cavalgando contra o vento Com meu cavalo Bucéfalo!
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