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José D’Assunção Barros
José D’Assunção Barros Rio de Janeiro/RJ
Só Ando Só
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Eu só ando só... E sempre riem de mim aqueles que andam juntos em matilhas de cães
Eles gargalham alto ou debocham baixo. Seus olhares parcos buscam estranhezas em mim só para tentar explicar por que eu ando só
Jamais aceitariam, senão estupefatos, que eu prefira o silêncio ritmado dos meus passos ao ruído das novas piadas velhas que todos eles exalam. Se pudessem interditariam minhas viagens: Colocar-me-iam à força em uma excursão de turismo com roteiro previsto e previsível. Se tal direito tivessem me cobrariam relatórios dos lugares por onde estive: onde, quando, e – sobretudo –
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nunca só
Mas contrariando a moral do rebanho meus passos confiantes e solitários continuam a desafiá-los. E eu só ando só
Nunca me perdoarão por preferir o suave murmúrio dos regatos às suas piscinas borbulhantes e dançantes ou por escolher o brilho sereno da lua contra o fogo de neon de suas discotecas bruxuleantes
Por fim, a noite termina, e eu só ando só enquanto todas as matilhas se dispersam …