LiteraLivre Vl. 6 - nº 33 – Mai./Jun de 2022
José D’Assunção Barros Rio de Janeiro/RJ
Só Ando Só Eu só ando só... E sempre riem de mim aqueles que andam juntos em matilhas de cães Eles gargalham alto ou debocham baixo. Seus olhares parcos buscam estranhezas em mim só para tentar explicar por que eu ando só Jamais aceitariam, senão estupefatos, que eu prefira o silêncio ritmado dos meus passos ao ruído das novas piadas velhas que todos eles exalam. Se pudessem interditariam minhas viagens: Colocar-me-iam à força em uma excursão de turismo com roteiro previsto e previsível. Se tal direito tivessem me cobrariam relatórios dos lugares por onde estive: onde, quando, e – sobretudo –
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