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Alan Rubens

Alan Rubens São Luís/MA

Saudosa Quitanda

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Nos tempos de hoje a quitanda faria muito sucesso ( em alguns lugares ainda existe: alguns municípios , bairros mais humildes,…).A quitanda é um comércio onde tudo ou quase tudo é vendido no varejo e, onde o caderninho do fiado não falta pra anotar as compras pra serem pagas nos fins de semana ou fim do mês. Na quitanda tinha de tudo no varejo, pra ser vendido. Manteiga Real , nas latas grandes onde comprava – se cinquenta centavos do Cruzeiro e era colocada num plástico( ou parecido). Para comprar o óleo de cozinha , levava – se um copo e o comerciante tinha um medidor pra colocar a quantia desejada que era de acordo com o valor da compra. O querosene também tinha o medidor pra colocar na garrafinha, que levávamos, pra usar como combustível das lamparinas( energia nas casas era raro ter). Tinha também cabrestro de japonesa ou sandália (Cariri, Havaiana, ….).Vinagre também tinha, toucinho pra colocar no feijão ou fazer com arroz dentre outras utilidades, camarão seco e com casca ( não tinha ainda ele sem a casca ou, pelo menos, não lembro de ter), pomada com e sem perfume. Enfim eram tantas as opções que passaria muito tempo pra descrever tudo que for lembrando. O que vale ressaltar é a importância da quitanda numa época linda do nosso povo mais humilde e, onde este tipo de comércio foi fundamental na vida de milhões de pessoas. Inclusive, a primeira vez que fui no interior (nasci na capital – São Luís), ainda presenciei meu saudoso avô por parte de pai com sua quitanda, onde quando o freguês não tinha o dinheiro, trocava a mercadoria por coco babaçu, frango, pato e por aí vai… Para mim, essas lembranças são valiosas e que contribuíram para o enriquecimento da minha formação como ser humano e que muito me orgulha.

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Supermercado eram poucos e, frequentar era um privilégio que acontecia raramente, onde as pessoas melhores financeiramente, que compravam mais neles ou nos comércios mais abastados e que não vendiam dessa forma mais varejista. Na quitanda, geralmente ao anoitecer, e vindo de seus afazeres, alguns bebiam sua cachaça ou seu conhaque até altas horas numa agradável roda de conversa, com piadas, histórias, risadas…E assim a vida era levada numa felicidade que nas lembranças faz um bem gostoso para a alma.

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