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Júlia da Silva Colombo

Júlia da Silva Colombo

Da caixa de vidro

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Eu te amo Maria Carolina. Te amo com todo o amor do meu coração. Eu já não sei mais olhar o mundo sem pensar no jeito como te vejo, com tantas cores, tamanhos e fatores.

Entenda: não choro de alegria, não. Choro de tristeza, porque todo esse meu amor por ti não vai me salvar. Nem toda a vontade que eu tenho de ti vai ser capaz de me tirar desse quartinho. Estás do outro lado do vidro, Mari Carol, e eu só penso, noite e dia, que não vou mais poder sentir teu perfume.

Não podes entrar aqui, em circunstância nenhuma. E eu não posso me desligar das máquinas, muito menos tentar lutar contra o vírus sem a ajuda dos médicos. Tudo isso só me mostra que estou certo quando digo que nem todo o meu amor por ti vai me salvar. Mas, nem por isso eu paro de te dizer que te amo. Maria Carolina, tu foste a canção mais melodiosa que eu já ouvi, e eu nunca vou deixar de te amar, mesmo que eu nunca mais saia dessa caixa de vidro.

juliacolombo2003@gmail.com

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