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Lizédar Baptista

Lizédar Baptista Anápolis/GO

Insônia Chuvosa

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A chuva semeia suas gotas no telhado Faz barulho com sua enxada de vento E não para o arado

Os olhos ardem Ardem pois não descansam Estão fatigados de verem o mundo pelos anteolhos1 vidralinos Os anteolhos hialinos

O descanso não acontece A mente não para Borbulha Faz fumaça E cada vez mais

99

Aquece

A noite passa Mas não passa Para E empaca

Pernoite horrendo Pernoite involuntário Outra vez Outra vez Que já passa-se das três

Insônia chuvosa Insônia trevosa Nem com o chocalho dos grãos de chuva que caem no telhado Nem mesmo com as enxadas de vento que não param seu arado Ela dorme

A insônia me corrói Me cansa Me destrói E o véu de Morfeu Ela rói

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