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Renata Lopes de Oliveira

Renata Lopes de Oliveira Fortaleza/CE

Eu estava com uma amiga Sentada na calçada Nós estávamos na porta Na porta de casa De repente chega os cara Com cara de bonzinho Eles chegam de mansinho Querendo se informar Mas não perguntam Exclamam Passa pra cá! Me passa o relógio! Me passa o celular! Passa tudo de pressa! Se não vou te matar! Se estavam armados? Não sei te informar Na verdade, não quis arriscar Pois estava apavorada Não sabia o que fazer Se gritava, se corria Nem sabia o que dizer Me socorra meu amigo! Não me deixe na mão! Que estou encurralada Tô cercada de ladrão! Me levaram o telefone Me deixaram sem ação E eu só lembrava da tia Que dizia:- nunca reaja não. Minha amiga reagiu Coitada da garota Quis dá uma de esperta Deu uma de trouxa Além de roubada Foi esmurrada Eles foram Nós ficamos Numa tremenda depressão Não pelo celular Mas pelos contatos Registrados lá.

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Foi se o número do primo, do tio, do namorado Do compadre, do vizinho e do amigo do lado. Pobre de nós, quanta ingenuidade Ainda pedimos o chip Vê se eles iam dar? Que bobagem! Me socorra meu amigo! Não me deixe na mão! Que estou encurralada Estou cercada de ladrão! Que mundo é esse? Quanta insegurança? Roubo virou brincadeira de criança. Que vai ser de nós Que já não podemos estar. Na calçada de casa Mexendo no celular Me socorra meu amigo Não me deixe na mão Que estou encurralada Tô cercada de ladrão

Assim não dá não Meu irmão.

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