Lume Arquitetura - Ed.130

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Projetos de

Residências, Gelateria, Apartamento e Igreja Prêmio Abilux Design de Luminárias

Entrevista: Marcia Chamixaes NeuroLume: Healing Workspaces

S.TOUCH. A LINHA DE DIMMERS DA STELLA.

A linha S.TOUCH é composta por dimmers, tomadas e acessórios, incluindo a opção com 3 circuitos no mesmo dispositivo e um amplificador para dimerizar os espaços mais amplos.

Toque. Deslize. Dimerize. Viva uma nova experiência no controle da luz com S.TOUCH.

RECONHECIDO PELOS PRINCIPAIS PRÊMIOS INTERNACIONAIS DE ILUMINAÇÃO E DESIGN.

Acesse e descubra o verdadeiro controle.

Design como diferencial

Que o povo brasileiro é extremamente criativo, principalmente quando se trata de design, não é nenhuma novidade. São muitos os profissionais tupiniquins conhecidos mundialmente por seus traços diferenciados, como Oscar Niemeyer, Paulo Mendes da Rocha, Ruy Ohtake, Sergio Rodrigues, Claudia Moreira Salles, Irmãos Campana, entre dezenas de outros.

No entanto, nos últimos anos, temos tido a grata surpresa de ver o design brasileiro de iluminação, seja de produtos ou de projetos, também sendo multipremiado internacionalmente, o que muito nos orgulha. Esse movimento deixa claro que a indústria nacional tem entendido o design para além de algo belo e agradável aos olhos, agora ele está sendo tratado como um ponto estratégico essencial para a diferenciação dos produtos e das marcas.

Esse fenômeno ficou bastante evidente durante a cerimônia da 9ª edição do Prêmio Abilux Design de Luminárias, realizado no início de agosto deste ano, no Salão de Eventos da Fiesp. Todos os produtos agraciados contavam com alto padrão de fabricação e grande cuidado nas questões técnicas, características essenciais para que os lighting designers possam executar com maestria seus projetos de iluminação. No entanto, boa parte dos vencedores também contava com forte apelo de design, seja no desenho da peça ou nos tipos de materiais utilizados em sua produção, deixando claro que essa junção do belo com o funcional é uma forte tendência de mercado.

Como uma publicação com mais de 20 anos no mercado brasileiro de iluminação, tivemos a honra de acompanhar essa evolução da indústria e do design nacional e sentimo-nos muito contentes e orgulhosos com o que temos visto ultimamente. No entanto, por conhecer bem as empresas brasileiras e o potencial de seus profissionais, temos a certeza de que esse é apenas o início da jornada de sucesso dos nossos produtos. Não temos dúvidas que as luminárias brasileiras irão conquistar ainda mais espaço ao redor do mundo nos próximos anos.

Boa leitura!

Ano XXI – no 130 – OUT/NOV 24 lumearquitetura.com.br

Cofundadora

Maria Clara de Maio MTB 19570

Editor

Erlei Gobi MTB 54344 erlei@lumearquitetura.com.br

Editor de arte Eduardo Garcia Marques da Costa – pardalcomunicacao.com.br

Revisão Izabel Cristina Lourenço

Publicidade Rubens Campo rubens@lumearquitetura.com.br

Projeto gráfico Marcelo Crelier - crelier.com.br

Colaboraram nesta edição Hugo Davanso Flores, Lorí Crízel, Mauro Souza, Regina Maria Soares e Ruy Soares.

A revista Lume Arquitetura é uma publicação bimestral da Lume Editora e Comunicação , dirigida a arquitetos, lighting designers, decoradores, engenheiros, construtoras, incorporadoras, órgãos públicos ligados à iluminação urbana e viária, fabricantes e lojistas do setor de iluminação. Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Proibida a reprodução parcial ou integral das matérias publicadas sem autorização da Editora.

Revista Lume Arquitetura

Capa

Residência MCO – Florianópolis (SC)

Projeto de iluminação: Arq. Marina Makowiecky/ Allume Arquitetura de Iluminação

Foto: Mariana Boro

capa

Residência em Florianópolis

Soluções minimalistas de iluminação valorizam arquitetura e volumetria da Residência MCO

Projetos de iluminação e de arquitetura de interiores proporcionam charme à Crema Lab Gelateria 32

Gelateria em Curitiba

Residência em São Paulo

Funcionalidade e valorização da arquitetura por meio de efeitos de luz caracterizam projeto da Residência GDO

case

Igreja em Foz de Iguaçu

Obras de arte e fachada da Paróquia São João Batista são valorizadas por meio da iluminação

Marcia Chamixaes

Três décadas dedicadas aos projetos de iluminação

evento nacional

Prêmio Abilux

Design de Luminárias

Conheça os vencedores da principal premiação de design da indústria brasileira de iluminação

Apartamento em Porto Alegre

Integração entre projetos de iluminação e arquitetura de interiores promove conforto e aconchego

EDIÇÃO 130

Massa.

Amigo Erlei, é difícil não gostar da Lume. Vou ler com o prazer de sempre!

Carmine D’Amore

Lighting designer

São Paulo – SP

Que linda a revista!!! Amei!! Carolina Ciola Fonseca Arquiteta e lighting designer

São Paulo – SP

Claudia Torres

Lighting designer e professora Recife – PE

Já entrei para ver! Ficou ótima!

Luciano Rosito

B.E.G Brasil

São Paulo – SP

Excelente. Adoro o Ruy, vou ler a matéria, até porque estamos com uma superescola em desenvolvimento com certificações e tal. A Casa do Ugo também, muito legal. Parabéns @Erlei Gobi mais uma bela revista, com muito conteúdo!!! Grande abraço e muito obrigado.

Eduardo Becker

Lighting designer

Porto Alegre – RS

. Obrigada!

Marília Saccaro

Lighting designer

Porto Alegre – RS

Gostei muito da revista e das matérias! Parabéns.

Lucas Bittar

Vira Iluminação

São Paulo – SP

Já estou lendo e encantada!

Nice Garcia

Arquiteta e lighting designer

Patos de Minas – MG

A revista de vocês é excelente e de alta qualidade.

Alfredo Gionelli Advogado especialista em iluminação pública

São Paulo – SP

Com certeza a melhor do Brasil, quiçá do muunnndo. Adorei ver meu comentário publicado na seção de Cartas! Significa muito para o leitor ver que foi “ouvido”.

Miriam Nardelli Arquiteta e professora universitária Brasília – DF impecável!! juniacarsalade

Estamos muito felizes e animados com essa novidade de sermos leitores da revista Lume Arquitetura. Já havíamos sido apresentados à revista pelo nosso sobrinho Ugo Nitzsche, que nesta última edição tem matéria sobre seu lindo trabalho na casa em Araras, projeto arquitetônico e paisagístico do nosso escritório Studio da Mata. Sucesso nas matérias e publicações, é o que desejamos a você e toda a equipe da revista Lume Arquitetura.

Rita Sodré Paisagista

Rio de Janeiro

Excelente trabalho

Ditecengenharia

Imensa satisfação em fazer parte de uma edição tão linda! Ana Laura Carmelita Arquitetoleoalves

Uma honra tê-los com a gente na Expolux!

Tatianarassini

Ordobas

Não perco uma edição, amooo! Parabéns e muito sucesso sempre. marciakemmer.luz

Agradecemos mais uma vez a oportunidade de mostrar um pouco mais do nosso trabalho!

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Honrado em participar deste Projeto tão significativo e democrático, principalmente ao lado do grande amigo e colega pesquisador Ruy Soares, MSc! Parabéns pelo profissionalismo e entrega a todo o time da Revista Lume Arquitetura!!!

Lorí Crízel

Powerlume

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Marcia Chamixaes

Três décadas dedicadas aos projetos de iluminação

E m 2024, a arquit E ta E lighting d E sign E r m arcia c hamixa E s completa 30 anos de dedicação aos projetos de iluminação principalmente no nordeste do país, onde teve papel fundamental na difusão e profissionalização do lighting design. Nesse período, também foi um agente de destaque na preservação do patrimônio histórico e cultural da região como gerente geral do patrimônio cultural na Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Pernambuco.

Nesta entrevista exclusiva, a profissional – atualmente titular da AVIAR Conceitos Criativos – conta, com seu bom humor característico, um pouco de sua trajetória de sucesso durante essas três décadas; dos principais projetos dos quais participou; e da sua atuação na preservação do patrimônio histórico e cultural, inclusive por meio da iluminação. Fala ainda sobre todas as especializações que realizou num período de 10 anos e de como se manter constantemente atualizada; da bagagem necessária para ser um bom lighting designer; da nova geração de profissionais brasileiros; do reconhecimento do lighting design nacional em premiações internacionais; e muito mais.

Lume Arquitetura: Em 2024, você completa 30 anos atuando como lighting designer. Conte-nos um pouco dessa trajetória de sucesso.

Marcia Chamixaes: Que bom que a sua pergunta contém a palavra “sucesso”, porque para mim o sucesso está intrinsicamente relacionado ao amor por aquilo que você realiza, o que já esclarece a minha permanência na área após tantos anos!

Eu era uma arquiteta recém-formada, em 1994, e inicialmente tive atuação comercial na iluminação. Conheci a magia do lighting design por meio de meus primeiros amigos da luz: Ricardo Sobreira, Silvia Bigoni, Neide Senzi e Plínio Godoy. Em 1996, comecei a participar das primeiras feiras internacionais, como Euroluce, Hannover e Light + Building Frankfurt, onde conheci o mestre Peter Gasper apresentada por Sobreira. Peter é uma grande inspiração na minha trajetória profissional até hoje, pois, para ele, o iluminador primeiro tinha que sonhar e depois arrumar um jeito de viabilizar o sonho. Ele achava engraçado como eu conseguia criar narrativas “do nada” e valorizava isso nas oportunidades que fizemos parcerias. Peter sabia extrair o melhor talento de cada um e sou grata por essa generosidade que me fortaleceu na caminhada.

Fazendo parte de um coletivo de arquitetas nos primórdios do lighting design brasileiro e atuando no Nordeste, tive a oportunidade de enfrentar grandes desafios e programas arquitetônicos diversos, desde os mais simples, como o residencial, aos mais complexos, tais quais hotéis, hospitais, shoppings, museus e edificações históricas. Sou grata também aos profissionais arquitetos de Pernambuco – que sempre acreditaram na seriedade do nosso trabalho, certos de receberem a melhor e mais atual informação no campo da iluminação aplicada em seus projetos. A credibilidade é, sem dúvida, uma via de mão dupla.

Lume Arquitetura: Durante 20 anos, você foi sócia da Via Arquitetura e hoje atua em carreira solo no AVIAR Conceitos Criativos. Conte-nos sobre esse processo transitório.

Marcia Chamixaes: Comecei minha atuação na Via Arquitetura junto com o plano real e tive a sorte de iniciar minha carreira num time de primeira linha com as arquitetas Cláudia Torres e Beatriz Esteves. Nós “revolucionamos” o mercado da nossa região nos anos 90. Não tínhamos cursos formais, mas estávamos sempre viajando em busca de conhecimento para aplicar em nossos projetos. Na primeira década do segundo milênio e com a fundação da AsBAI, buscamos uma maior profissionalização. Neste

Evidenciar os extratos esquecidos da história talvez seja a maior revelação em um projeto de iluminação em um edifício histórico. Mostrar o que não é tão óbvio ao observador significa que nem tudo deve ser iluminado [...]

período começou a minha “saga das especializações” (risos). Foram cinco especializações em 10 anos, alternadas, ora com ênfase nos assuntos técnicos para aplicação na minha prática profissional diária, ora com ênfase no campo da gestão seja empresarial, de projetos, de obras e por fim pública.

Em 2014, o mercado estava me esgotando por não acompanhar o que eu tinha para oferecer. Viver explicando o óbvio aos meus contratantes estava tirando o brilho dos meus olhos; viver na mediocridade sempre me assustou. Assim, resolvi dar uma pausa para refletir se esse tema ainda me encantaria após alguns anos.

Em 2015, recebi um convite para o desafio da gestão pública na Fundação

do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Pernambuco, um sonho desde quando era estudante de arquitetura, então resolvi seguir meu coração. Passei quatro anos como gerente geral do patrimônio cultural, o que considero hoje um doutorado para a vida. Depois dirigi um Museu por mais um ano e me especializei em museologia social.

Com a mudança de gestão e a pandemia, desliguei-me das funções públicas e para minha surpresa meus antigos clientes me procuraram como se eu nunca tivesse saído do mercado (risos). Aproveitei a pandemia para me capacitar para os novos desafios e então veio a ideia de fundar a AVIAR Conceitos Criativos que se propõe a entregar com celeridade conceitos criativos no campo da economia criativa, o que inclui projetos de iluminação, mas não somente eles. Essa questão de dar celeridade à criação é um assunto que sempre me intrigou, pois quem é criativo raiz não tem essa coisa de ficar “anooos luz” ruminando uma ideia. Minha proposta é mostrar que a criatividade é algo para trabalhar ao nosso favor e do projeto, e não contra. Estou feliz com a decisão de voltar ao mercado de iluminação, mas não abandonei meus outros sonhos, eles vão brotar a qualquer momento na minha mente fértil (risos).

Lume Arquitetura: Quais os trabalhos mais importantes durante esses 30 anos de carreira?

Marcia Chamixaes: Puxa vida! Circulei em muitos projetos importantes no Recife, muitos deles compartilhados com minhas ex-sócias. Mas tenho muito orgulho de ter realizado do começo ao final o projeto para a iluminação do acervo do Museu do Homem do Nordeste usando fibra ótica, algo que só foi possível graças ao profissionalismo da família Sallouti, da FASA Fibra Ótica. Foi sem dúvida uma grande inovação em 2007 e, no final, o projeto “salvou” um acervo que seria

iluminado com halógenas dicroicas não fosse a introdução de nosso escritório na equipe técnica.

Também me orgulho de ter mudado um paradigma em uma área degradada como era o Forte das Cinco Pontas há 18 anos, propondo embutimento de fiação e iluminação uplight para promover o embelezamento urbano.

Iluminar os três edifícios restaurados do conjunto do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, além de meus projetos para as muitas igrejas barrocas, neoclássicas e até quinhentistas do meu estado também me tocam o coração. Pernambuco representa o começo do Brasil e Recife completará 500 anos em 2037, então colaborar para ter esses lugares tão importantes para a nação brasileira visibilizados e preservados me dão a sensação de propósito na profissão.

Não poderia esquecer ainda a minha participação nas iniciativas de intervenção de iluminação cenográfica em duas edições para o Natal do Recife como parte da equipe de Peter Gasper. Olhando para trás, hoje tenho consciência que realizamos uma Festa da Luz no Recife há 17 anos. Foi algo grandioso e inesquecível como tudo que tinha a participação do nosso Mago da Luz!

Lume Arquitetura: Sua história está intimamente ligada com a preservação do patrimônio cultural. Como tem visto essa questão nos últimos anos no Brasil?

Marcia Chamixaes: É um tema bastante complexo e é preciso um esforço conjunto entre poder público e sociedade para alcançar êxito no campo da preservação cultural. Não poderemos apenas contar com as leis de incentivo para recuperação de edifícios emblemáticos. A cidade de Olinda, que é patrimônio da humanidade, por exemplo, conta com um casario que a torna única e que se sustenta até hoje pela resiliência de seus moradores que conservam suas residências.

Áreas históricas são áreas nobres em qualquer cidade europeia, áreas que fomentam uma atividade econômica bastante rentável, o turismo. Neste sentido, é preciso despertar o interesse pela ocupação dos centros históricos brasileiros para que se possa garantir a sua real preservação tanto do ponto de vista do patrimônio material como imaterial representado pelo espírito do lugar e pelas diversas manifestações culturais que trazem vida a esses territórios.

Lume Arquitetura: É cada vez mais frequente notícias de edifícios históricos abandonados pelo país. O que pode ser feito para mudar esse cenário?

Marcia Chamixaes: A ocupação dos centros históricos é um movimento que deve ser estimulado pelo poder público com a redução de impostos e boa prestação de serviços públicos, tais como transporte de qualidade, água e saneamento, luz e segurança. Só dessa forma estas áreas serão atrativas para moradores e empresários. Na nossa disciplina, como designers de iluminação, podemos colaborar concebendo narrativas de projetos menos óbvias e que revelem extratos da história de cada território ainda não descortinados de forma educativa, que promovam o embelezamento urbano e que transmitam experiências de conforto, bem-estar e segurança para os usuários do espaço público. Com esse conjunto de iniciativas creio que estaremos no caminho para alcançar a tão almejada preservação e um maior propósito na nossa atuação profissional. E nada de achar que pirotecnia em patrimônio é a solução para dar visibilidade. (risos)

Lume Arquitetura: Como a iluminação pode ser um fator transformador em um patrimônio histórico?

Marcia Chamixaes: É sempre uma surpresa iluminar um edifício histórico, um monumento ou um território. Às vezes, a pesquisa histórica, base para o conceito

de nossos projetos, conduz-nos a iluminar aquilo que ninguém nunca enxergou. Evidenciar os extratos esquecidos da história talvez seja a maior revelação em um projeto de iluminação em um edifício histórico. Mostrar o que não é tão óbvio ao observador significa que nem tudo deve ser iluminado e que necessitamos fazer escolhas. Outro aspecto é que a iluminação deve sempre considerar o espírito do lugar, buscando uma ambiência compatível com o período da construção do edifício.

Lume Arquitetura: Quais as maiores dificuldades encontradas ao realizar um projeto de iluminação para um edifico tombado?

Marcia Chamixaes: Se conceituado com clareza, o projeto já tem 50% de chance de caminhar bem. É preciso, portanto, conhecer a pesquisa histórica antes de pensar em layout de iluminação. Eu diria que a maior dificuldade é entender o que deve ser revelado e o que deve ficar na sombra. Depois é elaborar o layout de iluminação e ter o conceito na ponta da língua para defender nos órgãos de patrimônio. Eles querem o mesmo que nós, a preservação do patrimônio. Se você tem argumentos fortes, é certeza que o projeto irá avançar para aprovação. Passada essa etapa do conceito à aprovação teremos que enfrentar os empreiteiros, uma etapa difícil, pois em obra pública muitas vezes eles alteram nossa especificação. É preciso não baixar a guarda, fiscalizando até a inauguração sob pena de perder todo o esforço.

Lume Arquitetura: Durante sua carreira, já assinou a iluminação de diversos museus. Quais os maiores desafios desse tipo de projeto?

Marcia Chamixaes: O primeiro segredo para obter êxito em iluminação para museus é estar próximo tanto ao curador da exposição como aos museólogos que conservam o acervo. É preciso entender que a luz deve auxiliar a expografia a

contar uma narrativa ao mesmo tempo que deve resguardar os objetos dos danos. Atualmente, além da fibra ótica contamos com a tecnologia LED que nos garante uma iluminação mais segura para a conservação dos objetos museológicos.

Depois, é importante selecionar equipamentos miniaturizados para não competirem visualmente com os objetos expostos; e, por fim, é importante integrar o sistema de iluminação a um sistema de cenários para que sejam ajustados os brilhos e ênfases da expografia.

Lume Arquitetura: Mesmo com sua vasta experiência, ainda procura se atualizar constantemente?

Marcia Chamixaes: É verdade (risos)! Eu me interesso por muitas coisas no âmbito da economia criativa, outro dia me vi participando de um curso de video mapping. Gosto de artes visuais, teatro e moda! Gosto de ler e escrever também. Sempre acho que tudo isso se integra no meu processo criativo e me torna uma profissional mais completa.

Lume Arquitetura: Você é filha de professor e possui cinco pós-graduações. Com toda essa bagagem, que tipo de formação acredita que um lighting designer deve ter?

Marcia Chamixaes: Nossa! É pergunta difícil porque realmente fui estimulada desde muito cedo em casa a ser incansável na curiosidade. Segundo meu pai dizia, eu nunca saí da fase dos Porquês. (risos) Mas o lighting designer não pode se contentar apenas com a informação técnica, ele precisa ter repertório criativo. Tem que ter uma formação humanista apreciando as artes, a história, a música, a poesia, enfim, visitar as Musas filhas de Zeus e Mnemosines (Memória) de vez em quando, lá no Olimpo. (risos)

Lume Arquitetura: Como avalia o mercado hoje com relação a como ele era quando você começou?

Marcia Chamixaes: Ampliou muito! A minha geração abriu muitas portas: passamos anos trabalhando sem reconhecimento, iniciamos os primeiros cursos de pós-graduação no Brasil. Enfrentamos um mercado de iluminação em formação com normas sendo construídas. Eu mesma só não tive nenhum revés porque sempre fui cuidadosa e segui os critérios internacionais desde o início de minha atuação. Tive amigos lighting designers generosos também, desde sempre trocamos experiências sem reservas.

Hoje, são muitos jovens com formação específica nas muitas pós-graduações espalhadas pelo Brasil. As normas técnicas brasileiras hoje buscam se aproximar dos preceitos internacionais. A indústria nacional evoluiu para atender um especificador cada vez mais exigente. É gratificante ver que a nossa geração não se esforçou em vão e que deixaremos um legado construtivo para os próximos. Creio que o mercado brasileiro cresceu em qualidade neste período!

Lume Arquitetura: Como vê a nova geração de lighting designers brasileiros?

Marcia Chamixaes: Eles estão sendo formados com uma excelente bagagem técnica que os coloca em uma posição confortável, mas creio que esta geração vai precisar construir um repertório criativo. Não é possível construir uma carreira sólida por 30 anos como fiz, por exemplo, apenas com o domínio de ferramentas. Mas isso é mais fácil: crescer culturalmente não é algo que cause sofrimento. Largar as redes sociais e visitar museus, galerias de arte, ir a um show ou ao teatro e apreciar a sua luz cenográfica, entre outras coisas, será um bom exercício para expandir os horizontes dos jovens lighting designers.

Lume Arquitetura: Nos últimos anos, tanto projetos de iluminação assinados por brasileiros quanto produtos nacionais têm se destacado em prêmios internacionais.

Qual a sua opinião sobre esse reconhecimento do lighting design nacional?

Marcia Chamixaes: É impressionante como nossos projetos são diferenciados em termos mundiais e têm a ver com nosso repertório. Somos um povo muito criativo e temos um exemplo recente que comprova isso, o encerramento da Olimpíada de Paris em 2024 se comparada com o encerramento no Rio, em 2016, é algo muito esclarecedor. A beleza e espontaneidade de nossas criações têm a ver com nossa cultura, nossa alegria, as cores do céu e da natureza brasileira que é algo único. Somos privilegiados e temos o compromisso de potencializar tudo isso e exaltar nosso país na nossa disciplina.

Lume Arquitetura: Como enxerga a indústria nacional de iluminação e os produtos aqui fabricados. Eles atendem todas as suas necessidades de projeto?

Marcia Chamixaes: Estou muito feliz com o crescimento e profissionalismo da indústria brasileira. No último LEDForum, queria especificar cada fornecedor que encontrei expondo por lá. Qualidade excepcional, bom design e informação técnica precisa. É só o que o profissional responsável precisa, trabalhar com confiança no parceiro selecionado! Sempre trabalhei com a indústria nacional já que meu mercado não oferece grandes budgets, assim fico feliz que os fornecedores brasileiros estejam cada dia melhores.

Lume Arquitetura: Com três décadas de experiência em projetos de iluminação, quais dicas daria para um lighting designer em início de carreira?

Marcia Chamixaes: Há alguns anos, você me entrevistou na seção Holofote da Ed.60 da Lume Arquitetura e recomendei o mesmo que repetirei agora: nunca parar de estudar é fundamental. Em 2024, acrescento o seguinte: nunca deixem de compartilhar suas experiências, pois a troca é a maneira mais efetiva de consolidar conhecimento. Boa sorte aos jovens lighting designers!

Sala de Cinema do Amante de F1 da Mostra Casas Conceito 2024 recebe iluminação confortável

Assinada pela arquiteta Paula Moura, a Sala de Cinema do Amante de F1 é um dos ambientes que compõe a Mostra Casas Conceito 2024, realizada entre os dias 3 de setembro e 3 de novembro de 2024 no Palacete Tira-Chapéu, no Centro Histórico de Salvador (BA).

O projeto de iluminação da Sala de Cinema do Amante de F1 ficou a cargo do lighting designer Thomas Almeida, titular da Desigualluz, que buscou criar um ambiente confortável e aconchegante. “Tive muito cuidado para não haver excesso de brilho, pois a intenção era que as pessoas tivessem vontade de permanecer no local para assistir a uma corrida, filme ou série com a temática do automobilismo”, contou Thomas.

Como o recinto possuía muitos elementos em madeira, o lighting designer se apropriou do mobiliário para aplicar fitas de LED de 8W/m a 2700K nas prateleiras: “Gostaria de ter utilizado perfis de LED com difusor, mas por conta da velocidade de montagem da mostra, fizemos um anteparo de madeira nas próprias prateleiras para abrigar e esconder as fitas de LED”. O mesmo tipo de solução também foi utilizado atrás da parede de pedra onde está disposta a TV.

Para a iluminação da adega, a opção foi por tuboLEDs de 9W a 3000K aplicados atrás da parede de pedra translúcida para valorizar os vinhos expostos. “Essa adega ficou muito bonita, pois chama bastante a atenção de quem entra no ambiente e também proporciona aconchego”, disse Thomas.

Sobrepostos direcionáveis e minimalistas no forro de madeira, de 14W/34º a 2700K, ressaltam a grande obra de arte presente na parede, enquanto outros, com AR70 de 4,8W/14º, pontuam todo o espaço. “Tivemos muito cuidado com o controle de ofuscamento e o excesso de brilho, tanto que os sobrepostos com AR70 possuem honeycomb. Vale lembrar que todo o ambiente é automatizado visando o maior conforto visual dos usuários e a criação de cenas diversas”, finalizou o lighting designer.

Fitas de LED e tuboLEDs: Stella

Automação: ATM Home

Ficha técnica:
Projeto de iluminação: Thomas Almeida /Desigualluz
Projeto de arquitetura: Paula Moura
Luminárias: Golden Art, Interlight e Stella
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Ipem-SP inaugura Laboratório de Iluminação

Em 25 de julho de 2024 foi inaugurado o Laboratório de Iluminação do Ipem-SP, resultado de convênio de cooperação tecnológica assinado entre o Instituto e a Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) em novembro de 2023.

A infraestrutura do Laboratório de Iluminação conta com os mais modernos equipamentos para realização das medições, além de uma equipe especializada para a realização de suas atividades. Verificações metrológicas em instrumentos e produtos de iluminação como lâmpadas, luminárias, plafons, spots, entre outros, serão realizadas seguindo as regulamentações estabelecidas pelo Inmetro, de modo a garantir a conformidade de requisitos técnicos de segurança e desempenho aos consumidores. “Por meio do laboratório, o Instituto irá atuar firmemente na vigilância coletando e analisando produtos junto ao mercado, autuando as empresas que estiverem comercializando produtos não conforme e proibindo as vendas”, afirmou Roberto Saheli, presidente da Abilux.

O superintendente do Ipem-SP, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior, lembrou que há uma série de produtos hoje no mercado que podem inclusive estar fora dos padrões de regulamentação, sendo necessário dizer até que ponto estes equipamentos são seguros ao consumidor: “É importante que um órgão de fé pública, como o Ipem-SP, participe deste processo. Para nós é sempre importante trazer essa confiança, ajudar as empresas a se desenvolverem, e fazer a vigilância de mercado”.

Abilux lança Manual de Defesa dos Municípios na Iluminação Pública

A Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), com o apoio da Associação Paulista de Municípios (APM), realizou em 1º de agosto de 2024, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o lançamento do Manual de Defesa dos Municípios na Iluminação Pública – Aquisição de Luminárias LED, que tem como objetivo orientar os gestores públicos sobre as formas de verificar as principais inconformidades no fornecimento de luminárias com tecnologia LED, ou auxiliá-los a identificar indícios de adulteração de componentes após a certificação e registro junto ao Inmetro, no momento da entrega do produto, trazendo também sugestões de medidas de mitigação de danos ao erário público municipal.

O manual foi elaborado por técnicos das dez principais empresas associadas à Abilux com forte atuação no mercado de iluminação pública – familiarizados com licitações e com a avaliação de regulamentos perante o Inmetro –, e contou com apoio técnico e revisão do trabalho pelos laboratórios atuantes no Brasil – IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), LABELO – PUC-RS e UL do Brasil.

Segundo o engenheiro Paulo Candura, “O manual trará grandes benefícios ao setor de iluminação, uma vez que possui um farto conteúdo técnico e permitirá aos gestores uma avaliação minuciosa, além de assegurar qualidade aos produtos adquiridos e combater a concorrência desleal”.

Baixe aqui o manual.

Residência em Florianópolis

Soluções minimalistas de iluminação valorizam arquitetura e volumetria da Residência MCO

Por Erlei Gobi Fotos: Mariana Boro

com aproximadamEntE 900 mEtros quadrados, a rEsidência mco Está localizada em um condomínio em Cacupé, bairro de Florianópolis (SC), e foi projetada pelo escritório Ruschel Arquitetura e Urbanismo, da arquiteta titular Marília Ruschel, para possibilitar a visualização da paisagem exuberante do mar e da mata preservada do entorno. A composição arquitetônica desenvolvida é marcada pela horizontalidade dos grandes planos dos diferentes pavimentos: base de pedra natural, laje em balanço de concreto aparente e um imponente pergolado de madeira na cobertura. Em contraponto, destacam-se os exuberantes brises verticais de cobre patinado e ripados em

madeira que propiciam a privacidade, além da cobertura metálica em balanço que marca a entrada principal da casa.

Assinado pela lighting designer Marina Makowiecky, titular da Allume Arquitetura de Iluminação, o projeto luminotécnico da residência teve como linguagem valorizar a arquitetura por meio das soluções de iluminação. “O conjunto da arquitetura é o que me norteia. Nossa intenção não é que a iluminação apareça sozinha, mas que consiga, através de todas as reflexões, intensidades e contrastes, retratar da forma mais fiel possível o que foi projetado pelo arquiteto. Nesse projeto, a intenção foi valorizar os planos verticais, as texturas e as

cores sempre com temperatura de cor quente, de 2700K”, explicou Marina.

Fachada

A fachada da residência possui brises verticais de cobre patinado, elemento incomum para esse tipo de utilização. “A arquiteta projetou esses brises como destaque do projeto, então era preciso mostrá-los de alguma forma. A solução foi a aplicação de perfis de LED de 5W/m/45º abaixo da pequena marquise para valorizar esse elemento”, contou a lighting designer.

O mesmo tipo de solução foi instalado na parte superior dessa marquise para também realçar a laje de concreto e a cobertura metálica em balanço que marca a entrada principal. Os degraus

Perfis de LED de 5W/m/45º valorizam tanto os brises verticais de cobre patinado quanto o a laje de concreto e a cobertura metálica em balanço que marca a entrada principal. Espetos de 9W realçam os elementos do paisagismo, enquanto perfis de LED de 4,8W/m balizam os degraus da escada.

Área social com iluminação perimetral por meio de perfis de LED de 4,8W/m instalados nos cortineiros. Detalhe para o conjunto de pendentes assinados instalados individualmente sobre a mesa de jantar.

da escada de acesso receberam perfis de LED de 4,8W/m em suas partes inferiores. “Trabalhamos a linearidade dos elementos arquitetônicos para valorizar a volumetria e a espacialidade da casa. Outro ponto muito importante é que sempre tomamos cuidado para que apenas o efeito de luz seja visto, e não a fonte de luz. Então, durante o dia, esses perfis somem na fachada”, afirmou Marina.

No paisagismo da fachada há alguns pontos de destaque, como a jabuticabeira, a oliveira e algumas pedras dispostas no jardim, iluminados por espetos de 9W. “Esses elementos de maior evidência no paisagismo ajudam a criam um dinamismo e um embasamento que nos dá a percepção visual do conjunto, do volume completo. Nem tudo precisa estar aceso ao mesmo tempo, obviamente, mas as linhas principais sempre acendem juntas”, disse a lighting designer.

Tanto na varanda lateral da fachada quanto na garagem, a opção foi pela utilização de perfis de LED de 4,8W/m para valorizar a textura das pedras.

“Temos a mesma linguagem, não só de conceito de luz, mas de resultado visual da arquitetura nos dois espaços. Como essas paredes possuíam o mesmo tipo de material, não fazia sentido trabalhar com leituras diferentes. São esses detalhes que nos levam a esse desenho da luz. Não é escolher luminária, é entender se a luz projetada vai revelar o que queremos”, elucidou Marina.

Área social

O pavimento superior é composto por um amplo espaço que integra as salas de jantar, living, varanda, lareira, espaço gourmet e cozinha, o coração da casa – segundo a arquitetura – com uma extensa bancada em ilha que setoriza o ambiente. A iluminação desse amplo recinto se deu de forma perimetral por meio de perfis de LED de 4,8W/m instalados nos cortineiros. “Trabalhamos com a iluminação dos planos verticais para preencher o ambiente e proporcionar percepção espacial. Essa solução também acaba

sendo vista por quem está do lado de fora da casa, então trabalhamos os planos internos e externos buscando uma intensidade de luz equilibrada para compor a volumetria da residência”, detalhou a lighting designer.

O mesmo tipo de perfil de LED foi aplicado abaixo dos bancos da área da lareira, na área gourmet e sob o tampo da ilha da cozinha. “Essa iluminação na parte inferior da ilha é orientada para o piso e gera reflexão da luz, o que nos permite trabalhar com menos pontos de luminárias no teto (menor interferência física na arquitetura), apenas dois embutidos de 8W/48º para tarefa nessa bancada”, lembrou Marina.

Perfis de LED de 4,8W/m/45º ainda foram utilizados na cristaleira, porém na vertical. “Sempre aproveitamos os elementos desenhados pela arquitetura para trabalhar a iluminação. Nesse caso, a cristaleira acabou se transformando em uma grande luminária, o que me permitiu não utilizar pontos de luz no forro. Conseguimos um resultado estético agradável, sem deixar de ser funcional”, afirmou a lighting designer.

Sobre a mesa de jantar, o projeto de arquitetura previu um conjunto de pendentes assinados: “Cada um dos pontinhos que compõem essa solução precisava ser instalado individualmente, então fizemos o dimensionamento para que houvesse a quantidade de luz necessária sobre a mesa”, explicou Marina.

Na foto menor, perfis de LED de 4,8W/m abaixo dos bancos da área da lareira. Na foto maior, o mesmo tipo de solução aplicado na área gourmet e sob o tampo da ilha da cozinha.

No andar térreo, os primeiros degraus da escada que levam ao andar superior também receberam em suas partes inferiores perfis de LED de 4,8W/m/45º. “Essa iluminação serve tanto para o balizamento quanto para iluminar o jardim interno. Dessa forma, pela reflexão das superfícies, não precisamos utilizar muitos pontos no forro do andar superior para iluminar a escada, apenas três embutidos de 9W/10º x 49º”, contou a lighting designer.

Adega

A iluminação da adega se deu de forma indireta por meio de perfis de LED de 4,8W aplicados verticalmente atrás das vigas de madeira. “Inicialmente, esses elementos de madeira iriam se estender pelo teto, assim teríamos todo o ambiente iluminado pela mesma solução. No

À esquerda, a adega metálica iluminada por uma luminária de 20,4W/30º a 3000K sobreposta no forro de madeira. Á direita, perfis de LED de 4,8W aplicados verticalmente atrás das vigas de madeira da adega para iluminação indireta.

entanto, o projeto foi alterado e conseguimos manter essa contraluz para contraste nas garrafas, que são as de maior valor agregado”, lembrou Marina.

Para a adega metálica, a opção foi a utilização de uma luminária de 20,4W/30º a 3000K sobreposta no forro de madeira. “Queríamos que essa luz chegasse com um pouco mais de intensidade nessa área, mas a única luminária que atendia esse nosso requisito só existia a 3000K, então essa é a única solução que foge dos 2700K em todo o projeto”, finalizou a lighting designer.

Projeto de iluminação: Arq. Marina Makowiecky/ Allume Arquitetura de Iluminação

Projeto de arquitetura: Marília Ruschel/ Ruschel Arquitetura e Urbanismo

Luminárias: DirecLight, Interlight, Lemca, Luxion, OM e PDLED

Luminárias subaquáticas: Über Licht & Adesso Brasil

Ficha técnica

Prêmio Abilux Design de Luminárias

Da Redação

na noitE dE 08 dE agosto dE 2024, Em EvEnto rEalizado no Salão de Eventos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo (SP), foram conhecidos os vencedores da 9ª edição do Prêmio Abilux Design de Luminárias, concurso que tem como objetivo estimular o desenvolvimento de um design nacional que estabeleça o diferencial em qualidade para que as luminárias brasileiras ganhem em competitividade nos mercados nacional e internacional.

O Prêmio, disputado por empresas do setor de iluminação, profissionais autônomos e estudantes, nas categorias Interior e Exterior, registrou nesta edição a inscrição de 121 luminárias, de 41 indústrias, oito (08) profissionais autônomos e dez estudantes de nove estados: Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Conheça os vencedores da principal premiação de design da indústria brasileira de iluminação

Presidido por Isac Roizenblatt, diretor técnico da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação), o júri desta edição da premiação contou com nomes de profissionais gabaritados e reconhecidos em suas áreas de atuação, como Graziela Nivoloni, arquiteta e urbanista mestra em design e coordenadora da graduação em Design de Produto e Serviço no Istituto Europeo di Design; Julio Cesar Freitas, coordenador da pós-graduação em Gestão Estratégica do Design na FAAP, CEO da Fluxe Fluid Processes at Work e Diretor Acadêmico da Fluxe School Escola de Design de Processos; Mohana Barros, sócia-diretora da Archidesign e presidente da AsBAI (Associação Brasileira da Arquitetura de Iluminação ), de 2022 a 2025; Natasha Schlobach, presidente da ADP (Associação dos Designers de Produto);

Júri

Osvaldo Lahoz Maia, assessor do diretor regional do Senai-SP e responsável pelas ações estratégicas de inovação nas áreas de Educação e Indústria no período de 2007 a 2022; e Oswaldo Sanchez Júnior, pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). “Como arquiteta e lighting designer, achei muito interessante a participação como jurada do Prêmio Abilux Design de Luminárias. Pela minha experiência profissional, verifiquei que muitas empresas estão trabalhando com alto padrão de fabricação dos produtos e possuem grande cuidado nas questões técnicas, estéticas e informativa dos produtos apresentados, porém algumas ainda estão bem deficientes nestes pontos. Acredito que a realização do prêmio é de grande importância para o mercado, pois eleva a qualidade dos produtos comercializados e dos fabricantes iniciantes na produção brasileira”, declarou Mohana Barros.

Multipremiados

A maior vencedora desta edição do Prêmio Abilux Design de Luminárias foi a Powerlume, que conquistou quatro prêmios, sendo três primeiras colocações e um segundo lugar. Alex Leiser, diretor da empresa, disse estar extremamente feliz com esse reconhecimento após 18 anos dedicados à iluminação. “Sentimos uma mistura de alegria e nostalgia ao relembrar nosso primeiro contato com o

Prêmio, ainda na época em que trabalhávamos na Utiluz. João Tcacenco (in memoriam) era um grande entusiasta da premiação, dedicando muito tempo e recursos para participar. Acreditamos que é fundamental fortalecer ainda mais a indústria nacional e mostrar que temos, sim, condições de competir, de igual para igual, com qualquer empresa internacional. Nossa capacidade técnica e criativa vai muito além dos padrões de mercado”.

Outro destaque do concurso foi a Zagonel, que após conquistar quatro prêmios na última edição, de 2022, foi agraciada com mais três em 2024, sendo um segundo lugar e duas terceiras colocações. “Cada prêmio representa uma validação do nosso esforço contínuo para desenvolver soluções eficazes no setor de iluminação. A sensação é de gratidão e satisfação, pois essas conquistas são reflexo do trabalho diário de toda a nossa equipe e do nosso compromisso em oferecer produtos de alta qualidade. Além de valorizar a produção local, o Prêmio também estimula a competitividade e a excelência entre as empresas do setor. Ao destacar as melhores práticas e inovações, contribui para elevar o padrão de qualidade da indústria como um todo e incentiva o investimento em novas tecnologias e processos”, disse Sidinei Ferrarez, gerente nacional de vendas da empresa.

Com diversas conquistas em edições anteriores do concurso, a FASA Fibra Ótica ficou no topo do pódio em duas categorias: Luminária para Vias Públicas, Incluindo Praças, e Luminária Subaquática. “O prêmio é um enorme estímulo para cada membro do time, gerando motivação pelo reconhecimento do trabalho que fazemos no dia a dia pelos bastidores, e que, portanto, muitas vezes não é notado. Contando com este ano, foram oito edições em que fomos agraciados. Acreditamos que, em todas elas, simplesmente estivemos focados em realizar nosso core business com maestria e profissionalismo, que é e sempre foi impactar positivamente as pessoas através de nossa iluminação. O reconhecimento advindo do prêmio é muito maior que uma simples satisfação para o ego dos integrantes, trata-se de uma sinalização clara de que estamos trilhando pelo caminho correto, em consonância com as demandas mais atuais do mercado internacional de iluminação”, afirmou Wilson Sallouti, diretor da empresa.

A MisterLED também conquistou dois troféus no Prêmio Abilux Design de Luminárias, um segundo lugar na categoria Luminária de Parede, Piso ou Solo, e a terceira colocação na categoria Luminária para Jardins. Segundo Leticia Menin Cerulli, gerente de marketing da empresa, as conquistas são uma validação significativa do trabalho árduo, da criatividade e do com-

prometimento de toda a equipe: “Para nós, o Prêmio Design de Luminárias representa um marco de reconhecimento nacional no setor de iluminação. Receber este prêmio reafirma a nossa posição como líderes em inovação e design, fortalecendo a credibilidade da marca no mercado. Além disso, essa conquista serve como um testemunho do nosso compromisso contínuo com a excelência e a inovação, motivando a equipe a manter altos padrões de qualidade e criatividade, impulsionando a empresa a continuar evoluindo e a definir novos patamares para o futuro”.

Outra empresa também agraciada em duas categorias foi Newline, com um segundo lugar na categoria Sistema de Iluminação e uma terceira posição na categoria Luminária de Teto. “Essa conquista não apenas valida o esforço que colocamos em nossos processos e produtos, mas também reforça e consolida nossa posição no mercado. Um reconhecimento desse tem o poder de fortalecer a marca e expandir nosso alcance. É uma confirmação de que estamos no caminho certo e de que nosso trabalho está fazendo uma diferença significativa no setor”, disse Lígia Nunes, Gerente de Marketing da empresa.

Prêmios consecutivos

Entre as empresas laureadas em 2022 que repetiram o feito em 2024 estão a

Interlight, com o primeiro lugar na categoria Luminária para Jardins; a Classic Lar, com a segunda posição na categoria Luminária de Piso; a Vira Iluminação, com a terceira colocação na categoria Luminária de Parede, Piso ou Solo; e a DirectLight, com o segundo lugar na categoria Luminária Para Vias Públicas, Incluindo Praças.

Para David Aloi, diretor da Interlight, a sensação de ser honrado com o Prêmio Abilux Design de Luminárias é maravilhosa: “É o reconhecimento do mercado para o nosso trabalho e dedicação. Esse prêmio valida o nosso compromisso com a inovação e a excelência em design, e nos motiva a continuar buscando soluções luminosas cada vez mais eficientes e esteticamente agradáveis. Acreditamos que o prêmio é um grande impulsionador para o crescimento da nossa marca e para a consolidação do nosso prestígio no mercado”.

Já para Renato Pessoa, CEO da Classic Lar, a conquista reforça a convicção de que a empresa está fazendo um bom trabalho e dá animo para seguirem desenvolvendo novas peças, com designs inovadores e funcionais: “O sentimento é de que estamos progredindo e trilhando o caminho certo. O prêmio é encarado pela Classic Lar como um dos principais KPIs da empresa. Ele indica a maturidade do nosso design, a nossa capacidade criativa no momento e a ratificação do conceito que

estamos apostando. Com a premiação, recebemos uma validação da nossa ideia e podemos, agora, seguir com o desenvolvimento e criação de uma coleção modular completa, com pendentes, plafons, arandelas e abajures que acompanharão o conceito premiado”.

Lucas Bittar, proprietário da Vira Iluminação, afirmou que as conquistas consecutivas são o reconhecimento do trabalho de pesquisa da empresa, que visa explorar a produção de peças de forma artesanal, sempre buscando design de qualidade e durabilidade em seus produtos: “Por ser o principal prêmio voltado para iluminação do país, ter um produto que faz parte dos três primeiros colocados nos faz estar próximo ao patamar de grandes empresas do ramo, e nos mostra que estamos no caminho certo no desenvolvimento da empresa”.

O diretor da DirectLight, Luis Fernando Bettio Galli, disse que Prêmio Abilux Design de Luminárias traz reconhecimento aos fabricantes nacionais que se empenham em criar produtos modernos e inovadores, destacando-os por seu design, eficiência e qualidade: “Ao longo de sua trajetória, a DirectLight conquistou 11 prêmios neste concurso, e esse é sem dúvida um grande diferencial para a marca, que desde sua fundação está focada na criação de peças minimalistas e diferenciadas e com design exclusivo”.

Debutantes

A 9ª edição do Prêmio Abilux Design de Luminárias também contou com empresas que conquistaram seu primeiro reconhecimento no concurso, como a Attimo Iluminação, primeira colocada na categoria Luminária de Mesa. “Este reconhecimento, especialmente por ser a nossa primeira vitória neste que é o principal prêmio de design de luminárias do Brasil, é uma validação incrível do nosso trabalho e da dedicação de toda a nossa equipe. Esse prêmio nos motiva a continuar inovando e a buscar sempre a excelência em nossos produtos, criando soluções que combinam funcionalidade, estética e tecnologia. É um marco significativo para nossa empresa, e estamos muito gratos por este reconhecimento”, disse Alencar dos Santos, diretor e designer da empresa.

Um diferencial desta edição do Prêmio foi a consagração de lighting designers assinando o design de luminárias, como Juliana Iwashita, diretora da Exper Soluções luminotécnicas, com o terceiro lugar na categoria Luminária de Piso; Ana Paula de Carvalho Laronga e Maria Manuela Bertola Estupinan, fundadoras e designers da Ola - Luminárias Acústicas, que conquistaram o topo do pódio da categoria Luminária de Teto; e Silvia Carneiro, titular do Íris Luminotecnia, que, em parceria com a Munclair

Iluminação, alcançou a terceira posição na categoria Luminária de Parede.

Juliana Iwashita lembrou que já foi reconhecida anteriormente no concurso quando ainda trabalhava na indústria de iluminação: “Mas ser agraciada pela primeira vez com minha empresa independente me proporcionou uma satisfação muito grande. Este prêmio é o reconhecimento de um trabalho idealizado pela Exper, mas executado por muitas mãos, entidades e a indústria de iluminação. Tenho muita gratidão por todos que participaram do processo de desenvolvimento conosco. Acredito que o Prêmio também pode aproximar a indústria e profissionais, designers e estudantes, trazendo mais inovação e criatividade ao design brasileiro”.

Para Ana Paula de Carvalho Laronga, ficar em primeiro lugar no Prêmio Abilux Design de Luminárias é de extrema importância para trajetória da empresa: “Sabemos que a Abilux e a premiação existem há anos e são referências no mercado brasileiro. Estar em primeiro lugar este ano, para nós significa muito, porque somos sobretudo uma empresa de design de luminárias que pensa no bem-estar da nossa casa chamada terra e no usuário, trazendo luminárias sustentáveis e biodegradáveis, como é o caso da Hogar. Ter este produto como vencedor mostra que estamos conseguindo atingir o nosso objetivo de trazer consciên-

cia ambiental para as pessoas. Estar entre as grandes indústrias, para nós é muito empolgante e incentivador, uma vez que estamos no começo de um caminho longo”. Silvia Carneiro lembra que a conquista é um reconhecimento de seu trabalho como arquiteta de iluminação, pois a luminária foi desenhada para suprir uma necessidade de projeto: “Estou sempre imaginando cenografias para meus projetos e, nesse caso, o cliente queria um produto com identidade brasileira e tive dificuldade de encontrar algo no mercado. Como não sou designer, fiz um protótipo ‘Frankenstein’ para mostrar o efeito que desejava, apresentei para a Munclair, e a empresa produziu a luminária de forma muito competente e caprichosa. Também fico feliz porque é um projeto de economia circular que fornece uma importante composição de renda para as aldeias”.

Categoria Estudantes

Pela primeira vez no Prêmio Abilux Design de Luminárias há uma categoria para agraciar estudantes das áreas de arquitetura, desenho industrial, decoração, engenharia e outros. O primeiro vencedor foi Vitor Hildebrandi Marchione, estudante do curso de Design da FAAP, que desenvolveu a luminária BIOLUX, para vias públicas, incluindo praças, que traz em sua composi-

ção um composto químico bioluminescente, formado a partir do processo bioquímico dos vagalumes. “Sempre coloco minha essência e minha visão sobre design em cada um de meus projetos. Ter sido premiado com o primeiro lugar foi muito gratificante, pois me incentiva ainda mais a buscar e refletir sobre inspiração e criatividade para o design. Sinto-me honrado e muito feliz, uma vez que posso servir de inspiração a outros estudantes e profissionais da área. Além disso, fui extremamente beneficiado em minha carreira, não somente pelo reconhecimento, mas também por começar a mostrar meu nome no mercado e para futuros investidores e recrutadores minha visão criativa para o design. Um conselho que gostaria de deixar a qualquer um que leia esta matéria é: arrisque, tome o pulo, participe de premiações sem medo de perder, seja quem você é e demonstre sua essência em seus projetos e verá que sua originalidade será apreciada”.

Exposição na Expolux

Profissionais e entusiastas do setor de iluminação poderão conhecer presencialmente todos os vencedores da 9ª edição do Prêmio Abilux Design de Luminárias na Mostra Design de Luminárias durante a 18ª edição da Expolux, que acontece entre os dias 17 e 20 de setembro de 2024, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP).

1º lugar

Luminária: Lumiere

Designers: Max gerMano, lauro anDraDe, roBerTo koga e heloiSa SouSa

empresa: aSSa aBloy BraSil

Foto: lauro anDraDe

O Puxador Lumiere reinventa a categoria de puxadores de porta por meio de iluminação indireta, transformando a experiência de uso do produto. Combinando design atemporal, funcionalidade e tecnologia de casa inteligente, o Lumiere oferece sofisticação e elegância, aprimorando a experiência do usuário. Proporcionando acessibilidade e segurança ao iluminar sutilmente a fechadura da porta e a entrada, utiliza um LED de alta eficiência embutido no puxador ativado pela tecnologia Swift Motion Sense. Construído em alumínio com materiais 100% recicláveis, destaca seu compromisso com a sustentabilidade. Além disso, o uso de baterias recarregáveis de longa duração, com até 1500 ciclos, associado ao LED de baixo consumo, reforça seu apelo ecológico. Ele é uma fusão de tecnologia e design que transforma a maneira como interagimos com o ambiente.

Luminária: move eL asTic

Designer: pDleD

empresa: pDleD

Foto: pDleD

A luminária Move Elastic é um moderno sistema modular de luz linear flexível de fácil instalação no teto/piso através de uma base pesada em conjunto com o material elástico (tecido), que permite adaptação a diferentes alturas, bem como a mudança de inclinação. De um lado, um tecido branco, que difunde a luz da fita de LED, do outro, as tiras são coloridas, compondo assim a decoração do ambiente.

Luminária: içana Baniwa

Designer: Silvia Carneiro empresa: MunClair iluMinação

Foto: MunClair iluMinação

Inspirada no trabalho de Bruno Munari, onde “Das coisas nascem coisas” (1981), a Içana Baniwa rompe as barreiras das peças do cotidiano transformandoas em luminárias. Nesta coleção Raízes, os balaios Baniwa, com suas geometrias complexas, são transformados em jogos de luzes e sombras para iluminar com a alma brasileira. São peças que podem ser aplicadas em paredes ou no teto. É um projeto de economia circular que fornece uma importante composição de renda para as aldeias. Utilizam-se os balaios produzidos através das fibras do Arumã, em diferentes composições, sua estrutura é em alumínio, pintura eletrostática em alta temperatura que garante durabilidade e a fiação pode ser embutida ou mesmo utilizada em tomadas.

1º lugar

Luminária: Think aBouT arT

Designers: Thiago Tavore, BarBara BiTTenCourT e elviS Mourão

empresa: Think CreaTive lighTing + DeSign

Foto: Thiago Tavore

A Think About Art é uma luminária desenvolvida para prestigiar o artista brasileiro, uma forma inusitada de se iluminar obras de arte. O artista Elvis Mourão pinta cada tela no acrílico cristal. Após esse processo, com a iluminação de fonte de luz, a projeção da arte sai da tela e vai para a superfície desejada.

2º lugar

Luminária: coLuna moduL ar keLP

Designer: ClaSS C lar

empresa: ClaSSiC lar

Foto: ClaSSiC lar

A Coluna Modular Kelp é uma luminária de piso pensada para ser um produto de fácil transporte e montagem, sem a necessidade de ferramentas, bastando juntar as partes até escutar o click. Seu design foi inspirado nas algas marinhas, sugerindo movimentos sutis e orgânicos da base à cúpula. A cúpula da luminária é construída com lâminas sobrepostas de madeira, formando uma espécie de compensado artesanal, conferindo resistência e elegância à peça. O corpo é trabalhado com várias camadas de MDF com galerias internas escavadas para a passagem dos fios, posicionamento do sistema de click com mola e sustentação de ripas de policarbonato estruturais, enquanto a parte externa recebe uma lâmina de madeira natural de acabamento e pintura laca nas laterais. A base, feita de madeira natural, esconde um contrapeso para garantir a estabilidade do conjunto. A modulação aplicada reduziu em um terço a cubagem da peça embalada e a fácil montagem não a torna inconveniente, pelo contrário, os encaixes são satisfatórios e amplificam o sentimento de posse e valor percebido do produto.

3º lugar

Luminária: 1000 Tsurus PeL a Paz

Designer: Juliana iwaShiTa

empresa: exper SoluçõeS luMinoTéCniCaS Foto: FernanDa roCha

A luminária 1000 Tsurus pela Paz foi desenvolvida por meio do “Conecte-se”, projeto social da Exper Soluções Luminotécnicas, que realizou oficinas de Origami em escolas e em sua sede, ensinando a arte do origami para crianças e adultos que produziram mais de 2000 tsurus em prol da paz. A luminária possui em sua composição 1000 dobraduras de tsurus na cor branca iluminadas com tecnologia LED RGBW e sistema de controle dimerizável com controle remoto, que através da combinação de diferentes cores traz vida ao ambiente através da reflexão nos origamis. A luminária é composta por material reciclável e de longa vida útil. É indicada para ambientes internos residenciais e/ou corporativos que desejam iluminação decorativa e interativa diferenciada com valores e simbolismos.

2º lugar
3º lugar

Luminária: carimBó LvF.109

Designer: alenCar DoS SanToS empresa: aTTiMo iluMinação

Foto: guilherMe JorDani

Inspirada na tradição amazônica, a luminária de mesa Carimbó LVF.109 carrega os traços, as cores e o ritmo dessa cultura. A identidade, a beleza e a força de um povo estão expressas em peças exclusivas e genuinamente brasileiras. As amarrações que compõem as luminárias representam resistência e união. Cada peça se liga à outra, formaliza e fortifica toda a estrutura. As cores quentes e vibrantes resgatam o calor do Norte, o ar tropical e a nossa brasilidade, enquanto as formas e traços geométricos fazem homenagem à fluidez do Carimbó, ritmo amazônico que batiza a Coleção. Para que a estrutura se molde no processo, as peças se fundem por meio de três nós e são finalizadas com fogo. Para a funcionalidade de luminária de mesa, sua luz é difusa através de uma cúpula de tecido, para não agredir quem estiver sentado ao lado ou olhando para a luminária, e sua alça é dada pela inspiração em uma lanterna (lampião).

2º lugar

Luminária: Íris

Designers: JoSé CarloS Júnior e rogerio TorreS empresa: alFalux iluMinação iuS CerChiari

A íris, na anatomia humana, é a grande responsável pelo controle da quantidade de luz que entra no olho, diminuindo ou aumentando o tamanho da pupila de acordo com a necessidade, que, no caso da luminária, é representada pelo dimmer de toque, instalado na base, controlando precisamente a quantidade de luz emitida pela peça e permitindo o ajuste da intensidade. Em sua posição normal, a luminária Inspirada na beleza do funcionamento da visão acende apenas a sua luz periférica, remetendo ao que viria a ser um eclipse solar. Ainda que o ambiente esteja completamente escuro, essa luz vai auxiliar e orientar as pessoas a se localizarem e acharem com facilidade onde está a peça, tornando-a ideal para mesas de cabeceira, por exemplo. Ao orientar o círculo frontal, a luz periférica é desligada automaticamente através de um sensor e a luz do rebatedor é acionada. O rebatedor pode ser orientado na posição desejada. A Íris também possui sistema de bateria li-ion recarregável, com grande autonomia, podendo ser levada a qualquer lugar, mesmo que não tenha energia elétrica disponível no local. O carregamento é através de cabo USB-C fornecido com o produto.

Luminária: hogar - Luminária acúsTica

Designers: ana paula De Carvalho laronga, Maria Manuela BerTola eSTupinan, leanDro inagaki oShiro e eDuarDo BiTTenCourT SyDney empresa: ola - luMináriaS aCúSTiCaS Foto: nino anDreS BiaSizzo

Hogar é uma luminária acústica feita de cogumelos. Com o design assinado pela Ola e desenvolvida em parceria com a Mush, empresa pioneira na tecnologia do micélio no Brasil, o corpo da peça é constituído por essa surpreendente matéria natural derivada de fungos, o que faz com que suas cúpulas sejam 100% biodegradáveis. Além disso, sua forma foi definida com base em estudos para que se otimize a propriedade de absorção acústica comprovadamente contida no material. O formato alongado de seu corpo foi pensado para distribuir de maneira homogênea a iluminação sob a superfície de mesas.

Luminária: ring mix

Designers: welker geralDi, anTônio CroColi e eDuarDo Souza

empresa: powerluMe

Foto: giSele FloreS

A luminária Ring Mix foi projetada para oferecer opções de sistemas de iluminação versáteis e de alta qualidade, com design moderno, sendo adequada para diversas aplicações em ambientes internos. Pode ser configurada para fornecer tanto iluminação direta quanto indireta, permitindo uma distribuição uniforme da luz e reduzindo sombras e áreas escuras. Essa característica é especialmente útil em ambientes que necessitam de iluminação equilibrada e agradável, como escritórios, salas de conferência, e espaços comerciais.

Luminária: messier

Designer: MarCo anTônio DiaS empresa: newline iluMinação Foto: leTiCia roSa

3º lugar

Luminária: aBajur Lençóis

Designers: CinThia DanTaS, elinalva liMa, eriCka BouCinhaS, luCiana D luCiano DiaS, paTriCia Sole Soraya MeDeiroS e SanaDJa MeD

empresa: CenTro elé

Foto: MeTal Do

O abajur “Lençóis” é uma criação única feita em alumínio e acrílico, inspirada nas deslumbrantes dunas de areia branca do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Essa ideia se deu através de um design que captura a essência das formas sinuosas das dunas formadas pela dança das areias ao sabor dos ventos, criando cenários que são exaltados através do pôr do sol.

O Plafon Messier representa uma fusão entre elegância estética e funcionalidade moderna, projetado para proporcionar conforto visual através de distribuição de luz indireta ou direta recuada. Inspirado na majestosa lua cheia e suas características crateras, este plafon incorpora um design inovador que não apenas ilumina, mas também decora ambientes residenciais e comerciais com sofisticação. Fabricado a partir de um disco de alumínio plano, Messier é moldada em prensa hidráulica para criar um formato excêntrico que se destaca pela elegância do círculo recuado onde o difusor inferior está posicionado. Com acabamento em pintura eletrostática, está disponível em diversas opções de cores, adaptando-se perfeitamente à decoração de salas de estar, jantar, TV e escritórios. Este produto inteligente oferece a conveniência da tecnologia Smart, permitindo o controle via smartphone para ajuste da intensidade da luz, na modalidade Downlight. Com essa funcionalidade de dimerização, não só proporciona um ambiente personalizável e adaptável às necessidades de iluminação, mas também contribui para a economia de energia elétrica, especialmente por utilizar tecnologia LED SMD.

Luminária: highBay Quasar Led

Designer: roDrigo pereira

(equipe Brilia)

empresa: Brilia

Foto: roDrigo pereira

A luminária HB Quasar representa um avanço significativo no campo da iluminação industrial, combinando eficiência, durabilidade e design cuidadosamente elaborado para atender às demandas exigentes dos ambientes de trabalho modernos. Fabricada com alumínio extrudado 6063, é projetada para otimizar a dissipação térmica e garantir desempenho estável ao longo do tempo. Suas dimensões variadas permitem adaptabilidade a diferentes tamanhos de espaços industriais, mantendo-se eficiente e compacta. A luminária se destaca pela sua impressionante eficiência luminosa de 160 lm/W, o que não apenas reduz os custos operacionais, mas também reforça o compromisso com a sustentabilidade ambiental.

Luminária: oLymP us

Designer: roBerTo zagonel

empresa: zagonel

Foto: DaMariS TraverSSini

As luminárias da linha Olympus foram meticulosamente desenvolvidas para atender ambientes industriais com pé-direito elevado que exigem alta performance de iluminação. Elas oferecem um equilíbrio perfeito entre alta luminosidade, economia e conforto visual. Com fluxo luminoso ainda maior, proporcionam eficácia luminosa aprimorada de até 160 lm/W, resultando em iluminação mais eficiente e maior economia de energia. Além disso, possuem um sistema de instalação com ganchos práticos e eficientes, ideais para áreas industriais onde a fixação é feita em tirantes ou eletrocalhas. Com um novo design visual, as luminárias Olympus foram reformuladas para otimizar a dissipação de calor, tornando-as ainda mais eficientes e duráveis, adequando-se perfeitamente às condições mais extremas da indústria.

3º lugar

Luminária: hda g4

Designer: engenharia hDa empresa: hDa iluMinação leD

Foto: MarkeTing hDa

A luminária industrial HDA G4 (4ª Geração) marca uma revolução no mercado da iluminação industrial, onde o design destaca esse posicionamento, exaltando as suas características heavy duty de robustez e a sua garantia de cinco anos. O design foi idealizado para conciliar questões estéticas e funcionais, onde se conseguiu um aumento de performance e uma significativa redução na utilização de materiais em sua fabricação. A luminária foi projetada com linhas minimalistas e resgata elementos icônicos das primeiras gerações de luminárias da HDA.

Luminária: sisTema de iLuminação Pen60-Fd

Designers: welker geralDi, anTônio CroColi e eDuarDo Souza empresa: powerluMe Foto: giSele FloreS

O sistema de iluminação do perfil PEN60 FD pode ser composto com diversas configurações. Com iluminação difusa de forma direta e indireta, spotlight e iluminação de emergência, é possível selecionar a temperatura de cor com o sistema Tunable White. Dessa forma, controlase a temperatura de cor da luz conforme o ciclo circadiano ou necessidade do ambiente. Os circuitos elétricos são independentes, logo, é possível deixar qualquer fonte de luz com uma temperatura de cor específica.

Luminária: sisTema FiT15

Designer: MarCo anTônio DiaS

empresa: newline iluMinação

Foto: MarCo DiaS

O sistema de iluminação FIT15 é uma solução compacta e versátil disponível nas versões de embutir, sobrepor e aéreo, projetado para atender às necessidades de iluminação residencial com eficiência e estilo. Ideal para diversos ambientes, este sistema oferece módulos difusos para iluminação geral, spots direcionáveis para pontos específicos ou de destaque, pendentes de design slim e plafons em esfera que complementam a iluminação e a decoração. O sistema de iluminação FIT15 não só atende às demandas funcionais de iluminação, mas também eleva a estética dos espaços residenciais, oferecendo inovação, versatilidade e facilidade de instalação em um conjunto que redefine o conceito de luminárias modulares e personalizáveis.

Luminária: siiz - sisTema inTeLigenTe de iLuminação zagoneL

Designer: roBerTo zagonel

empresa: zagonel

Foto: DaMariS TraverSSini

O Sistema Inteligente de Iluminação Zagonel (SIIZ) permite controle e gestão personalizados de luminosidade, ajustando a intensidade luminosa conforme a incidência da luz natural e a necessidade de cada espaço. O sistema é composto por: atuadores para dimerização de luminárias; coordenador de rede que conecta o computador à rede mesh Zagonel; painel industrial que centraliza dados e serve como interface de controle; e sensor de luz que mede a luminosidade ambiente. Todos os componentes são fabricados pela Zagonel. Com o SIIZ, os usuários podem ligar e desligar os aparelhos de iluminação, ajustar intensidades luminosas, programar acionamentos automáticos, mapear todo o sistema e monitorar a eficiência energética via aplicativo no celular ou por meio de uma IHM (Interface Homem-Máquina). Este formato de gerenciamento de iluminação possibilita ao usuário maior praticidade e ergonomia, pois centraliza em um só sistema todas as funções pertinentes para se ter um resultado eficaz no ambiente.

2º lugar
1º lugar 1º lugar
2º lugar
3º lugar

1º lugar

Luminária: Piso esTreL ado com FiBras óTicas

Designer: FaSa FiBra ÓTiCa

empresa: FaSa FiBra ÓTiCa

Foto: FaSa FiBra ÓTiCa

O Piso Estrelado é um sistema de iluminação composto por cabos de fibras óticas poliméricas revestidos para proteção mecânica, em quantidades e comprimentos de acordo com cada projeto, alimentados por fonte de iluminação LED com efeitos de oscilação estrelado. Os inusitados “Pisos Estrelados com Fibras Óticas”, aplicados em calçadões, praças, vias de pedestres, entre outros possíveis usos, nasceram da necessidade de se criar um atrativo urbanístico diferenciado na iluminação de espaços públicos, que pudesse impactar, surpreender e principalmente gerar grande interatividade dos frequentadores, seja com as arquiteturas locais, seja diretamente com a própria luz. O sistema é livre de choques e não transmite calor para a ponta final para que a própria luz passe a ter papel de pertencer ao grupo de equipamentos urbanísticos de um local público, incitando seu público a tocá-la. Além disso, o aspecto criativo pode ser explorado ao extremo, já que é possível realizar desde constelações aleatórias no piso até desenhos específicos, de acordo com o contexto idealizado pelo projetista.

2º lugar

Luminária: LiTway

Designers: luiS galli e Muryllo lagaTTa

empresa: DireCTlighT

Foto: DireCTlighT

O poste Litway, com quatro metros de altura, é uma verdadeira inovação no cenário da iluminação brasileira, destacando-se pelo seu design minimalista e pelo sistema óptico exclusivo desenvolvido totalmente pela DirectLight. Este poste apresenta um conceito modular que permite que cada spot seja direcionado de forma independente, proporcionando facilidade de instalação e foco preciso da luz. O spot do Litway emite luz agradável em 3000K com a projeção de sombras, criando a sensação de que a luz emitida está atravessando a copa de uma árvore. Essa característica única proporciona uma experiência luminosa inédita, integrando de maneira harmoniosa a natureza ao ambiente urbano.

1º lugar

Luminária: TiBo

Designers: STuDio inTerlighT

empresa: inTerlighT

Foto: STuDio inTerlighT

A luminária Tibo possui design fino e minimalista que se integra perfeitamente à vegetação, criando um efeito natural e harmonioso, e causando mínimo impacto na natureza. A fonte de luz orientável da luminária permite direcionar a luz em qualquer posição, criando diferentes efeitos de iluminação.

A Tibo utiliza tecnologia LED em 2700K de alta eficiência energética, reduzindo o consumo de energia e o impacto ambiental. Perfeita para jardins, paisagens, caminhos, e muito mais.

2º lugar

Luminária: PosTe BaLizador cairo

Designers: equipe De engenharia inTral

empresa: inTral

Foto: Daniel BeneDeTTi

Idealizado para compor o portfólio de iluminação externa, o Poste Balizador Cairo agrega ao mercado uma nova composição harmônica entre design e efeito de luz. Com estética que remete às marcantes perspectivas de cenários urbanos, como grandes escadarias e imponentes arranha-céus, esse produto oferece iluminação de destaque para evidenciar caminhos e criar cenários únicos, mas sem abrir mão da delicadeza e suavidade. Construído com perfis de alumínio, utiliza da tecnologia atual dos processos de fabricação para atingir um padrão de qualidade e delicadeza excepcional.

O nome Ekkos ressalta a capacidade de iluminar e melhorar os espaços urbanos de forma inteligente e sustentável, com um produto moderno, eficiente e seguro. Com design totalmente diferenciado, entrega ainda mais durabilidade e segurança para as mais diversas instalações, considerando as diferentes configurações climáticas presentes no nosso país. Preparada para telegestão, agiliza e facilita o gerenciamento de todo o parque de iluminação dos municípios.

3º lugar

Luminária: BronTes

Designer: equipe MiSTerleD empresa: MiSTerleD Foto: MiSTerleD

A luminária Brontes é um balizador tipo miniposte fabricada em concreto de alta resistência através de um processo artesanal. É ideal para iluminar e decorar áreas ao ar livre como jardins, varandas e áreas de lazer, bem como beira-mar, devido ao material resistente a intempéries e maresia. Com acabamento rústico e design arrojado, torna-se um produto despojado e contemporâneo, transformando a área externa em um espaço encantador.

1º lugar

Luminária: domme

Designers: welker geralDi, anTônio CroColi e eDuarDo Souza

empresa: powerluMe Foto: giSele FloreS

O projetor DOMME é uma luminária que possui um domo, ou seja, uma cúpula arredondada utilizada para difundir a luz de forma eficiente com uma abertura do facho de 150°. O DOMME é utilizado para iluminação cênica em teatros, palcos, ambientes externos e de alta performance, onde a iluminação desempenha um papel crucial na criação de atmosferas. Possuindo uma interface de comunicação DMX interna, seu endereçamento pode ser feito de forma digital e tem a compatibilidade com sistemas de controle DMX para ajustes precisos e programações complexas.

2º lugar

Luminária: arandeL a vivLio

Designer: BerTuSSi DeSign empresa: MiSTerleD

Foto: M STerleD

A luminária VIVLIO é uma arandela fabricada em concreto de alta resistência através de um processo artesanal. É ideal para iluminar e decorar áreas ao ar livre, como jardins, varandas e áreas de lazer, bem como beira-mar, devido seu material resistente a intempéries e maresia. Com acabamento rústico e design arrojado, torna-se um produto despojado e contemporâneo, transformando a área externa em um espaço encantador.

3º lugar

Luminária: arandeL a aro

Designer: luCaS BiTTar empresa: vira iluMinação Foto: luCaS BiTTar

A arandela ARO foi desenvolvida para fazer parte de uma coleção de luminárias de concreto, com foco na iluminação de áreas externas, podendo também ser utilizada em áreas internas. O principal objetivo era criar peças que resistissem às mudanças climáticas e tivessem longa durabilidade. Portanto, a formulação do concreto polimérico foi trabalhada para produzir um material resistente que conseguisse ter aparência leve, servindo de capa protetora para a fonte de luz. Desta forma, o corpo principal de concreto tem espessura fina, mas com grande resistência, criando uma peça que projeta dois fachos de luzes indiretas (para cima e para baixo) a partir de um bloco monolítico.

Luminária: esTreL ado suBaQuáTico com FiBras óTicas

Designer: FaSa FiBra ÓTiCa

empresa: FaSa F Bra ÓTiCa

Foto: FaSa FiBra ÓTiCa

O Estrelado Subaquático é um sistema de iluminação composto por cabos de fibras óticas poliméricas revestidas para proteção mecânica, em quantidades e comprimentos de acordo com cada projeto. As fibras óticas podem ser instaladas em piscinas, espelhos d’água, SPAs e outros, nos diversos tipos de revestimentos disponibilizados para as áreas molhadas, sem envolver nenhum comprometimento na camada de impermeabilização. O efeito visual deslumbrante, que simula estrelas sob a água e traz uma convidativa e atraente atmosfera de sofisticação, é combinado com características técnicas bastante apropriadas ao se iluminar áreas molhadas, e em especial submersas. Desta forma, neste produto, toda a geração da luz provém de uma fonte de iluminação LED que fica distante e fora da água. Os cabos de fibra ótica são os responsáveis por conduzir a luz desde a fonte até a área submersa, onde, em suas extremidades, são formadas as estrelas. Neste processo de condução, somente a luz é transportada, sem que absolutamente nenhuma energia elétrica tenha contato com a água, tornando o sistema totalmente seguro contra riscos de choques.

1º lugar

Luminária: PL a - ProjeTor de Longo aLcance

Designers: welker geralDi, anTônio CroColi e eDuarDo Souza

empresa: powerluMe Foto: giSele FloreS

A nova linha de projetores PLA da Powerlume foi desenvolvida para atingir longas distâncias e alcançar grandes patamares. O corpo do PLA é fabricado através da extrusão de um perfil de alumínio de alta espessura e composto por vidro de extrema resistência garantindo elevado índice de impacto. O projetor PLA é a escolha perfeita para quem busca uma solução de iluminação que combina design moderno, eficiência e uniformidade de luz na sua aplicação.

or Led moduL ar Para arenas e esTádios Braz

Os Projetores LED modulares foram desenvolvidos especificamente para uso em arenas e estádios, com foco em eficiência luminosa, durabilidade e fácil instalação. Esses projetores são ideais para ambientes esportivos e transmissões, proporcionando iluminação de alta qualidade e redução de ofuscamento, além de assegurar alta fidelidade de cores.

resistente a UV e intempéries. A fixação é em haste de aço galvanizado a fogo e projetado para uso com tecnologia LED SMD de alto desempenho, possuindo vida útil de até 90 mil horas. É fornecido com driver dimerizável e proteção contra surtos; acabamento em pintura eletrostática em poliéster resistente a UV e intempéries; nas potências de 100 à 600W com eficácia de até 160 lm/W.

estuDante: viTor hilDeBranDi MarChione universiDaDe: Faap Curso: DeSign

A luminária BIOLUX foi criada a partir da análise de estudos realizados internacionalmente, juntamente com a inspiração de uma startup francesa. Esta luminária urbana traz como proposta um design simples, porém com uma inovação que poderia melhorar a qualidade de vida urbana em diversos aspectos. Trata-se de uma luminária que ao invés de utilizar luz artificial, traz em sua composição um composto químico bioluminescente, formado a partir do processo bioquímico dos vagalumes. Luminárias bioluminescentes não somente trazem uma nova estética de iluminação urbana, como também proporcionam iluminação por vinte e quatro horas sem o uso de energia elétrica, proporcionando assim iluminação constante para áreas afetadas por apagões e proporcionando o mesmo para praças e parques.

Luminária: BioLux (Luminária Para vias PúBLicas, incLuindo Praças)

Gelateria em Curitiba

Projetos de iluminação e de arquitetura de interiores proporcionam charme à Crema Lab Gelateria

a crEma lab gElatEria tEm como carro-chEfE os gElatos (sorvete ao estilo italiano), com sabores desenvolvidos pela chef artesã gelatiere Harlen Brandão, proprietária do empreendimento. Inaugurada em maio de 2024 em um dos pontos mais charmosos de Curitiba (PR), Rua Antônio Baby, no Batel, contou com

os projetos de iluminação e de arquitetura de interiores da UZa. Design e Arquitetura, das titulares Simone Pacheco e Fernanda Vieira, com base em referências da arquitetura das gelaterias mais tradicionais da Itália, fazendo contraponto ao design moderno e contemporâneo também caraterístico do país europeu.

Segundo Simone, todos os detalhes dos projetos foram discutidos com a proprietária para que os elementos estivessem em sintonia com a marca e, ao final, o resultado retratasse de forma impecável a alma do negócio: “Participamos da concepção da Crema Lab desde a criação da marca, inclusive durante a busca do imóvel para locação. A edificação escolhida possuía uma planta bastante complexa, com muitos caminhos e diferentes alturas de pés-direitos, então tivemos que realizar uma grande adequação para abrigar todas as necessidades de projeto”.

Fernanda contou ainda que a concepção unificada dos projetos de iluminação e de arquitetura de interiores colaborou na criação da ambientação desejada: “Nosso escritório tem como diferencial a atenção ao projeto luminotécnico. Muitas vezes, pensamos primeiro no efeito da iluminação para depois desenvolver o projeto de arquitetura de interiores”.

Fachada

O primeiro ponto que chama a atenção para quem visita a Crema Lab Gelateria é sua fachada, assinada em parceria com o Furf Studio. “O grande destaque fica por conta do revestimento em placas de Micélio, feitas a partir de um material à base de cogumelos, que imita a textura de uma casquinha de sorvete”, detalhou Simone.

Para destacar essa fachada, a opção foi por perfis de LED de 18W/m, 2070 lm/m a 2700K e com IP65 aplicados acima dos toldos para uplight. “A ideia era marcar a textura da fachada num efeito 3D para que quem passasse à noite visse só o efeito de luz e sombra na ‘casquinha’. O letreiro retroiluminado também colabora nesse sentido”, explicou Fernanda.

Forro abobadado

Logo ao entrar na gelateria, o cliente avista à sua direita a vitrine onde estão expostos os gelatos, que recebeu uma iluminação perimetral em sua parte interna com neon LED de 7,4W/m, 550 lm/m, a 3000K. “Como esse espaço possuía pé-direito elevado, criamos um forro com design abobadado, que remete à arquitetura italiana das grandes cúpulas das capelas e palácios. Já nas portas e móveis, desenhamos arcos que trazem as memórias das pontes e pórticos”, disse Simone.

Para realçar o forro em formato curvo, foram utilizados perfis de sobrepor de 22W/m, 2568 lm/m, a 2700K, jogando luz para cima. “Essa solução proporciona

amplitude ao ambiente e valoriza a abóboda, pois a ilumina por inteiro em um leve degradê, a luz sai um pouco mais forte dos lados e vai ficando levemente mais fraca na parte central. Muita gente até acha que é uma tela tensionada retroiluminada no teto, de tão bonito que ficou”, contou Fernanda. Para proporcionar um pouco de brilho em alguns pontos da loja, como no piso, no painel com o logo da marca e na vitrine dos gelatos, a opção foi por microluminárias embutidas no forro, algumas com três pontos de LED, de 6W/38º e 540 lm, e outras com dez pontos de LED, de 20W/38º e 1800 lm, todas a 3000K. “Gostamos muito de luz indireta, mas também trabalhamos os pontos de brilho para dar movimento no projeto”, disse Simone.

Laboratório

A Crema Lab Gelateria possui um espaço bastante diferenciado, o Laboratório, onde as invenções da chef e grandes experiências podem ser vivenciadas pelos clientes durante uma visita. Primando pela técnica e higienização, o projeto trouxe a leitura das superfícies abobadas para criar uma grande parede curva em vidro que

Laboratório recebeu dois tipos de iluminação: luminárias herméticas com design slim de 59W, 6745 lm, a 4000K, sobrepostas no forro para iluminação funcional, e perfis flexíveis de LED de 14W/m, 1692 lm/m, a 2700K aplicados abaixo do balcão da ilha central, nos móveis e também nas duas prateleiras de serralheria presentes sobre a ilha central para luz mais cênica.

Escritório com perfis lineares sobrepostos no forro, de 9,6W/m, 980 lm/m, a 3000K, além de embutidos no teto com dez pontos de LED, de 20W/38º e 1800 lm, todos a 3000K.

adentra ao espaço, criando essa sensação de estar inserido no ambiente de produção do gelato.

Uma vez que o laboratório se caracteriza como uma cozinha industrial, o projeto de iluminação precisava seguir as normas para esse tipo de ambiente. “Por esse motivo, lançamos mão de luminárias herméticas com design slim de 59W, 6745 lm, a 4000K, sobrepostas no forro para iluminação funcional”, afirmou Fernanda.

No entanto, como esse é um ambiente também utilizado para apresentações da

produção artesanal do gelato, além de seções de fotografias e gravações, há um projeto de luz mais cênica, com perfis flexíveis de LED de 14W/m, 1692 lm/m, a 2700K aplicados abaixo do balcão da ilha central, nos móveis e também nas duas prateleiras de serralheria presentes sobre a ilha central. “Criamos essas duas cenas para que o laboratório possa ser operacional, mas também sirva para experiências e eventos com charme, o que traduz bem a linguagem da chef Harlen”, esclareceu Simone.

Escritório

No andar superior está localizado o escritório do empreendimento, que recebeu perfis lineares sobrepostos no forro, de 9,6W/m, 980 lm/m, a 3000K, além de embutidos no teto com dez pontos de LED, de 20W/38º e 1800 lm, todos a 3000K, como os utilizados no andar inferior. “Esse escritório possui um pé-direito bastante baixo, então escolhemos luminárias bem pequenas para não poluir o forro. Vale ressaltar que ele conta com uma parede de vidro que possibilita a visão do laboratório, então a luz da cozinha e a luz natural invadem o escritório. Gosto de lembrar que em nossos projetos não costumamos usar um tipo de luminária para cada ambiente, prezamos por manter uma unidade

Perfis de sobrepor de 22W/m, 2568 lm/m, a 2700K, jogando luz para cima, realçam o forro com design abobadado, que remete à arquitetura italiana das grandes cúpulas das capelas e palácios.

para conseguir uma sequência visual”, contou Fernanda.

Simone finaliza afirmando que o projeto é bastante conceitual e com muita informação, mas que os clientes praticamente não visualizam as luminárias, apenas os efeitos de luz: “Não temos luminárias decorativas, só iluminação técnica e, em sua maioria, de forma indireta, onde não se enxerga a fonte luminosa. Procuramos fazer com que a luz realmente valorizasse o projeto arquitetônico sem interferir visualmente na questão decorativa”.

Ficha técnica
Projetos de iluminação e arquitetura de interiores: Simone Pacheco e Fernanda Vieira/ UZa. Design e Arquitetura
Projetos da fachada: Furf Studio Luminárias: Alpertone, Lumicenter, Misterled, Nordecor, Powerlume, Romalux e Stella.

ARQ. GERARDO

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Projetos Luminotécnicos

Francine Cardoso Arquiteta e Lighting Designer

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Projetos de Arquitetura de interiores

Projetos de iluminação Consultoria em iluminação e interiores

Curitiba (PR) Balneário Camboriú (SC) UzaDesign contato@uzadesign.arq.br

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Simone Pacheco Lighting Designer e Designer de Interiores Fernanda Vieira Arquiteta

Apartamento em Porto Alegre

Integração entre projetos de iluminação e arquitetura de interiores promove conforto e aconchego

Fotos:

localizado Em mont’sErrat, bairro nobrE dE porto alEgrE (rs), esse apartamento de 300 metros quadrados e três suítes teve a arquitetura de interiores assinada pela arquiteta Gabriela Ordahy, titular da Ordahy Arquitetura, que projetou ambientes claros e com características contemporâneas. “Esse apartamento abriga uma família de quatro pessoas, um casal e duas filhas, que moravam em uma casa muito bonita em Gravataí, mas precisaram se mudar para a capital por conta dos estudos das meninas. Fizemos diversas adaptações em termos de arquitetura e layout, tudo sob medida para proporcionar conforto e aconchego, tanto que projetamos um enorme living que integra as salas de TV, jantar e estar, além de área gourmet”, contou Gabriela.

O projeto de iluminação ficou a cargo de Eduardo Becker, titular do Atelier de Iluminação & Light Designers Associados, e foi concebido juntamente com o projeto de arquitetura de interiores, propiciando enorme integração. “Eu ia desenvolvendo o projeto, mostrava para o Eduardo, e ele sugeria o tipo de solução de iluminação mais interessante para cada área, dessa forma houve total conexão dos projetos”, explicou a arquiteta.

Eduardo afirmou que a belíssima vista da capital gaúcha foi uma característica preponderante na concepção do projeto de iluminação: “Este apartamento está localizado no oitavo andar e possibilita uma vista infinita de toda a cidade, inclusive do Lago Guaíba, então desenvolvi o projeto para que houvesse uma equalização das iluminações interna e externa por meio da automação, inclusive com algumas fontes de luz dimerizáveis”.

Living

A iluminação geral da sala de TV e da área gourmet se dá por embutidos de

pequenas dimensões no forro, de 14W/48º e de 7W/30º, todos a 2700K. “Esse sistema de iluminação minimalista e com alto controle de ofuscamento foi fundamental para não atrapalhar a perspectiva do infinito existente no apartamento, uma vez que não gera excesso de brilho nos ambientes”, explicou o lighting designer.

A sala de estar é o único ambiente que possui uma solução de iluminação diferenciada dentro do living: trilhos pretos suspensos em pequena altura com módulos de LED de 14W/30º e spots direcionáveis de 6W/30º, todos a 2700K. “Antes de iniciar a concepção deste projeto, mostrei aos clientes alguns dos trabalhos que já desenvolvi, entre eles o apartamento do Edifício Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro (Veja aqui a matéria publicada na Ed.119 da Lume Arquitetura), onde utilizamos trilhos, algo supermoderno, em uma arquitetura histórica, e eles adoraram. Por esse motivo, na área de estar, fizemos uma releitura dessa solução”, contou Eduardo. Sobre a mesa de jantar a opção foi por dois pendentes decorativos com design diferenciado.

Acima, detalhes da linearidade bastante presente no projeto. Na foto maior, sanca com perfis de sobrepor de 14W/m a 2700K na divisa da sala de jantar com a sala de estar, além de perfis com fita de LED de 4,5W/m a 2700K aplicados verticalmente no móvel da sala de jantar. Na foto menor, perfis de sobrepor de 14W/m a 2700K entre os ripados de madeira que formam um portal no hall de entrada.

Linearidade

Sala de estar com trilhos pretos suspensos em pequena altura com módulos de LED de 14W/30º e spots direcionáveis de 6W/30º, todos a 2700K.

A linearidade é outro elemento bastante presente no projeto de iluminação do apartamento. Ela se faz presente nos cortineiros, no mobiliário, em sancas e no hall de entrada. “Como o living é bastante amplo, aplicamos perfis de sobrepor de 14W/m a 2700K nos cortineiros para demarcar o perímetro do ambiente”, disse o lighting designer. Gabriela ainda complementa: “As cortinas são essenciais para o controle de entrada de luz natural no living. Como não são blackout, possibilitam mais ou menos luz do dia na parte interna do apartamento, criando um efeito muito bonito de véu. Por meio de automação, pode-se controlar a quantidade de luz desses ambientes conforme a necessidade ou desejo do proprietário”.

Na divisa da sala de jantar com a sala de estar foi projetada uma sanca para luz

indireta com perfis de sobrepor de 14W/m a 2700K. “Nessa área, o forro de gesso é rebaixado por conta de vigas estruturais e também é onde está toda a infraestrutura do ar-condicionado, então aproveitamos esse elemento para criar um efeito luminoso”, contou Eduardo. Entre os ripados de madeira que formam um portal no hall de entrada do apartamento também foi instalado o mesmo tipo de perfil de LED. “Vale ressaltar que a solução foi aplicada de forma randômica, não igualitariamente”, complementou o lighting designer.

A iluminação linear também se faz presente no mobiliário, tanto na posição horizontal (prateleiras da sala de TV), como na vertical (móveis das salas de estar e jantar). “A iluminação de imobiliário é quase uma obrigação hoje em dia, todos os clientes querem. No entanto, temos sempre o cuidado de utilizar soluções com a menor potência possível, nesse

caso, perfis com fita de LED de 4,5W/m a 2700K, para evitar ofuscamento”, explicou Eduardo.

Suítes

Assim como no living, a iluminação geral das suítes e dos banheiros se deu por embutidos de pequenas dimensões no forro, de 14W/48º e de 7W/30º, todos a 2700K. “As meninas foram bem exigentes, porque elas estudam, trabalham e queriam se maquiar nos seus quartos, então era preciso ter tudo nesses espaços. No entanto, a característica desse imóvel, embora de alto padrão, era de suítes pequenas, por esse motivo tudo foi personalizado para ficar harmônico”, lembrou a arquiteta. O diferencial das suítes das filhas está na iluminação dos espelhos e dos nichos do mobiliário, com perfis com fita de LED de 4,5W/m a 2700K.

Já na suíte master, os destaques são a sanca com perfis de sobrepor de 14W/m a 2700K – realçando a curvatura da parede,

À esquerda, sanca com perfis de sobrepor de 14W/m a 2700K realçam a curvatura da parede da suíte master. À direita, perfis com fita de LED de 4,5W/m a 2700K no mobiliário e cabeceira da suíte de uma das filhas.

e o espelho pendente com iluminação interna sobre a bancada de maquiagem. Todos os espelhos dos banheiros também receberam luz por trás e nas três suítes há luminárias decorativas, sejam colunas de piso ou arandelas. “As áreas íntimas são muito ricas, parecem de um hotel seis estrelas”, disse o lighting designer. Eduardo finaliza afirmando que este projeto de arquitetura de interiores foi o melhor já realizado por Gabriela: “Fiquei muito impactado positivamente com o projeto, não como lighting designer, mas como pessoa, eu queria morar nesse apartamento. É um lugar sensacional no conjunto de arquitetura, arquitetura de interiores, iluminação e posicionamento geográfico. Então, realmente acho que é um dos projetos mais legais de arquitetura de interiores que tive o prazer de iluminar”.

Projeto de iluminação: Eduardo Becker/Atelier de Iluminação & Light Designers Associados

Gestora do projeto de iluminação: Larissa Portela

Assistentes do projeto de iluminação: Victoria Gonçalves, Lucas Guedes, Vitória Hörz, Henrique Lima, Robert Borba e Miguel Ordahy

Projeto de arquitetura de interiores: Gabriela Ordahy/Ordahy Arquitetura

Luminárias: Brilia e Interlight

Automação: Reusch Automação

Ficha técnica

Healing Workspaces

A experiência do Ambiente como promotora da Produtividade Qualificada

vivEmos num planEta oscilantE, quEr sEja pElo claro-escuro ambiental, quer seja por variações de temperatura e demais parâmetros climáticos e sazonais. Estas oscilações constantes, somadas às questões sociais (como horários escolares, de trabalho, etc.) levam nosso organismo a acionar constantemente processos adaptativos que desafiam nossos padrões temporais internos. Nossas cidades e nossos hábitos atuais constituem uma verdadeira fábrica de distúrbios temporais em nosso organismo. Deste modo, a Iluminação Integrativa busca manter o ritmo natural de nosso corpo, trazendo para os espaços internos estímulos análogos aos espaços externos.

A iluminação dos ambientes de trabalho desempenha um papel essencial na promoção da produtividade, da saúde e do bem-estar dos usuários. Healing Lighting (Iluminação Curativa), conceito que abrange os processos de prevenção do adoecimento ou restabelecimento da saúde, surge como uma abordagem que vai além da funcionalidade, integrando princípios

da iluminação integrativa (ou neuroiluminação), que se adapta para modular positivamente as respostas visuais, cognitivas, emocionais e biológicas dos usuários, impactando diretamente sua qualidade de vida.

A partir da compreensão das respostas cerebrais estimuladas pela luz após atingir nossos olhos, a Iluminação Integrativa dá suporte à visão, estimula processos psicológicos/emocionais e regula nossos ritmos biológicos, controlando processos fisiológicos, metabólicos e funcionais, influenciando condicionantes endócrinas (produção de hormônios), metabólicas (sensibilidade insulínica e metabolismo da glicose), imunológicas e de regulação do apetite, chegando ao nível de neurotransmissores, com reflexos neurofisiológicos e neurocomportamentais. Mariana Figueiro, diretora do Light and Health Research Center, da Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque, em seu estudo Light and Health: An Overview of the Impacts of Light on Human Circadian Rhythms and Well-being (2016), explica como

a luz influencia diretamente o ciclo circadiano, ajudando a regular o estado de alerta, o sono e o humor. Ela demonstra, por exemplo, que a exposição a determinadas tipologias lumínicas durante o dia pode aumentar a produtividade e melhorar o humor, enquanto à noite pode interferir negativamente no sono.

Em igual arguição, o arquiteto e pesquisador Juhani Pallasmaa, em sua obra The Eyes of the Skin: Architecture and the Senses (2024), a partir de uma perspectiva fenomenológica, critica a predominância da visão na arquitetura moderna, propondo uma abordagem sensorial em que a luz deve ser tratada como um estímulo para todo o corpo e para os sentidos, indo além da superficialidade visual, para proporcionar experiências que promovam a percepção do tempo, da materialidade, da realidade existencial e o equilíbrio emocional dos usuários. Embora Pallasmaa não trate diretamente de aspectos clínicos, seu trabalho destaca a importância de uma abordagem sensorial holística nos projetos de iluminação.

Outro nome fundamental nesse campo é Peter Boyce, especialista em iluminação e autor de Human Factors in Lighting (2014), que explora como a luz afeta o comportamento humano e a saúde. Boyce argumenta que a iluminação adaptativa, que ajusta a intensidade e o espectro de luz de acordo com as necessidades humanas ao longo do dia, pode

melhorar tanto a saúde física quanto a mental, impactando no conforto, no desempenho visual, na eficiência para a execução de tarefas, nos ritmos circadianos, no desempenho cognitivo e até no humor. A iluminação adaptativa (Figura 1) permite que o ambiente responda às necessidades individuais dos usuários também para controlar ofuscamento ou ajustar a luz elétrica à quantidade de luz natural disponível, o que pode aumentar a satisfação e melhorar a motivação nos locais de trabalho. Além disso, ajuda a otimizar o uso de energia, mantendo condições de iluminação confortáveis para os ocupantes, contribuindo assim para o bem-estar geral. Já para o sistema circadiano, o autor destaca a importância da luz de alta intensidade e com espectro rico em azul aplicada durante a manhã, o que promove a sincronização do nosso “relógio” biológico ao dia solar, contribuindo para uma melhor qualidade do sono à noite e um melhor estado de alerta e disposição ao longo do dia. Já em ambientes residenciais, ela pode criar à noite um ambiente de relaxamento e conforto, influenciando positivamente o bem-estar físico e mental.

De acordo com Rose RAAD, em sua dissertação À luz do trabalho: estudo comparativo de uma intervenção de iluminação voltada à saúde do trabalhador noturno (2024), fatores relacionados ao trabalho em turnos pode aumentar o risco de doenças crônicas (Figura 2). Segundo a autora, a iluminação elétrica ideal para o trabalhador, durante o dia, deve ser rica em comprimentos de onda curtos (luz azul, para regular os ritmos circadianos e manter o estado de alerta); possuir iluminâncias elevadas e/ ou aproveitar ao máximo a luz natural, ou ainda simulá-la; e usar fontes de luz que permitam o controle de temperatura de cor (também para ajustar os ritmos circadianos). Já à noite, a luz deve ter o mínimo possível de comprimentos de onda curtos (para não atrasar a produção do hormônio melatonina), possuir comprimentos de onda longos (luz vermelha) ou temperatura

Figura 1
Sistema de Iluminação adaptativa da Honda Smart Home. Fonte: Livro “Circadian Lighting Design in the LED Era”.

de cor correlata em torno de 2500K (para manter o estado de alerta).

O impacto da iluminação no bem-estar neurocognitivo

A iluminação é um dos fatores de grande influência no bem-estar neurocognitivo, pois afeta, além da a cognição, neurotransmissores e hormônios, agindo assim sobre a saúde mental, a produtividade e o bem-estar emocional. Estudos sobre os efeitos da iluminação demonstram que tanto a luz natural quanto a luz elétrica desempenham um papel fundamental na regulação do ciclo biológico humano, influenciando processos cognitivos e emocionais.

Nosso relógio biológico central, localizado nos núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo cerebral, que regula nossos ritmos biológicos como o ritmo de sono e vigília, entre outros, depende fortemente da exposição à luz para ser sincronizado ao dia solar. Segundo a certificação WELL, que se baseia em pesquisas científicas para promover a criação de ambientes construídos que aprimorem a saúde e o bem-estar humano, a luz natural, especialmente pela manhã, é crucial para regular a produção de hormônios como o cortisol e a melatonina. Igualmente, de acordo com Russell Foster, neurocientista e pesquisador da Universidade de Oxford, em seu livro Circadian Rhythms: A Very Short Introduction (2017), a exposição à luz natural é essencial para o funcionamento adequado do nosso relógio biológico, sincronizando o corpo com o ciclo claro-escuro ambiental. Foster demonstra que a falta de luz natural pode desregular esses ritmos (Figura 3), causando distúrbios do sono, fadiga crônica e problemas cognitivos.

A luz elétrica, por sua vez, também tem impacto significativo, mas deve ser cuidadosamente gerenciada. Luzes consideradas excitatórias (convidativas a ações mais dinâmicas) presentes em dispositivos eletrônicos e comumente encontradas em ambientes de trabalho, durante o dia têm o poder de aumentar o estado de alerta, mas quando

utilizadas inadequadamente, especialmente à noite, podem causar a supressão de melatonina, prejudicando o sono e afetando negativamente a saúde cognitiva. Essa questão é explorada por Steven Lockley e George Brainard, especialistas em fotobiologia, que destacam no artigo Circadian Rhythms and Light (2014) como o uso de luz elétrica deve ser ajustado para alinhar com os ciclos biológicos naturais e promover um equilíbrio saudável entre alerta e descanso.

A luz influencia ainda diretamente a produção de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e o hormônio melatonina, os quais desempenham papéis cruciais na regulação do humor, do comportamento e do desempenho cognitivo. A serotonina, neurotransmissor produzido principalmente no trato gastrointestinal, conhecida por seus efeitos no humor e bem-estar, é influenciada pela exposição à luz durante o dia e à noite é convertida no hormônio melatonina, sendo fundamental para o início e a qualidade do sono. Segundo Timo Partonen, especialista em psiquiatria e neurociência, em seu artigo Light and Serotonin: The Neurobiological Basis of Seasonal Affective Disorder (2004), a exposição à luz pode aumentar os níveis de serotonina, especialmente nos meses de inverno ou em pontos geográficos nos quais os níveis de luz natural são mais baixos. Partonen observa que o aumento da expo-

Exposição à luz alterada: luz à noite escuridão durante o dia

O trabalho em turnos, os comportamentos derivados e o risco de doenças crônicas e acidentes. Fonte: RAAD, Rose, 2024

TRABALHOS EM TURNOS (incluindo o noturno)

Alteração dos padrões de alimentação: mais frequentes ou irregular pior qualidade (escolhas/disponibilidade)

Padrões de sono alterados: curta duração do sono diurno horário de despertar antecipado

Comportamento

Distúrbios no sono

Mecanismos fisiológicos

Estresse neuroendócrino: desalinhamento circadiano da regulação hormonal aumento da atividade simpática

Estresse cariometabólico: metalbolismo de glicose prejudicado difunção endotelial coagulação do sangue pior perfil lipídico

Funcionamento imune alterado: suscetibilidade à infecções inflamação Th2 mais reativo

Comportamentos alterados: redução de atividade física uso de álcool e cigarro

Risco de estresse comportamental e psicossocial sobrepeso sedentarismo conflitos entre a vida pessoal e do trabalho

Mecanismos psicológicos

Estresse celular: estresse oxidativo acúmulo de metabólicos

Prejuízo cognitivo: variabilidade na atenção e lapsos pior memória de traablho e de curto prazo pior regulação das emoções

Doenças crônicas e acidentes

Figura 2
Ruptura circadiana

Figura 3

Exemplos de ritmos biológicos.

A área cinza representa o horário de sono, entre 22h00 e 7h00. Fonte: Foster, 2017.

sição às corretas tipologias de iluminação, e em horários estratégicos, pode reduzir os sintomas de depressão sazonal.

A dopamina, hormônio e neurotransmissor relacionado à motivação, à recompensa, ao prazer e à produtividade, é produzida no cérebro e responde à iluminação, como discutido por Samira Anderson em seu estudo The Role of Dopamine in Cognitive Function (2012). Anderson mostra que a luz na intensidade correta e bem distribuída pode estimular a produção de dopamina, melhorando o desempenho cognitivo, especialmente em ambientes de trabalho.

Considerar uma iluminação projetada para o trabalho é crucial, pois a produtividade e o desempenho cognitivo são influenciados pela qualidade e tipologia da luz. Alan Hedge, especialista em ergonomia e design de ambientes de trabalho, explora em sua obra The Impact of Lighting on Performance (2010) como a iluminação, quando ajustada corretamente, pode melhorar significativamente a concentração, a precisão e a eficiência. Hedge exemplifica que, considerando as condições adotadas em seus estudos, a luz de temperatura de cor mais alta (branco frio) pode aumentar o estado de alerta durante o dia, promovendo o foco e a produtividade, enquanto a luz de temperatura de cor mais baixa (branco quente) pode ajudar a criar um ambiente relaxante e acolhedor, propício ao descanso mental.

Além dos ambientes corporativos, tem-se que a iluminação em ambientes residenciais desempenha um papel crucial no acolhimento emocional e na promoção do bem-estar. O uso de luzes mais suaves e quentes nos lares pode ajudar a criar um ambiente de conforto e relaxamento. A obra Light: Science and Magic, de Fil Hunter e Steven Biver (2015), explica como a iluminação pode ser utilizada de maneira eficaz para criar atmosferas agradáveis e reconfortantes. Eles discutem, dentre outros aspectos, como a temperatura da cor e a intensidade da luz em ambientes residenciais podem impactar as emoções dos ocupantes, promovendo um espaço mais harmonioso e relaxante.

Ambientes que implementaram soluções de iluminação neuroadaptativa mostraram resultados práticos notáveis. O Well Living Lab é uma colaboração entre o Mayo Clinic, uma instituição de renome mundial em pesquisa e cuidados médicos, e a Delos, líder em soluções de bem-estar ambiental, que, através deste projeto, juntas investigam como o ambiente físico, especialmente a iluminação, impacta a saúde e o bem-estar humano. Um de seus principais campos de pesquisa é verificar como a iluminação dinâmica e adaptativa pode melhorar o bem-estar e a produtividade dos ocupantes em espaços de trabalho e residenciais. Estudos preliminares indicam que ambientes que utilizam sistemas de luz adaptativa, que ajustam a intensidade e o espectro de luz ao longo do dia, ajudam a melhorar o humor, a atenção e o desempenho cognitivo.

A prática da iluminação sob esse prisma explora temas como o Aging-Lighting, uma abordagem que se concentra nas necessidades de pessoas com idade cronológica mais avançada, particularmente aquelas portadoras de degeneração macular da retina (que afeta a visão central focada e cujo aumento de prevalência está associado a um maior histórico de exposição à luz de comprimentos de onda curtos como a azul)

e as portadoras de Alzheimer. Naomi Miller, uma renomada especialista em iluminação no Pacific Northwest National Laboratory, destaca em seu artigo Lighting for the Aging Eye (2013) que o aumento da iluminação difusa e a utilização de luminárias com controle de brilho e temperatura de cor podem melhorar a percepção visual para estas pessoas, melhorar o conforto visual e a orientação espacial, promovendo maior independência e segurança, ajudando a reduzir sintomas como confusão e a desorientação.

Em paralelo, a pesquisadora Mariana Figueiro conduziu pesquisas que demonstram como a luz circadiana pode melhorar o ciclo de sono e vigília, reduzindo a desorientação e o estresse em pacientes com Alzheimer. Em seu estudo Tailored Lighting Intervention for Alzheimer’s Disease and Related Dementias (2019), Figueiro sugere que a iluminação adaptativa, ajustada para diferentes momentos do dia, pode melhorar a qualidade de vida desses pacientes ao otimizar a exposição à luz durante o dia e reduzir a luz à noite.

Em uma pesquisa recente, Robin Voit e seus colegas, no trabalho Outdoor nighttime light exposure (light pollution) is associated with Alzheimer disease (2024), utilizaram dados de satélites para medir a luz noturna externa de 48 estados norte-americanos e a correlacionou com dados epidemiológicos de prevalência de Alzheimer em pessoas com menos de 65 anos. A conclusão foi que quanto maior a exposição à luz noturna, maior a prevalência de Alzheimer para esta população.

Em similar proposição, o tema abarca ainda importantes considerações como a neurodivergência, incluindo, dentre outros, temas como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), onde o controle de aspectos lumínicos pode ajudar a reduzir a sobrecarga sensorial, conforme demonstrado por pesquisas de Amanda Tilton em Lighting and Autism: Creating Comfort through Lighting Design (2019). Tilton destaca como ambientes iluminados de forma inadequada podem aumentar o desconforto de pessoas com TEA, e como a iluminação adaptativa pode criar espaços

mais acolhedores e confortáveis para essas pessoas.

A neurodivergência exige abordagens de iluminação cuidadosamente planejadas para minimizar a sobrecarga sensorial, obviamente que considerando as condições de hipo e hipersensibilidade. A exemplo, indivíduos com TEA com específicas características, podem ser extremamente sensíveis à intensidade, ofuscamento, excesso de contrastes e à cintilação ou cor da luz. Nesses casos, de acordo com Jacqueline F. Loewenstein, em seu artigo Lighting Design and Autism (2016), o uso de iluminação difusa e controlada pode reduzir o desconforto visual e criar ambientes mais relaxantes para estas pessoas. Loewenstein sugere que luzes de aparência de cor quente em áreas de descanso, combinadas com luzes de aparência de cor fria em áreas de concentração, ajudam a criar espaços mais adequados para as necessidades específicas de indivíduos neurodivergentes.

Além de condicionantes patogênicas, demais condições consideradas momentâneas, como ansiedade e estresse, podem ser significativamente beneficiadas pela iluminação adaptativa. Stephen Lockley,

Figura 4

A curva escura mostra o aumento do estímulo circadiano diurno após a intervenção realizada pelo projeto. Fonte: Figueiro, 2019

Luz noturna com baixo estímulo circadiano, adequada para o trabalho noturno.

especialista em ritmos circadianos e saúde, explora no artigo The Role of Circadian Lighting in Health and Well-being (2016) como a exposição à luz adaptada ao ciclo orgânico pode reduzir os níveis de estresse em ambientes de trabalho e residenciais. Lockley demonstra que o uso de luzes dinâmicas que imitam o ciclo natural do dia ajuda a mitigar os efeitos da fadiga e melhora a sensação de bem-estar.

Casos práticos têm ganhado destaque no mercado, mostrando como o conceito de Healing Lighting pode ser uma ferramenta eficaz tanto para ambientes residenciais quanto corporativos. Um exemplo é o projeto implementado pelo Lighting Research Center em lares de idosos, onde sistemas de iluminação adaptativa foram instalados para aumentar o estímulo circadiano diurno (Figura 4) e melhorar o sono e reduzir os níveis de agitação em pacientes com Alzheimer. Esse estudo, publicado por Mariana Figueiro em 2019, mostrou uma melhora significativa na qualidade do sono e no comportamento dos pacientes.

Já em ambientes corporativos, empresas como o Google implementaram iluminação adaptativa em seus escritórios para melhorar a produtividade e o bem-estar dos funcionários. De acordo com um estudo de Alan Hedge, professor de ergonomia na Universidade de Cornell, a luz adaptativa utilizada nos escritórios do Google ajudou

a aumentar o estado de alerta e reduziu a fadiga durante o dia. Hedge demonstrou, em seu artigo Circadian Lighting in the Workplace (2018), que a adaptação da luz ao longo do dia pode melhorar o humor e o desempenho cognitivo dos colaboradores. Em decorrência, essa tipologia de iluminação em ambientes corporativos desempenha um papel crucial tanto na produtividade quanto no bem-estar mental dos colaboradores. O conceito de Healing Lighting, utilizado não apenas como uma ferramenta de cura, mas também como uma estratégia preventiva, está alinhado aos princípios dos chamados Healing Workspaces (espaços de trabalho curativos). Essa abordagem visa criar ambientes saudáveis, nos quais a iluminação é usada para evitar o adoecimento e melhorar a qualidade de vida.

Nesse cenário, a Iluminação Integrativa ajusta-se às necessidades humanas promovendo conforto visual, bem-estar psicológico e o alinhamento dos ritmos biológicos. O Fraunhofer Institute for Industrial Engineering (IAO) realizou um estudo em ambientes corporativos na Alemanha, onde a implementação de iluminação adaptativa que respeita o ritmo biológico dos colaboradores resultou em uma melhora de 10% na produtividade, além de uma redução significativa nos níveis de cansaço mental.

Além de melhorar a produtividade, a iluminação adaptativa tem um impacto positivo na redução de estresse e ansiedade em ambientes corporativos. Mariana Figueiro demonstra em seu estudo Tailored Lighting for Healthy Workspaces (2018) que a luz adaptativa ajustada ao ciclo circadiano dos trabalhadores reduz os níveis de estresse e promove maior bem-estar emocional no local de trabalho. A Figura 5 traz um exemplo de iluminação ajustada para o trabalho noturno.

A exposição a luzes inadequadas, excessivamente frias ou com fontes de luz mal posicionadas, pode aumentar a ansiedade e prejudicar o desempenho.

Figura 5
Fonte: www.Licht.de

Em contrapartida, a luz suave e controlada no final do expediente ajuda na transição para o relaxamento, reduzindo o acúmulo de estresse ao longo do dia e promovendo uma sensação de conforto no ambiente de trabalho. Isso melhora significativamente a satisfação dos colaboradores e contribui para um ambiente mais harmonioso.

Além dos resultados expostos pelo Well Living Lab, já citado como uma colaboração entre a Mayo Clinic e a Delos, temos significativos exemplos como o da Siemens, que implementou iluminação adaptativa em seu escritório de Munique. O estudo conduzido pelo Fraunhofer Institute mostrou que, após a instalação de sistemas de luz dinâmica que se ajustavam aos ritmos biológicos dos colaboradores, houve uma redução de 15% no absenteísmo relacionado ao estresse e fadiga, além de um aumento significativo na satisfação e produtividade geral dos colaboradores.

E como realizar essa adaptação? Dentre algumas possibilidades, tem-se a personalização da iluminação por meio de sensores de movimento, biossensores e de sensores de luminosidade que permitem que a luz seja ajustada às necessidades individuais dos colaboradores, melhorando sua experiência e desempenho no ambiente de trabalho. Michael Pawlyn, especialista em sustentabilidade e autor de Biomimicry in Architecture (2011), destaca que o uso de sensores e biossensores para ajustar automaticamente a luz conforme a presença e as necessidades dos trabalhadores apresenta expressivos resultados quanto ao bem-estar neurocognitivo, além, claro, de estar diretamente relacionado às questões de sustentabilidade, em seu enfoque maior abrangendo os aspectos humanos, e questões ligadas à eficiência energética.

Nesse cenário, sensores podem ajustar a intensidade e o espectro da luz com base na presença dos ocupantes e no horário do dia, garantindo que cada colaborador tenha um ambiente de trabalho adaptado às suas necessidades, respeitando seus ritmos biológicos. Isso cria ambientes mais saudáveis e

sustentáveis, promovendo ao mesmo tempo a produtividade e a economia de energia. No tocante ao âmbito residencial, a iluminação adaptativa desempenha, de igual forma, importante papel no bem-estar neurocognitivo, impactando diretamente o humor, o relaxamento e a memória afetiva. As tecnologias e estratégias projetuais de Iluminação Integrativa para usuários residenciais podem criar ambientes mais saudáveis e confortáveis, favorecendo a produção de neurotransmissores que regulam o bem-estar. Ao personalizar a luz para cada necessidade dos usuários, é possível otimizar a saúde emocional e cognitiva dos moradores, além de gerar uma sensação de segurança e pertencimento.

Peter Boyce, em Human Factors in Lighting (2014), destaca que a iluminação deve ser adaptada às necessidades a serem atendidas em cada espaço. Naomi Miller, pesquisadora no Pacific Northwest National Laboratory, também explora o impacto da iluminação personalizada em sua pesquisa sobre design residencial. Miller argumenta que a combinação de iluminação direta e indireta em lares adaptativos pode melhorar significativamente o conforto e a funcionalidade dos espaços.

Todos os estudos apresentados evidenciam como a luz tem a capacidade de influenciar os ritmos orgânicos. Russell Foster, em Circadian Rhythms: A Very Short Introduction (2017), explica que a exposição a determinadas tipologias lumínicas pode estimular a produção de melatonina, preparando o corpo para o sono. Em contrapartida, outras ajudam a aumentar os níveis de cortisol, promovendo o estado de alerta. Em concordância, Mariana Figueiro, em Tailored Lighting for Alzheimer’s Disease and Related Dementias (2019), explora como a iluminação adaptada ao ciclo orgânico pode melhorar a qualidade do sono e regular o humor. Ela argumenta que essa aplicação em ambientes residenciais ajuda a manter o equilíbrio emocional e a saúde cognitiva, especialmente em indivíduos com distúrbios do sono.

A luz também tem um impacto significativo na criação de memórias afetivas

e na evocação de sensações de segurança e pertencimento. Harry Francis Mallgrave, em The Architect’s Brain (2010), investiga como a luz pode influenciar as emoções e fortalecer a conexão emocional com os espaços. Segundo ele, a iluminação suave e calorosa em ambientes domésticos é capaz de evocar memórias de conforto e segurança, intensificando a relação emocional com o lar, o que vai ao encontro de Juhani Pallasmaa, em The Eyes of the Skin (2024), que, como mencionamos, reforça a importância da luz como um componente sensorial vital na arquitetura e que a iluminação adequada pode criar uma sensação de pertencimento, facilitando a conexão emocional e o acolhimento nos espaços residenciais.

Em síntese, o conceito de Healing

Lighting desempenha um papel crucial na criação de ambientes que apresentam uma estética lumínica, porém focada no bem-estar físico, emocional e neurocognitivo. A luz, quando usada de forma inteligente e personalizada, torna-se uma ferramenta significativa para melhorar a saúde, a produtividade e a qualidade de vida das pessoas, tanto em espaços residenciais quanto corporativos.

A abordagem da Healing Lighting demonstra que a iluminação pode ser sim utilizada para melhorar o design de um espaço, mas também para impactar diretamente a saúde dos ocupantes, uma vez que a influência da luz na neurocognição vai muito além do que percebemos visualmente, afetando diretamente a saúde cognitiva e emocional. O conceito evidencia que a iluminação deve ser projetada levando em consideração não apenas a função do espaço, mas também como ela pode afetar os ritmos biológicos e o bem-estar.

A Iluminação Integrativa, deste modo, oferece uma nova fronteira de exploração. Tecnologias como iluminação inteligente e sensores adaptativos permitem que a luz se ajuste às necessidades de seus usuários em tempo real, otimizando o conforto, a produtividade e a saúde. Michael Pawlyn, em Biomimicry in Architecture (2011), reforça a importância de utilizar tecnologias que

mimetizem processos naturais, como a luz solar, para criar espaços mais sustentáveis e saudáveis.

Repensarmos os projetos luminotécnicos e incorporarmos soluções adaptativas se torna uma prática que vai muito além da melhoria à funcionalidade dos ambientes, oferecendo benefícios tangíveis para o bem-estar e a saúde dos ocupantes. A iluminação não deve ser vista apenas como um elemento decorativo ou utilitário, mas como uma peça-chave na promoção de ambientes saudáveis e equilibrados.

Veja aqui as referências bibliográficas

Ruy Soares

Doutorando em Tecnologia da Arquitetura pela FAU-USP, atua como consultor para novas tecnologias e projetos de Iluminação Integrativa, e como professor nos cursos de pós-graduação do IPOG e da Belas Artes. Membro do comitê técnico 3-60 da Comissão Internacional de Iluminação. E-mail: ruy@luzintegrativa.com.br

Lorí Crízel

Arquiteto e Urbanista | Presidente da ANFA no Brasil (Academy of Neuroscience for Architecture) | Membro da ANFA Center for Education Latin America | Autor do primeiro livro do Brasil sobre Neuroarquitetura | Professor de Neuroarquitetura no POLI. Design do Instituto Politecnico di Milano (Itália) | Coordenador de Pós-Graduações e dos Programas Internacionais do IPOG Brasil | Doutorando em Neuroarquitetura | Mestre em Conforto Ambiental | Especialista em Neurociências e Comportamento Humano | Editor-Chefe do Journal of Eco+Urbanism and Neuroarchitecture | Certificações Internacionais de Design Thinking e Light Design pelo Instituto Politecnico di Milano (Itália) | CEO do Escritório Lorí Crízel Arquitetos + Partners | Selo CREA/PR de Excelência em Projetos Arquitetônicos | CEO da Plataforma NEURO AI | Mentor do Programa Design Tank Brasil | Membro Fundador do Projeto Neuro in Lab | CEO e Membro Fundador do Instituto de Design Biofílico Brasil | Atividades de imersão profissional/acadêmica nos escritórios de Norman Foster (Londres), Zaha Hadid (Londres), BIG (Copenhagen) e outros.

Rayon Studio

a titular do rayon studio, amanda gomEs, comEçou a trabalhar com iluminação cênica aos 15 anos dE idadE. a matéria luz, e suas aplicações em espaços efêmeros e perenes, tornou-se a sua paixão desde então.

Formou-se em Arquitetura e Urbanismo, fez pós-graduação em Arquitetura Contemporânea e em Design de Produto, além de especialização em Architectural Lighting pelo Istituto Europeo Di Design em Milão (Itália). Após 25 anos de experiência em iluminação cênica, 15 anos em iluminação arquitetônica e colaboração com vários escritórios e profissionais renomados, fundou o Rayon Studio. De acordo com Amanda, seu trabalho é transformar e adequar os espaços através da Iluminação. A luz comunica, ensina, vende e conta histórias. O Rayon Studio une a experiência em iluminação arquitetônica e iluminação cênica, aliando técnica e criatividade, de modo a oferecer soluções personalizadas, viáveis e sustentáveis aos clientes.

Principais áreas de atuação

Concepção e desenvolvimento de projetos de iluminação residencial, comercial, corporativo, e de paisagismo; além de projetos de iluminação para exposições, shows, teatro e circo.

Especialidade

Iluminação arquitetônica (interiores, exteriores e atendimento às normas) e Iluminação cênica (criação, montagens e operações de luz).

Profissionais que compõem o escritório

O Rayon Studio é formado pela titular Amanda Gomes e por colaboradores externos que são contratados conforme demanda projetual.

Entidades de classe que participa

A titular é associada ao CAU/SP – Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo e membro fundador e atual diretora executiva da SBLuz - Sociedade Brasileira de Luz e Iluminação, associação destinada a promover o intercâmbio de conhecimento entre as diversas áreas de aplicação da luz e iluminação, em suas vertentes técnicas, projetuais, artísticas e acadêmicas.

Guilherme Pucci

Principais projetos executados

Residência Semaneiros e Residência H.F., ambas em parceria com o escritório Luz ao Cubo, com projetos de arquitetura do QG Studio; Restaurante “Oui, ma cherie”; e Escritório Riccó SP, em parceria com a A2 Lighting Design, todos em São Paulo (SP). Além do Show de lançamento do disco “Tatanaguê’; e do Espetáculo de Dança “Belly Dance”.

Projetos recentes

Escritório Tarumã; Bar e Café Perdizes; e Condomínio Residencial Kennedy Park, todos na capital Paulista. Intervenção circense “Fome”, de André Grinberg; e o Espetáculo Teatral “Boca de Ouro”, do grupo Prole de Teatro.

Projetos em execução

Terminal Rodoviário de São Bernardo do Campo, em São Bernardo do Campo (SP); Residência Caieiras, em Caieiras (SP); Parque da Cidadania de Heliópolis; Condomínio Residencial Kennedy Park, ambos em São Paulo (SP); e Apartamento Milano, em Milão (Itália).

É representante de alguma empresa do ramo? Qual?

O Rayon Studio tem como foco o projeto de iluminação, portanto, preza pelas colaborações junto aos fabricantes, mas não representa nenhuma empresa.

Titular: Amanda Gomes

Data de início das atividades: 2019

Telefone: (11) 96152-4533

Endereço: Rua Fradique Coutinho, 695 Pinheiros – SP CEP 05416-011

Site: www.rayonstudio.com

Instagram: @rayon.lighting

Facebook: @rayon.lighting

LinkedIn: Rayonlighting

1 Restaurante “Oui, ma cherie”, em São Paulo (SP).
Escritório Riccó SP, em São Paulo (SP). 2
Residência H.F., em São Paulo (SP). 3
Residência Semaneiros, em São Paulo (SP). 4

O escritório oferece produtos ao mercado de iluminação?

O Studio oferece auxílio em soluções personalizadas de iluminação para clientes e parceiros conforme a necessidade do projeto, porém não atua com produtos de linha ao mercado.

Média de projetos executados em um ano

O Rayon Studio realiza, em média, 25 projetos por ano, entre iluminação arquitetônica, iluminação cênica e consultorias.

Profissionais de iluminação considerados muito bons no Brasil e no exterior

Em iluminação arquitetônica, a titular cita Carlos Fortes, Guinter Parschalk, Marcos Castilha e Ladislao Szabò (in memoriam), pelo olhar atento e sensível à volumetria, materiais e particularidades dos espaços por eles projetados. No exterior, suas principais referências são Davide Groppi, Kai Piippo e a arquitetura de Tadao Ando, todos mestres em desenhar espaços com a luz, e cada um com sua linguagem própria, extremamente reconhecível ao espectador. Em iluminação de palcos, destaca o trabalho de Wagner Pinto e Paulo Pederneiras, ambos mágicos ao contar as histórias dos espetáculos que concebem.

Ser lighting designer

É compreender que a arte de iluminar está em um ponto de conversão entre demandas técnicas e energéticas, com repertório em artes visuais, além de entender

como o seu trabalho pode impactar diretamente na saúde do seu cliente. A partir desta análise, o lighting designer está capacitado a contar a “História do seu Projeto”, obedecendo aos critérios de normas e sustentabilidade, bem como de personalização e estética aos que do espaço usufruírem. Na profissão de lighting designer, projeta-se para as pessoas. É no bem-estar e satisfação dos clientes que se deve colocar todo o foco.

O futuro do lighting design

Segundo a titular, será o entendimento dos envolvidos em toda a cadeia construtiva da importância da matéria luz e da educação multidisciplinar necessária à capacitação de profissionais aptos a projetarem com qualidade, competência técnica, e sensibilidade. A luz unirá diversas funções em um mesmo equipamento, com cada vez mais capacidade de personalização de fachos, temperatura de cor e outros quesitos técnicos por parte do projetista/cliente. Portanto, sem estudo e atenção a todas estas variantes, o profissional não será capaz de atender corretamente as demandas do cliente.

A primeira participação da titular do Rayon Studio na revista Lume Arquitetura ocorreu na edição 106, quando foi a entrevistada da seção Holofote. Na edição 113, colaborou ao escrever um artigo sobre suas impressões da Euroluce e do Fuorisalone 2021, realizados em Milão (Itália). Já na edição 127, foi enviada especialmente pela revista à Alemanha para a cobertura da Light + Building Frankfurt 2024. O Rayon Studio também é participante assíduo da campanha Contrate um Lighting Designer.

Linha para instalações rápidas

A Linha de Módulos LED TAP, da Nordecor, possui design minimalista e é indicada para instalações rápidas e flexíveis, já que conta com sistema intuitivo de clique para aplicação em três etapas simples: fixar, recuar e remover. Disponível em diversas configurações, os módulos com IRC de 90 e temperatura de cor de 2700K se adaptam a várias necessidades de iluminação: Spot LED TAP, para foco preciso; Downlight LED TAP, para uma cobertura de luz geral; e o Downlight LED TAP DIR, projetado com uma inclinação para iluminação direcional. Pode ser encontrada com molduras com ou sem bordas visíveis. nordecor.com.br

Iluminação de túneis

Após o sucesso do Everled em projetos esportivos, uma nova versão do projetor foi desenvolvida pela equipe Novvalight, o Everled G3 versão Tunnel. Com eficiência luminosa de 30 lm/W, 4000K de temperatura de cor, IP66 e IK08, o projetor possui corpo em alumínio com baixo teor de cobre injetado sob pressão, pintura eletrostática com tinta pó resistente a corrosão e vidro claro extratemperado. Pensada para garantir iluminação que impeça ofuscamentos e promova a segurança de pedestres e motoristas, a nova versão pode ser incluída em um projeto customizado pelo time de engenheiros e projetistas da empresa, que avalia o tamanho, volume de tráfego e tempo de permanência em um túnel.

novvalight.com.br

Abajur com lâminas de madeira

O abajur Átomo, da Classic Lar, foi projetado a partir da técnica de colagem de várias camadas de lâminas de madeira para formar um bloco maciço que é trabalhado até ficar com a forma final da luminária. O produto pode ser encontrado em dois acabamentos: rústico, onde as lâminas são provenientes de reaproveitamento da produção de outras luminárias; e natural, no qual as lâminas de madeira são todas de uma mesma chapa homogênea e de coloração uniforme. A peça é composta por LED integrado de 0,74W (até 135 lm) a 2700K e dimerizável por toque. A bateria de lítio com 3,74V inclusa no produto é recarregável através de uma entrada USB-C. O carregador não está incluso.

classiclar.com.br

Linha com projetores reguláveis

Indicada para áreas externas, a linha Plaza, da LightDesign Exporlux, chega com descrição e robustez nas versões base e espeto. O seu conjunto mecânico é composto por haste em inox e miniprojetores com potências que variam de 1W a 6W totalmente reguláveis para se adaptarem às mudanças de realidade, alteração dos espaços, crescimento ou diminuição da vegetação. Destaque para as versões com temperatura de cor mais quentes, como 2200K, com IRC 90 e R9 >50, para maior equilíbrio do ecossistema. lightdesign.com.br

Residência em São Paulo

Funcionalidade e valorização da arquitetura por meio de efeitos de luz caracterizam projeto da Residência GDO

com projEto dE arquitEtura assinado por gui mattos E aproximadamente 400 metros quadrados, a Residência GDO é a morada de um senhor com duas filhas – uma adolescente e uma criança – e está localizada ao lado do Parque do Ibirapuera, tendo esse cartão postal da capital paulista como seu quintal.

O projeto de iluminação ficou a cargo do Studio Íris, dos lighting designers titulares Adriel Ushli e Luis Tagliavini, que seguem três premissas básicas em seus projetos residenciais: “A primeira, é fazer uma entrevista com o cliente para entender sua rotina e seus gostos para alinhar o projeto às suas necessidades. A segunda, e tão importante quanto a primeira, é entender a arquitetura com a qual estamos trabalhando para poder realizar um projeto que atenda o cliente e também destaque a arquitetura. E a última, é sempre minimizar ao máximo as luminárias e maximizar seus efeitos.

Gostamos que a luz seja algo surpreendente, percebida apenas quando acesa, e que a fonte de luz não fique visível quando apagada”, detalhou Luis. “A funcionalidade é uma grande chave do nosso desenvolvimento e ela vem a partir dessas análises que realizamos do cliente, da arquitetura, e até mesmo internamente para entender as possibilidades que temos no projeto”, complementou Adriel.

Living

Esta residência tem a característica de todos os ambientes integrados, uma vez que não há portas os dividindo, então o hall de entrada, o living e a varanda formam um grande e único espaço. Visando delimitar espacialmente o living, a opção foi por dois perfis metálicos embutidos no forro com fitas de LED de 22,5W/m, 2112 lm/m, a 2700K, sendo um próximo ao hall de entrada e outro à varanda. “Essa é uma luminária que não possui acrílico, conta com um repartimento que proporciona luz indireta, quase como uma minissanca. Como possui apenas três centímetros de largura, quando apagada acaba ‘sumindo’ no forro. Essa solução proporciona luz geral e espacial ao ambiente”, detalhou Luis.

Dois embutidos no frame de 7W/22º, 422 lm, a 2700K, acima da mesa de

centro, servem para o que os lighting designers chamam de “luz de ataque”. “Uma característica do nosso projeto é que você nunca verá esses pontos pra baixo, em cima do sofá, na cabeça dos usuários. Achamos interessante iluminar as passagens e o estar das pessoas”, disse Luis. O mesmo tipo de luminária também foi aplicado sobre a bancada da churrasqueira, na varanda, para luz de tarefa.

Há ainda perfis de LED de 9,6W/m, 1152 lm/m a 2700K destacando os nichos em pedra presentes no living e na varanda, além de uma coluna de piso de 50W, 800 lm, a 2700K. “Gostamos de trabalhar com luzes decorativas, que podem ser esses abajures de expansão – que a luz vem de uma cúpula, ou abajures de leitura, e sempre tentamos tirar proveito dos nichos, quando possível”, contou Luis.

Luis comentou também que a automação atualmente é uma amiga dos lighting

Dois perfis metálicos embutidos no forro com fitas de LED de 22,5W/m, 2112 lm/m, a 2700K, proporcionam luz geral e delimitam espacialmente o living, enquanto perfis de LED de 9,6W/m, 1152 lm/m a 2700K destacam os nichos em pedra. Há, ainda, embutidos no frame de 7W/22º, 422 lm, a 2700K acima da bancada da churrasqueira para luz de tarefa.

designers e que é quase impossível pensar em uma residência sem controle de iluminação: “A automação nos permite criar infinitas cenas com pouco material. Não temos mais a necessidade de milhões de pontos de iluminação para ir apagando, conseguimos fazer muito com poucos pontos – cada vez mais eficientes – e dimerização”.

Hall e lavabo

Para o hall de entrada, foi projetada apenas iluminação para o quadro, com embutidos no frame de 7W/22º, 422 lm, a 2700K, e luz de balizamento na escada de acesso ao andar superior com balizadores na parede de 1,2W, 4 lm, a 2700K. “Gostamos muito de trabalhar com luz rebatida, e como esse hall é apenas um espaço de passagem, essa solução proporciona o mínimo possível de luz funcional”, disse Luis. Adriel ainda complementa: “O hall tem um pouco da permeabilidade dos

outros ambientes, então a luz que vem do living e da cozinha acaba contribuindo, de certa forma, para um ambiente bem destacado, mas sem a necessidade de muitos elementos”.

Os titulares do Studio Íris contaram que o lavabo é um lugar que costumam inovar em seus projetos de iluminação. “Normalmente, os clientes permitem coisas mais ousadas no lavabo e até no hall de entrada, porque são espaços em que não permanecem por muito tempo e bastante utilizados pelos amigos que os visitam, então é legal ter algo diferenciado”, disse Luis.

Ainda segundo ele, como a arquitetura já iria utilizar pendentes no lavabo, a ideia foi projetar luz mais fraca e intimista: “A pia do lavabo é em pedra vermelha, algo bem bonito, e não queríamos ‘bombá-la’ de luz, até porque não cabia dentro do nosso conceito. Por isso, aplicamos perfis de LED de 9,6W/m, 1152 lm/m, a 2700K, atrás do espelho, nas partes superior e inferior, só pra gerar um clima”.

Embutidos no frame de 7W/22º, 422 lm, a 2700K iluminam o quadro e o hall de entrada, consequentemente. Já as escadas receberam balizadores na parede de 1,2W, 4 lm, a 2700K.

Paisagismo

O corredor de acesso à residência possui um belo paisagismo e um muro verde que separa o imóvel do Parque do Ibirapuera. “Era muito importante para a arquitetura trazer essa vegetação para dentro da casa, como se fosse uma cena do living, tanto que existem algumas janelas mais baixas para marcar essa pisada de quem está andando. Por essa razão, todo esse paisagismo externo que também está presente no fundo da varanda foi valorizado por espetos de jardim de 10W/20º, 500 lm, a 2700K. É importante salientar que essa iluminação não é só ornamental, ela é quem direciona as pessoas para dentro da casa. Se a luz do paisagismo apagar, não tem nenhuma outra que o leve até a porta de entrada à noite”, detalhou Luis.

Para Adriel, a iluminação do paisagismo é um item de muito acolhimento, pois proporciona conforto para qualquer área em que a pessoa esteja na casa: “A luz é funcional para todo o caminhar, mas também traz uma brincadeira entre luz e sombra. Como a vegetação é bastante densa, a luz cria projeções de sombra na fachada lateral. Então, conforme você vai entrando na casa, há essa valorização do paisagismo quase como uma obra de arte”.

Cozinha

Segundo Luis, a iluminação da cozinha foi o grande desafio do projeto por conta das vigas propostas pela arquitetura: “Esses elementos dificultavam muito o conceito que havíamos pensado para a residência. A solução foi criar pequenas cantoneiras nas vigas e aplicar perfis de LED de 22,5W/m,

Espetos de jardim de 10W/20º, 500 lm, a 2700K criam uma brincadeira entre luz e sombra no paisagismo externo e direcionam as pessoas para dentro da casa.

Vigas da cozinha receberam pequenas cantoneiras para a aplicação de perfis de LED de 22,5W/m, 2112 lm/m, a 3000K jogando luz para cima. Dessa forma, não se vê a fonte de luz quando apagada.

2112 lm/m, a 3000K jogando luz para cima. Dessa forma, quando a luz está apagada, você não vê nada, simplesmente não se sabe onde está a fonte de luz. Essa foi a parte mais legal e desafiadora do projeto. Conseguimos tirar proveito de um elemento ‘agressivo’ da arquitetura, para nós da iluminação, e transformá-lo em uma coisa bacana. Não é comum ter luz rebatida na cozinha, mas o efeito ficou muito legal, com luz plena”.

Sobre a ilha, há embutidos no frame de 7W/22º, 422 lm, a 2700K para luz de tarefa, já acima da mesa a opção

foi por um pendente assinado. “Também trabalhamos com perfis de LED de 9,6W/m, 1152 lm/m a 2700K para iluminação do nicho de pedra e acima da pia, embutidos na marcenaria. Essa é uma solução que acho bastante necessária principalmente à noite. Se alguém acorda para pegar um copo de água não precisa acender toda a iluminação da cozinha, essa luz nos nichos serve quase como um balizamento e não excita os olhos”, afirmou Luis.

Adriel lembra que o sistema de automação também foi fundamental para a cozinha: “Como as fontes de luz são dimerizáveis, conseguimos criar diversas cenas, seja

um pouco mais funcional – visando a preparação dos alimentos, seja para um jantar mais intimista ou até mesmo para uma festa. Como o cliente gosta muito de receber pessoas em casa, essa versatilidade da luz é fundamental”.

Academia

A academia possui uma estética voltada ao industrial, até por conta dos aparelhos pesados e rígidos, quase sempre metálicos, destoando bastante da característica de acolhimento presente no restante da residência. “Isso também foi replicado de certa forma no forro, uma grade metálica vazada e toda pintada de preto que permite visualizar um pouco da laje. Por esse motivo, tentamos manter essa linguagem

industrial aplicando duas linhas de perfis de LED de 22,5W/m, 2112 lm/m, a 2700K em todo o perímetro do ambiente. Essa grade metálica do forro funciona quase como um honeycomb deixando a iluminação bastante discreta”, disse Adriel. “A única coisa que acho importante acrescentar é que logo que você entra pelo portão do carro, a academia está na sua frente. Então, ela virou quase como um abajur na fachada da casa”, completou Luis.

Luis finaliza explicando que em projetos residenciais é possível criar mais livremente, uma vez que não é preciso se aferir com normas: “Pensamos a luz como se estivéssemos caminhando por uma floresta. Temos a luz geral, rebatida, mas também alguns focos. É a junção de tudo que cria um espaço bonito e possibilita as cenas que serão utilizadas pelos moradores”.

Duas linhas de perfis de LED de 22,5W/m, 2112 lm/m, a 2700K em todo o perímetro da academia reforçam sua estética voltada ao industrial.

Projeto de iluminação:

Projeto de arquitetura:

Luminárias: Iluminar, Lemca e Lumini

Ficha técnica
Adriel Ushli e Luis Tagliavini/Studio Íris
Gui Mattos

Sistema de tela tensionada

O sistema de Tela Tensionada da Luminacril Itaim transforma qualquer espaço em um ambiente sofisticado e acolhedor por meio de uma solução que emula a luz natural. Com transmitância de 50%, as películas podem ser encontradas com até cinco metros de largura sem emendas e aplicadas em nichos baixos, de apenas 10 centímetros. Com cinco anos de garantia, conta com controle de espectro com a tecnologia Polispectrum da Luminacril Itaim.

luminacril.com.br

Iluminação de alta performance

Indicado para a iluminação de campos, quadras e ginásios de esportes; pátios de manobras, estoques e estacionamentos; fachadas e monumentos (iluminação de destaque); áreas internas em galpões industriais; e túneis, o Projetor ATKA – M Tecnowatt, pode ser encontrado nas potências de 50W a 100W (fluxo luminoso de 7200 lm a 15588 lm) a 4000K e 5000K. Com corpo em alumínio injetado a alta pressão e difusor em vidro liso plano temperado transparente, conta com IP66, IK08, vida útil de 66 mil horas (L70) e cinco anos de garantia.

tecnowatt.com.br

Luminária inspirada na infância

Inspirada na infância e na simplicidade do brinquedo tradicional, Labluz e a designer Claudia Issa anunciam o lançamento da luminária Pião. Inicialmente modelado em terracota, o vaso-pião rapidamente evoluiu para incluir o vidro soprado, explorando novas texturas e materiais em seu design, acrescentando um brilho sutil e uma sensação de leveza à peça, contrastando com a solidez e a rusticidade.

labluz.com.br

Arandela clássica

Fabricada em alumínio injetado e vidro fosco pela Biancoluce, a Arandela Clássica Arles pode ser encontrada em dois tamanhos: Grande (C=330mm/L=270mm/A=650mm) e Médio (C=330mm/L=230mm/A=550mm) e aplicada em postes clássicos de 2,5 metros ou postes clássicos de 2,75 metros, com dois braços.

biancoluce.com.br

Igreja em Foz do Iguaçu

Obras de arte e fachada da Paróquia São João Batista são valorizadas por meio da iluminação

fundada Em 1924 E rEconhEcida por sEr a primEira igrEja católica em Foz do Iguaçu (PR), a Paróquia São João Batista faz parte da história da cidade, que tem este santo como seu Padroeiro. Entre 2013 e 2015, a paróquia passou por uma grande reforma – com custo superior a dois milhões de reais – que contemplou as partes estrutural e estética do edifício visando resgatar suas caraterísticas originais que contava com belas formas em seu interior.

Por conta de seu centenário, em 2024 a igreja recebeu no teto e paredes de seu interior pinturas do artista plástico Marcilio Soares, especialista em arte sacra e premiado internacionalmente, que solicitou uma iluminação diferenciada para suas obras de arte. A convidada para assinar esse projeto de iluminação foi a lighting designer Mirian Thiele, em parceria com a loja Produtel. “A ideia era valorizar ainda mais o belo trabalho do artista por meio da iluminação. Como gostaram bastante do resultado, acabei também desenvolvendo o projeto de valorização da fachada”, contou Mirian.

Parte interna

Ainda de acordo com a lighting designer, a maior dificuldade para a realização do projeto de iluminação da área interna foi que não haviam plantas baixas da edificação: “A solução foi levar alguns modelos de luminárias até o local e fazer testes até chegar ao resultado desejado”.

Para iluminar as obras de arte presentes nas abóbadas centrais, a opção foi por quatro projetores de LED de 8,5W/60°, 950 lm, a 3000K aplicados nas duas laterais da igreja jogando luz para cima em cada uma das pinturas. “Esse pé-direito é bastante alto, de aproximadamente 14 metros de altura, e eu não queria projetores muito grandes para atingir essa altura, por isso utilizei essa solução mais discreta”, explicou Mirian.

A lighting designer ainda lançou mão de spots com AR111 de 11W/10°, 720 lm, a 3000K, sendo um de cada lado das pinturas, para luz cruzada: “Apenas os projetores, não proporcionavam o brilho que eu desejava porque criavam um degradê na abóbada. Os spots do lado direito jogam luz nas imagens da esquerda e vice-versa, aumentando sua

nitidez e proporcionando brilho diferenciado principalmente nas coroas douradas”.

Para o altar, a conceituação foi a mesma, ou seja, luz de baixo para cima para valorização das pinturas na abóbada, porém com projetores de 10W/100° a 3000K aplicados sobre as colunas. “Também utilizamos spots com AR111 de 11W/10°, 720 lm, a 3000K ‘escondidos’ atrás da coluna da abóbada, sendo alguns jogando luz para os anjos, um dedicado somente à imagem de Cristo, um para o totem – para leitura, e um para o altar central”, detalhou Mirian. A imagem de Cristo crucificado foi retroiluminada por fita de LED de 18W/m, 1800 lm/m a 3000K.

Entre as abóbadas com as pinturas sacras há alguns rebaixos de gesso que a lighting designer se apropriou para aplicar fitas de LED de 18W/m, 1800 lm/m a 3000K. “Criamos esses arcos de luz que ficaram muito bonitos. Como temos circuitos independentes de acendimento, é possível criar vários cenários com a iluminação, deixando apenas as abóbadas acesas, por exemplo, ou só os arcos”. Os pendentes decorativos existentes na igreja foram mantidos e receberam retrofit das fontes de luz com lâmpadas bulbo LED de 9W a 3000K.

Projetores de LED de 8,5W/60°, 950 lm, a 3000K aplicados nas duas laterais da igreja iluminam as pinturas das abóbadas centrais, enquanto fitas de LED de 18W/m, 1800 lm/m a 3000K criam arcos de luz no forro.

Fachada

Na fachada, Mirian teve a intenção de destacar os níveis presentes nos pilares e, para isso, utilizou projetores de 6W/10° e 546 lm e de 9W/10° 819 lm, todos a 2700K, nesses níveis: “Não desejava luz chapada em toda a fachada, queria algo mais cênico, com luz e sombra, que chamasse um pouco mais a atenção”. A porta central também recebeu projetores de 6W/10°, 546 lm, a 2700K, enquanto para a porta lateral a opção foi por projetores de 3W/10°, 273 lm, a 2700K, sempre visando realçar seus arcos.

Já para valorização das janelas, dos círculos no topo da torre e dos vitrais também com imagens sacras, a lighting designer lançou mão de luminárias radiais, de 9W/180 x 2°, 890 lm, a 2700K.

“Nos nichos onde estão dispostos os santos, solicitaram iluminação RGB para trabalharem com a questão das cores em datas específicas, como Outubro Rosa ou Novembro Azul. Por esse motivo, instalamos projetores RGB de 30W/120°. No entanto, na maior parte do tempo, essa iluminação fica em branco quente, a 3000K”, explicou a lighting designer. Mirian finaliza afirmando que o projeto de iluminação deu grande destaque à obra de arte do artista plástico e que ele mesmo se surpreendeu com o resultado: “Ficou muito legal e o Marcilio gostou muito, inclusive me disse: ‘Faço tantas obras em igrejas e muitas delas não entendem a importância de realizar uma nova iluminação, mas esse é o melhor exemplo de como a luz valoriza e realça minhas pinturas’”.

Projetores de 6W/10° e 546 lm e de 9W/10° 819 lm, todos a 2700K, destacam os níveis presentes nos pilares da fachada.

Projeto

Luminárias: Gaya, Powerlume, Stella e Taschibra

Fornecedor: Produtel

Ficha técnica
de iluminação: Mirian Thiele

Catálogo 24/25

O CATÁLOGO 24/25 da STELLA apresenta os produtos da empresa distribuídos em 344 módulos. Ao todo, são mais de cinco mil informações agrupadas contemplando as mais diversas características técnicas: dimensões, gráficos luminotécnicos, ângulo de abertura do facho de luz, temperatura de cor, fluxo, intensidade e eficiência luminosa, potência, tensão, dimerização, vida útil, fator de potência, IRC e UGR. Além da aba “A Stella”, a publicação conta com indicadores para cada linha de produtos – S.TOUCH, Fitas e Fontes, Lâmpadas, Luminárias, Jardim e Sistemas –, para o conteúdo técnico “Tabelas e Gráficos” e para Conceitos Luminotécnicos. Clique aqui e solicite seu exemplar.

Catálogo 2024

Nas 164 páginas do CATÁLOGO 2024, a GAYA, importadora de iluminação em LED com 10 anos no segmento, apresenta todas as suas linhas de lâmpadas e luminárias com belas fotos. Na publicação, é possível conhecer todas as características técnicas das peças, como medidas, potência, fluxo luminoso, temperatura de cor, ângulo de abertura de facho, IRC, tensão e composição. gaya.com.br

Nova Geração de Luminárias

A ALFALUX apresenta sua NOVA GERAÇÃO DE LUMINÁRIAS, com nove linhas de produtos projetadas para atender diversos tipos de aplicação e segmentos. O grande destaque do catálogo é a luminária Virgo, embutido de teto que se transforma em spot com um simples clique, sem a necessidade de trilhos eletrificados. Com IRC superior a 95 e consistência de cor de 2 steps de MacAdam, ela garante qualidade superior de cor. Feita em alumínio, a luminária também se destaca pela durabilidade e robustez. alfalux.com.br

Site reformulado

O site da DIRECT LIGHT foi totalmente reformulado para ficar mais moderno e agradável aos usuários. Na home, o visitante já avista algumas fotos de belos projetos executados com produtos da empresa, além das abas Destaques, Contato e Produtos, onde é possível conhecer todas as luminárias produzidas pela empresa com seus detalhes técnicos. Há, ainda, um ícone do WhatsApp para que os visitantes possam contatar diretamente a empresa. directlight.com.br

De que forma a iluminação se tornou sua principal atividade profissional?

No início da faculdade de design, em 2010, trabalhei como desenhista de projeto elétrico. O engenheiro dono do escritório tinha vários livros e revistas sobre iluminação, ali comecei a ver que tinha algo que me interessava. Alguns meses depois, fui fazer um intercâmbio em Portugal, por acaso cursei a disciplina de design de luz, encantei-me com as aulas e resolvi que era com isso que queria trabalhar. Voltei para o Brasil e notei que em Curitiba não havia muitos escritórios que faziam isso, então comecei a trabalhar como projetista em uma loja de iluminação, depois fui para a indústria e agora costumo dizer que criei minha própria oportunidade, quando formei a Apollo Iluminação com o Guilherme.

Antes de ser sócia da Apollo Iluminação, você trabalhou por mais de cinco anos em uma fabricante de luminárias. Como essa experiência a auxilia na realização de projetos?

Foi um dos grandes saltos da minha carreira, todo o conhecimento técnico está dentro da indústria. Não existe nenhuma graduação, pós-graduação ou curso que ofereça o aprendizado gerado lá dentro. Hoje, consigo entender e questionar sobre particularidades das luminárias e saber quais vão proporcionar o efeito que desejo no projeto. Nesse período, também aprimorei meus conhecimentos em software de iluminação, atendimento ao cliente, como resolver conflitos e análises comerciais.

Qual a sua opinião sobre os produtos de iluminação fabricados do Brasil? A

Priscila Mercial

O que faz a diferença é o quanto a pessoa gosta da área, se dedica e vai atrás de novos conhecimentos

indústria nacional supre todas as suas necessidades projetuais?

Gosto muito do rumo que os fabricantes brasileiros estão tomando, os produtos estão cada vez mais técnicos, com mais informações e de boa qualidade. Até agora, a indústria tem suprido todas as minhas necessidades projetuais. O que não tem, a gente pede especial, né? (risos).

Que tipo de formação você acredita que um lighting designer deve ter?

Ao longo da minha carreira, e agora também na contratação de colaboradores, percebi que a graduação não define

quem pode ou não fazer iluminação, pois o estudo dessa área no Brasil em qualquer curso é muito raso. Porém tenho notado que os profissionais de arquitetura acabam tendo maior sincronicidade com nosso modo de fazer e pensar os projetos. No geral, o que faz a diferença é o quanto a pessoa gosta da área, se dedica e vai atrás de novos conhecimentos. Minha carreira foi formada por um misto de prática e estudo: comecei com projeto elétrico; estudei design de luz; na loja, entendi melhor a percepção da iluminação; obtive conhecimento técnico na indústria; participei de congressos onde entendi o que era importante ter em um bom projeto; fiz pós-graduação em arquitetura de interiores e depois em lighting design. É um aprendizado constante, não dá para parar.

Quais profissionais admira e são suas fontes de inspiração no Brasil e no mundo?

Admiro muito os profissionais que, além de fazer ótimos projetos, também conseguiram formar grandes escritórios, como Antonio Carlos Mingrone, Mônica Lobo, Claudio Ramos e Paul Nulty. Fazer bons projetos sozinho é algo muito bacana, mas conseguir formar uma equipe que pensa a luz como você e mantém a qualidade dos projetos é sensacional, é como deixar um legado.

Além da iluminação, quais são suas outras paixões?

Gosto muito de dançar, já fui instrutora de dança de músicas gaúchas, amo estar com a minha família, admiro bons vinhos e, no momento, estou amando gerar meu filho.

Entrevista concedida a Erlei Gobi
Divulgação

Iluminação que transforma: criando memórias em casas de férias

Quando pensamos em iluminação para casas de férias no litoral, a primeira imagem que vem à mente é a de espaços cheios de luz natural, onde o sol inunda os ambientes e o som das ondas ou do vento nas árvores cria uma atmosfera de tranquilidade. De fato, a luz natural é o grande segredo para trazer vida a uma casa de férias.

Mas como podemos potencializar essa iluminação? E quando o sol se põe? Como garantir que a casa continue a ser um lugar de relaxamento e conforto? E nos espaços de leitura e lazer em família, quais as melhores soluções em iluminação são indicadas?

As respostas estão na criação de cenários de iluminação que valorizem a experiência do morador. Não se trata apenas de instalar luminárias ou escolher lâmpadas; é uma soma de sensibilidade, inspiração e conhecimento técnico. Uma casa de férias pede uma iluminação que acompanhe o ritmo de quem a habita, criando momentos inesquecíveis em cada canto.

Criando cenários

família, adicionando um toque acolhedor ao espaço. A cozinha é o único ambiente que requer iluminação mais intensa, garantindo a visibilidade necessária para cortar e preparar os alimentos.

Não há um cálculo exato para iluminar uma casa de férias. A verdadeira arte está em criar cenários que emocionam, fazendo com que cada ambiente seja vivido de forma única. Mais do que um lugar para descansar, uma casa de férias é um espaço para curtir, criar memórias e descansar corpo e mente, por isso a iluminação deve ser projetada para realçar esses momentos de maneira sutil.

Telas tensionadas

Uma inovação luminotécnica que tem ganhado cada vez mais espaço nos projetos arquitetônicos e de design de interiores são as telas tensionadas, também conhecidas como “stretch ceiling”. Originário da Alemanha, esse conceito surgiu como uma forma de integrar a iluminação ao design do teto, criando superfícies iluminadas de maneira uniforme e sem sombras, que oferecem uma sensação de luz natural.

Para uma casa de férias na praia, a iluminação técnica deve coexistir com a iluminação decorativa. E também deve se considerar a função de cada tipo de iluminação, assim como em casas urbanas. Na sala de estar, por exemplo, uma luz suave e difusa pode ser ideal para transformar o espaço em um cinema em casa.

O dimmer, que controla a intensidade da luz, é uma excelente dica para o cantinho de leitura. Combinado com uma luminária de chão, ele proporciona uma iluminação direcionada e ajustável, garantindo conforto visual e prevenindo o cansaço dos olhos. Essa associação cria uma atmosfera acolhedora e torna a leitura uma experiência imersiva e extremamente confortável. Afinal, casa de férias combina com leitura!

Na sala de jantar, pendentes decorativos com luz suave e o uso de dimmer criam o ambiente ideal para refeições em

As telas tensionadas são feitas de um tecido sintético, geralmente poliéster, esticado e fixado em perfis de alumínio no teto ou nas paredes. Disponíveis em diversas opções, como translúcida, opaca, colorida ou até impressa, essas telas têm o poder de transformar completamente um ambiente. Elas oferecem iluminação homogênea ou difusa, com variações em temperatura e cor, permitindo criar diferentes atmosferas.

A próxima vez que você pensar em sua casa de férias, lembre-se: a luz não é apenas uma questão de quantidade, mas de sentimento. E, às vezes, o que se cria com o coração é o que realmente importa.

Mauro Souza

Designer de interiores especialista em lighting design. Gerente de Projetos na Casamar Guaratuba, possui formação em Design de Interiores pela Universidade Anhembi Morumbi e cursos de extensão na área de luminotécnica.

Mauro Souza
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