Foto: Vicente Pessini Thiego
Protestos ganham a rua Confira nesta edição alguns dos momentos mais marcantes das manifestações em Cachoeiro
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FESTA DE
CACHOEIRO Conheça resumo histórico do município que homenageia seu padroeiro, São Pedro
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A voz dos homenageados Lisonjeados com o título concedido, cachoeirenses Presente e Ausente falam da emoção de receber os títulos
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médico José Sérgio Franco e o pastor Umberto Batista da Silva são as personalidades homenageadas como cachoeirenses Ausente e Presente, respectivamente. Comovidos, eles falam da emoção em receber a honraria que faz parte da Festa de Cachoeiro. Tradição do município, desde a década de 30, a nomeação dos homenageados acontece por voto popular, no caso do Cachoeirense Ausente, e por indicação da Câmara Municipal, para o Presente.
Protestos ganham a rua
Foto: Vicente Pessini Thiego
Ausente Escolhido por voto popular, José Sérgio Franco é ortopedista é o 71º cachoeirense a receber a honraria, título criado pelo poeta Newton Braga. Em busca do sonho de cursar medicina, Franco se mudou para o Rio de Janeiro ainda adolescente, aos 17 anos. O objetivo se tornou realidade. Hoje é chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina e presidente da Sociedade Latino-americana de Ortopedia e Traumatologia. Apesar da vida profissional fora da terra natal, Franco conta que nunca esqueceu os amigos e visita Cachoeiro pelo menos quatro vezes ao ano. “Tenho muitas saudades da cidade: muitos amigos, do tempo que estudei no Liceu, Quintiliano de Azevedo. Ser reconhecido em casa é uma emoção”, ressaltou o renomado médico.
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Presente Pastor, sociólogo, contabilista, jornalista e professor. Estas são algumas das atividades de Umberto Batista da Silva. O líder religioso é uma das figuras mais lembradas no meio evangélico. Isso por que foi um dos precursores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, da qual é presidente. Apesar de sua expressão, o pastor afirmou ter ficado surpreso com o título. “Não imaginava. Sinto-me lisonjeado com a homenagem. Recebi a notícia com muito amor e emoção. Sempre fui um filho da igreja e um pastor de ovelhas”, disse Umberto Batista.
Editor Wagner Santos wagnersantos25@ hotmail.com Contato da redação: (28) 3511-7481 Jornalistas colaboradores Beatriz Calliman Roney Moraes Dep. Comercial: Elenir Atalaia - (28) 9951 - 8687 Lília Argeu - (28) 99195558 liliaargeu@r7.com Contato comercial (28) 3511-7481 (28) 3301-0058
FESTA DE
CACHOEIRO Conheça resumo histórico do município que homenageia seu padroeiro, São Pedro
Diagramação: Gil Velasco contato@gilvelasco.com Fotos: Vicente Pessini Thiengo Divulgação Gráfica e Editora
Críticas, comentários e sugestões: revistamais.es@gmail.com
Revista Mais ES (06.056.026/0001-38) Rua Bernardo Horta, 81, bairro Guandu Cachoeiro de Itapemirim – ES - Cep 29.300-795
Editorial Festa e história A edição deste mês da Mais ES tem caráter comemorativo, pois evidencia a Festa de Cachoeiro, mas, também, histórico, pois registra, em três páginas com muitas fotografias de Vicente Pessini Thiengo, as manifestações sem precedentes recentes no município, seguindo a onda iniciada em São Paulo, pelo Movimento Passe Livre.Além disso, estão em evidência o livro “Cachoeiro e outras capitais”, do médico e cronista Sergio Damião, muitas delas publicadas no jornal ES de FATO, e a coluna da visagista Priz Azeredo, que dá dicas para uniformizar os funcionários. Boa leitura.
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Dia de Cachoeiro
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Dia de Cachoeiro
Festa de Cachoeiro –Ambiente cultural Por: Thalyson Inácio de Araújo Rocha
O meio ambiente, por opção constitucional, possui vários aspectos, dentre eles destacamos o ambiente cultural. A cultura de um povo, suas tradições e costumes, compõem o seu patrimônio cultural e, por este motivo, recebe guarida constitucional. A proteção à cultura de um povo, e dentre essa, as formas de expressão, criação, vivência, tradições, deveriam ter mais espaço nas festas municipais. No mínimo, deveria ser dada maior ênfase às próprias raízes. O tema da Festa de Cachoeiro de 2013 é “Emoções e Tradições”. A data tão esperada pela capital secreta vem sempre recheada de surpresas. Este ano o tema surpreende, parece ter encontrado o verdadeiro sentido da festa – foco em nossa
cultura, em nosso povo, em nossas tradições, para festejar o que somos – aliás a festa é nossa. Com certeza, várias serão as atividades com objetivo em nossa cultura, no artesanato e na apresentação de artistas de nossa cidade. Até aí tudo bem, tema melhor não haveria de ser encontrado. Contudo, merece destaque, como bem alertado: não fosse o “tempo das vacas magras”, os artistas de nossa terra não teriam vez. O que é uma pena. Falta bom senso, falta planejamento. Porque não equilibrar as coisas? Quando tudo vai bem, o dinheiro escorre pelo ralo. Se se traz gente de fora, não deveria deixar de investir nos artistas de nossa terra, até como forma de intercâmbio cultural, o que
infelizmente não se fez. Quando vai mal, apela-se àqueles que outrora renegaram, para salvar a pátria. Enfim, é a vida e os seus misteriosos jeitos de ensinar. Isso tudo deixa uma lição: aproveitar a oportunidade de nos aprofundarmos em nossa própria cultura, em nossas raízes. Aproveitar o que, por ironia do destino, veio a calhar agora. Mesmo que outrora este não fosse o final escolhido, refletir sobre o que realmente é importante para o povo é necessário. Desta vez acredito que não teremos o famoso “pão e circo”. Teremos a oportunidade de nos conhecer, adentrar em nossa cultura municipal, em nossas tradições. É aquela história de escrever certo nas linhas tortas.
Ausentes sempre presentes Cachoeirenses que hoje vivem em outras cidades do país mantêm fortes laços com sua
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achoeiro de Itapemirim, a Princesa do Sul ou a Atenas Capixaba, como preferem seus conterrâneos está em festa. De tão bairristas, a cidade acabou apelidada carinhosamente de Capital Secreta do Mundo. Com 146 anos de emancipação política completados em 25 de março, é no dia 29 de junho que os cachoeirenses comemoram as festividades. Dia do seu padroeiro, São Pedro. Mesmo distantes da terra natal, filhos ilustres comemoram e falam com saudosismo sobre a Atenas Capixaba. Jornalistas, escritores e professores comentam como carregam Cachoeiro de Itapemirim no Brasil e pelo mundo. Sempre que podem estão de volta.
terra natal
Tão jovem e tão querida Cachoeiro de Itapemirim.
Camilo Cola Deputado Federal
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Dia de Cachoeiro
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Dia de Cachoeiro
Bruno Torres Paraíso, Bruno Garschagen e Paulo Tarso de Tarso Medeiros falam com saudade de Cachoeiro.
Em um trecho de livro inédito, “Glossário Sentimental de Cachoeiro”, o jornalista e editor; membro fundador e efetivo da Academia Cachoeirense de Letras (ACL); e sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES). Hoje residente no Rio de Janeiro, Bruno Torres Paraiso, diz que “(...) O canto do rio rolando nas pedras; os trilhos do trecho da Leopoldina entre altos paredões, que levavam até a ponte de ferro; descer a rua Moreira a cami-nho do Liceu; a poesia de Newton Braga, Benjamin Silva, Solimar de Oliveira e tantos outros que formavam uma multidão de poetas; os jornais quentinhos com as crônicas da província cosmopolita que era Cachoeiro”. O mestre e doutorando em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa, Visiting Fellow do Russell Kirk Center (EUA), Podcaster do Instituto Ludwig von Mises Brasil (São Paulo), especialista do Instituto Millenium (RJ), analista político e tradutor, Bruno Garschagen, diz que Cachoeiro está sempre com ele. “Como cachoeirense ausente sem-
pre presente tenho o melhor e o pior dos dois mundos – e é o que me permite, de certa forma, reconhecer as virtudes e perceber as vicissitudes de uma cidade que está sempre comigo, não importa onde eu esteja, porque sempre foi e sempre será o meu lar”. Com fina ironia, Garschagen fala que Cachoeiro de Itapemirim é uma cidade curiosa. Feia, quente, árida e ao mesmo tempo incute nos seus um cativante sentimento de pertencimento, de identidade, que acaba por se transformar num espírito comum para uma parcela específica dos cachoeirenses que vê na cidade a continuação histórica de sua própria história familiar. Ser esse cachoeirense é assumir graciosamente a responsabilidade de preservar a continuidade cultural que criou uma tradição, tradição esta que está sempre sob ameaça das contingências e do alheamento daqueles que ficam e a ignoram. “Por isso é que sempre considerei o cachoeirense presente, cada um que conhece, respeita e preserva a tradição local, um herói sem direito a prêmio e com o fardo extraordinário de viver as intempéries e turbulências reais e
cotidianas da cidade. O cachoeirense presente sequer tem o direito de idealizar a cidade onde vive, a cidade que, de uma forma ou de outra, ama e ajuda a construir”, ressalta. Outro ilustre ausente sempre presente, escritor, membro fundador da Academia Cachoeirese de Letras, Paulo de Tarso Medeiros, conta um episódio curioso: “Quando do lançamento da 2ª. Bienal Rubem Braga, foi feito um evento no Rio para divulgá-la. Entre os presentes, estava a vice-secretária de educação (ou de cultura, não me recordo) do nosso Estado que também falou e, aproveitando para fazer média com o governador do momento, disse que dadas as realizações do governo agora os capixabas tinham orgulho de seu Estado, de dizer que eram do Espírito Santo. Terminaram as apresentações a procurei para dizer de meu espanto e minha discordância. Eu, como todos os demais cachoeirenses, nunca, mas nunca tínhamos tido vergonha de ser de Cachoeiro e, por conseguinte, do Espírito Santo. Ela falou, eu sei disso. Com o pessoal de Cachoeiro era diferente”.
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urante o mês de junho, escolas da rede municipal de ensino se dedicaram à obras de Rubem Braga. Com spray, tintas, pincéis, compensados e muita criatividade, as crônicas do ícone cachoeirense viraram trabalhos em grafite pelas mãos de alunos. As oficinas de arte lembram o centenário do escritor. “Uma vez em contato com a crônica de Rubem Braga, os alunos criam impressões. As oficinas são uma forma de extrair deles essas impressões de maneira criativa e divertida”, ressalta a gerente de Apoio ao Ensino da Secretaria de Educação de Cachoeiro, Alessandra Maria da Costa Sant’Ana. Os estudantes foram instruídos pelo o artista plástico Valdelino Gonçalves. Dele, ouviram também breve histórico sobre a arte contemporânea e sobre o grafite como meio de comunicação poética. Uma amostra do que foi produzido pelos estudantes ficará em exposição, na Sala Levino Fanzeres, edifício Bernadino Monteiro, Centro até o inicio de agosto.
Obra de Rubem Braga dialoga com arte urbana em escolas de Cachoeiro
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Arte de alunos retrata Rubem
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Dia de Cachoeiro
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Por: David Loss
Breve resumo histórico
2 – Durante o período colonial (1500 a 1808), foi intensa a exploração de ouro pelos portugueses, nas minas do Castelo (Arraial Velho, Caxixe, Salgado, Ribeirão do Meio e Canudal). Com a decadência do ouro, no final do século XIX, as minas foram abandonadas, e era necessário buscar outras formas de desenvolver a região. 3 – O Príncipe Regente Rei D.João VI determinou então, em 1812, que Francisco Alberto Rubim, então Governador da Província do Espírito Santo promovesse o desenvolvimento da região. Cumprindo determinação real, Rubim instala o QUARTEL DA BARCA, em homenagem ao cavaleiro português Luis Araújo, Conde da Barca. Ali começa Cachoeiro.
1 – O início do povoamento de Cachoeiro data de aproximadamente 1815. Sabe-se isso através dos registros de batismos. Nessa época o Brasil deixara de ser colônia portuguesa. Com a chegada do Príncipe Regente D.João VI, em 1808, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
4 – Além do Quartel foram construídas duas estradas: Cachoeiro a Piúma e Cachoeiro a Muribeca. 5 – O cenário: toscas casas, palhoças cobertas de sapê, caboclos, mestiços, pequenas roças de cana, mandioca, feijão e banana. Caça e pesca.
Registros importantes sobre a cidade Araujo, de Bernardo Horta (neto do Barão de Itapemirim), de Fernando de Abreu com a famosa Farmácia Abreu (onde hoje está o Edifício Itapuã) e outros. 1898 – Construção do prédio da Maçonaria
Coeachirooedireo I Cach de taIpem tapirem imirim
1857 – Inaugurada a primeira farmácia de Cachoeiro, de propriedade de um médico português, o Dr. Pantojas. Mais tarde viriam as farmácias do Dr. Batista Fluminense, de Novais Mello, de Francisco Horta de
Só quem ama Cachoeiro, Só descortinar quem ama suas Cachoeiro, sabe sabe descortinar verdadeiras facessuas de tenras faces de tenras everdadeiras perpétuas riquezas. e perpétuas riquezas.
Parabéns Cachoeiro ! Parabéns Cachoeiro !
na rua 25 de março. 1900 – Inaugurado o Caçadores Carnavalescos Clube. 1903 – Inauguração da rede de energia
7 – A primeira casa construída pertencia ao português Manoel de Jesus Lacerda. Isso foi entre 1815 e 1816. Os primeiros habitantes teriam sido o próprio Manoel Lacerda e Manoel de Oliveira Mattos, ambos portugueses. Moravam no lugar denominado Vala do TAUBIRA - depois Itabira. 8 – No dia 25 de abril de 1815 o Tenente Luis Moreira obteve do Governo meia légua de terras no lugar denominado CAIXÕES, onde morou depois uma pessoa de sobrenome MONTE BELO, onde hoje é o bairro União. Ali também morava um tal de José Cardoso que era ferreiro. Nessa época Cachoeiro tinha o melhor açúcar branco da Província. 9 – Ainda em 1815, JOSÉ DA SILVA QUINTAES, português, recebeu uma sesmaria (grande extensão de terra) onde hoje é o BAIMINAS, cujo dono era o Sargento Joaquim Marcelino (futuro Barão de Itapemirim). 10– O atual bairro do AQUIDABÃ teve sua origem numa elétrica na Ilha da Luz. Cachoeiro foi a décima cidade do Brasil a ter luz elétrica e a primeira do Estado do E.Santo. 1903 – Construção da Fábrica de Pios da Ilha da Luz.
sesmaria doada em 1818 ao Capitão Francisco Gomes Coelho. Mais tarde a propriedade foi vendida ao Sr. Anacleto Ramos. 11– Principais produtos agrícolas dessa época: feijão, mandioca, arroz, muita cana, algodão e cebola. O transporte de mercadorias para Vitória durava 3 dias com vento favorável. 12 – Somente em 16 de julho de 1856 foi celebrada a primeira missa em Cachoeiro. Nesse dia, através de Lei Provincial, foi criada a FREGUESIA DE SÃO PEDRO DAS CACHOEIRAS DO ITAPEMIRIM, que corresponde a Paróquia no campo religioso. A primeira missa foi celebrada num cômodo cedido pelo Barão de Itapemirim. 13 – No ano de 1856 Cachoeiro passou a ter o CORREIO. A correspondência chegava pela Vila de Itapemirim e subia o rio até Cachoeiro. Eram 3 homens que tripulavam a “canoa da mala”. Em 3 dias chegavam a Cachoeiro. Daqui partiam os estafetas para o Sul, a cavalo. 14 - A população negra de Cachoeiro é de origem do grupo dos BANTOS. Aqui vivia a tribo dos MINAS. Eram índios bravos, rebeldes, perigosos, temíveis feiticeiros e insuperáveis na preparação de garrafadas e benzeções. O mais famoso
1903 – Inauguração da Ferrovia. 1907 – Em 5 de novembro inaugura-se o serviço de abastecimento de água. 1907 – Nasce o Centro Operário e de Proteção Mútua. Somente em 1913 passa a ter sua
sede na 25 de Março perto da Casa dos Braga, graças a ajuda de Francisco Braga que depois seria Prefeito. Ali funcionou a Escola de Dª Palmira onde estudaram Newton e Rubem, os dois filhos de Francisco. 1908 – Jerônimo Monteiro assume o Go-
Parabéns Cachoeiro !
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6 – O Quartel da Barca tinha um pequeno efetivo militar para proteger a população dos ataques dos índios nativos puris que se localizavam entre Cachoeiro e Castelo.
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Dia de Cachoeiro
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Dia de Cachoeiro curandeiro negro da época foi o TIO LALAU. 15 – Os escravos não tinham o direito de divertir-se publicamente. Havia uma Lei Provincial, promulgada em 1857, proibindo os negros de participarem do ENTRUDO, festa popular que corresponde ao nosso Carnaval de hoje. O negro que desobedecesse era punido com 24 palmatórias e 25 chibatadas. 16 – Em Cachoeiro, no ano de 1871, havia 6.179 escravos. 17 – A primeira Professora de Cachoeiro foi DONA JOANA PAULA DAS DORES. Mineira de São João Del Rey veio para cá aos 26 anos de idade Fundou uma Escola em 1857 que funcionava numa casa onde dava aulas particulares. Mais tarde fundou um internato para meninas. Faleceu no dia 26 de março de 1907. 18 – A primeira Igreja Católica foi construída entre 1861 e 1863 no lugar onde depois foi a Fábrica de Cimento na rua Moreira. Quem a construiu foi Antonio Francisco Moreira em homenagem ao Divino Espírito Santo. Ele era dono da
Fazenda da Gruta e comprou toda a margem esquerda do rio Itapemirim, desde o Itabira até a Ilha da Luz. Antonio Moreira construiu também o cemitério (o mesmo de hoje). Foi casado com Dona Maria Caetana Moreira e morreu em 30 de outubro de 1977, aos 91 anos assassinado em sua própria casa por um escravo. 19 – A primeira Agência dos Correios data de 1857. O primeiro casamento deu-se em 19 de janeiro de 1859. Mathias Germano casou-se com Maria Moreira. Quem celebrou foi o Padre Manoel Leite Sampaio e Mello. 20 - Já o primeiro batizado em terras cachoeirenses aconteceu em 8 de setembro de 1859. Foi batizado o inocente ANTONIO, filho legítimo do Capitão Francisco de Souza Monteiro e de Dona Henriqueta Bárbara Dias de Souza. O Reverendo Frei Bento de Gênova foi quem batizou. 21 – O primeiro óbito: 5 de março de 1870. Antonio Francisco Moreira Sobrinho morreu por afogamento aos 19 anos de idade.
Registros importantes sobre a cidade verno do Estado. Governou o Estado até 1912. Sabe-se que havia uma intenção velada de fazer de Cachoeiro a capital do Estado.
1910 – O Bispo D.Fernando Monteiro, cria o Colégio Divino Espírito Santo onde mais tarde seria a Fábrica de Cimento na rua Moreira.
1910 – Em 27 de junho - Inauguração da Ponte de Ferro construída pelo Engenheiro Florentino Ávidos com presença de Nilo Peçanha (maçon)
Manter a nossa cidade limpa é uma honra para nós. Parabéns ! Cachoeiro de Itapemirim
CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM LTDA
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Cachoeiro de Itapemirim, Princesa do Sul. Terra cercada de beleza. Em suas paisagens inigualáveis, nas palavras de Rubem Braga e de tantos outros artistas que levaram o nome da cidade para o mundo. Terra de gente que cresce junta, que se orgulha do passado e vislumbra o futuro. A Samarco tem muito orgulho de fazer parte dessa história. Dia 29 de junho. Parabéns, Cachoeiro de Itapemirim, pelos seus 146 anos.
Samarco. Nós somos feitos daquilo em que acreditamos.
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22 – Em 1873 a Câmara Municipal proibiu a construção de casas à margem do rio com frente paras a Rua Moreira e fundos para o rio. 23 – A Igreja de Nosso Senhor dos Passos foi Matriz de 1882 até 1949. A partir daí, com a construção da Catedral, esta passou a ser Matriz e depois a sede do Bispado. 24 – O primeiro jornal começou a circular em Cachoeiro no dia 1º de julho de 1866. O dono e editor foi Basílio Carvalho Daemon, depois Vereador e Presidente da Câmara. Em 1872 mudou-se para Vitória. Faleceu em 1893 com 59 anos de idade. 25 – No dia 23 de novembro de 1864 a Câmara Municipal de Itapemirim aprova a Lei que emancipa Cachoeiro, desmembrando-o daquele Município. O Município de Cachoeiro, porém, só foi instalado no dia 25 de março de 1867 com a instalação da primeira Câmara Municipal. A data de 25 de março não foi escolhida ao acaso. Era o aniversário da Primeira e única Constituição do Brasil Império que fora outorgada por D.Pedro I em 25 de março de 1824, um ano e pouco após a Independência do Brasil de 7 de setembro de 1822. Cachoeiro já emancipado, tinha uma área geográfica invejável que abrangia os atuais Municípios de Rio Novo do Sul, Atílio Vivacqua, Muquí, Alegre, Rio Pardo (Iúna) São José do Calçado, Itabapoama. Castelo, Alegre (1884) , Guaçuí.
1912 – Inaugurado o Cinema Brasil. 1912 – Inaugurado,o Cinema Progresso 1912 – Começa a funcionar a Fábrica de Cerveja de propriedade de Ângelo Mignoni. 1912 – A Fábrica de Tecidos começa a funcionar. 1913 – Inaugurada a Escola Bernardino Monteiro. 1913 – Francisco Braga adquire o casarão da 25 de março que pertencia a Noêmia, filha de Graça Guardiã. Noêmia, já casada, mudou-se para o Rio de Janeiro como marido. Dona Graça Guardiã vai morar com ela. 1920 – Francisco Braga, ex-Prefeito, começa a frequentar Marataízes, junto com Mário Rezende, pai de Wilson Lopes de Rezende. Freqüentavam o local conhecido como Bacia das Turcas.
1922 – Em 22 de fevereiro o Prefeito Luiz Fernando M. Lindenberg inaugura o Mercado Municipal. 1922 – Começa a funcionar o Colégio Pedro Palácios, o primeiro Ginásio de Cachoeiro sob a direção do Prof. Aristeu Portugal Neves. 1925 –Em 2 de agosto começam a funcionar em Cachoeiro os bondes elétricos. O Prefeito, Augusto Seabra Muniz era casado com a filha de Bernardino Monteiro. 1927 – Inauguração do Colégio Jesus Cristo Rei pela Madre Gertrudes. 1933 – Inaugurada a primeira agência do Banco do Brasil em Cachoeiro. 1936 – Criação do LICEU que funcionou e funciona até hoje num local edificado para ser uma Fábrica de Papel. O LICEU deriva do Deus grego APOLO LÍCIO, daí Liceum, depois Liceu. O primeiro Diretor foi Fernando de Abreu.
26 – De 1867 até 1914 quem governava a cidade era o Presidente da Câmara. Ele acumulava a função de Presidente com a de Intendente Municipal. A figura do Prefeito só aparece em 1914.O primeiro Intendente, que era o Presidente da Câmara, foi Francisco Xavier Monteiro Nogueira da Gama. 27 – A partir de 1914 a cidade passou a ser governada por um PREFEITO. É que pela Lei Estadual nº 894 de 30 de dezembro de 1912 foram criadas as Prefeituras em todo o interior do Estado. Em 31 de maio de 1913 a Lei começou a ser aplicada após a Reforma da Constituição Estadual. . Em 1914 Francisco de Carvalho Braga, pai de Newton e Rubem Braga assume a Prefeitura. É ele o primeiro Prefeito de Cachoeiro. Governou de 1914 a 1916. O segundo foi Reinaldo Souto Machado – 1916 a 1918.
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Ensaio
Protestos sacodem Cachoeiro Em duas manifestações pacíficas cerca de 9 mil pessoas foram as ruas do centro da cidade
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achoeiro de Itapemirim aderiu à onda nacional de protestos por melhores serviços públicos e combate à corrupção. Em duas passeatas, realizadas nos dias 20 e 22 de junho, cerca de 9 mil manifestantes foram às ruas, em evento sem precedentes, ao menos na história recente do município. A mobilização popular do dia 22, convocada pelas redes sociais, rendeu belas fotografias. Algumas das feitas pelo Vicente Pessini Thiengo ilustram a esta e às próximas páginas. Um registro, em cores vivas, deste momento histórico. Além das questões nacionais, os cartazes traziam também reivindicações de características locais, alguns com boa dose de criatividade. Se uma foto vale mais do que mil palavras, neste ensaio, os cartazes falam por si.
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Ensaio
Fotos: Vicente Pessini Thiengo
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Ensaio
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Comportamento
Todo mundo gosta de se aliar e estar perto de pessoas que mostram-se organizadas, atualizadas, dinâmicas e competentes nos negócios. Além da boa qualidade no exercício de sua profissão, uma ferramenta importante nessa conquista pelo reconhecimento do bom profissional e o bom serviço que sua empresa presta, é a imagem pessoal, conhecida como marketing pessoal, dos lideres e dos funcionários. Antes de um bom bate papo ou uma boa conversa, o que chega primeiro no cérebro é a sua imagem (nesse caso a imagem dos seus funcionários). Só de olhar a gente acaba fazendo uma pré analise para saber se nos interessa ou não a aproximação. A imagem dos lideres e dos funcionários da sua empresa, precisa demonstrar a qualidade, competência e organização dos produtos e serviços que sua empresa oferece. Na hora de escolher o uniforme, o corte da roupa e as cores precisam passar por uma pesquisa antes de serem decididos. Ex.: se é uma empresa onde você quer mostrar força, imponência, estrutura e controle para os seus clientes ou futuro clientes (dependendo do ramo de atuação), jamais escolha uma blusa feminina com manga estilo princesa, com corte e volume arredondados, além de babados. Dessa forma você colocará em evidencia alguns sentimentos como romantismo, fragilidade e feminilidade (que serão ativados no cérebro de quem usa e de quem visualiza essa imagem), que são emoções de uma empresa frágil e delicada,
contrárias a filosofia citada acima. Cada cor transmite para o cérebro uma emoção, assim como as linhas e ângulos. O corte da calça e ate o formato do sapato transmitem dinamismo, romantismo, conservadorismo, modernidade dentre outras emoções. O conjunto do uniforme criado, tem que unir conforto e imagem funcional na hora da escolha. Além do uniforme, é muito importante cuidar dos cabelos, sobrancelhas, unhas, maquiagem e perfumes. Uma vez eu estava num lançamento de um escritório com um nível de seriedade media para alta pelo ramo de atuação e uma de suas funcionarias estava com a maquiagem colorida. Até estava bonita, mas o ambiente, horário e o perfil da empresa não condiziam com aquela produção. A maquiagem usada pelas funcionarias é muito importante e por isso precisa de cautela, estudo, pesquisa e treinamento para não se errar. Hoje existem visagistas (profissionais especializados nessa área de imagem e marketing pessoal) para oferecer palestras de conscientização da imagem correta para cada segmento, como ferramenta para o sucesso, além de comportamento no ambiente de trabalho e treinamento de maquiagem, consultoria de cortes e cores de cabelo de acordo com seu mercado de atuação profissional. Lembre-se: é muito importante investir e exigir dos seus funcionários, a imagem e comportamento corretos para o perfil da sua empresa e ambiente de trabalho.
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Imagem e comportamento de funcionários
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Livro do Mês
Cachoeiro e outras “capitais” em Crônicas
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Médico e escritor Sérgio Damião lança hoje, às 19h30, o primeiro livro, ‘Cachoeiro e outras capitais’
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s ruas, o rio, as pessoas, os passeios e as caminhadas foram registrados em crônicas pelo médico e escritor Sérgio Damião em seu primeiro livro - Cachoeiro e outras “capitais”. O lançamento acontece hoje às 19h30, no Auditório da Unimed Sul Capixaba, bairro Gilberto Machado. A noite reserva ainda espaço para bate-papo com escritores e jornalistas cachoeirenses. É necessário confirmar presença. Textos antigos, publicados e outros inéditos, segundo o autor, fazem parte da obra, de 140 páginas. O título, conta Damião, é uma menção não somente à ‘Capital Secreta do Mundo’, mas também a sua cidade natal – Vitória – e a outras capitais. A crônica, gênero literário que tem como um dos maiores expoentes o cachoeirense Rubem Braga, é tema de bate-papo em comemoração ao seu centenário neste ano. Estão confirmados os convidados - escritores e jornalistas: Cláudia Sabadini, Maria Elvira Tavares, Antônio Miranda e Álvaro Abreu. “O gênero crônica me deixa muito à vontade para falar do cotidiano, memórias de situações vividas e não vividas, que permitem reconstruir a história. Rubem me inspira como escritor, pois apenas nasceu e viveu a adolescência na cidade, mas levava viva a lembrança do que viveu aqui”, disse Damião. A apresentação da obra e a revisão dos textos foi feita pelo escritor Evandro Moreira e o prefácio, pelo escritor e advogado Higner Mansur. A fotografia da capa é do médico Emanuel Patrício. Ele, companheiro de hospital do autor há quase 30 anos, é pioneiro na Nefrologia, fundador do serviço de hemodiálise na região. Os interessados em adquirir a obra gratuitamente o livro devem ligar para (28) 3511-0768
Caderno Artefato
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COQUETEL DE LANÇAMENTO EGECON CONCETTO Celebridades marcam presença Os ex-bbbs Eliéser Ambrósio e Kamilla Salgado estiveram em Cachoeiro na última terça-feira (18), no coquetel de lançamento de evento sociocultural mais aguardado do ano, o Egecon Concetto, que acontecerá no dia 23 de agosto de 2013, no Palácio Bernadino Monteiro. Durante o dia, Eliéser e Kamilla visitaram os shoppings da cidade e posaram para fotos com os fãs. Kamilla gravou seu programa Check in e o agito da noite ficou por conta do DJ Eliéser que animou os convidados do coquetel que foi realizado nas dependências do Cachoeiro Plaza Hotel somente para os patrocinadores e apoiadores do evento.
PARA SER UM APOIADOR: Quem quiser ser um patrocinador do Egecon Concetto pode entrar em contato pelo telefone (28) 3521 - 5754 ou e-mail: egeconconcetto@gmail.com www.facebook.com/EgeconConcetto | www.instagram.com/egeconconcetto
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