Revista Mais ES

Page 1

Trauma na Santa Casa

Café castelense em alta

A superintendente Nercedes Canal, fala sobre acidentes de trânsito, principalmente com motociclistas, que abarrotam o pronto socorro do Hospital

Produzindo grãos de qualidade e agregando valor com torra e distribuição, a “Vale do Caxixe – Torrefação e Cafés Especiais” já atende mercado carioca

Terceira edição - Outubro de 2012 - R$ 5,00

Casteglione vira a página política em Cachoeiro ENTREVISTA

“O recorte de 2008 está confirmado. Não dá mais para ser governado por lideranças do passado”. Carlos Casteglione

Prefeito reeleito de Cachoeiro

Em parceria com o Dr. Abel Santana, petista derrota, pela segunda vez, políticos tradicionais que se revezaram no poder ao longo de três décadas e decreta novo tempo na maior cidade do interior do Espírito Santo.


Ontem

Padaria Brasil Quando adquiriram a Padaria Brasil, em 1979, Inalei Paulino e sua esposa Olga Paulino trabalharam com dois propósitos: manter a tradição, que vinha desde 1928, e modernizar as instalações do estabelecimento. ��á fizemos quatro amplas reformas com inovações, depois buscar, em grandes centros, as modernização do ramo de padaria e confeitaria, para trazer o melhor para �achoeiro�, ressalta Inarlei Paulino. Fazendo �us ao nome, em 2���, a �Padaria 5 Estrelas que �onquistou �achoeiro� inaugurou seu novo prédio e está em seu 12º ano consecutivo de Prêmio Gazeta Empresarial como a mais lembrada da cidade por ser a preferida dos cachoeirenses. ��ossa meta é ter sempre qualidade e bom atendimento, e isso se alcança com trabalho e determinação�, ressalta o empresário.

O pão mais gostoso

da cidade

Há mais de 8 décadas servindo você!

Tel.: (28) 3522-0930

Rua Costa Pereira, 99 – Centro Cachoeiro de Itapemirim – ES

Hoje


Madeireira

Paulino

HĂĄ 15 anos no mercado

Madeiras para telhado Telhas de vĂĄrios modelos Madeiras de reflorestamento

Madeira para telhado ParajĂş

Lyptus tratado

Portas, Aduelas e Alizares Laminados de PVC e compensados Fechaduras (ferragens) em geral MDF em diversas marcas e cores

3526-8396 (28) 3526-8616 (28) 3511-5759 (28) 9923-3094 (28)

Outros CartĂľes

atĂŠ 96x

atĂŠ 48x

atĂŠ 10x

www.madeireirapaulino.com.br

Distribuidor Sayerlack (Vernizes e Laminados) !" # $% & ' ( ) *+, & $% - #

*. / 0 1 - 23-40 30 56


OUTUBRO/2012 Perim Center

Editorial Assunto é eleição

13

Pág.

Revista Mais ES (06.056.026/0001-38) Rua Bernardo Horta, 81, bairro Guandu Cachoeiro de Itapemirim – ES - Cep 29.300-795

Editor Wagner Santos wagnersantos25@hotmail.com Contato da redação: (28) 3511-7481

Inaugurado em 27 de setembro no bairro Caiçaras, em Cachoeiro, complexo comercial com 600 vagas de estacionamento têm supermercado de grande porte e centro comercial e de serviços

Biblioteca

Jornalistas colaboradores Roberto Al Barros Elyan Peçanha Departamento Comercial: Joana Campos - (28) 9993-0149 revistamais.es@gmail.com Lília Argeu - (28) 9919-5558 liliaargeu@r7.com Contato comercial (28) 3511-7481 (28) 3301-0058 Diagramação & Arte: Wellington Rody sistema.rody@hotmail.com Impressão: Gráfica Espírito Santo de FATO

Pág.

32

A Loja Maçônica “Fraternidade e Luz” – acervo do século XIX passa por restauração. “São mais de 300 obras raras, muitas já passando por recuperação após levantamento efetuado pela Biblioteca”.

Críticas, comentários e sugestões: revistamais.es@gmail.com

4

/

/Outubro 2012/nº3

O assunto do mês é a eleição municipal, acirrada como poucas vezes se viu em Cachoeiro de Itapemirim. Sobre isso, quem fala é o vencedor, o prefeito Carlos Casteglione (PT),que, reeleito, decreta novo tempo no município e o fim do ciclo dos políticos tradicionais. Também na campanha foi discutida a finalidade a ser dada ao Hospital do bairro Aquidaban. Com a vitória de Casteglione, prevaleceu a tese de transformá-lo em hospital de trauma, o candidato Glauber Coelho(PR) queria instalar ali um materno-infantil. O hospital de trauma é necessidade premente de Cachoeiro de Itapemirim, principalmente pelo volume de acidentes com motocicletas, que abarrotam a Santa Casa de Misericórdia, hoje, único que atende pelo Sistema Único de Saúde aos casos do tipo. A divisão da responsabilidade seria bem vinda para o hospital filantrópico, que se esforça para atender à alta demanda. A realidade do pronto socorro da Santa Casa é, aliás, tema de reportagem nesta edição. A novidade do mês é a estreia da Magazine, coluna social assinada pelo jornalista Elyan Peçanha, que há 45 anos registra em os principais fatos sociais da região. Em resumo, é isso. Em novembro tem MAIS.



Política, cultura, economia e de tudo um pouco dos bastidores da notícia

Investimentos O aguardado Perim Center abriu as portas em Cachoeiro no final de setembro, com direito à visita de mais de 10 mil pessoas no primeiro dia. A Avenida Jones dos Santos Neves, onde está localizado, já está sendo duplicada. Deverá receber, em breve, mais empreendimentos, inclusive um Shopping de proporções metropolitanas.

Representatividade social Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim

Professor Leo (PT) 2.173 votos

Pastor Marcos Mansur (PSDB) - 1.751 votos

Alexandre Bastos (PSB) - 1.640 votos

Fabrício do Zumbi (PSB) - 1.640 Votos

Julio Ferrari (PV) - 1.607 votos

Rodrigo Enfermeiro (PSB) - 1.585 votos

Alexandre Maitan (PDT) - 1.492 votos

Bras Zagotto (PTB) - 1.485 votos

Luisinho Tereré (DEM) - 1.444 votos

Pastor Delandi Macedo (PSC) - 1.402 votos

Lucas Moulais (PTB) – 1.388 votos

Edison Fassarella (PV) - 1.340 votos

José Carlos Amaral (DEM) - 1.337 votos

Neném Cadavel (PTB) - 1.285 votos

Ely Escarpini (PR) - 1.253 votos

Wilson Dillem (PRB) - 1.035 votos

Alexandre Andreza Macedo (de Itaoca) (PR)- 1.008 votos

Osmar da silva (PHS) - 960 votos

Carlos Renato Lino (Ratinho) (PR) - 929 votos

Uma conta simples mostra que a alardeada representatividade nas Câmaras Municipais, pelo voto proporcional, está mais para ficção do que realidade. Basta perceber que nas últimas eleições, em Cachoeiro, os 19 vereadores tiveram, somados, cerca de 25% dos votos válidos. Ou seja, quase 75% dos eleitores, a maioria, votou, mas não levou.

6

/

/Outubro 2012/nº3

Compra de votos Reclamação comum dos candidatos, os derrotados, principalmente, é de que a Justiça Eleitoral se preocupou demais com faixas e adereços de campanha, mas não com a compra de votos, que dizem, comeu solta.

Teatro

O senador Ricardo Ferraço é autor de um projeto de lei que obriga a União a investir no mínimo 10% de suas receitas correntes brutas em Saúde. O projeto já está em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e aguarda a designação do relator e pode representar, tendo como base a estimativa de arrecadação em 2012, aproximadamente R$ 34 bilhões a mais para investimentos na Saúde Pública.

Saúde

A programação do Teatro Municipal Rubem Braga, em Cachoeiro, para este mês, está eclética, com muito espaço para as atividades culturais do município. No dia 16, por exemplo, haverá a comemoração dos 65 anos do Conservatório de Música de Cachoeiro. Alunos da instituição, onde o rei Roberto Carlos iniciou seus estudos musicais, vão fazer uma apresentação a partir das 19h30.


ENTREVISTA

Um novo tempo em Cachoeiro “A eleição de 2012 é para mim, e muito mais para o povo de Cachoeiro, a confirmação de que valeu ter apostado na mudança”.

A

por Wagner Santos

alegria se sobressaia ao cansaço evidente no rosto de quem dormiu pouco na noite anterior. Entre o fim da festa pela reeleição no domingo e os primeiros compromissos logo pela manhã de segunda-feira, poucas horas se passaram. Ainda em pique da campanha eleitoral, o primeiro dia pós-votação foi dedicado a entrevistas e cumprimentos. Às 16h00 ainda estava com o espaçoso gabinete no Palácio Bernardino Monteiro cheio, após reassumir a prefeitura, após 38 dias licenciado para se dedicar exclusivamente à campanha eleitoral. Quase uma centena de pessoas compareceu. Cumprimentou uma a uma, pacientemente. Já passava das 17h00 quando o prefeito reeleito de Cachoeiro, Carlos Casteglione (PT), encontrou uma brecha na sua agenda agitada para atender à reportagem da Revista MAIS ES, para uma conversa de pouco mais de 30 minutos. Fora o cansaço, o tornozelo torcido ao descer uma escada, na última noite da campanha, em Conduru, “na ânsia de conquistar o último voto”, era a única marca física visível do embate eleitoral. As outras eram psicológicas, sobretudo por conta de ataques pessoais aos quais se esforça para perdoar. Com mais quatro anos e três meses de mandato pela frente e a alma lavada pela vitória sofrida, a primeira preocupação é serenar os ânimos e reunir a cidade, dividida pela inédita eleição plebiscitária. Foram 51,79% dos votos válidos, contra 48,21% do adversário, o que representa diferença de apenas 3.666 eleitores, num colégio eleitoral com mais de 130 mil votos. Nesta entrevista, ele avalia o processo eleitoral, analisa o passado, reafirma compromissos para o futuro e saboreia o presente com a certeza virado a página na política cachoeirense. “É o momento das novas lideranças”, garante, numa referência aos políticos tradicionais que se uniram para derrotá-lo e acabaram derrotados por ele. nº3 /Outubro 2012/

/

7


8

/

/Outubro 2012/nยบ3


Entrevista MAIS ES – Já refeito das emoções da reeleição, qual a sensação após vitória tão apertada? Carlos Casteglione - A sensação é de dever cumprido. De alma lavada. Mais do que a minha candidatura, o que estava em avaliação era o resultado do governo, que, graças a Deus, durante o processo eleitoral, conseguimos comunicar e mostrar à população. É muita alegria ver que a população de Cachoeiro reconheceu o nosso trabalho porque a gente sempre se empenha com a firme intenção de prestar o serviço de melhor qualidade. A população entendeu o que estamos fazendo por Cachoeiro, mas também, principalmente, o que conseguimos comunicar em termos de futuro. Dá para comparar a vitória de agora com aquela de 2008, sobre Theodorico Ferraço? De nada valeria aquela eleição de 2008 se nós não conseguíssemos ganhar esta. 2008 e 2012 têm tudo a ver. 2008 foi, de fato, um momento de empolgação, de recorte na história política, de muita vibração, de esperança. A cidade sentiu a necessidade de fazer a mudança e me deu uma oportunidade. A eleição de 2012 é para mim, e muito mais para o povo de Cachoeiro, a confirmação de que valeu ter apostado na mudança. Qual vitória foi mais emocionante? Confesso que a de 2008 foi mais emocionante. Esta, de 2012, foi muito importante, porque foi extremamente difícil. Fui muito atacado pessoalmente. Inventaram muitas inverdades acerca da minha vida pessoal. Desta vez, além de enfrentar políticos tradicionais, como em 2008, também teve contra si lideranças estaduais, como dois senadores e até, em certa medida, o governador do estado. Todos por detrás de um político da nova geração, com discurso de ser o novo. O que essa vitória representa? Representa a consolidação do sinal que tivemos em 2008. Na montagem do cenário eleitoral de 2012, observamos isso. É a primeira vez na história de Cachoeiro em que houve apenas duas candidaturas. O meu partido, que sempre teve candidatos a prefeito ao longo da história, desde 1982, quando foi fundado em Cachoeiro, liderou um processo unindo partidos, com lideranças novas e apoios consideráveis e de pessoas de expressão que nunca tiveram relação com a história antiga da política da cidade. Isso fez com que o outro lado também pudesse se unir. O resultado

da eleição manifesta, claramente, que a cidade precisa ser governada por estas lideranças novas. Mas o arranjo de tantas lideranças para derrotá-lo não causou preocupação? No início nos preocupou o fato de tantas lideranças terem se unido contra o nosso projeto. Por isso me dediquei muito, trabalhei e fui buscar os apoios que entendo ser genuinamente na nossa linha de pensamento. Construí uma boa chapa e tivemos esta resposta magnífica da população. O recorte de 2008 está confirmado. Não dá mais para ser governado por lideranças do passado. Mesmo que eu faça questão de manifestar o meu respeito em relação àquilo que fizeram quando tiveram a oportunidade. A população confirmou que quer o avanço, quer o novo e que a cidade continue evoluindo neste processo bacana de crescimento.

“As lideranças antigas são página virada na história de Cachoeiro. Deram a contribuição que puderam, foram importantes, mas agora o tempo é outro”.

Essa confirmação da população, na sua avaliação, representa um novo tempo? As lideranças antigas são página virada na história de Cachoeiro. Elas podem dar sua contribuição, mas, no processo eleitoral municipal, não. Deram a contribuição que puderam no governo, foram importantes, mas agora o tempo é outro. Numa eleição plebiscitária, o que está em avaliação, em última análise, é o governo. A baixa margem em que se deu a sua vitória deixa claro que sua administração está longe da unanimidade. Quais os erros que precisou corrigir no curso da campanha para que a avaliação positiva superasse a negativa e garantisse a vitória? Nós tivemos problemas na comunicação institucional. Havia pouco recurso no orçamento. Foi uma decisão de governo. Fiz questão de fazer deste jeito para não ficar gastando muito dinheiro com comunicação. Preferi investir estes recursos em

obras e serviços e a comunicação não chegou onde precisava chegar. A campanha me deu a oportunidade de intensificar esta comunicação. A evolução que as pesquisas foram apontando, sinalizando, exatamente, a nossa capacidade de comunicar aquilo que estávamos fazendo pela cidade. Não houve erro, mas uma decisão de governo. Na campanha sim. Começamos com um tipo de publicidade e acabamos com outro que dá valor de fato àquilo que as pessoas estavam sensíveis, que eram o volume de obras que a gente tem em andamento, as coisas que estamos fazendo e fizemos de importante para a cidade. Foi esta forma de comunicar, na campanha, que nos deu a vitória. Uma vitória apertada... Se foi uma vitória do ponto de vista percentual apertada, foi histórica em número de votos. Nunca antes na história deste município o prefeito foi eleito com mais de 50 mil votos. Eu cheguei a 53 mil votos. Isso é crescimento. Foram 49 mil em 2008. É um sinal importante de reconhecimento do governo. Apesar deste crescimento, como superar a divisão da cidade, que a diferença pequena de votos evidenciou? O foco da campanha eleitoral são os eleitores. Nós somos 200 mil habitantes e 130 mil eleitores. Ou seja, 1/3 da população não tem diretamente a ver com a questão eleitoral. Dos 2/3 restantes, mais da metade votou. A cidade tem, hoje, um ambiente importante para reagrupar. É preciso ter sabedoria e entender que o momento eleitoral é momento de paixão, do coração, do envolvimento. É natural. As pessoas escolhem candidatos e isso divide a cidade mesmo. Agora, eleito, vou repetir o que fiz em 2008: buscar formas de unificar esta questão eleitoral tendo como cenário toda a população do nosso município, não só os 130 mil eleitores, mas os 200 mil habitantes. Isso é meu papel e se faz buscando rediscutir com a cidade a presença do governo, com as lideranças comunitárias, empresariais e religiosas. Vou reagrupar este cenário e me colocar aberto e à disposição das lideranças políticas que não estiveram comigo, mas que queiram contribuir com a cidade. A troca de farpas, comum nas campanhas eleitorais, deixou alguma mágoa? Eu sou um homem que não carrega rancor ou mágoa. Mas faço um registro: durante a campanha, fui severamente atacado do ponto de vista das minhas concepções pessoais. Não encontraram nada na política para atacar e tentar tirar

nº3 /Outubro 2012/

/

9


Arquivo FATO

Entrevista votos e partiram para a questão pessoal. Essa coisa de me imputar relação com terreiro de candomblé. Isso me deixou muito magoado. Não porque eu seja contra. Me relaciono do ponto de vista das concepções de fé com a minha religião, mas me sinto extremamente bem com todas as religiões. Mas o que tentaram fazer comigo foi inclusive desrespeitoso com as religiões de matriz africana, colocando esse selo que não tenho nada a ver com ele. Me senti magoado não pelo ponto de vista de carinho e admiração que tenho por quem manifesta qualquer tipo de religião, inclusive os meus irmãos do candomblé, mas porque era mentira. Fé é uma questão pessoal. Espalhar boatos e mentiras de que eu tenho outra religião, para mim foi muito duro. Mas, Deus é maior. Eu, com certeza, superarei isso pelos meus princípios de fé e vou continuar me relacionando como prefeito com todas as religiões. O estado é laico. Eu tenho que professar a minha religião e respeitar, como prefeito, todas as religiões e também todos aqueles que nem religião têm. E como será o relacionamento pós-eleitoral com o deputado estadual Glauber Coelho? Meu posicionamento é em benefício de Cachoeiro. Antes de ele ser candidato, quando assumiu o mandato dele de deputado, nós chegamos a conversar algumas vezes, nos colocamos à disposição para receber o apoio. Agora vou me manifestar da mesma forma. Cachoeiro precisa do apoio dos nossos deputados federal e estaduais. Se aparecer projeto e eu precise captar recursos, não terei nenhum problema em dar autoria ao deputado que nos ajudar. Quero sim, caso seja possível, o apoio dele e de outros deputados estaduais. Essa iniciativa eu espero que parta dele. Estou aqui, de portas abertas para poder receber dele uma colaboração com o prefeito de Cachoeiro. Já conversaram depois da eleição? Não. Até este momento não recebi nenhuma ligação dele sequer. Também não ligou? Não. Não fiz porque quando disputei eleições e perdi liguei para todos os meus adversários. Estou aguardando e não me nego a ligar. Se ele não fizer contato, eu tomarei a iniciativa, que eu entendo deveria partir dele, logo depois de anunciado o resultado da eleição. O senhor prometeu dar fim ao monopólio no transporte coletivo. Vai cumprir? Eu vou cumprir os prazos do contrato,

10/

/Outubro 2012/nº3

que vence no início de 2015. Vou elaborar o termo de referência, talvez ainda neste mandato. Ele serve para a realização de políticas públicas e é a partir dele que vamos publicar o edital de concorrência pública. Vamos ter, aqui, mais de uma empresa prestando serviço de transporte coletivo da nossa cidade. Acho fundamental. É o grande clamor da nossa população. Assumi este compromisso e vou, sim, cumprir. Em 2015. Mas, e até lá? Enquanto isso, o povo não pode ficar esperando. Como tenho feito, desde o início do nosso mandato, vou continuar, com a empresa concessionária, trabalhando para que o serviço de transporte coletivo possa ser melhorado cada dia mais, até o final deste contrato, que só vence em 2015. Mas, até lá, a empresa tem os compromissos contratuais que vou fazer cumprir. Infelizmente, prefeitos que me antecederam não cumpriram. Quando cheguei aqui, tínhamos uma frota de idade média de 20 anos, hoje é de 10 anos. Isso precisa continuar. Vou a exigir que a empresa continue melhorando a qualidade dos carros que ela põe na linha e também ouvindo sempre a solicitação da população e aumentando o número de horários e de linhas, atendendo a exigência contratual, para atender à altura o serviço no nosso município. O senhor, durante a campanha, prometeu manter o nível de investimento no Orçamento Participativo (OP) e aumentar na cultura. Como fazer isso, com menos recursos em caixa, após o fim do Fundap? Com a queda da receita temos que trabalhar para que as obras sejam financiadas com recursos captados, ou seja, projetos junto ao governo do estado e federal. Com isso, faço sobrar recursos para aplicar nas outras ações que, geralmente, não se con-

segue captar recursos externos. No OP, serão R$ 15 milhões por ano, mesmo que haja queda de receita. É minha garantia. O de 2013 já está pactuado. Inclusive na peça orçamentária que encaminho à Câmara Municipal. Para a Lei Rubem Braga, temos a intenção de ampliar os recursos destinados que, para o próximo ano, serão os mesmos. No entanto, para 2014 quero começar, dentro do PPA, que vou elaborar no ano que vem, já sinalizar o aumento do investimento. A saúde pautou boa parte da campanha. O senhor listou avanços, mas reconheceu os problemas. Como pretende saná-los? A saúde tem três problemas principais. Primeiro: não temos profissionais de medicina. Mesmo que eu queira contratar, não consigo, porque não existe profissional disponível. A solução é convocar concurso para médico, o que faremos já no início do próximo mandato. O segundo está ligado ao governo do Estado, que precisa olhar para os municípios para resolver o problema de exames, consultas especializadas e cirurgias eletivas. Hoje, em Cachoeiro, são quase 30 mil procedimentos nestas três áreas que nós temos dentro das nossas unidades. Precisam ser solucionados e a Prefeitura não tem condição de fazer isso sozinha. O terceiro também está ligado ao governo estadual. Há problemas com o financiamento do PSF (Programa de Saúde da Família). Estamos pedindo ao governador, desde a campanha eleitoral, que faça o cofinanciamento para ajudar os municípios. Hoje há a parte do governo federal, mas o maior investimento, mais de 60%, quem banca é o município. O governo precisa assumir parte desta conta. É uma tarefa minha como prefeito de Cachoeiro, mas que nós, prefeitos do Espírito Santo, estamos trabalhando junto ao governo do estado.


Entrevista No ponto de vista da estrutura, vamos construir uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, com financiamento do governo federal, e a nossa estrutura física já está completamente identificada, com a construção de unidades de saúde, como falei durante a campanha, de academias de saúde, que serão sete no total. Vamos avançar neste sentido. Além da saúde, quais os principais desafios para a sua próxima gestão? O segundo desafio é o trânsito. Para isso, agora, vamos investir em obras de infraestrutura viária, implantar a tarifa única e tirar a circulação de caminhões do centro da cidade, com a construção de vias que possam dar outros caminhos aos caminhoneiros. Segurança é também outra meta importante. Hoje, temos muito sendo feito, mas é preciso avançar. Para isso, o programa Estado Presente, do governo estadual, vai ser muito importante, com as câmeras de videomonitoramento, com o aporte de novas viaturas, mais pessoal nas polícias Militar e Civil. Eu vou cumprir o meu papel, dando à Guarda Municipal melhor estrutura. Inclusive com a realização de concurso no próximo mandato, tanto para a Guarda como para agente de trânsito. Isso busca dar resposta à questão da segurança pública, inclusive com o retorno do 190, que já vai acontecer em nossa cidade, e também buscando fazer chegar mais segurança aos nosso distritos. Outro desafio é continuar a fazer o desenvolvimento econômico da cidade para poder continuar gerando a oportunidade de renda para as famílias. É minha intenção central. Falamos de futuro. Agora um pouco do passado. Diante da experiência adquirida no cargo,

considera hoje, para usar mote de campanha do seu adversário, que Cachoeiro realmente poderia mais neste mandato? (Risos) Nossa intenção é avançar de maneira consolidada. Por isso pedi tanto e fui enfático em tantos momentos para poder dar continuidade ao projeto. A cidade avança na medida em que quem está governando tem a oportunidade do segundo mandato. A gente fez muito, para corrigir erros do passado, que eu herdei, como dívidas e desestruturação administrativa. Se isso estivesse mais bem arrumado, com certeza teríamos avançado mais.

“Se ele (Glauber) não fizer contato, eu tomarei a iniciativa, que eu entendo deveria partir dele, logo depois de anunciado o resultado da eleição”.

Mas diante dos problemas que encontrou, poderia, ainda assim, ter avançado mais em algum aspecto? Eu fiz tudo que era possível fazer. Fui ao extremo do que era possível e penso que o resultado eleitoral confirma isso. A população entendeu o que fizemos e acima de tudo o que estamos fazendo pela cidade. Hoje temos mais de 100 obras em andamento. Quando assumi a Prefeitura, eram duas apenas. Estou muito animado. Só de saber que nos próximos

um ano ou dois no máximo vou entregar à população de Cachoeiro 2.100 unidades habitacionais me deixa feliz da vida. Saber que tudo isto está andando e que vou ter a possibilidade de concluir e entregar as chaves às famílias carentes da cidade. Dou este exemplo, mas tem muitos outros. A Câmara Municipal será ampliada e renovada. Como pretende lidar com ela? Nós temos um aumento do número de cadeiras na Câmara Municipal. Passamos de 13 para 19, mas, meu comportamento será o mesmo que tive neste mandato e que propiciou esta relação de respeito, tão importante para a cidade e em nome dela. Vários foram reeleitos, conhecem meu estilo e com eles tenho boa relação. Vou dialogar intensamente com todos os 19 buscando parceria para que possamos continuar o nosso governo com sucesso. A população vai exigir também do vereador este compromisso. Eu vou estar aqui, sempre, buscando através da minha liderança articular o processo para que os vereadores estejam juntos. A Câmara Municipal, em cada mandato, precisa estar junto para consolidar nosso trabalho em benefício da cidade. Tem o exemplo do OP, que gosto de citar sempre. Quando lancei, em 2009, na Câmara foi um alvoroço. Hoje as pessoas e os vereadores conseguiram entender o Orçamento Participativo. Existem ainda pequenas resistências, mas a maioria percebeu que aquilo que é vindo do seio da sociedade é de fato aquilo que o vereador pode intermediar. Eles podem nos dar, sim, contribuição, inclusive nesta dinâmica de fazer pelo OP a sua relação também do Executivo e do Legislativo, de cada mandato de vereador, com a sociedade, respeitando a metodologia que a gente adotou. Isso sem, evidentemente, abrir mão de receber o pleito do vereador, que é justo que ele traga da comunidade onde ele tem a maior relação.

nº3 /Outubro 2012/

/

11


ECONOMIA

Café castelense conquista mercados Produzindo grãos de qualidade e agregando valor com torra e distribuição, a “Vale do Caxixe – Torrefação e Cafés Especiais” já atende mercado carioca fez uma parceria com os produtores castelenses depois de comprovar a qualidade do produto. TORRAS ESPECIAIS “A oportunidade de colocar nosso produto à venda na cafeteria ‘Curto Café’ surgiu com a participação em eventos e cursos de especialização. Hoje enviamos o café – torrado em grãos ou moído – na torra solicitada pelo cliente. Dispomos de 18 diferentes níveis de torra”, ressalta Altoé, que conta com a parceria especiaegundo as leis de mercado, lizada do torrefador, Mario Zardo. para se alcançar sucesso “Quando o café não é muito tornum empreendimento são rado, nem tão cru, temos o ponto necessárias duas coisas: conhecido por ‘café frutado’, quando qualidade e preço. Foi com o grão está começando a abrir as esse pensamento que, há dois anos, moléculas para expandir as caracteCarlos Altoé se especializou também rísticas adocicadas que têm no café, na torrefação do café produzido na que nos permite saborear a bebida propriedade da família, radicada no sem sentir tanto seu amargor, ou Vale do Caxixe, município de Caste- seja, trata-se de um café que tem lo, desde a década de 70. muita doçura e acidez equilibrada”, Mas, o que num primeiro momento ressalta Mario Zardo. poderia parecer fácil, para se alcançar depende de muito empenho. E SISTEMA DE QUALIDADE a criatividade também faz parte do Investindo em estufas, adubação processo para se conquistar clientela e controle fito-sanitário da propriefiel. Hoje, por exemplo, é possível dade, Carlos Altoé seleciona o café saborear o “Café Vale do Caxixe”, cereja para atender seus clientes. na cafeteria expresso “Curto Café”, Para processar o grão, montou um no centro do Rio de Janeiro, que laboratório de torrefação, onde as

S

Carlos Altoé -

Vale do Caxixe

Fotos: Divulgação

amostras são catalogadas de acordo com os pedidos. “Anotamos um número de código para cada torra, que permite ao cliente pedir o sabor que deseja. O pedido chega numa planilha, via email, o grão é moído e, no mesmo dia, enviado por sedex, para que no dia seguinte possa chegar ao Rio”, explica Altoé. Carlos Altoé fala sobre as diferenças do “café bebida”: “o café bebida dura é como se você estivesse comendo uma banana que não madurou totalmente, que vai ter uma certa acidez que vai ficar pegando no paladar. Quando você toma o café cereja – bebida mole –, é como se você estivesse comendo a fruta madura, com todos seus açúcares e nutrientes. Desse modo, nossa produção nos permite ter um café bebida dura, para ser vendido como commodities; e café especial bebida mole para atender nossos clientes com um produto especial, já torrado e, por isso, com valor agregado”, finaliza o empresário da agroindústria. O “Café Vale do Caxixe” é encontrado também em lojas da agroindústria da região das Montanhas Capixabas.


Economia

Concepção de qualidade

Inaugurado em 27 de setembro no bairro Caiçaras, em Cachoeiro, complexo comercial com 600 vagas de estacionamento têm supermercado de grande porte e centro comercial e de serviços

Foto: Roberto Al Barros

Q

uando o Perim Center foi idealizado e teve suas obras iniciadas há seis anos, no bairro Caiçaras, em Cachoeiro, foi com objetivo de dotar o Sul do Estado não apenas de um supermercado com o maior número de itens do setor varejista, mas aliar esse projeto – que conta também com adega, pizzaria forno a lenha e panificadora com mais de 50 itens – a outro, também ousado: um centro comercial e de serviços. Além do supermercado com 600 vagas de estacionamento, 70% das lojas do Centro Comercial já estão funcionando, incluindo oito quiosques (telefonia, café expresso, frozen, etc), além de centro de convenções e de eventos com capacidade para 600 pessoas, praça de alimentação, restaurante, loja de eletrodomésticos, perfumaria, relojoaria, joalheria, loteria, calçados, vestuário e outros, como uma loja âncora que está em negociações com a administração e uma clínica médica prevista para funcionar num espaço de 1.200 metros quadrados com vários profissionais, incluindo exames laboratoriais e especializados como ressonância magnética. O arquiteto Henrique Barreiras, de São Paulo, concebeu o projeto e a arquiteta Maria Izabel Depes Marin, de Cachoeiro, fez o detalhamento da obra, em consonância com os critérios de mobilidade do empreendimento, que possui 58 mil metros quadrados dos quais 50 mil metros quadrados estão concluídos entre obra civil e pavimentação. Os demais 8.000 metros quadrados compreendem um terreno anexo para

o qual será ampliado o estacionamento para mais 300 vagas, já que as 600 vagas atuais em alguns momentos não comportaram o número de veículos no dia da inauguração, quando o local recebeu um público estimado de 10 mil pessoas. “Preservamos muito o planejamento do projeto, que foi todo ancorado em pesquisas, de modo que a abrangência do supermercado alcança os municípios do entorno da cidade, compreendendo cerca de 20 cidades como Castelo, Venda Nova, Conceição de Castelo, Muqui, Mimoso do Sul, Alegre, Jerônimo Monteiro, Atílio Vivacqua, Marataízes, Itapemirim, Rio Novo do Sul, Piúma, Alfredo Chaves e outros, totalizando cerca de 500 mil habitantes do pólo Cachoeiro”, explica o gerente de projetos, Aderval Casagrande. MOBILIDADE “Nosso maior desafio foi a coragem de investir em uma obra tão volumosa, cujo retorno só virá ao longo do tempo. O sistema viário de Cachoeiro, assim como de outras cidade, a mobilidade urbana, está comprometida ao extremo, por isso buscamos construir nesta região dando acesso mais facilitado para a maioria dos municípios que compõem o pólo Cachoeiro”, ressalta Casagrande. Em contrapartida, o governo do Estado já iniciou a obra de duplicação do trecho Duas Barras a Cachoeiro e, um segundo trecho também já está em andamento: duplicação da av. Jones do Santos Neves do Trevo do Aeroporto, no BNH, até o trevo do IBC, passando pelo bairro Caiçaras, onde está instalado o supermercado às margens da avenida. “Com isso procuramos trazer, para um

novo local, uma nova movimentação, tirando assim o fluxo de pessoas e veículos de áreas próximas ao centro, pois a administração do Perim entendeu, depois de pesquisas relacionadas a essa questão da mobilidade urbana, que havia essa necessidade de expansão justamente para não congestionar ainda mais a cidade. Com cinco lojas reformadas e modernizadas em Cachoeiro e Castelo, o Grupo Perim conta com o apoio de aviário e criação bovinos e suínos. O longo tempo no qual transcorreu a obra, de acordo com Casagrande, “deveu-se a uma sistemática de planejamento que contemplou também reforma e modernização de todas as lojas Perim: duas no centro de Castelo e as demais em Cachoeiro. O boom ocorreu a partir de 2007, quando a reforma do ‘Perim da Consolação’ foi concluída, e teve seu ápice com a inauguração do Perim Center em 27 de setembro deste ano, sedimentando assim o padrão de qualidade da rede. Agora nós temos a obrigação de dar manutenção a isso tudo, pois com a totalidade das lojas em funcionamento são gerados 500 empregos diretos”, finalizou o empresário.

SERVIÇO: Perim Center: Supermercado e lojas: de segunda a sábado, de 8h00 as 21h00. Praça de alimentação: de domingo a quinta até as 22h00; sexta e sábado até as 24h00.

nº3 /Outubro 2012/

/

13


GIRO CAPIXABA

Academia para idosos A primeira Academia da Terceira Idade da região do Caparaó Capixaba, localizada no Centro Assistencial Maria Giovannina Gallotti (Lar do Velhinhos do Caparaó), em Irupí-Iúna, foi inaugurada em 28 de setembro. O espaço conta com equipamentos como simulador de remo e de caminhada, alongador, esqui, multi exercitador, entre outros. O evento de inauguração marcou as comemorações ao Dia do Idoso (1º de outubro) com apresentação de música e dança de grupos da terceira idade de diversos municípios vizinhos. Com a Academia, 60 idosos do Lar iniciarão planos de exercícios periódicos, acompanhados por profissionais. O “Lar dos Velhinhos do Caparaó” oferece aos seus idosos assistência com cinco refeições diárias, medicamentos, roupas, calçados, produtos de higiene pessoal, assistência médica, odontológica, psiquiátrica e fisioterápica, como é do conhecimento deste colunista.

Escolas de Tempo Integral Duas escolas para funcionar em Tempo Integral, com verbas do Governo Federal, estão sendo construídas em Castelo – uma rural e outra urbana –, chegando assim a seis unidades no município onde as oficinas oferecidas aos alunos no contra turno inclui xadrez, esportes, formação tecnológica, formação humana, música, horticultura, higiene pessoal e etc. Na localidade de Forno Grande, a nova escola atenderá cerca de 200 alunos de comunidades de Braço do Sul, Forno Grande e outras, da pré-escola à 8ª série, inicialmente. Já no perímetro urbano, está sendo construída uma escola no bairro Santa Bárbara, entre Aracuí e Esplanada, com oito salas de pré-escola, para até 250 crianças, em tempo integral e parcial, podendo ser ampliada para atender 500 crianças.

14/

/Outubro 2012/nº3

EJA não preenche vagas

O Espírito Santo tem 28 mil jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. Em 2002 havia no estado 650 mil alfabetizados funcionais; hoje são 620 mil – queda mínima para uma década. Para o secretário de Estado da Educação, Klinger Barbosa, “esse é um quadro histórico da realidade brasileira”. Ele ressalva que hoje há no Estado 50 mil vagas para Educação de Jovens e Adultos (EJA), em todos os municípios, que não têm sido preenchidas.

Educação Infantil no campo Os municípios de Iconha, Castelo e Pancas, assim como a Ufes, enviaram representantes, a convite do MEC, para participar, em Brasília, do 2º Encontro da Educação Infantil no Campo, que ocorreu nos dias 25 e 26 de setembro. Estiveram participando do encontro, 120 educadores convidados de todo

o país. Pesquisa Nacional sobre o tema está sendo desenvolvida pelas universidades federais, em 30 municípios brasileiros, com objetivo de implementar novas políticas públicas que amplie a ainda incipiente educação pública para crianças em idade pré-escolar nas zonas rurais.

Violência nas escolas

“Brigas, sexo e tráfico de drogas em 70 escolas da Grande Vitória”, estampou em manchete o jornal “A Tribuna”, de 24 de setembro (2012). As ocorrências foram registradas em escolas públicas e particulares, retrato do levado ao extremo. Até setembro foram 150 registros que incluem ameaças de morte e alunos armados com revólver 48 ou escopeta, mas para o delegado do Deacle, Wellington Lugão, “essas ocorrências não mostram nem 50% dos crimes que acontecem nas escolas”.

Correção do solo Apesar de seu pequeno território, o ES é o segundo maior produtor de café do Brasil e o primeiro de rochas ornamentais. A relação entre essas duas importantes economias vem à tona quando o assunto é aplicação de calcário para corrigir a acidez do solo. O engenheiro agrônomo Caio Ferreira Valente, em artigo na revista SAFRA ES, revela que em apenas 3,5% dos solos foi aplicado corretivo, segundo dados de 2010, explicando que “pesquisas realizadas pela Embrapa constataram que a assimilação de nutrientes com pH=5,0 é de apenas 50% para o nitrogênio, 32% para o fósforo e 35% para o potássio, e que, elevando-se o PH do solo a 6,5, o aproveitamento passa a ser praticamente total para esses três nutrientes”.


SAÚDE

Acidentados sufocam Santa Casa Número de acidentados aumenta vertiginosamente sufocando único pronto-atendimento 24 horas especializado na região Sul

A

os finais de semana prolongados, médicos da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim são confrontados com situações extremas. Em meio ao aumento abrupto de até 300% no número de vítimas de acidentes, há ocasiões em que os profissionais decidem preservar o paciente mantendo seus sinais vitais quando fraturas expostas ou de múltiplos ferimentos se tornam menos urgentes em comparação ao risco de morte. Os traumas provocados por acidentes com motos e automóveis, que têm média de dez atendimentos aos finais de semana normais, nos feriadões chegam a 40, uma grande parcela grave. É nestes dias que o abuso do álcool, uma das principais causas das colisões, ocorre em maior dose. Se no Brasil os dados oficiais apontam para 50 mil mortos por ano no trânsito, com quase um milhão de feridos, apenas nos seis primeiros meses de 2012 as estatísticas da Santa Casa de Misericórdia apontam o atendimento de 1.510 acidentados no trânsito, dos quais 1.193 com motocicletas e 317 envolvendo automóveis. No período, 27 pessoas perderam a vida no trânsito, 20 por causa de acidentes com motocicletas. Até a década de 1980, o atendimento da maioria dos hospitais era basicamente acolher doentes cujos males eram, geralmente, conhecidos, motivo pelo qual demandavam tempo previsto de internação e tratamento,

Foto: Roberto Al Barros

De 2010 para 2011, houve um crescimento de 32% no número e acidentados no trânsito

permitindo assim a projeção de planilhas de custos. Essa realidade mudou a partir do aumento frota de automóveis e se tornou crítica com a multiplicação dos acidentes envolvendo motociclistas. “O volume de pessoas com traumas de acidentes nos hospitais hoje é um desastre. As estatísticas revelam que de 2010 para 2011, houve um crescimento de 32% no número e

Criatividade para gastar menos com carne Para suprir de demanda de carne para pacientes e também para o lar de idosos – com mais de 50 pessoas – que a Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim mantém, o hospital tem uma pequena propriedade rural, em comodato, na fazenda Monte Líbano, onde é colocado gado de engorda. Sem dinheiro para a criação, a saída foi unir criatividade e solidariedade. “Todo ano, fazemos uma campanha junto a pecuaristas, obtendo a doação de um bezerro, uma vaca, um boi, não importa o tamanho. Fazemos a

campanha num lado do município, noutro ano mudamos a rota para não sobrecarregá-los”, explica Nercedes Canal, superintendente da Santa Casa. O gado doado é recolhido e enviado para a propriedade em Monte Líbano. “Quando esse gado está chegando, já estamos nas últimas cabeças da engorda iniciada no ano anterior, de modo que anualmente repomos o plantel. Com isso, estamos gastando muito menos com açougue aos quais recorremos, eventualmente, apenas quando o boi ainda não está pronto para o abate”.

acidentados no trânsito, com cerca de 80% desse total correspondendo a ocorrências com motocicletas”, enfatiza a superintendente da Santa Casa, Nercedes Canal. Para se compreender os desafios e dificuldades vividos pelo hospital, onde funciona o único Pronto-Socorro Geral 24 horas da região - cuja população passa de meio milhão de habitantes, abrangendo cerca de 30 municípios –, é preciso observar que o foco da Santa Casa se transformou em pacientes de trauma. “Muitas vezes o acidentado chega com várias fraturas e naquele momento a prioridade é estabilizar a vida da pessoa, para depois realizar os procedimentos de raio x, gesso e cirurgias complementares. Esse é o perfil que a modernidade está trazendo para a população. Há 20 anos ou mais, tínhamos arma de fogo e arma branca em evidência. Não que tenha ocorrido diminuição desses crimes, principalmente por causa das drogas, que gera uma violência urbana terrível, mas os acidentes de trânsito aumentaram tanto que os suplantaram, em muito. No primeiro lugar vêm os acidentes de motos com mais de 70% dos atendimentos; em segundo, automóveis, com quase 20%, e só depois arma de fogo e arma branca. O hospital foi obrigado a mudar o perfil do seu atendimento, cada vez mais voltado para esses pacientes”, explica a superintendente.

nº3 /Outubro 2012/

/

15


Saúde

Aqueles que priorizam a vida merecem todo o nosso reconhecimento

16/

/Outubro 2012/nº3

Porém, a necessidade Daí se observar que com que os hospitais a administração está tiveram para se adaptar sempre na dependênrapidamente à nova cia do recurso comrealidade não foi proplementar da tabela do porcional ao repasse de SUS, que é a principal verbas do poder público verba e, em 2011, repara suprir as despesas presentou pouco mecom os novos atendinos de R$ 33 milhões. mentos. Passou então a “Apesar de já terem ocorrer uma defasagem ocorrido atrasos, atuperniciosa, ocasionada almente a Santa Casa pelo fato de os itens da de Cachoeiro tem retabela de pagamento cebido esses recurdos procedimentos mésos de forma bastandicos serem corrigidos te regular”, informa Para se compreender os desafios e pelo SUS de acordo com a superintendente, dificuldades vividos pelo hospital, as verbas que o poder acrescentando que, onde funciona o único Prontopúblico destinava aos desse modo, “o presSocorro Geral 24 horas da região, hospitais. tador do serviço, que é preciso observar que o foco da “O Ministério da Saúé o hospital, fica num Santa Casa se transformou em de, até final dos anos fogo cruzado entre a pacientes de trauma. 90, tinha linha de inTabela SUS, que é o Entre as fontes de recursos vestimentos específicos repasse do Governo destinados à Santa Casa, a verba paras os hospitais, o Federal, e negociações do Governo do Estado está entre que permitia os serviços com o governo do Estaas mais importantes, sem a qual o serem remunerados de do para melhoria desse hospital não sobreviveria. maneira adequada. A complemento, para o “O volume de pessoas com Tabela SUS remunerava hospital ir se mantentraumas de acidentes nos de forma satisfatória e do vivo e atendendo”. havia incentivos para No mês de junho hospitais hoje é um desastre. o atendimento. Entreocorreu uma moviHouve um crescimento de 32% no tanto, há mais de 10 mentação grevista dos número e acidentados no trânsito, anos a Tabela não tem médicos, “insatisfeicom cerca de 80% desse total reajuste, senão pontutos, pois estávamos correspondendo a ocorrências ais. Quantas vezes neste atrasando o pagamencom motocicletas”, período a folha de pagato. Atrasando por quê? mento subiu? E essa dePorque o que estava Nercedes Canal, fasagem é crescente. Na chegando de verbas superintendente da Santa Casa. década de 80 para 90 o não cobria. Isso não é hospital tinha também bom para a instituição, o repasse destinado ao valor da internação, porque ela fica numa mídia negativa; e deque era um complemento dado pelo próprio sagrada o próprio governante, mas sabemos governo federal. A partir do momento em que existem limitações financeiras, embora que foi cortada essa verba, sobrou para a Saúde seja dever do Estado, de acordo com alguém. E esse alguém foi a própria insti- a Constituição”, destaca a administradora. tuição”, desabafa a administradora. “A despesa da Santa Casa é alta porque Nercedes revela que recentemente houve não é possível prever o que se vai gastar reajuste para os procedimentos de cardio- com cada paciente. Quando o hospital tem logia e outros reajustes aleatórios ocorrem, cirurgias eletivas, por exemplo (varizes, mas de acordo com critérios do Ministério ginecológicas, esôfago, estômago), é possída Saúde. “Para a Santa Casa, que é um vel programar. Mas o paciente de trauma, hospital geral de média complexidade, como são 80%, é impossível prever, senão ocorreram pouquíssimos procedimentos que o tempo de internação será bem mais com reajustes neste ano”, sintetiza. longo que o convencional”, lembra a supeA sociedade, que historicamente já contri- rintendente. buía com a saúde pública através de apoio às Para Nercedes, a saída para a crise dos entidades filantrópicas, que faziam (e ainda hospitais (sobrecarregados com os atenfazem) sorteios, leilões e outros, passou a dimentos de urgência e emergência) é o arcar com o ônus das despesas adicionais, ao Governo Federal identificar os que já estão ponto de hoje se deparar com uma situação estruturados para atender a essa demanda insustentável, em nível nacional, inclusive específica de traumas físicos e investir, –, realidade à qual não se furta a Santa Casa porque o pronto-socorro é apenas a porta de Cachoeiro, assim como outros hospitais de entrada para um tratamento prolongado congêneres, como tem sido exaustivamente e caro. mostrada pela imprensa. Pesquisa realizada pela Faculdade de MeEntre as fontes de recursos destinados à dicina da Universidade de São Paulo, com Santa Casa, a verba do Governo do Estado pacientes do Hospital das Clínicas envolvenestá entre as mais importantes (como são do 84 pacientes vítimas de acidentes com todas) sem a qual o hospital não sobrevive- motos, mostrou um custo de tratamento ria. Dos R$ 54 milhões da receita de 2011, hospitalar de R$ 3 milhões. Na opinião do quase R$ 1,3 milhão vieram de subvenções ortopedista Marcelo Rosa, que acompanhou estaduais, para investimentos em estrutura a pesquisa, os acidentes de moto hoje no ou compra de equipamentos. Brasil devem ser vistos como uma epidemia.


Saúde

Com ajuda, hospital segue adiante Para a Santa Casa atender o batalhão de pacientes, precisa de toda retaguarda de pessoal, hoje mais de 700 funcionários – desde especialistas, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, corpo técnico-administrativo e pessoal de apoio -, além de a administração ficar atenta aos medicamentos, banco de sangue, exames laboratoriais, tomografia, raio x, lavanderia e outros. Para ter esse complexo funcionando ininterruptamente, o hospital tem contado também com a colaboração de empresários, agricultores, pecuaristas e entidades sociais, que participam de modo significativo, ora suprindo despesas com hortifrutigranjeiros, carne bovina ou fornecendo mármore e granito para corredores e pisos do hospital, que assim, apesar das dificuldades, se adequou às normas da vigilância sanitária passando por amplas reformas em suas instalações físicas nos últimos 10 anos. A superintendente da Santa Casa, Nercedes Canal, não fala em percentuais quando o assunto é ajuda da comunidade. Mas revela que os empresários do setor de mármore e granito têm atendido às solicitações do hospital e contribuído de forma significativa. Há cerca de dez anos, o prédio estava com sua estrutura física bastante precária. Nesses últimos 12 anos, além de serem procurados meios de dar melhor sustentação econômica

ao hospital, foram realizadas amplas reformas em suas dependências. “Hoje estamos finalizando as reformas, com todo o piso em granito, o que permite mais facilidade para assepsia. Temos um piso mais claro ali, um mais escuro acolá, dando até um mosaico. Mas temos que agradecer aos empresários do setor que nos ajudaram, permitindo que fosse realizando esse trabalho de renovação

e modernização da estrutura física do hospital”, reconhece. A cada 15 dias, a Santa Casa de Cachoeiro envia seu caminhãozinho para fazer “a rota no interior”, para recolher doações dos agricultores para a cozinha do hospital e do Asilo. “Quando fazem sua entrega na Ceasa, os agricultores já reservam o que for destinado a Santa Casa”, explica a administradora, prosseguindo, “e assim, de acordo com a Safra, é abastecida a cozinha da Santa Casa e o lar de idosos. Repolho, cenoura, tomate, batata, inhame e outros itens que dão para uma semana. São pessoas que colaboram com a Santa Casa de forma quase anônima. Depois enviamos uma carta agradecendo”, finaliza.

nº3 /Outubro 2012/

/

17


18/

/Outubro 2012/nยบ3


nยบ3 /Outubro 2012/

/

19


VISITA DE ALUNOS

do ensino médio na FDCI

No dia 17 de setembro vários alunos do Guimarães Rosa e Imediato participaram de uma palestra na Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim sobre o tema: “O Direito, a Advocacia e as Oportunidades Profissionais” proferida pelo coordenador da FDCI, Cristiano T. Modesto. Os alunos foram recepcionados pelo Diretor da Instituição, Dr. Humberto Dias Viana que falou um pouco sobre a infra-estrutura e as oportunidades que não devem ser perdidas. Logo a seguir foi passado um vídeo institucional contando a trajetória da faculdade e o serviço que oferece. Na oportunidade, o advogado Thalyson Inácio A. Rocha, que se formou em 2011 na FDCI, também contou um pouco de sua vivência com o curso de Direito e com a Instituição. Relembrou também o tempo que passou como estudante nas escolas de ensino médio e prévestibular, encorajando os jovens a persistir para vencer na vida profissional. O momento foi muito importante para orientação dos jovens que ainda não sabem qual curso vão fazer, pois, tanto o Dr. Cristiano como o Thalyson puderam responder aos questionamentos dos participantes. Alguns alunos ficaram satisfeitos com a iniciativa e declararam que vão seguir a carreira jurídica, como a Jéssica que afirmou: “vou ser juíza, sempre foi o meu sonho e vou estudar aqui, na FDCI”. Após a palestra os alunos foram convidados a conhecer alguns setores da faculdade como o Tribunal do Júri, o Laboratório de Informática, a Biblioteca e a Praça de alimentação onde puderam saborear um delicioso lanche. A visita foi encerrada com o sorteio de uma inscrição para o vestibular 2013 que saiu para o Vinícius Tassinari, da escola Imediato, o qual confirmou a vontade de estudar Direito. Os professores que acompanharam os jovens receberam um kit com materiais personalizados da FDCI. Receber esses jovens é muito gratificante, pois, proporcionar a educação e servir a comunidade local é o papel da FDCI, principalmente quando se trata de inclusão social que é um dos objetivos da FDCI quanto à sua missão.

(28) 2101-0311 | Central de Atendimento 20/

/Outubro 2012/nº3

www.fdci.br


OPINIÃO

Para onde vamos? Frequentemente, ao vermos os índices da criminalidade, analfabetismo, corrupção, estado crítico da saúde da educação pública, evasão escolar, acidentes de trânsito, salários imorais, carga tributária sem retorno adequado, impunidade e lentidão da justiça, entre dezenas de outros índices também preocupantes, nosso pensamento é de repulsa, mas também de esperança – e nos perguntamos: por quê, ainda, não temos políticas públicas efetivas que possam redundar em resultados que alterem de modo definitivo a realidade aviltante, já que o clamor da sociedade é veemente, constante e já remonta há tempo considerável? Inicialmente, pensei construir esse artigo com perguntas que se repetiriam ao longo dos parágrafos: o que é mais grave hoje no Brasil – os 40 mil mortos por arma de fogo na guerra civil não declarada ou os 50 mil mortos em acidentes de trânsito com sequelas para quase um milhão onde cerca de 80% são motociclistas? O que é mais grave – a corrupção dis-

farçada em mil artifícios, os 12 milhões de analfabetos e mais de 100 milhões de alfabetizados funcionais – a maioria não concludentes sequer da 4ª série – ou cerca de 50% de estudantes que, ao terem acesso ao funil do ensino superior, não o concluem? O que causa mais perplexidade – escolas públicas sem estruturas físicas adequadas e sem boa qualidade de ensino onde alunos (as) violentos (as) “mandam” em professores desmotivados e estressados ou dezenas de milhares de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola? E o que é mais patético – a proliferação de candidatos sem as mínimas condições de exercer um mandato eletivo ou o aluguel de legendas de partidos nanicos? E o que é mais triste e dramático – hospitais superlotados; prontos-socorros sufocados; filas para exames urgentes especializados para doentes que não podem esperar sob risco de morte ou o salário-mínimo utópico previsto pelo Dieese? E o que é mais inoperante – rodovias

sem manutenção ou pedágios que ferem o direito constitucional de ir e vir de cidadãos que já têm o bolso corroído por uma das mais altas cargas tributárias do planeta sem retorno ético? Essas indagações se tornam mais preocupantes por dois motivos: 1) pelo fato de se espelharem em realidade conhecida e 2) pelo fato histórico dessa realidade – como analisou o desembargador Pedro Valls Feu Rosa, presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), em artigo publicado aqui na MAIS ES, na edição anterior – estar inserida numa “sociedade, tradicionalmente muito lenta em corrigir distorções e reticente em discutir e alterar padrões”.

Roberto Al Barros

Jornalista, editor e escritor

nº3 /Outubro 2012/

/

21


22/

/Outubro 2012/nยบ3


nยบ3 /Outubro 2012/

/

23


Informe

100% Itapemirim Dr. Luciano e Viviane Peçanha “...Queremos a mudança e agora é a hora! Um homem do bem para governar Itapemirim...” Estas foram as palavras de muitos Itapemirinenses, quando questionados, por que votar em Dr. Luciano e Viviane Peçanha para governar o Município durante os próximo anos. BREVE HISTÓRICO Dr. Luciano, como é conhecido é filho de um casal muito amado por Itapemirim. Seu pai, o eterno prefeito, Waldir Alves, foi um dos grandes homens, que contribuiu para o desenvolvimento do Município. Hoje, se ainda estivesse presente em nosso meio, com certeza estaria muito orgulhoso, ao lado de sua esposa, Maria do Carmo de Paiva Alves, que de perto acompanha a trajetória de seu filho, Luciano de Paiva Alves. Nascido em 02 de setembro de 1958, em Itapemirim, o atual médico especialista em pediatria e alergologia, é dono de uma extrema simplicidade e mansidão. Suas palavras, sempre pensadas e acertadas demonstram o quanto procura ser correto em suas ações e escolhas. Com 22 anos de atendimento a população de Itapemirim como servidor público efetivo, Dr. Luciano hoje, luta para conquistar a Prefeitura e atender ainda mais o Município. “Nunca perguntei o que Itapemirim poderia fazer por mim. Sempre me perguntei: O que eu posso fazer pelo meu Itapemirim?” Luciano de Paiva. VICE Determinação! Esta é a palavra que resume Viviane Rocha Peçanha. Filha de Danilo Peçanha e Maria José Rocha Peçanha, a professora Viviane, nasceu dia 07 de outubro de 1974. Há 18 anos se dedica a educação, e há 10 trabalha pelo município de Itapemirim. Como diretora escolar permaneceu mais de sete anos, onde pôde desenvolver seu trabalho e conhecer ainda mais a realidade da educação em Itapemirim. Atualmente, ao lado de Dr. Luciano, vem realizando sua campanha baseada na esperança de mudar o Município. Fazer da educação um orgulho dos itapemirinenses. PRINCIPAIS AÇÕES Nos últimos anos Itapemirim avançou no caminho do desenvolvimento, e nós, com responsabilidade e compromisso, vamos dar continuidade ao que deu certo, consertar o que não deu e promover o novo. Sem desperdício da verba pública, iremos analisar todos os projetos e com planejamento, executá-los de acordo com a necessidade e prioridade. Com métodos de envolvimento cidadão, faremos de nosso governo, um exemplo de excelência. Sem importação de mãos de obra, qualificaremos nossos munícipes com projetos em parceria com o sistema “S” (Sesi, Senai, Senac, Senat) para formação de cursos técnicos e profissionalizantes. O Orçamento Participativo permitirá a cada cidadão opinar e escolher o que deve ser feito em sua região. OPINIÕES PÚBLICAS “É de pessoas assim, que Itapemirim estava precisando. Pessoas que trazem estampado no rosto um sorriso simples e no coração uma vontade enorme de fazer o melhor por todos nós!”. Vanessa De Carvalho Santiago “Dr. Luciano é saúde, e isso que interessa!” GeneciMendez “Não vamos votar em quem ajuda com dinheiro, vamos votar em quem trabalha para a comunidade. Queremos projetos para apresentar as famílias, por isso nosso apoio é a Dr. Luciano!” Nanci Miranda. AGRADECIMENTOS “Quero agradecer primeiro a Deus, a toda minha família e claro, a todo Itapemirim, que acreditou em nossas propostas e nos confiou o governo de um Município muito amado. Todos pediram por mudança, e agora todos nós vamos administrar Itapemirim juntos.”

24/

/Outubro 2012/nº3


Informe

Marquinhos: De mãos dadas com o povo de Anchieta-ES Decidimos que já era a hora de fazermos mais por nossa cidade. “... nos acostumamos a falar em nossa campanha, eu e Zé Carlos seremos juntos dois prefeitos e dois vice-prefeitos...” Depois de ter sido eleito vereador por três vezes em Anchieta, decidimos que já era a hora de fazermos mais por nossa cidade. Ao longo desses três mandatos, pude observar bem de perto as lutas de nosso povo e me coloquei sempre ao lado dos mais necessitados, seja como vereador, como advogado ou como contador. Nossa candidatura surgiu do clamor popular por mais justiça social em Anchieta. Foi ouvindo as pessoas que decidimos colocar o nosso nome à disposição da prefeitura. E foi também ouvindo o povo que chegamos a um consenso sobre o nome de nosso vice. Dr. Zé Carlos, médico querido e respeitado, que atua em Anchieta há 33 anos. E como nos acostumamos a falar em nossa campanha, eu e Zé Carlos seremos juntos dois prefeitos e dois vice-prefeitos. Mas falando de nossa campanha, eu gostaria de enaltecer o comportamento de nossos militantes. O povo tomou as ruas de maneira voluntária e ordeira em nossas caminhadas, manifestando o verdadeiro clamor pela liberdade. A nossa caminhada foi muito dura por estarmos lutando contra um grupo que queria se perpetuar no poder em nossa cidade, esquecendo que a verdadeira democracia, para se consolidar, precisa de alternância no poder. Mas graças a Deus e ao povo de Anchieta, nós conseguimos essa bela vitória que ao meu modo de ver é a vitória de Anchieta sobre um “time” que chegou ao poder e pensou que iria se manter invicto. Mas como todos nós pudemos observar não foi isso que aconteceu. Por isso, eu gostaria de parabenizar o povo de Anchieta por essa vitória. E é para esse povo que nós vamos governar, a partir do dia 1º de janeiro. Um grande abraço e fiquem com Deus!

nº3 /Outubro 2012/

/

25


Informe

Coligação “Juntos por Iconha”

agradece os votos recebidos

Democracia e cidadania são temas de notória importância para a sociedade. E, no último dia 7 de outubro, a população Iconhense foi às urnas expressar seus anseio

D

emocracia e cidadania são temas de notória importância para a sociedade. E, no último dia 7 de outubro, a população Iconhense foi às urnas expressar seus anseios, escolhendo o Prefeito João Paganini e o Vice-Prefeito José Alberto Valiati, para representarem o Poder Executivo no Município de Iconha, nos próximos 4 anos. Nós, da Coligação “Juntos por Iconha”, agradecemos primeiramente a Deus que nos amparou em toda a campanha política, nos dando forças para seguirmos em frente, lutando por nossos ideais. Agradecemos ao Povo Iconhense, as pessoas que nos receberam em suas casas, conhecendo nosso Plano de Governo. Queremos agradecer a cada voto recebido, aos abraços e manifestações de carinho e respeito, e, aos votos que nos foram confiados. Agradecemos, também, a todos os Candidatos da nossa Coligação que nos acompanharam nessa empreitada, e mais uma vez nosso Município escolheu nossos Candidatos a Vereadores fazendo maioria na Câmara Municipal. Não poderíamos ter tido um resultado satisfatório sem apoio da nossa Militância, que foi de suma importância em toda a programação desenvolvida em nossa Campanha, fazendo a diferença, agregando alegria e respeito à Campanha Política. Mostramo-nos gratos a toda a Sociedade Organizada e demais seguimentos que nos incentivaram. Da mesma forma, expressamos nosso respeito e admiração aos nossos apoiadores e amigos virtuais, que visitaram nosso site, compartilharam e curtiram no facebook os grandes momentos da Campanha nos últimos meses. Nossos agradecimentos às nossas famílias que compartilharam conosco das alegrias e dificuldades, sendo amigas, companheiras e solidárias, compreendendo as não raras vezes que estávamos tão envolvidos com a Campanha e que não permanecíamos presentes em casa, o quanto deveríamos. “Nossas Famílias” foram nossos esteios. João Paganini e José Alberto Valiati destacam a importantíssima participação de Dercelino Mongim, com sua experiência e competência, junto aos dois nesta Campanha. João Paganini, Prefeito eleito, destaca o momento importante da vitória, e afirma como fez em toda a sua Campanha apresentada no Plano de Governo, que a experiência que adquiriu como Vice-Prefeito nos últimos quatro anos, muito vai contribuir para administrar o Município de Iconha e diz, ainda: “Vou dar continuidade aos projetos e programas que estão funcionando. Vou me dedicar com toda energia à Cidade de Iconha na condição de Prefeito de todo o Município”.

26/

/Outubro 2012/nº3


nยบ3 /Outubro 2012/

/

27


Dilvugação

Elyan Peçanha

O garotão Davi Lessa Carlette, filho do casal Dra. Fabíola – Luciano Martins Carlette tornou-se o mais jovem “Companheiro Paul Harris” do Rotary Clube Cachoeiro, recebendo certificado comemorativo e distintivo de lapela, isto graças à contribuição de US$ 1000 de seu avô o empresário e rotariano Joaquim Antonio Carlette ao Fundo Anual para Programas daquele clube de serviços internacional. Dilvugação

Elyan Peçanha

O último grande acontecimento social na corte da Princesa do Sul foi realizado no “new” Belas Artes, no Perim Center: foi a festa dos 75 anos de fundação do Rotary Clube Cachoeiro que, entre outros associados, homenageou seu mais antigo integrante, o Diomédis José Secchin (admitido em 16.09.1953) que, , no flagrante aparece ao lado do atual Presidente do RC, Igor Tomé.

As Lojas Maçônicas do sul capixaba se unem e realizam no dia 30 de novembro, no Buffet Bom Gosto, a sua tradicional festa “Baile do Preto & Branco” que já vai para sua sexta edição. Desta feita a atração será a renomada Banda “Badallados” e os convites para casal (jantar completo) será de R$ 150 reais.

28/

/Outubro 2012/nº3

Enviamos nosso fraterno abraço ao Dr. Abelzinho Sant´Anna, recém eleito Vice Prefeito de Cachoeiro, que neste mês está comemorando também os 15 anos de atividades (Dia da Criança – 12/10) do seu vitorioso “Projeto Criança Basiléia”, sua escolinha de futebol do qual é fundador e dirigente. La Festa / ELyan Peçanha

O Lions Clube CACHOEIRO “Frade e a Freira” está celebrando seus 34 anos de fundação e para este Ano Leonístico 2012/2013 aquele clube de serviços, um dos núcleos da maior ONG do mundo em nossa cidade, passou a ser comandado pelo Casal Presidente Cal Zeila Aparecida – CL Adevalter Estêvão Pereira


Teatro Municipal/ELYAN

Magazine Álbum de Família

O Menino e o Papa – Capim” nova obra do poeta e escritor acadêmico Estelemar Martins, foi premiada em primeiro lugar pela Secretaria de Estado da Cultura: receberá prêmio em dinheiro, além da publicação do livro por conta - Trata-se de um fino e tênue lote poético amarrado, em perfeita elaboração métrica, do princípio ao fim e, intelectuais que já tiveram acesso às primeiras cópias, como Fernando Gomes e Evandro Moreira, taxaram a obra de “uma rapsódia brasiliana”

Sempre que tem uma folga em sua atribulada agenda o empresário Camilo Cola Filho deixa a capital do estado com a esposa Flávia e os filhos Zahyra e Vicenzo e ruma para sua bela vivenda de Serrambi, no litoral de Pernambuco, como foi o caso do feriado prolongado de 12 de outubro. Facebook

Elyan Peçanha

Elyan Peçanha

Ai está o atual Governador do Lions Clube Internacional do Distrito LC-11 que integra os três clubes cachoeirenses, CL Francisco Roberto Moreira, o Robertão (E), de Campos dos Goytacazes – RJ, ladeado pelo seu I Vice Governador (assumirá em junho de 2013), o cachoeirense CL Deocleciano Andrade Filho, este associado do Lions Clube “Frade e a Freira”.

Parece que foi ontem que o cronista social Maurício Gonçalves Mignone iniciava a sua revista MIRANTE, mas o tempo passou e sua vitoriosa publicação já vai celebrar seu Jubileu de Ouro de initerrupta circulação mensal, neste dia 26 de outubro, no Restaurante Bistrô.

As apresentadoras do programa televisivo “Entre Elas” (TV Sim Brasil), Marilene Depes e Regina Monteiro, no registro ladeando Regina Grafanassi e a filha Dra. Maria Amélia, estão recebendo justa homenagem do Clube de Serestas “Elvécio Pinheiro”, tradicional casa de shows da família do saudoso guitarrista.

www.galpaomoveis.com.br

nº3 /Outubro 2012/

/

29


Magazine Divulgação

O Caçadores Carnavalescos Clube (CCC) realiza dia 9 de novembro em sua sede da Costa Pereira, a” II Noite do Boteco” trazendo como principal atração o renomado Ronaldinho do Cavaquinho que encantou a todos quando de sua primeira apresentação em Cachoeiro, no Bom Gosto. No programa musical também a cantora Duda Felippe e a dupla Beth Martins & Claudio Guimarães. Buffet do Bom Gosto

Uma fortíssima entidade de classe é a ANAVIDROS ES que congrega as vidraçarias de todo estado e que é presidida pelo cachoeirense, nosso companheiro - leão CL Ricardo Sardenberg Parajara (CaL Eliane) que promove dia 10 de novembro, no Jaraguá Tênis Clube, a sua big festa anual, sempre trazendo uma atração nacional de surpresa.

Elyan Peçanha

Valéria Jordão

Elyan Peçanha

Divulgação

Outra atração de realce que estará em nossa cidade este mês é a famosa Orquestra Casino de Sevilla (esteve aqui há cerca de 20 anos no A. C. Ita): ela estará se apresentando no palco Buffet Bom Gosto na noite de 26 do corrente.

30/

/Outubro 2012/nº3

O ano de 2012 foi marcado por uma promoção que congregou, mensalmente, a nata do empresariado cachoeirense: foi o chamado “Almoço dos Empresários”, iniciativa dos publicitários Marcos Jacob (E) e Juarez Marquetti (D), na foto ladeando o empresário Wanderson Fricks Santos, sócio proprietário do Buffet Bom Gosto, onde foram realizados todos aqueles eventos

Este ano, o nosso confrade o jornal ES-FATO esteve em destaque junto a Academia Cachoeirense de Letras (ACL) quando o nosso diretor Wagner Santos, a jornalista Regina Celi Monteiro e este repórter receberam daquela entidade o título de Sócio Benemérito, em sessão solene realizada nos salões do CIAC “Raymundo Andrade”


Biblioteca Centenária O

rico acervo histórico que hoje compõe a biblioteca centenária da Loja Maçônica “Fraternidade e Luz” começou a ser formado em 1883, quando maçons de Cachoeiro, antes mesmo de criarem oficialmente a primeira Loja Maçônica da cidade, fundaram o “Grêmio Bibliothecário Cachoeirense”, a primeira biblioteca do Sul do ES, funcionando já na rua 25 de Março, e que mudou-se para o prédio atual com a construção e inauguração da sede própria da Loja, em 1908, hoje um dos cartões postais de Cachoeiro. Dário Lumberto Viana, que há 20 anos é responsável por cuidar do acervo histórico da biblioteca, é quem faz as honras da casa. Com detalhadas explicações, o bibliotecário dá a impressão de voltar no tempo, ao contato com obras do século XIX. São livros em vários idiomas (principalmente português e francês) e coletâneas de jornais hoje reconhecidos como marcos da imprensa cachoeirense e do Espírito Santo. “Temos aqui o Jornal ‘O Cachoeirano’, de 18 de novembro de 1889” – destaca Dário Lumberto enquanto abre um grande volume encadernado, cujo editor foi Bernardo Horta, figura exponencial na história de Cachoeiro. Esta edição traz a notícia da Proclamação da República e o Decreto que a proclamou. Ou seja, o exemplar circulou apenas três dias após a o Brasil deixar de ser Imperial. “Esse material histórico hoje está sendo digitalizado no Centro Universitário São Camilo”, revela o estudioso. São mais de 300 obras raras, muitas já

passando por recuperação após levantamento efetuado pela Biblioteca que, além de setores específicos em salas da Loja, tem um setor que funciona no primeiro pavimento, em conjunto com a Biblioteca da Escola de Ensino Médio Guimarães Rosa. No segundo pavimento, já em processo de restauração, figuram obras de diversos matizes, quase todas centenárias, dentre as quais chama atenção uma Bíblia, de 1885, impressa em Língua Portuguesa, em Nova York (EUA), pela Sociedade Americana da Bíblia. Para o advogado, escritor e divulgador cultural Higner Mansur, o que está sendo realizado na biblioteca centenária da Loja Fraternidade e Luz é um trabalho que não

Cultura A Loja Maçônica “Fraternidade e Luz” – acervo do século XIX passa por restauração. “São mais de 300 obras raras, muitas já passando por recuperação após levantamento efetuado pela Biblioteca”. também com literatura em língua portuguesa e francesa, romances e poesia, legislação, coletâneas de leis e os livros maçônicos específicos para estudo. Há 42 anos – ou seja, em 1970 – foi feito um levantamento completo do acervo. Com isso a biblioteca conta com um índice, em ordem alfabética, dos livros, com o nome das obras de cada autor, datilografado com cópia carbono, na qual se passou uma “gelatina” específica para conservação. Entre outros autores, cerca de 40 volumes de Humberto Campos e volumes de “A Comédia Humana”, de Honoré de Balzac se destacam. São muitos volumes manuscritos, em for-

Dário Lumberto Viana há 20 anos é responsável por cuidar do acervo histórico da biblioteca

aparece, “no entanto, é de suma importância para a sociedade, porque ali está sendo preservada parte da história. Importância esta que só será reconhecida quando a ela precisarem recorrer. E, mais importante, porque se trata de preservação permanente, feito por uma sociedade que passa seu acervo para diretorias e sucessores”, analisa. Promovendo a Cultura e a Educação, além de fundarem a primeira biblioteca, em 1883, os maçons cachoeirenses foram também responsáveis pelo “auto do assentamento da primeira pedra para construção do edifício para as escolas primárias da Villa de Cachoeiro”. O primeiro ministério da República, como lembra Dário Lumberto Viana, era composto por maçons, e inclusive era maçom o primeiro presidente Jornal “O Cachoeirano”, de 05 de janeiro de 1903 – fundado da Repúem 1878 – tendo por Redactorblica, DeChefe, Bernardo Horta odoro da Fonseca. Mas não apenas livros de histórica e jornais antigos compõem o acervo, que conta

mato até 40 x 60 cm, nos quais o pesquisador pode encontrar detalhes de como era a vida no final do século XIX em Cachoeiro. Um volume traz em registro das correspondências que o “Grêmio Bibliothecário” enviava aos seus associados, uma espécie de Livro de Protocolo, mas com a transcrição de cada mensagem remetida, que retornava com a assinatura do destinatário. O centenário de nascimento do mais lembrado intelectual do final do século XIX início do século XX, o também maçom Ruy Barbosa, foi motivo de edição especial da “Gazeta Judiciária” do Rio de Janeiro, de 09 de janeiro de 1949, comemorativa. Este exemplar, de número 333, publicado no 22º ano de circulação da “Gazeta Judiciária” está entre os muito bem conservados. Compondo o acervo manuscrito, estão os livros de atas das reuniões semanais, que compõem os 114 anos de história da Loja, completados em 06 de setembro de 2012.

nº3 /Outubro 2012/

/

31


Literatura

Livro do mês

Juntos somos mais fortes Nos orgulhamos por termos feito parte da luta pela recuperação da Santa Casa de Cachoeiro

32/

/Outubro 2012/nº3

A

loucura tem sido tema recorrente na literatura universal. Entre os clássicos, encontramos “Cartas a Théo”, correspondência entre o gênio da pintura Vincent van Gogh e seu irmão Théo. Erasmo de Roterdã, em “Elogio da Loucura”, traçou um paralelo significativo utilizando-se da filosofia e do romance, clássico obrigatório em toda biblioteca contemporânea. Em seu mais novo livro, o festejado autor cachoeirense, Evandro Moreira, “sem ser Psiquiatra ou Psicoterapeuta, descreveu perfeitamente a psique de cada personagem, sua alma, suas emoções, ambições, crenças e esperanças – e mostrou-se, além de sociólogo, psicólogo, talvez pela experiência como professor, advogado ou mesmo jornalista”, como relata a Psicóloga e bacharel em Teologia, Ângela Bravo Espinosa

Huguenin Légora no prefácio da obra, acrescentando: “no texto, alternam-se momentos de poesia com a crua realidade da miséria em família de um menino-pedinte, de um pai alcoólatra covarde e irresponsável, como tanto existe hoje; a irresponsabilidade ou o desvio de pessoas mal-amadas ou pervertidas”. Este livro de Evandro Moreira é um alerta às autoridades acerca do importante papel que assistentes sociais e psicólogas podem desempenhar na sociedade, a partir das escolas, orientando e assistindo, e também descobrindo casos onde crianças são pervertidas por adultos psicopatas e/ou doentes.

SERVIÇO: Psiquê A loucura de cada um ou os pecados de Vila Tristeza (romance) Editora Cachoeiro Cult, 2012 Nas livrarias, por R$ 20,00 Pedidos ao autor: por email: poetaevandro@hotmail.com Pedidos por tel. (28) 9881-4360


Fotos: Regiane Prado

ENSAIO

Mirante

Cachoeiro de Itapemirim vista do Mirante de Vargem Alta

Inscrições até o dia 05 pelo site ou até o dia 07/12 na secretaria da instituição.

www.saocamilo-es.br (28) 3526-5911

BACHARELADO - ADMINISTRAÇÃO - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - DIREITO - EDUCAÇÃO FÍSICA - ENFERMAGEM - ENGENHARIA CIVIL

- FARMÁCIA - FISIOTERAPIA - NUTRIÇÃO - PSICOLOGIA - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

LICENCIATURA - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - EDUCAÇÃO FÍSICA - HISTÓRIA - LETRAS/INGLÊS - LETRAS/LÍNGUA PORTUGUESA - MATEMÁTICA - PEDAGOGIA - QUÍMICA

TECNÓLOGO - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS - PETRÓLEO E GÁS

Nossa missão é cuidar da vida

nº3 /Outubro 2012/

/

33


Divulgados os Vencedores da 2ª Edição do Foz do Brasil Estimula a Pesquisa Projetos vencedores foram anunciados pela Foz em setembro Fotos: Wallace Hull

O

s vencedores da 2ª edição do Prêmio Foz do Brasil Estimula a Pesquisa, realizado pela Foz em Cachoeiro de Itapemirim (ES), são de estudantes do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Alegre (ES), e do Centro Universitário São Camilo de Cachoeiro de Itapemirim. O anúncio foi feito no último dia 18 de setembro, em cerimônia realizada no Maison Belas Artes, também em Cachoeiro, para entrega dos prêmios. O evento reuniu os autores de todos os proje-

34/

/Outubro 2012/nº3

tos finalistas selecionados por uma banca avaliadora e representantes das instituições de ensino parceiras do projeto Foz do Brasil Estimula a Pesquisa. O Projeto “Influência da Ação Antrópica na Qualidade da Água dos Afluentes do Rio Itapemirim: Amarelo, Aeroporto e Monte Cristo no Município de Cachoeiro Itapemirim (ES)”, de dois alunos da São Camilo, apontou que o lançamento de lixo nos mananciais provoca impacto negativo sobre os córregos da cidade e sugeriu que seja intensificado o processo de monitoramento das margens destes afluentes para minimizar esse impacto ambiental. Já o “Construção e Instalação de um Viveiro Florestal de Mudas Nativas na Fazenda Esperança São Francisco de Assis, em Alegre”, de uma aluna da Ufes, visa justamente criar um viveiro nessa unidade de recuperação de dependentes químicos, pois prevê o reflorestamento no local, que poderá ser feito com a produção de mudas medicinais, paisagísticas e frutíferas. O viveiro trará uma alternativa de renda para a fazenda e suas moradoras. “Com o prêmio da Foz, vamos desenvolver mais projetos. Esse tipo de estímulo é muito importante para os estudantes. Nós crescemos muito profissionalmente e acade-

micamente, e a área da pesquisa acadêmica é cada vez mais importante para nossa área”, afirmou o universitário Lúcio Bárbara Canas, cujo projeto desenvolvido em parceria com Ailton Vinicius Cordeiro da Silva – alunos do Centro Universitário São Camilo – foi vencedor na categoria “Saneamento (água e esgoto) e Saúde”. Já a estudante da Ufes Thamara Lins Bravo, cujo projeto foi vencedor na categoria “Sustentabilidade”, vai aplicar o prêmio de R$ 5.000,00 para ampliar a atuação do que apresentou. “Esse incentivo da Foz é muito importante, e eu estou muito feliz”, afirmou.


nยบ3 /Outubro 2012/

/

35


36/

Sul Capixaba /Outubro 2012/nยบ3


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.