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marca seu estilo

ARQUITETURA | CONSTRUÇÃO | DECORAÇÃO | DESIGN | ARTE | EVENTOS | ESTILO DE VIDA

ano VII nº 13 exclusiva 2014/15

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Ă­ndice 18 Museu de Ar te do Rio - MA R

37 Exclusivo Anderson Nobre Arquitetura

52 Principal - Casa Inteligente

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hi. da Escrita, Luciana Bosc 16 Personalidade Através

24 Arte Kinética - Carlos Marcatti 30 Trans for

mando na turalm

ente - a rquitet

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Bruver

48 Sob medida - arquiteta Daniela Gama Murtha

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diretor geral assessoria jurídica

Renato Carlos Caetano Kelmdias Advogados www.kelmdias.adv.br

Colaboradores desta edição jornalismo fotografia projeto gráfico

Sarah Nery Wagner Ferreira Marca Comunicação

papel capa miolo departamento comercial

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revista marca design ISSN 2316-1183

nossa capa Arquitetura Anderson Nobre, Foto Wagner Ferreira

A revista Marca Design, nao se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e artigos assinados. As pessoas que não constam do expediente não tem autorização para falar em nome da revista Marca Design, seu estilo. Ou retirar qualquer tipo de material se não tiverem em seu poder autorização por escrito em carta personqalizada e assinada do diretor geral desta publicação. A revista Marca Design, é uma publicação da Marca Comunicação Ltda.

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LIVROS

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1 A PSICOLOGIA DAS CORES: COMO AS CORES AFETAM A EMOÇAO E A RAZAO. AUTOR:

Eva Heller, 311 páginas. Edição: 1ª, 2012. O livro dispõe de conceitos do design e da comunicação para apresentar mudanças de paradigmas em como vivemos os ambientes que nos cercam e as novas relações que nascem deles. Assim, ao se aprofundar nas lojas conceito, a obra estuda como estes novos espaços de interação e experimentação configuram por fim novas e significativas experiências de compra. Além de trazer conceitos e reflexões sobre o tema, a obra relata uma série de casos bem sucedidos, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. Foi pensada para profissionais de design, arquitetura, marketing, comunicação, negócios e vendas e também para professores, estudantes e interessados. Faz importantes cruzamentos entre design, branding e as artes.

A PERSONALIDADE ATRAVÉS DA ESCRITA. Autor: Luciana

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ESPAÇOS INTERATIVOS: O DESIGN DE EXPERIENCIA EM MARCAS E CONCEPT STORES. AUTOR: Leticia Genesini,

PROJETO VERAO PARA A VIDA TODA. AUTOR: Carol Morais, 172

144 páginas. Edição nº 1, 2014. O livro apresenta uma leitura das concept stores (lojas conceito), que grandes corporações têm usado para compor a ambientação de seus espaços. Muito já foi feito na pesquisa artística sobre como desenvolver novas linguagens para tornar ambientes mais agradáveis e cativantes, onde as pessoas se sintam bem e estimuladas a consumir mais. Agora, entretanto, grandes marcas estão buscando novas alternativas, trazendo designers, arquitetos e artistas para construir instalações, campanhas e pontos de venda que possam associar a identidade de marca a espaços fascinantes. Um livro destinado aos profissionais, pesquisadores e estudantes da área de Design, riquíssimo em informações, com imagens e fotos de qualidade, totalmente em cores, formato diferenciado que o faz criativo por si só.

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páginas. Edição: 1ª, 2014. Fotos Sergio Pagano. Sucesso absoluto no Instagram, a nutricionista Carol Morais reúne em livro orientações que inspiram diariamente milhares de pessoas a abolirem dietas radicais, adotarem a alimentação saudável e, principalmente, se reconciliarem com o próprio corpo dando adeus a neuroses estéticas. É o tradicional “projeto verão”. Mas até quando as pessoas vão pautar a saúde e o bem estar em função do curto período de uma estação do ano?! PROJETO VERÃO PARA A VIDA TODA (Memória Visual) traz imagens assinadas pelo fotógrafo Sergio Pagano e tem como objetivo oferecer um contraponto a promessas rápidas e desastrosas de emagrecimento. Através de dicas de saúde e receitas, a obra tem como missão ajudar as pessoas a adotarem sem sacrifícios uma vida saudável.

Boschi, 140 páginas. Editora E-papers. A grafologia é a análise da personalidade e do caráter observada na escrita. Neste sentido, seu campo de aplicação torna-se infinito, pois tudo que envolve o comportamento humano pode ser subsidiado por ela. Um arquiteto, ao elaborar um projeto de decoração, pode recorrer à grafologia como ferramenta de diagnóstico para ter mais informações sobre seu cliente e, assim, traçar o ambiente em harmonia com a personalidade da pessoa. Um médico também pode ter uma análise clínica facilitada pela grafologia quando, ao avaliar a escrita de um paciente, identifica degenerações gráficas motivadas por doença ou disfunção orgânica (Grafopatologia). Neste sentido, as pessoas, de uma maneira geral, também podem buscar se conhecer mais pela escrita (laudo individual para o autoconhecimento) e até identificar que profissão seguir ao observar na redação suas habilidades e competências. Luciana Boschi. Skype: luciana.boschi


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GALPÃO DO ENGENHO Av. Irene Lopes Sodré nº4045, Engenho do Mato/ Itaipú, Niterói - RJ 55 21 2609.2020 99107.4401 | 98526.1971 galpaodoengenho@hotmail.com | Facebook: Galpão do Engenho http://galpaodoengenho.wix.com/galpaodoengenho


CULTURAL MUSEU DE ARTE DO RIO - MAR


Museu de Arte do Rio - MAR


1.Museu de Arte do Rio. 2.Palacete Dom João VI, tombado e eclético. 3.Museu de Arte do Rio. 4.Edifício de estilo modernista. É o espaço da Escola do Olhar, um ambiente para produção e provocação de experiências, coletivas e pessoais, com foco principal na formação de educadores da rede pública de ensino.

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Inaugurado em 1º de março de 2013, dia do aniversário da capital carioca, o Museu de Arte do Rio – MAR é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Instalado na Praça Mauá, ocupa dois prédios vizinhos: um mais antigo, tombado e de estilo eclético, que abriga o pavilhão de exposições; outro mais novo, de estilo modernista, onde funciona a Escola do Olhar. O projeto arquitetônico do escritório Jacobsen Arquitetura une as duas construções com uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda – marca registrada do Museu –, e uma rampa coberta, por onde os visitantes chegam aos espaços expositivos.

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MAR tem aproximadamente 15 mil metros quadrados e possui oito grandes salas de exposições – com cerca de 300 metros quadrados de espaço expositivo cada uma –, área educativa, auditório, biblioteca (em implantação), restaurante-mirante, café, loja, áreas administrativas e de reserva técnica. O Museu abriga exposições temporárias que realizam uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, desafios e expectativas, além de constituir seu próprio acervo – em processo de formação por meio de aquisições e doações. Segundo o diretor cultural do MAR, Paulo Herkenhoff, a coleção do Museu é composta por núcleos significativos, que se formam à medida que são reunidas peças ou documentos relativos a um mesmo tema. Atualmente, os núcleos são divididos em “Rio de Janeiro”, “Cultura afro-brasileira”, “Memória da Escravidão”, “Abstração geométrica”, “Artes decorativas” e “Livro-de-artista”. “Doar para o MAR é doar para a Educação. Isso comove a generosidade das pessoas. O MAR já é um museu com intensa participação da sociedade civil em suas políticas curatoriais e educacionais, na formação do acervo. Cada doador estabelece um contorno especial ao Museu e celebramos isso. Alguns já estão ampliando suas doações, como resposta entusiasmada ao que estão vendo nascer”, conta Herkenhoff. O MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais – sob a forma

de exposições, catálogos, programas em multimeios e educacionais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o Museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição. Por meio da Escola do Olhar, o MAR atua de maneira integrada, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, na formação continuada dos professores das escolas da Prefeitura do Rio e no acolhimento de seus alunos. A meta estabelecida para o Museu em sua inauguração era receber 200 mil visitantes por ano. O objetivo foi alcançado em apenas quatro meses de funcionamento da instituição. Educativo MAR Com um programa de Arte e Educação elaborado para transformar cada visitante em “sujeito do olhar”, o MAR pensa criticamente a cidade do Rio de Janeiro e, partindo dela, alcançará questões que perpassam o Brasil e o mundo. É também um espaço para investigar a cultura visual e a educação em meio às dinâmicas da vida contemporânea. O MAR nasceu com a missão de unir museu e escola, inscrevendo a arte na esfera pública. Por meio da Escola do Olhar, o MAR se lança em uma proposta inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência no Brasil e no exterior, usando como base a concepção curatorial que norteia sua agenda MARCA DESIGN, seu estilo

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CULTURAL MUSEU DE ARTE DO RIO - MAR


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de exposições. Esse programa tem como objetivo implementar, desenvolver e sistematizar ações educativas que tenham como premissa a arte em relação à cidade, à comunidade local e ao público diversificado da instituição. “A educação é um determinante da própria existência do MAR. E isso fica muito claro quando nos deparamos com a sua estrutura física. Ao olharmos a dimensão da arquitetura do Museu, vemos o pavilhão de exposições e a Escola do Olhar totalmente conectados. Esses espaços se comunicam e se contaminam”, afirma Janaina Melo, gerente de educação do MAR. Além de programas e metodologias voltadas a esses públicos, a Escola do Olhar desenvolverá: programas para jovens artistas, de longa duração; um programa de formação curatorial, de longa duração. Já em desenvolvimento: parcerias e cooperações com universidades do Rio de Janeiro, com a intenção de abrigar e apoiar pesquisas, seminários e publicações; ações curatoriais e educativas com o entorno do museu; e um programa de recepção e interlocução voltado para o público em geral. A Escola do Olhar possuirá, ainda, uma biblioteca, especializada em artes virtuais e em temáticas relacionadas à cidade do Rio de Janeiro. Seu acervo será composto por livros, periódicos e catálogos de exposições. O espaço abrigará também um centro de referência e documentação, onde estarão acessíveis conteúdos sobre o MAR: detalhes sobre os cursos e a programação cultural, material de apoio para professores e consulta ao banco de dados. Sustentabilidade O MAR é primeiro museu brasileiro em funciona-

mento a obter a certificação LEED - Leadership in Energy and Environmental Design (Liderança em Energia e Projeto Ambiental, em português), selo de construção sustentável criado pelo World Green Building Council (USGBC) e chancelado pelo Green Building Council Brasil (GBCB), graças às metas alcançadas no projeto e na execução da obra. Atualmente, no mundo, 31 museus conquistaram esse reconhecimento. O complexo conta com reuso de águas pluviais nas descargas de vasos sanitários e para irrigação das áreas com paisagismo (reduzindo em 40% o consumo de água), coleta seletiva do lixo, utilização de lâmpadas econômicas, adoção de sensores de luminosidade e emprego de materiais com conteúdo reciclado (como o piso de resina da Escola do Olhar) e de madeira certificada. Além disso, há o incentivo ao transporte alternativo, por meio de um bicicletário com 54 vagas. A redução do efeito de ilha de calor, um dos diferenciais do projeto, esta presente na cobertura clara, que absorve menos calor, e no revestimento do prédio da Escola, com vidros do tipo C-Glass que aumentam a eficiência energética e o conforto térmico do espaço, assim como potencializam a iluminação natural. Serviço do MAR - Horário de visitação, Das 10h às 17h. Aberto aos sábados, domingos e feriados Fechado às segundas-feiras. Ingressos: R$ 8 / R$ 4 (meia-entrada). Meia-entrada: estudantes de escolas particulares (Ensino Fundamental e Médio) e universitários. Gratuito às terças-feiras para o público em geral. Informações: 21 2203.1235, Praça Mauá, nº 5, Centro | www.museudeartedorio.org.br

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ARTE, CIÊNCIA e TECNOLOGIA CARLOS MARCATTI RUMOS VIAGEM À BAVIERA

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Carlos Marcatti 55 22 98811.8940 carlosmarcatti2002@yahoo.com.br

Carlos Marcatti O artista inventor mescla arte, ciência e tecnologia em seus painéis que vão do 3D à arte kinética Por Sarah Nery

Foto Wagner Ferreira e do arquivo pessoal do artista

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arlos Marcatti era uma criança que gostava de inventar coisas. Já adulto, era o faz-tudo da casa. Mas foi só aos 50 anos que se descobriu artista. E o que poderia ser um grande desvio em sua trajetória profissional, se parece, na realidade, uma continuidade lógica de sua vida de inventor: sua arte é mais uma de suas invenções e seu atelier, como ele mesmo diz, mais parece um laboratório. O artista-cientista desenvolveu não só sua própria técnica de painéis em 3D, como as próprias máquinas que utiliza para fazê-las, e atualmente dedica-se a um novo experimento de grandes dimensões: a arte kinética. Nascido em Juiz de Fora, Marcatti chegou a estudar num seminário de padres dos 14 aos 19 anos. Seu pai tinha uma construtora, e ele acabou estudando engenharia e trabalhando com segurança patrimonial. Sua arte, ele aprendeu sozinho. “As imagens vão surgindo, eu imagino e faço”, conta o artista, que não desenha antes de começar a executar a obra e faz tudo à mão. Nos painéis em 3D, utiliza materiais como alumínio, metal, madeiras resistentes como KDF e maracatiara, mas prefere não misturar muitas texturas. “Na simplicidade está o belo”, afirma. Sua primeira exposição, em 2004, recebeu aproximadamente 40 mil visitantes em 15 dias, no Centro Cultural Banco do

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1.Kinética Verde 2.Kinética Painel 3.A Conquista 3 4.Arena 3 5.Kinética Logo Mercedez Benz 6.Bagda MARCA DESIGN, seu estilo

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ARTE, CIÊNCIA e TECNOLOGIA CARLOS MARCATTI

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Brasil de Juiz de Fora. Mais recentemente, Marcatti começou a desenvolver um novo experimento com luzes, espelhos e movimento. Os resultados eram incríveis e ele foi buscar um nome para aquilo que estava inventando. Descobriu que existia algo chamado “arte kinética”, em Londres, e considerou que aquilo estava próximo da sua experiência, que reúne tecnologia, arte e ciência. “É menos um dom e mais conhecimento eletrônico e uma certa engenharia”, descreve. Trata-se de uma técnica de ilusão de ótica, na qual uma superfície com espessura de 4 a 14 centímetros pode reproduzir uma imagem em profundidade de 1 a 100 metros. “Eu chamo de magia”. A técnica encantou também o meio corporativo, que viu ali uma oportunidade de fazer “mágica” com suas marcas e produtos, como é o caso do setor automobilístico, para o qual Marcatti tem desenvolvido trabalhos que incluem a reprodução de um carro ou um caminhão ao “infinito” com a arte kinética. Com apenas 10 anos de carreira, Carlos Marcatti não conhece outra pessoa no país que faça esse tipo de trabalho, que exige bastante complexidade técnica. “Sou uma pessoa hightech em tudo. Gosto do que amanhã será moderno”, diz o artista que possui peças espalhadas em 22 países do mundo, ganhou dois prêmios pela TV Cultura e vive exclusivamente da sua arte. Para ele a arte kinética é a arte dos novos tempos, a revolução da arte.

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ATELIER ALTO ASTRAL TRANSFORMANDO NATURALMENTE ESCRITÓRIO HELENA DESIREÉCOSTA BRUVER


Transformando naturalmente Foto Bruno Carvalho


TRANSFORMANDO NATURALMENTE DESIREÉ BRUVER

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casal desejava uma casa ampla e integrada, com área de lazer para passar fins de semana e momentos de convívio com os filhos e amigos. Localizada em um condomínio na praia de Geribá, Búzios. A casa original havia sido transformada em uma pousada com oito suítes, com cômodos pequenos e uma área comum bem reduzida. Os ambientes eram escuros e mal ventilados, a circulação pela casa e as escadas eram desconfortáveis. Para atender os clientes os ambientes foram integrados as áreas comuns, melhorando as circulação e criando uma relação com a área externa.

Desirée Bruver, Arquiteta desiree@desireebruver.com.br 21 2718.8585 | 21 99965.1337 desireebruver.com.br

A fachada recebeu pintura goiaba, contrastando com as portas de madeira de demolição, proporcionando a fachada mais luz e personalidade ao imóvel. No nível de acesso foi instalada a área de lazer, com a construção de uma piscina com cascata e um espaço gourmet com churrasqueira. A sala de estar faz a transição da área de lazer da piscina para os espaços internos, combinando materiais rústicos, a madeira e o cimento queimado, com móveis de design como a cadeira amarela que da cor ao ambiente. O teto com lambri de madeira recebeu pátina branca, remetendo ao clima

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TRANSFORMANDO NATURALMENTE DESIREÉ BRUVER

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de praia. Decorado também com objetos pessoais o ambiente transmite as memórias da família, Na sala de tv os sofás de alvenaria e tijolinho foram revestidos com cimento queimado, nas janelas as persianas rolo com black out deixaram o ambiente mais intimista e acolhedor. As duas suítes desse pavimento foram reorganizadas em um lavabo e uma cozinha americana incorporada a sala de jantar e aberta para o espaço gourmet, unindo toda a área comum e deixando a casa mais permeável, mais iluminada e arejada.

O segundo piso contava com quatro suítes, uma para o casal, uma para o filho mais velho e duas foram unidas para os gêmeos. Na suíte do casal, o lavatório foi colocado fora do banheiro e conta com uma janela com vista para o mar. No anexo, as suítes foram reformadas para atender aos hóspedes. A reforma durou quase um ano e transformou uma pequena pousada em uma bela casa, confortável, ampla e integrada.

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Anderson Nobre arquiteto, comemora 19 anos de vida profissional à frente do escritório que leva seu nome. Comandando uma equipe de profissionais e junto com a esposa e Designer de Interiores Fabíola Mattos dão forma aos mais variados sonhos, que vão desde residências, passando por prédios, lojas, consultórios, restaurantes, fábricas, hotéis, shoppings, condomínios... Buscam conceituar cada projeto com sensibilidade, senso estético e funcionalidade.


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Sofisticação a beira mar Foto Wagner Ferreira

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cliente, empresário, amante da natureza e dos esportes náuticos, ansiava por espaços amplos de convívio ao ar livre. Outra solicitação foi um espaço gourmet já que adora cozinhar e costuma receber amigos e familiares rotineiramente. A grande inspiração foi a localização do terreno, uma área de aproximadamente 1200 m², com uma natureza exuberante no seu entorno. Tirando partido disso, o conceito foi estabelecido, primando por uma estética naturalmente elegante, atemporal, com uso pontual da cor e que propiciasse grande estímulo à convivência. Os ambientes são todos integrados por grandes

vãos abertos valorizando a vista privilegiada, que pode ser contemplada por todos os ângulos da residência. Imensos panos de vidro convidam a natureza a invadir os espaços internos e otimizam o aproveitamento da luz natural. No living, o piso foi revestido com o porcelanato City Fendi da Portobello. O rack é da Criare em estrutura de MDF com revestimento nos padrões Brandy e laqueado brihante Sahara. O papel de parede alemão e cortinas da Soho complementam o ambiente. O pé direito mais alto da sala de jantar é valorizado pela porta de madeira maciça e o pano de vidro realçados pela parede em pedra natural.

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Na cozinha a ilha em Silestone vermelho Ferrari, contrasta com o branco do revestimento Liverpool White da Portobello e dos armários da Criare. Piso e tampos em tons cinza complementam e conferem sofisticação. No lazer, uma piscina de formas sinuosas integrada à sauna foi revestida com pastilhas e o piso recebeu porcelanato ecowood também da Portobello. O conceito de casa inteligente foi aplicado ao projeto: espaços totalmente automatizados e com Iluminação em LED, que reduzem o impacto ambiental e minimizam o gasto com energia.

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Tranquilidade e bem viver Foto Wagner Ferreira

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Tranquilidade e bem viver

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a fachada o uso de materiais naturais como a pedra, a fibra natural e a madeira e eucalipto, contrapostos a materiais contemporâneos como o aço, o vidro e o concreto já chamam atenção revelam o estilo de vida do cliente. Empresário que busca tranquilidade e bem viver. Na entrada, uma porta em madeira maciça com 2,60m de altura leva ao elegante hall, onde um

par de poltronas confortáveis dá as boas vindas a quem chega. O piso revestido em porcelanato da linha Concretíssima matiz nude da Portobello continua pela área de circulação até a sala com paredes valorizadas por obras de arte. No estar, janelas e portas de vidro deixam a vista da piscina e do mar entrar, criando uma espécie de pintura ton sur ton, emoldurada com

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EXCLUSIVO ANDERSON NOBRE ARQUITETURA

cortinas em tecido de linho da Soho Búzios. Obras de arte abstrata e cobogós dão um ar de modernidade e personalizam o ambiente junto ao mobiliário contemporâneo. Na cozinha, os tons neutros, Nude e Vidro Café da Criare contrastam com o aço inox dos eletrodomésticos e criam um ambiente clean e moderno. Um toque de amarelo nas cadeiras da copa inspiram refeições “bem humoradas”. No revestimento da parede Super bee camel e do piso a matiz nude

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da Linha Concretíssyma compõem o ambiente, ambos da Portobello. A ampla suíte com varanda para o mar desvenda o visual deslumbrante dos azuis e verdes que contrastam com a rusticidade do guarda corpo de eucalipto. Já o interior, prioriza o conforto e a amplitude, com TV e um “mini estar” privativo para o desfrute musical do proprietário. Toda a decoração revela o conceito especial do bom gosto e do bem viver.

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Sob medida Texto Bethy Souza

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Fotos cedidas pela arquiteta, de Antonio Duarte

desejo da cliente, era um ambiente clean, moderno, onde os tons de branco fossem o foco principal. por outro lado, o quarto do filho, especial, alem de seguir o briefing de todo o apartamento, deveria também atingir alguns objetivos e cuidados específicos para tornar o ambiente mais facilitador do dia a dia da família. Assim, o quarto foi o primeiro ambiente a ser pensado. A cama alta com cabeceira estofada até o teto, teve além do cuidado estético a preocupação com o conforto e a segurança do dono do quarto. O “céu de estrelas”, efeito de iluminação na continuidade da cabeceira, além dos balizadores deixam o

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ambiente mais calmo e propício para o sono. Dando continuidade ao projeto, todos os móveis foram desenhados especialmente pela própria arquiteta. A execução primorosa, fruto da excelente parceria desenvolvida com a marcenaria Rocha Barros, sob o comando de Ricardo Rocha utilizou laca branca fosca e com brilho, mesclando texturas e superfícies. Uma paleta de cores em tons de prata, cinza, branco e bege foi utilizada em todos os cômodos, inclusive no banheiro social e no home office da família. O resultado final é um ambiente único, funcional e ao mesmo tempo aconchegante que serve a todos os moradores e a quem chega.

Daniela Gama Murtha, Arquiteta. 55 21 96431.9118 danigamaarquiteta@gmail.com http://facebook.com/daniela.g.c.murtha

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Marcenaria Rocha Barros - 21 3711.2123


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PRINCIPAL A CASA INTELIGENTE - BOLSONI & FONSECA AUTOMAÇÃO


A Casa inteligente Por Sarah Nery

Foto Wagner Ferreira


PRINCIPAL A CASA INTELIGENTE - BOLSONI & FONSECA AUTOMAÇÃO

A Casa

inteligente Tecnologias de automação tornam o ambiente mais eficiente por meio da integração de sistemas

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uando o desenho animado “Os Jetsons” foi criado, no início da década de 1960, especulava-se sobre como seria a cidade e, principalmente, a casa do futuro. Mesmo que ainda não usemos carros voadores – que, com o trânsito das grandes metrópoles, viriam bem a calhar – e ainda que tenhamos de conviver com realidades mais próximas de “Os Flintstones” em muitos setores, já podemos afirmar que, graças às tecnologias de automação, a “casa do futuro” está se tornando uma realidade mais acessível no presente. A ela chamamos “casa inteligente”.

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Com um simples “toque”, a casa compreende que deve iluminar e climatizar o ambiente da maneira como o morador prefere naquele momento. Ou então, através de cenas e ambientes pré-programados, como “jantar romântico” ou “café da tarde”, toda a magia acontece na luz, no clima, no som. A comunicação com a casa pode se dar diretamente através da voz, movimentos e toques, ou remotamente por meio de um aplicativo para tablets e celulares. A casa também pode enviar e-mails ao morador informando o que está acontecendo de acordo com as suas preferências, ou executar


ações como “encher a banheira” enquanto seu dono ou sua dona chegam do trabalho. Para além da “automatização” do ambiente, a chamada automação procura integrar os sistemas existentes da casa em um único sistema inteligente, substituindo dezenas de controles remotos por um único controle, que pode ser de formato variado, como em teclado (keypad) ou algo parecido com um controle universal. O objetivo é facilitar a vida do morador, oferecendo mais conforto, segurança e tornando a casa mais eficiente, como explicam diretores técnicos da Bolsoni & Fonseca,

empresa que está investindo na área há um ano e prevê a ampliação desse setor. “Estamos na era da ‘internet das coisas’, quando a sua geladeira te informa se um produto está saindo da validade. não dá mais para encarar a casa apenas como interruptores e tomadas”, lembrando que a automação também pode promover redução de consumo de energia. Em franca expansão, o setor de automação carece ainda de profissionais especializados e empresas capacitadas para atender à demanda crescente no Brasil. Foi o que percebeu o casal

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PRINCIPAL A CASA INTELIGENTE - BOLSONI & FONSECA AUTOMAÇÃO

Cristiane Bolsoni e Cesar Fonseca ao contratar alguns desses serviços em sua casa, em 2013. Os problemas encontrados acabaram transformando-se em uma oportunidade de mercado e eles fundaram, com mais tres sócios, a Bolsoni & Fonseca – Casa Inteligente. “Nosso maior investimento é em capacitação e certificação da equipe”, conta Cristiane, que tornou a empresa distribuidora oficial da Control4, a maior referência em automação nos Estados Unidos, que também promove capacitações de sua equipe em São Paulo. “Um dos problemas mais comuns desse setor são os equipamentos importados sem procedência e sem garantia”, alerta diretor comercial da

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Bolsoni & Fonseca, destacando que a empresa também é credenciada pela Associação Brasileira de Automação Residencial (AURESIDE). Autodenominados “integradores de sistemas” e “consultores em tecnologia”, os especialistas do setor procuram trabalhar em parceria com engenheiros e arquitetos, mas ressaltam que os sistemas podem ser implementados em imóveis prontos, em retrofit, dispensando o uso de cabos e fios. Os equipamentos também são personalizados em cores e formas de acordo com a decoração do imóvel, o que torna todo o sistema ainda mais inteligente.


Serviço: Bolsoni & Fonseca Automação Rua Nicola Aslan, 213, Braga, Cabo Frio. RJ. Escritório: 22 2645.3345 21 99791.9333 | 21 97207.2414 Showroom: Casa Pronta Rua Barão do Rio Branco 513, Passagem, Cabo Frio, RJ www.casaprontaoficial.com

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COZINHA | DORMITÓRIOS | HOME OFFICE | HOME THEATER | BANHEIROS | LAVANDERIA | CORPORATIVO

MARCA COMUNICAÇÃO

FABRICAÇÃO PRÓPRIA DESDE 1994 JARDIM ICARAÍ | AV. SETE DE SETEMBRO, Nº 197. NITERÓI. RJ. 55 21 2711.0682 | 55 21 9 8834.7176 gerencia@desideratumplanejados.com.br


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Arte em qualquer parte Texto Andréia Gomes Durão

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1.Bruno Perpetuo e obras de Cândida Boechat e Tahis Dz ao fundo no Alter’Brasilis. 2.Rudi Sgarbi em entrevista para TV francesa no Le Chêne. 3.Gilberto de Abreu conversa com o art dealer Raphael Ocampo em frente a obras de Rodrigo Rodrigues.

Fotos Cláudia Perpétuo e Rudi Sgarbi

e o publicitário e colecionador de arte Bruno Perpetuo fixasse um pin em seu mapamúndi imaginário para marcar os países explorados pela SACI! Soluções em Arte Colaborativa Independente, idealizada por ele, estaria cometendo um engano. Cada nova iniciativa internacional parece promover um verdadeiro Big Ben na rede de relacionamentos da plataforma, alcançando horizontes muito além das obsoletas divisas geográficas. Depois de ampliar sua ocupação conquistando cidades como Nova Iorque, Seattle, Bruxelas e Milão, a bandeira da arte contemporânea brasileira levada pelo grupo alcançou pela primeira vez – presencialmente! – um país nórdico, e o roteiro da mais recente empreitada acertou em cheio o coração da Suécia, começando pela Stockholm Affordable Art Fair, no último mês. A participação no evento não teve sabor exótico apenas aos artistas, mas também ao simpático povo sueco, arrebatado por uma expressão do Brasil nada refém de estereótipos culturais e alinhada ao ecletismo de uma sociedade múltipla e continental, fenômeno que se repete a cada nova cidade conquistada. E os novos domínios não pararam por aí. A plataforma ainda promoveria a maior ocupação de arte brasileira já assistida na capital francesa. Ao todo 11 SACI!’s tomaram uma Paris deslumbrada com os talentos revelados. Uma mostra na Galerie Jed Voras, workshops no instituto Alter’Brasilis e nova exposição no centro de criação alternativa Le Chêne formaram a estratégia de invasão “Enchanté, Paris!”, com a curadoria de Gilberto de Abreu, da Supergiba, e parceria da ArtMaZone, percebida no intenso empenho de Nina Sales. Esforços reconhecidos e o projeto foi referenciado pelo Centre National des Arts Plastiques (CNAP), recebendo o endosso e o apoio do órgão oficial encarregado pela promoção de produções artísticas na França. O reconhecimento permite

aos participantes que contribuam para a difusão da arte contemporânea no cenário internacional. No front da ocupação, a investida plural de Rudi Sgarbi com suas técnicas variadas. “Surpreendeume a receptividade da peça “Big Battle with two little soldiers”, primeira a ser comprada, por uma senhorinha de 87 anos, em um país sem tradição bélica”, destaca Sgarbi, que idealizou a obra em sua residência artística em Nova Iorque, de uns Estados Unidos sim um tanto mais militarizados. O que impressiona Sgarbi não é a venda propriamente dita, o que, em sua opinião, é “uma consequência natural”, mas a confirmação de um perfil muito diverso entre os visitantes das feiras internacionais, que expõem os artistas tanto a curiosos quanto aos maiores stakeholders do segmento, se confirmando como afiada ferramenta de promoção. Ação não de guerrilha, mas de visibilidade: “Éramos um ponto de luz meio à feira. O único estande claro. E o critério para a disposição das obras afastou qualquer risco de poluição. A aceitação foi unânime”, sintetiza Rodrigo Rodrigues, que assina os desenhos a nanquim e têmpera de sua Linha Viva. Mais do que uma experiência artística, Rodrigues confessa que participar da empreitada foi decisivo em sua vida, seja profissional, seja pessoal. Ao mesmo tempo em que interagia com amigos, viajava também em particular, por um universo de detalhes que, em suas próprias palavras, possibilitou um enriquecimento sem precedentes do seu trabalho. “Os detalhes deixaram o desenho e passaram a compor a porosidade dos tijolos da arquitetura sueca, os musgos úmidos nas pedras dos canais de Amsterdam e nos pedacinhos esquecidos e enferrujados da Torre Eiffel. Eu enxergava no macro as pequenas coisas que normalmente as pessoas ignoram. Ainda não sei como transportar tudo isso para meu trabalho, mas de forma gradual as mudanças estão ocorrendo”, externa o artista. MARCA DESIGN, seu estilo

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4 Em trincheiras de papel e canudinhos explodem as cores de Renata Sgarbi. A técnica – ecologicamente correta! – desenvolvida em menina para antecipar o universo de gente de grande, representado em adereços femininos, amadurece com a própria artista e reverte a passagem do tempo em peças lúdicas e interativas. O arrebatamento de adultos e crianças em Estocolmo, e depois Paris, é a melhor tradução de obra tão encantadora. “Estou muito satisfeita em ter participado da iniciativa, o que só me rendeu bons resultados, experiências positivas. Por isso já planejo integrar uma próxima empreitada”, antecipa Renata. Ainda dialogavam no mesmo ambiente os equilibristas e capoeiristas do escultor Rodrigo Saramago, instigando o público não apenas com suas releituras da figura humana, mas também com seu audacioso desafio à gravidade. Saramago mensura o sucesso de sua participação pelos retornos tangíveis e intangíveis: vendas e visibilidade. “Além de resultados práticos, vendas que cobriram meus investimentos, o mais importante foram as muitas possiblidades que se revelaram, convites de galerias, para participar de outras iniciativas. Portas que são abertas porque existe a figura de um articulador, e não apenas de um representante. Um integrante do grupo capacitado para dar continuidade aos contatos faz toda a diferença”, opina Saramago. Nas paredes também presentes obras de Cândida Boechat, apresentadas pela primeira vez em Estocolmo, com sua produção mais recente, em acrílicas sobre tela de grandes formatos, que encantaram o público local com a técnica apurada da artista. Muitos possíveis interessados entraram em contato desde sua apresentação na capital sueca e já existe interesse em sua volta em novas feiras por aqueles lados. Fechando o grupo na Escandinávia, a presença consolidada da arte de Jansen Vichy, que já havia exposto com sucesso em Milão e Nova Iorque este ano e foi o primeiro a demonstrar interesse

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pela feira em Estocolmo. Ele tinha certeza de que sua obra quente causaria um efeito imediato aos olhos claros daquela cidade de clima frio. Ele estava coberto de razão. Suas telas, em especial “As Marcas”, escolhida por uma estudante de arte para um trabalho sobre aquilo que mais havia chamado sua atenção dentre todas as obras apresentadas na feira, definiram as cores e a amplitude que pode alcançar a produção brasileira contemporânea, sem nunca abrir mão de sua história. De Estocolmo para Paris, além dos seis citados, somaram-se mais esforços da SACI!, juntando-se ao acervo itinerante obras da fotógrafa Cláudia Perpétuo e da artista mixmedia Christiana Guinle, além de telas de Rafael Vicente, Roberta Dacosta, ambos de Niterói, e Tahis Dz, única paulista nessa empreitada. Na Galerie Jed Voras figurou a elogiada série “Stonehand”, de Cláudia Perpétuo, impressa em papel Hahnemühle, convidada a participar de uma exposição em Hong Kong e com representação oficial de uma galeria londrina. As fotos ainda ocupariam as estruturas de Le Chêne, onde também podiam ser vistas as obras “Gum Wall”, registradas durante a passagem da SACI! por Seattle. As impressões em metacrilato da série “Woman Soul”, de Christiana Guinle, levariam, mais do que a presença, a sensualidade feminina à atmosfera parisiense, assegurando uma ocupação sem previsão de fim, representada pelos possíveis convites para uma individual em Paris já em 2015. A atriz brinca por reconhecer seu talento ao receber elogios de nomes que figuram em suas coleções de arte, ao que a experiência junto à SACI! viria ratificar ainda mais. “Como fosse minha primeira exposição internacional, preferi não criar expectativas, apenas confiei. Sei muito bem o que quero e acredito no modelo colaborativo”, admite Chris, que se destaca em um trabalho impregnado de sua veia cênica. “Acredito que o propósito de toda obra é contar

uma história e fazer o outro se interessar por isso. Aí está a interação. Se sou bem aceita, imagino que minhas histórias estão sendo bem contadas. Estou comunicando e tocando o público. Toda obra de arte é subjetiva e suas impressões são individuais e intransferíveis”, destaca Chris. Enquanto as obras de Rafael Vicente, recémretornado de sua primeira individual em Paris, também com o apoio da SACI!, estavam na parede principal da Galerie Jed Voras e causavam o já conhecido deslumbramento, foi a primeira vez que Roberta Dacosta e Tahis Dz apresentaram suas pinceladas pela capital francesa. Ambas tiveram muito destaque com três e cinco obras, respectivamente, expostas no espaço cultural Le Chêne e no Alter’Brasilis. A ocupação de arte contemporânea brasileira em Paris promovida pela SACI! tem dimensões e prazos imensuráveis. Mais do que convites para residências artísticas, representações, novas exposições, para a Bienal de Paris, há, inclusive, quem ainda não tenha voltado de lá. A agenda do artista Rudi Sgarbi não se esgotou com o calendário do “Enchanté, Paris!”. Suas obras seguem ilustrando ambientes e eventos no espaço múltiplo Point Éphémère, na La Splendens Factory, na La Machine du Moulin Rouge, além de voltar à Jed Voras e ao Le Chêne em individuais que irão celebrar o fim de 2014 e inaugurar o ano novo. Assim apresentamos uma breve parada nessa volta ao mundo que a SACI! tem proporcionado aos artistas brasileiros. Alegra-nos saber que estávamos lá em seus primeiros pulinhos e mais ainda ter acesso a este grande salto que agora foi dado, colocando a arte brasileira em um patamar diferente para os agentes culturais parisienses. Um salto tão alto que justifica finalizarmos com a expressão de Rodrigo Rodrigues ao subir os 324 metros da Torre Eiffel: “Eu nunca imaginei estar em Paris, quanto mais vê-la do alto”. Acostume-se, Rodrigo. Sua arte o levará ainda mais alto e mais longe.


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4.Vista parcial do Le Chêne, 5.Telas de Cândida Boechat e obras de Rodrigo Saramago em exposição no Le Chêne. 6.Público francês prestigia a exposição na Galerie Jed Voras em Paris, com obras de Cláudia Perpetuo e Christiana Guinle ao fundo.

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7.Vista parcial do estande SACI! em Estocolmo. Da esquerda para a direita, obras de Jansen Vichy, Cândida Boechat, Renata Sgarbi e Rudi Sgarbi. Em primeiro plano, esculturas de Rodrigo Saramago. 8.Exposição no Alter’Brasilis. No detalhe, obras de Jansen Vichy e Roberta Dacosta. 9.A interação de Brice Maré, Gilberto de Abreu, Bruno Perpetuo e Rodrigo Rodrigues, tendo como cenário telas de Rafael Vicente.

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