ANO III - EDIÇÃO 07 - OUTUBRO DE 2015
Cores da
CIDADE
Emoção traduzida em cor A vida sem cor não tinha graça nenhuma, visto
Editorial
que todas as emoções se traduzem em cor. As cores, sempre presentes na nossa vida, têm a capacidade de abrir um portal para possibilidades criativas, afinal elas exercem três ações sobre a comunicação visual: a de impressionar a retina, a de provocar uma reação e a de construir uma linguagem própria, comunicando uma ideia, contendo valor de símbolo e capacidade. É tão grande a fascinação que as cores têm que elas acabam se tornando um transmissor de mensagens bastante poderoso. Para que uma marca, um título ou uma informação tenha legibilidade é necessário que se analise as cores, do contrário, terá a visibilidade prejudicada. Campina Grande, por ser Rainha, não podia ser pastel, ela tem cores que se alteram em todas as esquinas, e o resultado? Um extraordinário impacto visual, fazendo da cidade uma verdadeira paleta urbana. Se tudo silencia no preto e no branco, tudo vibra no vermelho, laranja, verde, azul e amarelo. A cor é vista como informação e, se uma mistura de ritmos dá samba, em Campina a mistura de cores dá festa junina na certa. Então, “se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, num instante imagino...” Maria Zita Almeida Editora Chefe
FOTO: Emanuel Tadeu
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Faculdade Reinaldo Ramos - FARR Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos - CESREI Curso de Comunicação Social Habilitação Publicidade e Propaganda
Sumário
Diretor Geral Cleumberto Reinaldo Ramos Diretora Administrativa Gilda Oliveira Coordenador Acadêmico Lênio Barros Coordenadora do Curso Maria Zita Almeida Assessor de Marketing João Henrique
VIDA DE ESTUDANTE
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VERMELHO
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EXPOCOM
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VERDE
Projeto de Extensão desenvolvido em parceria com a Agência Modelo
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MULTICOR
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PRETO NO BRANCO
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Editora Chefe Maria Zita Almeida (Jornalista Responsável – DRT 1039) Editoras Executivas Ligia Coeli, Silvana Torquato Social Media João Henrique Diagramação Diego Renier Revisoras Ligia Coeli, Maria Zita Almeida, Silvana Torquato Colaboradores 1º Período Daniele Silva, Jepson Luan, Romeu Araújo 2º Período Amanda Cabral, Emanuel Tadeu, Geysle Mandacaru, Jefferson Ferreira, Jéssia Nayara 6º Período Angela Karine, Clara Rubia, Dione Alexsandra, Hafid Rached, Ítala Barros, Jose Noberto, Leonardo Xavier, Luciene Silva, Pedro Augusto, Vanildo Silva, Weslley Bruno, Yure Bonald Cronista Jucy Felix
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VIDA DE ESTUDANTE
Primeira Impressão Por: Jucy Felix
O
curso de Publicidade é classificado como dinâmico, mas assim como em toda graduação precisa ser repassada a parte teórica das disciplinas, e a estudante do primeiro período que acredita que vai arrasar
nas notas fechando com 10 em todas as cadeiras, vê que a realidade é outra quando o professor diz que na xerox tem um texto de 10 páginas para a próxima aula. Ela olha para o amigo do lado, que demonstra também não entender nada, e se pergunta:
Cadê a parte da aula em que se faz um rabisco no ilustrator e o professor diz: isso foi à prova! E na que a gente traz uma fotografia e ganha uma nota? Ao receber a prova de filosofia da comunicação fica surpresa, como assim minha nota foi dois?! Filosofia é uma teoria muito viajada que sinceramente, nunca entendi nada. 4
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É um povo com nome engraçado que não sabe dizer coisa com coisa e ainda quer que a gente interprete isso. Pelo amor de Deus! Como é que eu vou interpretar uma coisa que a pessoa nem soube dizer o que era. Olhe, é também desnecessário aquele professor passar milhões de textos achando que só ele dá aula na faculdade, ele parece não saber, mas eu tenho uma vida fora dela. Ainda por cima tenho que ficar explicando para o povo de casa que publicidade não é um curso fácil como eu também pensava, eles vivem dizendo que eu escolhi esse curso por não gostar de estudar, que injustiça! Agora o que me resta é acreditar que no próximo período eu vá melhorar, porque do jeito que está não dá para piorar, uma hora ou outra eu vou ter que focar, estudar e me superar. E mainha já avisou que se essa nota não mudar a verba lá em casa vai acabar. Eita! Pensado bem, pode sim piorar, aff vou embora começar a estudar.
VER ME LHO
N
as pimentas, nas frutas, no sangue pingando da carne recém cortada, no contraste com a delicadeza das flores... no artesanato feito em couro e em barro, nos artigos religiosos! O vermelho é, sem dúvidas, uma das cores mais enigmáticas e marcantes da Feira Central de Campina Grande.
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“É dia de feira quarta-feira, sexta-feira não importa a feira É dia de feira, quem quiser pode chegar” (O Rappa - A Feira. Composição: Falc / Lauro Farias / Marcelo Lobato / Marcelo Yuka / Xandão)
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“ Mas é preciso ter manha É preciso ter graça É preciso ter sonho sempre Quem traz na pele essa marca Possui a estranha mania De ter fé na vida” (Milton Nascimento - Maria Maria - Composição: Fernando Brat / Milton Nascimento)
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“ O sol esquenta minha cabeça Vixe maria não se esqueca Também de esquentar Com seus beijos minha vida Eo sobejo da comida Que sobrou do jantar” (Mastruz com Leite - Meio Dia - Composição: José Fidelis)
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“ Oooooh Homem, riqueza tem também seu preço que é justamente o seu avesso, o desabrigo, a morte, a fome Oooooh Homem, não vê que a chuva também chora, é Deus que aos prantos te implora perceber que dinheiro não se come” (Xuxa - A Chuva)
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“Era uma vez A riqueza contra a simplicidade Uma mostrando pra outra Quem dava mais felicidade” (Composição: Álvaro Socci / Cláudio Matta)
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“ Conhecer as manhas E as manhãs O sabor das massas E das maçãs” (Almir Sater - Tocando em Frente - Composição: Renato Teixeira/Almir sater)
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“ É a verdade o que assombra O descaso que condena A estupidez, o que destrói Eu vejo tudo que se foi E o que não existe mais Tenho os sentidos já dormentes O corpo quer, a alma entende Esta é a terra-de-ninguém Sei que devo resistir Eu quero a espada em minhas mãos” (Legião urbana metal contra as nuvens composição: Renato Russo/ Dado vilas lobo)
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“ Nosso suor sagrado É bem mais belo Que esse sangue amargo E tão sério E selvagem, selvagem Selvagem! Veja o sol Dessa manhã tão cinza A tempestade que chega É da cor dos teus olhos Castanhos” (Legião Urbana - Tempo Perdido - Composição: Renato Russo)
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“Perfeição demais me agita os instintos Quem se diz muito perfeito Na certa encontrou um jeito insosso Pra não ser de carne e osso, pra não ser” Carne e Osso - Zélia Duncan
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“ Quem me dera ao menos uma vez Que o mais simples fosse visto Como o mais importante” (Legião Urbana - Índios - Composição: Renato Russo)
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“ Viver, viver e ser livre Saber dar valor para as coisas mais simples Só o amor constrói Pontes Indestrutíveis” Charlie Brow Jr. - Pontes Indestrutíveis - Composição: Chorão)
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“Porque eu gosto é de rosas E rosas e rosas Acompanhadas de um bilhete Me deixam nervosa...” Ana Carolina - Rosas
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Patativa amoleçeu Meu coração era tão duro. Se pra adorar o sertão É proveita,é profundo. Se não fosse meu nordeste, Cantoria não existia. Pois é arte nordestina Tranformar seca em poesia. (Vicente Nerri - Se não Fosse Carriri - Composição: Vicente Nerri)
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“Paracuti assaye Nos olhos lindos de meu bem Nagai it uru pra benze Voando em asas de pavão Saudades de cantar aquari dança de roda satoye Viajo de balão para paris Vou ficar Paracuri (Maria Gadú - Paracuti - Composição: Maria Gadú/ Luiz Mura)
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“E se Deus deixar maracatu pra resolver Sede de cantar mais uma vez mulher Num lugar azul ou qualquer um Onde o tempo passa num ziriguidum Canta mais um pouco Que a vida quer, Que a vida quer (Maria Gadú - Paracuti - Composição: Luiz Mura / Maria Gadú)
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“Sim, todo amor é sagrado E o fruto do trabalho É mais que sagrado Meu amor A massa que faz o pão Vale a luz do teu suor Lembra que o sono é sagrado E alimenta de horizontes O tempo acordado de viver” (Roupa Nova - Amor de Índio - Composição: Beto Guedes)
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2016 Foto: Ítala - 2º Periodo
Os melhores trabalhos experimentais produzidos por alunos no âmbito da área de Comunicação serão reconhecidos pela Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom). Venha ser inserir no mercado como um novo talento “Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome”. [Gandhi]
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Ver de A
cor do equilíbrio interno nos dá a sensação de reinar soberano no Parque da Criança. É da natureza que vem a tonalidade que nos remete a serenidade e harmonia. O verde das montanhas e florestas aparece simpático no ambiente urbano, que recebe a intervenção da rotina dos campinenses. Lugar de caminhadas, passos que correm, braços que se encontram e famílias que celebram, o lugar recebe uma áurea diferente ao ser recoberto com essa tonalidade.
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AO INVÉS DE COMPRAR, ADOTE! SE NÃO PODE ADOTAR, OFEREÇA UM LAR TEMPORÁRIO
SE NÃO PODE OFERECER, SEJA VOLUNTÁRIO SE NÃO PODE SER, APADRINHE UMA CASTRAÇÃO
SE NÃO PODE APADRINHAR, FAÇA DOAÇÕES SE NÃO PODE DOAR, ALIMENTE UM ANIMAL DE RUA
CONTATOS
SE NÃO PODE ALIMENTAR, ENTÃO JAMAIS ABANDONE O SEU ANIMAL
Campina Grande - PB ADOTE UM AMIGO (83) 98610-0209 / 99972-8027 Banco do Brasil - Ag.: 1634-9 | C/C: 17031-3 A4 - Associação de Amigos dos Animais Abandonados - PB
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Foto: Emanuel Tadeu
“Nenhuma atividade no bem é insignificante... As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes.” Chico Xavier 29
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Multi
colo rido
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o balançar das saias, na textura aveludada das maquiagens, na sincronia dos pés e entrelaçar de mãos. É durante o Maior São João do Mundo de Campina Grande que assistimos a um espetáculo de cores que encanta e surpreende. Os olhos parecem incapazes de absorver tantas nuances de uma única vez. Por isso, prestar atenção aos detalhes é essencial. O branco imperioso nas roupas do casal de noivos contrasta com quilômetros de bandeirolas fixadas no teto da Pirâmide do Parque do Povo. O lugar, aliás, mais parece um caleidoscópio! Os batons das dançarinas, os esmaltes, os vestidos, os chapéus... Todos os tons juntos parecem despertar em nós a necessidade de ativar todos os outros sentidos para que possamos nos sensibilizar para a experiência única que é ver uma quadrilha junina se apresentar.
“Observe as almas que dançam em pura sintonia com a essência que emanam “ Dulce Lellys
“Somente através da arte nós conseguimos sair de nós mesmos e conhecê-la e nos mostrarmos artistas daquilo que fazemos.” Jefferson Ferreira
“Há uma cor que não vem nos dicionários. É essa indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação.. - a cor do tempo.” Mário Quintana
Preto no Branco
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oses e flagras num jogo de adivinhação de tons. O misto de sobriedade, introspecção e um tanto de delicadeza nos leva a pensar em quais territórios emocionais essas fotos foram tiradas. Imagens em preto e branco que nos provocam e pede de nós um pouco mais de atenção e de sensibilidade no olhar. O cenário urbano, retratado em nuances de cinza, exige silêncio para ser totalmente contemplado.
Mulheres Como são Lindas as mulheres! Como perdoar o tempo que as fez envelhecer no virar de uma página? Como são lindas as mulheres ! Como perdoar a poesia que as faz exaurir-se? Florbela, Emilies, Cecílias, Adélias , Clarices. .. Como são lindas as mulheres! Como perdoar a fotografia que as fazem eternas? Isadoras, Marta Haris, Briggites, Cardinalles... Como são lindas as mulheres! Como perdoar o vento que a voz lhes cala? Maysas, Omaras, Holidays, Elizeths , Callas... Como são lindas as mulheres! Poem o vermelho do hétero no batom! (Fidélia Cassandra)
Homem invisĂvel no mundo invisĂvel Vejo o mundo inteiro Numa espĂŠcie tosca de carrossel Cada lugar um bicho corrida maluca pra pagar o aluguel. (Vanessa da Mata)
O Cachimbo Trigueiro, negro , enfarruscado, Sou cachimbo d’um autor, IncorrigÌvel fumador, Que me tem j· quase queimado. Quando o persegue ingente dor, Eu a fumar sou comparado ao fogareiro improvisado Para a janta d’um lenhador... (Charles Baudelaire)
La ran ja
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a cromoterapia a cor laranja é conhecida por estimular o otimismo. A tonalidade alegre e vibrante pode ser captada nas frutas e vegetais com a graciosidade única que a natureza nos oferta. Mas e quando esse tom invade a cidade, hein? Não é difícil ver! Aliás... é preciso ver, é necessário deixar-se encantar por ele. O laranja colore os prédios, os rostos dos moradores, as feiras, os bichos! Confere um ar romântico ao cair da tarde. Não é difícil entender o motivo do pôr do sol alaranjado encantar, aquecer e emocionar quem permite banhar-se por ele.
Impressiona como o açude velho já foi tão fotografado e o quanto ainda será. Em cada fotografia um novo ângulo é descoberto e mais um olhar é deixado sobre ele.”
“ Foto tirada na Feira Central, no cantinho das flores. IncrĂvel perceber como, em meio a um padrĂŁo, algo se sobressai propositalmente ou acidentalmente e nos enche os olhos.
“ O caminho de luzes na Av. Almeida Barreto é palco para a lua, que não cansa de ser admirada. Encontrar um ângulo para encaixar todos estes elementos foi apenas um pretexto para capturar o mais bonitos dos satélites.”
“Cara feia não mais é fome. É motivo para um click exato e até desafiador. A foto tras a mistura da delicadeza da gérbera laranja com o gato modelo e sua expressão. “
“ Morena que cheira a flor. Na ambiguidade desta frase, transparecem simplicidade carisma. Em foco, nota-se duas belezas distintas e complementares.�
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