Revista MídiaAtiva 15º ed

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Edição 15 - Junho/2020.1


Publicidade E stamos acostumados a ver esta palavra em diversas áreas e em diferentes contextos, comentada por artistas na televisão ou em uma simples conversa entre pessoas na rua. Mas o que realmente significa publicidade? Vejamos no dicionário. pu.bli.ci.da.de substantivo feminino. 1. Qualidade do que é público ou do que é feito em público. 2. Publicação de matéria jornalística de interesse de uma organização, empresa, indivíduo, etc. 3. Propaganda. Quando pensamos em publicidade, é inegável a importância do público. Afinal, quando fazemos algo, o fazemos com um objetivo e para alguém. É da natureza do homem estar em contato com o próximo, e o ato de publicizar determinadas coisas existe desde a Antiguidade Clássica. Em Pompéia, por exemplo, foram encontradas tabuletas que anunciavam combates, além de também fazer referência às casas de banho existentes na cidade. Na Idade Média, símbolos começaram

a ser utilizados para identificar os diferentes locais de comércio, que mais tarde se tornariam o que conhecemos como logotipos. Ou seja, a publicidade sempre esteve presente na história – tudo o que ela fez foi se reinventar com o passar dos anos. A primeira agência de publicidade existente foi criada em 1841 por Voley B. Palmer, em Boston. O publicitário ficou conhecido por suas estratégias de marketing inovadoras para a época, assim como por ser o primeiro a cobrar taxa de comissão de jornais e revistas pelo espaço dos anúncios. E como a publicidade está em todo lugar, nela há amplitude! Um publicitário pode desenvolver diversas atividades: fotografia, direção de arte, produtor audiovisual, head of midia, design, influenciador digital, redator, social media e mais outras áreas; cabe a você escolher o que tem afinidade. Nesta edição da Midiativa, vamos trazer para você aquilo que o publicitário é: multiforme. Ele está sempre antenado nas novidades, e


muitas vezes, um passo à frente de todos, buscando as tendências e sendo o mais criativo possível. Como profissionais da área, nunca podemos nos acomodar em uma situação, por melhor que ela seja. É preciso estar pensando sempre em frente, porque isso é o esperado de nós. Buscamos transformar as coisas e guiar o nosso cliente pelo caminho certo. Nas próximas páginas, entraremos no mundo da publicidade, onde a criatividade é a peça-chave para

podermos desbravá-lo. Iremos conhecer mais sobre as áreas, o mercado, e as pessoas que já fazem parte deste caminho. Vamos entender que fazer publicidade é muito mais que estar dentro das paredes de uma agência ou apenas fazer um comercial. A publicidade está em todo lugar - você só precisa olhar com atenção. Explore o que esse grande universo pode te oferecer. Boa leitura!


Editorial Fevereiro de 2020, dia 18, primeiro dia de aula com a turma do 7º período, da disciplina de Produção Publicitária em Mídia Impressa. Após explicar a metodologia que iriamos seguir no semestre discutimos o produto final da disciplina: a produção de mais uma edição da Revista Midiativa. Alunos empolgados, sugerindo temas e temáticas, e chegaram a um denominador comum, a revista falaria sobre Publicidade. O que é, quem é esse profissional, o que faz, onde pode atuar. Na aula seguinte, eles surgiram com os nomes dos profissionais da área que queriam entrevistar, então fomos estudar pauta, técnicas de entrevista, como faríamos as fotos, a foto da equipe no studio da Cesrei, planos, planos, planos... Março de 2020, dia 18, primeiro dia de isolamento social com a turma do 7º período. E nossa metodologia? E as entrevistas? E as fotos? E os encontros na Agência Modelo para produção da revista? Respostas? Nenhuma! Não tínhamos nos preparado pra o que veio. Nunca, em nenhuma das crises que pensamos enfrentar na produção dessa revista, estava o isolamento devido a uma pandemia. Desistir? Nunca! Mudamos os planos. As entrevistas foram virtuais, as fotos foram solicitadas as que os profissionais pudessem disponibilizar, as orientações eram através de vídeo aulas, as dúvidas eram tiradas online, por e-mail, pelo watsapp, por sinal de fumaça, por onde desse. (Re)aprendemos a fazer a Midiativa. E a esses futuros publicitários eu sou só orgulho, pois produziram um conteúdo leve, interessante, uma fonte de pesquisa pra quem quer saber mais sobre publicidade e sobre profissionais da área. Tivemos muitas restrições, não foi possível fazer muito do que tínhamos planejado, mas fizemos uma linda edição. Sozinhos, cada um em sua casa. Juntos, cada um no mesmo propósito. Unidos para ver mais uma revista pronta e em esperança de dias melhores.


06. 08. 10. 12. 14. 16. 20. 24. 26. 28.

HOME OFFICE VOCÊ QUER TER UMA AGÊNCIA OU UMA FÁBRICA DE JOBS? MULHERES NA DIREÇÃO ANNE MARQUES PRODUÇÃO DE VÍDEO CEO - HEAD OF MÍDIA - EBUSINESS COORDINATOR FALTA TÍTULO NAS ONDAS DO RÀDIO DA RÁDIO COMUNITÁRIA PARA TV WEB NOS EUA, BRASILEIRA CONTA TRAJETÓRIA COMO SOCIAL MEDIA E INFLUENCIADORA DIGITAL

Faculdade Reinaldo Ramos - FARR Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos - CESREI Curso de Comunicação Social Habilitação Publicidade e Propaganda Diretor Geral Cleumberto Reinaldo Ramos Diretora Administrativa Gilda Oliveira Coordenador Acadêmico Lênio Barros Coordenadora do Curso Maria Zita Almeida Assessor de Marketing Daniel de Sousa Silva

Projeto de Extensão desenvolvido emparceria com a Agência Modelo Editora Chefe Professora Maria Zita Almeida (Jornalista Responsável – DRT 1039) Professora Orientadora Maria Zita Almeida Social Media Daniel de Sousa Silva Diagramação Diego Renier Soares Falcão

Produção, edição e revisão Maria Zita Almeida Maria do Carmo Melo Diego Renier Soares Falcão Reportagens Amanda Josiane Leite Alves Beatriz Alexandre da Silveira Herrisson Dias Guimarães Isaias Paulino do Nascimento Janaina Bezerra Barbosa Jonas Soriano Pereira Laís Karoline F. de Oliveira Laryssa Almeida Oliveira Lívia Saraiva Parente Maria Jaciara Patrício Araújo Mariana Figueiredo de Oliveira Mylena Shirley da Silva Thiago de A. M. Lima Fabrício


Por: Laryssa Almeida Oliveira

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omo humanos sempre temos o medo do novo ou de mudanças. Fazer a escolha de um curso não é fácil, e estamos aqui caminhando para finalização dele. É uma jornada intensa, diária, cheia de tantos altos e baixos... Vivenciamos muita coisa: amamos e odiamos e tudo de forma muito intensa. Tivemos uma turma mais adulta, onde grande maioria já trabalhava ou rapidamente iniciou um estágio, então não foi fácil para alguns conseguir chegar até aqui. Uns foram ficando pelo caminho, outros já chegaram no meio da estrada, mas todos foram importantes um para o outro afim de que pudéssemos amadurecer. E para nós que estamos aqui, concluintes, como foi bom vivenciar tudo isso. Saber o que realmente é empatia, reciprocidade, auxílio mutuo e amadurecimento. Quando vamos chegando ao fim, sempre temos o sentimento de gratidão, pois a pessoa que éramos quando começamos é bem diferente de quando terminamos. O que, com certeza, estaremos levando para nossas vidas são as amizades, histórias, brigas, desentendimentos, notas baixas, mas boas lembranças e um sentimento de dever cumprido.



PUBLICIDADE & PROGAGANDA É NA CESREI

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uso intensivo dos meios de comunicação mostra que a linguagem é o meio de comunicação universal, devendo ser utilizada nas suas diferentes formas para educar e produzir conhecimentos valiosos para toda a humanidade. Dada sua importância, a formação de profissionais para atuarem nessa área surgiu como uma necessidade social. O curso de graduação em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda implantado pela Faculdade Reinaldo Ramos (FARR) tem como objetivos principais: • Qualificar o profissional com competências e habilidades para desenvolver atividades técnicas

em agências de propaganda, veículos de comunicação, departamentos de publicidade e instituições públicas, como também para assessorar pessoas e organizações, com postura crítica e ética na elaboração da comunicação publicitária; • Formar o profissional de Publicidade e Propaganda comprometido com a análise crítica das práticas sociais relacionadas com as mídias e suas articulações culturais, políticas e econômicas; • Desenvolver a pesquisa da tecnologia da informação e sua inserção no desenvolvimento de novas estratégias de publicidade e propaganda; • Propiciar a disseminação de linguagens, estratégias e tecnologias midiáticas,


CLICA AQUI PARA ASSISTIR! contribuindo para o desenvolvimento cultural local e regional. O curso de Publicidade é ideal para quem gosta de atuar com: criação, mídias digitais, social mídia, documentário, cinema, fotografia, diagramação, produção, rádio, redação publicitária, marketing. Na Cesrei o aluno é preparado para atuar em: agências de publicidade, departamento de marketing, studio de fotografia, rádio, produção, entre outros. Também capacitamos nossos alunos para empreender com suas startups. Um diferencial do curso de Publicidade da Cesrei é que o aluno pode entrar no mercado, como estagiário, já no primeiro período.

Na Cesrei, para as disciplinas práticas, o aluno dispõe de laboratórios de fotografia, audiovisual, informática, além de uma rádio universitária e uma agência modelo. Um curso para quem não gosta de monotonia, para quem não sabe ficar parado, para quem é criativo, para quem quer atuar na comunicação e nas novas tecnologias. Agende uma visita, você é nosso convidado para assistir uma aula. Venha fazer parte dessa família. Coordenadora: Profª Maria Zita Almeida


HOME OFFICE

– A VIDA FORA DA AGÊNCIA Por Beatriz Alexandre e Lívia Saraiva

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á faz alguns anos que a palavra “trabalho” não tem o mesmo significado. A famosa rotina de sair às 8h e voltar às 18h para casa não faz mais parte do padrão na vida da maioria das pessoas. A modernização dos meios profissionais criou novas formas de se comunicar e se expressar em sociedade, onde a informalidade e formalidade se mesclam para o surgimento de várias possibilidades. O home office foi uma delas. Trabalhar em casa pode parecer algo fácil e simples, mas exige uma grande carga de responsabilidade por parte das pessoas envolvidas. Karl Arruda, que é publicitário, ilustrador e fundador da Creative Karl, embarcou nessa jornada há um ano e meio, mas passou por muitas situações antes de chegar onde está. Apaixonado por arte desde criança, Karl começou seu “caminho” rabiscando em cadernos de desenhos que ganhava dos pais. Com o passar dos anos, esse amor aumentou e virou carreira, mas sua entrada na publicidade só aconteceu tempos depois, por sugestão de um amigo. “Em 2004, um amigo me disse que tinha uma vaga de diretor de arte em uma agência. Não sabia nem o que era agência,” ele brinca. Apesar da entrada abrupta na área, Karl continuou em publicidade por paixão. O trabalho o fez descobrir novos gostos e aptidões, e diversas

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oportunidades surgiram para a sua vida profissional por consequência disso. O ilustrador trabalhou em várias agências locais, chegando a ser sócio e diretor de criação, além de ainda possuir freelas por fora do trabalho “formal”. Mas essa rotina e a quantidade de obrigações advindas do trabalho começaram a interferir em sua vida pessoal. “Dormia pouco, muito pouco, por conta disso,” contou Karl. “Até que uma hora eu não estava mais dando conta, e vi que o mercado precisava de uma vertente diferente.” Karl decidiu sair do trabalho em agência e iniciar outro caminho em sua carreira profissional com o apoio de seus próprios clientes, que já conheciam e gostavam do trabalho do ilustrador pelos freelas que fazia. Foi aí que surgiu a Creative Karl, que, como dito pelo próprio fundador, não é uma agência; mas um grupo de criação. “É um modelo que a gente adotou, por meio de parcerias focadas na busca de soluções e melhoras de resultados para os clientes,” explica Karl. “Todo o trabalho que a gente faz é personalizado para eles, para os clientes. Pra cada job a gente direciona uma equipe que se identifica com o problema que o cliente quer solucionar.” Para Karl, o trabalho em home office é desafiador, mas que trouxe um sentimento maior de liberdade, e o impulsionou a produzir e entregar


Karl Arruda Publicitário @k.a.r.l.m.a.r.x

trabalhos cada vez melhores e feitos com amor. “Eu sempre fui desapegado com as coisas, mas sempre com o pé no chão,” ele diz. Nesse novo meio de trabalho, Karl precisou se reinventar, se dedicar e focar naquilo que precisava ser feito para obter bons resultados. Mesmo com dezesseis anos de experiência no mercado, Karl ainda contou que sentiu um “friozinho na barriga” ao começar outro caminho na sua carreira, e que o desafio é sempre a ansiedade e dúvida pelo novo. Mesmo assim, ele deixa o recado de que apesar disso, é preciso continuar seguindo em frente.

“Persistir, persistência. Eu acho que isso é a base de tudo: não desistir, sempre achar que pode,” disse Karl. Trabalhar em home office não é fácil, e exige um comprometimento e dedicação de quem está interessado em fazer parte desse modo de trabalho. Assim como Karl, que saiu de algo “certo” para embarcar em uma novidade, é preciso ter foco e fazer aquilo que gosta, sempre com amor. Bons resultados podem surgir tanto em uma mesa no escritório quanto na sua escrivaninha em casa: desde que você se dedique. E então, vamos trabalhar? 11


VOCÊ QUER TER UMA AGÊNCIA OU UMA FÁBRICA DE JOBS? Por Laura Figueiredo e Lívia Saraiva

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adu Capella Reis começou no mundo das agências ainda na faculdade. Ele estudou na ESPM (São Paulo), de 2008 a 2012, e lá mesmo já começou a mexer com negócios. O nome do primeiro empreendimento junto com os amigos do curso foi ACFM (Always Cadu, Fernando e Maycon), junção dos nomes dos três sócios, criada no segundo semestre de 2009, sem investimento nenhum, mas com muita vontade de adquirir conhecimento e ajudar empresas menores com o marketing. Cinco anos depois, em 2014, Cadu e os atuais sócios fundiram a ACFM com outras duas agências, e assim surgiu a INSANE, que funciona e cresce até hoje. Em 11 anos de experiência, o cenário, segundo ele, mudou várias vezes. “Nós criamos um planejamento e um trabalho 12

mais em conjunto com o cliente, desenvolvendo o próprio briefing, para nós mesmos. Eu vejo que as agências que só pegam o briefing e entregam estão fadadas ao fracasso,” diz Cadu. O processo de coletar briefing e entregar jobs já não é mais o que o mercado pede, existem softwers para isso. É preciso se atualizar, agências que surgem agora precisam valorizar essa parceria estratégica. Cadu mora em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, e diz que a disputa em São Paulo é bem acirrada, visto que a quantidade de agências digitais e “eugências” é grande. Ele explica que a maioria são funcionários de agências maiores que traçam uma carreira produtiva no Google, Linkedin e empresas afins, criando um nome muito forte. A partir daí eles se segmentam e começam a formar


Cadu Capella Empreendedor @caducapellareis

pequenos núcleos de prestação de serviços. A INSANE também já entrou na era dos cursos online. Eles tinham o Curso de Estratégia de forma presencial, e decidiram expandir ao mundo digital. “Para crescer junto com o cliente criando um planejamento de relacionamento, a escala é muito pequena, precisamos dar a devida atenção para cada um. No curso online, nós conseguimos atingir mais pessoas de forma exponencial e levar esse ensinamento para mais pessoas sem limites geográficos ou temporais, além de entrar no viés educacional da empresa”, completa Capella. Para ele, esse formato gera autoridade para qualquer outro tipo de serviço que a INSANE tenha a oferecer, “ou seja, tudo se complementa”, diz. Outro projeto de Cadu e seus sócios foi o Clube do Insight, que surgiu da experiência dele com palestras, cursos e contato com jovens. A ideia é propor uma educação não só voltada para o mundo da publicidade, mas tudo que a rodeia, como habilidades comportamentais, as famosas soft skills. Assim, o projeto aborda três esferas: o intrapessoal (você com

você mesmo), o interpessoal (você com outras pessoas) e o exponencial (você com o mundo). Para quem está começando, Capella orienta que a pessoa esteja conectada ao mundo dos negócios e das marcas que estão surgindo, não só publicidade e comerciais. “Tudo muda, e você precisa mudar junto. Uma das perguntas que mais me fazem é: eu preciso ser extrovertido? Bom, eu sou um cara introvertido. Ao longo da minha jornada, venci minha timidez e me relaciono bem com as pessoas, mas continuo sendo introvertido,” declara. Para os leitores, nosso aprendizado ao compartilhar essa experiência com cada um de vocês é que tudo evolui constantemente, e nós precisamos estar atentos a cada mudança que apareça por aí. A vida passa cada vez mais rápido diante dos nossos olhos e é bem na frente dela que temos os melhores insights. Então, inspirem-se, informem-se e criem! 13


MULHERES NA DIREÇÃO: UM RETRATO DA PRESENÇA FEMININA NO MERCADO PUBLICITÁRIO Por Beatriz Alexandre e Jonas Soriano

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er mulher, se impor e mostrar presença no trabalho em uma sociedade onde a maioria dos cargos importantes são ocupados por homens ainda é uma tarefa extremamente difícil, mesmo com tanta evolução ao passar dos anos. Várias mulheres enfrentam essa luta diária pelo reconhecimento, e Giselle Oliveira é uma delas. Graduanda em Design de Produto pela Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, Giselle trabalha na área de design gráfico há quatro anos. Com apenas 24 anos, ela conseguiu se destacar no mercado e em seu trabalho na agência, tudo decorrente de seu gosto por direção de arte. Ela explica que o ponto de partida para trabalhar com direção de arte foi a curiosidade de aprender novas ferramentas e gostar de ilustrações. “Isso me fez ter apreço por manipulação de imagens e vídeo, foi quando comecei a pesquisar sobre as ferramentas, programas e tutoriais para começar a utilizá-los. Posteriormente, o curso aumentou

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essa curiosidade e comecei como freelancer.” Dos trabalhos como freela, veio à oportunidade do estágio em uma agência, e uma nova realidade na vida de Giselle. Ela precisou se adaptar ao trabalho em equipe, e ao convívio em um cargo que era, até então, totalmente ocupado por homens no local. A designer contou que no início de seu estágio, houve situações em que ela se sentiu inferiorizada pelos outros profissionais de sua área. “Foram comentários e situações com outro colega de


Giselle Oliveira Estudante de Design /gisellebzr

trabalho quando iniciei o estágio na agência. Percebia que sempre havia pequenas situações e momentos em que ele julgava ou menosprezava a maneira como eu trabalhava e agia”, disse. Apesar dos problemas iniciais, Giselle não deixou que experiências ruins abalassem o seu desempenho no trabalho, e se esforçou ainda mais para continuar firme em seu cargo. “Depois de um tempo, passei a ficar mais tranquila e segura profissionalmente e pessoalmente, além de acreditar que a mulher tenha ganhado gradativamente espaço em todas as áreas de trabalho”. Em seu dia a dia, a designer lida com as mesmas necessidades que seus colegas de trabalho, e as realiza tão

eficientemente quanto eles. Assim como Giselle, existem muitas publicitárias que ainda encontram empecilhos no seu caminho para o reconhecimento profissional. Essa luta, infelizmente, ainda é atual, mas a jornada tem bem mais possibilidades do que antes. Com empoderamento e esperança, a designer deixa um recado para aquelas que querem fazer parte dessa área. “Primeiramente, não permitir que exista qualquer tipo de situação que a deixe sentirse inferior. E o ponto chave, por experiência própria, é não admitir certas ‘brincadeiras’ e pará-las desde a primeira que fizerem, tendo sempre a consciência que lugar de mulher é em qualquer lugar, e onde ela quiser”, finaliza. 15


“AS AULAS DE FOTOGRAFIA ME LEVARAM A PAIXÃO PELA CARREIRA DE ATRIZ”

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Por Janaina Bezerra

campinense Francyanne Marques Vieira Santos, conhecida como Anne Marques, é aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cesrei, e está escalada para a nova série da Rede Globo, “O Anjo de Hamburgo”, que contará a história de Aracy de Carvalho, brasileira que salvou a vida de centenas de judeus na Alemanha durante a 2ª Guerra Mundial. Anne diz que escolheu a área publicitária porque sempre gostou de comunicação, ela confessa que chegou a cursar bacharelado em Direito, mas o interesse pela comunicação social foi mais forte e ela acabou desistindo de concluir o curso, o destino a levou para Publicidade. Anne comenta que pesquisou sobre a área e foi como

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uma peça que se encaixa no quebracabeça. “Vi que na publicidade estava tudo que eu me imaginava fazendo, percebi oportunidades, por isso a decisão de fazer o curso, através dele adquiro cada vez mais experiência”, disse. A atriz revela que disciplinas como Fotografia Publicitária e História da Comunicação foram imprescindíveis. “As aulas práticas de fotografia me encantaram, fizeram com que eu me familiarizasse com a câmera, aprendi vários truques e isso me ajudou na hora de gravar materiais. História da Comunicação me fez entender o meio como um todo”, explicou. Com relação à carreira profissional de atriz e de publicitária, ela diz que é bastante incentivada por seus pais, que acreditam em seus sonhos, e amigos, que vibram por cada


respeito, fala: “amigos que são como irmãos, alguns da faculdade outros da vida pessoal”. Anne revela que seu maior defeito “é ser pé no chão, muitas vezes de forma exagerada, a ponto de ser pessimista,” e acredita que sua maior qualidade é a sinceridade. Ela afirma que uma das maiores dificuldades que tem nos relacionamentos é sempre agir com o coração, em todos os momentos, e com isso não ver maldade nas pessoas. “Por outro lado, sempre procuro transformar as dificuldades em oportunidade”, disse. Anne Marques Estudante de Design @annemarquesv

conquista por ela alcançada. A esse Sobre as dificuldades da carreira, Anne Marques relata não ter passado até hoje por algo que a deixasse mal ou transtornada ao ponto de pensar em desistir ou que pudesse lhe desanimar. Ela diz que sempre enfrentou as dificuldades com leveza, ao ponto de não se deixar abater por nada, e destaca que “o mais desafiador foi entrar num trabalho de nível internacional dessa magnitude (referindo-se à nova série da Rede Globo), com atores super consagrados, sendo minha primeira experiência, é surpreendente mais muito encantador”, diz. A paraibana tem muitos sonhos e diz que a cada conquista surgem novos desejos profissionais. “Estou começando, pretendo evoluir, esse trabalho na Globo foi um presente que

irá abrir novas portas, muito maiores”. Com relação ao curso de Publicidade, ela diz que pretende continuar estudando e se formar. “Assim que terminarem as gravações, volto pra concluir o curso, quero ter meu diploma de publicitária, quero aprender mais e elevar meus conhecimentos e experiências na área”, pontua. Há três anos Anne começava seu curso de publicidade na Faculdade CERSEI, cheia de curiosidade sobre a área, uma menina sonhadora que se tornou uma linda mulher. Madura, forte, vivendo o melhor momento da vida e vivendo um novo amor (ela está namorando o diretor Jayme Monjardim). “Eu amo a mulher que me tornei, eu lutei muito pra ser ela. Costumo dizer que a vida não me cansa, porque amanhã tenho um bocado de sonhos pra dar certo”, finaliza. 17


PRODUÇÃO DE VÍDEO:

“A BASE DE TUDO SÃO AS HISTÓRIAS CONTADAS” Por Laryssa Almeida e Mylena Silva

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ívia Saraiva Parente mudou para Campina Grande assim que terminou o ensino médio em São Luís/MA. Aqui, Lívia se matriculou no curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cesrei e logo no primeiro período começou a estagiar em uma produtora de vídeo. Ela conta que quando começou a ver de perto o trabalho de uma produtora de vídeos e ter acesso aos equipamentos e programas começou a explorar esse mundo, começando por aprender o básico de captação e edição de imagens. A agência onde Lívia estagiava se desfez e ela conta que resolveu assumir um dos clientes e tocar o barco sozinha. “A minha maior dificuldade foi fazer sozinha o que várias pessoas faziam. Tive que lidar com as câmeras, microfones e configurações de gravação, além da 18

parte de edição”. Ao mesmo tempo em que esse desafio a fez crescer, ela diz que todos os dias ainda sente um “medinho” ao receber um desafio novo, “mas transformo isso em inspiração e coragem pra enfrentar e fazer o meu melhor”, afirma. Questionada sobre o que tenta captar e transmitir nos seus registros, a universitária diz que o que mais gosta é de ouvir histórias, então faz isso nas gravações com a vantagem de poder mostrá-las para todo mundo depois. Nos vídeos e documentários produzidos, ela revela que a base de tudo são as histórias. Lívia trabalha atualmente como social media numa agência e produz conteúdo para a Cicatriza Curativos e a Unicicatriza. Ela explica que o mais interessante nesses dois espaços é que as histórias dos pacientes e suas


Lívia Saraiva Parente Produtora Audiovisual @liviasfp

vidas antes e depois do tratamento são captadas e mostradas. A futura publicitária também trabalha com produção de imagens para cursos presenciais, aulas no YouTube, conteúdos no Instagram e Facebook e curso online (EAD). Indagada sobre o que é mais importante: material, olhar ou técnica? Lívia responde que é o equilíbrio dos três. “Se você tem muita técnica, mas esquece o olhar e o material, o conteúdo talvez não fique tão interessante. Mas creio que nessa lista, o material é o de menos. Por exemplo, você pode ter o melhor carro do mundo, mas não adianta nada se não souber dirigir. Sobre os critérios para escolher os fundos musicais para os vídeos, ela conta que as trilhas usadas vão da sensação que se quer passar nos vídeos. “É uma parte muito importante da edição, a escolha da música pode deixar o vídeo perfeito ou acabar com ele. A dica é escolher já dando um filtro do ritmo ou estilo que você tem em mente e escutar cada uma prestando atenção na sensação que você vai ter. É uma questão de feeling. Quando a trilha certa chegar, você vai saber”, diz. Lívia diz que a área de produção audiovisual está cada dia mais crescente, já que a produção garante uma experiência e sensação mais completa, e cita como exemplo o YouTube como sendo a principal ferramenta que as pessoas usam

quando querem aprender algo ou saber como tal coisa funciona. “Quase tudo se resume a vídeo. Por terem uma experiência mais completa e se sentirem mais próximos ao que estão vendo”, pontua. Para quem deseja ingressar nessa área Lívia deixa uma dica: “elimine a frase ‘eu não consigo fazer isso’ ou ‘eu não sei’”. Ela comenta que suas respostas sempre eram “não sei, mas posso pesquisar”, “ainda não, mas sei onde aprender”, então começou a entender que lá na frente, você vai ser uma referência em tudo que escolheu não ignorar ou dizer que “não conseguia”. Ela orienta que as pessoas nunca deixem de estudar, pesquisar, aprender. E revela que para sua felicidade a sua primeira escola foi em casa, ao lado o tio que é referência pra ela (o publicitário e professor da CESREI Emerson Saraiva, mais conhecido no meio por Mersinho). “Eu me mudei sozinha e meus pais ficaram em São Luís, então vim morar com ele e tive um professor e tanto em casa, na faculdade e no trabalho. Tive a honra de fazer o meu primeiro estágio com ele sendo um dos meus chefes e trabalhamos juntos até hoje. Confesso que pra mim foi uma mão na roda ter alguém tão próximo pra ser referência” diz, e complementa “eu não estaria onde estou agora se não tivesse escolhido absorver tudo que aparecia de oportunidade”. 19


CEO - HEAD OF MÍDIA - EBUSINESS COORDINATOR: QUAL É A SUA? Por Laryssa Almeida e Mylena Silva

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ilvana Torquato começa nosso bate papo explicando que um Head of Mídia é um analista de mídia online que trabalha com campanhas de performance ou de conversão, além de envolver a parte de análise de dados. Ela explica que é uma área extremamente promissora por focar em campanhas com mais resultados de forma segmentada para atingir o público certo. A profissional, além de professora do curso de Publicidade da Faculdade CESREI, atua na agência Bem na Fita e é ebusiness coordinator do e-commerce da Redebella. Diante do mundo virtual em que vivemos, Silvana fala da importância dessa função para o mercado. Ela diz que a grande vantagem é poder planejar de uma forma mais contextualizada, de acordo com a realidade de cada cliente, e promover campanhas online de forma mais assertiva. A jornalista explica que por ser jornalista e ter trabalhado dez anos em redação de jornal impresso, com o fechamento desses veículos, escolheu se reinventar. Ela diz que

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vinha estudando essa área do marketing desde 2010, mas nunca tinha tido a oportunidade de aplicar o que vinha aprendendo, mas há um ano está trabalhando diretamente com esse universo. “Entrei nessa área porque sempre gostei muito de estudar a área de mídias sociais, marketing e marketing de dados. É preciso partir um pouco da vontade de cada profissional em tentar entender esse novo cenário e estudar bastante, porque se modifica muito rápido”, pontua. Sobre a importância da sua função na execução de uma campanha publicitária e a maneira como atua, Silvana explica que primeiro atua no planejamento para entender como o cliente se comporta e aparece na internet para, a partir daí, pensar estratégias mais focadas em performance e conversão. Ela disse ainda que faz levantamento de dados/informações acerca do contexto em que o cliente atua para ter uma base melhor. Para os profissionais que querem trabalhar nessa área atuando em home office Silvana diz que também


SILVANA TORQUATO HEAD OF MIDIA @silvanatorquato_

funciona, mas em algumas ocasiões é necessário um contato presencial com o cliente e a equipe da agência para discutir e ouvir outras opiniões. Perguntamos a Silvana sobre as diversas profissões que tem adotado nomes estrangeiros, como a de Head of Mídia e ela explica que isso é uma tendência, pois são termos já consolidados fora do Brasil, e que o país adota para se modernizar e poder fazer parte de um cenário mais internacional. Para quem deseja ingressar nessa área, a professora dá uma dica: estudar, estudar e estudar. “É preciso também ser uma pessoa antenada com esse universo da comunicação, que está em constante transformação”, finaliza. 21


Também conversamos com o CEO da Bem na Fita Propaganda, e professor da Faculdade CESREI, Urbano Junior, a respeito da importância do head of mídia para uma agência de propaganda. Urbano falou que hoje é uma função muito estratégica, porque é uma pessoa que mexe com dados, com números e com toda a parte de inteligência de dados. Ele disse que atualmente a agência consegue oferecer aos clientes uma base de números e informações que dão mais sustentação ao trabalho e as defesas de campanhas. Urbano explica que hoje a Bem Na Fita consegue ofertar ao cliente esse serviço de acesso a dados, de gerar leads e deles poderem trabalhar com base nisso para obter resultado em suas vendas. Além disso, ele comenta que investir nesse profissional dentro da agência tem um resultado efetivo, no sentido de trazer retorno positivo para a agência. “Estamos em uma fase de implementação: das pessoas entenderem o que é isso, que tipo de trabalho é esse. Então ainda não deu pra ter uma grande rentabilidade na agência em cima disso, mas a gente entende que é um profissional hoje extremamente necessário para os novos rumos que a publicidade está tomando”, diz. Urbano fala que há um ano e dois meses, quando a agência contratou um head of mídia, que passou a gerar e captar leads e repassar isso para o cliente, conseguindo otimizar o processo de venda dele, esse cliente começou a entender e enxergar na internet esse grande potencial, não só no Instagram e no Facebook que são as redes mais utilizadas hoje em dia, mas através do uso do embalde de marketing, através do uso de dados conseguir otimizar as suas relações com os consumidores. 22

URBANO JUNIOR CEO da Bem na Fita Propaganda @urbanovilar


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TADEU: UM ÍCONE NO MERCADO PUBLICITÁRIO PARAIBANO Por Herrisson Dias, Jaciara Patricio e Thiago Fabrico

O empresário José Tadeu Pereira começou sua carreira como corretor publicitário, atividade que o destacou para o mercado publicitário. Sua primeira experiência no ramo foi atuando na extinta Rádio Borborema, empresa integrante do condomínio Diários e Emissoras Associadas. Tadeu Pereira diz que a chegada de outros veículos de imprensa na cidade, a exemplo da TV Paraíba (afiliada do grupo Globo), motivou a criação da agência JTP Publicidade, em 1983. Ele nos conta que enxergou que aquela era a oportunidade de empreender, sem deixar de atender seu principal cliente. O empreendimento nasceu com a participação de Jaira Pereira (esposa) e do sobrinho Emerson Saraiva (Mersinho). Empresa bem avaliada pelo mercado, a JTP é a agência que tem mais tempo de atuação na Paraíba, procurando sempre estar à frente do seu tempo. “Nós somos uma agência com mais de 30 anos de atuação no mercado publicitário paraibano. Acreditamos no poder que uma ideia inovadora tem e que com ela é possível abrir os olhos do público alvo de cada empresa”. Sobre o mercado local, Tadeu explica que impressão gráfica e impressão em grande formato, são diferentes, uma morreu e 24

a outra cresceu. Ele avalia que quem atua hoje no mercado de impressão de grande formato, com as inovações tecnológicas, muitos estão se saindo bem, mas levando em consideração quem trabalha com gráfica, a maioria está passando por dificuldades. Ele comenta que as gráficas mais tradicionais de Campina Grande hoje sobrevivem de fazer encarte para supermercados, o setor imobiliário e o de educação no período de matrículas, “aqueles panfletos que são distribuídos na rua”. Com relação às mídias digitais, se proporcionaram uma diminuição da produção impressa, Tadeu concorda, mas pondera. “As mídias digitais têm uma força muito grande, o ruim é porque com relação às mídias digitais alguns clientes pensam que é de graça, mas isso tem custo, você vai botar uma quantidade de anúncio e aparece um volume muito pequeno, 5% de pessoas. Por exemplo, eu tenho 10 mil seguidores, na maioria das vezes a postagem aparece para 5% dos seguidores, o que realmente eles querem que você faça é impulsionar, e também vem o público que você quer atingir, porque tem um determinado público que você não consegue chegar com as mídias sociais”, diz. Bem humorado Tadeu exemplifica


falando que talvez um carro de som funcione melhor em um sítio, “você pode prestar atenção que a maioria do povo de cidade pequena é mande áudio, mande áudio, porque não sabem ou não tem paciência pra ler. Alguns não sabem interpretar então não vão querer está olhando redes sociais com relação a estar lendo”, opina. Fazendo uma perspectiva desse mercado para os próximos anos, ele diz que “até poderia lhe dar uma resposta, mas depois desse coronavírus, eu não tenho a menor ideia do que vai acontecer. Porque vai ter uma recessão grande e não vai atingir só esse ano. O mercado gráfico vai entrar numa crise muito grande, talvez o que sobreviva é esse setor de impressão de grande formato”, avalia. Sobre as desvantagens e avanços que o mercado teve nos últimos anos, ele pontua como desvantagem o fato de que “acabou muito o uso de papel”. Tadeu diz que cada vez mais as pessoas estão usando as redes sociais e ele não vê isso com bons olhos pelo fato de que para fazer uma campanha de rede social, é preciso saber o que o cliente quer, aonde ele quer chegar, quem é o público que ele quer atingir e não é isso que estão fazendo. “Hoje a gente vê todo mundo pegar uma foto de um bolo, ai coloca nas redes sociais e diz: compre o bolo aqui que é mais barato, ai pega um monte de fotografia e coloca um bocado de besteira e o povo olha, ai eu não sei não, tenho uma equipe de cinco pessoas para fazer redes sociais e é preciso que saibam o que estão fazendo”, diz o empresário; Tadeu chama a atenção para o fato de que “as redes sociais das grandes empresas são muito bem produzidas, mas bem produzidas mesmo. Porque o que

JOSÉ TADEU PEREIRA Empresário / Agência JTP @jtptadeu

vai prevalecer vai ser a qualidade do produto apresentado, a criatividade, o VT, a ideia, o formato, as cores, a mensagem, o texto”. Para ele, a criatividade é quem vai prevalecer em cima das redes sociais. “Na maioria das vezes as pessoas têm o conceito de que vai fazer que vai dar certo, mas não é assim não”. O empresário chama a atenção ainda para a queda assustadora da mídia televisiva em relação às redes sociais. “As televisões estão em queda assustadora, e as redes sociais tiveram um crescimento grande, mas o que está acontecendo muito no mercado é que todo mundo está ensinando o povo a fazer redes sociais e eu acredito que ninguém ver nada de graça, tem alguma coisa que está meio errada por ai”, pondera. Sobre o que deve ser feito para se manter em um mercado cada vez mais competitivo Tadeu diz que é difícil pontuar porque, segundo ele, tem muita gente se fazendo de publicitário, muita gente que está pegando vídeos de


informações de outros países, de outras agências, pesquisando no Brasil afora, copiando e colando e passando “infelizmente” como se fosse a sua mensagem. “Tem muita gente se achando profissional e fazendo muita coisa por ai e o cliente achando que funciona, fica satisfeito diz olha o que fulano está fazendo é barato”. Ele diz que ainda acredita na criatividade pra se manter no mercado cada vez mais competitivo. “Você pode prestar atenção quantos casamentos são realizados em Campina Grande? Um grande profissional nessa área é Erik Marreiro, ele tem uma qualidade fantástica e cobra um preço justo, ele não cobra caro, só que tem um bocado de cinegrafista de porta de cadeia, como se diz no ditado popular, que faz por 10% do preço de Erik, só que não é a qualidade que ele tem então a qualidade 26

e criatividade dele o mantêm no mercado”, exemplifica. Sobre competitividade, Tadeu comenta ainda que ela não representa qualidade, “qualidade é o grande diferencial, e é o que o cliente menos quer pagar. Ele quer pagar barato”. Tadeu conclui pontuando “as redes sociais são interessantes? São! Mas ela faz parte de um plano de mídia. O que é um plano de mídia? É onde você anuncia, seja no rádio, na televisão, no outdoor, no banner, em um brinde, em panfleto. Existe muita gente enganando os outros, pessoas sem criatividade, sem conceito, sem planejamento, que não tem arte, não sabe quais são as mídias que funcionam, mais estão no mercado, é muito difícil lidar com o que está acontecendo hoje”, finaliza.


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NAS ONDAS DO

RÁDIO G Por Mariana Figueiredo

ilberto José Gomes Mota nasceu em RecifePE e em 1990 aceitou o convite para estagiar na rádio Campina FM em Campina Grande/PB, ele conta que sempre teve vontade de se direcionar ou para área de educação física, que era uma paixão interna, ou para o mundo da comunicação, mas ao chegar em Campina reconheceu que tinha nascido para atuar no meio radiofônico, um dom que já vinha da família, através do seu tio Wilton Mota e do seu pai Gilberto Mota o qual foi um dos primeiros locutores da rádio Cariri e também atuou na rádio Borborema. Jornalista por profissão, Gilberto disse que com o estágio já tinha a prática, mas precisava da teoria, então o curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, veio somar. Então a vontade de “mexer” com música e de fazer produções já estava embutida, se tornando profissão após a conclusão da graduação. “Vim pra Campina em busca de uma vitória, me transformei em radialista profissional tanto teórico como prático”, disse. Ele diz ainda que a vitória pessoal de transformar sonho em realidade, o levou a ter o prazer de conhecer ídolos da

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adolescência, de criar laços de amizades com outros profissionais. Gilberto declara que hoje se sente orgulhoso por ser um radialista respeitado em Campina Grande. “Muitas pessoas me conhecem através do meu trabalho e não pelo sobrenome, isso me orgulha”, afirma. O radialista aconselha que as pessoas nunca deixem de estudar, e cita como exemplo a transição da rádio. “A rádio teve uma transição enorme, teve a mudança do LP para o CD, o mini disco que era um CD reduzido, até a chegada do computador que converteu toda a música para MP3. Então a tecnologia fez com que eu estudasse muito, fazendo cursos e aprendendo sozinho, se não estudar, se capacitar, você será ultrapassado”, aconselhou. Para Gilberto, um dos seus momentos mais marcantes foi na Micarande (carnaval fora de época de Campina Grande) de 1993, em que ele e seus colegas de rádio tinham um gravador de fita cassete que levavam para a rua e casas de shows para gravar as apresentações e deixar de


GILBERTO MOTA Radialista @gilberto.mota.5

recordação. Ele disse que gravar a apresentação do trio do Chiclete com Banana, com Bell Marques, no Parque do Povo, foi algo diferente. “Eles cantaram uma música chamada Será, em homenagem a Renato Russo, e naquele momento todo o Parque do Povo cantou junto com ele. No outro dia eu separei essa gravação e disponibilizei para Jorgito que era um locutor da época, tocar na rádio. Naquela época a única forma de interatividade era a carta ou telefone, então os telefones não paravam de tocar com as pessoas pedindo pra tocar novamente. A música ficou três meses na programação, com as pessoas ligando pedindo. Foi um momento muito marcante, pois demos um impulso nas músicas ao vivo. A partir dai muita gente passou a gravar shows devido o aumento nos pedidos de músicas ao vivo”, comenta. Gilberto esclarece que não foi o primeiro profissional a gravar uma música ao vivo, “mas a repercussão daquela música cantada ao vivo era muito mais que os LPS das músicas do Chiclete. A Campina FM foi beneficiada por muito tempo porque era a única rádio que tinha a gravação na época, explica. O radialista conta que também abriu espaço para outro caminho profissional, o de professor acadêmico. Gilberto é professor do curso de Publicidade da CESREI, e hoje, aos 51 anos, ele afirma que estuda muito mais do que na sua época acadêmica, “porque tudo é novidade, então procuro me especializar muito no que tenho que repassar para os meus alunos”. Sonhos e planos o radialista diz que ainda tem muitos, e para quem ainda é estudante ele deixa um recado: “você já é um vitorioso na vida, apenas valorize cada momento de sua vitória. Comemore como um jogador de futebol, que a cada gol vibra. Vibre a cada momento que você tiver uma vitória”, finaliza. 29


DA RÁDIO COMUNITÁRIA PARA TV WEB Por Isaias Paulino

M

orador da cidade do Ingá/ PB, Levy Jenny Pereira de Oliveira, mais conhecido como Levy Gravações começou a trabalhar ainda na adolescência como empacotador de compras em um mercadinho, mas logo foi para rádio comunitária da cidade e também fazia locução em um carro de som nas ruas da cidade. Com o advento da internet Levy passou a fazer alguns trabalhos da área em casa, como: vinheta e tele-mensagem. Com uma visão empreendedora, ele percebe uma nova oportunidade e monta a Tv Web Itacoa TV. Ele conta que tudo começou com uma brincadeira entre os amigos na sala de aula. “A gente inventava de tudo um pouco, brincava de cantor, de locutor, imitava o apresentador Silvo Santos e outros apresentadores e então fui percebendo que gostava da área de comunicação. Na época eu trabalhava como empacotador e ganhava um salário abaixo do salário mínimo, não dava pra nada, então fui trabalhar como locutor de carro de som, atendendo ao cliente para vender os jingles, as tele mensagens, as publicidades do comércio”,

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explica. Logo em seguida ele recebeu uma proposta pra trabalhar na rádio e aceitou. Levy disse que mesmo sem saber como fazia o trabalho foi “desenrolando”. Ele comenta que tinha muita dificuldade, mas o que ganhava em uma semana ele não ganhava em um mês como empacotador, então encarou o desafio e buscou se aperfeiçoar. Sua maior influência era o comunicador Silvio Santos e ele diz que assistia aos programas pra aprender a se comunicar e a se relacionar com o público. Da rádio para a Tv Web foi um passo. Levy conta que com a atualização do sistema e avanço do digital, ele viu uma forma de alcançar mais ainda o seu público alvo, que era os comerciantes de sua cidade. Hoje ele tem um canal no YouTube, também exibe seus programas pelo Facebook, mas não deixou de lado o carro de som. “Meu maior sonho na comunicação é ser apresentador de uma grande TV de nome nacional, estou trabalhando para a concretização desse sonho”, finalizou.


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Nicole Aducci Design Gráfica/social Media/Influencer @nicolleadduci

NOS EUA, BRASILEIRA CONTA TRAJETÓRIA COMO SOCIAL MEDIA E INFLUENCIADORA DIGITAL Por Amanda Leite Franco e Laís Oliveira

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icolle Adduci, 24 anos, brasileira, tinha vontade de cursar Direito e sem sucesso de aprovação para o turno que queria, optou pela graduação em Design, na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que também estava dentro das opções de cursos que ela tinha escolhido e, segundo ela, foi a melhor escolha da vida. DESAFIOS O desafio inicial, quando ainda estava na faculdade, foi a parte de desenhos e as cadeiras de exatas. “As cadeiras de exatas foram mais desafiadoras que as cadeiras de desenho, então assim fui seguindo, Jesus segurando na minha mão e me levou (risos)”. OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO Uma das maiores oportunidades de crescimento foi à participação no programa Ciência sem Fronteiras nos EUA, me dediquei muito, criei todo um plano e foi a maior oportunidade de crescimento em minha profissão. DO BRASIL... No Brasil, a experiência mais marcante foi trabalhar na agência Mais Propaganda. Aprendi muito lá, principalmente como social media. A Mais tem um papel fundamental na minha carreira, por ter sido o lugar onde eu cresci e aprendi muito. ... PARA OS ESTADOS UNIDOS

Com relação aos EUA, após o intercâmbio fiz um estágio em uma empresa de Chicago que presta trabalhos para grandes festivais. No estágio eu estava como design gráfico, mas como tinha oportunidade de conhecer outras áreas dentro da empresa, comecei a “colar junto” e colocar a “mão na massa” nas áreas de social media e fotografia e os resultados foram excelentes. Também participei de algumas ações como social media e surgiu aquele brilho no olhar de realmente querer levar isso para frente como profissão. ADAPTAÇÃO PROFISSIONAL EM OUTRO PAÍS Tive experiência de trabalhar tanto em empresas “menores” como em empresas “maiores”. Hoje trabalho em uma empresa maior, global, essa empresa tem escritórios espalhados por vários cantos do mundo, inclusive no Brasil. Atualmente estou apenas como design gráfica, sinto falta de ser social media, apesar de trabalhar com isso em minhas redes sociais. JOB QUE MAIS AMOU FAZER Entre todos os Jobs já realizados, amei fazer um infográfico que falava sobre social media, que abrangia Tiktok, Snapchat e outras redes. 33


ALÉM DE TUDO... INFLUENCIADORA Ser influenciadora simplesmente aconteceu. Gostava muito das fotos bem trabalhadas, detalhadas, falar sobre maquiagem e percebi que quando postava tais coisas o público começava a se identificar, assim comecei. INSTAGRAM E INFLUENCIADORAS DIGITAIS O Instagram tem total relevância para as influenciadoras digitais. Na minha rede social meu público é feminino e brasileiro, só que recebo muitas coisas de marcas dos Estados Unidos então tenho que postar a legenda em inglês e fico nessa sinuca de bico, porque eu tenho que produzir mais conteúdo em inglês, mas ao mesmo tempo a maioria do meu publico é brasileiro, e tenho que agradar o meu público, mas também tenho que atender as necessidades das marcas que me mandam produtos, então chega a ser um pouquinho complicado, mas eu desdobro isso, (risos). MONETIZAÇÃO DO INSTAGRAM Monetizar seria o meu sonho (risos). Se eu me dedicasse mais eu já estaria monetizando bem legal. Sou realizada como digital influencer por receber tantos produtos que são caríssimos, de grandes marcas que talvez se fosse sair de meu bolso não iria conseguir comprar. NICOLE NO TIKTOK Recentemente comecei a usar bastante o tiktok e lá todo o conteúdo é feito em inglês, comecei 34

a usar mais como uma forma de captar seguidores que falam inglês, seguidores americanos. Eu tenho um vídeo no tiktok que tem quase dois milhões de visualizações, é uma coisa muito louca, um vídeo bem aleatório. Na minha experiência, é uma rede social muito mais fácil de crescimento que o Instagram, que infelizmente é complicado de crescer e de subir, especialmente se você não tem tanto dinheiro pra investir. Graças a Deus as marcas americanas veem meu perfil, analisam meu conteúdo e é isso que conta. A qualidade do meu conteúdo continua excelente, por mais que o engajamento tenha caído um pouquinho e os números não estejam crescendo de uma forma tão atrativa, mesmo assim continuo com as minhas parcerias de marcas. CANAL NO YOUTUBE Estou com um projeto de ter um canal no YouTube, pretendo investir em alguém para me ajudar nas edições para que o conteúdo saia mais rápido. Acho que o YouTube é o meio mais rápido de começar a monetizar, além de marcas que possam lhe pagar para aparecer em seu canal. SUGESTÃO? Os resultados vêm, sempre vem!


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JARGÕES QUE TODO PUBLICITÁRIO DEVE CONHECER: Brand: Diz respeito tanto ao ícone que representa uma empresa ou quanto à identidade e a personalidade de uma marca. Branding: Trabalho de construção de uma marca no mercado. Briefing: é o documento que registra os dados necessários para a criação de um projeto. Esse documento destaca informações como objetivo, orçamento, prazo e público. (rock content) Brainstorming: mais conhecida como “nuvem de palavras”, na verdade um dos momentos mais importantes para criação de uma campanha publicitária. É um momento em que todas as ideias são expostas e a construção do conceito é realizado. Budget: Orçamento. Case: Estudo de caso, uma história marcante, geralmente sobre resultados de sucesso, relacionada a uma marca, uma campanha ou ação. CEO (Chief Executive Officer): É o principal executivo, presidente, superintendente ou diretor de uma empresa. As pessoas costumam fazer confusão quando a empresa tem os dois: CEO e presidente. Nesse caso a função do segundo é mais representativa. Deadline: Prazo final. Direct: Estratégias de marketing cuja logística estabelece um contato individual e direto com o consumidor. Feedback: informação que o emissor obtém da reação do receptor à sua mensagem, e que serve para avaliar os resultados da transmissão, ou até mesmo dar uma resposta. Follow up: Dar prosseguimento a uma discussão ou debate, retomando temas 36


para atingir soluções. Também pode significar revisão das tarefas que foram geradas após uma reunião ou auditoria, quando os prazos para realização se esgotaram. Significa ainda ligar para o cliente, a fim de acompanhá-lo. Identidade Visual: Conjunto de símbolos e cores que identificam uma empresa ou marca, como logotipo e logomarca, alfabeto, papelaria, pintura de frota, padrões visuais de embalagem e de propaganda, etc. Jingle: Peça publicitária em forma de música. Pode ser usada no rádio ou servir de trilha para filmes publicitários. Layout: Esboço ou desenho que destaca os vários elementos de uma peça publicitária de mídia impressa, ou seja, elaboração prévia de uma arte final. Job: nós não fazemos um trabalho, nós fazemos um “job”. Palavrinha emprestada da língua inglesa é muito comum no meio publicitário, e ela significa a montagem e toda a realização de qualquer atividade. Logotipo ou logomarca? Essa dúvida é muito comum. Logotipo: em grego, “logos” significa conceito, significado. Já “typos” significa símbolo ou figura. Assim, logotipo significa símbolo visível de um conceito. Então se um cliente nos entrega um conceito a ser trabalhado, esse é o logo. A partir desse conceito, criamos um símbolo gráfico, que é o tipo. Logomarca: palavra muito usada por clientes que a confundem com a palavra logotipo. “Logos” vem do grego e significa significado, conceito. Marca origina-se da palavra germânica “marka” e tem o mesmo significado do termo “logo”, sendo assim, logomarca significaria “significado do significado”, o que não faz sentido. Market Share: Medida de nível ou grau de participação de uma marca ou produto em um dado momento no mercado. Também chamado “fatia de mercado”. Merchandising: Inserção de propaganda dentro de contexto editorial, em diversos meios de comunicação, a fim de minimizar seu teor comercial. Networking: Rede de contatos. Prospect: Pessoa não-consumidora de um determinado produto ou serviço que tem potencial de vir a se tornar um consumidor, também chamado Cliente Potencial. Recall: Lembrança que o público tem depois de entrar em contato com alguma peça/campanha/ação publicitária. Usada como índice de eficácia. Slogan: Frase-tema de uma campanha ou marca. Spot: Mensagem de curta duração, para rádio ou televisão. Story board: Esquema ilustrado do roteiro de uma publicidade. Target: Alvo, em inglês. Expressão utilizada para definir o público-alvo de um plano de marketing, campanha ou peça de comunicação. Teaser: Mensagem curta, geralmente usada para provocar a atenção do público em relação a uma ação publicitária. 37


cesrei.com.br/site/midiativa/ /RevistaMidiativa

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@RevistMidiativa


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