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TADEU: UM ÍCONE NO MERCADO PUBLICITÁRIO PARAIBANO
TADEU: UM ÍCONE NO MERCADO PUBLICITÁRIO PARAIBANO
Por Herrisson Dias, Jaciara Patricio e Thiago Fabrico
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O empresário José Tadeu Pereira começou sua carreira como corretor publicitário, atividade que o destacou para o mercado publicitário. Sua primeira experiência no ramo foi atuando na extinta Rádio Borborema, empresa integrante do condomínio Diários e Emissoras Associadas. Tadeu Pereira diz que a chegada de outros veículos de imprensa na cidade, a exemplo da TV Paraíba (afiliada do grupo Globo), motivou a criação da agência JTP Publicidade, em 1983. Ele nos conta que enxergou que aquela era a oportunidade de empreender, sem deixar de atender seu principal cliente. O empreendimento nasceu com a participação de Jaira Pereira (esposa) e do sobrinho Emerson Saraiva (Mersinho). Empresa bem avaliada pelo mercado, a JTP é a agência que tem mais tempo de atuação na Paraíba, procurando sempre estar à frente do seu tempo. “Nós somos uma agência com mais de 30 anos de atuação no mercado publicitário paraibano. Acreditamos no poder que uma ideia inovadora tem e que com ela é possível abrir os olhos do público alvo de cada empresa”. Sobre o mercado local, Tadeu explica que impressão gráfica e impressão em grande formato, são diferentes, uma morreu e a outra cresceu. Ele avalia que quem atua hoje no mercado de impressão de grande formato, com as inovações tecnológicas, muitos estão se saindo bem, mas levando em consideração quem trabalha com gráfica, a maioria está passando por dificuldades. Ele comenta que as gráficas mais tradicionais de Campina Grande hoje sobrevivem de fazer encarte para supermercados, o setor imobiliário e o de educação no período de matrículas, “aqueles panfletos que são distribuídos na rua”. Com relação às mídias digitais, se proporcionaram uma diminuição da produção impressa, Tadeu concorda, mas pondera. “As mídias digitais têm uma força muito grande, o ruim é porque com relação às mídias digitais alguns clientes pensam que é de graça, mas isso tem custo, você vai botar uma quantidade de anúncio e aparece um volume muito pequeno, 5% de pessoas. Por exemplo, eu tenho 10 mil seguidores, na maioria das vezes a postagem aparece para 5% dos seguidores, o que realmente eles querem que você faça é impulsionar, e também vem o público que você quer atingir, porque tem um determinado público que você não consegue chegar com as mídias sociais”, diz. Bem humorado Tadeu exemplifica
falando que talvez um carro de som funcione melhor em um sítio, “você pode prestar atenção que a maioria do povo de cidade pequena é mande áudio, mande áudio, porque não sabem ou não tem paciência pra ler. Alguns não sabem interpretar então não vão querer está olhando redes sociais com relação a estar lendo”, opina. Fazendo uma perspectiva desse mercado para os próximos anos, ele diz que “até poderia lhe dar uma resposta, mas depois desse coronavírus, eu não tenho a menor ideia do que vai acontecer. Porque vai ter uma recessão grande e não vai atingir só esse ano. O mercado gráfico vai entrar numa crise muito grande, talvez o que sobreviva é esse setor de impressão de grande formato”, avalia. Sobre as desvantagens e avanços que o mercado teve nos últimos anos, ele pontua como desvantagem o fato de que “acabou muito o uso de papel”. Tadeu diz que cada vez mais as pessoas estão usando as redes sociais e ele não vê isso com bons olhos pelo fato de que para fazer uma campanha de rede social, é preciso saber o que o cliente quer, aonde ele quer chegar, quem é o público que ele quer atingir e não é isso que estão fazendo. “Hoje a gente vê todo mundo pegar uma foto de um bolo, ai coloca nas redes sociais e diz: compre o bolo aqui que é mais barato, ai pega um monte de fotografia e coloca um bocado de besteira e o povo olha, ai eu não sei não, tenho uma equipe de cinco pessoas para fazer redes sociais e é preciso que saibam o que estão fazendo”, diz o empresário; Tadeu chama a atenção para o fato de que “as redes sociais das grandes empresas são muito bem produzidas, mas bem produzidas mesmo. Porque o que
JOSÉ TADEU PEREIRA Empresário / Agência JTP @jtptadeu
vai prevalecer vai ser a qualidade do produto apresentado, a criatividade, o VT, a ideia, o formato, as cores, a mensagem, o texto”. Para ele, a criatividade é quem vai prevalecer em cima das redes sociais. “Na maioria das vezes as pessoas têm o conceito de que vai fazer que vai dar certo, mas não é assim não”. O empresário chama a atenção ainda para a queda assustadora da mídia televisiva em relação às redes sociais. “As televisões estão em queda assustadora, e as redes sociais tiveram um crescimento grande, mas o que está acontecendo muito no mercado é que todo mundo está ensinando o povo a fazer redes sociais e eu acredito que ninguém ver nada de graça, tem alguma coisa que está meio errada por ai”, pondera. Sobre o que deve ser feito para se manter em um mercado cada vez mais competitivo Tadeu diz que é difícil pontuar porque, segundo ele, tem muita gente se fazendo de publicitário, muita gente que está pegando vídeos de
informações de outros países, de outras agências, pesquisando no Brasil afora, copiando e colando e passando “infelizmente” como se fosse a sua mensagem. “Tem muita gente se achando profissional e fazendo muita coisa por ai e o cliente achando que funciona, fica satisfeito diz olha o que fulano está fazendo é barato”. Ele diz que ainda acredita na criatividade pra se manter no mercado cada vez mais competitivo. “Você pode prestar atenção quantos casamentos são realizados em Campina Grande? Um grande profissional nessa área é Erik Marreiro, ele tem uma qualidade fantástica e cobra um preço justo, ele não cobra caro, só que tem um bocado de cinegrafista de porta de cadeia, como se diz no ditado popular, que faz por 10% do preço de Erik, só que não é a qualidade que ele tem então a qualidade e criatividade dele o mantêm no mercado”, exemplifica. Sobre competitividade, Tadeu comenta ainda que ela não representa qualidade, “qualidade é o grande diferencial, e é o que o cliente menos quer pagar. Ele quer pagar barato”. Tadeu conclui pontuando “as redes sociais são interessantes? São! Mas ela faz parte de um plano de mídia. O que é um plano de mídia? É onde você anuncia, seja no rádio, na televisão, no outdoor, no banner, em um brinde, em panfleto. Existe muita gente enganando os outros, pessoas sem criatividade, sem conceito, sem planejamento, que não tem arte, não sabe quais são as mídias que funcionam, mais estão no mercado, é muito difícil lidar com o que está acontecendo hoje”, finaliza.