3 minute read

NAS ONDAS DO RÀDIO

Por Mariana Figueiredo

Gilberto José Gomes Mota nasceu em RecifePE e em 1990 aceitou o convite para estagiar na rádio Campina FM em Campina Grande/PB, ele conta que sempre teve vontade de se direcionar ou para área de educação física, que era uma paixão interna, ou para o mundo da comunicação, mas ao chegar em Campina reconheceu que tinha nascido para atuar no meio radiofônico, um dom que já vinha da família, através do seu tio Wilton Mota e do seu pai Gilberto Mota o qual foi um dos primeiros locutores da rádio Cariri e também atuou na rádio Borborema.

Advertisement

Jornalista por profissão, Gilberto disse que com o estágio já tinha a prática, mas precisava da teoria, então o curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, veio somar. Então a vontade de “mexer” com música e de fazer produções já estava embutida, se tornando profissão após a conclusão da graduação. “Vim pra Campina em busca de uma vitória, me transformei em radialista profissional tanto teórico como prático”, disse. Ele diz ainda que a vitória pessoal de transformar sonho em realidade, o levou a ter o prazer de conhecer ídolos da adolescência, de criar laços de amizades com outros profissionais.

Gilberto declara que hoje se sente orgulhoso por ser um radialista respeitado em Campina Grande. “Muitas pessoas me conhecem através do meu trabalho e não pelo sobrenome, isso me orgulha”, afirma.

O radialista aconselha que as pessoas nunca deixem de estudar, e cita como exemplo a transição da rádio. “A rádio teve uma transição enorme, teve a mudança do LP para o CD, o mini disco que era um CD reduzido, até a chegada do computador que converteu toda a música para MP3. Então a tecnologia fez com que eu estudasse muito, fazendo cursos e aprendendo sozinho, se não estudar, se capacitar, você será ultrapassado”, aconselhou.

Para Gilberto, um dos seus momentos mais marcantes foi na Micarande (carnaval fora de época de Campina Grande) de 1993, em que ele e seus colegas de rádio tinham um gravador de fita cassete que levavam para a rua e casas de shows para gravar as apresentações e deixar de

GILBERTO MOTA Radialista @gilberto.mota.5

recordação. Ele disse que gravar a apresentação do trio do Chiclete com Banana, com Bell Marques, no Parque do Povo, foi algo diferente.

“Eles cantaram uma música chamada Será, em homenagem a Renato Russo, e naquele momento todo o Parque do Povo cantou junto com ele. No outro dia eu separei essa gravação e disponibilizei para Jorgito que era um locutor da época, tocar na rádio. Naquela época a única forma de interatividade era a carta ou telefone, então os telefones não paravam de tocar com as pessoas pedindo pra tocar novamente. A música ficou três meses na programação, com as pessoas ligando pedindo. Foi um momento muito marcante, pois demos um impulso nas músicas ao vivo. A partir dai muita gente passou a gravar shows devido o aumento nos pedidos de músicas ao vivo”, comenta.

Gilberto esclarece que não foi o primeiro profissional a gravar uma música ao vivo, “mas a repercussão daquela música cantada ao vivo era muito mais que os LPS das músicas do Chiclete. A Campina FM foi beneficiada por muito tempo porque era a única rádio que tinha a gravação na época, explica.

O radialista conta que também abriu espaço para outro caminho profissional, o de professor acadêmico. Gilberto é professor do curso de Publicidade da CESREI, e hoje, aos 51 anos, ele afirma que estuda muito mais do que na sua época acadêmica, “porque tudo é novidade, então procuro me especializar muito no que tenho que repassar para os meus alunos”.

Sonhos e planos o radialista diz que ainda tem muitos, e para quem ainda é estudante ele deixa um recado: “você já é um vitorioso na vida, apenas valorize cada momento de sua vitória. Comemore como um jogador de futebol, que a cada gol vibra. Vibre a cada momento que você tiver uma vitória”, finaliza.

This article is from: