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MULHERES NA DIREÇÃO

UM RETRATO DA PRESENÇA FEMININA NO MERCADO PUBLICITÁRIO

Por Beatriz Alexandre e Jonas Soriano

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Ser mulher, se impor e mostrar presença no trabalho em uma sociedade onde a maioria dos cargos importantes são ocupados por homens ainda é uma tarefa extremamente difícil, mesmo com tanta evolução ao passar dos anos. Várias mulheres enfrentam essa luta diária pelo reconhecimento, e Giselle Oliveira é uma delas. Graduanda em Design de Produto pela Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, Giselle trabalha na área de design gráfico há quatro anos. Com apenas 24 anos, ela conseguiu se destacar no mercado e em seu trabalho na agência, tudo decorrente de seu gosto por direção de arte. Ela explica que o ponto de partida para trabalhar com direção de arte foi a curiosidade de aprender novas ferramentas e gostar de ilustrações. “Isso me fez ter apreço por manipulação de imagens e vídeo, foi quando comecei a pesquisar sobre as ferramentas, programas e tutoriais para começar a utilizá-los. Posteriormente, o curso aumentou

essa curiosidade e comecei como freelancer.” Dos trabalhos como freela, veio à oportunidade do estágio em uma agência, e uma nova realidade na vida de Giselle. Ela precisou se adaptar ao trabalho em equipe, e ao convívio em um cargo que era, até então, totalmente ocupado por homens no local. A designer contou que no início de seu estágio, houve situações em que ela se sentiu inferiorizada pelos outros profissionais de sua área. “Foram comentários e situações com outro colega de

trabalho quando iniciei o estágio na eficientemente quanto eles. agência. Percebia que sempre havia Assim como Giselle, existem muitas pequenas situações e momentos em publicitárias que ainda encontram que ele julgava ou menosprezava a empecilhos no seu caminho para o maneira como eu trabalhava e agia”, reconhecimento profissional. Essa disse. luta, infelizmente, ainda é atual, mas a Apesar dos problemas iniciais, jornada tem bem mais possibilidades Giselle não deixou que experiências do que antes. Com empoderamento ruins abalassem o seu desempenho e esperança, a designer deixa um no trabalho, e se esforçou ainda recado para aquelas que querem fazer mais para continuar firme em seu parte dessa área. “Primeiramente, cargo. “Depois de um tempo, passei não permitir que exista qualquer a ficar mais tranquila e segura tipo de situação que a deixe sentirprofissionalmente e pessoalmente, se inferior. E o ponto chave, por além de acreditar que a mulher tenha experiência própria, é não admitir ganhado gradativamente espaço certas ‘brincadeiras’ e pará-las desde em todas as áreas de trabalho”. Em a primeira que fizerem, tendo sempre seu dia a dia, a designer lida com a consciência que lugar de mulher é as mesmas necessidades que seus em qualquer lugar, e onde ela quiser”, colegas de trabalho, e as realiza tão finaliza.

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