Revista Mindset Exponencial III Edição

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De oficial do exército a CEO da Contabilizei - Contabilidade Online. Uma conversa sobre visão de negócios, gerenciamento de equipes, inovação. Conheça a trajetória de Vitor Torres e como ele criou e levou a Contabilizei a ajudar milhares de MPE’s e prestadores de serviço de todo o país.


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Conversão | 02

QUANTO TEMPO VOCÊ TEM? Não é da morte que a maioria das pessoas têm medo. As pessoas (e isso possivelmente inclui você) têm medo do que a morte representa: o fim do tempo que você tem pra fazer alguma coisa. Certa vez há alguns anos atrás, em uma visita a um lar para idosos em minha cidade, ouvi um relato que é algo que realmente provoca medo: “meu filho, a minha maior tristeza, é olhar pra trás desses 70 anos e ver que eu não construí nada, a vida (tempo) passou e eu não fiz nada, e agora não posso mais fazer nada”. É disso que as pessoas têm medo. Você já se pegou pensando: “como o tempo passou rápido!”, quanta coisa aconteceu nesses x anos”, “como minha semana passou rápido”, “meu Deus, o prazo está acabando!” e etc? Há aquela frase que pode parecer clichê: “o tempo é a moeda mais preciosa”, e de fato é. Mas, o valor do tempo não é monetário, o que torna o tempo valioso, é o que eu posso fazer com ele. E o tempo é uma moeda justa. Os bilionários tem o mesmo tempo que eu tenho em cada dia e mesmo que você precise fazer algumas coisas no seu dia que eles (os bilionários) não precisam, seu tempo vale muito. Não quero aqui trazer um texto sobre produtividade apenas, mas, uma reflexão sobre como estamos “gastando” nosso tempo. “Existe um tempo para cada coisa” esta é uma sabedoria milenar, o Livro de Eclesiastes, segundo estudiosos foi escrito por volta

do século III a.C e no seu terceiro capítulo (Eclesiastes 3, 1-13) nos deixa esta lição que é tão atual. Um grande problema enfrentado hoje é que pessoas gastam tempo como gastam dinheiro. Simplesmente lotam suas listas de tarefas, agendas, calendários pensando que assim estão aproveitando seu tempo, como aquelas pessoas que são compulsivas que entram num shopping e vão de loja em loja empregando seu dinheiro em diversos tipos de roupas, acessórios e etc. No fim o resultado é o mesmo: coisas que vão se amontoar sem utilidade - tarefas que não lhe fazem sentir que fez algo, que vão te remeter àquele tipo de pergunta que mencionei lá em cima e por vezes, questionamentos piores ainda. E o problema é que o dinheiro volta, o tempo nem volta e nem para. A boa notícia é que você pode reverter sua situação se você tem ficado pensativo sobre isso, você pode aproveitar bem seu tempo. Você não precisa bancar o coelho de Alice no País das Maravilhas que está sempre atrasado. O tempo de um empreendedor é sempre bem preenchido, ainda mais quando se está no início, produtividade é uma palavra que tem que estar no vocabulário, livros sobre produtividade figuram entre os mais consumidos entre os empreendedores, todos querem saber como fazer mais com o tempo que se tem. Eu mesmo já disse: “meu dia precisaria ter umas 35 horas”, e isso pode ser sinal de falta de foco, ansiedade, estresse, procrastinação. No nosso dia-a-dia nos ambientes em que passamos, existem muitas distrações externas que podem nos fazer perder o foco, mas engana-se quem pensa que somente o ambiente externo é culpado pela falta de produtividade. Hábitos pessoais

podem ter um peso maior do que você imagina na sua produtividade. Nossa revista fala sobre Mindset, essa pequena coluna fala sobre conversão, que quer dizer mudança, e aqui eu gostaria de lhe propor esta mudança de como você lida com seu tempo. Desligue o “piloto automático” da sua vida. Este é o primeiro passo. Você precisa saber o que você está fazendo com seu tempo para poder mudar o que é necessário. Mesmo no ritmo alucinante que a vida nos impõe hoje você precisa parar e olhar para o seu dia, para você e ver o que você está fazendo. Isso vai te ajudar a eliminar aquela frase: “Já acabou o dia?”, “hoje já é quarta-feira?” Quando decidi me submeter a este processo, eu passei a escrever todas as minhas ações do dia durante uma semana. Quanto tempo eu estava dormindo, quanto tempo eu estava assistindo, nas redes sociais, comendo, absolutamente tudo o que eu fazia eu anotava, durante 7 dias. Isso me deu um panorama de como o meu tempo estava sendo consumido, o que eu poderia otimizar, como otimizar, o que precisava mudar e o que precisava ser reduzido ou eliminado. Hoje existem apps que ajudam nesse monitoramento, como o Life Cycle e outros. A partir daí, você conseguirá se organizar, organizar suas tarefas. A organização é essencial para o aproveitamento do seu tempo. Esta organização pode ser uma lista de tarefas, pode ser num app, calendário, como você quiser, desde que você consiga saber o que você precisa fazer naquele dia, naquela semana, no mês, no semestre e etc. A psicanálise diz que o exterior remete ao seu interior. Se sua mesa, gaveta, seu quarto, sua casa, seu escritório, estão uma bagunça, possivelmente suas ideias, seus pensamentos, estão uma bagunça também. Or-

ganizar seu ambiente de trabalho pode ser uma terapia, pode ser um momento de organizar também sua mente. Algo que também vai te ajudar muito a ser mais produtivo, é aprender a dizer NÃO. Você precisa definir metas, e são essas metas que irão guiar suas ações. Tudo o que for te desviar desta meta, deve ter NÃO como resposta. Você não precisa fazer tudo, ninguém faz tudo. Você pode delegar, buscar outra solução, outra pessoa que possa atender àquela situação no momento, mas quanto mais SIM você diz, mais caminhos você toma e nem sempre os caminhos lhe levarão onde você quer ir. Uma pesquisa realizada pela University of California aponta que após uma distração do seu foco são necessários cerca de 23 minutos para retomar à tarefa anterior. Isso pode ser muito tempo, por isso dedique as primeiras horas de seu dia a planejar o que você PRECISA fazer, enumere apenas as suas prioridades e não troque de caminho várias vezes ao dia a não ser que seja necessário. O relógio está correndo, tire o máximo de proveito de cada dia seja ele uma segunda-feira, sexta-feira, domingo. Dar desculpas é fácil, rápido, mas nunca indolor.

Vasco Patú

Sabrina Marques

Raniel Jesus

Lourenço Silva

Missionário, empreendedor e entusiasta do empreendedorismo, apaixonado por liderança, gestão de pessoas e colaboratividade.

Colaboradores

Renato Domênico

Naia Maciel

Rafael Magnani

Guilherme Tonial

Nicandro Campos

Diógenes Menezes

Hudson Roza

Glyzia Nogueira

Miro Machado

Allison Prata

Pamela Santos

Ana Rizardi

Assinatura: tinyletter.com/revistamindsetexponencial Redação e Sugestões: contato@revistamindset.com.br

Antonio Rodrigues

Gustavo Brandão

Kaio Serrate

Gustavo Braga

Thais Guedes

Editor

Revisão

Redação

Marketing

Convidado

Arte

Renato Ranzani



05 | Sua Voz

Sua Voz | 06

Como uma série de comédia com

zumbis pode te dar ensinamentos valiosos sobre atendimento

A série de comédia da Netflix, Santa Clarita Diet, lançada no início do ano é repleta de sangue, mutilação e canibalismo. E sim, é do gênero comédia. Entretanto, como em algumas obras da televisão ou cinema, temos pequenos detalhes subjetivos que nos dão alguns ensinamentos valiosos. Santa Clarita Diet é uma dessas. Um exercício excelente que todo ser humano deveria praticar é o de procurar e extrair ensinamentos e experiências de tudo. Absolutamente tudo. Mesmo quando achamos que não tem nada a aprender, podemos aprender algo. A questão é que muitas vezes o ensinamento está no seu ponto de vista, na forma como pensa e processa as informações. A situação inusitada que te faz aprender algo é apenas o gatilho. Muito provavelmente a intenção do roteirista não era nos dar um ensinamento sobre gestão de serviços ou atendimento ao cliente. Mas acaba fazendo com que pessoas ligadas à área olhem por esse lado. Basicamente é a equação background + gatilho= ensinamento. Quanto mais rico o background ou mais poderoso o gatilho, maior o ensinamento. Pois bem, voltando à Santa Clarita Diet. Não preciso fazer uma sinopse da série para desenvolver o pensamento. Basta saber que é uma série de comédia com zumbis e muito sangue (e é boa). Dentre os diversos cenários da série existe um mercado tipicamente americano, onde se encontram diversas coisas nas prateleiras. E é o gerente desse mercado o destaque, mesmo nem aparecendo na série. Por diversos episódios os personagens principais vão a esse mercado para fazer compras e ficam de frente para as prateleiras por alguns minutos. Logo em seguida uma jovem empregada do mercado os

ao cliente aborda em tom mecânico dizendo que o gerente percebeu que eles estão parados por muito tempo e provavelmente precisam de ajuda. A conversa subsequente a essa cena que se repete diversas vezes na série é sempre um desabafo. Os personagens expõem para a jovem suas preocupações e anseios e ela, apática, os escuta. Após todo o desabafo, pegam um item, agradecem a jovem e saem do mercado extremamente satisfeitos. Sim, o ensinamento é esse: escutar os seus clientes! Para alguns pode parecer extremamente óbvio, mas acredite, muitas empresas não fazem isso. Sam Walton, fundador da maior rede de varejo do Mundo, a Wal-Mart, dizia que só existe um chefe na empresa: O CLIENTE. Ele tem o poder de demitir funcionários simplesmente levando seu dinheiro para gastar em outro lugar. Milhões são gastos em publicidade, propaganda, logística, distribuição, mas que podem ser jogados pelo ralo quando não se tem um atendimento ao cliente excelente.Logo, ouvir seu cliente deve ser o processo crucial da sua empresa. Sem cliente não tem venda, não tem receita, não tem lucro, não tem empresa. Ao invés de ficar tentando entender como o seu produto pode ser enfiado goela abaixo dos clientes, ouça-os e descubra o que eles têm a dizer. E não adianta ouvir apenas os clientes satisfeitos. Já dizia Bill Gates, “Seus clientes mais insatisfeitos são sua maior fonte de aprendizado”. Foco no cliente e boas vendas. Gustavo Braga

Fundador da Academia da Comédia e criador do canal O Aprendedor. Estudante de copywriting e sedutor do mundo.




11 | Educação Empreendedora

Educação Empreendedora | 12

A educação tradicional é pautada na formação intelectual dos indivíduos, do ensino fundamental até as pós-graduações temos o cumprimento da grade curricular como o bem mais precioso. A ideia geral é a de quanto mais conteúdo melhor. Nossa educação, e de grande parte do mundo, é baseada no modelo Pruciano, do século XIX. Aulas expositivas, um professor e muitos temas com aplicação prática inexistente. Sou professor universitário e tenho mais de 15 anos de experiência ministrando aulas em todos os níveis educacionais. O que tenho observado é que a eficiência desse método está cada vez mais fragilizada. Os estudantes estão desinteressados, aprendendo menos e uma evasão no ensino superior que chega a 50% em alguns cursos de graduação. Infelizmente, não estamos perto de resolver essa situação, pois o sistema educacional é complexo e gigantesco. Em números gerais, o brasileiro está tendo mais acesso ao ensino superior e nunca tivemos tantas pessoas com diploma, mas sabemos que quantidade nunca significou qualidade. Os profissionais que chegam ao mercado de trabalho na busca do seu primeiro emprego encontram um ambiente totalmente diferente do que viram na universidade e acabam ficando sem espaço, não por falta de vagas e, sim, por falta de capacitação. Muitos dominam os conteúdos técnicos, mas são incapazes de resolver problemas complexos, por exemplo. Os títulos não valem muito se você só consegue repetir procedimentos e cumprir ordens. As em-

presas e a sociedade precisam de mais, muito mais. Temos que ser capazes de resolver problemas, os nossos e os das outras pessoas. Essa é uma das habilidades mais requisitadas pelos recrutadores de talentos de grandes empresas. A universidade realmente não nos ensina a resolver problemas, mas podemos aprender, fazer exercícios para executar essa tarefa. O trabalho é mais simples do que parece. Geralmente quando nos deparamos com um problema complexo queremos resolvê-lo imediatamente. Automaticamente procuramos em nossa mente uma forma de resolvê-lo. Caso tenhamos a solução, ótimo, mas, se não tivermos essas respostas no nosso repertório, acabamos travando. A técnica para resolver problemas com mais eficiência é simples e muito usada como etapas do método científico. Vou descrever os passos: • Pense no problema com calma e anote em algum lugar • Elabore objetivos para aprofundar os temas do problema • Pesquise e leia sobre o assunto • Responda esses objetivos com sua pesquisa • Teste a resolução A probabilidade de você estar no caminho certo é altíssima! Com o passar do tempo e a experiência adquirida, você fará todos esses passos mentalmente e se tornará o um profissional acima da média: o que soluciona inconvenientes e não os cria.

Vasco Patú

Professor, PhD focado na “ensinagem” das competências para o século XXI |Palestrante de educação Criativa |Podcaster | YouTuber | Blogger.


METAmorfose | 14

13 | METAmorfose sobre aquilo e postar no meu canal do Youtube, pois eu vi ali uma situação vivida por milhares de jovens, que não tem ninguém para orientá-los em relação ao futuro e ao que tinha acontecido ali. E agora que você que está lendo este artigo vai saber do que eu estou falando. O que eu fico pensando é que aquela mocinha provavelmente esteja no seu primeiro emprego, naquela sessão de pacotes. Não sei o horário de trabalho dela, mas provavelmente ela trabalha o dia inteiro e quando ela sai do trabalho ela deve pegar um ônibus pra ir pra casa, também provável que ela gaste um tempo razoável nesse percurso,

O CONHECIMENTO

TRANSFORMA,

MAS NÃO É QUALQUER UM Outro dia eu estava em Curitiba visitando a minha família e dali nós iríamos a Dourados, para o casamento de uma prima minha. Minha mãe me pediu que eu fosse com ela a uma loja de departamentos, para que ela pudesse comprar o presente de casamento. Lá fomos nós. Minha mãe optou por um cobertor de casal. Sim, Nicandro, e o que isso tem a ver com transformação, tema da sua coluna? Calma, pequeno grilo. Agora que vem a história que nos interessa. Depois que minha mãe pagou, eu levei o cobertor até o setor de pacotes, para que o embrulhassem para presente. E eis o que aconteceu. Uma mocinha pegou o cobertor e começou a tentar enfiá-lo nos pacotes “pré-prontos”, mas depois de chegar ao último tamanho deu-se por vencida. O produto era grande demais para caber naqueles pacotes. A saída seria ela mesma fazer o embrulho. E aí começou a saga. Ela estava tendo certa dificuldade. A briga começou a ficar feia. Quando a partida já estava uns três a zero para o papel de presente, uma outra mocinha, que até então estava atendendo outra pessoa, viu a dificuldade da colega e veio ajudar

(ou dar palpite, não sei direito). Você está fazendo errado, disse ela, se a fulana te ver fazendo assim, ela não vai gostar. Esse negócio aqui tem que ficar pra dentro. É não, tem que ser pra fora mesmo. E ficaram naquele embate, até que uma outra mocinha (acho que era a tal fulana), que estava batendo papo com outro funcionário no balcão, viu aquela batalha inglória e veio em direção a elas, com um olhar fulminante que dizia “eu sou o cara do pacote, o que está acontecendo aí?”. Bom, naquele momento entrou mais um soldado na Batalha do Pacote. Ela começou a explicar como fazer o pacote, como quem explicava física quântica, deixando bem clara a sua superioridade perante aquelas mortais. Enfim, fizeram o pacote a seis mãos. E eu vou te contar uma coisa: o embrulho ficou uma porcaria (foi a melhor palavra que consegui achar pra colocar numa revista séria como esta). Aí eu vejo aquilo e como palestrante, instrutor de cursos e administrador eu começo a me coçar todinho! Dá logo uma vontade de fazer uma palestra praquelas meninas. Mas é lógico que eu não podia fazer aquilo, então eu pensei em gravar um vídeo

“É nesse sentido que eu afirmo que buscar informação pode causar transformação. MAS SOMENTE A INFORMAÇÃO CERTA!” e sou capaz de apostar que se ela fica no celular, provavelmente vendo, no Facebook dela, vídeos de gatinhos, desastres e acidentes, meninas brigando na porta da escola e outro tanto de coisas que não agregam nada na vida dela. Pelo contrário, abaixam demais o seu parâmetro de comparação. Acontece mais ou menos assim: ela assiste uma história de um irmão matando o outro por causa de uma cueca (como naqueles programas vespertinos, que se a gente torcer a televisão, sai sangue) e pensa “minha vida não está tão ruim assim”, e assim ela passará a vida, se contentando com o que vier. Agora, imagina se essa menina depois que saísse do trabalho procurasse no YouTube “como fazer embrulhos para presente”. Faça o teste agora, leitor. Você viu quantas respostas em menos de 2 segundos? Agora faz a mesma pesquisa no Youtube. Centenas de pessoas ensinando a como fazer um embrulho para presente, cada um mais lindo do que o outro! São vídeos curtos, que tem em média 5 minutos. Gastando cinco minutos por dia, no caminho do trabalho pra casa, em uma semana ela seria a melhor empacotadora da loja. Faria pacotes lindos, agradaria os clientes e as pessoas notariam o que ela estava fazendo. Imagina só o que aconteceria se por um acaso o gerente quisesse promover alguém para o setor de vendas. Quem você acha que ele ia chamar? É muito provável que ele chamaria aquela menina. Porque? Porque ela demonstrou iniciativa, porque

ninguém mandou ela aprender a fazer pacote, mas ela aprendeu mesmo assim, por conta própria. Aí ela seria promovida a esse novo cargo. Ela veria o quanto que era legal a gente crescer por correr atrás de novos conhecimentos, provavelmente ela adquiriria esse hábito de querer aprender as coisas justamente porque ela viu que deu certo na vida dela e ela continuaria fazendo isso. Se tudo desse certo, numa próxima vez ela também seria promovida. Quem sabe um dia chegaria a gerente? Na verdade, ninguém sabe dizer aonde aquela simples atitude a levaria! Ou seja, toda a vida dela poderia ser diferente por conta de uma simples atitude de gastar cinco minutos por dia aprendendo a fazer pacote, que era o trabalho dela naquele momento. E finalmente chegamos ao que eu realmente quero falar. A gente gasta tanto tempo vendo coisas que não tem nada a ver, que não agregam nada a nossa vida, pelo contrário, muitas das vezes até atrapalham e colocam a gente pra baixo. Porque a gente não gasta nosso tempo tentando aprender coisas que vão realmente fazer a diferença na nossa vida, que vão realmente causar as transformações que a gente precisa que sejam causadas. Se você, neste momento, precisa aprender a escrever um relatório, por exemplo, para de procurar outros assuntos na internet ou ficar horas vendo os vídeos do Porta dos Fundos. Digita aí “como escrever relatórios” e não pare mais até que você seja um especialista e escreva os melhores relatórios da sua empresa, e depois da sua cidade, do seu Estado, do Brasil, por que não?! É nesse sentido que eu afirmo que buscar informação pode causar transformação. MAS SOMENTE A INFORMAÇÃO CERTA! E esse é seu desafio: descobrir qual é a informação certa pra você neste momento, em que tipo de informação você vai investir o seu tempo, para que a sua vida seja realmente transformada. E quando achar que já sabe bem como escrever relatórios, faça um bem para a humanidade e grave um vídeo ensinando como se faz! Isso mesmo. Pare de ser apenas um consumidor de conteúdo e comece a entregar ao mundo um pouco do que você já recebeu até hoje. Quem sabe o seu filho vai assistir a esse vídeo daqui a 15 anos. Quem sabe o seu neto vai assistir a esse vídeo daqui a 40 anos. Ninguém sabe. Nicandro Campos

Contribui com o desenvolvimento da humanidade com suas palestras, artigos, vídeos, e-books, podcast, enfim… vai aonde o povo está ;)



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VENHA FAZER PARTE DO MOVIMENTO

DO IT YOURSELF Quem nunca quando viu um brinquedo na televisão, ficou louco para querer comprar, mas não tinha condições e quis construir na garagem de casa? No primeiro momento a sensação de estar construindo seu próprio brinquedo te deixa horas trabalhando e brincando, e mesmo que no final não saia do mesmo jeito, você sentiu uma tremenda satisfação por ter feito aquilo. Alguns seguem essa sensação e continuam desconstruindo e construindo coisas sem manual ou estudo prévio ao longo de sua vida, tanto que algum tempo atrás isso se tornou um grande movimento o DIY (Do-it-yourself) faça você mesmo.

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19| Ciência Tecnologia e Inovação

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ORIGENS Esse movimento é mais antigo do que você imagina, ele começou após a guerra da Grã-Bretanha na década de 1950, a combinação de criatividade, necessidade, juventude e música foram os elementos essenciais para jovens começarem a construir seus instrumentos e compor músicas do estilo skikfle (um mix de jazz/folk/blues).O interessante é que esse movimento teve como filosofia uma política de ajuda, esforço coletivo e práticas sociais alternativas. Desde então o movimento cresceu e hoje em dia conta com livros de referência como The Maker Movement Manifesto: Rules for Innovation in the New World of Crafters, Hackers, and Tinkerers (Manifesto Maker: Regras para inovação no novo mundo de artesãos, hackers e funileiros) No qual Mark Hatch o co-fundador da TechShop - o primeiro, maior e mais popular espaço maker, conta sobre a explosão do movimento. As pessoas comuns pagam uma pequena taxa pelo acesso do espaço com ferramentas avançadas - desde cortadores a laser até impressoras 3D e softwares como AutoCAD. Tudo o que eles têm de trazer é a sua criatividade e alguma energia positiva. Protótipos de novos produtos que teriam custado US $ 100 mil no passado foram feitos em sua loja por US $ 1.000. Outra referência vem do autor Chris Anderson, editor da revista Wired que em seu livro Makers: A nova revolução Industrial, mostra como o futuro econômico emergirá do avanço do movimento maker, pois os makers criam novos produtos e serviços usando ferramentas digitais, projetando em computadores e compartilhando on-line sempre dispostos a receber dicas para melhorar seus produtos.

FAÇA VOCÊ TAMBÉM A ideia é você pode criar, construir, modificar ou consertar coisas sozinho ou em grupo, sem ter que procurar a indústria ou profissionais caros. Para isso basta a vontade de querer fazer e se surgir a dúvida você pode contar com alguns sites de consulta como o Faça você mesmo (https://facavocemesmo.org/) que conta com dicas desde decoração até gambiarras.Para quem quer se aventurar e precisa de ajuda na criação de projetos tecnológicos, ao redor do mundo e no Brasil existe uma rede chamada FabLabs que são laboratórios abertos ao público com oficinas gratuitas, nos quais qualquer um pode utilizar estes espaços para usar impressoras 3D, máquinas de corte a laser.

MINDSET EXPONENCIAL Um bom exemplo de Faça você mesmo é a revista Mindset Exponencial que surgiu de um grupo de pessoas com mesmo interesse em um aplicativo de mensagens, e aos poucos foi ganhando forma, sem contar com ajuda de editora, apenas com a vontade de seus colaboradores e logo poderá estar em versão impressa, mostrando que para começar basta ter iniciativa, botar a mão na massa e não ter medo de errar. Tanto que cada vez mais vemos serviços personalizados, por isso o padrão industrial tem diminuído e a vantagem passou a ser coisas únicas e com o gosto e “cara” do cliente. Portanto após conhecer esse movimento que quebrou barreiras pelo mundo e mostrou que de sua garagem podem sair projetos singulares, o que você está esperando para tirar aquele velho projeto da gaveta, ou divulgar seu hobby para o mundo para receber dicas e elogios. Guilherme Tonial

Biotecnologista - Mestrando em Ciência e Tecnologia Ambiental. (linkedin.com/in/guilhermetonial)


Empreenda sua Vida | 22

21 | Empreenda sua Vida

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL,

Muitos falam da inteligência emocional e sobre os seus benefícios, mas até onde esses conceitos e definições sobre ela validam, para nós, o seu real significado e profundidade? Essa é uma pergunta com vários ângulos. Uma coisa é certa: sem ela todos os nossos avanços se tornam lentos e muitas vezes até longe de se alcançar. Sabe o porquê? Além de ser uma característica do desenvolvimento pessoal, uma ferramenta poderosa no ambiente corporativo, ela é a estrutura do processo evolutivo, o ingrediente chave do sucesso, em todos os níveis.

gada a esse feeling da sensibilidade social. Nossa empatia sempre será maior com pessoas ao qual consideramos (algumas vezes inconscientemente) parecidas conosco. Um indivíduo emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas emoções com mais facilidade.

Desenvolva a capacidade de reconhecer as próprias emoções e sentimentos. A ausência dessa habilidade em reconhecer os sentimentos, nos deixa à mercê das emoções de declínio. Pessoas com essa habilidade são melhores pilotos performance não é das suas vidas.

A alta mágica, soma muito trabalho duro, determinação e resiliência no meio do caminho.

Daniel Goleman é um promissor cientista que trouxe uma visão mais consolidada sobre o tema tão buscado nos dias de hoje. O conceito que trago à vocês da Revista Mindset Exponencial, é um aspecto não tão explorado mas de suma importância para o desenvolvimento da Inteligência Emocional:

Sensibilidade Social A sensibilidade social pode ser definida de forma simples, pela maneira com que as pessoas percebem as emoções dos outros membros de um grupo ou ecossistema de convivência. Uma competência essencial no ambiente corporativo e no ambiente pessoal. Uma conexão que não se alcança com competências técnicas isoladamente, mas é o contato humano, o sentimento coletivo, a visão altruísta em sensibilidade com seu meio de maneira orgânica. Sem dúvidas essa é uma das poderosas raízes da inteligência emocional.

INTELIGÊNCIA COLETIVA? Olá pessoal! Trago a vocês um dos pilares do desenvolvimento humano, uma “masterização” de muitos conteúdos e informações valiosas, centralizadas em uma chave para você que busca sempre o melhor de sua performance e a excelência em todos os níveis e esferas da sua vida.

A sensibilidade social traz como um de seus produtos a capacidade de expandir seu networking de maneira consolidada, na construção de novos relacionamentos saudáveis. Provavelmente você já deve ter ouvido ou lido alguma vez: “somos a média das cinco pessoas próximas de nós”. E sim, a qualidade de nossas amizades ou pessoas que decidimos manter próximas à nós é interli-

Por fim, convido vocês a mergulharem dentro de si mesmo, se conhecer melhor. Há muitas pepitas de ouro e pedras preciosas que estão aí, explore esse solo rico chamado psique. Acessem o seu melhor, recolham conhecimentos que te façam expandir a mente e não fechá-la. Enfrentem seus medos, limitações e seus paradigmas. Se reinventem, caso necessário, mas, nunca se permitam parar de crescer e desenvolver internamente. A alta performance não é mágica, soma muito trabalho duro, determinação e resiliência no meio do caminho. Com a visão aberta compreendemos que o erro tem a semente do acerto. Não desista! Um bordão que utilizo: “MegaMotivados rumo à excelência”, a qual criei com o intuito de ser um gatilho para alcançar o melhor que posso ser. Se atente ao detalhe, é MegaMotivados, ou seja, sempre terá pessoas envolvidas no processo, e isso é algo que fortalece meus objetivos. Não importa qual seja seu nicho de atuação, se tem uma empresa, se é um intra-empreendedor, ou está no caminho desértico de mudança. Sempre honre as pessoas que estão ao seu redor. Essa sensibilidade vai lhe trazer muitos frutos.

Gustavo Brandão CEO ProgIn


23 | Lidere

O QUE APRENDI QUANDO VOLTEI A SER LIDERADO.

Voltas que o mundo dá e, anos atrás, finalmente realizava o sonho de trabalhar na diretoria de um grande banco, onde trabalhei por uma década antes de empreender. Embora fosse uma promoção, após um bom tempo liderando equipes de aproximadamente 20 funcionários, não seria mais “gerente” e sim “assessor”. Teria um líder e não lideraria ninguém.

contribua. Quando necessário, faça os contrapontos, coloque visões contrárias, aponte riscos e oportunidades não mapeadas. Não importa quem sejam os interlocutores. Gestores precisam ser bem assessorados. Não caia na tentação, tão comum em grandes empresas, de se omitir para não se comprometer. Coloque “o seu na reta”, é isso que se espera dos bons profissionais. 2 - Coloque os jogadores para jogar.

A experiência me trouxe uma infinidade de desafios: atuação no nível estratégico da organização, realização de trabalhos totalmente diferentes dos que eu estava acostumado, desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades. Além de tudo, dei uma sorte danada, meu novo chefe era um baita profissional e me ensinou um bocado. Foram muitas as lições que aprendi com ele. Compartilharei seis delas que continuei carregando comigo desde então. Os tópicos estão no infinitivo e organizados como “conselhos”, mas refletem experiências reais e lições aprendidas com a prática.

Empodere seus liderados. Deixe que eles tomem parte nas discussões, integrem os projetos e trabalhos desde o momento zero. Participei de muitos fóruns, reuniões e processos de tomada de decisão ao lado desse gestor, os quais, teoricamente, eram restritos aos executivos e estatutários. Quando questionado por algum figurão sobre o que seu assessor estava fazendo ali, a resposta sempre era: “não há restrição de informação na minha equipe. Se há algo que eu possa saber, meus funcionários também podem. E outra, vamos poupar o telefone sem fio e as falhas de entendimento, é ele quem ficará responsável pela realização desse trabalho. Por que eu vou me colocar como um cotovelo nesse processo?” Reter informação é um instrumento de poder muito comum no ambiente corporativo. Não ceda a essa tentação. Coloque sua equipe no jogo para valer e os resultados serão muito melhores.

1 - Jamais seja figurante em uma reunião.

3 - Esse é o melhor trabalho que você pode me entregar?

Se você foi chamado para uma reunião, há um motivo para isso. Dê sua opinião,

Uma característica das empresas mais verticais e hierarquizadas é que, geralmente, você não será o único responsável por um trabalho. Como as decisões tomadas em uma grande empresa geram grandes impactos, normalmente seus sistemas de governança possuem freios e contrapesos

Lidere | 24 para mitigar os riscos envolvidos. Se por um lado isso traz benefícios óbvios, por outro, pode resultar em um baixo comprometimento e em pouco “sentimento de dono” em relação aos trabalhos pelos quais você responde. “Já que várias pessoas ainda vão aprovar isso, pra que eu preciso me esforçar tanto?” Sobre este ponto, havia um remédio quase infalível. Nós chegávamos lá para validar uma primeira versão de uma nota técnica, para mostrar um relatório ou aquele ppt bacana que o diretor encomendou e a primeira pergunta era: “esse é o melhor trabalho que você poderia me entregar na data de hoje? Eu vou olhar esse material e saber que você colocou seu melhor nele?” A repetição da prática formou um hábito positivo. Realmente nos fazia pensar durante a elaboração de cada trabalho se estávamos atentando para todos os aspectos, se olhamos todas as fontes que precisavam ser consultadas, se conversamos o suficiente entre os membros da equipe e se estávamos de fato entregando um trabalho de qualidade. Quando eu respondia sim ao questionamento, eu realmente queria que cada entrega refletisse minha melhor versão naquele momento. 4 - Lateralidade e gestão de demandas. Tenha uma planilha de gestão de atividades (que pode ser um software, um excel, um kanban ou qualquer outro formato que se ajuste às peculiaridades de cada realidade) e um lateral, uma espécie de banco de reservas, na realização de cada tarefa. Essa prática nos obrigava a conversas constantes entre os membros da equipe e reduzia significativamente o impacto de ausências, tanto as programadas, quanto as inesperadas. Se alguém ficasse doente, ou tivesse algum tipo de emergência pontual, os impactos eram minimizados. Sempre sabíamos, de um modo geral, o que todos da equipe estavam fazendo e conhecíamos em profundidade as tarefas em que éramos os laterais. 5 - Prepare sucessores. Dá trabalho formar um profissional e é por isso muitos gestores declinam dessa função. Além disso, há aqueles que se sentem ameaçados por seus subordinados e, por isso, nada fazem para formar sucessores. Esse gestor empregava muito do seu tempo em desenvolver as potencialidades de cada um. Para tal, fazia com que cada projeto

fosse também uma oportunidade de aprendizado. Isso envolvia muitas horas de explicação, de transferência de experiência, de delegação e mentoria em atividades que se ele mesmo fizesse, seriam realizadas em muito menos tempo. E, principalmente, na delegação não só de tarefas, mas de responsabilidades. Preparar seus sucessores está entre as responsabilidades mais nobres de qualquer gestor. E outra, se você é bom, você deve estar seguro de que irá ascender e terá novos desafios. Se você trabalha por sua ascensão, então é sua obrigação preparar aqueles que poderão assumir suas atuais funções. 6 - Não tenha medo de perder os melhores, ao contrário, lute por isso. Se você forma uma equipe de excelência, certamente seus liderados serão valorizados e, em alguns momentos, disputados pelo mercado. Para mim, este é um ponto crítico que separa os grandes gestores daqueles que são apenas bons. Um grande gestor auxilia no encarreiramento de seus liderados e sabe que o custo de ter uma equipe de ponta é ver seus funcionários progredindo. Perdeu alguém, o ciclo recomeça e um novo profissional terá a chance de ser formado. Um grande líder sabe que, muitas vezes, não terá espaço para promover ele mesmo toda a equipe e luta para que seus profissionais sejam vistos e promovidos em outras áreas e em outras empresas. Não bloqueie o desenvolvimento de quem já contribuiu tanto contigo, trabalhe para que talento e empenho sejam sempre reconhecidos. Crie círculos virtuosos. Bons líderes são assim, passam e deixam lições. Trabalhe para ser relevante na vida profissional dos seus liderados e se esforce para aprender com cada líder que cruzar o seu caminho. Kaio Serrate

Administrador, especializado em Marketing, Estratégia e Inovação. Fundador do podcast LabFazedores, colunista do Portal administradores.com.br. www.kaioserrate.com


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PERSONAL BRANDING: Sua marca é o que você é Branding é a filosofia de gestão de uma marca, um conjunto de ações realizadas para que esta obtenha um bom posicionamento no mercado. Ele considera o aspecto intangível de cada produto em forma de valor, de benefício e de satisfação para nortear as escolhas dos consumidores ao procurar, consumir e indicar determinada marca. As marcas mais reconhecidas e que têm destaque no mercado são aquelas que conseguem estabelecer o posicionamento na mente dos consumidores e levam a sério o exercício do branding. É aquela primeira lembrança na mente das pessoas que as marcas obtêm ao serem referências em determinado “assunto”. Por exemplo, ao organizarmos uma festa qualquer, quando o “assunto” é bebida, a primeira marca que vem à mente é a Coca-Cola. Mas o branding também pode ser considerado uma estratégia de desenvolvimento pessoal e não só empresarial. Saber que cada pessoa tem uma marca própria e precisa realizar estratégias para potencializá-la, tal e qual uma empresa: eis o personal branding! Personal branding são os esforços que uma pessoa utiliza para que seja protagonista do próprio sucesso a partir da sua essência mais íntima, ou seja, a sua marca. O termo foi criado em 1997 pelo especialista em gestão Tom Peters. Segundo ele “o personal branding consiste na utilização de técnicas de marketing e comunicação – normalmente utilizadas para dar notoriedade a uma marca, um produto ou um serviço – para destacar uma pessoa”.

Arthur Bender, especialista em estratégias de marcas no Brasil, aponta em seu livro “Personal Branding” (2009) que as pessoas precisam ativar mecanismos de alavancagem, reposicionamento e gerenciamento eficaz de sua própria marca. O livro enfatiza também a importância de ter “posse” do que se é e do que se quer, e assim direcionar a vida rumo ao sucesso, considerando o eu como aquela empresa grandiosa e que cujo sucesso ou fracasso depende principalmente das próprias ações. O assunto tem similaridade com o marketing pessoal, no sentido de privilegiar o protagonismo humano como fonte de sucesso. Mas o branding, além de privilegiar os aspectos intangíveis, que vão além de satisfazer as necessidades atuais do cliente, como reza o marketing, tem o objetivo de encantar todos os stakeholders por aquilo que a marca tem como diferencial e valor. Também não vale confundir personal branding com “auto-ajuda”. A palavra branding, do inglês brand + ing, ou seja marca + presente contínuo, indica uma ação permanente para desenvolver marcas. No caso do personal branding, significa desenvolver a marca própria, a pessoa como responsável na construção do próprio sucesso de forma ativa e concreta. A “auto-ajuda” sugere algo mais motivacional e abstrato e, por vezes, soa como uma supervalorização do fracasso, como se a pessoa fosse uma “vítima”, que se encontra num estado de constante ajuda. Ajuda essa que pode aparecer em forma de livros, numa linguagem um tanto genérica, e que apresentam as famosas “receitas prontas”. Para obter sucesso no personal branding não se tem uma “receita”, porque é algo pessoal e que sugere uma exclusiva estratégia para cada pes-

“Personal branding são os esforços que uma pessoa utiliza para que seja protagonista do próprio sucesso a partir da sua essência mais íntima, ou seja, a sua marca.”

soa. Porém, podemos elencar algumas diretrizes, tais como: • Definir os objetivos: Funcionam como bússola a direcionar esforços e ações, para que sejam conquistados, inclusive os sonhos. Atentar-se nesse sentido às estratégias para poder buscar os objetivos. • Autoconhecimento: Conhecimento apurado de si mesmo, na percepção das forças e fraquezas, concebendo a ideia que se tem de si. E, a partir daí, ser fiel ao que se é, buscando incessantemente o que se quer.

• Cultivar uma boa reputação: Parece que hoje

em dia não basta mais ser bom, tem que parecer ser bom também. Não se pode esconder o que se é, tem que revelar, se “amostrar” sem medo, pois a humildade que não compartilha os próprios dons é a pior das vaidades. • Networking selecionado: “Somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos” afirma Jim Rohn. Importância de selecionar a rede de relacionamento, na capacidade de influenciar e ser influenciado. • Ambição e Excelência: Ser inquieto e estar sempre em evolução, não se acostumar com o mesmo e procurar a excelência naquilo que se faz, dando o melhor de si. Estar sempre atualizado e ser um especialista na área. Daí a importância dos estudos e pesquisa na academia e na experiência da vida. Em suma, o personal branding é uma ferramenta que possibilita o alcance do próprio êxito, por meio da busca pela excelência, na melhoria contínua da vida, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Quando a pessoa assume a responsabilidade de construir, zelar e valorizar o seu maior patrimônio, ou seja, sua própria marca, ela consegue se destacar no mercado pelo diferencial competitivo que exala.

Hudson Roza

Idealizador da marca Navy Way; Graduação em Filosofia, Bacharelado em Administração; Mba em Psicologia Organizacional e Gestão em RH; Mestrando em Marketing;



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A o n ” l a c i m urseendedorismo emp

Quando falamos de música não damos muita atenção para a essência, entendemos apenas como um barulho, um ruído, ou até mesmo uma ocupação do silêncio, mas se todos soubessem o poder da música com certeza dariam mais atenção para essa poderosa ferramenta. O que realmente é a música e qual a influência dela no empreendedorismo? A música é uma combinação de ritmos, melodia e harmonia criando vibrações agradáveis para o receptor das mesmas e assim como toda a matéria existente também é vibração, nós podemos tratar a música como uma ferramenta de ativação de gatilhos mentais pelo simples motivo que nosso cérebro lê e interpreta os sons como energia e como tudo que o cérebro envia e recebe é energia, podemos modelar nosso humor, ativar ancoras, aprender algo novo. Tudo isso e muito mais através da música. Nosso sistema auditivo começa a ser formado entre a 17º e 19º semana de gestação, nesse momento o feto ainda não interpreta os sons, ele apenas absorve sons de alta frequência, ainda assim é possível perceber o som da respiração, as batidas do coração e os líquidos fluindo dentro do corpo da mãe, da mesma forma que os sons da batida de um coração vibram por todos os ossos e nos fazem sentir a vibração, a música não é apenas uma ocupação do silêncio, a música pode trazer lembranças assim como o cheiro de grama após a chuva, e quanto mais damos atenção para cada sentido individualmente, mais aguçado fica esse sentido e mais poderoso você se torna.Cada vez mais você se torna insubstituível, um ser imprescindível no ecossistema da humanidade e seus pensamentos e ações se tornam algo grandioso a partir do momento que você entende a essência de cada elemento que está lidando, ser analítico e pla-

nejador é preciso, mas nunca vá contra sua intuição. Quando resolvi escrever sobre música comecei a imaginar o que se passa por cada mente desse planeta que ouve música todos os dias, tudo que você lê, ouve ou vê vai para o seu subconsciente e querendo ou não isso vai te tornar naquilo que você lê, ouve ou vê. Além dos termos técnicos citados acima, quero dar atenção para o uso do nosso sistema sensorial na tomada de decisões. Agora que sabemos como a música funciona, porque não usar isso para nosso benefício? Como nós sabemos todo empreendedor de um negócio ou da vida precisa ter foco para alcançar seus objetivos, e algumas coisas podem nos distrair no meio do caminho, até aí tudo bem, é normal se distrair um pouco, mas quando a perda de foco se torna algo muito frequente é bom tomar cuidado e começar a investigar as causas, pois algo pequeno pode ter um grande efeito no futuro e até mesmo custar seus sonhos e desejos. Utilizar a música como uma ferramenta de foco na tarefa é uma ótima estratégia, pois ela vai atingir diretamente os pontos que você precisa para ter êxito. A música aumenta a concentração, baixa os níveis de estresse, nos faz mais felizes, melhora a qualidade do sono entre outras centenas de benefícios. O gosto musical é algo muito pessoal, pois tudo será desenvolvido de acordo com o cenário de cada indivíduo, não importa o ritmo, o que importa é que você goste e se sinta bem quando ouve. Sentir-se bem é um sinal de que sua mente e seu corpo estão em harmonia e se ambos estão em conexão provavelmente você está com todos os pilares da vida em boas condições, mas isso ficará para a próxima.

Diógenes Meneses

Cursou Engenharia de Software, futurista apaixonado por tecnologia e desenvolvimento humano busca formas de aplicar lifehacks no empreendedorismo.


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o t a r t n o o m o Oc c g n i t s e e d v o t de n e l m a i u r r t a s s n e i r p m e o ã t s e g

O termo jurídico que surgiu nos EUA já é utilizado com frequência pelos empreendedores brasileiros como instrumento de resolução dos embaraços presentes na inicialização de um negócio. As palavras de ordem envolvidas no início de um empreendimento são economia, incerteza e muito suor. Imagine que neste cenário seja possível, então, oferecer um percentual de participação da sua empresa para o colaborador que você deseja ter contribuindo para o desenvolvimento do negócio, mas não tem condições de oferecer um salário competitivo, com a condição suspensiva de que ele permaneça produzindo para você até uma data futura. Seria um ótimo recurso para atrair e reter talentos, não é verdade? Essa é exatamente a proposta do contrato de vesting. O contrato objetiva que um colaborador receba, progressivamente, um percentual da empresa de acordo com premissas pré-estabelecidas - investimento financeiro ou de trabalho - reduzindo a insegurança dos empreendedores em dispor, imediatamente, de parte de suas empresas a novos sócios que podem vir a deixar de desenvolver um trabalho com a qualidade esperada ou abandonar o projeto. A premissa mais comum pré-estabelecida em um acordo de vesting é por um determinado tempo de trabalho. Nessa hipótese, os sócios fundadores possibilitam ao colaborador comprar uma determinada porcentagem de suas participações societárias em um determinado período de tempo, ou seja, o novo colaborador vai “vestindo” as ações que tem direito ao longo de um determinado tempo e, ao final, o contrato social é alterado para incluir o novo sócio com a porcentagem final prevista no contrato de vesting. Se o novo sócio, entretanto, se desligar da empresa por qualquer motivo antes do fim do período de tempo, recebe a opção de aquisição de participação societária proporcional ao período em que esteve envolvido.

Outra opção possível, também, é utilizar a cláusula conhecida como Cliff, que funciona como um “período probatório” para conhecer o novo colaborador antes que ele comesse a, efetivamente, receber o seu percentual de participação na empresa. É comum se usar o Cliff por um período de 12 meses antes que o colaborador comece a ter direito sobre o seu percentual acordado.

A prática visa garantir a possibilidade de escolha dos novos colaboradores, além de evitar despesas societárias com proprietários de pequenos percentuais se desligando. A segurança na distribuição progressiva de quotas e o funcionamento como moeda para atrair e recompensar talentos são o que tornam o contrato de vesting tão importante para startups e pequenas empresas. Também é recomendável a celebração de um contrato de vesting entre os sócios fundadores para garantir que os sócios que desejem se retirar do empreendimento só recebam as quotas previamente acordadas pelo período em que efetivamente participaram do crescimento da empresa. Por ser um instrumento importado da legislação americana e ainda pouco utilizado, pode haver uma insegurança jurídica acerca dos direitos trabalhistas quando utilizado como ferramenta para tentar disfarçar uma relação empregatícia, caso em que poderá ocorrer a configuração do vínculo independentemente da celebração prévia do contrato. Se você está iniciando o seu negócio e quer ter mais segurança na relação com os colaboradores do negócio, conversar com sua assessoria jurídica para implementar o vesting pode ser uma excelente opção.

Thaís Guedes

Advogada especializada em Direito Empresarial, Trabalhista e Contratos. CEO da InHands


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