Revista Mindset Exponencial 4ª Edição

Page 1

Nº 04

#EMPREENDASUAVIDA Profissional “T”: Que tipo de profissional é esse que vem ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas?

MURILO GUN

Empresário, humorista, apresentador, palestrante, professor... Nesta entrevista ele fala um pouco de como passou por tantas transições de carreira e claro, sobre criatividade e suas aplicações no mundo de hoje.

#MARKETING Descubra este canal de vendas para sua empresa e entenda seus benefícios.

#CAPITALISMOCONSCIENTE Entenda os 4 princípios que norteiam esse novo tipo de empresa e transforme a sua numa empresa consciente.


01 | Conversão

O QUE SE LEVA DESSA VIDA, É A VIDA QUE SE LEVA Jim Rohn diz que “somos a média das 5 pessoas com quem mais convivemos”, a psicanálise diz que nós somos o lugar (ambiente em que vivemos), Jesus disse que somos os galhos de uma videira é que precisamos estar ligados ao tronco para termos vida. O fato é que somos seres que precisam se conectar sempre a algo de alguma forma. Em busca disso se descobriu o fogo, se foi à Lua pela primeira vez, agora queremos chegar à Marte, vieram os bate papos, redes sociais, internet 3G e etc. Nós queremos nos conectar a pessoas, lugares, histórias, empresas. Agora, trazendo isso para um lado mais pessoal, individual, gostaria que pensasse: a que eu estou ligado hoje? E através de que estou ligado nisso? Vou te dar um exemplo: esta revista que você lê agora. Já completamos 1 ano do lançamento da primeira edição. Somos mais de 20 pessoas na equipe + os entrevistados e pessoas que nos enviam seus textos para curadoria e publicação o que contabiliza mais de 50 colaboradores envolvidos na produção das 3 edições que já lançadas.. Cada um de nós concilia essa atividade com outra(s), pois o nosso trabalho é colaborativo, ninguém tem ganhos financeiros com a revista. Mesmo assim damos o nosso melhor a cada edição para trimestralmente trazer pra você conteúdo relevante que te ajude a ser um empreendedor , uma pessoa melhor. Nesse 1 ano de estrada tem algo que nos conecta

e a diversas outras pessoas seja divulgando, lendo, compartilhando, distribuindo a nossa revista. Esse algo, essa “liga” eu digo que é o nosso propósito. Pessoas sem propósito são traduzidas naquela frase: “pra quem não sabe onde quer ir, qualquer caminho serve”. Uma pesquisa feita pela United Way em 5 países aponta que ao passo que funcionários de empresas se sentem infelizes em trabalhar apenas pelo salário, aumenta significativamente o número de pessoas que se inscrevem para trabalhar em ONGs, obras de caridade, instituições filantrópicas, onde trabalham de forma gratuita. Faço parte de uma instituição religiosa há 12 anos. Nesse período eu vi o número de pessoas ligadas a ela passar de 400 pessoas em média para 3.000 (sem contar as que já não estão mais conosco) e vemos esse número crescer sem parar a cada dia no Brasil, África, Europa, nas fronteiras do Brasil. Inclusive pessoas que deixam seus empregos, casas, até bens, para se dedicar ao voluntariado porque encontraram o que lhes faltava: um propósito, algo pelo que lutar, suar, sofrer (por que não?). Por que começamos essa edição assim? Porque aqui falamos sobre Mindset, e segundo Carol Dweck - psicóloga PhD e pesquisadora - ele influencia diretamente em tudo na nossa vida e também é influenciado pela forma que vivemos. Mindset é a forma com que encaramos o que nos acontece, mas também o que nos cerca. Atualmente, ter um propósito faz toda diferença. E quanto antes você descobrir o seu, melhor para a sua empresa. Ter um propósito claro na vida é saber onde se

Colaboradores

Paula Trindade

Gustavo Brandão

Naia Maciel

Vasco Patú

Thomas Eckshmidt

Thais Guedes

Samara Pedroso

Jonatan Rodrigues

Antonio Rodrigues

Hudson Roza

Sabrina Marques

Filipe Macanhão

André Carvalho

Rodrigo Noll

Marcel Fukayama

Leandro Reinaux


Conversão | 02 quer chegar - e, sobretudo, dispor da energia necessária para enfrentar a trajetória, que certamente não será fácil. Ter um propósito é ter algo a entregar de fato. A revolução da nova era mora nos negócios e pessoas que possuem como propósito a capacidade de todos os dias fazerem pequenas coisas com enorme amor. Isso tem sido amplamente divulgado no mundo dos negócios! Veja o que estão dizendo por aí: “As organizações SEM propósito e que não cuidam das pessoas irão desaparecer”. - Ruy Shiozawa - CEO do Great Place to Work Brasil “Uma empresa sem propósito claro nunca terá sucesso” Vinicius Roveda - CEO da ContaAzul Finalizo este texto com esta frase: “Há dois dias importantes na sua vida: o dia em que nasceu e o dia em que descobriu por quê” - Mark Twain. Empresas com propósito tem feito a diferença no mundo. São feitas por pessoas que tem também um objetivo alinhado com o da empresa e por isso vestem a camisa de uma forma total, e isso sucesso é benéfico. Não se esqueça, você só alcançará o sucesso quando souber o seu propósito. O mundo vem mudando e rapidamente, novos problemas, desafios, demandas e oportunidades vão aparecendo para quem consegue ser dinâmico e perceber o que acontece ao seu redor. Se você já perdeu muito tempo empurrando seu trabalho, sua empresa, sua equipe, sua função, sua família com a barriga, você pode agora mesmo parar e perceber que um erro na vida não quer dizer uma vida de erros.

Gustavo Campos

Vitor Rodrigues

Pelo que você quer lutar? Pelo que você pode sofrer, pagar um preço? Para abraçar, o que você precisa abrir mão? Como você quer ser lembrado? Que sonho você quer realizar? Como você quer se destacar na sua empresa? O que você quer deixar para seus filhos? Para o amanhã? O que você pode fazer pelo mundo? Não importa se você já “está atrasado” porque perdeu tempo, se está começando agora, se nem sabe qual o seu propósito, qual o da sua empresa ou da que você está pensando em abrir, qual o foco daquela ideia que você está maturando, estudando. Encontre um propósito e encontrará o sucesso. Boa leitura para você!

*Aproveite e conte sua experiência com a nossa revista, nos mande sugestões, críticas, ou apenas podemos conversar sobre os temas que abordamos em nossas edições, manda um e-mail para contato@revistamindset.com.br e será um prazer retornar pra você.

Lourenço Silva

Missionário, empreendedor e entusiasta do empreendedorismo, apaixonado por liderança, gestão de pessoas e colaboratividade.

Pamela Santos

Raniel Jesus

Renato Ranzani

Assinatura: tinyletter.com/revistamindsetexponencial Redação e Sugestões: contato@revistamindset.com.br

Editor

Revisão

Redação

Marketing

Convidado

Arte


Conteúdo

07 11 15 37 O hardware e o software da motivação Lidere!

10 alimentos que vão triplicar sua produtividade diária Lifehack

Eu preciso mesmo de termo de uso e política de privacidade? E aí, Doc?

Neuromarketing Marketing

05

Vontade de Investir vs. Medo de errar

10

Temos que sair da mediocridade

13

O que você quer ser quando crescer?

Sua Voz

Educação Empreendedora

Sua Voz

25

Como conseguir os primeiros clientes?

27

É necessário pensar dentro da caixa! Um olhar cuidadoso sobre o cliente

Vendas

Branding


19 Entrevista Murilo Gun


05 | Sua Voz

Vontade de investir

VS

Medo de errar Dilemas da tecnologia

ik

p ree :F

em ag

Im


Sua Voz | 06

A tecnologia avança de forma exponencial a cada ano que passa, ou melhor, a cada dia. E vemos hoje que o cenário digital nunca pareceu tão sólido, mas também tão imprevisível. Essa situação gera uma dúvida enorme na cabeça de pessoas que estão decididas em investir em novas tecnologias. “E se daqui a pouco tempo ninguém quiser usar essa tecnologia? E se eu colocar tempo e esforço nisso para no fim não ter resultado algum?” Essas dúvidas são comuns quando vemos várias tecnologias consolidadas acabando aos poucos. Orkut, MSN, DVD entraram para esse time. Mas quem consegue entender os riscos reais e focar nas soluções pode fazer um investimento certo em tecnologias inovadoras e diferenciadas. A participação dos sócios da Flex Interativa no programa Shark Tank Brasil reflete justamente isso. A empresa, pioneira na produção de conteúdo interativo com quase vinte anos de experiência na web, que agora investe pesado em realidade aumentada e realidade virtual, conquistaram uma façanha. Os sócios conseguiram fazer com que quatro dos cinco tubarões tivessem interesse na proposta da empresa que era de meio milhão de reais por uma pequena porcentagem de participação. Os sharks fizeram propostas e os sócios aceitaram aquela que envolviam dois tubarões juntos. Apesar disso, alguns questionamentos foram levantados durante o programa. O primeiro deles é de que as pessoas ainda não sabem como realmente funcionam esses conceitos. E isso é a mais pura ver-

dade. As tecnologias de realidade virtual ainda não estão acessíveis para todos. É algo relativamente novo que não se popularizou, pelo menos por enquanto. Mas será que isso não aconteceu com todas as outras tecnologias inovadoras que surgiram ao longo das últimas décadas? Um outro questionamento é de que essa tecnologia é assustadora. E realmente é. Mas pensando bem, até alguns poucos anos atrás, era difícil de imaginar que pessoas teriam nas mãos equipamentos que fossem capazes de conectá-las, em qualquer lugar que estejam, rapidamente com alguém na Austrália por exemplo. Ou de qualquer outro lugar do mundo, por meio de uma chamada do Skype. Mesmo com essas dúvidas e falta de garantias de que essa tecnologia vai decolar, houve um investimento pesado. Por que isso aconteceu? Os investidores sabem que o mercado está trabalhando para tornar essas novas tecnologias cada vez mais populares. E, principalmente, que o futuro do mercado é imersivo. O foco é trabalhar formas de fazer o cliente manter um contato constante com as empresas. Quem está no mercado vai ter que aprender a se comunicar bem de uma forma única. Adentrar nesse mercado inovador, que talvez hoje não traga resultados imediatos, gera esse medo de errar, a grande dúvida se vai dar certo ou não. É preciso ter uma coragem e vontade ainda maiores. A única certeza que podemos ter é que, sair na frente quando se trata de tecnologia, é o passo mais importante para conquistar o sucesso.

Jonatan Rodrigues

Estudante de Jornalismo, Redator Web Freelancer e Escritor de Ficção. Amante de Tecnologia, Internet e Marketing de Conteúdo.


07 | Lidere!

O Hardware

e o Software

Imagem: Florian Pérennès/ Unsplash/ Freepik

da Motivação

Como todos sabem, ou deveriam saber, todos os computadores, desde os maiores até o celular que toca no seu bolso, têm um Sistema Operacional formado por uma camada de softwares complexos, protocolos e instruções que recobrem o hardware (aquilo que você pode ver), permitindo que as partes do computador funcionem de forma mais tranquila e harmoniosa. É tudo tão transparente que nem nos damos conta de que esse sistema está ali presente e atuante o tempo todo. Mas quando hardware e software crescem demais em tamanho e complexidade, o Sistema Operacional perde sua capacidade de gerenciá-los e o computador começa a dar “tilt” ou “pau” (o que quer dizer travar, ou falhar em uma linguagem mais culta). Então nós, usuários, começamos uma

onda de reclamações fazendo com que os espertos criadores de programas sentem-se e projetem uma nova versão, denominada “upgrade”. Nesse momento você deve estar se perguntando: “Ué? Esse artigo é sobre TI?”. Fique tranquilo, pois não é mesmo (apesar da formação desse que escreve o texto). Então, o que esse papo de sistemas operacionais tem a ver com gestão e liderança? Vamos já saber. As sociedades também têm “Sistemas Operacionais”. Basta observar: leis, costumes sociais e articulações econômicas, com as quais nos defrontamos todos os dias, são apoiados por uma camada de instruções, protocolos e conjeturas sobre como o mundo funciona. Muitos dos Sistemas Operacionais “Sociais” consistem, inclusive, em


Lidere! | 08 uma série de premissas sobre o comportamento humano. Nesse artigo, da mesma forma que o autor Daniel H. Pink, batizaremos esses sistemas de “Motivação”. Vamos dar uma olhada em como o sistema operacional “Motivação” evoluiu ao longo do tempo, começando com a primeira versão que nasceu há cerca de 50 mil anos. Motivação 1.0: nos primórdios, a premissa subjacente do comportamento humano era simples e verdadeira: tentar a qualquer custo sobreviver. Para isso, perambulávamos pelas savanas em busca de alimento ou corríamos à procura de esconderijo, quando um tigre dente-de-sabre se aproximava. Sobrevivência era o impulso que guiava a maior parte do nosso comportamento. A Motivação 1.0, sistema essencialmente biológico, não era nenhum padrão de elegância ou refinamento e também não era muito diferente do utilizado pelos macacos ou outros animais, mas nos servia muito bem. À medida que os humanos foram formando sociedades, esse sistema foi tornando-se inadequado. Tínhamos agora que restringir a premissa que embasava a Motivação 1.0: o nosso “impulso biológico”. Era necessário um “update” para conviver harmoniosamente em grupos e evitar que, a partir de um instinto primário e sem qualquer censura ou julgamento, eu lhe tomasse o jantar ou que você me roubasse a mulher, por exemplo. Dessa forma, num feito notável de engenharia cultural, fomos substituindo esse sistema por uma versão mais compatível com o nosso modo coletivo de trabalhar e viver. Motivação 2.0: descobrimos que era mais fácil sobreviver em sociedade, controlamos o nosso impulso biológico primitivo e com base em uma premissa nova e reexaminada estabelecemos o novo Sistema Operacional Social. Percebemos nesse momento que tínhamos um segundo impulso: buscar recompensas e evitar punições. Assim como outros animais, nós respondemos a esses estímulos. Contudo, somente os seres humanos foram capazes de canalizar esses estímulos para desenvolver coisas. Após a instalação desse novo sistema, vieram grandes transformações. Motores a vapor, estradas de ferro, eletricidade, automóveis, aviões. Aconteceram também transformações menos concretas como estudos e trabalhos científicos. Nesse campo, damos destaque à produção de um senhor chamado Frederick W. Taylor, no início da década de 1900, cuja teoria era de que os negócios eram geridos de modo ineficiente e fortuito. Inventou então a “gestão científica”, uma espécie de software concebido para rodar de maneira perfeita

na plataforma Motivação 2.0. A abordagem de Taylor foi a seguinte: os trabalhadores são como peças de uma máquina e caso fizessem a coisa certa, da forma certa e no momento certo, a máquina funcionaria normalmente (aposto que você acha que ainda hoje é assim que funciona). Para assegurar que isso aconteceria, era estabelecido um modelo em que se recompensava o comportamento desejado e se punia o comportamento indesejado. Tendemos a pensar que todo o desenvolvimento econômico foi graças ao carvão e ao petróleo. Se pensarmos um pouco mais, veremos que a engrenagem do crescimento econômico tem sido lubrificada na verdade com “cenouras e chicotes”. Motivação 2.1: O Sistema Operacional Motivação 2.0 durou um longo tempo, até que começou a falhar. No momento em que habilidades mais sofisticadas foram requeridas, o Motivação 2.0 deixou de funcionar completamente. Nesse período, dois novos nomes surgiram: Abraham Maslow (dispensa comentários) e Douglas McGregor que, aproveitando a obra de Maslow, concluiu que as pessoas têm impulsos mais elevados do que simplesmente reagir a recompensas e punições e que esses impulsos poderiam beneficiar muito as organizações se os líderes os respeitassem. Assim nasceu um “upgrade” do Sistema Operacional Social: o Motivação 2.1. O novo sistema, bem mais cedo que seu antecessor, já começou a dar sinais de esgotamento também. Com frequência e de forma imprevisível, vem apresentando algumas falhas de compatibilidade que nos forçam a conceber mecanismos de contorno com certa

Nos modelos modernos “pensar, organizar, coordenar e fazer” não são mais descritos como funções de departamentos e sim como competências de todas as pessoas da empresa.


09 | Lidere! frequência. Entre as causas das falhas estão: a) a maneira como organizamos o que fazemos; b) a maneira como pensamos sobre o que fazemos; e c) a maneira como fazemos o que fazemos. Por causa desses problemas de compatibilidade, as versões 2.0 e 2.1 não se integram adequadamente a muitos modelos modernos de negócios, sobretudo na maneira com que esses negócios organizam o que fazemos. Nos modelos modernos “pensar, organizar, coordenar e fazer” não são mais descritos como funções de departamentos e sim como competências de todas as pessoas da empresa. É requerida agora uma abordagem que promova a motivação intrínseca (automotivação), já que a motivação extrínseca (cenoura e chicote), propulsora nos sistemas anteriores, não funciona mais em modelos que têm a inovação como diferencial competitivo. Os economistas entenderam finalmente que somos seres humanos completos, e não peças ou robôs mecânicos bitolados. Atualmente, para um número crescente de pessoas, o trabalho é essencialmente criativo, interessante e autodirigido. Estamos certamente diante de um daqueles momentos onde o “upgrade” do sistema operacional social é requerido. Lembrando que, em cada “upgrade”, aproveitamos o que é bom e evoluímos aquilo que não funciona mais. Eu já comecei a atualização, e você? Até a próxima!

Antonio Rodrigues

Fundador da Startup Labs Brasil, que está buscando promover nos jovens estudantes, sobretudo de escolas públicas, o espírito empreendedor, a cultura startup e a consciência de que o verdadeiro poder para empreender está em nós e não nos outros.


Educação Empreendedora| 10

Temos que sair da

Imagem: Freepik

MEDIOCRIDADE

Estamos passando por um momento difícil aqui no Brasil, o pessimismo e a falta de esperança estão em pauta! Vai demorar um pouco para sairmos dessa crise, mas isso não significa que temos que trazer essa crise para dentro de nós. A educação no Brasil está em crise desde sempre e na minha humilde opinião estamos colhendo o que plantamos há um bom tempo. A transformação é necessária e urgente para todos: educadores, gestores educacionais, estudantes, pais.... Todos nós! A educação significativa e transformadora tem que começar a aparecer no Brasil, essa é nossa porta de saída da mediocridade. Essa transformação vai muito além das políticas públicas, tem que ser uma mudança de cada um dos envolvidos, temos que mudar a nossa forma de pensar, treinar nosso cérebro, desaprender para reaprender. Isso gera transformação, mudança de pensamento, quebra de paradigmas. Nós temos medo de arriscar, de aprender sozinhos, pois fomos doutrinados a escutar, a sermos agentes passivos em um ambiente de ensino. Não consigo enxergar uma educação que trans-

forma, que forma, que é significativa funcionando assim com passividade do lado de quem quer e precisa aprender. Temos que nos tornar APRENDEDORES ativos, autodidatas, self-learners, temos que estar dispostos a mudar e a arriscar mais, errar tentando aprender e não apenas esperar por respostas prontas, o mundo real exige mais de você que apenas uma letra certa em um gabarito. Acredito que o futuro do nosso País está atrelado a nossa mudança de comportamento… Repito: temos que mudar a forma de pensar, treinar nosso cérebro, desaprender para reaprender. Não é fácil sair da zona de conforto, repensar algo que está se fazendo a tantas décadas, mas não podemos ignorar o fato de que não está dando mais certo. Vasco Patú

Professor de MBA, PhD. Focado em self learning para alta performance, hiperaprendizagem, futurismo e inovação. Podcaster do Educação Criativa, Vloger, fundador da Iniciare Educação Criativa e co-fundador do Mindset Exponencial.


11 | Lifehack

10 Alimentos que vão triplicar a sua produtividade diária

Imagem: Pexels

Se você é curioso como eu e já foi em busca de saber como a nossa força de vontade funciona, provavelmente chegou à conclusão de que ela é como um tanque de combustível que vai diminuindo ao longo do dia… Se você faz muitas coisas que demandam força de vontade logo pela manhã — como resistir a um doce, malhar ou tomar decisões importantes —, é provável que, à noite, o seu “estoque” de força de vontade esteja em níveis bastante comprometedores.... Sem novidades até agora, certo?! Mas não vim aqui hoje para escrever sobre isso… Pelo contrário: quero falar sobre uma ideia bastante interessante trazida por Gary Keller em seu livro “A única coisa”. Nele, o autor afirma que atitudes como se alimentar da maneira certa, tirar uma soneca ou meditar podem recarregar os seus níveis de energia e força de vontade ao longo do dia. Veja: A força de vontade tem carga limitada, mas pode ser recarregada com um pouco de descanso. É energia limitada, porém renovável [...] Para dar nosso melhor, temos que, literalmente, alimentar nossas mentes, o que confere todo um novo cré-

dito para o ditado ‘digerir as ideias’. Alimentos que elevam o nível de açúcar de forma equilibrada por longos períodos, como carboidratos complexos e proteínas, tornam-se o combustível de grandes empreendedores, prova evidente de que ‘você é o que você come’ (“The One Thing”, Gary Keller) SEU CÉREBRO É COMO UM CARRO… DOS GRANDES Eu não preciso reforçar aqui a importância de se comer bem. Você provavelmente já entendeu que, se não investir em combustíveis de qualidade, não poderá cobrar do seu cérebro que ele alcance todo o seu potencial. Ainda segundo Keller, apesar de corresponder a somente 1/50 da nossa massa corporal, o cérebro é responsável por 1/5 das queimas de calorias do nosso organismo em busca de energia. “Se seu cérebro fosse um carro, seria um dos grandes (em termos de gasto de combustível)”, diz ele. Sem mais delongas, vamos então à lista com as 10 comidas e bebidas que vão turbinar a sua produtividade e fazer o seu dia render 3x mais!


Lifehack | 12 1 . OVOS - Nutritivo e uma das principais fontes de gorduras boas, o ovo também fornece um excelente estoque de proteínas para quem o consome. Isso, por si só, já melhoraria o funcionamento do nosso cérebro, mas o ovo traz ainda um elemento extra: a colina, substância fundamental para o bom funcionamento das células e correto transporte dos nutrientes pelo corpo. 2. CHOCOLATE AMARGO - O chocolate amargo (com pelo menos 70% de cacau) deixa você mais inteligente e desperto. Isso porque contém flavonoides, uma substância que aumenta a circulação de sangue no cérebro, facilitando a aprendizagem e nos deixando em estado de alerta.

3. CAFÉ - Não é surpresa o café estar na lista, certo? Nada pode ser mais energizador que uma boa xícara de café no começo do dia e outra após o almoço. 4. AVEIA - Uma das melhores fontes de carboidratos complexos disponíveis por aí, a aveia é um alimento de baixo índice glicêmico que fornece estoques de energia por um longo período de tempo. Um alimento fundamental no dia a dia de freelancers e empreendedores que estão em busca de mais foco e disposição. 5. BANANA - Fruta predileta dos atletas, a banana contém carboidratos e açúcares capazes de turbinar a sua produtividade. Duas bananas bastam para que você tenha energia suficiente para treinar ou trabalhar em um ritmo pesado por até 90 minutos... Além disso, a fruta também pode te deixar mais feliz e é até utilizada no tratamento contra a depressão… Isso porque contém triptofano, um aminoácido considerado o precursor da serotonina (que, por sua vez, é o neurotransmissor responsável por nos trazer a sensação de contentamento e alegria). 6. CASTANHAS-DO-PARÁ - A castanha-do-pará, como toda oleaginosa, é rica em gorduras boas, mas foi inserida na lista principalmente por ser fonte de ômega 3 e selênio. Ambas as substâncias fazem de

você uma pessoa mais inteligente — sendo que o selênio ainda preserva a sua massa cinzenta contra radicais livres que causam danos oxidativos =) O ideal seria comer pelo menos uma castanha todos os dias. 7. FRANGO - O frango não está aqui necessariamente porque nos ajuda a ser pessoas mais dispostas ou inteligentes… Resolvi colocá-lo na lista por um motivo simples: ele substitui muito bem a carne vermelha. Se você não é vegetariano, já deve ter caído no erro de, em uma quarta-feira qualquer, ter comido costela ou rabada no almoço… O resultado foi que, meia hora depois, você estava destruído e só queria cama. Acertei?! O mesmo não acontece quando você substitui carne vermelha por carnes brancas, que são mais leves, nutritivas e consequentemente demandam menos energia e fluxo sanguíneo ao serem digeridas pelo organismo. 8. ÁGUA - Você provavelmente já ouviu falar que cerca de 70% do nosso corpo é composto de água. Isso, por si só, indica a importância de uma boa hidratação diária, fundamental na eliminação de toxinas e correto transporte de nutrientes. E se você é alguém que anda lutando com o despertador na hora de acordar, tem um motivo extra para se interessar pelo tema: um copo de água também energiza e ajuda a despertar. Pelo menos é isso o que afirma Hal Elrod, no livro “The Miracle Morning” (O milagre da manhã). 9. SARDINHAS - Apesar de a exposição ao sol ser responsável pela maior parte da vitamina D produzida em nosso corpo, alguns alimentos, como a sardinha, também são fontes dessa substância. Ela, por sua vez, mantém o cérebro funcionando perfeitamente. Listada entre os alimentos mais saudáveis do mundo, a sardinha também é fonte de selênio e apresenta alto teor de ômega 3. 10. BRÓCOLIS - Por fim, fechamos a nossa lista com o brócolis, um vegetal que, a princípio, parece ser meio subestimado pela maior parte das pessoas. Fonte de proteínas e outras substâncias como vitamina C, magnésio, cálcio, ferro e zinco, o brócolis é tão completo a ponto de oferecer proteção contra doenças cardíacas, câncer e ainda ter propriedade alcalina, equilibrando a acidez do nosso organismo e o ajudando a alcançar todo o seu potencial produtivo =) E aí, o que você achou dessa lista? Se por um acaso conhecer mais comidas ou bebidas capazes de aumentar a nossa produtividade, não se esqueça de escrever para a gente... Para acompanhar mais dicas sobre qualidade de vida, criação de conteúdo e rotina freelancer, curta a página do Copy Club no Facebook! Te espero lá =) Vitor Rodrigues

Jornalista por formação, marqueteiro por opção e sempre disposto a aprender mais sobre desenvolvimento pessoal. Fundou o Copy Club para falar sobre inbound marketing e dia a dia freelancer.


13 | Sua Voz

O que voce quer ser quando crescer? ^

Imagem: Pexels


Sua Voz | 14 É quase certo que todos nós ouvimos a pergunta acima em algum momento de nossa infância ou adolescência, como um sinal de que deveríamos direcionar a vida em função de determinada carreira. Era uma pergunta cheia de significado, principalmente se você nasceu antes dos anos 1980, e que permanece feita por pais e educadores atualmente, mas com respostas um tanto diferentes das obtidas há (alguns poucos) anos atrás. A esfera digital já se tornou a maior influência em diversos aspectos. Os blogueiros já são as referências principais, como por exemplo, na hora de decidir o que comprar. Soa como novidade? Fato que mal se consolidou e já tende a se tornar obsoleto. Quem me indicou foi meu filho, isso há cerca de 02 anos (na época tinha apenas 09 anos de idade). Sobre a pergunta do que quer ser, ele responde: “ser como o Rezende”. E aí, conhece? Para alguns, isso não significa nada. Mas pra mais de 12 milhões de jovens, significa muito. Esta é a quantidade de inscritos que o canal feito por Pedro Rezende, de apenas 19 anos, ou melhor, o “RezendeEvil”, ostentava em meados de 2017. Além dos inscritos, seus vídeos tinham cerca de 4,3 bilhões (sim, isso mesmo, a casa é do bilhão) de visualizações. Ele é um dos novos fenômenos, intitulados “Youtubers”, e sua produção é basicamente relacionada a outro fenômeno relativamente recente, o jogo “Minecraft”, criado pela empresa Mojang (e adquirida pela Microsoft). Seja dando dicas, ou apenas mostrando suas habilidades, Pedro mobilizou uma legião de seguidores e adoradores, que saíram do mundo virtual para promover cenas impensáveis em eventos lotados, onde também aparecem como ávidos compradores de algumas de suas aventuras já publicadas também em livros. E Pedro não é o único Youtuber admirado. Outro exemplo é o jovem “Whindersson Nunes”, com incríveis 21,4 milhões de inscritos no canal que leva seu nome, publicando paródias e vídeos de humor. Foi inclusive o destaque, na segunda edição da pesquisa “Os novos influenciadores: quem brilha na tela dos jovens brasileiros”, divulgada pela Revista Meio e Mensagem e realizada pela Provokers em 2016. A pesquisa, tal qual a primeira edição, seguiu constatando que metade das personalidades admiradas são Youtubers, sendo que o jovem entende que é mais fácil se identificar com os novos ídolos, pois são mais próximos de sua realidade. A constatação: o jovem está cada vez menos ligado na tela da TV, e cada vez mais ligado na telinha do celular. Estas novas referências são um pequeno exemplo das mudanças significativas que a nova geração tem produzido no mercado, motivando cada vez mais o estudo aprofundado sobre seu perfil. Este novo consumidor Millenial compõe grupo essencialmente conectado, exigente, imediatista, em busca de qualida-

de e customização. E tem a necessidade de se sentir notado. Pelo Facebook, é possível perceber usuários buscando avidamente por compartilhamentos, ou pelo menos uma indicação de aprovação de suas criações e disseminações de conteúdo pelo botão “Curti”. Por isso, empresas que queiram efetivamente permanecer no mercado devem buscar mais propósito, mais emoção. Dar experiências durante a compra que façam com que o novo cliente sinta que vale a pena compartilhar com sua rede de contatos. É preciso que o novo cliente sinta que comprar aquilo vai trazer um significado, para ele e para o grupo, e vai destacá-lo dos demais. Fica cada vez mais evidente a necessidade dos negócios empenharem tecnologias como o Big Data em busca de entendimento das necessidades de seus clientes de nova geração, que até 2020 (daqui a apenas 3 anos) serão a maioria dos consumidores em qualquer mercado. No mercado de trabalho, também há mudanças. O sonho de gerações passadas, em integrar uma grande empresa, permanecendo nela até a aposentadoria, foi substituído por períodos menores e mais propósito. Se não encontram espaço ideal nas organizações, criam o seu. É cada vez maior o número de jovens que idealizam e criam novos negócios, especialmente ligados a tecnologia, interagindo para desenvolver ideias, seja em que ambiente for. Nem o espaço físico é um problema, afinal esta nova geração criou termos como coworking e serviços compartilhados. Por tantos indicativos de mudança, o Fórum Econômico Mundial anunciou a possibilidade de uma nova era, a chamada Quarta Revolução Industrial. Cada vez mais integrados, físico, digital e biológico estariam em uma conexão constante, o que ainda viria a impactar muito os modelos vigentes de trabalho e consumo. Um novo mundo efetivamente se descortina, e é preciso estudá-lo de maneira rápida, agir de maneira ainda mais veloz, a fim de sobreviver e se adaptar as mudanças. Que deverão durar menos que nas revoluções anteriores, visto que a futura geração Z, dos nascidos em meados de 2010, trará a tona seus (novos) padrões em breve. Resta saber apenas se veremos esta chegada também por algum novo canal do YouTube. Até lá, busque responder a pergunta: neste novo mundo, o que você vai querer ser, quando crescer? *Texto adaptado - originalmente publicado em 2016 pelo site Administradores.com Andre Luiz Carvalho

Consultor e palestrante, com mais de 15 anos de atuação executiva, desenvolvendo projetos e treinamentos para as áreas de varejo e turismo. Mestre em administração, apaixonado pelo consumidor, tem como proposta ajudar seu negócio a encontrar os parceiros certos para um posicionamento diferenciado no mercado.


15 | E aí, Doc?!

Eu preciso mesmo de termo de uso e política de privacidade?

O Marco Civil da Internet, oficialmente chamado de Lei N° 12.965/14, é a legislação que regulamenta o uso da Internet no Brasil através da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, além de diretrizes para a atuação do Estado. Com o Marco Civil é que surgiu a necessidade legal de disponibilização de termos que deixem claros os direitos e obrigações das empresas e consumidores, bem como políticas que descrevam como são mantidas e utilizadas as informações pessoais dos usuários. Os Termos são, em resumo, a fundação das interações que a empresa faz com os seus clientes e definem como o negócio se relacionará com os consumidores. A Política de Privacidade já é o documento que vai dispor sobre quais são cada um dos dados, voluntariamente e involuntariamente, recolhidos através da utilização da plataforma, locais de armazenamento e a utilização desses dados. Apesar de serem documentos de extrema importância para sites e aplicativos, é comum as suas leituras serem ignoradas pela maioria dos usuários, talvez pelo tamanho do documento, complexidade ou prolixidade do conteúdo, e a realidade é que é os empreendedores não dão a devida atenção para a elaboração e divulgação dos documentos. Muitos são, entretanto, os casos polêmicos envolvendo os termos de uso e a política de privacidade de aplicativos, sites e jogos famosos nos últimos tempos. Qualquer que seja o seu negócio, físico ou

virtual, você precisa regulamentar o seu uso pelo público e os Termos de Uso são a única forma de regular, dentre outros aspectos, as limitações de uso de determinada ferramenta ou serviço, especialmente cópias não autorizadas e finalidade comercial. Os Termos declaram seus procedimentos e processos, limitam sua responsabilidade legal e estabelecem os termos de desenvolvimento da relação comercial. Eles determinarão seus direitos e suas responsabilidades como organização e quais são os direitos e responsabilidades do seu consumidor, funcionando como um contrato e, ao assinar um contrato, o usuário se vincula e se obriga a cumprir todas as previsões que ali estão dispostas, caso não conflitem com as disposições do nosso ordenamento jurídico. Essa natureza contratual é, cumpre ressaltar, a grande importância do Termo de Uso para o seu negócio digital.Ao estruturar o seu negócio digital, com certeza, você já pensou no que os seus usuários não podem fazer ao utilizarem a sua plataforma como, por exemplo, tirarem fotos da tela e comercializarem as fotos ou dados alheios. Pois é. Você até pode responsabilizar este tipo de conduta, mas os seus usuários precisam conhecer previamente a irregularidade dessa conduta e aceitar essa limitação de uso. Além de serem documentos jurídicos importantes, o Termo de Uso e a Política de Privacidade de um site são excelentes formas de mostrar profissionalismo, credibilidade e transparência para os usuários.

Thaís Guedes

Advogada especializada em Direito Empresarial, Trabalhista e Contratos. CEO da InHands


“O MARKETING DE CONTEÚDO É DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA UMA BOA PERFORMANCE NAS PLATAFORMAS DIGITAIS” Você é empreendedor ou está pensando em se tornar o seu próprio chefe em breve? Então comece agora mesmo a compreender o quanto o marketing de conteúdo pode ser importante para seu negócio. Afinal, já se foi o tempo em que apostar somente em propaganda bastava para que um produto ou serviço ficasse conhecido. Ter um bom atendimento também já não é mais uma certeza de que a fidelidade do cliente será mantida. Mas então, o que fazer? O novo consumidor busca uma relação diferente com as empresas, na qual a marca abra um canal de comunicação de igual para igual, informando novidades e, mais do que nunca, trazendo informações que sejam relevantes para ele. Trata-se do marketing de conteúdo que é uma das armas mais eficazes de empreendedores de todos os ramos nos dias de hoje. Se você quer alcançar o sucesso, manter os clientes e continuar atraindo novos mercados, precisa apostar nesta tendência o mais rápido possível. Mas é preciso ter cuidado. Não basta somente abrir um canal na internet, um perfil em uma rede social qualquer, criar um blog e começar a fazer postagens. O marketing de conteúdo, assim como qualquer estratégia dentro do seu negócio, deve ser planejado, pensado e colocado em prática com muito cuidado. Você precisa conhecer a fundo seu público-alvo ou definir com muita precisão que tipo de clientes deseja atrair. Depois deve encontrar que tipo de assunto seria o mais indicado, qual a linguagem mais eficaz e o formato que melhor se adapta a sua realidade. Em seguida, precisa criar um cronograma de conteúdos postando somente aquilo que traga novidades para quem acompanha sua comunicação. Na hora, no local e de maneira correta. É aí que muitos empreendedores se perdem e acabam colocando tudo a perder. Esqueça-se de fórmulas antigas e evite cair na armadilha de ficar fazendo somente propaganda sobre o seu negócio ou produto. O marketing de conteúdo é muito mais do que anunciar promoções, mudanças de preços e novos produtos. O marketing de conteúdo deve abordar informações que consigam chamar a atenção dos clientes sem necessariamente chamá-los para a compra.

Parece um pouco estranho, mas ele funciona como uma isca trazendo as pessoas interessadas e criando uma relação que se tornará muito lucrativa em pouco tempo. E melhor, agregando valor à sua marca e permitindo ganhos muito maiores. OS PERIGOS DO MARKETING DE CONTEÚDO Muitas empresas acreditam que estão investindo em marketing de conteúdo, quando na verdade estão perdendo tempo e deixando de alcançar resultados positivos. E os motivos podem ser muitos, desde problemas com a definição correta do público-alvo, como a escolha dos assuntos a serem abordados, os canais que estão sendo utilizados e até o horário em que as postagens acontecem. O ideal é buscar sempre por ajuda profissional qualificada. Dois exemplos que coloco aqui e que conheço a notoriedade e excelência: Redaweb e Rock Content. Conheçam essas empresas amigos empreendedores! Por mais experiente que você seja, acertar em cheio na linguagem e na forma não é uma tarefa muito fácil. Além do mais, trata-se de uma atividade que demanda muito tempo e atenção integral. Assim que sua empresa começar a investir em marketing de conteúdo, deve estar preparada para a abertura de um canal que nunca se fecha. O cliente precisa ser ouvido, compreendido, e o conteúdo deve mudar de acordo com as novas necessidades que surgem. Portanto, não corra o risco de perder uma chance de ouro. Procure por uma empresa especializada no marketing de conteúdo e crie formas efetivas de conquistar e manter seus clientes sempre por perto, gastando pouco e ainda fortalecendo seu posicionamento. Para mais informações a respeito de marketing de conteúdo, entre em contato com quem entende do assunto. Você vai ver a importância desse trabalho para seu crescimento organizacional.

Gustavo Brandão CEO ProgIn

Imagem: Pexels

Marketing | 16


17 | Marketing

O CANAL DE VENDAS QUE VOCÊ E A MAIORIA DAS EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO ESQUECENDO!

Imagens: Freepik

Estou aqui para fazer um alerta positivo. Há grandes chances de você estar a um passo de descobrir um grande canal de vendas ainda inexplorado por sua empresa lendo este artigo. Para saber se isso serve para você, leia a frase a seguir: “Meus clientes estão muito satisfeitos, inclusive indicam para seus amigos”. Se você já ouviu ou falou essa frase, está inserido na grande maioria dos empreendedores brasileiros – ao contrário americanos – que ainda não descobriram todo o potencial de venda a partir dos seus próprios clientes atuais. Esse é o referral marketing, ou, marketing de indicação. Comece agora mesmo a desenvolver o seu programa de indicações e colete todo o dinheiro que você está deixando na mesa.


Marketing| 18 Mas por que investir em Referral Marketing? Semana passada, um colega voltou de um grande evento de Growth Hacking nos Estados Unidos e comentou que, por lá, o pessoal já passou o foco somente da aquisição e ativação de clientes para a retenção e referral. Esse é o framework básico de crescimento criado por um dos maiores investidores anjo do plano: Dave Mcclure. O “AARRR” significa acquisition, activation, retention, revenue e referral. Acredito que, ao focar muito no topo do funil, sua empresa pode estar gastando mais dinheiro do que deveria. Ao pensar em vender mais, quase sempre, as soluções são as clássicas do marketing digital como Ads, Email Marketing, por exemplo.. Mas, a melhor solução pode estar mais perto do que parece e gastando menos do que você imagina. Os benefícios de uma estratégia em referral marketing Segundo um estudo da Referral Candy, em média, 83% dos consumidores estariam dispostos a indicar uma empresa que confiam para alguém que conhecem, porém, apenas 20% o fazem. Isso acontece, porque, a maioria dos VPs de Marketing esquecem dessa estratégia e deixam de incentivar seus potenciais clientes vendedores. Investir em referral marketing pode ser muito inteligente. Mas, ao contrário do que sugere a frase que inicia esse artigo, não deve ser deixado ao acaso. Alguns benefícios que podem ser extraídos de um sólido programa de indicações são: Super segmentação: “Ninguém recomenda fraldas para quem não tem filhos”. Essa frase é do Jonah Berger, autor do livro Contagiuous. Com isso, ele quer dizer que todo o imenso trabalho de erros e acertos ao tentar definir o seu perfil de cliente ideal (ICP – Ideal Costumer Profile) já vem pronto. Geralmente, esse é o ponto principal que levam as empresas para o vale da morte nos primeiros anos de atividade. CAC Menor: O CAC (custo de aquisição de clientes) pode se tornar uma pedra no sapato para empresas que estejam buscando crescimento rápido. Com o referral marketing, isso pode ser diminuído, pois o indicador “empresta” sua credibilidade para a empresa, fazendo com que o indicado esteja mais avançado no estágio de compra quando chegar. Ciclo da Venda Menor: É uma consequência do item acima. Ao emprestar sua credibilidade e, também, servir de caso de uso do produto, o amigo que recomenda a sua empresa já faz parte do trabalho

de marketing e vendas para você. Assim, quando o novo cliente chega, o fechamento costuma acontecer muito mais rápido. As métricas de um programa de indicações Para montar a sua estratégia de referral marketing, você deve medir algumas métricas essenciais. Custo de Aquisição de Clientes: Está muito relacionada a quanto você poderá gastar com o seu programa de indicações. Os prêmios para o indicado e indicador devem ser inferiores ao valor gasto nos outros canais de vendas e marketing. Lifetime Value: É o valor total que um cliente deixa na sua empresa ao longo de todo o tempo que ele consome com você, considerando suas margens. Ao saber seu LTV, é possível saber o quanto investir para adquirir um novo cliente. Taxa de Indicadores: Se refere à penetração do seu programa de indicações na sua base. Para melhorar essa taxa, se pergunte: Quantos dos seus clientes estão satisfeitos com o seu produto? Qual o prêmio que mais engaja seus consumidores? Quais os momentos chaves para pedir uma indicação? Indicações Per Capita: Está relacionado a quantos novos clientes sua base atual pode gerar. Essa métrica é uma das mais importantes. Como indicar está relacionado à satisfação com o seu negócio e ao ponto de contato que você pede a indicação, essa é uma métrica fundamental para a otimização do seu referral marketing. Esse artigo te ajudou a entender mais sobre o assunto? Para saber mais sobre Referral Marketing e como montar um canal de vendas lucrativo e – quase sempre – inexplorado, siga “Rodrigo Noll” no LinkedIn. Lá eu escrevo sobre o passo a passo para montar o seu e, por exemplo, como escolher os melhores prêmios para os seus clientes indicarem mais e você ter o melhor ROI. https://www.linkedin.com/in/rodrigonoll/

Rodrigo Noll

Especialista em Referral Marketing. Em 3 anos, faturou 20 milhões com essa estratégia como gerente de marketing e vendas do SBTUR Viagens.


19 | Entrevista

MURIL Entrevista com

Murilo Gun é um cara que foge dos padrões. Humorista, empresário, apresentador, palestrante, professor... É quase impossível rotulá-lo. Com uma trajetória profissional inusitada e de grande sucesso, começou a chamar a atenção desde muito cedo. Antes de ser um dos especialistas em criatividade mais requisitados do país, contratado por 1/3 das 100 maiores empresas do Brasil e com cinco eventos TEDx no currículo, lançou com apenas 13 anos seu primeiro portal. A Gun’s Hotpage, que reunia conteúdos diversos, se tornou um sucesso na época em que a internet ainda engatinhava no Brasil e conquistou por dois anos o prêmio iBest de melhor site pessoal. Dali em diante, Gun passou a desenvolver projetos relacionados à web. Abriu uma startup, foi sócio de duas empresas de TI no Porto Digital, em Recife, escreveu dois livros e tornou-se palestrante na área de marketing digital. Porém, depois de se formar em Administração decidiu que queria se lançar na carreira de humorista. E conseguiu! Tornou-se um dos pioneiros do stand-up comedy no Brasil.

Por conta da experiência em negócios, passou também a atuar com foco em comédia corporativa e, dentro das empresas, notou uma demanda crescente por conteúdos que desenvolvessem a criatividade das equipes. Além de aulas em formato presencial, Murilo desenvolveu palestras e workshops sobre criatividade, que apresenta em organizações e escolas como Perestroika, FIAP e Casa do Saber. Em 2014, após ser um dos 80 selecionados no mundo a participar do curso anual da Singularity University, parceria entre NASA e Google, no Vale do Silício (EUA) voltou determinado a gerar um impacto ainda maior com seu projeto de educação. Com essa mentalidade, levou o seu curso de criatividade para o ambiente online. No ar desde 2015, o “Reaprendizagem Criativa” deu frutos e agora faz parte da Keep Learning School, projeto mais ousado de Murilo até então, uma escola online de cursos livres com um modelo de aprendizagem contínua para adultos ao mesmo tempo escalável, personalizado e inovador.


Entrevista | 20

LO Imagem: Divulgação


21 | Entrevista Você tem um histórico profissional no mínimo curioso: de empresário, para comediante e depois palestrante e professor de criatividade. Em todas as etapas você tem conseguido alcançar muito sucesso e visibilidade. Olhando pra trás, como foi passar por tantas mudanças e quais foram suas escolhas mais acertadas? Apesar de jovem ainda, acho que posso falar sobre transição de carreira com certa propriedade! Já passei por três grandes processos de mudança de rota profissional com bastante sucesso. Primeiro, acredito que quem quer transformar os sonhos em realidade deve assumir riscos, mas riscos calculados. Só pra deixar claro o quão distante a minha realidade era do meu sonho quando resolvi deixar de ser empresário, eu trabalhava desde 1995 com tecnologia e tinha um grande reconhecimento nessa área. Tinha até sido convidado pelo Programa do Jô para falar sobre isso. Era sócio de uma das maiores produtoras web de Pernambuco. Cheguei a ter 40 funcionários e grandes clientes em várias regiões do Brasil. Minha rotina era chegar todo dia às 9h no escritório. Só que, em 2006, resolvi virar comediante! OK, mas essa não deve ter sido uma decisão que surgiu da noite para o dia. Certo? Claro que não. Tudo começou na colação de grau da faculdade. Fui escolhido como orador da turma e pensei: discurso legal tem que ser engraçado. Mas nunca tinha feito humor até então e resolvi começar a estudar. Pesquisei muito antes de fazer o texto e foi arretado! Virou um tipo de obsessão, daquelas que só acontecem quando você realmente gosta da parada. E foi muito boa a sensação de ver meus colegas rindo, de ver a galera pirando no que eu tinha escrito em casa. Me despertou emoções que até então eu nunca tinha sentido. Quando acabou o discurso, meus colegas todos estavam pensando: “Agora sou um administrador!”. Eu estava pensando: “Agora sou um comediante!”. Naquele momento surgiu a primeira chama, o sonho de que aquilo era possível. Só que você não passou a ser comediante logo após a formatura. O que aconteceu até chegar lá? Então, muitas pessoas dizem “ah, se esse é o seu sonho, tem que largar tudo e ir atrás”. Eu não concordo. Acho que essa não teria sido a melhor estratégia. Não acho que você tenha que largar tudo e partir para os seus sonhos. Se, naquele momento, eu tivesse largado a minha empresa para fazer comédia, talvez tudo tivesse dado errado. E qual foi a estratégia que você adotou para fazer essa transição de carreira? Resolvi implementar uma lógica de lean startup (teoria de Eric Ries, autor do livro “Lean Startup”) no meu processo de transição. Esse modelo de pensamento

enxuto ensina a testar novas ideias com o mínimo de risco, rodando ciclos de experimento e aprendizagem. Foi isso o que você quis dizer com “riscos calculados”? Sim, porque, se você falhar com riscos calculados, o impacto será reduzido, sendo possível melhorar a partir do feedback e testar novamente. Foi aí que eu resolvi levar o que chamo de “vida de puta” [risos]. Explico: decidi começar a testar pequeno a minha hipótese. De dia, continuei na minha empresa e, de noite, fui fazendo humor em bares e casas de shows. Basicamente, o que quero dizer aqui é que eu não chutei o pau da barraca para mudar de profissão. Mas foi um período de muito hardwork! Quando foi que a carreira nova substituiu a anterior? Primeiro, precisava ver se eu era bom, segundo, se gostava e queria como profissão [a carreira de humorista] e, por último, se era possível viver disso. Eu tinha que verificar as três hipóteses antes de fazer qualquer coisa. Em 2006, começou a bombar a stand-up comedy no Brasil e eu consegui meu primeiro teste em São Paulo. Mas só fui fazer a troca mesmo no final de 2008.


Entrevista | 22

Imagem: Divulgação

O MELHOR CAMINHO PARA O PROFISSIONAL SE DIFERENCIAR DAS MÁQUINAS É INVESTIR EM HABILIDADES INTRINSECAMENTE HUMANAS.

E como teve a certeza de que era o que você queria? Eu tive várias oportunidades, inclusive em TV. Fui convidado pelo Faustão duas vezes e a essa altura toda a minha energia criativa estava indo para fazer piadas. Mesmo assim, eu ainda estava na empresa - a Cartello - só que já não era mais o que eu queria. A certeza só veio quando as metas que eu mesmo determinei pra mim foram cumpridas. Eu fiz a seguinte meta: em três meses na comédia, trabalhando só à noite nos fins de semana, quase toda quinta-feira e eventualmente sextas e quartas-feiras, eu tinha que conseguir ganhar mais do que ganhava na empresa. Quando eu consegui, fiz mais três meses só para garantir. Daí eu comecei a pensar: acho que agora dá pra eu largar. Isso eu consegui já com a sacada corporativa, após conseguir alguns jobs corporativos, porquê nos shows que eu fazia nos bares, nas noites, eu precisaria de uma demanda muito grande que eu não tinha como pegar porquê eu tava na empresa ainda o dia todo, então comecei a buscar jobs que aumentassem o valor, foi quando entrei com a comédia no mundo corporativo. Você falou em “energia criativa”. A criatividade é um tema sempre presente na sua história. Por que ela é tão importante? Assim, está comprovado que praticamente metade das profissões tem uma alta chance de ser automatizada nos próximos 20 anos. E o melhor caminho para o profissional se diferenciar das máquinas é investir em habilidades intrinsecamente humanas. Pra mim, são cinco as inteligências que devem ser desenvolvidas para se destacar no mercado atual e no futuro: a inteligência interpessoal, a intrapessoal, a criativa, a inter-artificial e a inteligência aprendedora-educadora. Só que a criatividade é a que mais se destaca entre as quatro porque é a que mais influencia as demais e, curiosamente, a que menos profissionais estão buscando ativamente desenvolver. Muita gente sequer acha que é uma competência que pode ser estudada. Mas eu afirmo que todo mundo precisa ser mais criativo e todo mundo consegue ser mais criativo. Fala um pouco mais sobre as inteligências inter-artificial e aprendedora-educadora, explica para a gente esses conceitos aí Então, a inteligência inter-artificial eu vejo como interação com a tecnologia, com as máquinas, softwares, robôs, não é somente ter a inteligência artificial, é saber conviver e usar essa inteligência como ferramente né? A aprendedora-educadora é saber aprender a aprender e aprender a educar, um ciclo vicioso, é muito importante num mundo em movimento você aprender a aprender e a educar, compartilhar o conhecimento e assim influenciar outras pessoas.


23 | Entrevista

Im

ag em

:D

ivu

lga çã o

Mas, então, como é possível ser mais criativo? O primeiro passo é entender que todos já fomos crianças criativas e vamos tendo essa habilidade bloqueada conforme crescemos. A questão é que muita gente acredita que a criatividade é algo inalcançável e isso não é verdade. Há vários mitos que impendem as pessoas de serem mais criativas. Um deles é a crença de que criatividade seria apenas para artistas, publicitários e inventores. Mas no mundo de hoje a criatividade é indispensável para todo mundo, porque, para demandas novas, é preciso soluções novas. Além disso, muitas pessoas acreditam que criatividade é um dom com o qual só algumas pessoas nascem, quando, na realidade, é uma capacidade inata que pode e precisa ser desenvolvida. Um terceiro mito é a crença de que criatividade origina coisas totalmente inéditas. Só que toda criação parte da combinação de elementos que já existem. Além disso, muita gente acha que boas ideias surgem de insights geniais, de forma espontânea. Mas não é assim, do nada, que as ideias surgem. Existe um processo criativo por trás de toda grande ideia, composto por quatro etapas: input, processamento, output e feedback. Criatividade é hardwork, papai! Só que muitas vezes, em ambientes de trabalho mais tradicionais, não há abertura para a exposição de ideias novas. Você acha que existe alguma forma de “driblar” essa resistência à criatividade? Acho que a melhor forma de convencer alguém a implantar uma ideia é mostrar que ela é viável. Se você consegue testar pelo menos um protótipo da sua teoria de forma enxuta - com baixo esforço e baixo risco - e mostrar resultados, tudo fica mais fácil. Além disso, todo mundo que quer ser mais criativo precisa ser eternamente uma espécie de “evangelizador”. Ajudar as pessoas a se abrir para o novo faz parte do hardwork de ser criativo.


Entrevista | 24

Você acha que o GunCast é a forma como exerce esse papel de evangelizador? Com certeza é uma das formas. Estou em várias redes sociais e hoje também voltei a me dedicar mais ao meu canal no YouTube (youtube.com/murilogun), mas tenho uma relação com rádio que é muito especial. Lancei o GunCast em dezembro de 2015 e sou ouvinte de podcasts há muitos anos. Os podcasts foram, e ainda são, uma fonte importante de conhecimento sobre empreendedorismo e educação que posso aplicar no meu dia-a-dia. Por exemplo, não vejo motivo para quem mora em grandes centros urbanos não ouvir podcasts. É algo tão simples e que salva tanto tempo! Você ouve no carro, no transporte público, na academia, na corrida no parque, no trabalho, e transforma aquela meia hora de vida perdida em meia hora de valor. O GunCast acabou reunindo muitas pessoas que discutem empreendedorismo, criatividade e inovação. Isso tanto no grupo fechado no Facebook quanto em outros espaços, como no Telegram, que motivou a criação da Revista Mindset Exponencial. O que você acha desse movimento? É excelente ver o Grupo Mindset Exponencial discutindo temas relacionados a empreendedorismo por causa do GunCast. É um efeito positivo e que agora promove ações para mudar mentalidades via educação. E quais os planos para 2017? Este ano estou totalmente focado na estruturação da minha escola online de cursos livres, a Keep Learning School, que é voltada para adultos que decidiram não parar de aprender. Todos os cursos da escola seguem cinco princípios educacionais: aulas engajadoras, respeito ao tempo, múltiplos impactos, comunidade viva, e experiência híbrida. Além do “Reaprendizagem Criativa”, temos outros cursos para desenvolver as inteligências interpessoal e intrapessoal, que são o de “Como Reencontrar sua Arte”, com Gustavo Succi, Técnicas de Criatividade que é uma derivação do “RC”, o CriCriCri – Criando Crianças Criativas – vai virar um curso (ainda restrito pra quem fez o “RC”) - e, em breve, um curso de Stand-up Comedy que não tem data ainda mas vamos fazer sim, além de coisas mais ligadas a futurismo e inovação. Liderança criativa, cultura criativa e até ambiente físico criativo são algumas possibilidades também. Dentro da Keep Learning School também tivemos o “Inquietos Meditam”, com a Tânia Mujica, que nós lançamos oficialmente, mas como acontece

regularmente na vida das startups, nós notamos que apesar de o curso ter uma conexão com a criatividade, o público era diferente, a forma de se comunicar com essas pessoas é diferente e a gente deu uma “segurada”. Então a Tânia vai continuar fazendo o curso mas deixou de ser um negócio nosso, e a gente vai divulgar, vai recomendar, mas não será mais um curso da Keep Learning School. Lançamos também a Tomatêra, uma marca de roupas e acessórios para quem curte vestir, consumir e compartilhar conteúdo, que vai além de ser mais uma loja virtual. Ela segue um conceito de Content Wear. Todas as peças da marca têm frases e fazem parte de coleções temáticas sobre criatividade e inovação. Ao comprar um produto, você recebe um QR code com um cupom que dá acesso a aulas online exclusivas que aprofundam o significado de cada tema e estampa. A Tomatêra é para quem curte vestir, consumir e compartilhar conteúdo, para quem curte aprender e ensinar. Foi interessante você falar na Tomatêra, ela não está mais no ar, o que houve? Esse foi um projeto que com menos de 30 dias no ar nós resolvemos dar uma segurada porquê a gente descobriu que é um outro tipo de negócio, com outras habilidades e operação necessárias, que demandava uma energia que a gente no momento não tinha sobrando, então tá lá, pronto, mas guardadinho porquê a gente resolveu focar as energias na Keep Learning School. Interessante o que você fez em relação à Tomatêra e ao “Inquietos Meditam”, foi uma pivotada na tua Startup né? Como vocês chegaram à essa decisão? Isso é uma coisa que como empresa você vai ao longo do tempo se auto observando, assim como tem o auto conhecimento pessoal, tem também auto-conhecimento da organização, a gente percebeu que o nosso DNA é muito criatividade e inovação então decidimos fazer cursos que sejam mais diretamente ligados à criatividade e inovação. Como eu falei anteriormente, a gente pensa também coisas mais ligadas a futurismo e inovação porquê é mais do nosso DNA, porquê a gente tá num momento de foco dentro do pilar Criatividade que é um pilar com alto desdobramento..E, além disso, tudo, também estou escrevendo meu primeiro livro sobre criatividade, que vai ser lançado no segundo semestre pela editora Sextante. Haja hardwork!

Lourenço Silva

Naia Maciel


25 | Vendas

COMO CONSEGUIR

OS PRIMEIROS

Imagem: iconicbestiary / Dooder / Freepik

CLIENTES ? A vida de empreendedor tem muitos desa desafios. Prospectar interessados e convertê-los em clientes é uma das atividades que os novos em empreendedores sentem mais dificuldade. Depois de vencer toda a burocracia para abrir uma empresa, dedicar tempo criando um produto/ serviço, é necessário se apresentar para o mercado em busca de interessados. Conversando com alguns empreendedores eu vejo que uma das maiores dificuldades é conseguir novos clientes, tendo em vista que muitos donos de negócios não tem experiência prévia na área de vendas.


Vendas | 26

Como começar a prospectar clientes? Eu tenho uma técnica bem simples que permite que pessoas iniciantes na área das vendas comecem a aprender essa arte. Ao invés de esperar que os clientes venham até você, eu sugiro fortemente que faça uma prospecção ativa para conseguir os primeiros interessados no seu produto. Para isso, prepare uma lista de pessoas conhecidas por você (amigos e familiares) e que podem se interessar pelo seu produto/serviço. Começar com os familiares e amigos é muito bom porque essas pessoas te darão abertura para explicar sobre o seu produto. Você vai se sentir mais confortável de fazer suas primeiras apresentações comerciais para pessoas que já conhece. Essa primeira lista de interessados composta por amigos e familiares eu chamo de Círculo A. Depois de alguns dias ou meses (dependendo do tamanho do seu círculo) essa lista vai se esgotar e por isso você vai precisar gerar uma outra lista de contatos. Nesse momento você vai construir o seu Círculo B.

“... POR ISSO É SEU DEVER FAZER SUA PRÓPRIA RECOMENDAÇÃO, PORQUE VOCÊ SABE QUE ESSE PRODUTO/SERVIÇO É ALGO QUE PODE AJUDAR SEUS CLIENTES A TEREM UMA VIDA MELHOR.” O círculo B é composto por pessoas conhecidas. Pense em pessoas que você não tem tanta proximidade, mas que já tenha conversado ocasionalmente. Algumas vezes a lista B é composta por amigos de amigos, ou amigos dos pais/irmãos. Segue uma dica para ajudar quem está com dificuldade de montar a lista: olhe a sua agenda telefônica, nome por nome, depois pegue a agenda telefônica dos seus pais ou até de um amigo próximo para formar a sua lista. E o mais importante: não tenha vergonha de ligar.

Imagem: iconicbestiary / Freepik

Como começar a vender sem ter experiência em vendas? Essa é uma pergunta que se torna um grande pesadelo para vários empreendedores, mas não é nenhum “bicho de sete cabeças”. O importante nesse caso é não deixar o medo impedir você de apresentar seu produto e conquistar o seu primeiro cliente.

Algumas pessoas têm vergonha de oferecer o seu produto para amigos porque não querem criar inimizades. A verdade é que você tem que confiar no seu produto. Se você gosta de algum filme ou de algum restaurante, recomendaria para os seus amigos? Então aqui é a mesma coisa. Geralmente recomendamos coisas boas para os nossos amigos, por isso é seu dever fazer sua própria recomendação, porque você sabe que esse produto/serviço é algo que pode ajudar seus clientes a terem uma vida melhor. Para não criar nenhuma inimizade basta não insistir muito. Confie em si mesmo que tudo vai dar certo! O importante é começar a ligar para a lista o quanto antes! As pessoas dessa segunda lista vão ser pessoas que você não tem tanta intimidade, mas a boa notícia é que você já treinou bem o seu discurso de vendas com a lista do círculo A. E depois de explorar todos os contatos da lista A e da lista B? Quando alcançar esse ponto, você já deve ter conseguido alguns clientes. Agora temos duas alternativas para prosseguir: Peça 3 recomendações para os clientes que você já vendeu. Pergunte se você pode ligar para eles ou se o seu cliente pode recomendar alguém que pode ficar interessado no seu produto. Contate algumas pessoas influentes que você conheça e ofereça uma comissão para eles, de 5% a 15% por produto vendido para uma indicação deles. Essa é uma boa forma de motivar recomendações.

Felipe Macanhão

Empresário serial, apresentador, escritor e consultor. Tenho muito amor pelo que faço, adoro desenvolver empresas e o meu desejo é construir empresas que possam melhorar a vida das pessoas.


27 | Branding

é necessário pensa

Um olhar cuidados

Eis um recado cheio de provocação e que talvez contradiga o que muitas marcas fazem e querem fazer: “Pensar fora da caixa”! Pensar fora da caixa é necessário sim, no sentido de se buscar um diferencial competitivo permeado de criatividade e inovação, e muitas marcas têm feito isso maravilhosamente bem. No entanto, no afã de pensar “fora da caixa”, algumas marcas se esquecem das tarefas básicas de casa, fazer o que tem que ser feito e então, de pensar dentro da caixa. E eis que no âmago dessa ideia está o CLIENTE. É absolutamente correto uma marca preocupar-se com o seu Branding (gerenciamento de marca), com os variados e necessários processos do produto/serviço, com as complexas estratégias de posicionamento de marca, com as impactantes campanhas de Marketing. Mas é absurdamente incorreto fazer tudo isso sem pensar nos clientes. Theodore Levitt, um dos grandes nomes de Havard, em seu célebre artigo “Miopia em Marketing”, publicado em 1960, faz a crítica a empresas que privilegiam o produto ao invés dos clientes, eis a grande miopia e um dos principais motivos para a decadência de grandes empresas como exemplo, a Kodak e a Mesbla. PRIORIZAR O CLIENTE É PENSAR DENTRO DA CAIXA, é tarefa de casa, é o foco! Por mais “fora da caixa”, bonita e pirotécnica que seja uma campanha de Marketing, por exemplo, se ela não estiver direcionada para atender a uma demanda, satisfazendo a necessidade do cliente e atraindo-o para o consumo, infelizmente pode significar apenas algo bacana e que vai massagear o ego da marca, mas não atingirá os objetivos organizacionais. No livro, “Os 10 pecados mortais do Marketing”, Philip Kotler (2004) enfatiza o erro das empresas que não têm foco nos clientes, como o primeiro dos


Branding | 28

ar dentro da caixa!

so sobre o cliente

pecados mortais. De fato, não focar nos clientes é cometer um grande suicídio. E quando se fala em foco no cliente relacionado ao Branding, a pretensão é ir além do posicionar e comunicar a marca e/ou preocupar-se com a excelência do produto, é, pois, melhorar a experiência com seus clientes. Experiência com os clientes, eis a palavra.A campanha pode ser estupenda, a marca pode estar bem posicionada no Mercado e na mente do cliente, mas o que vale no fim das contas é a experiência de consumo. A experiência é positiva quando “a promessa se cumpre”, há um valor percebido através de aspectos intangíveis e que acompanham o que é ofertado pelas marcas, especialmente através do serviço (atendimento ao cliente). E caso essa experiência seja negativa, pode-se dizer que o Branding falhou, e por que não dizer, ocorre uma “Miopia em Branding”. Por maior que seja uma empresa, com toda notoriedade e peso de marca que tem no Mercado, é a experiência individual de consumo do cliente que vai responder se ela é amada ou odiada. Pensar dentro da caixa é olhar para o ativo mais importante que uma empresa possui: o cliente. E a partir daí, reunir esforços para que a sua experiência com a marca seja a melhor possível, ainda que para isso seja necessário pensar fora da caixa. Enfatizar os clientes é pensar dentro da Caixa, essência que direciona; Realizar estratégias de posicionamento de marca, com inovação, criatividade, é pensar fora da caixa, consequência que certifica. Assim, o Branding cumpre a sua missão de tornar o cliente um amigo da marca. Sobretudo, valorizar o cliente pensando dentro da caixa é também uma forma de se preocupar e agir para que não haja falta, mas sim excesso, dentro DO caixa.

Hudson Roza

pik Free em: g a m I

@do

r ode

Idealizador da marca Navy Way; Graduação em Filosofia, Bacharelado em Administração; Mba em Psicologia Organizacional e Gestão em RH; Mestrando em Marketing;


29 | Vendas

5 Razões

Para a Alta Performance Certamente existem muitos motivos para uma performance elevada em vendas. Mas existem poucos que justificam a alta performance, os top 5% do ranking. Eu listo abaixo as cinco razões que, na minha opinião, mais justificam a alta performance em vendas. Vamos falar um pouco de cada uma delas. Assumir positivamente o controle: Gustave Le Bon disse que “O homem que não sabe dominar os seus instintos é sempre escravo daqueles que se propõem satisfazê-los”. O vendedor que não assume o controle dos seus negócios sofre do mesmo mal, onde permite que o cliente proponha o jogo para satisfazê-lo. E ele, como “vendedor-escravo”, assume o papel submisso e mais fraco, aceitando qualquer miséria em troca da pseudo fidelidade de continuar sendo comprado. Os vendedores top 5%, de alta performance, mantém o controle do jogo, distribuem as cartas e recolhem todo o dinheiro da mesa. Com espírito positivo, contagiam o cliente com a noção do melhor jogo feito. E se esforçam para que os resultados apareçam nos relatórios do cliente. Usar com persistência a bússola: Saber para onde ir é o que a bússola nos possibilita. Não trata de velocidade, ritmo e nada mais. Somente o verdadeiro norte da nossa

Imagem: Freepik

Em Vendas


Vendas | 30 vida aparece nesta nossa bússola. Não possuir essa ferramenta implementada é como navegar em alto mar de olhos vendados. “Volta teu rosto sempre na direção do sol, e então, as sombras ficarão para trás”, diz a sabedoria oriental. Os vendedores top 5%, de topo de pirâmide, não perdem o norte do resultado que querem atingir. E, devido a isso, as dificuldades são meros ajustes de rotas e não obstáculos intransponíveis. Fatiar fino e ter fome de comer tudo: Os vendedores top 5% são pessoas produtivamente ocupadas. Sabem eliminar atividades circunstanciais de sua vida e separar ou reduzir, até o ponto de eliminar para sempre, grande parte das atividades urgentes que sempre aparecem e não estão muito em nosso controle. Focam energia, tempo, motivação e sua inteligência nas atividades importantes. Se existe muitas coisas a serem feitas, vão “quebrando” em atividades menores que depois de montadas formam novamente o puzzle-desafio. E, a cada fatia que desdobra da meta maior, fica com mais fome de comer o próximo pedaço. Faminto, sem noção, avança como uma locomotiva na direção do gol.

"...O mercado está em crise? Bom, para eles é uma motivação para se destacar. Vencer quando muitos outros desistem é um fator que é visto em cenários onde convivem os dois tipos de mindsets." Ser um estrategista obstinado por resultado (do cliente): Grande parte dos vendedores não gostam de pensar em rotas, abordagens diferenciadas, avaliar seus resultados após cada visita e montar uma agenda com forecasting. Além disso, tem uma predominância de pensamentos restritivos, que sem questioná-los, governam sua vida. Por isso que não batem metas e dependem da sorte. O mestre Sun Tzu já ensinava que “A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota”. Os vendedores top 5% montam suas estratégias e as desdobrem em táticas acionáveis, fatias finas, que executam dia após dia em direção aos seus objetivos (os nortes definidos). Possuir um mindset orientado para o crescimento: Os vendedores top 5% se questionam. Não

aceitam resultados sem questionamentos de como melhorar. Não importa se batem metas sobre metas, querem aprender. São curiosos e orientados ao novo. Vibram por descobertas e são corajosos para abrir novas portas. Convivem bem com o “não sei”, mas nunca ficam esperando as respostas. Vão a campo e as constroem. Este é o mindset dos vencedores. Muitas pesquisas indicam que há dois tipos de mindsets (maneiras de pensar e agir) em vendas. Algumas pessoas têm o mindset fixo e outras o mindset de crescimento. Os vendedores com o mindset fixo são aqueles que querem o reconhecimento imediato. Querem ser destacados por serem bons, os melhores que existem. Mas, quando a meta não é atingida, desistem, se desinteressam, e muitas vezes jogam contra o espírito positivo do grupo. Normalmente colocam a culpa em terceiros, não assumindo a responsabilidade pelos resultados. Eles vencem quando os ventos são favoráveis. Já os de mindset de crescimento adoram o desafio. Podem até não estar momentaneamente com um alto desempenho, por ainda não terem descoberto a fórmula correta para vencer o novo jogo, mas são aqueles que nunca desistem, que estão sempre na busca de soluções para os problemas. Na verdade, quanto mais complicada a situação, mais crescem. O mercado está em crise? Bom, para eles é uma motivação para se destacar. Vencer quando muitos outros desistem é um fator que é visto em cenários onde convivem os dois tipos de mindsets. Resultados de pesquisas com jovens estudantes demonstram que os alunos com mindset de crescimento buscam se destacar quando os desafios são crescentes. Já os de mindset fixo, desistem do desafio quando começam a errar. Preferem ficar jogando o mesmo jogo, na mesma fase, do que mudar de fase e, assim, assumir um novo desafio. Uma equipe campeã não se forma com mindset fixo. Carlos Drummond de Andrade já dizia que “há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos”. E você, qual campeão deseja ser? Até o próximo texto e boas vendas.

Gustavo Campos

Coach de alta performance em vendas


EMPRESAS MELHORES

PARA O MUNDO

Como um movimento global está redefinindo sucesso, negócios e reinventando o capitalismo O capitalismo é o modo de produção econômica que mais gerou riqueza. Há, com razão, pontos de dissonância nessa afirmação. Porém, é importante observar o imenso desenvolvimento social e econômico que o mundo vivenciou desde a revolução industrial. A renda per capita , por exemplo, saltou em duas décadas de $7,351 para $18,522 em 2014, de acordo com o Banco Mundial. Esse número era de $667 há dois séculos, quando 90% da população mundial vivia na linha da pobreza. Não há dúvidas de que empresas são agentes econômicos-chave nesse processo. Porém, as externalidades dos negócios são parte da causa dos efeitos adversos do massivo progresso que experimentamos, em especial no pós-guerra. Ao longo da cadeia produtiva, há uma série de custos não são precificados e acabam sendo negliciados pelo modelo de negócio. Com isso, embora

as empresas possam contabilizar lucro financeiro, foi deixado um imenso rastro de impacto negativo social e ambiental. Quando se aprofunda estes efeitos adversos, rapidamente se depara com os atuais desafios complexos que a sociedade enfrenta. A mudança climática é cada vez mais uma ameaça iminente ao planeta como conhecemos e, por consequencia, para a nossa espécie. A concentração de renda está em processo crescente. De acordo com a Oxfam, atualmente, 8 indivíduos possuem a riqueza de metade do planeta. A desigualdade social implica em desigualdade de oportunidades e, no longo prazo, gera distorções sociais irreparáveis. Algumas delas já vivemos com crises institucionais importantes. Os recentes escândalos empresariais no Brasil e no mundo evidenciam a grande necessidade de mudanças estruturais nestes agentes econômicos.

Imagem: Freepik

31 | Capitalismo Consciente


Capitalismo Consciente | 32 Parte dessa mudança é como a empresa define sucesso. Por décadas, o mercado convenciou o lucro como sucesso. Isso desvirtuou muitas empresas de seus propósitos e foi criada uma visão de curto-prazo e uma busca insustentável em múltiplas dimensões pelo lucro aos investidores e acionistas. É fundamental uma mudança de cultura empresarial. Para isso, há 10 anos, um movimento global de líderes desenvolveu infraestrutura para essa mudança. O B Lab, organização não-governamental baseada nos EUA, criou um rigoroso processo de avaliação de impacto, que analisa múltiplas dimensões das empresas como governança, modelo de negócio, impacto ambiental, relações com comunidades e colaboradores. Em um range de 200 pontos, se a empresa atingir o mínimo de 80, ela está elegível a se tornar uma Empresa B Certificada e, com isso, promover mudanças estruturais em seu contrato social ou estatuto social. Essas mudanças tratam de considerar externalidades no modelo de negócio e seus stakeholders, não apenas investidores, na tomada de decisão a longo prazo. Para escalar este movimento, uma rede de parceiros foi criada. Na America Latina, o Sistema B atua em 11 países facilitando o crescimento da comunidade de Empresas B e do movimento global. Como resultado, desde 2006, mais de 2,2 mil empresas se certificaram em 50 países. Outras 62 mil utilizam a ferramenta para avaliação de seu impacto e de sua cadeia de valor. São empresas que têm redefinido sucesso em negócios, para que êxito não seja medido apenas pelo dimensão financeira, mas também pelo bem-estar da sociedade e do planeta. Um exemplo de Empresa B é a brasileira Natura. Pioneira no segmento de cosméticos, foi a primeira empresa de capital aberto no mundo a se certificar. Além das reconhecidas práticas de desenvolvimento sustentável, a Natura foi também pioneira ao lançar, em 2016, o relatório de impacto integrado. A empresa, em aliança com a PWC, precificou em R$ 132 milhões o impacto de sua externalidade entre a extração, produção e distribuição. Um avanço fundamental para que esse impacto passe a ser incorporado em seu modelo de negócio. De acordo com a visão Natura 2050, a empresa pretende neutralizar o seu impacto ambiental. Também é papel do movimento mudar a regra do jogo. Em 2010, o B Lab influenciou a criação de uma nova estrutura de empresa no estado de Maryland: a Benefit Corporation. Um tipo de empresa que declara um propósito específico de causar impacto social e ambiental positivo no

curso de sua atividade econômica. Também amplia a responsabilidade dos admnistradores e a transparência na prestação de contas de seu triplo impacto: social, ambiental e econômico. Desde então, outros 30 estados americanos adotaram essa estrutura atingindo a 4,5 mil Benefit Corporations. A Itália, em 2016, foi o primeiro país fora dos EUA, a passar a legislação e outros 15 países debatem esse processo. No Brasil, o Sistema B articulou a criação do Grupo Jurídico B, formado por advogados interessados em refletir a criação de uma nova qualificação para sociedades empresariais: as Sociedades de Benefícios, seguindo o mesmos principios das Benefit Corporations nos EUA. A atuação do Sistema B, como organização que facilita o movimenta, inclui uma abordagem sistêmica. Atualmente, atores-chave como advogados, acadêmicos, investidores, empresarios, entre outros se organizam em comunidades de práticas. A tese dessa forma de atuação é boas práticas influenciaram mudanças em normas sociais e culturais e promoverão mudanças sistêmicas no longo prazo. Uma dessas comunidades originou uma iniciativa como o Rio+B, em que 250 empresas participaram de uma chamada pública para se aplicarem a avaliação de impacto B com o objetivo de aprimorarem suas práticas. Mais de 50 delas atualmente participam da Rede Lab do Rio+B para imersões no processo de desenvolvimento. A estratégia também inclui colaboração com outros movimentos globais, como o Capitalismo Consciente e The B Team. Há um mês, o Sistema B firmou um acordo com os fundadores do B Team, representados pelos empresários Guilherme Leal e Richard Branson para ampliar colaboração e esforços em direção a uma nova economia. O movimento global de Empresas B acredita que ser B não é uma posição, mas sim uma direção. A empresa está em constante processo de melhoria. O Sistema B, contudo, reconhece suas limitações e não coloca a Empresa B como a bala de prata para a solução dos desafios que vivemos. Mas, sim, considera que são protagonistas na construção de uma nova economia mais inclusiva, resiliente e de prosperidade compartilhada. Marcel Fukayama

Administrador de empresas, MBA e mestrado em administração pública. Co-fundador do Sistema B Brasil e da Empresa B Din4mo, membro do conselho do Sistema B Internacional e do Comitê de Investimentos do Instituto C&A.


33 | Empreenda sua vida

RAZÕES PARA VOCÊ SER

Imagem: Freepik

UM PROFISSIONAL T

O conceito de profissional T ou habilidades T, vem sendo estudado desde o final da década de 90, apareceu na mídia estrangeira no início dos anos 2000 através da IBM e do CEO da IDEO, o Tim Brown. Basicamente esse tipo de profissional possui 1 ou 2 tipos de conhecimento que é especialista e uma gama de conhecimentos complementares, como exemplificado na figura ao lado: Quais as vantagens de possuir esse tipo de perfil e porque será cada


Empreenda sua vida | 34

vez mais importante esse tipo de profissional? 1.Os robôs estão chegando Tarefas repetitivas, de conhecimento específico ou básico, serão os primeiros postos de trabalho a serem substituídos por robôs e automações. Aqui mesmo no Brasil isso já acontece e nos países mais desenvolvidos em maior escala. Um exemplo fácil de perceber são as pessoas de caixas nas lojas, bancos e estabelecimentos, que estão sendo substituídas por máquinas que recebem pagamentos e autoatendimento. Em vários países já não existem os cobradores nos ônibus, por exemplo. Os trabalhos mais difíceis de serem substituídos, a curto prazo, sãos os que possuem múltiplas áreas de conhecimento, que exigem essas conexões e julgamentos que são mais avançados para as máquinas. Portanto o profissional T terá um bom tempo de emprego garantido, caso exerça sua posição com esses conhecimentos. 2.Os consumidores mudaram Antes de comprar os consumidores já estão bem informados sobre as empresas e serviços, muitas vezes até mais do que a própria empresa. As dúvidas mais básicas já são esclarecidas com informações pesquisadas, dúvidas frequentes e bots. Portanto, o atendimento e as vedas das em-

presas será necessário apenas para casos complexos, que exigem análise e troca de conhecimento. Um exemplo seria uma venda para um gestor TI, um vendedor que possui as habilidades de venda mas que também possui conhecimentos de TI terá uma probabilidade de fechamento maior do que um vendedor com conhecimentos apenas de vendas. Vendas e atendimentos ao consumidor simples serão feitos por automações e máquinas, enquanto que vendas e atendimentos complexos por profissionais T. 3.As equipes nas empresas estão mudando Por conta das automações, rápidas mudanças de mercado e necessidade de eficiência, as empresas estão formando times mais enxutos e interdisciplinares. Ao invés de ter grandes departamentos com várias pessoas com o mesmo conhecimento, estão sendo montados pequenos times com diferentes perfis: designers, desenvolvedores, marketing, sucesso do cliente. Cada pequeno esquadrão desse, atacará problemas e demandas como um todo, ao invés daquela grande estrutura hierárquica e em cascata para resolver os problemas. Para que esse time converse de forma adequada ou seja possível ter um gerente desse time, é necessário ter profissionais T que tem conhecimento das outras áreas e con-


35 | Empreenda sua vida seguem dialogar facilmente com as outras pessoas. Um artigo que explica muito bem como esses times estão sendo construídos é o Como a Spotify organiza seus times ágeis de produto: Squads, Chapters, Guildas e Tribos. Exemplos de profissionais T Na Internet é possível encontrar alguns exemplos de conhecimentos para profissionais de Vendas e Marketing: Veja que no geral os conhecimentos da base do T são mais genéricos


Empreenda sua vida | 36

e complementares a área de especialização da função. Pode ser também que algo que você seja especialista em um determinado momento da sua carreira, passe a ser um conhecimento básico para um futuro posto que você irá assumir mais a frente e terá que se especializar em outro ramo. Cuidados e ressalvas finais Existirá um grande risco também de alguns profissionais acabarem se tornando o perfil generalista, ou o famoso “pato”, que não faz nada bem, nem voa nem nada. Por outro lado, os especialistas que apenas são focados em assuntos específicos, tornando-se profissionais I. Não existe uma regra ou fórmula, mas um bom senso de quais conhecimentos serão importantes para a sua carreira para complementar a base do seu T. Eu por exemplo, tenho minha especialidade em tecnologia, como formação. Mas adquiri ao longo do tempo outros conhecimentos básicos de marketing, vendas, sucesso do cliente e administrativo por exemplo. Esses conhecimentos me ajudam a acompanhar, colaborar e interagir com várias pessoas da equipe da Even3. Por fim, deixo um vídeo interessante do conterrâneo Murilo Gun, sobre aprendizagem. O “Cinto do Batman” são vários dos conhecimentos que podem ser adicionados a base do seu T de habilidades e complementar seus super poderes :)

Leandro Reinaux

"Empreendedor na Even3 e entusiasta de inovação, tecnologia e startups. Sempre que posso pratico esportes"


Imagem: Jeremy Bishop/ NASA/ Unsplash

37 | Marketing


Marketing| 38

"ESSE NOVO MARKETING BUSCA USAR A TECNOLOGIA A SEU FAVOR, COM EQUIPAMENTOS SOFISTICADOS, QUE USAM PARÂMETROS PARTICULARES PARA AVALIAR CADA INDIVÍDUO..."

O neuromarketing é uma nova tendência no mercado nacional e internacional. Ainda existem muitas organizações que desconhecem sobre o assunto, ou talvez, já ouviram falar, mas não dominam o conceito. De fato, é um novo segmento do marketing, sendo o tradicional essencial a todas as organizações para que consiga sempre se desenvolver e assim chegar aos desejos e as necessidades dos clientes. É uma parte da neurociência que busca de uma forma mais simplificada entender o comportamento do consumidor. A realidade é que quem consome passa a ser detentor do capital e as empresas e organizações precisam chegar até esse capital para que possam sobreviver no competitivo mercado atual E para isso, é necessário compreender o que leva os consumidores a investirem seu dinheiro em produtos ou serviços oferecidos por estas empresas. Um dos fatores que justificam a força conquistada pelo neuromarketing no cenário empresarial é exatamente essa competitividade entre empresários, porque a modernidade os obriga a se adaptarem a nova realidade dos cliente, deixando para trás a antiga crença do mercado. Antigamente, o mercado era guiado pelo que o empresário decidia produzir, quando ele mandava fabricar um modelo de sapato, por exemplo, e os consumidores não tinham muitas opções de compra. Nesse período da história o fabricante ditava as regras do, e éramos eram obrigados a nos restringir aquele produto. Atualmente, isso não existe mais. Hoje quem direciona o mercado são os consumidores e as empresas que desejam se mantiver ativas tem que se adaptar a essas novas demandas. Nesse sentido encaixa-se o neuromarketing, para além de compreender o que o consumidor deseja, ajudar a entender um pouco sobre o comportamento. E com isso tenta criar no consumidor o desejo de possuir um produto.

É fundamental compreender que cada segmento possui um perfil de consumidor e estes são atingidos de formas diferentes pelas ações de marketing/neuromarketing. É preciso entender a melhor forma de chegar a cada público alvo. A finalidade desse novo tipo de marketing é ir além do modelo tradicional já conhecido. Aquele modelo em que são feitas pesquisas diretas e por vezes não direcionadas. Esse novo marketing busca usar a tecnologia a seu favor, com equipamentos sofisticados, que usam parâmetros particulares para avaliar cada indivíduo, como por exemplo, medição de batimentos cardíacos na captura de sensações movimentação dos olhos. Ou seja, as reações escondidas nas entrelinhas das emoções, e com isso desenvolver estudos que ajudam a identificar como funciona esse mecanismo de criação de desejos nos clientes. "O estudo das emoções tem algo de intangível, que não pode ser medido por mapas e números. Muitas empresas têm medo disso, porque gerenciar emoções é difícil", diz o psicólogo português Fernando Rodrigues, especialista em ciências do consumo e CEO da ICN Agency, agência especializada no tema. Assim percebemos uma nova tendência que pode ser desenvolvida pelas empresas para se fortificar no mercado atendendo as expectativas e necessidades dos clientes. Surpreender o cliente é um ponto forte, porque cliente satisfeito é mais feliz e repassa essa felicidade para os outros. Assim o seu publico aumenta e o seu próprio cliente faz uma parte da propaganda para sua empresa.

Samara Pedroso

Empresária e Mestranda em Marketing e Direção comercial, 24 anos.


39 | Capitalismo Consciente

Não dar lucro é uma irresponsabilidade social! Em um mundo capitalista, onde prevalece o ego, a cobiça e a ganância, pensar que o lucro é algo ruim parece óbvio. Mas a realidade é que o lucro é fundamental para o desenvolvimento, e quando um negócio não gera lucro, seus líderes impõem um grande peso e risco para a sociedade. Do lucro, pagam-se os impostos (o que se faz com o imposto é tema de outra conversa). Do lucro, saem as doações filantrópicas para sustentar as ONGs. E uma empresa que não gera lucro, não contribui com o desenvolvimento da humanidade. O que podemos explorar, então, é como esse lucro é gerado, conseguido e trabalhado. A ganância, a cobiça e o ego são os maiores vilões do mundo capitalista. Em sua origem, o capitalismo é fundamentalmente ético. Ninguém é obrigado a vender para ninguém, assim como ninguém é obrigado a comprar de ninguém, podemos ir ao mercado A ou B e comprar o produto X ou Y. Em outros sistemas econômicos, você só pode vender para o Governo, e o que quiser comprar só poderá ser comprado do Governo. Com base nisso, como voltamos a esse capitalismo que é fundamentalmente ético? Esse movimento vem ocorrendo naturalmente. Com a maior riqueza acumulada na sociedade, as necessidades mudam do nível de sobrevivência para um nível de consumo (ter) e, finalmente, para o nível da experiência (ser). Para entender essa ideia, podemos fazer um rápido exercício: pense em você hoje, em tudo que tem e a que tem acesso. Agora pense nos seus pais com essa mesma idade. Certamente você tem mais do que eles tinham. Isso é um fato do capitalismo, que permitiu que a humanidade acumulasse toda essa riqueza. (Sem dúvida, a questão da

distribuição é uma sequela do capitalismo predador – egocêntrico, de cobiça e da ganância). Nos últimos 200 anos, saímos de um PIB per capita em torno de US$600 para US$ 7.500, expectativa de vida de 30 anos para mais de 70, pobreza absoluta de 95% para menos de 15%, e uma população de menos de 1 bilhão de habitantes para mais de 7. Isso aconteceu nos últimos 200 anos. Imagine o que poderá acontecer nos próximos vinte! Isso tudo associado à maior conectividade, maior acesso ao conhecimento, maior escolaridade e maior inteligência das novas gerações, faz com que os novos negócios tenham um novo modelo mental e operacional. Surge o que podemos chamar de um Capitalismo Consciente, baseado em negócios conscientes, e que está baseado em 4 princípios fundamentais: • Propósito Maior: se a empresa não existe para resolver um problema da sociedade, ela deve estar do outro lado causando um problema. Isso significa que o lucro deixa de ser o objetivo do negócio, mas uma consequência de quão bem a empresa atende à sociedade e aos demais stakeholders. Diferentemente do capitalismo predador, a empresa não tem mais o objetivo de gerar apenas lucro, mas sim, de gerar valor para a sociedade. O lucro é um dos possíveis valores que pode ser gerado pela empresa. • Orientação para os Stakeholders (envolvidos): stakeholders são todos aqueles envolvidos ou afetados pelo seu negócio. Uma empresa verdadeiramente consciente entende a interdependência dos stakeholders e, por essa razão, reconhece que todos precisam ganhar de forma sistêmica para que o negócio seja sustentável no longo prazo. Essa é a ver-


Imagem: Pexels

Capitalismo Consciente | 40

dadeira aplicação do Ganha-Ganha-Ganha em múltiplas dimensões a cada interação. • Cultura Consciente: em qualquer negócio, mais cedo ou mais tarde, tudo pode ser copiado, sejam canais de distribuição, política de preço, uma tecnologia, etc. A única coisa que não se copia é o comportamento coletivo dos envolvidos em prol da causa da sua empresa. Já dizia Peter Drucker, “a cultura engole a estratégia no café da manhã”. • Liderança Consciente: por fim, o que pode ser o mais importante, o líder. Uma empresa consciente só existe quando a liderança é consciente. Esse não é um movimento revolucionário de baixo para cima, mas um movimento de cima para baixo. Precisa estar na agenda diária do líder, na prioridade absoluta, e assim começa um negócio consciente.

Propósito

Cultura

Empresa Consciente

Liderança

Stakeholder

Quando pensamos em empresas com causa, você consegue imaginar um cliente tão fanático que se tatua com a marca da empresa? Ou ainda mais, uma equipe tão engajada que também se tatua com a marca da empresa? Mais ainda, fornecedores dedicados de tal forma que seus funcionários também se tatuam com a marca da empresa? E o melhor de tudo, aqueles que ainda não compraram seu produto, os prospects, já terem a tatuagem da sua marca antes mesmo de comprar um? Isso não seria uma marca de grande impacto? Quando pensamos em empresas conscientes, poucas nascem da ideia de ficar rico ou ganhar muito dinheiro. A grande maioria dos negócios nasce de uma inquietação pessoal do fundador, do criador da empresa. O maior desafio do fundador é expressar esse sentimento em palavras para que as pessoas ao seu redor se engajem nessa mesma jornada. Quando pensamos em causa, é sempre mais fácil imaginar uma ONG, mas imagine se você pudesse se dar bem fazendo o bem. Pois isso é possível. Fazer o bem, ganhando dinheiro com isso, te permite fazer mais e melhor. Outro grande desafio do líder ou de seus sucessores é o de ajustar o propósito do negócio ao desenvolvimento do mesmo e também às mudanças ao seu redor. O Google, quando começou, tinha o propósito de “organizar a informação do mundo”. Conforme foi realizando isso, com algoritmos e acessando todo o mundo digital, expandiu sua causa para “fazer essa informação universalmente acessível”. Mas nem por isso parou de organizar a informação do mundo. Começou a escanear livros fora de impressão e a indexá-los com ajuda do coletivo através do ReCaptcha. E assim por diante.


41 | Capitalismo Consciente O Propósito é a guia mestra de um negócio consciente. A cada decisão de gestão da empresa, devemos nos perguntar se a decisão em questão avança o propósito da empresa, desvia ou retrocede? Dessa forma, um negócio se mantém alinhado à sua causa, aos seus ideais. Um atalho pode levar ao próximo e causar grandes danos à sustentabilidade dos negócios. Muitas vezes, um atalho é uma solução de curto prazo, mas com consequências de longo prazo. Novos negócios surgem diariamente com os princípios de um capitalismo mais consciente. A ResolvJá é uma lawtech que surgiu de uma inquietação: “a justiça que tarda, falha”. Com mais de 100 milhões de processos judiciais em andamento no Brasil, e seis meses para a primeira audiência no juizado de pequenas causas, o cidadão comum não tem acesso à justiça para causas de baixo valor. A ideia de popularizar a mediação e arbitragem por meio eletrônico (online) é uma causa abraçada por três sócios de coragem com o propósito de mudar a realidade de nosso país. Hoje, já atua através de diversas câmaras de mediação e arbitragem, de Porto Alegre a Belém do Pará. Mas isso não é apenas exclusividade de pequenas empresas ou startups. A Jacto, uma empresa do interior de São Paulo que desenvolve equipamento para o agronegócio, foi convidada pelos produtores de fumo do sul do país para desenvolver uma máquina de colher fumo. Uma cultura que vem perdendo mão de obra que migra para as cidades ou para outras culturas agrícolas. O potencial de negócios poderia chegar a US$ 200 milhões ao ano. Mas, depois de muito refletir, pois um faturamento desses não é de se desprezar, a empresa decidiu declinar do convite, uma vez que seu propósito é “servir ao produtor de alimentos”. A Jacto, em um pouco mais de 20 anos, saiu de um faturamento de R$ 100 milhões para mais de R$ 1 bilhão, mantendo-se fiel aos seus valores e ao seu propósito. Esse é um exemplo de uma grande empresa! Caso você tenha interesse em se aprofundar nesse tema, assista no YouTube dois vídeos de 15 minutos que podem te inspirar mais a iniciar a sua jornada de grande impacto social. Busque por: - TEDx Capitalismo Consciente - TEDx Simon Sinek Para aqueles interessados em uma leitura, sugiro o livro Fundamentos do Capitalismo Consciente, ou visita ao site www.consciouscapitalism.com. Conheça também o Sistema B, um movimento que acredita nas empresas melhores para o mundo ao invés de maiores do mundo. Nota: A empresa onde todos os stakeholders se tatuam com a marca é a Harley Davidson, que tem como grande causa a liberdade. O comportamento coletivo desse grupo é tão diferente que chega a assustar as outras pessoas.

Thomas Eckschmidt

Conselheiro empresarial, executivo com experiencia em mais de 20 países, empreendeu 5 StartUps, recebendo 11 prêmios de empreendedorismo, depositando 4 patentes e com 10 livros publicados, entre eles “Fundamentos do Capitalismo Consciente”.



facebook/

revistamindsetexponencial instagram/

mindsetexponencial


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.