Revista Ne Supermercados edição março abril 2021

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Revista

SUPERMERCADOS ANO XVI Nº99 MARÇO / ABRIL 2021

ENDO MARKE TING

autoserviço . atacado . distribuição

O investimento em comunicação interna está diretamente relacionado com mais vendas e qualidade no atendimento

E ainda, a relação lucro x sucesso, casos de sucesso, revisão de impostos, gargalos do crescimento, autonomia pro ssional, inteligência emocional, a importância em apenas fazer as coisas, cuidados com os pescados, acompanhamento na vendas durante a pandemia, Mercado Expresso, e Mercado executivo com Jonathas Gouveia.




Revista

SUPERMERCADOS

EDITORIAL

autoserviço . atacado . distribuição

www.revistanesupermercados.com.br EDIÇÃO março - abril

Carlos Cavendish Diretor Editorial

Atualmente o termo “empreendedorismo” tem estado em voga mais do que nunca. Foco, determinação, persistência, resiliência, enfrentar a crise, dar a volta por cima, se preparar para a retomada dos negócios, entre tantos outros termos, são parte de um pacote poderosíssimo que promove um chacoalhão na mente daqueles que anseiam em sair da zona de conforto e inovar em suas estratégias pessoais e profissionais. Pegue todos esses momentos difíceis e ressignifique. Transforme em força, em disposição para aprender com o novo, sair da sua bolha e conhecer o seu verdadeiro eu! Pare de apenas pensar e comece a agir! Mergulhe de cabeça nessa Era da Inovação e pare de nadar contra a corrente! O que é novo para você, também é novo para mim. Tudo não passa de uma questão de aceitação. Só após reconhecer a realidade é que conseguimos mudá-la! É certo que cada um pode e deve se reinventar. Saiba mais sobre esse assunto e outros tão importantes para o seu empreendimento em nossas matérias. Nossa equipe está sempre em busca do melhor conteúdo para você, veja artigos dos melhores especialistas do setor de nossa região para melhorar seu negócio. E para tirar dúvidas, sugerir matérias, coberturas de eventos e manter contato conosco, basta ligar para os nossos telefones ou nos enviar um e-mail, será sempre um prazer tê-los mais perto de nós! A Revista NE Supermercados está cada vez mais presente no mundo digital, não deixe de acompanhar nossas novidades também pelas redes sociais.

Boa leitura!

06- VITRINE/VITRINE VIVA 10 CADERNO ASPA Aspa participa do fórum interestadual de debates do setor atacadista e distribuidor. Encontro Motiva Nordeste aborda aspectos da inteligência emocional. José Luiz Torres participa do Fórum Interestadual do setor sobre a reforma tributária. A importância de valorizar o pequeno varejo de bairro. 17 CADERNO APES Supermercados Unidos pela Solidariedade. 18 CADERNO ASA-AL Desa o e crescimento. 22 Douglas Carias Quer um pdv mais criativo? saiba como fazer isso em 03 dicas (e um alerta) 24 Mayvonne Morais Lucro não de ne sucesso 26 CASOS DE SUCESSO PIONEIRISMO COMO CHAVE DO SUCESSO 28 Cleia Eliane Soares - CAPA MOMENTO DE CRISE EXIGE INVESTIMENTO NO COLABORADOR: AÇÕES DE ENDOMARKETING 38 Henrick Knecht Por que revisar os impostos pagos? 42 João Paulo Castilho 5 gargalos por onde escorrem os lucros nos supermercados

Expediente

48 Geni Machado e Renato Machado Autonomia: uma característica fundamental para todo pro ssional do varejo. 50 Angela Vilela Inteligência emocional: o desa o de gerir as próprias emoções compreender as dos outros. 52 Luciano Barreto Feito é melhor que bem feito 53 Marcia Belo Cuidados sanitários com os pescados

Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco

56 Henrick Tenório 7 dicas de como acompanhar e implementar os aprendizados no atendimento e nas vendas durante a pandemia

62 MERCADO 66 MERCADO EXPRESSO EXECUTIVO TAMBAÚ ALIMENTOS CRIA JONATHAS GOUVEIA EMPRESA NA ÁREA DE TRANSPORTE DE CARGAS

CONTATO revistanesupermercados@yahoo.com.br

Fone: 81 99515.2222 04 Revista NESupermercados

Comentários, sugestões e críticas, como também assuntos relacionados às reportagens, ou se deseja orçamento para anunciar em nossa publicação



VITRINE

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Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

O presidente da Aspa, José Luiz Torres, participou no dia 08 de fevereiro do Fórum Interestadual de Debates do Setor Atacadista e Distribuidor, promovido pela Associação de Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo (Adasp), com a participação de outros presidentes e executivos de várias filiadas estaduais da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), além do presidente da entidade nacional, Leonardo Miguel Severini. A live foi conduzida pelo presidente da Adasp, Sandoval de Araújo, e pelo advogado tributarista, José Damasceno Sampaio. O encontro online debateu os próximos passos depois que o deputado Efraim Filho, presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços (FCS), protocolou na 10 Revista NESupermercados

Câmara dos Deputados o projeto de lei (PL 5/2021) para manter os incentivos fiscais de ICMS ao comércio. O tema reforma tributária também foi debatido no fórum. “São questões importantes que devem ser discutidas entre as lideranças do setor no país, tanto em nível nacional como estadual, para que possamos unir forças, aglutinar as ideias e alinhar os pleitos em torno de um objetivo comum”, ressalta Torres. O presidente da ABAD, Leonardo Severini, salientou que há um estudo sendo preparado pelo professor e consultor da FIA/USP, Nelson Barrizzelli, a pedido da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), cujo objetivo é avaliar os impactos que as mudanças podem causar nos setores de comércio e serviços.



Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

Encontro Motiva Nordeste aborda aspectos da inteligência emocional Aspa e demais liadas da ABAD na região promovem evento online para levar conhecimento aos pro ssionais do setor

A Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa) e as demais filiadas nordestinas da ABAD realizaram em parceria, no dia 13 de março, o “Encontro Motiva Nordeste”, com palestra do consultor empresarial Mário Borgo sobre “Inteligência Emocional – A Habilidade dos Profissionais 4.0 para 2021”. Transmitida pelo canal da Aspa no YouTube, o evento online contou também com a participação especial de Eliza Simões, analista de perfil comportamental. O presidente da Aspa, José Luiz Torres, ressaltou a importância do evento. “Unimos forças para realizar um encontro motivacional e levar novos conhecimentos aos profissionais e às equipes de vendas do setor, tratando de abordagens ligadas à gestão da emoção para otimizar a relação entre vendedores e clientes na busca de resultados positivos para ambos. Precisamos sempre desenvolver novas habilidades e evoluir, até porque nossa atividade é essencial para a economia e o abastecimento continua sendo primordial, especialmente nesse período de pandemia”, destacou Torres. Mário Borgo e Eliza Simões trataram de aspectos relacionados ao posicionamento e comportamento diante do cliente, tomada de decisões e autoconhecimento. “Alcançar bons resultados nas vendas exige repensar o modelo de atuação para que se possa constru12 Revista NESupermercados

ir relacionamentos duradouros com os clientes. Isso passa pela inteligência emocional, que deve ser utilizada como ferramenta de alavancagem tanto nas relações de trabalho, como na vida social e familiar”, disse Borgo. Eliza Simões, por sua vez, frisou a necessidade de o vendedor reconhecer seus próprios sentimentos e também o do cliente. “Trata-se da maneira com que cada indivíduo lida com suas emoções e é afetado pelas emoções alheias”. Ela também citou que é importante construir, alimentar e mobilizar uma rede de relacionamento positivo no universo do trabalho. O presidente da ABAD, Leonardo Severini, salientou a importância do evento realizado pelas filiadas do Nordeste e reiterou o quanto é fundamental empresas e sociedade reforçarem as medidas sanitárias para o controle da pandemia do Covid-19, além de os agentes públicos promoverem a vacinação em massa. “Somente dessa forma poderemos voltar com os nossos eventos presenciais, entre os quais a nossa Convenção Anual”. Já o superintendente executivo da ABAD, Oscar Attisano, elogiou a Aspa e demais filiadas do Nordeste pela iniciativa e pela escolha do tema. “Atuar com a inteligência emocional é uma forma de repensar todos os processos que envolvem a atividade do atacadista distribuidor frente aos seus clientes, em especial o varejo de vizinhança”. O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor de Produtos Industrializados do Estado de Sergipe (Sincadise), Breno França, afirmou que o evento deixa os profissionais mais preparados para enfrentar os desafios que a época atual impõe. “Os vendedores, que estão na linha de frente, têm que ser elogiados pelo trabalho que estão fazendo, pois estão levando desenvolvimento e não deixam o abastecimento ser impactado mesmo diante deste cenário atípico que estamos vivenciando”.



Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

O presidente da Aspa, José Luiz Torres, participou do Fórum virtual no dia 22 de fevereiro sobre as atuais propostas da Reforma Tributária, incluindo a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o "Simplifica Já". Promovido pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) e presidido pelo vice-presidente da entidade, Juliano César F. Souto, o evento teve a participação do advogado tributarista José Damasceno Sampaio e também de Nelson Barrizzelli (FIA), Alessandro Dessimoni (assessor jurídico da ABAD), João Henrique Hummel (ACTION Assessoria Parlamentar) e Oscar Attisano (superintendente executivo da ABAD), além de presidentes e executivos das filiadas estaduais da ABAD. De acordo com Juliano Souto, ao analisar os textos e conversar com parlamentares próximos do setor, a percepção é de que as propostas estão buscando na realidade um aumento da carga tributária, em especial 14 Revista NESupermercados

na ponta do consumo, penalizando especialmente o pequeno e médio varejo e, consequentemente, o atacado distribuidor que fornece para esses estabelecimentos. Na opinião de José Luiz Torres, toda e qualquer proposta de reforma tributária tem que contemplar a redução da carga de impostos, bem como a simplificação da legislação tributária. "Entendemos ser importante a extinção do emaranhado de impostos que existe hoje sobre o consumo e a sua junção em um tributo único e simplificado. Mas isso tem que ser fundamentalmente acompanhado da redução da carga tributária final", defende o presidente da Aspa. Durante o debate, José Damasceno Sampaio comentou as três PECs em tramitação no Congresso e disse que nenhuma delas foi elaborada pelo governo federal, que se limitou a produzir um PL que unifica o PIS e a Cofins em um único tributo, a CBS. “A mais antiga, que tramita no Senado, é a PEC 110, de autoria do ex-deputado Luiz Carlos Hauly; a PEC 45, que tramita na Câmara, do deputado Baleia Rossi (MDB/SP); e a PEC 128, do deputado Luis Miranda (DEM/DF), que está em início de tramitação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que traz a criação de um imposto sobre movimentação financeira, nos moldes da antiga CPMF, muito do agrado do governo”, especifica Damasceno. A PEC 110, em sua avaliação, é a que tem mais probabilidade de seguir adiante. Alessandro Dessimoni, por sua vez, destacou que existe a oportunidade de se alcançar duas das premissas defendidas pelo setor, a simplificação e a desburocratização, que devem nortear a análise dos projetos em pauta. Ele falou também da importância de analisar a base de cálculo e o conceito de insumo utilizado nas propostas, para efeito de créditos; da preocupação com o aumento da carga tributária, uma possibilidade real a despeito da situação difícil em que se encontram as empresas atualmente; do período de transição após a aprovação da reforma; e a questão dos incentivos fiscais. Já o professor Nelson Barrizzelli trouxe uma apresentação que avalia o impacto da PL 3887/2020 nos setores de Comércio e Serviços, com foco na CBS em substituição do PIS/Cofins.



Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores

Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA

A importância de valorizar o pequeno varejo de bairro Neste novo momento de restrições mais rígidas de isolamento social em Pernambuco é preciso o consumidor priorizar o pequeno comércio na hora das compras. Isso ajuda a manter a população perto de casa e as micro e pequenas empresas a ficarem mais fortes, estimulando a economia regional. Quando o consumidor compra no varejo de vizinhança ele apoia o desenvolvimento de sua região, do seu bairro, contribuindo para manter os empregos e melhorar a distribuição de renda local. Além disso, devemos sempre ressaltar que o comércio de alimentos e produtos de higiene e limpeza é essencial para a população. As pequenas e médias empresas, de um modo geral, estão tentando driblar a crise com soluções criativas. Mas é necessário o apoio do consumidor para que esses empreendimentos não apenas sobrevivam como possam sair mais fortes deste momento conturbado. A opção pela compra no varejo de vizinhança faz com que o dinheiro circule dentro do próprio bairro. Além disso, vale ressaltar que as micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade dos empregos formais no Brasil. Todas as famílias precisam comprar itens básicos, como alimentos e produtos de higiene e limpeza. Portanto, adquira produtos de estabelecimentos da sua rua, do seu bairro, e incentive as pessoas a fazerem o mesmo. Quanto ao nosso setor, reforçamos que o atacadista distribuidor continua tendo um papel fundamental no processo de abastecimento, principalmente pela facilidade de deslocamento ao levar produtos de consumo básico para o pequeno varejo local. Com a indústria e o canal indireto trabalhando em sintonia e com a compreensão e conscientização do consumidor, aliado ao bom atendimento do pequeno varejista, iremos vencer este novo desafio imposto pelas novas medidas restritivas. União, trabalho, comprometimento e perseverança não faltarão a todos os elos da nossa cadeia produtiva, como tem sido desde o início dessa pandemia, para que continuemos a manter a normalidade do abastecimento e assim prover as necessidades dos consumidores de Pernambuco. 16 Revista NESupermercados

José Luiz Torres, presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa)


Associação Pernambucana de Supermercados Por Kiki marinho

SUPERMERCADOS UNIDOS PELA SOLIDARIEDADE

No último mês de fevereiro, nosso diretor de comunicação, Edmilson Francisco, representou a APES na entrega das cestas básicas arrecadadas pela entidade com os seus associados para doação às pessoas cadastradas na Prefeitura do Recife que iriam trabalhar no período de carnaval. Na ocasião, o prefeito João Campos agradeceu pelas 700 cestas doadas, que irão garantir a segurança alimentar de centenas de famílias. Desde o início da pandemia que a APES é parceira do Transforma Recife nessa grande corrente do bem para ajudar os mais vulneráveis. Já foram doadas cerca de 3 mil cestas básicas para ONGs. “A Associação Pernambucana de Supermercados representa um importante segmento, que abastece todo o Estado. Com mais esta doação de 700 cestas estamos atendendo a um pedido do prefeito do Recife, João Campos, e contribuindo com a alimentação das pessoas mais vulneráveis que não tiveram como trabalhar no carnaval deste ano”, disse Edmilson Francisco. 2020 - Já são várias ações solidárias que contam com a participação do segmento supermercadistas. Entre elas, por um pedido da Cruz Vermelha, foi para doação de caminhões de água mineral para pessoas necessitadas por consequência da COVID-19. A entidade também mobilizou os associados para contribuir com a logística de carga e descarga dos pallets com cestas básicas de ação social do Transforma Recife. Dessa vez, por meio de um de nossos associados, a logística e carga e descarga dos pallets com as cestas básicas arrecadados pela plataforma foi feita, possibilitando ajudar milhares de famílias em situação de vulnerabilidade. Também em parceria com o Movimento, empresas supermercadistas, atacadistas, distribuidores e indústrias associadas à APES

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doaram mais de 30 toneladas de alimentos para atender famílias carentes do Recife. As cestas básicas foram entregues ao Transforma Recife para distribuição. Ainda em 2020, a APES arrecadou mais de mil kits de higiene pessoal arrecadados com os associados APES para doação ao Hospital da Mulher. A campanha da Associação foi realizada em parceria com o Transforma Recife e a União Pernambuco, com o objetivo de atender pacientes menos favorecidos da COVID-19 em tratamento naquele hospital. Vale destacar, ainda, que a grande maioria das nossas empresas associadas está envolvida com ações sociais dentro das comunidades nas quais estão inseridas, ações estas que foram intensificadas e ampliadas por conta do momento econômico pelo qual passa o Estado.


Associação de Supermercados de Alagoas Por Mirna Lívia Suiça de Lima, Assessora de comunicação

DESAFIO E CRESCIMENTO Alagoas é o segundo menor Estado do país, ficando atrás apenas de Sergipe, com uma população estimada pelo IBGE em 3.351, 543 pessoas (2020), distribuídas em 102 municípios em uma área total de 27.0779,343 km². Além do setor de comércio, bens e serviços, a economia alagoana que já teve como pilar a cana-de-açúcar, tem atualmente um maior destaque no setor de turismo, garantindo inclusive grandes investimentos tanto do ramo hoteleiro, como governamental com a construção de novos equipamentos como aeroportos. Por ser um Estado pequeno, com poucas indústrias o setor supermercadista alagoano sempre enfrentou inúmeros e distintos desafios. Aprendemos uns com os outros, pois de início o setor era marcado mais por empresas familiares, muitas se mantem até hoje, são importantes redes locais, ou lojas tradicionais de bairro. As grandes redes fazem parte de uma história mais recente do supermercadismo alagoano. Recente, mas não menos importante. Juntos, todos esses empreendimentos empregam hoje diretamente milhares de alagoanos, sendo responsáveis pela manutenção de outras milhares de famílias e de renda para o Estado. Todo esse desenvolvimento, ampliação e a consequente modernização do setor de autosserviço em terras alagoanas sempre foi marcado pela luta e apoio incansável da Associação dos Supermercados de Alagoas, que nesses 43 anos de atuação tem ficado lado a lado do empresariado local, em alinhamento e afinidade com os poderes públicos estadual, municipal e federal, órgãos fiscalizadores, sindicatos e entidades como Fecomércio, Sebrae, Acadeal e a Associação Brasileira de Supermercados, que faz um trabalho de excelência à frente das Estaduais. Manter um setor tão emblemático como o supermercadista funcionando em tempos de crise, sempre nos foi desafiador. Principalmente em um Estado com as 18 Revista NESupermercados

características aqui já destacadas e que economicamente dependia muito do funcionalismo público com pagamento em dia, controle da inflação e investimentos, fossem eles estruturais ou de pessoal. Sempre foi desafiador, mas não incerto. Com o surgimento da Pandemia do Coronavírus vieram novos desafios e, com eles, a incerteza do que estaria por vir, de como sairíamos frente a esta nova situação. Como sempre, a ASA não se furtou e junto à ABRAS e em contato direto com o poder público local, deixamos nosso associado com o apoio necessário. As adequações aos novos protocolos sanitários foram seguidas à risca, antes mesmo de exigidas por decreto, a maioria dos lojistas, para proteger colaboradores e consumidores já adotavam o uso de barreiras em acrílico, máscaras e álcool 70%. Desta forma quando vieram as orientações e exigências, o setor rapidamente se adaptou e ofereceu segurança sanitária ao consumidor. Essa postura proativa teve o reconhecimento do consumidor e a consequente confiança por parte das empresas supermercadistas de que o mercado alagoano ainda tem muito a ser explorado. Talvez todo esse cenário explique a abertura de novos supermercados, ampliação de algumas redes, como também reformas e ofertas de novos serviços com novas instalações. Com mais opções, maior concorrência e uma maior comodidade para os clientes, o setor supermercadista alagoano continua vencendo mais este desafio em um momento de crise e, vale pontuar, sem o menor risco de desabastecimento. Esta movimentação do setor em 2020, traz seu reflexo para 2021. Dados divulgados pela Secretaria da Fazenda de Alagoas constatam que o setor varejista tem alta registrada pelo segundo mês consecutivo. No mês de fevereiro o varejo apresentou um crescimento de 19% no seu total, com valores mais significativos no setor de bebidas (142%), hipermercados (50%), alimentos (27%) e supermercados (26%) em relação ao mesmo período de 2020. A expansão do setor supermercadista alagoano e seu aperfeiçoamento em instalações e serviços, garantindo geração de emprego e renda, uma boa relação com a indústria, os atacadistas e distribuidores, assegurando o abastecimento, bem como a constante observância às regras sanitárias, garantindo proteção e bem estar aos nossos colaboradores e clientes são os novos desafios aceitos e que devem ser vencidos, assim como deveremos vencer a crise pandêmica. É chegada a hora de se desafiar, cuidar de si e do outro e de vencer!





Por Douglas Carias

QUER UM PDV MAIS CRIATIVO? SAIBA COMO FAZER ISSO EM 03 DICAS (E UM ALERTA) É muito legal ver marcas se esforçando para implementar ações criativas em pontos de venda, buscando assim se destacar no mercado, viralizar nas mídias sociais e estar “na boca do povo”, como dizem. Às vezes, parece que isso é distante de todos, é muito ousado e caro, mas vamos começar quebrando isso: a criatividade é acessível a todos. Ela não tem valor, não tem custo e depende apenas de metodologia, observação e pensamento direcionado. Esse texto aqui é pra te ajudar a ter mais criatividade em seu PDV. Antes das três dicas, quero fazer um alerta importante.

O alerta: o papel das agências de publicidade É possível que sua empresa tenha ou já tenha tido uma agência de publicidade como fornecedor. Há muitos anos, entrega-se o papel da criatividade para elas, e isso trouxe ao ramo uma “glamourização”, um status de diferenciados, descolados e fora da curva. Só que isso também trouxe um grave problema: o distanciamento da função publicitária no mercado. Você sabe qual é? Eu te digo a partir da minha experiência com agências como cliente e também publicitário: a publicidade serve para chamar a atenção das pessoas para a sua marca, com fins de contribuir, de forma consciente, com as vendas. Deixando mais claro: se você ou sua agência não sabem o que ela está fazendo para apoiar suas vendas, então é necessário revisar essa estratégia porque, certamente, você deve estar gastando dinheiro à toa. Portanto, para o PDV, não necessariamente você depende da sua agência para ser criativo, mas se for 22 Revista NESupermercados

acioná-la, saiba que qualquer ideia que ela tenha PRECISA estar ligada à sua estratégia de vendas. Sem venda, não há marketing, não há publicidade, não há comunicação. Existe apenas barulho que vez ou outra pode dar certo. Dica 01: Tenha claro o objetivo de ser criativo no PDV Talvez isso seja bem óbvio, mas honestamente eu acho que, no mercado, fomos acostumados a pensar na criatividade pela criatividade, e só. A criatividade aplicada é sobre o que estou falando aqui. Você precisa ter claro o porquê de querer uma gôndola diferente, um expositor colorido ou uma bela ação promocional em um corredor. Para isso, sugiro uma ferramenta bem simples, mas poderosa: OS CINCO PORQUÊS. Ela é uma técnica que nasce da gestão da qualidade e consiste em estabelecer relações de causa e efeito entre ideias, para achar a raiz do problema e definir a solução que será implementada. Observe o exemplo abaixo:


1)Por que você quer um PDV criativo para essa marca de leite? R: Para chamar a atenção das pessoas. 2)Por que você quer chamar a atenção das pessoas? R: Para atrair mais pessoas à minha loja. 3)Por que você quer atrair mais pessoas à loja? R: Para vender mais essa marca de leite. 4)Por que você quer vender mais essa marca de leite? R: Porque ela está vendendo pouco. 5)Por que ela está vendendo pouco? R: Porque a concorrência é alta e agressiva. A última resposta representa a essência do problema. Logo, qual a conclusão desse exemplo? Por que a marca quer implementar um PDV criativo? (Dica: todas as respostas se aplicam, mas foque na última pergunta do exemplo. Lá está o segredo!) ( ( ( (

) Para chamar a atenção das pessoas ) Para se diferenciar da concorrência ) Para vender mais a marca de leite ) Para atrair mais pessoas

Dica 02: Tenha referências do mercado Criatividade não tem a ver com surgir coisas do nada na sua mente. Você precisa ver outras empresas do segmento, o que elas estão fazendo, como seus concorrentes estão se movimentando e, a partir disso, começar a criar um repertório de ações interessantes em PDV’s. Não restrinja sua pesquisa ao seu local de atuação: veja coisas do mundo todo pela internet e sempre tenha em mente como você pode aplicar em sua marca. Sugiro dois sites que podem te ajudar nisso: o Pinterest (https://br.pinterest.com) e o Behance (https://behance.net), além é claro da velha busca no Google. Ah, e também sugiro fazer pesquisas via Cliente Oculto: contrate alguém (ou dependendo do contexto, vá você mesmo) para ir até seus concorrentes, estudar o que eles andam fazendo de diferente e relatar isso em um relatório formal (há diversos modelos online). Esse mix de informações pode ser útil para suas próximas ideias criativas. Dica 03: Acompanhe os assuntos em alta De nada adianta você fazer uma coisa que, na sua visão, é extremamente criativa, se o consumidor não perceber isso. E aqui, eu te trago um atalho: é MUITO mais rápido acompanhar o que os consumidores têm se interessado do que tentar adivinhar… Por exemplo, temos o BBB em alta entre os meses de janeiro e abril. Quantas empresas não fizeram promoções usando a imagem da Karol Conká? E pensando em ideias, por que não criar um “Paredão de Ofertas” para “eliminar” o produto do seu estoque? Ou então, destacar um produto “líder da semana” e ofertar um desconto? Esse é só um exemplo, que eu nem sei se é viável, pra mostrar que a criatividade aplicada é uma combinação de boas ideias com o que as pessoas estão interessadas. E

pra isso, também trouxe algumas boas recomendações pra você: a)Pesquise as hashtags no Instagram e veja as que tem um alto índice de publicações. Faça isso com uma certa frequência, pois o que tem muitas buscas hoje terá poucas no futuro, porque outra coisa estará em alta; b)Acompanhe as novidades da cultura pop: filmes, séries e desenhos da Netflix, Amazon Prime, Globoplay, cinema e outros canais que têm muita audiência; c ) U t i l i z e o G o o g l e T r e n d s (https://trends.google.com.br/trends), um site que permite saber os assuntos, notícias e temas em alta em tempo real. Você também pode pesquisar por lá e ver o histórico de pesquisas do assunto que desejar; d)Por fim, esteja antenado nas mídias sociais. As minhas recomendações de locais pra você observar o que está em alta são: Instagram Stories, Instagram Reels, TikTok e Twitter. Para o caso de negócios locais, sugiro acompanhar perfis maiores do seu bairro ou município, que normalmente trazem assuntos que o seu público potencial tem interesse. Espero que, com essas dicas, você possa se perguntar: o que eu faço com as informações que encontrei? A resposta para essa pergunta levará você à ação, à criatividade, ao diferencial, ao novo.

Douglas Carias é planejador digital da Faculdade Pernambucana de Saúde, educador e consultor de marke ng. Revista NESupermercados 23


Por Mayvonne Morais

LUCRO NÃO DEFINE SUCESSO Uma realidade nua e crua do mundo dos negócios é que nem todo empreendimento – independentemente do segmento, traço familiar, porte ou aporte financeiro – será bem sucedido. Enquanto trabalhadores ou mesmo herdeiros de empreendedores, avançamos no universo do trabalho acreditando que “trabalhar pra si é melhor que trabalhar para os outros”. O contraponto que esqueceram que colocar nesta convicção é de que precisamos trabalhar MUITO, cumprindo papeis profissionais e preceitos de uma gestão comprometida e profissionalizada, humana e focada no desenvolvimento de processos e time. Há aspectos intangíveis (que os olhos não veem) no sucesso de um negócio – eles perpassam por aspectos de sua cultura (como as coisas “funcionam” ali), também de sua reputação com os clientes internos e externos. CONVÉM QUESTIONAR-SE, EMPREENDEDOR: 1. O que falam sobre a sua empresa (dentro e fora do ambiente dos negócios)? Clientes internos e externos são felizes neste negócio? 2. Há canais de ouvidoria, escuta ou SAC para o trato adequado das reclamações? 3. Quão participativa é a gestão deste empreendimento? Sua equipe tem vez (e voz) frente à dinâmica, mudanças e melhorias implantadas? 4. Em que vocês têm inovado? Que tecnologia e serviços estão a favor da melhor experiência para os clientes? 5. Há notificações, multas e/ou fiscalizações continuas, também desconforto pelas insistentes condições inspecionadas? 6. Que condições de risco você enfrenta na estrutura, práticas e relações com fornecedores e comunidade? 7. A “régua do sucesso” neste negócio é o crescimento do faturamento? Como está o seu fluxo de caixa, controle de perdas, investimentos, retorno sobre estes (ROI)? Identificar os aspectos de INSUCESSO ou ameaças à boa reputação do seu negócio é mesmo um “termômetro” que pode atestar vulnerabilidades e adoecimento da estrutura, gestão e marca. Mudanças de rotas, para ajustes ou por necessidade, fazem parte da vida de quem tem empresa. Para a sobrevivência dos negócios, importante se faz alertar para os seguintes aspectos: I - As crises devem estimular a inovação – não

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lamente ou murmure apenas, busque soluções. A Netflix começou como locadora de DVDs, que eram entregues pelo serviço postal. As locadoras morreram, mas ela se reinventou completamente e se transformou na gigante do streaming. A Amazon, antes de virar a toda poderosa do comércio eletrônico, era uma livraria online. Para crescer, precisou sair da zona de conforto e diversificar as ofertas de produtos. Hoje até fabrica parte dos itens que vende. O Carrefour já lança seu modelo de Lojas Autônomas , que não contam com humanos nos caixas e no atendimento –inspirado no Amazon Go. Otimiza o tempo de permanência na loja, também impulsiona o modelo “mercado de proximidade”, nome atual para os “mercadinhos de bairro”. II - É sempre preferível trabalhar com o interesse legítimo de ajudar o cliente e servi-lo, e não apenas em vender para ele – fale menos e escute mais, portanto. É mesmo importante validar cada etapa do processo de criação/inovação de um produto ou serviço com o cliente, verificar como ele percebe os níveis de serviços e a experiência ao escolher comprar do seu negócio. Antes mesmo de investir em inovações, testas e ouvir o seu público - quem não ouve o cliente está fadado ao fracasso, notadamente! Há inúmero exemplo na história dos negócios. EMPREENDEDORES DE SUCESSO são motivados por encontrar as respostas certas, possuem a capacidade de serem inspirados a fazer algo diferente e inspiram outras pessoas, encontram pontos de melhorias nos negócios , não tem medo de fracassar e focam nos resultados, também na satisfação do cliente. TER SUCESSO, usualmente, implica em ter êxito, vencer ou alcançar a vitória. E este foco é mesmo direcionado para o FUTURO. Como diz um popular dito antigo: “águas passadas não movem moinhos”! Olhar adiante, conferir tendências e melhores práticas, adotar melhoria contínua em sua empresa, nos serviços e equipes de suas lojas. Aplaudir seu time, Exercer a gratidão e compreender que o SUCESSO é mesmo perecível e vulnerável – precisa dispensar a vaidade e usar a “chinela da humildade” todo o tempo, portando-se como aprendiz de mudanças que vão acontecer, sim (independente de seus anseios ou sua vaidade)! Sucesso, pois! Psicóloga Organizacional, Consultora de Gestão e Estratégia, Orientadora de Carreira e Escritora.



ASO DE SUCESSO CASO DE SUCESSO CASO DE SUCESSO CASO

Por Juliana Albuquerque O supermercado Vida Nova, um dos principais da Paraíba, localizado mais precisamente na cidade de Belém, tem em sua essência ser percussor de novas práticas de mercado. Com quase duas décadas de sua fundação, foi o primeiro da cidade emitir nota detalhada das compras dos clientes, em 2004, e aceitar cartão de crédito, em 2006. Por trás dessas “novidades”, obviamente, sempre existiu um empresário inquieto e desbravador. Ele atende pelo nome de Washington Coelho, um paraibano natural de Guabiraba que largou a administração do negócio familiar na área de refrigeração para desbravar novos caminhos. “Após nove anos trabalhando com meu pai e irmãos, percebi que o trabalho na área já não me fazia feliz. Foi quando surgiu a oportunidade de um repasse do ponto de supermercado na cidade de Belém, cerca de 23 km de onde eu morava e já tinha me estabelecido com minha família”, comenta Coelho. Para dar fôlego aos desafios que vinham pela frente, o empresário não hesitou em sair da casa própria e ir com a esposa e filhos para uma nova cidade e começar a atuar em um ramo totalmente diferente. Não à toa, o nome escolhido para o supermercado traduz de forma cristalina esse novo ciclo esse início. “O começo, assim como a grande maioria do segmento, não foi fácil. Sai da minha casa própria para morar em uma casa emprestada do primo da minha esposa, em Belém. Não só isso, só dispunha de R$10 mil para investir no supermercado. Para minha felicidade, o ponto que meu amigo me repassou já tinha o básico que eu precisava para tocar o negócio. Desta forma, consegui com o tempo e muito trabalho ir conquistando o meu espaço junto a clientela de Belém”, lembra o empresário. Segundo ele, o tempo em que passou administrando o negócio familiar foi essencial para que ele tivesse o manejo necessário para lidar com as questões administrativas que envolvia a rotina do novo negócio. “A bagagem administrativa que adquirir ao longo dos nove anos trabalhando foi essencial para desenvolver a minha gestão do Vida Nova”, ressalta Coelho. Outro conhecimento fundamental também aprendido nesse tempo serviu para tornar o seu supermercado uma referência em inovação, que foi a inserção das tecnologias não utilizadas na época no setor. “Eu já estava habituado a trabalhar com informática e sistemas, o que me permitiu inovar no setor ao colocar um computador com impressora no meu caixa para que os clientes já saíssem com a nota de suas compras”, afirma o empresário.

PIONEIRISMO COMO CHAVE DO SUCESSO

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“Imagina, enquanto os nossos concorrentes ainda trabalhavam com a calculador, nós montamos um sistema de informática que permitiu que desde o primeiro momento em que abrimos, pudéssemos vender com nota”, diz.


Washington Coelho

Mas quem pensa que com o passar desses 16 anos de mercado esse paraibano cansou de inovar, está enganado. Pelo contrário, inovar e investir em novas formas de atrair e fidelizar o público é o que motiva o empresário desde sempre. Isso, e claro, o atendimento à clientela tornam do supermercado um verdadeiro case de sucesso. “Quando sai da Valtec, empresa que trabalhava com minha família em Guabiraba, eu fui em busca de qualificação na Impretec. Lá, aprendi a fazer um plano de negócio e percebi uma das grandes fraquezas dos mercados da época – o atendimento ruim. Eu, inclusive, como cliente, fui vítima desses péssimos atendimentos. Por isso, decidi fazer do bom atendimento o meu carro-chefe”, afirma o empresário. Para isso, ele diz investir em constantes treinamentos com sua equipe de colaboradores, composta atualmente com cerca de 72 pessoas, contando com as duas unidades do supermercado. “Dar atenção aos clientes e não apenas a eles, também aos nossos fornecedores, que considero como além de vendedores, mas como grandes parceiros”, revela Coelho. Oficialmente, o Vida Nova possui duas unidades, contudo, para o empresário, são três. Isto porque ele, mais uma vez desbravador de novas tendências de mercado, enxergou há pouco mais de dois anos, o que hoje é a nova realidade – venda digital. “Na época em que disponibilizei as vendas pela internet, muitos me chamaram de louco. Confesso que o primeiro ano não foi muito bom, eu vendia pouco, mas estava satisfeito por disponibilizar um novo canal de compras. Então, no ano passado, com a pandemia, enquanto tinha muita gente no varejo que nem sabia o que era isso, a gente bombou”, comenta Coelho, que revela vender pelo aplicativo Compre sem Fila, fundado por um supermercadista de Sergipe no qual ele se associou, cerca de R$100 mil por mês. “E dentro dos próximos dias, o nosso próximo passo é estarmos inseridos no Ifood”, adianta o empresário que desde a fundação do Vida Nova aposta no diferencial da entrega em domicílio. “Fomos o primeiro supermercado de Belém a ofertar esse serviço, inclusive, para os bairros do entorno da cidade. No começo, eu entregava com um carro emprestado. Hoje, graças a Deus e ao nosso trabalho, somos um dos únicos a ter uma frota composta de três carros e três motos para esse serviço”, destaca. Rede Paraíba Após conhecer um pouco de toda a história por trás desse verdadeiro case de sucesso da Paraíba, uma coisa é fato – a busca incessante do empresário Washington Coelho parece não ter fim. Prova disto é que em 2012, com o negócio já estruturado, ele foi em busca de saber mais. Para isso, entrou na faculdade de administração de lá conheceu e se apaixonou pelo universo do associativismo. Nesse mesmo ano, conheceu a Rede Paraíba de Supermercados. “Adoro fazer associativismo e a Rede Paraíba de Supermercados foi o meu grande negócio. O fato de a gente ter encarte da rede com produtos com preços atrativos torna a nossa venda dos produtos da cesta básica com baixo valo para que possamos baixar nossas margens e repassar os melhores preços e condições para o nosso consumidor”, revela Coelho, que presidiu a rede em dois mandatos consecutivos, em 2014 e 2015. Revista NESupermercados 27


Por Cleia Eliane Soares

MOMENTO DE CRISE EXIGE INVESTIMENTO NO COLABORADOR:

AÇÕES DE ENDOMARKETING Falar em rotatividade, falta de qualificação profissional, dificuldade para contratar, desmotivação dos colaboradores, dificuldade de alguns líderes, baixos salários e tudo mais que reza a cartilha das catástrofes do setor supermercadista é chover no molhado. Precisamos de atitude, é hora de abandonar as lamentações, as queixas servem, somente, para contaminar o ambiente de trabalho e reforçar a falta de esperança. 28 Revista NESupermercados


O que fazer? A receita é simples: coloque o colaborador em primeiro lugar! Proponho a subversão da máxima que diz 'o cliente sempre em primeiro lugar' ou 'o cliente sempre tem razão'. Não estou propondo, de forma alguma, apologia ao desrespeito e maus tratos aos clientes. Vamos refletir: quem vem primeiro o cliente ou o colaborador? Há uma tendência forte a dizer que o cliente é quem paga nosso salário, o cliente é o rei, sem ele não há razão de existência da empresa etc. Não há como discordar de tudo isso, mas alguns supermercados focam tanto nas relações com os clientes externos (campanhas, promoções, prêmios, vantagens) e os colaboradores ficam como meros instrumentos para satisfazer as necessidades da realeza. Alguns gestores orgulham-se de proporcionar aos seus colaboradores carteira assinada, pagamento em dia, salário justo, folga semanal, horário de almoço. Ora, tudo isso não é benefício, é direito. Um colaborador descontente não pode tratar o cliente como um rei, não consegue fazer valer a máxima do 'cliente em primeiro lugar'. Imagine um supermercado que gasta dinheiro e esforço em ações de marketing, organiza o layout, lança encarte com ofertas imperdíveis, realiza sorteio de prêmios, divulga as promoções na televisão ou carro de som. O cliente é atraído para a loja, mas encontra colaboradores despre-

parados, com pouca informação sobre as promoções, os preços estão com as etiquetas trocadas, ao passar no checkout há divergência de preço. O que aconteceu? O gestor 'achou' que essas estratégias eram uma boa maneira de colocar o cliente em primeiro lugar, oferecendo o melhor preço, mas não garantiu o melhor serviço, pois seus colaboradores não estavam prontos para oferecer o 'seu melhor'. Reafirmo que o colaborador está sempre em primeiro lugar, o supermercado que planeja e executa ações firmes em prol da sua equipe, tem excelência no atendimento ao cliente, pois isso é uma consequência e não uma imposição. O que o endomarketing tem relação com tudo isso? Endo, prefixo grego (éndon) que significa "para dentro", somado ao termo marketing, passa imediatamente a ideia de que as técnicas de abordagem aos clientes externos podem ser aplicadas ao público interno. Ou seja, é a aplicação das ferramentas do marketing para os colaboradores. O endomarketing busca soluções para tornar os colaboradores participantes de uma grande equipe, onde todos sabem as regras, jogam no mesmo time e fazem tudo atingir a vitória. Dentre as estratégias mais divulgadas do endomarketing estão: treinamento, frases motivacionais, jornal interno, comemoração dos aniversariantes, festas, premiações, colaborador do mês, café com o presidente da empresa etc. Endomarketing é fácil de ser definido e implantado, mas algumas empresas mostram resistência, seja por desconhecimento ou por ter passado por uma situação de investimento com resultados parciais. O gestor pode dizer: "- Já fiz isso e não deu resultado". página seguinte

Mitos do endomarketing: - Isso é coisa para empresa de grande porte; - Custa caro; - Só posso pensar em endomarketing quando tiver com o RH estruturado; - Tenho que arrumar o layout da loja primeiro, depois investir nos colaboradores; Revista NESupermercados 29


MOMENTO DE CRISE EXIGE INVESTIMENTO NO COLABORADOR: Estratégias iniciais para implantar o endomarketing no supermercado: diagnóstico, aplicação das estratégias frente aos problemas apresentados e fortalecimento dos pontos fortes e avaliação dos resultados.

1) Comece pelo fim: O que: Ficha de desligamento de colaborador Como: Ao sair da empresa o colaborador deve preencher uma ficha contendo nome, tempo de serviço, setor, líder, expor como foi o relacionamento com os colegas de trabalho, como foi a atitude do líder, se a empresa pagou devidamente o salário e as horas extras, motivo da saída e sugestão de melhoria para a empresa. Justificativa: Ao sair da empresa o colaborador está livre para expressar sua opinião. Algumas empresas aplicam o questionário de desligamento, mas não utilizam os dados como forma de avaliar as principais dificuldades da empresa; As fichas devem ser reunidas e tratadas em conjunto, analisando-se de forma cautelosa, ao sair da empresa alguns estão ressentidos e o fazem de forma agressiva. A ficha de desligamento pode ser utilizada em ação trabalhista; 2) Pesquisa de clima – diagnóstico organizacional O que: Trata-se dose levantamentos dos principais pontos fortes e fracos da empresa. Como: Pode-se contratar uma empresa externa para fazer uma entrevista com os colaboradores ou propor que eles respondam a um questionário (com opção para identificar ou não o nome do respondente). Justificativa: Escutar a equipe é a forma mais barata e eficiente para resolver boa parte dos problemas. Observações: Existem várias empresas de 30 Revista NESupermercados

assessoria e profissionais qualificados para tal serviço. Não desejo estabelecer uma regra ou desmerec e r e s s e o u a q u e l e p r o fi s s i onal/empresa, mas como psicóloga tenho que alertar que o colaborador deve ter garantia do sigilo das informações e que não será punido por expor sua opinião. Os dados devem ser repassados em forma estatística e não podem servir como instrumento de 'caça às bruxas'. O objetivo não é apontar o colaborador que fala mal da empresa e que não está satisfeito. A pesquisa de clima deve levantar possibilidades de melhorias dos pontos fracos e maximizar os fortes. Pontos analisados na pesquisa de clima: motivação, satisfação com o trabalho e salário, papel das lideranças, saúde física e emocional dos colaboradores, apontamentos e sugestões de melhorias. 3) Reunião com as lideranças O que: Proponha um encontro com as lideranças em horário que possibilite diálogo e pouca interferência. Como: Nesse momento não adianta focar nos problemas, todos sabem ou deveriam saber o que está errado. Os participantes devem ser estimulados a fornecer sugestões e soluções viáveis às questões apresentadas na pesquisa de clima. Justificativa: As reuniões, por vezes, não são produtivas porque elas acontecem quando o 'incêndio' já aconteceu. As empresas devem propor reuniões mais frequentes e focadas em soluções. Observações: Os participantes podem ler textos referentes ao endomarketing e/ou pesquisar e apresentar empresas que aplicam; A resistência e o descrédito de alguns líderes fazem parte do processo, mas não devem ser impeditivas;

A pesquisa de clima serve para apontar os pontos fracos e fortes, mas isso é só o começo, é momento de definir quais as ações que serão tomadas. 4) Departamento Pessoal (DP) ou Recursos Humanos (RH)? As funções do DP são principalmente referentes à questões legais de registro de colaboradores, folha de pagamento, férias, rescisão, dentre outras atividades burocráticas e exigidas por Lei e também servem para organizar o quadro funcional. Compete ao setor de RH ou de Gestão de Pessoas o estabelecimento das relações entre as pessoas que fazem parte da organização. Promovendo recrutamento, seleção, treinamento, políticas de benefícios, comunicação, dentre outros. Por vezes, os setores se misturam, inclusive, alguns supermercados utilizam as mesmas pessoas nos dois setores. Fortalecer e qualificar o setor de RH é primordial, pois os colaboradores são pessoas que trabalham para pessoas. 5) Comunicação A base fundamental do Endomarketing é a comunicação. Uma empresa pode ser avaliada como sadia ou doentia observando como é seu processo de comunicação. Fofocas, boatos, intrigas, insatisfações, mal-entendidos, discussões são frutos de uma doença crônica da empresa. Principais sugestões: mural, jornal interno, cartazes, frases motivacionais, painel dos aniversariantes, participação em redes sociais, e-mail. Nenhuma informação escrita substitui o valor de uma boa conversa. Reuniões frequentes são uma necessidade para a saúde empresa

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MOMENTO DE CRISE EXIGE INVESTIMENTO NO COLABORADOR: 6) Treinamentos Contratar um especialista para fazer uma palestra motivacional é interessante, mas seu efeito é rápido e não atinge a raiz do problema. Os treinamentos podem ser presenciais ou online. 7) Política de cargos e salários Uma possibilidade é a criação de crescimento vertical, por exemplo, o colaborador começa como Repositor de Mercadorias 1, passando para o estágio de Repositor 2, até Supervisor. Todo esse processo deve ser elaborado em conjunto com o setor de RH, gerência, gestores, proprietários, colaboradors. Algumas empresas realizam com sucesso o Programa de Participação nos Lucros (PPL). São negociadas metas de vendas por setor ou para a loja toda, os colaboradors são comissionados e estimulados a prestação qualificada de serviços. 8) Premiações A implantação de um sistema de premiação merece cuidado e ampla discussão com todos os envolvidos, caso contrário, poderá ocasionar desmotivação e revolta. O ideal é criar premiação vivencial, além da financeira. Algumas práticas que deram certo: ingressos para cinema, crédito de celular, viagem, dia de folga, visita da família ao local de trabalho, churrasco, sorteio de prêmios. A principal questão a ser considerada é forma de avaliação, como mensurar quem merece receber premiação. 9) Investimento em estrutura física e condições para satisfação de necessidades básicas Faço a seguinte sugestão: passe por cada um desses locais e avalie as condições dos setores. Se algum 32 Revista NESupermercados

desses espaços for inexistente na sua empresa, reavalie sobre a insatisfação gerada. Que tal um tour pelo: banheiro, vestiário, armário para guardar os pertences, refeitório, local para descanso, acesso à água. Normativas de Segurança: máscara, álcool gel. 10 ) F o r tal e c im e n to d as lideranças Vou dizer o óbvio, mas não tenho como fugir: Nem sempre a pessoa que é de confiança e trabalha melhor é o mais indicada para líder. Ainda, é recorrente o número de empresas que elegem uma pessoa para o cargo de liderança por suas características éticas e de bom desempenho nas tarefas. Outras habilidades são necessárias, gostaria de destacar uma que é o carro chefe: comunicação. As propostas apresentadas são simples, mas não simplistas. Durante todo meu exercício profissional como Psicóloga e atuando diretamente com colaboradores que trabalham em supermercado fui testemunha que o maior investimento que uma empresa pode fazer é na comunicação. Investir na liderança, capacitá-los para fornecer feedback (elogiar e apontar o que deve ser melhorado); possibilitar que os colaboradores exponham abertamente suas opiniões; desenvolver estratégias de incentivo (prêmios, experiências, oportunidades). Endomarketing é colocar o colaborador em primeiro lugar, valorizando-o, oferecendo oportunidades para que ele seja uma pessoa e um profissional melhor, a excelência no atendimento ao cliente e a lucratividade são consequências. Por Cleia Elaine Soares – Psicóloga CRP 08/07013 – MBA em Marketing – Gestora do TreineSeuSupermercado – Criadora do Programa Competências Avançadas para Líderes de Supermercado







Por Henrique Knecht

POR QUE REVISAR OS IMPOSTOS PAGOS? É muito comum escutar de empresários queixas sobre o volume dos impostos pagos mensalmente por suas empresas. Independentemente do resultado que a empresa alcança, lucro ou prejuízo, a maioria dos impostos são devidos e devem ser pagos com pontualidade. Some-se a isso as dificuldades em compreender a legislação tributária, em manter-se atualizado sobre ela e em apurar todos os impostos de maneira assertiva. Há um dado mundial que compara o Brasil com outros países em relação a quantidade de horas que uma empresa precisa dedicar anualmente só para cumprir suas obrigações com o Fisco. Desnecessário dizer que a posição do Brasil nesse ranking é péssima. Uma empresa brasileira precisa, em média, de 1501 horas de trabalho por ano só para essa finalidade. Praticamente um funcionário dedicado por nove meses apenas para cumprir com essa obrigação. Como comparação, no Canadá são apenas 131 horas e na China, 138 (dados do G20 – Grupo formado pelas dezenove maiores economias do mundo mais a União Europeia). Fato é que cerca de 90% das empresas aqui no país pagam seus impostos indevidamente ou a maior (dados do Impostômetro do IBGE) e nem sequer desconfiam disso. Pagar mais impostos do que o devido sangra o caixa da empresa e desvia recursos que poderiam ser aplicados em outros projetos e iniciativas. Felizmente a nossa legislação permite que o contribuinte recupere os impostos pagos eventualmente a maior, pelo menos os dos últimos cinco anos. Sendo assim, cumpre destacar a revisão dos impostos pagos como uma medida muito importante para a saúde financeira das empresas e para uma maior lucratividade dos negócios. Para os setores dos comércios atacadistas e varejistas, geralmente por comportar um número significativo de colaboradores e grande quantidades de produtos comercializados, é muito provável encontrar oportunidades de redução e recuperação de tributos pagos a maior ou indevidamente, sem contar nas possiblidades de gerar créditos tributários nas operações anteriores. 38 Revista NESupermercados

Em Pernambuco, a Prime Work Consultoria assessora desde 2009 inúmeras redes de supermercados, atacadistas, distribuidoras, além de diversas outras empresas do Comércio, da Indústria e de Serviços a reduzir a sua carga tributária. No Brasil, são mais de 1200 clientes assessorados e valores vultuosos em créditos tributários já recuperados. A somatória da alta confiança de que serão identificadas inúmeras oportunidades e da qualidade dos serviços prestados permitem que a Prime Work seja remunerada por honorários que se dão exclusivamente por êxito. Após a identificação das oportunidades tributárias e aprovação por parte do cliente, as compensações e restituições são realizadas administrativamente de forma imediata, conforme autoriza à legislação tributária pertinente à cada tributo. A legislação tributária no Brasil é complexa, muitas das vezes prolixa, mas ao mesmo tempo democrática na medida que permite à pequena empresa usufruir dos mesmos direitos e benefícios que uma grande empresa possui. E então, o que você está esperando? Gostaria de descobrir se sua empresa está pagando mais impostos do que deveria? Alguma dúvida sobre como a revisão dos impostos pagos pode contribuir para o sucesso de seu supermercado? Será um prazer poder ajudá-los. Henrique Knecht (81) 99454-9081 @henriqueknecht henrique.knecht@pwconsultoria.com.br Rodrigo Corrêa Mathias Duarte rodrigo@pwconsultoria.com.br





Por João Paulo de Castilho

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GARGALOS POR ONDE ESCORREM OS LUCROS NOS SUPERMERCADOS Para evitar os erros comuns que diversos empreendedores cometem durante o processo de administração dos seus negócios, a Pros Consultoria preparou esse Artigo com 5 dicas essenciais para a gestão do seu supermercado, confira: Gerenciar um supermercado é uma tarefa complexa e que envolve muito conhecimento sobre a área. É preciso estar sempre melhorando o gerenciamento em busca de redução de custos, e principalmente, adotando as melhores estratégias para aumentar o resultado das lojas. Falhas no gerenciamento de supermercados são os principais motivos que levam os varejistas a fecharem suas portas. Estima-se que 25% dos empreendedores brasileiros fecham suas empresas em menos de dois anos por falta de gestão. Só no período entre 2013 e 2017, a Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo registrou o fechamento de 316.680 no Brasil. Isso significa que nesse intervalo de tempo mais empresas que fecharam do que abriram no país. Em 2020, com a crise causada pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), esse número se tornou ainda mais alarmante. Só no primeiro semestre do ano, os pedidos de falência de empresas avançaram em 34,2%. Ao todo, 716.000 já fecharam suas portas, número bastante elevado em relação a média de empresas que fecham a cada ano no Brasil a qual corresponde a 10% dos negócios abertos, ou seja, cerca de 600.000 empresas. Nesse cenário, reitera-se a importância de um bom gerenciamento das empresas, o qual inclua uma constante busca por melhorias, a verificação de possíveis perdas, o preparo relacionado a gestão de crises, uma análise frequente acima do custo operacional e da produtividade dos processos, entre outros pontos que precisam estar sempre sendo verificados e atualizados. São eles: Próxima página

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GARGALOS POR ONDE ESCORREM OS LUCROS NOS SUPERMERCADOS

1. Aplique estratégias de prevenção de perdas em seu supermercado! Quando o assunto é prevenção de perdas é preciso lembrar que esse tópico possui vários desdobramentos na gestão de um supermercado. Além de pensar nas possíveis perdas relacionadas à furtos, também é preciso saber evitar desperdícios, aplicar estratégias para amenizar perdas financeiras e principalmente preservar seu faturamento líquido. O primeiro cuidado que precisa ser tomado para evitar perdas em seu supermercado é em relação ao estoque. Como funciona o gerenciamento do seu estoque? É feito um controle sobre quais itens precisam ser vendidos antes, por serem perecíveis e, consequentemente, possuírem um prazo de validade mais curto? Ao gerenciar o estoque também é importante cuidar com o armazenamento de itens frágeis para evitar que eles sofram danos e assim acabem trazendo prejuízos. Outro ponto a ser pensado é em relação a aquisição dos produtos. Em seu supermercado é feita uma análise quanto à demanda de cada item? Para evitar perdas financeiras é preciso saber quais produtos saem mais e quais demoram mais para serem vendidos, assim será possível solicitar com seu fornecedor apenas aquilo que sua loja realmente precisa, evitando perdas financeiras com itens parados em estoque. Muitos supermercados também pecam por não realizarem uma análise em relação aos seus produtos e os oferecidos pelos concorrentes (Gestão de Categorias), o que pode fazer com que ocorram perdas referentes às margens de lucro nos preços. Ao realizar essa análise com frequência é possível detectar quando seu preço está muito abaixo comparado com o da concorrência localizada em sua região e assim você poderá recuperar o que estava sendo perdido. Outra dica importante para melhor gerenciar seu supermercado é criar um setor exclusivamente voltado para a prevenção de perdas. A função da equipe que irá atuar neste setor será consultar cada local onde seu supermercado está presente, fazer análises de pontos críticos como reposição de produtos, prazos de validade, perdas em diferentes setores e acompanhamento dos KPIs definidos. Com isso, será mais fácil de identificar onde estão ocorrendo perdas, especialmente aquelas que costumam se repetir, e corrigir quaisquer problemas presentes nos processos da sua rede. Por fim, também é importante que toda a sua equipe de funcionários esteja devidamente alinhada com as suas estratégias de prevenção de perdas, só assim será possível contar com o auxílio de todos para um melhor funcionamento do seu supermercado. 2. Reduza seus custos operacionais! Em tempos de crise financeira, reduzir seus custos

operacionais pode ser essencial para que seu negócio continue funcionando. Para começar, estabeleça metas de cortes de custos. Para conseguir definir esses objetivos é necessário estar com seus processos devidamente alinhados e padronizados, assim será possível verificar onde estão os gastos de pouca ou quase nenhuma necessidade a fim de eliminá-los. Uma dica importante também é estar sempre revendo seus fornecedores. Muitos supermercadistas, por estarem acostumados sempre com os mesmos fornecedores, esquecem de fazer uma análise em relação ao custo-benefício de outras marcas ou pesquisar se há outras empresas que ofereçam operações logísticas que agilizem sua atividade, reduzindo seus gastos no final do processo. Outro ponto que merece atenção redobrada é o desperdício. Estabeleça um limite mais rigoroso sobre a utilização e consumo dos artigos de uso interno (como material de escritório, por exemplo). Também é importante lembrar de implementar práticas que favoreçam a economia de energia e água, pois além dessa mudança de hábitos ser importante para o meio ambiente, ela também favorece muito os custos do seu negócio no final do mês. Para reduzir custos, também é essencial pensar na produtividade da sua equipe e buscar maximizar a eficiência das tarefas de cada um dos funcionários. Invista em recursos e técnicas para aumentar a eficiência sem perder a qualidade do trabalho. Verifique se não há muitos funcionários com a mesma função enquanto outro setor está com baixa de pessoas. Assim você poderá potencializar a eficiência de sua equipe! Por fim, outra dica importante é adotar um sistema de gestão que deixe visível em um só software todos os dados que você precisa para melhor gerenciar seu supermercado. Assim será mais fácil analisar em quais processos estão ocorrendo falhas, por onde estão escorrendo seus lucros, quais gastos podem ser cortados e quais setores estão precisando de aprimoramento. 3. Busque padronizar os processos do seu supermercado A padronização de processos em seu supermercado é essencial para melhorar o trabalho e ainda reduzir custos. Em primeiro lugar é preciso aprimorar a comunicação entre os setores: busque padronizar a emissão e o recebimento de comunicados, por exemplo, assim você terá uma gestão mais fiel da sua loja. Outro ponto importante é fazer um controle frequente dos prazos de entrega dos seus fornecedores. Tornar essa verificação um hábito é essencial pois esses prazos possuem um impacto direto sobre a quantidade de estoque e promoções de vendas. Ou seja, quanto mais curto o prazo de entrega, menos estoque de backup você vai precisar. Próxima página

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GARGALOS POR ONDE ESCORREM OS LUCROS NOS SUPERMERCADOS

Uma dica importante é além de se atentar aos prazos de entrega, também evitar a exclusividade de fornecedores. Isso porque, caso você dependa do fornecimento de produtos vindos apenas de uma ou duas empresas, se ocorrer um atraso na entrega você poderá ficar sem estoque e assim perder vendas. Além de pensar em padronizar seus processos, simplificá-los também ajuda seus colaboradores a seguilos com mais facilidade. E, para garantir que tudo ocorra como o planejado, recomenda-se que toda a sua equipe de gerenciamento tenha conhecimento sobre o funcionamento dos processos. Por fim, não esqueça de solicitar que eles deem feedbacks nos estágios de implementação, dessa maneira é possível verificar inconsistências e dificuldades. Aplicando essa padronização dos fluxos de trabalho e processos em seu supermercado, você irá melhora a eficiência e a produtividade da sua loja. Mas não se esqueça: também é de suma importância fazer um constante monitoramento destes processos. Com eles já padronizados, será mais fácil identificar imediatamente quais práticas não estão funcionando bem e quais apresentaram bons resultados e devem ser aproveitadas de forma mais ampla. 4. Não negligencie controles financeiros! Um dos principais erros cometidos na gestão de supermercados é a negligência do controle financeiro. Essa falha é a responsável por fechar a porta de muitas lojas, por isso todo cuidado é pouco quando esse é o assunto da vez! É importante reiterar que esse é um item essencial. Ou seja: não adianta seguir todos os outros tópicos caso esse seja negligenciado. Fazer um controle financeiro de seu supermercado é de suma importância porque os processos desse tipo de estabelecimento envolvem compras junto aos fornecedores, pagamento de funcionários, quitação de diversos impostos e milhares de transações a cada mês. Por isso é preciso sempre acompanhar de perto esses números, afinal, você pode estar sofrendo perdas em qualquer um desses processos. E, sem fazer o controle devido, não poderá identificar por onde seus lucros estão escorrendo. Outra dica importante é manter sempre uma reserva para o caso de emergências financeiras e tomar muito cuidado ao utilizar linhas de crédito. Além disso, busque fazer sempre em dia o pagamento dos funcionários e fornecedores! Isso é importante não apenas para manter boas relações em torno do seu negócio, mas também para que você mantenha um controle melhor das suas finanças. Só depois de estar com esse setor bem estruturado você poderá investir em outras áreas estratégicas. Caso sinta que você não está dando conta de organizar seu setor financeiro de forma correta, não hesite em 46 Revista NESupermercados

contratar uma empresa de consultoria para te ajudar! 5. Leve sempre em consideração o comportamento dos seus clientes! Para que seu negócio continue crescendo, é imprescindível que você esteja sempre conquistando novos clientes e fidelizando os consumidores que frequentam sua loja. Por isso é crucial conhecer seu público-alvo e entender o comportamento dele. Quais dias do mês e quais horários seu estabelecimento costuma ficar mais cheio? Qual é a classe social majoritária dos seus clientes? Crianças costumam frequentar sua loja com os pais? Qual faixa etária está mais presente nas compras feitas em seu mercado? Quais itens mais são comprados por esses consumidores? Mapear seus clientes é essencial para poder oferecer mais produtos de interesse deles e também para poder formular estratégias de marketing, campanhas e promoções mais eficazes. Quanto mais adaptado seu supermercado estiver ao seu público-alvo, mais chances você possui de ter um aumento em suas vendas e conquistar clientes fiéis. A Pros Consultoria oferece esse serviço para você! Fazemos uma análise completa do seu negócio e disponibilizamos todos os dados em um aplicativo de fácil acesso e compreensão. Conte conosco para melhor gerenciar seu Supermercado e aumentar seus lucros! Entre em contato e agende um orçamento!



AUTONOMIA: UMA CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL PARA TODO PROFISSIONAL DO VAREJO. Os resultados de uma empresa podem ser ampliados quando a equipe tem seu desenvolvimento monitorado pelo líder e este desenvolvimento leva cada profissional a um nível de autonomia que o faça ser partícipe do processo. E desenvolver a autonomia é fácil? É necessário! – baseado em um processo de planejamento. Importância do desencadeamento adequado desde a contratação do profissional até sua implantação. O que faz a diferença é a capacidade do profissional entender o que faz, porque faz, para que faz e como faz. Ter claro o resultado a que deve chegar. O que falta para a maioria das empresas é a capacidade de elaborar e implementar o planejamento estratégico. Às vezes, por entender que deve ser algo engessado em vez de flexível, feito por uma equipe de gabinete, atrás de uma mesa e não com a participação do próprio indivíduo. Importante o profissional entender seu universo, e para isso, pode ser usada uma abordagem baseada em quatro verbos, são eles: situar-se, sintonizar-se, integrar-se, enxergarse. Situar-se ter claro o que faz, o ambiente de atuação, o DNA da empresa, Sintonizar-se estar conectado no mesmo canal da empresa, mesma linguagem, ouvindo os clientes e alinhado com os objetivos estratégicos Integrar-se com as tarefas cotidianas, com os stakeholders. Enxergar-se desempenhando o seu papel no dia a dia, sabendo as etapas a cumprir e os resultados que deve alcançar, mirando os seus indicadores de desempenho. Aspectos completamente exequíveis, se perseguidos e mapeados por um planejamento estratégico simples, feito com gestão participativa e envolvimento coletivo, permeado com cada envolvido nas atividades da empresa. Assim, o profissional tem todos os meios para saber o que faz, seus planos de ação, sua rotina estabelecida. Além disso, sabe o que é esperado com sua atuação e importância do seu papel individual para o todo. Desta forma, estando alinhado aos objetivos da empresa, integrado completamente ao todo empresarial e com autonomia. É mais fácil na prática do que teoricamente! O que pode ser notado no meio empresarial, é uma quantidade enorme de gestores que carecem de entendimento e preparo que na grande maioria das vezes complica o que pode, de fato, ser mais simples. Sabendo que o simples já é trabalhoso e o complexo é ainda mais, é preferível ter o simples em execução do que algo complexo ainda no papel. No varejo tudo se modifica muito rápido, com morosidade, o resultado é prejudicado num piscar de olhos. Faça planos, mas acima de tudo execute-os! Uma equipe autônoma leva os resultados a patamares mais elevados em um curto espaço de tempo. E se é resultado que você quer, aí vão 3 formas simples de exercitar autonomia cujos efeitos são sentidos em curtíssimo prazo. 48 Revista NESupermercados

No dicionário, autonomia significa “capacidade de governar-se pelos próprios meios”, porém no dia a dia, no varejo, não é tão trivial assim. Será mesmo?

Gerenciamento da rotina Cada profissional ao saber sua rotina diária, passo 1, passo 2, passo 3, e acompanhar em forma de checklist para garantir que todas as tarefas dos dia sejam finalizadas, acaba desenvolvendo autonomia e propiciando o resultado final de um todo. O formato pode ser simples, através de um planner mensal, semanal ou diário em que esses controles possam ser preenchidos, executados, acompanhados pelo profissional e também pela gestão. Gerencie junto aos profissionais sua rotina! Indicadores de desempenho Através dos indicadores de desempenho (Ids), pode-se redirecionar o foco e atenção para reformular as estratégias e alcançar os objetivos, sendo eles pessoais, setoriais ou empresariais como um todo. IDs são os sinalizadores de que o resultado está sendo alcançado, ou não. São de baixa complexidade, e podem ser implantados de forma prática e efetiva. Em poucas etapas, podemos determinar os IDs que serão mensurados para atingir um resultado específico. O efetivo acompanhamento dos indicadores, diariamente ou semanalmente, auxilia como um diagnóstico do alcance da meta. Encontre seus indicadores, ou indicadores do seu negócio, acompanhe, e atue para atingir os resultados esperados! Caminhar por conta própria Este último exige mais do que talvez aparente. Deixar a equipe, e os profissionais “caminhar com as próprias pernas” nem sempre é fácil e significa deixá-los realizar as tarefas, e, somente após mensuração, corrigir a rota caso algo esteja fora dos parâmetros. Alguns gestores acabam criando “profissionais televisão”, que executam apenas se forem direcionados para tal, o que é totalmente inverso à autonomia e maléfico para o todo. Criando dependência de comando os processos não funcionam, deixando o resultado final ao efeito da volatilidade. Deixe seus profissionais mostrarem seu potencial! Aplicando essas “ferramentas”, é possível se beneficiar dos resultados obtidos com a autonomia dos profissionais onde você trabalha ou de sua empresa.

Geni Machado e Renato Machado são diretores da RGB Consultoria Empresarial e atuam no varejo Pernambucano a mais de 10 anos, especialistas em Planejamento Estratégico para Supermercados com abordagens voltadas ao desenvolvimento empresarial baseado no desenvolvimento humano e dos processos.



Por Angela Vilela

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: O DESAFIO DE GERIR AS PRÓPRIAS EMOÇÕES E COMPREENDER AS DOS OUTROS. É por meio das emoções que compreendemos as pessoas ao nosso redor e os sentimentos provocados por determinados acontecimentos. A importância de encarar a situação atual no mundo, em pandemia, como uma transformação social e não só como uma crise, é essencial! Pois as mudanças geradas por esse novo contexto vão desde a realidade das empresas e o novo formato de trabalho, até um novo conceito de presença. “Estar presente” não significa mais estar em um lugar fisicamente, mas ter o foco e a mente de que somos seres sociáveis e criativos para transformar e redefinir jornadas. A sociabilidade é uma característica importante para o desenvolvimento humano, e definida como, a habilidade de lidar bem com os sentimentos, dar e receber afeto, ouvir e se fazer ouvir e interagir de maneira harmônica e produtiva. Os conceitos de visões de homem e mundo são formados no âmbito social, produzindo sujeitos capazes de identificar os próprios sentimentos e os dos outros, motivar a si mesmos e gerenciar bem as emoções dentro de si. Como parte da inteligência emocional, a sociabilidade nos capacita eficazmente a utilizar a potência das emoções como uma fonte de energia, informação, influência e conexão com outras pessoas. 50 Revista NESupermercados

A habilidade para adquirir uma inteligência emocional satisfatória tangencia a busca pelo autoconhecimento, numa avaliação realista de nossas práticas, sejam elas frágeis ou fortes, bem como o enfrentamento para tomada de decisões em questões externas, superando provações. As habilidades que adquirimos ao longo da vida muitas vezes são formadas de frustrações que, quando autorreguladas, nos capacitam na superação das dificuldades, desenvolvendo o autocontrole. Assim, autocontrole nada mais é que a capacidade de adiar a satisfação, com o objetivo de alcançála de um modo mais coerente emocionalmente, ou seja, lidar melhor com as nossas emoções. Quando não alcançamos essas habilidades, podemos afundar no sentimento de incerteza em meio às aflições emocionais que o viver nos impõe. Aprender e aprimorar o autocontrole das emoções nos proporcionam uma postura de automotivação e empatia. A automotivação consiste em conter a impulsividade e possibilitar um fluxo de desempenho com eficácia e está intimamente relacionada a nossas experiências e frustrações superadas. Já a empatia possibilita saber “escutar” as emoções, e está sintonizada com os sutis sinais do mundo externo do que os outros querem ou precisam. Perceber a perspectiva alheia, criando conexão através da linguagem verbal e não-verbal, de gestos e atitudes. A empatia é uma facilitadora no autoconhecimento e na autoconscientização.


As habilidades emocionais são desenvolvidas na arte de relacionar e promovem uma capacidade de interagir com tranquilidade, reforçando a popularidade, liderança e eficiência interpessoal. Atualmente existem recursos e psicoterapias que possibilitam o desenvolvimento das habilidades emocionais em qualquer idade e contexto sócio-histórico. Algumas mudanças de atitudes podem facilitar nosso desenvolvimento emocional e de autovalorização em tempos difíceis. Abaixo descrevo algumas atitudes para reflexão e empenho: Reconheça as suas maiores habilidades, talentos e diferenciais; Questione os pensamentos negativos que afetam suas emoções; Valorize-se sem esperar que as pessoas o façam; Busque estar com pessoas que além de o reconhecerem, favoreçam sua autoestima e autoconfiança pessoal e profissional; Cuide sempre de sua saúde física, emocional, mental, financeira e espiritual, pois harmonizar-se é essencial para a autovalorização; Honre e respeite sua história e seu caminho até aqui; Construa relacionamentos, mas não espere que outros o reconheçam ou o amem para amar-se e reconhecer-se; Reconheça seus esforços, sucessos, lutas e conquistas; Seja uma pessoa grata por seus tropeços, aprendizados e vitórias; Alimente-se das emoções satisfatórias, cultive o perdão e não guarde rancores; Busque o crescimento constante e a implementação de suas ideias; Não se defenda, negando a realidade, mas interaja com os modos mais apropriados de enfrentá-la e transformá-la em sucesso. O psicólogo Daniel Goleman menciona que a tecnologia desafia um dos pilares da inteligência emocional, que é a sociabilidade, e o seu contínuo desenvolvimento, pois pode limitar ainda mais a interação humana e, consequentemente, a empatia que necessitamos para colocar as nossas emoções em ação. Assim, o nosso desafio pessoal consiste no autoconhecimento e na gestão das nossas emoções, na produção da empatia e na sociabilidade em meio a um contexto excessivamente tecnológico; lembrando que somos pessoas capazes de desenvolver a inteligência emocional e, sendo diferentes nisso, fazemos a diferença ao trazer para si e para a outro: tranquilidade, confiança, disposição, humanidade e muita criatividade. Agindo desse modo, sem dúvida poderemos tornar mais saudáveis as pessoas e os ambientes. Angela Vilela Psicóloga clínica CRP 02-17536 Especialista em Saúde Pública Facilitadora de Círculos Restaurativos Treinadora de Equipes Contato: (81) 99785-3769 @angelavilelaoficial

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Por Luciano Barreto

FEITO É MELHOR QUE PERFEITO! Recentemente, usei esta frase para uma postagem sobre um treino de corrida que realizei, longe de ser um treino de outrora com boas médias de pace (minutos/km), porém, treino pago! como dizem hoje em dia. Esta frase é o Lema de Sherryl Sandberg, uma executiva do facebook, baseada na frase do General americano George Patton na 2ª guerra mundial. “Um bom plano executado rigorosamente agora é melhor que um plano perfeito executado próxima semana”. Certo, mas o que isso tem haver com o varejo? Nos últimos anos, é o que mais tenho escutado no segmento varejista de proprietários, líderes e especialistas: os profissionais precisam estar cada vez mais preparados, pois o mercado está cada vez mais exigente. Em parte, concordo, mas essa busca por perfeccionismo me assusta, pois, a busca excessiva pelo melhor, pelo perfeito, pelo ápice dos resultados tem deixado de lado o básico e junto com esta tentativa do perfeito está chegando uma característica comum aos caçadores do “perfeito”, a procrastinação. O que faz com que grandes planejamentos não saiam do papel, esperando a perfeição, ou no máximo começam e são abandonados no meio do caminho, gerando sensação de fracasso, quando na verdade as pessoas apenas desistem. É assim com a dieta, com a academia que fica para a próxima semana, com o curso que foi comprado e não foi feito, enfim, processos não realizados, resultados que não chegam, apenas porque as pessoas desistem antes mesmo de tentar. Assim também acontece na sua empresa, e em muitas outras, planejamentos e reuniões que ficarão para a próxima semana, enquanto houver próxima, consultorias que são encerradas antes dos prazos estabelecidos, colaboradores demitidos porque houve um treinamento, e não confundam treinamento com adestramento. Isso mesmo, as empresas precisam treinar e acompanhar seus colaboradores, nem todas as pessoas têm o mesmo ritmo. E muitos acabam demitidos sem saber pelo que estão sendo cobrados ao longo do tempo, o que gera um verdadeiro caos no ambiente de trabalho, insegurança por parte dos colaboradores, líderes confusos e o negócio volta para a estaca zero. Planejamento é engavetado e a empresa volta a viver um dia de cada vez, passando a usar uma velha frase também muito conhecida:” vamos fazer assim, sempre foi assim e estamos sobrevivendo até hoje!” 52 Revista NESupermercados

Marshall Goldsmith cita em sua obra: “O que o trouxe até aqui não será o que o levará adiante”. E como se espera o futuro enquanto se gerencia o presente? A resposta é simples: PLANEJAMENTO. É preciso realizar o básico. As pessoas em sua maioria conspiram contra o universo, e passam a focar em problemas e culpados e se entregam a inércia. O brasileiro é especialista em diagnóstico, principalmente quando a fonte de informação é uma pessoa tóxica, e acredite, quase toda empresa tem ou já teve. Essa pessoa por falta de competência, foca nos problemas dos companheiros de trabalho, principalmente nos que não tem nada a ver como seu setor. Ok! Descobrimos uma série de problemas e por onde começar? A primeira dica é estruturar bem o setor de recrutamento, melhorar os processos para efetuar uma contratação, mesmo que isso leve mais tempo, melhor uma contratação demorada e assertiva que demissões constantes e rápidas. Elaborar um planejamento estratégico. É preciso saber onde a empresa deseja estar no futuro, com visão, missão e valores. E quando falo em planejar, não quero pensar em nada mirabolante, estude seu cliente, evite apenas copiar a concorrência, você não sabe qual a estratégia dele, o que garante que servirá para o “seu” cliente? No lugar de receber informações tóxicas sem embasamento, realize pesquisas internas, através de pequenas reuniões dentro dos departamentos da organização. Os erros irão acontecer, e é importante que as pessoas estejam preparadas para assumi-los para que sejam corrigidos e que o planejamento possa seguir em frente. O fato de errar e acertar ao tentar, sempre o levará para o próximo passo. Pense, o ser humano indiscutivelmente não nasceu para ser solitário, de uma forma ou de outra, sempre precisaremos de alguém para algo, mesmo que indiretamente, afinal, “ninguém é tão alguém que nunca precise de ninguém”. Logo, feito é melhor que perfeito.


Por Marcia Belo

CUIDADOS SANITÁRIOS COM OS PESCADOS

Sou suspeita a falar sobre o pescado, trabalho com inspeção de POA- Produto de Origem Animal há 30 anos e a cada dia tecnologias novas vão sendo apresentadas na linha industrial seja para formação de novos produtos derivados como no acondicionamento do produto in natura. Estamos na semana do consumo do pescado e com isso manifestam-se inseguranças e curiosidades quanto a este consumo; O que comprar? Como comprar e de onde comprar? Alguns episódios de intoxicação alimentar pelo consumo de peixe, comummente conhecido por Arabaiana (Elagatis bipinnulata) ou olho de boi, peixe

de água salgada, muito consumido em nossa região apareceram nesses últimos 3 anos. A sociedade cientifica trabalha na linha de toxinas de corais que provavelmente com o aumento da temperatura da água, estão mais expostas mudando os hábitos alimentares dos pequenos peixes que por sua vez é consumido pelos maiores. Essa toxina encontrada em maior quantidade nas vísceras do peixe em questão, provocando a rabdomiólise ou síndrome de HAff ou doença da Urina preta. Com o surgimento desses casos a Secretaria de Saúde do município de Jaboatão PE em ação conjunta com ADAGRO- Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado De Pernambuco, APEVISA Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, MAPAMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, UFRPE Universidade Federal Rural de Pernambuco e o CRMV/PE Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco, criou a nota técnica na qual suspende a comercialização do peixe Arabaiana temporariamente, como medida preventiva. E de extrema necessidade intensificar as condutas sanitárias nas peixarias e comércios afins quanto as medidas de boas práticas de manipulação e acondicionamento desse produto. Assegurar que esse alimento seja fresco, a manutenção do produto em gelo é primordial, assim como no formato congelado, devemos nos certificar que adquirimos um produto acondicionado em temperatura abaixo de -18ºC O pescado é um alimento muito perecível que requer cuidados específicos e controles técnicos, assegurando um alimento saudável e completo como proteína. Portanto a comercialização deve ser respeitada dentro das normas técnicas de segurança do alimento para que evite propiciar doenças e consequentemente a baixa do consumo. Med. Veterinária – UFRPE, Especialista em Controle de Qualidade dos alimentos ESegurança dos Alimentos - UFPE Diretora Técnica da Consultechs.Brasil Empresa especializada em Inspeção e implementação de programas de segurança dos Alimentos de toda cadeia produtiva.

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Por Henrick Tenório

07 DICAS DE COMO ACOMPANHAR E IMPLEMENTAR OS APRENDIZADOS NO ATENDIMENTO E NAS VENDAS DURANTE A PANDEMIA Para entendermos um pouco do mercado, basta olharmos para nossos hábitos que precisamos mudar como: sair menos, nos distanciarmos das pessoas em locais públicos, buscar mais viagens ao interior do estado alugando residências, estocar mais comida, pedir mais por aplicativos, fazer pequenas reformas, cozinhar mais, produzir mais conteúdo, educar os filhos, conversar com parentes por video chamada, lavar alimentos, home office e dentre outros hábitos. Para o empreendedor de visão, tudo isso foi um prato cheio para vender. Tendo em vista que dentro de 01 ano conseguimos mudar tanto e aprender com as mudanças, o mercado evoluiu muito em tão pouco tempo. Com o isolamento social as pessoas passaram a comprar mais online. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 52% dos brasileiros passaram a comprar pela internet durante a pandemia. Além disso, 70% dos participantes afirmam que vão manter esse hábito. No varejo físico não foi diferente, segundo o portal R7: “O ano de 2020 foi positivo para o setor de supermercados, que acumulou alta de 9,36% nas vendas de janeiro a dezembro na comparação com o mesmo período de 2019. Os números são do Índice Nacional de Vendas da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).” 56 Revista NESupermercados

Assim como: “As vendas de dezembro avançaram 18,13% em relação a novembro, e quando comparadas ao mês de dezembro de 2019, o crescimento foi de 11,54%.” Vou deixar uma pergunta para você gestor de loja, encarregado de setor e/ou proprietário de loja: O que você mudou neste período tão desafiador para continuar atendendo mais e vendendo melhor? Um detalhe bastante positivo foi que os supermercados mantiveram suas portas abertas, possibilitando movimentação nas lojas, mesmo com a redução de pessoas por metro quadrado. Mas se você perdeu vendas, ainda há tempo de mudar e se reinventar, a ideia é ser melhor 1% todos os dias. Correto? Sem focar que A, B ou C fracassou também e que estamos no mesmo barco ou se apegar ou qualquer outro álibi que amortize a sua falta de movimentação.


Vamos para a ação! Elaborei um checklist simples que você pode colocar em prática agora e ao final uma dica bônus para você: Como está a sinalização de minha loja? O cliente consegue transitar nela e encontrar seções? A loja está bem precificada? Tenho alguém da equipe responsável por verificar a flutuação de preços? Tenho utilizado cartazes informativos pela loja? Criei opções para facilitar a compra do cliente? Lembre que o cliente quer passar menos tempo em loja, de tal forma que sua loja precisa gerar uma leve conveniência para este shopper. Ideias de: Cantinho do Home Office, Faça Você Mesmo, Cinema em Casa, Carnaval em Casa...Se tudo

está sendo feito 100% em casa, sempre teremos uma oportunidade de vender mais sugerindo ao cliente no momento da visita, pensando em como pode agregar e até mesmo persuadi-lo a comprar; Quais canais de atendimento utilizo? Ainda não inovei Henrique. Mas ainda há tempo! Observe seus clientes através do perfil de sua loja pode iniciar com o whatsapp, por exemplo, grupos fazem muito sucesso e já escrevi sobre isto em edições passadas. Pense em um poder imenso seus clientes terem um canal de informações diárias sobre preços, promoções lançamentos. Como saber se o cliente quer participar? Simples, treine sua frente de loja para questionar o cliente na finalização da compra se ele quer participar do grupo, se a resposta for “SIM”, anotar o contato e incluir, você terá 256 oportunidades de vender. Pode até fazer promoções especiais para quem faz parte do grupo. Gerando uma ideia de VIP que faz vender. Próxima página

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DICAS DE COMO ACOMPANHAR E IMPLEMENTAR OS APRENDIZADOS NO ATENDIMENTO E NAS VENDAS DURANTE A PANDEMIA

Como está o gerenciamento do meu estoque? “Nunca foi tão imprescindível ter à mão um controle inteligente da gestão do negócio e de estoque para operar de forma enxuta e eficiente. Entender o que vende mais e o que pode ser considerado supérfluo para a empresa e seus consumidores é algo que fará a diferença. Da mesma maneira, o controle da gestão permite que empresas operem medindo e buscando alta produtividade de vendas e operações.” Fonte: Super Varejo; Como estou preparando minha equipe para atender melhor e vender mais durante este período? Aprendi dentro de loja que a gestão de pessoas é um dos pilares mais importantes para qualquer negócio e independente de pandemia, treinar pessoas mostrando como o cliente se sente, como ele precisa ser atendido e o que ele espera encontrar na loja; fará toda diferença, pois assim como o consumidor, seu colaborador também está preocupado com estas mudanças que estamos vivendo. Estimule momentos de comunicação durante o expediente, na abertura, na troca de turno, na virada de preço de encarte. Pessoas precisam de acolhimento e sua equipe também. Conveniência X Comodidade. O que tenho ofertado para meu cliente? “Mais do que estar no digital, um dos pontos mais importantes consiste em estar disponível ao consumidor. Delivery, Dark Kitchens, Dark Stores, Lockers, entre outros, estarão cada vez mais presentes no cotidiano, de forma que o cliente consiga comprar como e quando quiser. Junto da logística como peça fundamental da conveniência, estão os meios de pagamento. Quando falamos do assunto, incluem-se novos e mais simplificados meios. É possível que, num futuro cada vez mais próximo, o uso total de cartões ou dinheiro em espécie sejam enfim abolidos e substituídos por transformações como o QR Code e reconhecimento facial, apoiados por iniciativas como o Pix e o open banking.” Fonte: Super Varejo Como está seu cuidado pessoal? Corpo e mente precisam andar juntos uma pesquisa coordenada pela Fiocruz, e feita em parceria com outras instituições revelou que: “sintomas de ansiedade e depressão afetam 47,3% dos trabalhadores de serviços essenciais durante a pandemia de Covid-19, no Brasil e na Espanha. Mais da metade deles — e 27,4% do total de entrevistados — sofre de ansiedade e depressão ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; 42,9% sofreram mudanças nos hábitos de sono; e 30,9% foram diagnosticados ou se trataram de doenças mentais no ano anterior.” Fuja dos extremos e tente um espaço para praticar algum exercício em casa é 58 Revista NESupermercados

uma opção. O máximo que você fizer para desopilar será bem vindo. A minha intenção foi lhe tirar da zona de conforto e contribuir com crescimento do seu negócio de todas as formas possíveis. Vou reiterar o que falei linhas atrás: a intenção é ser melhor 1% todos os dias e em todos os aspectos. Agradeço por chegar até aqui e um forte abraço!

Glossário: Delivery: Serviços de entregas. Dark Kitchens: Restaurantes sem loja física. Dark Stores: Lojas virtuais. Lockers: Armários para coleta de produtos vendidos no digital.


Dezenas de clientes satisfeitos

@Roberta Kuchta 81 99172.3398 roberta.rodcar@gmail.com

Venda direta da fábrica




MERCADO EXPRESS MERCADO EXPRESSO CADO EXPRESSO

TAMBAÚ ALIMENTOS CRIA EMPRESA NA ÁREA DE TRANSPORTE DE CARGAS Indústria referência no setor alimentício do Norte/Nordeste, a Tambaú Alimentos encerrou o ano de 2020 com números bastante positivos, fechando o período crescendo no volume de venda e faturamento, em 35%. Mesmo diante da pandemia e da crise econômica que o Brasil enfrenta nos últimos meses, a empresa apostou na sua expertise, investindo na infraestrutura e na sua distribuição para atender às demandas do mercado. A implementação dos recursos utilizados, no último ano, para ampliação da capacidade logística e reforço na estrutura de armazenamento visam não só o crescimento da empresa, mas também a geração de novos negócios. Agora em 2021, os sócios da marca estão abrindo uma transportadora, que atenderá tanto a própria indústria de alimentos quanto outras empresas

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que contratam serviços de cargas. Com investimento na ordem de um milhão de reais e gerando, inicialmente, 50 empregos, a empresa irá operar apenas no Nordeste, a partir do primeiro trimestre desse ano. Para atender os clientes, a transportadora contará com a estrutura de armazenagem e com a frota de veículos da Tambaú. De acordo com o presidente da indústria, Hugo Gonçalves, a alta capacidade logística e a estrutura, além do conhecimento que a Tambaú já tem em transporte de alimentos são as bases para criação do novo negócio. “ A gente tem uma grande operação dentro da Tambaú e vimos que seria vantajoso, não só transportar nossos produtos, mas também transportar cargas de terceiros, gerando novos rendimentos”, conclui o empresário .





CADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTI

Por Juliana Albuquerque

JONATHAS GOUVEIA De empregado a patrão A trajetória de sucesso do diretor da Conozca Grupos Geradores

Ele enxergou na falência da empresa na qual trabalhou por 15 anos a oportunidade de sair do status de empregado para empregador. Assim é a história de Jonathas Gouveia, nome à frente da direção da Conozca Grupos Geradores, empresa pernambucana fundada há pouco mais de dois anos e que surgiu de uma visão de mercado desse empreendedor e seus sócios, que não deixaram as adversidades dominarem suas ambições. “A Heimer faliu em abril de 2018 e nessa época, vimos com a falência que era uma oportunidade de mercado. Porque na região Norte e Nordeste o único fabricante de geradores era a Heimer, os demais fabricantes estavam concentrados no Sul e Sudeste do país”, lembra o empresário, que junto com outros dois exfuncionários, fundou, em agosto de 2018, a Conozca. Ele recorda que o começo não foi fácil, mas que se orgulha da trajetória trilhada por eles até o momento. “Começamos em uma sala de escritório com apenas 12m² e hoje, menos de três anos desse início, conseguimos ampliar essa estrutura para um espaço de 420m² de área construída. Esse é um feito muito importante e construído com base de muito trabalho, sinceridade, honestidade e transparência para com nossos clientes, fornecedores, parceiros e colaboradores”, revela Jonathas. E justamente por essa transparência em sua relação empresarial, a Conozca mesmo em pouco tempo de existência, obteve a certificação internacional da Trace, que oferta essa certificação apenas às empresas que investem ativamente no combate às práticas de corrupção. “Ter passado por uma auditoria internacional e obter esse atestado significa que nossa empresa é íntegra em sua relação com todos os segmentos em que atua”, afirma com orgulho o empresário. Para ele, o fato desse sucesso ter chegado de maneira rápida é o reflexo de ver o seu sonho realizado. “Sempre trabalhei na área de geradores, com 15 anos de experiencia, e sempre tive como objetivo de fazer as coisas da minha forma e com a experiência que adquiri trabalhando na Heimer, pude aprender com os erros da empresa na questão de gestão e por isso, procuramos fazer diferente e de forma mais assertiva na nossa”, ressalta o empresário. E buscando ainda mais aperfeiçoamento para dar forma a esse sonho, o empresário, ainda enquanto era funcionário, foi em busca de qualificação profissional, cursando Administração de Empresas, posteriormente idiomas (inglês/espanhol) e concluindo o MBA em administração financeira e controladoria. E como a ambição faz parte de sua essência, para os próximos dois anos, o empresário projeta um crescimento ainda mais exponencial para o seu negócio – sair de um faturamento mensal de R$300 mil para R$1 milhão. Para tanto, investe forte em marketing digital, aquisição de maquinários, estoque e capacitação profissional. Neste último, por exemplo, aproveitou o espaço amplo que hoje funciona a Conozca para desenvolver um centro de treinamento, com sistema de áudio e som de última geração para treinamento tanto de sua equipe, composta por dez funcionários, quanto dos parceiros da empresa, que estão espalhados nos nove estados do Nordeste. É da Conozca a distribuição da MWM Geradores para todo o Nordeste. “Essa aliança é um exemplo das parcerias estratégicas que estamos sempre fazendo para conseguir ampliar nossa participação para todo o Nordeste. Com essa parceria, distribuímos os Grupos Geradores da MWM e realizamos para todo o Nordeste do Brasil serviços de manutenção, instalação, entrega técnica/start up”, revela o empresário. Além da parceria, a Conozca atua na fabricação própria de quadros de transferência (QTA) e dos Kits de Atenuação, que são acessórios para reduzir o ruído dos geradores. Esses, de acordo com Jonathas, são fabricados na própria Conozca e fornecidos para todo o Brasil. “Em se tratando de geradores, o foco é o Nordeste, mas na questão dos QTAs e Kits de Atenuação, nossa meta é fornecer para todo o Brasil”, esclarece. 66 Revista NESupermercados




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