Revista
SUPERMERCADOS ANO XVII Nº100 maio / junho 2021
autoserviço .. atacado atacado .. distribuição distribuição autoserviço
EDIÇÃO 100
Nas últimas duas décadas das quais esta publicação faz parte, nunca foi tão fundamental a valorização das pessoas. Sejam como parte da empresa ou como cliente final, hoje valem como ouro.
Nesta edição: inovação em layout e ambientação; como evitar desperdício de alimentos; olhar jurídico; valorização do funcionário; importância das pessoas; construindo ideias; relacionamento no varejo e fornecedores; liderança perdida; cuidados no armazenamento; produtos alternativos; sustentabilidade; entre outros temas.
Revista
SUPERMERCADOS
EDITORIAL
autoserviço . atacado . distribuição
www.revistanesupermercados.com.br EDIÇÃO maio/junho
Carlos Cavendish Diretor Editorial
Nesta edição chegamos ao impensável número de 100 publicações. Ao longo de quase 20 anos passamos pelos mesmos problemas que a população e os empresários do setor. Mesmo com a tecnologia no último ano, impulsionada pela pandemia e ainda o distanciamento social, que obrigou muitos a trabalharem e se relacionarem à distância, percebemos todos que o fator humano ainda é o centro dos negócios, não importa a época, local ou tamanho do seu empreendimento. É com essa ideia que nossos colunistas abordaram os temas.
Boa leitura!
Expediente
Distribuição: Alagoas, Paraíba e Pernambuco
CONTATO revistanesupermercados@yahoo.com.br
Fone: 81 99515.2222 04 Revista NESupermercados
06- VITRINE/VITRINE VIVA 10 CADERNO ASPA CEAD Nordeste promove debate sobre Direito Trabalhista na Pandemia; Presidente da Aspa participa de debate virtual sobre o PL 5/2021; Campanha“ Aspa Distribuindo o Bem” arrecada mais de 3 mil cestas básicas para famílias carentes; PDCA aborda importância da logística 4.0 para as empresas do setor. 20 CADERNO ASA-AL Feira e Exposição Alagoana de Supermercados tem Nova Data. 22 CADERNO APES CAMPANHA ESSENCIAL, SIM. PRIORIDADE, TAMBÉM; Ranking ABAD; Parceria descarte correto de lâmpadas uorescentes; Comunicações o ciais da Sefaz-PE são realizadas pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DTE). 26 CASOS DE SUCESSO Por Juliana Albuquerque INOVAÇÃO NORDESTE É CASE DE SUCESSO EM LAYOUT SUPERMERCADISTA 32 CAMPANHA Vitamilho investe na produção e lança campanha para o São João 36 CASOS DE SUCESSO por Jefferson Oliveira Um império no atacado 37 Álvaro Claudino e Artur Cavalcanti CEASA Um gigante pernambucano 38 Celebração Grifos completa dois anos 42 Angela Vilela O desperdício de alimentos e a solidariedade humana 44 JURÍDICO NE por Marcos Daniel e Gildevan Barbosa Os desa os do varejo diante da pandemia: Um olhar jurídico. 48 CASOS DE SUCESSO por Juliana Albuquerque Tradição supermercadista -CESTÃO. 52 Cléia Elaine Soares Valorização de quem trabalha em supermercado Programa escolhi ser melhor. 54 João Paulo de Castilhos A importância das pessoas na organização 56 Douglas Carias Tive uma boa ideia que não deu certo. Por que isso aconteceu? 60 Geni Machado e Renato Machado Varejo ativo e de relacionamento 62 Eduardo Duke Líder fraco, Equipe perdida! 64 Luciano Barreto COMPETITIVIDADE: Você tem de verdade? 66 João Batista Da perda ao lucro 68 Mônica Leão O que você tem feito de diferente para suas vendas aumentarem? 72 Márcia Belo Cuidados no armazenamento dos produtos 74 Mayvonne Morais Relação com fornecedores além da margem e do lucro 76 Benovaldo Júnior Hora dos produtos alternativos? 77 MERCADO EXPRESSO Embaré segue evoluindo políticas de sustentabilidade na indústria 78 MERCADO EXECUTIVO por Juliana Albuquerque WILLAMS MARQUES - em ascensão pro ssional
Comentários, sugestões e críticas, como também assuntos relacionados às reportagens, ou se deseja orçamento para anunciar em nossa publicação
VITRINE
ASA diversi ca sabores do ocão Vitamilho
Flocão Vitamilho já faz parte do dia a dia do pernambucano e a diversidade de sabores torna mais versátil essa tradicional receita para todos os gostos.
São joão é com a canjiquinha São Braz As festas juninas mesmo dentro de casa não podem faltar uma boa canjiquinha da São Braz. Ofereça ao seu cliente a opção que faz sucesso.
Wafers premium da Vitamassa já são sucesso de vendas. Os Wafers Premium Vitamassa que já são sucesso de vendas, evoluíram! Sabores incríveis, novas embalagens e nova gramatura de 107g. Essas novidades deliciosas prometem não parar nas prateleiras e deixar os lanches em casa ou no home of ce ainda mais gostosos.
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Molhos de tomate ETTI Molhos de tomate Etti sempre foram referência no mercado e com sabores mais diversi cados, ajudam a incrementar as receitas dos clientes.
VIVALE é novidade no mercado de cream crackers As cream crackers Vivale chegam em três sabores, água e sal, tradicional e manteiga para diversi car seu PDV, oferecendo mais variedade, e principalmente, qualidade ao consumidor.
Festa juninas com Mariza Mariza foods tem massas de bolos para facilitar a arrumação da festa junina dos clientes do seu Foods supermercado, ou em ocasiões especiais, além de amido de milho.
Chanty Mix é o diferencial versátil na confeitaria Grande parceiro da confeitaria, o Chanty Mix Amélia é versátil, não racha, não forma bolhas e nem dissora, além de ter um tipo especial para cada preparação. Quer saber mais da linha Chanty Mix Amélia? Contate a equipe de vendas da Cadan Distribuição através do telefone (81) 3252 6550. www.cadandistribuicao.com.br
VIVA VITRINE inovação e engajamento Edição especial de Paçoquita
A Paçoquita Lovers Chocolate e Avelã. O sabor foi escolhido por votação dos fãs, A Santa Helena fez a ação "Cria Comigo Paçoquita Lovers" com total sucesso. o sabor escolhido foi chocolate com avelã.
Ação de branding social da Coca Cola A Coca-Cola doará 50 centavos a cada pedido que tenha um de seus produtos inclusos nos apps de delivery – iFood, Rappi, Uber Eats, Aiqfome e Wabi.
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Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
CEAD Nordeste promove debate sobre Direito Trabalhista na Pandemia José Luiz Torres na Live do CEAD Nordeste
pandemia. Uma discussão que se mantém em alta neste período de incertezas e de mudanças que estamos enfrentando”.
Consórcio de Eventos de Atacadistas e Distribuidores do Nordeste realizou em maio, no seu canal no YouTube, o debate virtual “Direito Trabalhista na Pandemia”, que tratou de questões como Covid-19 : doença ocupacional ou acidente de trabalho?; novas Medidas Provisórias relacionadas aos aspectos trabalhistas; Convenção Coletiva; preservação de empregos e negócios; redução de jornadas e antecipação de feriados, entre outros temas. O CEAD Nordeste reúne as nove filiadas estaduais da ABAD sediadas na região.
O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor d e P r o d u t o s Industrializados do Estado de Sergipe (Sincadise), Breno França, representando o líder regional Nordeste, Antônio Cabral, comandou o evento online, que contou com diversos palestrantes/debatedores: Alessandro Dessimoni, advogado e assessor jurídico da ABAD; Mônica Gomes, advogada e assessora jurídica da Associação Paraibana de Atacadistas e Distribuidores (Aspad); Igor Medeiros, advogado e assessor jurídico do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Rio Grande do Norte (Sincad-RN); Thiago Cabral, advogado e assessor jurídico do Sincadise e Karyne Cardoso, contadora e assessora tributária do Sincadise.
O presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), José Luiz Torres, elogiou a iniciativa das filiadas nordestinas e a escolha do tema. “A criação do CEAD reflete a união e a força dos atacadistas e distribuidores da região, representados pelas filiadas da ABAD no Nordeste. A iniciativa tem entre seus objetivos o de levar informação e conhecimento por meio de palestras com temas relevantes e necessários para o nosso setor. Neste Webinar, fomentamos um debate importante sobre uma questão que tem múltiplas variáveis: o Direito do Trabalho em tempos de
O vice-presidente da ABAD, Juliano César Souto, falou em nome do presidente da ABAD, Leonardo Severini, e comemorou a articulação e união das filiadas no sentido de protagonizar ações que contribuam para o desenvolvimento do setor. “As filiadas da ABAD não são meras replicadoras de iniciativas da entidade nacional, mas, ao contrário, por estarem mais próximas dos associados, as entidades estaduais podem realizar ações mais rápidas e mais focadas, sempre alinhadas à ABAD, que apoia e dá condições para que esse sistema funcione”, afirmou.
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Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
Presidente da Aspa participa de debate virtual sobre o PL 5/2021 mos um debate importante sobre uma questão que tem múltiplas variáveis: o Direito do Trabalho em tempos de pandemia. Uma discussão que se mantém em alta neste período de incertezas e de mudanças que estamos enfrentando”.
Aspa participa de Debate na Fecomércio
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Consórcio de Eventos de Atacadistas e Distribuidores do Nordeste realizou em maio, no seu canal no YouTube, o debate virtual “Direito Trabalhista na Pandemia”, que tratou de questões como Covid-19 : doença ocupacional ou acidente de trabalho?; novas Medidas Provisórias relacionadas aos aspectos trabalhistas; Convenção Coletiva; preservação de empregos e negócios; redução de jornadas e antecipação de feriados, entre outros temas. O CEAD Nordeste reúne as nove filiadas estaduais da ABAD sediadas na região. O presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), José Luiz Torres, elogiou a iniciativa das filiadas nordestinas e a escolha do tema. “A criação do CEAD reflete a união e a força dos atacadistas e distribuidores da região, representados pelas filiadas da ABAD no Nordeste. A iniciativa tem entre seus objetivos o de levar informação e conhecimento por meio de palestras com temas relevantes e necessários para o nosso setor. Neste Webinar, fomenta12 Revista NESupermercados
O presidente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor de Produtos Industrializados do Estado de Sergipe (Sincadise), Breno França, representando o líder regional Nordeste, Antônio Cabral, comandou o evento online, que contou com diversos palestrantes/debatedores: Alessandro Dessimoni, advogado e assessor jurídico da ABAD; Mônica Gomes, advogada e assessora jurídica da Associação Paraibana de Atacadistas e Distribuidores (Aspad); Igor Medeiros, advogado e assessor jurídico do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Rio Grande do Norte (Sincad-RN); Thiago Cabral, advogado e assessor jurídico do Sincadise e Karyne Cardoso, contadora e assessora tributária do Sincadise. O vice-presidente da ABAD, Juliano César Souto, falou em nome do presidente da ABAD, Leonardo Severini, e comemorou a articulação e união das filiadas no sentido de protagonizar ações que contribuam para o desenvolvimento do setor. “As filiadas da ABAD não são meras replicadoras de iniciativas da entidade nacional, mas, ao contrário, por estarem mais próximas dos associados, as entidades estaduais podem realizar ações mais rápidas e mais focadas, sempre alinhadas à ABAD, que apoia e dá condições para que esse sistema funcione”, afirmou.
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
Campanha“ Aspa Distribuindo o Bem” arrecada mais de 3 mil cestas básicas para famílias carentes
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ealizada pela Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores, a campanha “Aspa Distribuindo o Bem” já arrecadou mais de 3 mil cestas básicas, doadas por empresas associadas da entidade, fornecedores do setor e colaboradores de empresas do segmento atacadista distribuidor do Estado, sensibilizados diante do cenário pandêmico que tem agravado as desigualdades sociais em todo o país. Os donativos estão sendo entregues a instituições sociais sem fins lucrativos e a diversas famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica nas regiões do Agreste e da Zona da Mata de Pernambuco, por intermédio da plataforma digital Transforma Brasil, movimento que estimula o voluntariado e o engajamento cívico com iniciativas que incluem o combate à fome e à miserabilidade social. Alimentos não perecíveis, materiais de limpeza e itens de higiene pessoal fazem parte da lista de produtos que compõem as cestas básicas arrecadadas pela Aspa. Entidades filantrópicas e comunidades carentes de cidades como Caruaru, Buíque, Gravatá, Pedra, Manari e Vitória de Santo Antão, entre outros municípios pernambucanos, estão sendo beneficiadas. “Só temos a agradecer por essas doações que vão ajudar e muito às famílias assistidas por nossa instituição. Aqui temos vários casos de mães abandonadas pelos seus maridos e que, sozinhas, têm que cuidar de seus filhos com deficiências”, diz a diretora social da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Buíque, Maria Elisabeth Tavares. “Com a articulação e o empenho da nossa diretoria conseguimos um rápido engajamento de empresas doadoras e o resultado da ação foi muito positivo, pois em pouco tempo chegamos a ultrapassar a meta inicialmente planejada, que era de arrecadar 2 mil cestas básicas. Isso reflete mais uma vez a 16 Revista NESupermercados
integração, o espírito de solidariedade e o comprometimento da Aspa e do nosso setor com as causas sociais em Pernambuco. Saber do sofrimento de famílias mais pobres afetadas pela pandemia foi o que nos motivou a realizar essa campanha e ajudar a quem tanto necessita de apoio”, ressalta o presidente da Aspa, José Luiz Torres.
Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores
Por Carlos Enrique, Assessor de Imprensa da ASPA
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os últimos anos, cada vez mais a área de logística no segmento atacadista distribuidor brasileiro tem exigido das empresas alta conectividade entre os sistemas de movimentação de cargas e máxima automatização para o aumento da produtividade e redução de erros nas operações. Para explorar o assunto, o consultor Leonardo Lima – CoFounder da GTI Plug – ministrou palestra online no Programa de Desenvolvimento e Capacitação da Aspa (PDCA), realizado no dia 22 de maio, sobre o tema “Logística 4.0 e como ela pode impactar sua empresa”. Com transmissão pelo canal da Aspa no Youtube, o palestrante explicou que o foco da Logística 4.0 é utilizar a tecnologia como a maior aliada no crescimento organizacional e no cumprimento dos objetivos da empresa, contribuindo para o ganho de eficiência operacional. “É um modelo de atuação que incorpora fenômenos tecnológicos – como a Internet das Coisas, Big Data e Inteligência Artificial – e que surgiu na toada da indústria 4.0”, explicou. De acordo com o consultor – que é especialista nas áreas de inovação, tecnologia e empreendedorismo – a prática se baseia na aplicação dos novos recursos tecnológicos hoje disponíveis, cuja finalidade é diminuir perdas; aumentar a segurança dos processos e viabilizar a desburocratização, entre outras vantagens, visando aprimorar as operações logísticas para obter mais velocidade e redução de custos desde o recebimento das mercadorias até a entrega ao cliente. “Para que o atacadista distribuidor alcance resultados melhores na operacionalidade logística é necessário contar com um bom planejamento estratégico e com ferramentas e tecnologias que contribuam para proporcionar um melhor controle de todos os procedimentos. Vale salientar, contudo, que é necessário promover a capacitação dos colaboradores e até mesmo uma mudança cultural corporativa para que a empresa se adapte às mudanças tecnológicas aplicadas”, ressaltou Leonardo Lima. 18 Revista NESupermercados
Segundo o consultor, a Logística 4.0 representa uma nova fase em que a logística é superconectada e automatizada e sua aplicação gera um diferencial competitivo para as empresas. “Com as ferramentas adequadas é possível evitar desperdícios, promover prazos menores de entrega e obter otimização de espaços e de custos de estocagem, gerando assim ganhos de produtividade com repercussão positiva no faturamento da empresa”. Leonardo Lima ressaltou que a Logística 4.0 pode ser vista como uma forma de integração entre os processos de recebimento da mercadoria; movimentação das cargas; armazenagem; separação e transporte, tudo feito de modo mais rápido e seguro, possibilitando acertos no compartilhamento de itens e de informações que são indispensáveis para uma operação eficiente. Ele apresentou alguns sistemas tecnológicos avançados que podem ser aplicados nas operações de um Centro de Distribuição, e que se enquadram no conceito de Logística 4.0, e disse que com a adoção dessas ferramentas os gestores de logística terão uma visão muito mais abrangente do negócio e serão capazes de tomar decisões mais ágeis e assertivas.
Associação de Supermercados de Alagoas Por Mirna Lívia Suiça de Lima, Assessora de comunicação
Feira e Exposição Alagoana de Supermercados tem Nova Data Estaremos juntos no primeiro semestre de 2022 de 23 a 25 de março, assim toda essa expectativa para o retorno da FESUPER será superada em breve.
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ão duas décadas de um evento que gera grande expectativa para todos os setores que envolvem o varejo alimentar. E essa expectativa, essa espera, só nos faz acreditar que realizaremos uma Feira ainda melhor e maior. Em 2022 nosso encontro de negócios, relacionamento, networking e conhecimento acontece nos dias 23, 24 e 25 de março. A mudança, como de fato já é de conhecimento, deve-se à permanência do Estado de Alagoas na pandemia e ao uso do local do evento como hospital de campanha. Infelizmente sem a vacina garantida para a maioria da população e seguindo as recomendações e decretos, foi imperiosa a transferência de data. Desde o início da Pandemia da Covid-19 estamos trabalhando incessantemente para garantir que o setor supermercadista alagoano continue exercendo sua essencialidade com a maior segurança possível para colaboradores e clientes. O mesmo cuidado, atenção e carinho com os quais cuidamos de nós, da nossa família, tentamos dispensar para os nossos clientes amigos. É um trabalho constante de atualização de protocolos sanitários, alertas para que os cuidados continuem e sejam redobrados, garantindo assim a preservação do nosso bem maior, a vida. Essa transferência de data tem como principal objetivo proteger e tranquilizar expositores e participantes do maior evento de varejo da região, priorizando a saúde e, como disse anteriormente, a vida de todos os envolvidos. No entanto, o que poderia ser um fator de desânimo, tem se mostrado o oposto: detectamos ainda mais vontade, mais garra e uma força ainda maior em realizar um grande evento! Alagoas, com suas belas praias e um ótimo receptivo, é um Estado que atrai o turista pelos seus encantos, mas 20 Revista NESupermercados
desde que passamos a ter um equipamento como o Centro de Convenções, atrai também os eventos de negócios. E a ASA tem esse reconhecimento e credibilidade na realização de eventos de negócios, fomos os primeiros a utilizar o Centro de Convenções Ruth Cardoso para a realização da antiga Exponor, que reunia várias associações do nordeste ainda em 1995. Pois bem, toda essa credibilidade e expertise que nós enquanto realizadores da FESUPER temos construído ao longo desses 20 anos de sucesso, nos credencia e nos faz acreditar que após essa pausa, em março de 2022 teremos uma Feira ainda mais especial para todos os setores envolvidos. Estamos preparados para que esta edição seja a maior e melhor de todos os tempos com a participação de nossos tradicionais expositores e a presença de novas empresas. Tudo em um ambiente seguro e propício para a realização de grandes negócios. Então se sua empresa ainda não está fazendo parte da FESUPER 2022, nos procure, consulte nossa planta oficial, veja as excelentes condições de investimento e de 23 a 25 de março prepare-se para a realização de grandes negócios pois, temos a certeza , que juntos e em breve faremos o maior evento da história do supermercadismo alagoano.
RANKING ABAD 2021
Associação Pernambucana de Supermercados Por Kiki marinho
CAMPANHA ESSENCIAL, SIM. PRIORIDADE, TAMBÉM
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É um grande orgulho para todos nós, pernambucanos, ter empresas figurando no ranking nacional da ABAD. Neste ano, nossas associadas, figuram no ranking da Associação Brasileira de Atacado e Distribuição. Parabéns à KarneKeijo e Compare Distribuidora. Essa conquista engrandece a todos no Estado.
que é ESSENCIAL também tem que ser PRIORIDADE. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o setor supermercadista segue com as lojas abertas, trabalhando para que as casas das pessoas sejam abastecidas. Os colaboradores das lojas continuaram exercendo suas atividades todos os dias, para que esse serviço ESSENCIAL e PRIORITÁRIO continuasse normalmente.
do corona vírus, os funcionários de supermercados não pararam de trabalhar, por fazerem parte dos setores essenciais, por isso, solicito a inclusão dos trabalhadores que atuam em supermercados de Pernambuco na lista dos grupos prioritários para a imunização contra a Covid-19. A vacinação dos trabalhadores desse segmento, além de proteger os profissionais, também irá preservar a saúde dos clientes".
Em Pernambuco, o segmento de supermercados possui, de acordo com dados de 2020, 19.745 contribuintes ativos, entre hipermercados, supermercados, minimercados, mercearias e armazéns, representando 4,7% da arrecadação total de ICMS do estado (acumulado de janeiro a outubro).
A deputada estadual Fabíola Cabral também apresentou uma indicação ao governador Paulo Câmara, para que todos os serviços essenciais sejam prioridade na vacinação. Até o fechamento desta edição, não recebemos a numeração nem o teor completo do texto.
A pauta é tão importante e urgente que deputados estaduais estão pleiteando a priorização do segmento na vacinação. O Projeto de Lei Ordinária 2040/2021, de autoria do deputado Antônio Moraes, inclui os trabalhadores e trabalhadoras do setor do comércio varejista e atacadista como grupo prioritário do Plano de Operacionalização para vacinação contra a Covid-19, no Estado de Pernambuco. A matéria terá uma emenda modificativa, apresentada pelo próprio parlamentar, que evidenciará mais os setores, e um dos destacados será o de supermercados.
E o setor também vem sentindo, desde o início da pandemia, os impactos das medidas de controle. Rodolfo Borba, do grupo Extrabom, destaca que o setor de supermercados está na linha de frente. "Somos um setor essencial que não fechou um dia sequer, cujos funcionários dependem do transporte público", explica. O grupo, que tem entre 80 e 100 funcionários por loja, diz que não tem como quantificar quantos funcionários já se afastaram por questões relacionadas à Covid, seja por ter contraído, apresentado sintomas ou ter tido contato com alguém positivado ou com sintomas. "Todos os colaboradores dos grupos prioritários estão sendo vacinados, mas é de suma importância que todos que estão no front também se vacinem”.
Já a Indicação 6225/2021, do deputado Marcantônio Dourado Filho, pede que seja feito um apelo ao Governador do Estado, Paulo Câmara, e ao Secretário da Saúde do Estado de Pernambuco, André Longo de Melo, para inclusão dos trabalhadores em supermercados no grupo prioritário da vacinação contra o Covid-19 no Estado de Pernambuco. Na justificativa do pedido, o parlamentar argumenta que "Mesmo estando em situação de vulnerabilidade, correndo o risco de ser contaminados, por conta da grande exposição a que estão diariamente submetidos, devido a grande circulação de pessoas no ambiente, desde que começou a pandemia 22 Revista NESupermercados
Humberto Monteiro, do supermercado Fênix, destaca que um serviço essencial tem que ter prioridade na vacinação. O grupo, que tem 10 lojas na RMR, emprega cerca de 900 pessoas. Dessas, 15% foi afastado em algum momento por questões relacionadas à Covid. "O impacto foi grande de uma coisa nova, que não conhecíamos, e tivemos que aprender a conviver com a nova realidade", explica. Enquanto isso, o supermercado continuou funcionando
normalmente, e teve que se adaptar para atender a todos os protocolos sanitários exigidos. De acordo com Humberto Monteiro, o grupo investiu mais de R$ 500 mil em pessoal, insumos e equipamentos de segurança, tudo para garantir um ambiente seguro para clientes e colaboradores. A APES está com uma campanha ostensiva nas redes sociais, chamando a atenção da sociedade e das autoridades para o tema. Foi encaminhado ofício ao governador Paulo Câmara requerendo a inclusão do setor na prioridade da vacinação. A entidade se colocou à disposição para reunião on-line ou presencial para
tratar sobre esse importante assunto. O presidente da APES, João Alves, destaca a adesão de muitos lojistas na campanha. "Estimulamos nossos associados a replicar a nossa campanha e também a criar as suas próprias peças, postando em suas redes e marcando os gestores e páginas oficiais. O importante é que nosso segmento chame a atenção das autoridades para a necessidade urgente de vacinar os trabalhadores que não pararam um dia sequer nesta pandemia", destaca Silvana. A mobilização digital pode ser conferida no Instagram da APES: @supermercadospe.
PARCERIA DESCARTE CORRETO DE LÂMPADAS FLUORESCENTES
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APES firmou uma parceria com o programa Reciclus de logística reversa de lâmpadas fluorescentes. A Reciclus é uma associação sem fins lucrativos financiada pelos importadores de lâmpadas que vai instalar GRATUITAMENTE nas lojas associadas que quiserem coletores para recolher essas lâmpadas. Eles levam os coletores, instalam, e se responsabilizam pela retirada dos materiais quando o coletor estiver cheio. Como se sabe, nas lâmpadas fluorescentes - muito comuns nos mais diversos ambientes - há mercúrio, metal que provoca danos ao meio ambiente e problemas de saúde humana e animal. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/2010, transfere a responsabilidade do descarte das lâmpadas fluorescentes pós uso a toda cadeia de sua distribuição. Isto significa que os fabricantes, importadores, distribuidores, lojistas e consumidores tem a responsabilidade para o retorno das lâmpadas não utilizadas/descartadas.
Além de ser ecologicamente correta e trazer benefícios para a sociedade, a logística reversa das lâmpadas pode agregar valores para as lojas que aderirem ao programa, como o aumento do tráfego no ponto de venda; possibilidade de realizar campanhas promocionais; passar a ser a primeira opção do consumidor na hora da compra em função do descarte correto; atender a legislação vigente; ganhar relevância na comunidade; vincular o nome da empresa a um projeto de sustentabilidade de nível nacional e com ampla divulgação. Contato com a APES pelo e-mail apes@elogica.com.br para envio de material completo de divulgação.
COMUNICAÇÕES OFICIAIS DA SEFAZ-PE SÃO REALIZADAS PELO DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO ELETRÔNICO (DTE)
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Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE) está utilizando a ferramenta Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) para os contribuintes pertencentes ao sistema normal de tributação. O objetivo é facilitar a comunicação com o Fisco estadual. O instrumento armazena, de forma digital, todas as mensagens, incluindo cobranças, notificações processuais, informativos e comunicações, feitas entre a Fazenda e os contribuintes. O contribuinte deve estar atento, pois as mensagens oficiais da Sefaz-PE, anteriormente feitas através de cartas e pelo Diário Oficial, passaram a ser encaminhadas apenas para esse Domicílio digital. A ferramenta é composta por uma caixa postal com acesso restrito aos sócios de determinada empresa contribuinte. Os responsáveis deverão estar atentos e verificar periodicamente o conteúdo dela, uma vez que, dependendo do
tipo de correspondência, o sistema indicará automaticamente a leitura da mensagem. Quem estiver com seu e-mail cadastrado receberá um informativo sempre que for enviada uma mensagem da secretaria para o Domicílio. Os contribuintes inscritos no sistema normal poderão utilizar o DTE ao acessarem o E-Fisco. Para isso, deverão informar o CPF e a senha de certificação digital, selecionar a opção "Serviços mais utilizados" e, em seguida, "Domicílio Eletrônico". A partir daí, será necessário preencher o "Radical CNPJ", clicar em "Localizar", e em seguida acessar a opção "Consultar Caixa de Mensagens(m)" para visualizar os comunicados da Secretaria. Em caso de dúvidas, contatar o TeleSefaz: 0800 285 1244 ou (81) 3183.6401.
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ASO DE SUCESSO CASO DE SUCESSO CASO DE SUCESSO CASO
Por Juliana Albuquerque
INOVAÇÃO NORDESTE É CASE DE SUCESSO EM LAYOUT SUPERMERCADISTA
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uando o atendimento é a alma do negócio, o sucesso é consequência. Assim é a história por trás da Inovação Nordeste, empresa especializada na formatação de layout e organização de supermercados e atacarejo, com atuação em cinco dos nove estados do Nordeste, além de projetos desenvolvidos no Rio de Janeiro, Amapá e Brasília.
Por isso, de acordo com ele, só trabalha com projetos em que acredita. “Quando o cliente tem o entendimento que nosso trabalho existe para somar com o seu negócio, me sinto em plena felicidade. Mas se isso não acontece, melhor não ir adiante”, afirma o empresário.
Em quatro anos de trajetória, já são mais de 120 lojas inauguradas com a chancela do layout da Inovação, que responde por 90% dos projetos dos supermercados da Rede Paraíba de Supermercados. “Confesso não esperava ter um volume de atuação em apenas quatro anos de fundação da empresa, projetava algo nesse nível para o longo de dez anos”, revela Levir Silva, nome à frente da empresa.
Para ele, seu conhecimento nesse segmento foi essencial para aproximar os supermercadistas do seu público final, os consumidores. “Aos 26 anos de idade fui gerente de supermercado e antes disso, pude trabalhar em vários setores do supermercado, o que me deu grande percepção dos erros e acertos da montagem de um layout eficiente para cada tipo de empreendimento de qualquer porte”, explica. E para ele, não basta apenas entregar o layout pronto. Ele também realiza manutenção, se necessário, do projeto desenvolvido. “Costumo dizer que o layout não é
Segundo ele, o DNA da Inovação Nordeste está no atendimento direto e por acreditar no projeto de cada cliente como se fosse o seu próprio. “Vibramos com o sucesso de cada projeto que desenvolvemos como se fosse a nossa própria empresa. O retorno disso é tão grande, que cerca de 90% dos nossos clientes chegam por indicação de algum que já atendemos”, comenta Levir. Revista NESupermercados 27
a cereja do bolo, mas o fermento. Por isso, é essencial fornecer sempre uma manutenção de organização aos nossos clientes” argumenta o empresário, que lança mão do sistema Consinco como base na formatação dos seus projetos. E para dividir o ritmo frenético de trabalho, impulsionado ainda mais por conta da pandemia, ele conta com
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uma equipe de oito colaboradores. Mas a meta do empresário vai além. “Quero empregar mais gente e ao mesmo tempo atuar mais como capitão, no gerenciamento dessa equipe. Para isso, pretendo formatar células para aplicação do nosso trabalho por todo o Nordeste”, finaliza.
Mitos do endomarketing:
Campanha nova Vitamilho
Vitamilho investe na produção e lança campanha para o
São
João A
Vitamilho, marca preferida dos consumidores neste período junino, preparou grandes novidades para celebrar o São João, com investimentos na produção e em uma campanha que vai tornar a festa ainda mais gostosa. A empresa também aproveita o período junino, época de maior venda, para lançar uma grande novidade no mercado: o Flocão Vitamilho Sabores. Agora, além do tradicional, os apaixonados por cuscuz podem escolher entre os sabores Charque, Picanha, Manteiga, Calabresa, e Leite de Coco. 32 Revista NESupermercados
Wagner Mendes, Diretor de Marketing ASA
Para mostrar todos os detalhes do São João Vitamilho, a marca lançou uma grande campanha publicitária com o tema “Vitamilho no São João e mais amor no coração”. O conceito une peças lúdicas e modernas ao mesmo tempo, trazendo uma marca feita em 3D para destacar o combo indispensável de qualquer festa junina: Vitamilho e São João. A campanha está sendo realizada nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, e Bahia. O destaque é um jingle que está conquistando os forrozeiros. A divulgação conta com ações digitais, mídia off-line, TV, rádio, e mídia exterior. “O conceito da campanha é reforçar a presença da marca na tradição da cultura nordestina. Mostrar que a Vitamilho é a marca que valoriza a cultura, a força das tradições juninas. Vitamilho está próximo do consumidor. Vitamilho é sinônimo de amor na cozinha, amor nas relações. É isso que queremos reforçar”, diz Wagner Mendes, diretor de Marketing da ASA Indústria, proprietária da marca Vitamilho.
mídias digitais. “Além do apoio a lives solidárias para as quais doamos dezenas de toneladas de alimentos”, completa Wagner Mendes. Os investimentos também tiveram como objetivo atender ao aumento da demanda nesta época do ano. A empresa reforçou a produção da linha de alguns produtos, como: farinha, flocão, canjica, xerém, milho para pipocas, mugunzá, e as misturas para bolos com sabor regional, como Pé de Moleque, Souza Leão, Milho Cremoso e Milho. Mais lembrada durante o período junino, a Vitamilho conta com os seguintes produtos: flocão, flocão sabores, farinha de milho pré-cozida, flocão de arroz, misturas para bolo, amido de milho, munguzá, canjiquinha/curau diet, canjiquinha/curau tradicional, pipocas para micro-ondas Vitapop Vitamilho, colorífico, e tempero misto.
Segundo ele, os investimentos estão direcionados para os pontos de venda, para o abastecimento em todas as lojas do Nordeste, com toda a estrutura para encantar os consumidores. Para esse trabalho, foram produzidos cartazes, barracas, bandeirolas, faixas de gôndolas, e camisas, entre outros itens. Para Wagner Mendes, a pandemia do coronavírus provocou mudanças significativas nas empresas e nos consumidores. Uma das coisas que mudou na Vitamilho foi a comunicação, que ficou mais próxima dos consumidores, com receitas, concursos e dicas de diversão nas
A Vitamilho está com a ASA Indústria desde 2002. A unidade fabril fica em Campina Grande, na Paraíba, e emprega cerca de 250 funcionários. O Grupo ASA se destaca no mercado com marcas que já fazem parte da história de vida das pessoas. Esse processo de fidelização se dá através de produtos de qualidade e de um trabalho de marketing que tem como objetivo atender as necessidades do consumidor final. Além da Vitamilho, a ASA é proprietária das marcas Palmeiron, Bem-te-vi, Invicto, Bomilho, Baby & Baby, Casa de Vinhas, Certo e Flamengo. Presente em quase todas as regiões do Brasil, a ASA conta com mais de 1.500 funcionários e possui um portfólio com mais de 250 itens. Veja outras informações e receitas deliciosas no site: www.asanet.com.br. Os trabalhos de publicidade dos produtos da ASA Indústria levam a assinatura da Aporte.Biz e da Ítalo Bianchi.
Revista NESupermercados 33 Linha Vitamilho flocão sabores
Por Jefferson Oliveira
UM
IMPÉRIO NO ATACADO L
ocalizada no maior centro de distribuição de alimentos do Norte e Nordeste (CEASA RECIFE-PE) com Seus 58 hectares de extensão, comportando 1.350 permissionários e gerando aproximadamente 50.000 empregos diretos e indiretos, o Ceasa Recife movimenta, anualmente, algo em torno de 4,1 bilhões de reais, mantendo um fluxo médio diário de 14.500 veículos e um público de 65.000 pessoas, nasce á IMPÉRIO ATACADO. A IMPÉRIO ATACADO já nasceu grande, e a passos largos logo foi conquistando seu espaço dentro deste conceituado, concorrido e conturbado mercado, crescendo em plena pandemia (covid-19), atingindo os objetivos traçados, e nos consolidando como uma das maiores, senão a maior, empresa do ramo atacadista dentro deste centro distribuição e uma das maiores do nosso estado. Sempre acreditando e investindo na capacitação de seus colaboradores e desenvolvendo as melhores parcerias comercias junto aos nossos fornecedores, descobrimos que somos capazes de ir mais além e temos nos dedicado em busca desta consolidação. Contamos com uma carteira de mais de 5 mil clientes e 350 fornecedores além de mais de 5000 itens para abastecer desde o pequeno ao médio negócio, oferecendo uma variedade desde produtos de bomboniere, limpeza, descartáveis, frios, cereais, material de escritório, itens de higiene pessoal e etc. Com aproximadamente 6.500m², um pé direito de 12m de altura, mais de 6.000 posições porta paletes, 36 Revista NESupermercados
uma câmara fria com capacidade para 350 toneladas entre resfriados e congelados, 08 docas de recebimento, 36 docas de expedição e mais de 150 funcionários, oferecemos toda essa estrutura para melhor serviço aos nossos clientes e fornecedores. Para melhorar ainda mais o atendimento aos nossos clientes e fornecedores e pensando em sua maior satisfação e comodidade, estamos investindo em acessibilidade, melhorando o entorno do nosso galpão abrindo uma nova via de acesso que facilitará o transito eliminando por completo qualquer congestionamento. A IMPÉRIO ATACADO, vem mês a mês batendo recorde de vendas e esse mês de maio não foi diferente, alcançamos o nosso maior faturamento desde o início da nossa história e agradecemos em primeiro lugar a Deus, que em meio a pandemia nos manteve com saúde para lutar dia a dia pelos nossos ideais e a todos os colaboradores que de maneira incansável tem dado o seu melhor para continuarmos crescendo.
CEASA
Por Álvaro Claudino e Artur Cavalcanti
UM GIGANTE PERNAMBUCANO
O
Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco é um dos maiores centros de distribuição do País. Seus 58 hectares de extensão comporta 1.350 permissionários gerando aproximadamente 50.000 empregos diretos e indiretos. O entreposto movimenta, anualmente, algo em torno de 4,1 bilhões de reais. Porém, engana-se quem pensa que o Ceasa é composto por 'apenas' grandes empresas. O entreposto também abriga centenas de comerciantes de médio e pequeno porte. E são eles quem dão vida ao local que funciona de segunda a sábado, das 3h às 18h. "Nosso varejo é muito forte. Temos empresas das mais variadas possíveis aqui dentro. O resultado é que recebemos, diariamente, cerca de 65 mil pessoas aqui
dentro", comentou o Diretor Técnico-Operacional, Paulo de Tarso. O Ceasa recebe alimentos vindos de várias partes do Brasil e até do exterior. "Muita gente pensa que todos os produtos comercializados aqui são oriundos apenas de Pernambuco. Recebemos frutas e verduras de outras regiões do País. Alguns condimentos, por exemplo, vêm de outros países", destacou Tarso. Com esse leque de produtos ofertados, o público que vai ao Ceasa adquirir suas mercadorias é o mais diversificado possível. "Atendemos grandes revendedores. Recebemos muitos representantes de hotéis também. E, boa parte do público, é o pequeno comerciante de bairro, da feira livre. Nossa clientela é bastante diversificada mesmo", relatou o diretor. Revista NESupermercados 37
Por Juliana Albuquerque
GRIFOS COMPLETA DOIS ANOS
C
om uma expertise de mais de 30 anos de mercado, o grupo Grifos completa dois anos vislumbrando se consolidar ainda mais dentro de sua missão – ser uma das principais distribuidoras do varejo alimentar do seu raio de atuação. “Ao longo desses dois anos após a cisão com o grupo EBD, estamos trabalhando fortemente na questão de consolidar as marcas já existentes em nosso portfólio, composto de um total de 31 indústrias, além de consolidar a nossa participação junto aos nossos clientes, cerca de três mil, entre supermercados, mercadinhos e farmácias de 59 cidades da Região Metropolitana do Recife, Mata Norte e Sul de Pernambuco”, revela a gerente comercial da Grifos, Marcela Bezerra. Segundo ela, nesses dois anos após a mudança estratégica de nome da distribuidora, há muito o que se comemorar – a começar pela boa aceitação do novo nome. “O nome Grifos foi muito bem aceito tanto pelos nossos clientes quanto pelos nossos colaboradores. Além disso, com a mudança, a empresa está ainda mais unida, o que atribuo ser por uma questão de pertencimento de fato, o que nos dá força para chegar ao mercado com valores bem mais assertivos”, justifica Bezerra. E o acerto da Grifos tem sido ligado por além das indústrias e clientes com quem se relaciona comercialmente, mas diretamente aos bens mais preciosos de qualquer negócio – as pessoas. “A Grifos é uma empresa muito humana e que pensa no bem-estar 38 Revista NESupermercados
dos funcionários. Por isso, temos focado bastante em nossos colaboradores, um total de 572 pessoas”, comenta a gerente comercial. Ela explica que entre as ações recentes colocadas em prática para promover um ambiente melhor para todos, recentemente investiu em renovação de frota de 21 caminhões, além de cursos de qualificação profissional para formação de lideranças das equipes da empresa. Entre os projetos para o futuro próximo, Marcela espera continuar firme ao objetivo de consolidar a sua marca e as dos parceiros que já atende. Isso não impede, contudo, de vislumbrar as oportunidades que possam surgir no decorrer dessa trajetória. “Atualmente não temos nenhum plano de expandir nosso raio de atuação para outras regiões, mas se existir oportunidade, estamos preparados”, pontua.
Angela Vilela Psicóloga clínica CRP 02-17536
Por Angela Vilela
Especialista em Saúde Pública Treinadora de Equipes Contato: (81) 99785-3769 @angelavilelaoficial
O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS E A SOLIDARIEDADE HUMANA Atualmente, no mundo, são desperdiçadas em média 1,3 bilhão de toneladas de alimentos. Dos países que mais desperdiçam, o Brasil tem dados significativos de 26,3 milhões de toneladas por ano. Do montante de alimentos desperdiçados cerca de 30 a 40% são produtos, verduras, folhas e frutos. Todos nós perdemos com o desperdício, devido ao custo para a natureza, para o produtor e comerciante dos alimentos, que tem um esforço para tornar a cadeia mais eficiente do ponto de vista econômico ou, em outras palavras, mais lucrativa. Ou seja, a redução do desperdício pode diminuir as consequências da fome, e ao mesmo tempo significar um aumento na lucratividade dos negócios. Geralmente temos dois principais modos de descarte de alimentos: a perda, quando o descarte não é intencional, e ocorre por conta da falta de estrutura apropriada, como problemas na colheita, armazenamento ou transporte inadequado dos alimentos; e o desperdício, que é o descarte dos alimentos com data de validade vencida, esbanjamento e desaproveitamento. Sabe-se que o desperdício e a fome no Brasil existiam bem antes da pandemia, sendo uma consequência do processo histórico político e da formação econômica, que não aloca os recursos de forma eficiente. A insegurança alimentar é sistematizada pelas falhas nas políticas públicas voltadas a minimizar as diferenças socioeconômicas existentes no país, em especial na Região Norte e Nordeste. A Lei Federal Nº 14.016/2020, de 23 de junho de 2020, foi criada durante a pandemia da Covid-19. Nela está autorizada a doação de alimentos e refeições não comercializados por parte de supermercados, restaurantes, hospitais, cooperativas, lanchonetes e todos os estabelecimentos que forneçam alimentos prontos para o consumo de trabalhadores, de colaboradores, de parceiros, de pacientes e de clientes em geral. A doação pode ser de alimentos in natura, produtos industrializados e refeições prontas, todos ainda próprios para o consumo humano, com as propriedades nutricionais mantidas, mesmo que tenham sofrido dano parcial ou apresentem aspecto comercialmente indesejável; os itens devem estar dentro do prazo de validade e em condições de conservação especificadas pelo fabricante, quando aplicável, e a integridade e segurança sanitária não podem ter sido comprometidas. 42 Revista NESupermercados
A doação deverá ser gratuita e, em nenhuma hipótese, configurará relação de consumo. A lei prevê que sejam beneficiadas pessoas, famílias ou grupos em situação de vulnerabilidade ou de risco alimentar ou nutricional. Pelo texto, essa doação poderá ser feita diretamente, em colaboração com o poder público, por meio de bancos de alimentos, de outras entidades beneficentes de assistência social certificadas na forma da lei ou de entidades religiosas.
A medida além de combater o desperdício de alimentos, tem o objetivo de atender a demanda da fome e desnutrição, valorizar a responsabilidade social, a solidariedade e auxiliar a superação da crise econômica e social que se agravou pela atual pandemia no Brasil.
jovens e adultos. Por outro lado, há algumas dificuldades, visto que as instituições são filantrópicas e possuem recursos limitados, até mesmo para retirar os alimentos doados pelo banco, pois nem todas as entidades beneficiadas estão localizadas próximas a ele.
Antes da lei Nº 14.016/2020 ser estabelecida, uma das preocupações por parte das empresas era, portanto, a implicação por danos que os alimentos pudessem causar à saúde de quem se beneficiava, mas a lei estabeleceu ainda que, caso aconteça, tanto o doador como o intermediário somente serão responsabilizados, nas esferas civil e administrativa se tiverem agido com essa intenção.
O banco de alimentos é uma ferramenta fundamental que, de modo estruturado e organizado, opera como uma rede de solidariedade, privilegia o melhor aproveitamento e recuperação dos alimentos danificados ao longo da cadeia produtiva, sem desqualificá-los ao consumo humano.
Os princípios da proposta do banco de alimentos estão baseados na dádiva da divisão, na gratuidade das contribuições e na luta contra o desperdício de produtos alimentícios. Os primeiros bancos de alimentos no Brasil datam de 1988. Uma experiência excepcional na região Nordeste do Brasil, é o banco de alimentos do Serviço Social do Comércio - SESC, que teve início em 2002, com a finalidade de receber os alimentos das concedentes (variadas empresas, fábricas, produtores), armazená-los e distribuí-los aos beneficiários. Desde o início de suas atividades, foi formada uma rede de doadores e receptores dos alimentos que hoje atende a 402 instituições filantrópicas que beneficiam famílias, crianças,
Uma forma das indústrias de alimentos, varejistas, supermercadistas contribuírem para o atual momento de pandemia, em que percebemos o aumento da pobreza e da fome devido à escassez de recurso da população carente, é destinar os produtos como frutas, verduras e legumes que não sejam vendíveis, para um banco de alimentos. Outro modo é doar diretamente para as entidades favorecendo a produção de almoços em refeitórios institucionais e escolares; utilizar os alimentos não perecíveis na efetivação de cestas básicas, beneficiando os seus próprios colaboradores. As empresas que estão atentas a uma economia colaborativa, que impacta de modo positivo a sociedade, o meio ambiente, e o bem-estar das pessoas, devem priorizar tanto o público que produz quanto os que consomem. A economia solidária carrega pilares bem atrelados ao momento de dificuldade que atravessamos, exigindo autogestão, solidariedade, cooperação, respeito ao meio ambiente, comércio que promova preço justo e consumo consciente resultando num impacto social local satisfatório. Quanto à doação, sabemos que a sua principal motivação é o princípio ou filosofia da partilha, do papel social de cada cidadão/organização, pois empresas são formadas por grupos de humanos cooperativos, que possuem valores gregários. Os valores humanos propiciam o envolvimento de diversos segmentos da sociedade no trabalho voluntário, a cooperação de grandes corporações em torno de um sentido comum, o combate à insegurança alimentar. A existência de um conjunto de valores e princípios são de grande aceitação na sociedade e favorece a formação de redes formais, regionais ou nacionais.
LEGENDA 1 Dados https://observatorio3setor.org.br/acesso25.05.2021.FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura 2013. 2 Desperdício de alimentos [recurso eletrônico]: velhos hábitos, novos desafios / org. Marcelo Zaro. – Caxias do Sul, RS: Educs, 2018. 3 Dados pesquisa https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20192022/2020/lei/L14016.htm acesso25.05.2021. 4 Dados pesquisados https://www.sescpe.org.br/unidades/banco-de-alimentos/ acesso 25.05.2021.
Parece intrigante que, diante das tragédias humanas e ambientais, o ser humano tende a cooperar com indivíduos que nunca viram e com os quais, provavelmente, jamais irão se relacionar ao longo da vida, arcando com custos de tempo, dinheiro ou riscos pessoais. Ajudar alguém que talvez nunca retribua a nossa solidariedade é igualmente tão surpreendente quanto estar à disposição de ajudar uma criança indefesa. Menos surpreendente, mas não menos interessante, é a nossa generosidade em relação a pessoas da nossa casa, o que pode chegar ao extremo de arriscarmos nossas vidas, caso um familiar esteja em perigo. Esse comum do humano é o que provavelmente move nossa consciência às vítimas da pandemia, assim faz sentido canalizar a empatia com o compromisso da solidariedade. Possivelmente além de bem-estar, esses valores nos credenciam como parceiros confiáveis para a vida. Revista NESupermercados 43
JURÍDICO
Por MARCOS DANIEL DA SILVA JUNIOR, OAB/PB 26.819 e GILDEVAN BARBOSA DE CARVALHO OAB/PB 18.597-A
OS DESAFIOS DO VAREJO DIANTE DA PANDEMIA: UM OLHAR JURÍDICO.
D
esde março de 2020, o mundo enfrenta a maior crise sanitária que atinge e assola a todos de forma indiscriminada.
Esse fato impactou drasticamente os negócios, gerando a necessidade de mudanças, flexibilização e adaptação ao novo cenário mundial. Diante disso, se fez necessário implantar novas tecnologias, e o que parecia ser uma realidade bem distante, se mostrou uma alternativa sólida em meio à crise sanitária, a exemplo disso, podemos citar as vendas online, através de aplicativos e redes sociais. Acompanho o varejo há alguns anos, e este último foi disparado o mais intenso e inovador. De outro lado, houve mudanças legislativas que gerou e continua gerando, insegurança jurídica para as empresas que em pouco espaço de tempo, precisaram readequar sua estrutura para atender as novas legislações. Nesse contexto, quase diariamente, havia publicações de decretos estaduais, municipais, portarias e recomendações de diversos órgãos como, tais como o PROCON, Vigilância Sanitária, Secretarias de Saúde, dentre outros. Em decorrência do turbilhão de informações e do surgimento das novas leis, destacou-se as adequações para as empresas, em especial, as do ramo de varejo alimentar. Recordo-me, que durante o ano de 2020, as madrugadas de sábados, eram de consultas aos decretos 44 Revista NESupermercados
municipais e estaduais, para elaboração de pareceres, a fim de que houvesse a adequação do varejo, já que segunda-feira já estariam em vigor, sendo necessário que se atendesse a legislação, sob pena de multa. Esses fatos trouxeram reflexos ao seguimento, culminando no aumento de custos, quais sejam, maior número de fiscalização diante do risco iminente de autuação por parte dos órgãos públicos e aumento exponencial de atestados médicos gerando o afastamento dos funcionários dos seus postos de trabalho. Ademais, gerou a sensação para os órgãos de fiscalização, que o lucro aumentou significativamente, visto ser um dos poucos segmentos que não tiveram suas portas totalmente fechadas. Diferente do que se imagina, vi e ouvi empresários e empreendedores chegarem no escritório, na busca de manter seus estabelecimentos abertos e horarem seus compromissos com os funcionários, fornecedores e Estado, mantendo o pagamento dos impostos em dia. Esse cenário que permanece, embora menos obscuro, continua desafiador. Sendo assim, como os varejistas devem se comportar com esta realidade? Primeiro, precisa ter coragem e ousadia. Sempre encorajo os meus clientes a não desistir, nem desanimar, pois o varejo alimentar é o elo da cadeia produtiva onde tudo acontece. Logo, a prateleira do varejo é o local da guerra das marcas, das cores e das estratégias do marketing das indústrias e dos atacadistas distribuidores, por isso, valorize esse espaço.
JURÍDICO Segundo, do lado técnico da assessoria jurídica, logramos êxitos em busca das soluções legais, através da conscientização das autoridades, processos de consulta aos órgãos e a justiça e sobretudo o bom senso para dialogar com os representantes das categorias dos trabalhadores, preservando direitos, conciliando interesses e a correta aplicação das leis. Devido as complexas operações que envolvem o varejo, o nosso escritório desenvolveu uma assessoria especializada para o segmento, que recebe demandas de diversas áreas jurídicas e administrativas, tais como: Tributária, Trabalhista, Civil, Consumidor, dentre outras áreas do direito. Nessa busca de soluções viáveis, realizamos a implementação do banco de horas, medida legal, há muito tempo existente no Brasil, porém em muitas empresas não implementadas. Através disso, conseguimos adequar uma mesma quantidade de trabalhadores de um supermercado que laboraram em horas extraordinárias no início de mês, onde está o maior fluxo de vendas, compensando em folgas no decorrer dos meses seguintes, principalmente na terceira semana, que geralmente têm o menor fluxo e faturamento. Além disso, essa medida pôde compensar os afastamentos por atestado médico, por suspeita de covid-19, sem a necessidade de novas contratações.
Essa nova legislação impõe maiores cuidados e responsabilidades das empresas, ao lidar com contratos e com os dados sensíveis do cliente, sobretudo quanto a proteção dos mesmos, para isso, necessária é a adequação à nova legislação. Nesse sentindo, importante foi a criação de áreas especificas no escritório para atender o varejo alimentar. Diante de tantas inovações legislativas, fomos implementando acompanhamento para cada órgão fiscalizador, como o Procon, Vigilância Sanitária, Ministério Público do Trabalho e Decretos do Estado e Município. Diante desses cuidados, veio também a satisfação de estarmos passando essa pandemia, sem termos clientes autuados, e os que receberam autos de infração, foram posteriormente arquivados, já que tiveram um prévio acompanhamento, adequando as lojas e os funcionários as condutas exigidas pelas normas específicas. Desta maneira, com um olhar especializado, estamos garantindo segurança jurídica para os varejistas, resguardando seus direitos e diminuindo o peso das responsabilidades legais, para que seus esforços sejam concentrados nas compras, vendas e elaboração de estratégias de venda. Por fim, os desafios trazidos por esse novo cenário mundial, nos faz entender que precisamos de um novo olhar jurídico no que diz respeito as mudanças sociais.
Ainda, essa ferramenta refletiu na diminuição do custo da folha de pagamento das empresas, visto que a hora extraordinária, conforme previsão de convenção coletiva do comércio, na Paraíba, possui um acréscimo de 70% no valor da hora normal, sem falar na incidência dos reflexos: 13º salário, FGTS, férias e terço de férias. Em que pese, para os funcionários houve um ganho em satisfação, visto que passaram a ter uma folga compensatória adicional, para que pudesse aproveitar de maneira particular, sem prejuízo da sua remuneração. No curso da assessoria especializada, começamos o preparo do varejo, para a LGPD- Lei Geral de Proteção de Dados, que passa a vigorar em 01 de agosto do corrente ano.
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ASO DE SUCESSO CASO DE SUCESSO CASO DE SUCESSO CASO
Por Juliana Albuquerque
TRADIÇÃO SUPERMERCADISTA
A
história da rede paraibana de supermercados O Cestão se interliga com a da família Ferreira Paz. Pois foi através do patriarca, José Ferreira Paz, os primeiros passos rumo à construção dessa rede, hoje composta por quatro, mas com a quinta prestes a ser inaugurada. “Nossa história empresarial começa há 70 anos atrás, com nosso avô, José Ferreira Paz, que tinha um pequeno armazém na cidade de Salgado de São Félix, Paraíba, e em seguida com meu pai, Rosinaldo Ferreira Paz, que o acompanhou por muitos anos e hoje é diretor presidente da rede. O Cestão Supermercados surgiu no ano de 1994, com sua primeira loja na cidade de Itabaiana-PB”, revela o diretor geral da rede, José Ferreira Paz Netto, que atua em parceria com seu irmão, Rosinaldo Ferreira Júnior, que é diretor financeiro. E nenhum negócio chega a terceira geração, como O Cestão chegou, sem ter organização, foco e metas. Afinal, atualmente a rede conta com quatro operações - duas
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distribuídas na região do brejo da Paraíba, nas cidades Matriz de Itabaiana e Mogeiro; e outras duas lojas na grande João Pessoa, localizadas no bairro do Geisel e Cidade de Bayeux. E em agosto, a cidade de Ingá, no brejo da Paraíba, receberá a quinta unidade da rede. “Investimos em lojas amplas e climatizadas, nosso foco é proporcionar comodidade e qualidade no atendimento. Nosso cliente é a peça central do nosso negócio, por isso, toda operação é projetada estrategicamente para oferecer a melhor experiência durante a jornada de compra: desde produtos de qualidade, atendimento com excelência e acesso a diversos canais para compra”, detalha José Netto sobre o funcionamento da operação da rede. Ainda segundo o diretor geral, para alcançar ainda mais as metas propostas, atualmente, a rede trabalha com inteligência comercial. “Com base nessa estratégica em parceria com fornecedores, temos condições de trabalhar com ações pensadas em conjunto. O reflexo
desse trabalho é percebido na ponta, através de mix, PDV atrativo e preços justos e competitivos”, explica. Além dessa gestão operacional, a rede atua seguindo dois pilares cruciais para o desenvolvimento do negócio – gestão de pessoas e planejamento tributário. “Na gestão de pessoas, investimos fortemente em treinamento, capacitação e ações de reconhecimento dos nossos colaboradores. E na parte tributária, com muita atenção, planejamento e estratégia de negócio”, reforça Netto.
Para os próximos anos, os planos da rede é seguir avançando em seu plano de expansão. “Avançaremos com nosso plano de expansão para consolidar a marca O Cestão como supermercado de confiança e que faz parte da família paraibana. Para isso, continuaremos investimento em tecnologia, capacitação dos nossos colaboradores, ampliação de canais de vendas e atendimento”, adianta o diretor geral.
Revista NESupermercados 49
Por Cleia Elaine Soares – Psicóloga CRP 08/07013 – MBA em Marketing – Gestora do TreineSeuSupermercado – Criadora do Programa Competências Avançadas para Líderes de Supermercado
Por Cleia Eliane Soares
VALORIZAÇÃO DE QUEM TRABALHA EM SUPERMERCADO PROGRAMA ESCOLHI SER MELHOR
S
e você está aqui neste momento significa que atua em Supermercado e todos os dias se pergunta: 'O que posso fazer para ter uma equipe motivada?'; 'O que posso fazer para que o pessoal atenda ao cliente de uma forma extraordinária?'; 'Como fazer com que meus colaboradores sejam mais do que atendentes – sejam vendedores?'. Meu nome é Cleia Elaine Soares. Atuo enquanto psicóloga. Me dediquei a treinar colaboradores de Supermercado. No início da minha carreira nessa área fazia treinamento de Atendimento ao Cliente. Os treinamentos eram 'legais'. Na hora todos ficavam envolvidos e parecia que estava no caminho. Certo dia terminei o treinamento e levei um susto!!! Estava na parte superior da loja observando e percebi que não havia efetividade no comportamento das pessoas. No treinamento havia o discurso do trabalho em equipe e atendimento. Ao descer à loja parecia que todos haviam esquecido os combinados. Pela janela do andar superior da loja observei: atendente da Padaria de costas para os clientes, Repositores conversando sem a mínima preocupação com a rotina do trabalho. Nesse dia o Gerente me procurou e disse que não resolvia treinar e que era perda de tempo tirar o pessoal do trabalho. Fiquei tão magoada com o jeitão dele. Quando cheguei em casa comecei a repensar: ele tinha razão, apesar do jeito grosseirão, aquele Gerente trouxe algo que não estava vendo. Mas, como mudar o treinamento e fazer com que os profissionais tivessem avanço real? Como conseguir mudança de comportamento? Comecei um processo incansável de metodologias e formas de atuar na área de Supermercado. Existem um conjunto de coisas interligadas para movimentar o pessoal e criar uma equipe de Supermercado forte: pesquisa de mapeamento organizacional, treinamento de integração, reestruturação do Recrutamento e Seleção, avaliação de desempenho, política de cargos e salários, desenvolvimento de programa de líderes, treinamentos técnicos da equipe, fortalecimento do RH (Recursos Humanos). Citei algumas ações e sei que existem muitas outras. 52 Revista NESupermercados
Agora quero compartilhar um treinamento que desenvolvi e deu resultado fantástico. O Programa Escolhi Ser Melhor. Ao longo dessa jornada percebi que devemos investir na pessoa. Sugiro que você adapte o modelo abaixo para sua equipe. Quando digo para você: “Escolhi Ser Melhor”. O que passa pela sua cabeça? Ser melhor é uma escolha consciente. Tem relação com excelência, vontade de superar os desafios, determinação para sair do comodismo e enfrentar a vida com sorriso aberto, acreditar na solução e não focar somente no problema. Não estamos falando de arrogância ou 'ser melhor' do que o outro. É escolher o caminho do bem. É escolher ser melhor para si mesmo. Enfrentar riscos e assumir o papel de autor da sua trajetória. Quando você diz: Escolhi Ser Melhor! Quais são suas atitudes? O que você sente? Escolhi Ser Melhor é um jeito de ser. Mais do que palavras, são ações diárias. E quando você Escolhe Ser Melhor e as outras pessoas não fazem o mesmo? Só eu Sou Melhor e os outros continuam da mesma forma? O que eu ganho com isso? Ganho a liberdade. A pessoa que escolhe Ser Melhor é autor da sua história. Não permite que os outros decidam por suas ações. Você aceita participar do Escolhi Ser Melhor? Ser Melhor na vida, no emprego, com os colegas, com os clientes? Bem... Ser Melhor para você mesmo e para os outros. Conseguir resultados extraordinários? Ótimo, estamos juntos nessa. A pessoa que aceita fazer parte do time do Escolhi Ser Melhor entende que a vida é feita de escolhas, direitos e deveres. Por exemplo: a Operadora de Caixa pode ficar reclamando: “- que chato isso daqui ... não posso ficar conversando e nem dando risada com minha amiga do outro Caixa” ou pode escolher ser bem profissional e fazer um atendimento maravilhoso. Vamos falar de tudo isso agora. Pronto para embarcar nesta aventura do conhecimento?
5 coisas que nós vamos aprender sobre a atitude da pessoa que decide Ser Melhor: 1.Autoconscientização: primeiro tenho que ter consciência das minhas qualidades e saber aquilo que preciso melhorar. 2.Querer fazer: sabe o que é isso? Motivação e vontade para fazer tudo com excelência. Repositor: todos os dias organiza o setor, tem vontade de deixar tudo bonito para o cliente, sabe que é importante cuidar da data de validade. 3.Ação: não adianta só falar. Além de querer fazer é necessário fazer mesmo. 4.Hábito: não adianta fazer um tempo e depois parar. O repositor deve ter o hábito de limpar, organizar e cuidar da validade dos produtos todos os dias.
Já ouviu alguém falando assim: 'Não fui pago pra fazer isso'; isso não é minha função; não ganho pra isso; aqui sou Bombril... mil e uma utilidades... tudo sobra pra mim. Qual é sua opinião sobre a pessoa que vive falando isso? E pior: tem gente que fala na frente do cliente. Faz parte do trabalho do pessoal do Açougue fazer limpeza do chão e dos equipamentos? Faz parte do trabalho da Operadora ajudar a recolher as cestinhas e carrinhos? Faz parte do trabalho do Repositor limpar as gôndolas e ajudar no depósito? Gerente da loja pode juntar uma sujeira que o cliente derrubou no chão? Claro que sim: tudo aquilo que faz a empresa crescer, vender mais, atender melhor – faz parte do trabalho de todos. Não importa o setor ou o cargo.
5.Foco na solução e não no problema. Resolve o açougueiro ficar reclamando que o cliente demora em escolher e que pergunta o preço de tudo. Qual é a solução: atender com vontade, informar o cliente sobre os preços e mostrar para os outros clientes que estão na fila que está fazendo o seu melhor.
O que nós precisamos entender: Quanto mais o supermercado vende – mais ele cresce – mais os proprietários ganham – mais os colaboradores ganham (melhoria dos equipamentos, estrutura melhor, uniforme, possibilidade de melhoria de benefícios, melhoria de salário, possibilidade de dar prêmios e bônus) – mais os clientes ganham e mais a empresa cresce. Quanto mais a empresa cresce – mais você cresce.
Agora vamos falar de Comportamento Profissional. O que é isso?
Vamos lá. Quem topa um desafio? Você vai precisar de papel e caneta.
Você já ouviu falar: - Aquela pessoa precisa tomar um chá de semancol. A pessoa é sem noção: não se manca, seu comportamento não é o certo para aquele momento.
Desafio é fazer alguma coisa bem melhor do que já estou fazendo (cuidar mais do meu uniforme e da minha aparência, fazer uma super limpeza no meu setor, chegar todos os dias no horário, fazer 100% do tempo um atendimento espetacular, conversar o necessário com os colegas durante o horário de trabalho e me concentrar no atendimento e nas minhas tarefas, trabalhar em equipe, ser uma pessoa menos estressada).
Comportamento Profissional: jeito de ser no ambiente de trabalho. Respeitar os direitos e deveres de todos. Saber se comportar adequadamente em cada situação. Agir com profissionalismo sempre. Quando a pessoa age dentro do princípio do Escolhi Ser Melhor ela busca ter consciência do que é certo e errado, busca seguir as regras da empresa, respeita os colegas e os clientes. De 0 a 10 como é seu Comportamento Profissional? O que você tem bom? O que pode melhorar? Você sabe qual é a regra de ouro do Comportamento Profissional? Se concentre naquilo que você faz. Não adianta ficar apontando o dedo para o colega e dizendo que ele não faz. O importante aqui é você. Olhe para o seu comportamento.
Qual é seu desafio para esta semana inteira (todos os dias)? Que tal na próxima semana vocês se reunirem novamente: podem conversar sobre os desafios. Compartilhe com o pessoal do supermercado as coisas boas que aconteceram.
De 0 a 10 qual é o seu grau de comprometimento para ser uma pessoa melhor para você mesmo, para a empresa, para seus colegas e para os clientes? Agora eu pergunto para você: por que nós estamos aqui neste momento aprendendo sobre tudo isso? Por que você precisa ter comportamento profissional? O que você ganha? O que a empresa ganha? O que o cliente ganha?
Revista NESupermercados 53
Por João Paulo de Castilho
A IMPORTÂNCIA DAS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO
V
ocê gestor, já se perguntou qual importância as pessoas tem nas organizações? Já analisou se trata seus colaboradores como parte integrante e importante em sua empresa? Devemos admitir: em algum momento no passado as pessoas não tinham muita importância nas empresas, eram apenas parte de um processo e se não “servissem mais” eram simplesmente substituídos. Hoje o cenário é outro: percebeu-se que o capital intelectual e a valorização do individuo como parte integrante e atuante do processo, gera uma parceria de sucesso e bons negócios. As pessoas são de extrema importância para o sucesso de uma organização, pois são elas que gerenciam e comandam a empresa; são elas que executam, controlam atividades e processos, são as pessoas também que consomem os produtos de uma determinada empresa. Por muitos anos se pensou que a base que sustentava o desenvolvimento das empresas fosse o capital, era uma confiança depositada por todos. O capital financeiro era indispensável para o sucesso das organizações, quem tivesse maior capital financeiro maior seria o sucesso da organização. Percebe-se que hoje o maior gargalo é a inabilidade de recrutar e manter uma boa força de trabalho, não se houve falar que algum projeto baseado em boas ideias, força e entusiasmo não deram certo por falta de caixa ou recursos financeiros, mas é comum saber que algumas organizações tiveram dificuldade de crescer por não poder manter uma força de trabalho competente e entusiasmada. O cenário futuro está diretamente relacionado ao com o talento, competências, habilidades e capital intelectual. Existem alguns aspectos essenciais na nova e moderna gestão de pessoas, são eles: Primeiro: as pessoas devem ser vistas como seres humanos, sim, exatamente dessa forma, para gerir pessoas deve-se entender que todas elas vem acompanhadas de um conteúdo, uma bagagem própria, uma história de vida pessoal, particular e diferenciada, nenhuma menos ou mais interessante que a outra, são pessoas possuidoras de talentos, habilidades, conhecimentos e competências indispensáveis para adequação de alguma necessidade organizacional. Segundo: As pessoas são ativadores inteligentes de recursos organizacionais. Em um mundo com duráveis mudanças e desafios, as 54 Revista NESupermercados
pessoas têm a capacidade de se renovar e impulsionar as organizações com sua aptidão para inteligência e talento, elas são sedentas a aprendizagem indispensável na constante renovação e competitividade, trazendo um impulso próprio de dinamização organizacional sem passividade ou inércia. Terceiro: As pessoas como parceiras da organização As pessoas fazem investimentos nas organizações quando se tornam parceiras, elas investem seu tempo, esforços, dedicação, responsabilidade, comprometimento, riscos, etc. – sendo capazes de conduzir a empresa para a excelência e ao sucesso. Esses investimentos têm como objetivo o retorno do mesmo, retorno que vem através de salários, reconhecimento, incentivos financeiros, crescimento profissional, carreira e outros. Todo investimento se justifica quando se traz um retorno razoável, a medida que esse retorno aumenta a tendência é que os investimentos aumentem, se torne bons e sustentáveis, as pessoas quando vistas como parceiras ativa das organizações reconhecem em seu trabalho e seus esforços disposições para continuar a se aperfeiçoar. Com isso o objetivo da Gestão de pessoas é fazer com que as organizações se conscientizem de que as pessoas constituem o principal ativo da organização, as organizações bem sucedidas estão percebendo que só poderão crescer, desenvolver e se tornar sustentáveis se forem capazes de otimizar o retorno do investimento de seus parceiros, principalmente dos colaboradores. Quando as empresas estão voltadas para as pessoas a cultura e o clima organizacional passam a refletir essa crença. Existem vários modelos da gestão de pessoas, pois é o posto que permite a colaboração eficaz dos colaboradores, recursos humanos, talentos , funcionários, pessoas ou qualquer designação usada para atingir objetivos organizacionais. O importante é entender que as pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma organização, dependendo da forma que elas são tratadas, elas podem ser minas de sucesso ou minas de problemas. Por isso lembre-se, Pessoas, processos e resultados estão diretamente ligados aos resultados do seu Supermercado, se não sabe como atingir esse sucesso, entre em contato com a Pros Consultoria, podemos te ajudar!
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Por Douglas Carias
TIVE UMA BOA IDEIA QUE NÃO DEU CERTO.
POR QUE ISSO ACONTECEU?
N
a Universidade Federal de Pernambuco, fiz aulas de lógica na graduação em Filosofia. Nesse campo de estudo, dentre várias lições, aprendi uma coisa muito importante: é necessário prestarmos mais atenção às palavras quando elas são ditas. Sabe por que eu estou dizendo isso? Porque eu quero te convidar a pensar no título desse artigo. Sei que é super comum a gente pensar em algo legal, executar isso e, no fim, dar errado. É frustrante ver uma obra das nossas mãos não sair do lugar. Quero te pedir licença pra provocar você enquanto lê o que escrevo aqui e, desde já, adianto que devo cutucar algumas questões importantes que podem dizer respeito à sua visão de mundo. Se estiver de acordo, vamos em frente. Como falei antes, observar bem o que é dito é uma habilidade rara, exatamente pelo motivo de que a nossa geração é estimulada à pressa. Recentemente, seu WhatsApp deve ter sido atualizado para acelerar um áudio em até duas vezes a velocidade normal dele. O mundo digital como um todo roda informações mais rápido que nunca antes. Nós queremos cursos rápidos, queremos aprender coisas depressa para ganhar dinheiro imediatamente. Percebe como tudo nos leva a um imediatismo, a um “é pra já”, ao agora? Isso faz com que até a nossa forma de falar encurte: “vc” ao invés de “você”, “q” ao invés de “que”, emojis ao invés de palavras, e assim vamos cedendo a esse modo de ser apressado. 56 Revista NESupermercados
Que tal analisarmos com calma essa frase no título do artigo, que vez ou outra sai da nossa boca ou mergulha em nosso pensamento? A frase “Tive uma boa ideia que não deu certo” traz as seguintes informações: -Uma pessoa teve uma ideia, uma solução abstrata e imaginativa para algo, um produto do pensamento; -Essa pessoa afirma que a ideia é boa, ou seja, traz um juízo de valor, um julgamento positivo para a ideia. -A mesma pessoa entende que a sua ideia não deu certo, não foi bem sucedida, e traz uma sensação de oposição entre a boa ideia e o fracasso dela. Essa separação é muito necessária pra apresentarmos o porquê de uma boa ideia não dar certo. E para responder isso, falarei em três tópicos essenciais: o lugar da ideia, quem define sua qualidade e a relação entre sucesso e contexto. 1.Ideias se movem do abstrato para o concreto, começando na mente e terminando na realidade. Entenda que uma ideia é produto da soma de conexões do que temos em nosso íntimo, nossa mente. Nós pensamos e criamos coisas para promover mudanças, quaisquer que sejam, em nosso contexto. 2.Não é você que define se uma ideia é boa, mas o contexto em que ela é aplicada. Isso é, em partes, libertador, pois você não tem o peso de afirmar se uma ideia funciona enquanto ela ainda está na sua cabeça, ou até mesmo quando você conclui a execução dela. Se, por
exemplo, o seu contexto são as pessoas, que as pessoas julguem. Já se o contexto for uma situação problemática, é preciso verificar se o problema se resolverá da melhor forma. 3.Nem sempre o contexto está pronto para a sua ideia, pois muitas vezes pode faltar elementos que são cruciais para sua ideia funcionar nele, sejam tecnologias, recursos ou a compreensão da funcionalidade da ideia. Por exemplo, pensar em teletransporte é uma ideia excepcional, mas não existe tecnologia (ainda, eu acho) para promover isso. Com isso apresentado, as principais lições que temos são: ●Ao mesmo tempo em que você deve caprichar na ideia, adote uma mentalidade de teste, onde você valida na realidade onde essa ideia vai ser aplicada; ●Tente ser menos juiz das suas ideias, pois no fim elas sozinhas não importam; ●Procure sempre entender o contexto em que está inserido. Olhar para esse contexto te mostrará problemas suficientes para ter muitas e muitas ideias; ●Lembre-se de que uma ideia só pode ser considerada boa quando encaixa com o contexto. Então, depende muito mais de como uma ideia é recebida do que concebida. ●Seja uma pessoa com um olhar solucionador para as coisas. Levando essa filosofia adiante, suas ideias serão aprimoradas e você perceberá que será mais fácil ter ideias aceitas pelo contexto.
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Ter ideias que funcionam é mais uma questão de olhar pra fora e fazer as perguntas certas que te levam às melhores conexões.Tomara que o seu contexto não te apresse tanto ao ponto de você ter frustrações por não ter ideias que julga boas. Não esqueça que a qualidade de uma ideia não depende de como você a cria, mas de como a ideia é recebida em seu contexto. Torço por um mundo de mais e mais ideias, pois os nossos contextos têm problemas pra dar e vender.
Douglas Carias é planejador digital da Faculdade Pernambucana de Saúde, educador e consultor de marke ng.
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Por Geni machado
Por Renato Machado
VAREJO ATIVO E DE RELACIONAMENTO Vender para o cliente é diferente de o cliente comprar.
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o varejo tradicional tudo é desenvolvido para que o cliente compre. Aspectos de loja como ambiente, organização, limpeza, precificação e ofertas são diferenciais competitivos nessa abordagem e até fazem com que o cliente compre, modificando o resultado em faturamento. Porém, lojas com o foco na compra do cliente, podem encontrar barreiras para crescimento, pois o grande diferencial competitivo não está totalmente sob seu domínio e facilmente pode ser copiado. Quando o profissional, no domínio de sua função, tem o entendimento de que seu papel só existe devido à existência do cliente, conscientemente e de forma não mecanizada, cumprimenta, aborda, cientifica o cliente sobre as ofertas do dia, leva o cliente até o produto que está procurando, entrega cestinha, troca cestinhas pelo carrinho, propiciando além de acréscimo em vendas a manutenção de seu cargo de trabalho. Em contrapartida, profissionais alheios a esse entendimento, criam um clima averso ao desenvolvimento empresarial e desperdiçam as oportunidades de venda que caem de paraquedas na sua frente. Um dos pilares para melhoria significativa de resultado é vender mais para o cliente que já compra, que já está dentro da loja, pois para isso não é necessário alto investimento financeiro, basta ter uma equipe capacitada com esse enfoque. No varejo ativo e de relacionamento, não é raro o cliente chamar o profissional pelo nome, e ao enxergá-lo executando seu trabalho, cumprimentá-lo e devido a uma experiência prévia agradável, solicitar atendimento… Exemplos como: a escolha de um corte específico de carne no açougue ou expositor, um melão docinho no hortifrúti, um pão mais branquinho ou mais escurinho na padaria, encontrar um produto específico na gôndola… são experiências e impulsionamentos 100% exequíveis através de um atendimento ativo e de excelência.
recebe com riso nos olhos um cumprimento ou uma simples entrega de cestinha e avalia de forma positiva o atendimento ativo, com excelentes feedbacks nas redes sociais e questionários de satisfação do atendimento. Mas como transformar sua equipe para que tenham este entendimento e executem? Essa pergunta pode ser respondida em 3 passos! 1. Faça reuniões setoriais periódicas explicando a necessidade de atendimento, não só para atingir as metas de venda, mas também para manutenção de empregos, notoriedade e diferenciação competitiva da empresa. 2. Defina bonificações (não necessariamente financeiras), e estipule metas de atendimento para todos os setores, através de um controle simples em que cada profissional aponte de forma autônoma a quantidade de conversões de atendimento em venda. (Isso se estende não só a setores em que o cliente solicita atendimento como balcão e padaria, mas desde o profissional que cuida do estacionamento ao gerente, incluindo o staff administrativo). 3. Venda a ideia principalmente aos líderes, pois eles serão replicadores e espelhos para os demais profissionais. Garanta que a liderança e gestão atendam aos clientes com maestria e de forma ativa, abrindo portas para um relacionamento comercial. Esses três passos são de fato muito simples e podem ser aplicados em qualquer loja, independente de estrutura e quantidade de profissionais. É possível que nem todos da equipe entendam a razão de executá-los, mas se você entende, e se de alguma forma fizer sentido para você, execute e monitore os resultados! Se desejar maior aprofundamento para alavancar ainda mais os resultados da sua equipe, conte conosco da RGB Consultoria Empresarial, pois desenvolvemos e validamos uma metodologia especializada nesse assunto!
O resultado dessas ações é a fidelização do cliente, recorrência, e amplitude de faturamento, que são fundamentais para sucesso e desenvolvimento de um mercado de qualquer tamanho. Evidentemente é necessário que a equipe seja capacitada, tenha linguagem estratégica e polida, além de leitura de cenário para compreender a profundidade de atuação, sem ser invasivo ao atender o cliente. A grande maioria dos clientes
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Geni Machado e Renato Machado são diretores da RGB Consultoria Empresarial e atuam no varejo Pernambucano a mais de 10 anos, especialistas em Planejamento Estratégico para Supermercados com abordagens voltadas ao desenvolvimento empresarial baseado no desenvolvimento humano e dos processos.
Por Eduardo Duke
LÍDER FRACO, EQUIPE PERDIDA! Conheça a tríade da liderança capaz de mudar os resultados da sua empresa
muito interessante observar o comportamento das jovens lideranças, e dentro das redes de supermercados não é diferente. O fato é que esses líderes trabalham para causar uma boa impressão para seus chefes diretos, além de um esforço hercúleo para evitar indisposição com suas equipes. As vezes, a impressão é que todos agem pelo imediatismo e pelo calor da emoção, deixando de lado o planejamento e foco no que interessa. Existe um déficit nas formações de novas lideranças, principalmente nos aspectos que chamo de tríade da liderança: poder, estratégia e comunicação.
É
Para compreender a necessidade de falar de liderança é preciso ressaltar que nos últimos anos tanto no aspecto empresarial quanto no político, existe uma ausência de referências, que poderiam ser simbolizadas como líderes inspiradores, notáveis, capazes de provocar mudanças estruturais e resultados sólidos. Só pra se ter uma ideia, em algumas pesquisas estima-se que menos de 30% das empresas encontram profissionais certos para cargos de diretoria, isso significa que desde a média liderança não existe uma dedicação intensa no preparo e desenvolvimento destes líderes. De quem é culpa dessa má formação? Pode ser uma culpa da própria cultura empresarial, mas principalmente do profissional que não busca conhecimento. Sou um apaixonado pelo varejo, e pela minha experiência com clientes de redes de supermercados, posso perceber que muitos líderes estão em suas funções, mais pela necessidade imediata de preencher a vaga, do que por uma boa estrutura de RH com o devido processo seletivo, já que este exigiria mais tempo e dinheiro. Ou seja, existem líderes que não deveriam estar onde estão. 62 Revista NESupermercados
Compreendo este fato, no entanto preciso alertar que após a inclusão no quadro gerencial, este profissional precisaria desenvolver competências comportamentais para que o trabalho pudesse ser executado da melhor forma. As vezes a cultura do não desenvolvimento é tão forte, que permanece o medo da fuga dos funcionários mais qualificados para outras redes. Existe uma famosa frase de Henry Ford que diz o seguinte: Pior do que treinar um funcionário e ver ele sair, é não treinar esse funcionário e ver ele ficar. Fica a dica! Diante desta deficiência na formação de líderes não adianta chorar pelo leite derramado. Se a liderança é fraca, a equipe fica perdida. É preciso dedicação e foco no aprimoramento de novas habilidades. Aproveite este texto e compartilhe com os líderes da sua empresa. Peça a ele que leia pelo menos os 3 aspectos da liderança que vou abordar agora com você: TRÍADE DA LIDERANÇA 1-
PODER
Poder não é a autoridade pela autoridade/cargo. Poder não é ambição desmedida. O Poder não é absoluto e nem ditatorial. Poder é influência. Poder é admiração conquistada. Poder é uma autoridade construída pela admiração e pelo exemplo, ou seja, pelo respeito. O tempo mudou e claro que o conceito de poder e liderança precisaram seguir novos rumos. Os conceitos de poder e liderança sempre caminharam de mãos dadas, e até alguns anos atrás eram sinônimo de autoritarismo. Você certamente já ouviu e até falou o famoso bordão “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Hoje essa frase não tem mais cabimento e é preciso respeitar e atuar de forma justa e honesta para com seus liderados.
O autor do livro – Poder: por quê alguns têm – Jeffrey Pfeffer, cita sobre a capacidade enfrentar conflitos e o quão importante é um líder saber lidar com os embates provocado pelo poder: “...a maioria das pessoas tem aversão ao conflito, evita as situações de dificuldade e pessoas difíceis, adere com frequência às solicitações ou muda suas posições em vez de pagar o preço emocional de defender a si mesmas e a seus pontos de vista. Se você pode lidar com situações de estresse e conflitos difíceis de modo eficaz, tem uma vantagem sobre a maioria das pessoas.” Um verdadeiro líder não foge dos embates, mas sabe respeitá-los e é capaz de solucioná-los com o menor impacto possível entre os envolvidos. Sim, para adquirir poder é necessário assumir as batalhas como suas. Uma postura de poder requer acima de tudo ambição do líder, o que não significa que ele seja ganancioso, pois existe essa confusão na cabeça dos profissionais, e que gera uma crença limitadora. Ter ambição significa que você deseja vôos maiores, objetivos desafiadores, e que para conseguir você precisa ter um bom planejamento estratégico e força de vontade. Ser ambicioso o fará colher resultados satisfatórios, no entanto, preciso ressaltar que os valores éticos e morais sempre deverão ser respeitados para que sua conquista seja admirada e provoque inspiração aos que te seguem como modelo. Essa é a diferença entre ambição e ganância. 2-
ESTRATÉGIA
A liderança estratégica é a atuação multitarefa do gestor que garante tantos resultados de curto prazo quanto dá sustentabilidade ao negócio. Se você já assistiu a algum treinamento meu sabe o quanto repito a seguinte frase: O líder é um tradutor da estratégia da empresa. Faço sempre essa observação, pois a equipe nem sempre tem o preparo necessário para compreender o que deve fazer e qual a expectativa tá sendo depositada em sua atuação. O líder tem que lidar com essa questão e dizer sempre o óbvio, para que o óbvio seja feito. Mesmo dizendo isso, você ainda terá a capacidade afirmar, “mas eu disse que era pra ser feito assim”, mas será que você “traduziu” de uma forma realmente compreensível? Falarei mais sobre isso. Um líder estratégico não fica remoendo os problemas que naturalmente surgem no dia a dia, ele é capaz de criar condições favoráveis para o crescimento do negócio. Ter essa visão estratégica é fundamental para separar a preocupação com os dilemas atuais da organização com as perspectivas de futuro. Assim, ele é capaz de alinhar e desenvolver a equipe conforme o jogo ou a situação exige. 3-
COMUNICAÇÃO
O líder precisa compreender bem o direcionamento da empresa e o que é estratégico para ela, para que assim possa
compartilhar de forma prática e objetiva para sua equipe. É preciso transmitir de uma forma que fique claro para obter o resultado que deseja. O pai da administração moderna, Peter Drucker, dizia: 60% dos problemas administrativos são causados por uma comunicação ineficaz. A comunicação é muito mais que passar informações, é um processo de interação entre pessoas. Neste percurso, a falta de uma comunicação clara e objetiva entre o time e a liderança pode provocar ruídos, que podem prejudicar as relações e foco no resultado. O líder que não desenvolve essa habilidade e que fala sem segurança não transmite confiança para quem está ouvindo. E uma equipe que não confia na sua liderança se sente perdida. Em contrapartida, os líderes que se comunicam bem constatam maior engajamento e aumento na produtividade da equipe. Segundo a 2º Pesquisa Nacional de Comunicação com a Média Liderança, vários aspectos foram identificados para caracterizar um líder comunicador, e os dois pontos que mais destacam são a abertura ao diálogo e disposição para escutar. Você pode conferir conforme a imagem. Espero que essa leitura tenha uma contribuição positiva no desenvolvimento da sua liderança e dos líderes da sua empresa. Que sua equipe seja cada vez mais bem direcionada por líderes cada vez mais focados, produtivos, além de fortes e inspiradores.
Eduardo Duke Especialista em Liderança e Comunicação Estratégica. Palestrante e Treinador Comportamental com Foco em Resultados. Criador do Método Comunicação Estratégica e do Programa de Treinamento Conexão Líder. Pós –Graduado em Gestão de Negócios pela UPE atuou por mais de 10 anos na Gestão Comercial de Grandes Empresas. Co-autor no livro Gestão das Emoções no Ambiente Corporativo.E-mail: comercial@eduardoduke.com.br Contato: (81) 99673-5490 Site: www.eduardoduke.com.br Instagram: @eduardodukeoficial
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Por Luciano Barreto
COMPETITIVIDADE (você tem de verdade?)
A
competitividade é o que nos mantem vivos, move o mundo, seja nas organizações, na política, no esporte e na vida pessoal. Motiva a continuar melhorando sempre e superar algo, até mesmo desafios pessoais. A concorrência no caso do varejo pode ser salutar, desafiadora e responsável por despertar o desejo de melhoria e estar sempre no topo da cadeia.
algo que nunca poderá faltar a equipe, a empresa precisa ter colaboradores capacitados e motivados, que entendam quais suas funções, seus propósitos e espirito de time para que sejam capazes de entender as metas, indicadores e propósito da empresa. Se você não entender e trabalhar para seu público, não será capaz de ter uma identidade e manter relacionamento próximo com ele.
Alguns aspectos devem ser levados em consideração para sabermos em que nível de competitividade as organizações estão e até onde desejam chegar, tais como: Inovação, Gestão, tecnologia, diferenciação e equipe.
Outro fator muito importante é a comunicação que os clientes buscam com as empresas de varejo, eles esperam cada vez mais apesar da tecnologia, comunicação clara, humanizada e continuada, seja no pré-venda e pós-venda principalmente. O marketing precisa estar afiado, com o omnichannel, é necessário atender o cliente nos vários moldes ou modelos que possa estar presente demonstrando o mesmo respeito e passando a mesma mensagem, o que fortalece a identidade da empresa e obtém uma conversão maior de vendas.
Concorrência existe desde os primórdios, até por questão de sobrevivência, assim as empresas precisam fazer esforços imensos para se manterem vivas no mercado. A concorrência gera estimulo nas equipes, desenvolvendo aumento de vendas, lucratividade e algo muito importante como fidelização dos clientes, principalmente nas que mais se diferenciam no mercado. A Diferenciação pode ser peça chave para destacar-se no mercado, mas como fazer isso especificamente no varejo, se praticamente todos vendemos as mesmas coisas? Em um produto que cada um terá o seu, como serviço, e isso pode vir de várias formas: com treinamento constante das equipes, implantação de novas tecnologias, investimento em estrutura diferenciada, dentre tantos outras que poderiam ser citadas. Trabalhar para se desenvolver sempre mais é necessário ter um pensamento de dentro para fora da empresa, e terá que ser dessa forma porque antes de mais nada é preciso entender seu público, seu cliente. Caso contrário será uma empresa que replicará sempre as estratégias do concorrente, vivendo sempre a sombra do mesmo, assim como a rêmora que vive das sobras de um tubarão. Neste sentido é necessário que a Equipe esteja alinhada com os objetivos da empresa. Capacitação é 64 Revista NESupermercados
Diante de tudo exposto que caracteriza uma empresa competitiva e espero que a grande maioria dos varejistas estejam se identificando com as características citadas no texto, a tecnologia, a inovação, o marketing e toda a diferenciação não terão continuidade se a empresa não estiver organizada. Todos os processos precisam estar bem definidos, se a sequência das atividades entre diferentes postos de trabalho não estiver alinhada, dificilmente o resultado virá. O processo precisa ser tão admirado quanto o resultado. “Nada supera a rotina”. Por fim e uma das mais importantes características das empresas varejistas competitivas é o NÃO COMODISMO, o seu sucesso, suas metas, seus objetivos são alcançados no dia a dia. Se você se dedicou, capacitou seu time, trouxe tecnologia e conseguiu se destacar no mês, no ano ou qualquer período anterior, lembre-se, isso foi passado, a partir de amanhã você terá que continuar inovando, se diferenciando e trabalhando muito duro para estar sempre em destaque, e atingir novas metas novos resultados.
Por João Batista
João Batista, Tributarista @joaobatista_tributario
DA PERDA AO LUCRO
S
er empresário no Brasil é algo complexo e desafiador e um privilégio para poucos.
Não bastante o peso da carga tributária, temos que nos ajustarmos as diversas exigências do fisco, nos âmbitos federal, estadual e municipal, que por muitas vezes, divergem entre si. Nesse calabouço de requisitos, algumas ações permitem a sobrevivência das empresas, tais como, controle, gestão e organização. Quando falamos de controle, não me refiro ao termo macro e sim aqueles que geralmente não são levados em consideração ou que, por vezes, aparentam serem desprezíveis. Um exemplo clássico de processo desprezível – assim entendido por muitas empresas – é a emissão das notas fiscais de perda. Muitas empresas, não dão a importância cabível as emissões das notas fiscais a título de perda e tratam como operação não prioritária por não corresponderem a operações de faturamento. Contudo, poucos sabem de fato qual sua finalidade e o quão importante são. Dentro da finalidade de emissão, as NF-e de perdas são propícias para dar baixa nas operações de aquisição de produtos que, por algum motivo, não serão comercializados, como, por exemplo ,os extravios, as avarias, os produtos vencidos dentre outros. Tratando-se de sua finalidade fiscal, essas operações servem para ajustar o estoque às quantidades reais do estabelecimento. Quando não se emite o documento de saída das mercadorias que se perderam entre a aquisição e a venda, o estoque torna-se equivocado, pois ,constará uma quantidade irreal de mercadorias tanto no lógico, (sistema) ,quanto no físico, (produtos disponíveis). Outro fator a ser observado, levando em consideração a finalidade da emissão, é a entrega do arquivo INVENTÁRIO (declaração acessória que informa as quantidades reais constantes no estabelecimento no dia 31 de dezembro do ano imediatamente anterior). Se não levarmos em conta a emissão das notas de perdas, as quantidades serão divergentes (sistema X físico). 66 Revista NESupermercados
Ainda referindo-se à finalidade fiscal, quando adquirimos produtos, a depender do caso, são gerados créditos fiscais como ICMS – Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, o PIS – Programa de Integração Social e a COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Esses créditos precisam ser estornados em caso de perda dos produtos. A não emissão do documento fiscal, fará com que a empresa se aproprie indevidamente desse crédito. Mas nem tudo são desvantagens. Quando falamos de perdas, estamos falando de diminuição do lucro da empresa. Para as empresas tributadas pelo Lucro Real, as operações de perdas refletem uma diminuição do resultado (lucro) que servirá de base para o cálculo de IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica e CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. E se sua empresa foi onerada com perdas, nada mais justo que se beneficiar dessas operações. Numa visão geral, o gerenciamento das perdas de mercadorias permite o controle do estoque, uma boa gestão de compras, uma visão de lucratividade e a redução da carga tributária.
Dezenas de clientes satisfeitos
@Roberta Kuchta 81 99172.3398 roberta.rodcar@gmail.com
Venda direta da fábrica
Por Mônica Leão
O QUE VOCÊ TEM FEITO DE DIFERENTE PARA SUAS VENDAS
AUMENTAREM?
H
oje eu gostaria de conversar com você, que está enfrentando o segundo ano de pandemia. O que você tem feito de diferente para suas vendas aumentarem? Tenho visto alguns mercadinhos e supermercados com problemas de vendas e alguns até sendo repassados. Ao mesmo tempo outros tem tido crescimento em vendas nominais, crescimento em vendas de produtos, e não só no valor financeiro e estão abrindo mais lojas. O que esses empresários tem feito de diferente? Bem, é sobre isso que quero falar com vocês. Em primeiro lugar sua loja não pode mais ser apenas física! Exatamente! É inadmissível sua loja não ter delivery! Pode ser por aplicativo próprio ou através de parceria com empresas de entrega, ou por whatsapp, mas precisa ter! É uma questão de sobrevivência e crescimento ser uma loja híbrida - presencial e on-line! E não pode errar no envio do produto solicitado pelo cliente e nem tampouco entregar produtos de hortifruti amassados ou estragados. O impacto dessa venda online na estrutura da loja física é que se faz necessário ter pessoas para esse atendimento, uma área reservada para separar os pedidos dos clientes e um checkout exclusivo para essas vendas. Outro ponto: Você já percebeu que com essas vendas on-line você tem acesso às informações de quem são seus clientes, o contato deles, o que eles compram e o que eles gostariam de comprar e a sua loja não tem? E o que está sendo feito com essas informações valiosíssimas? Estão sendo perdidas? Essa é uma oportunidade ímpar de ter um banco de dados dos seus clientes on-line e fazer ações e promoções assertivas direcionadas às necessidades deles e fidelizá-los! Não tem ninguém para fazer isso? Avalie seu quadro de funcionários, suas funções e se for o caso até contrate alguém, mas você não pode jogar no lixo essas informações dos seus clientes 68 Revista NESupermercados
que irão fazer toda a diferença na sua estratégia de negócio. A maioria das pessoas tem saído pouco de casa, muitos estão trabalhando em home office. Isso significa que aumentou bastante o número de pessoas fazendo suas refeições em casa. Outro ponto é que quando vamos ao mercado ou supermercado queremos praticidade, rapidez e ter uma boa experiência de compra, afinal o mercado é um dos poucos lugares onde ainda estamos indo e por isso a exigência é maior. Então como está sua loja física? Continua do mesmo jeito como sempre foi ou deu aquela modernizada para tornar o ambiente mais agradável? Lembre-se: se o comportamento do cliente mudou, a loja precisa mudar, precisa se atualizar também! Vamos lá para algumas dicas importantes para se diferenciar: Mix de produtos: Mais pessoas fazendo suas refeições em casa, significa necessidade de reavaliar o seu mix de produtos. Como está o seu mix de pratos prontos (pizza, lasanha, tortas salgadas)? E de massas resfriadas? Você melhorou o sortimento de iogurtes e bebidas lácteas? Temos muitas variedades de iogurtes como bicamada, grego, sem lactose, com polpa de fruta, desnatado, integral e muito mais. São alimentos que trazem a praticidade que os clientes estão procurando no dia a dia. Som ambiente: Sua loja tem som ambiente agradável? Como é a escolha das músicas que tocam na sua loja? Lembre-se que a loja é feita para o seu cliente e não para você e por isso a seleção musical não pode ou não deve ser em cima do seu gosto! Entender o -
estilo musical do seu cliente fará a diferença e é simples fazer essa pesquisa. É só orientar suas operadoras de caixa a perguntar ao cliente que estilo musical ele gostaria de ouvir na loja. É importante também pensar no bem estar dos seus colaboradores e ter uma playlist diferenciada para os dias da semana. Lembre-se que eles estão trabalhando na loja todos os dias e ninguém merece escutar sempre as mesmas músicas. Para eles atenderem bem os clientes, primeiro precisam ser atendidos bem pela gestão da loja! Iluminação: A iluminação faz toda a diferença! Uma cliente me disse que a qualidade das frutas de uma loja era melhor em relação à outra da mesma rede. E eu sabia que a única diferença entre as duas lojas era a iluminação. No caso de hortifruti, uma iluminação extra, direcionada para os produtos, realçam as suas cores e a sua qualidade. Já para os corredores entre as gôndolas, a iluminação deve ser centralizada no corredor e nunca em cima das gôndolas. Cross Merchandising: Cross Merchandising ou como muitos chamam, correlato, é uma técnica utilizada no PDV para associar um produto que combine com o outro e assim gerar lembrança na mente do cliente e venda adicional. Por exemplo: pendurar dosador de whisky junto aos whiskies, pendurar o cheirinho de banheiro na frente dos papéis higiênicos, pendurar pano multiuso na frente dos multiusos, flanela na frente do limpa vidros, molho para salada junto do expositor de verduras e legumes e assim por diante. Lembrando que para ser cross merchandising ou correlato, o produto precisa ter conexão direta com o outro. Já vi em lojas sucos na vasca de hortifruti, isso não é cross merchandising! Frutas e sucos são produtos concorrentes! Agora, colocar creme de leite e leite condensado perto dos morangos tem correlação, você estará dando uma sugestão de consumo. E lembrese: os produtos que colocamos para fazer o cross devem estar expostos também no seu local de origem. O cross é uma exposição extra, ok? • Atacarejo: Segundo um levantamento da Nielsen, de novembro de 2020, citado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), os atacarejos registraram um crescimento nas vendas de 32,2%. Sua loja pode ganhar em volume de vendas oferecendo, por exemplo, packs com 6 unidades de biscoito, de café, de
leite, sabonete, creme dental, oferecendo um preço menor do que uma unidade. Mídia Digital: Não é moda estar nas redes sociais! É questão de sobrevivência! Também não dá para pegar seu filho ou filha adolescente, seu sobrinho ou até aquele amigo que te dá umas dicas, e fazer a gestão da sua rede social de forma amadora. É preciso um estudo de marketing digital para traçar quais as melhores estratégias para comunicar a sua loja. O marketing digital requer muito mais do que postagem de promoção, requer conteúdo! Fique atento a isso e contrate uma pessoa ou empresa especializada. O próprio profissional vai fornecer todas as informações de estratégia, acompanhamento e resultados para a sua avaliação. E por fim, mas não menos importante do que os demais pontos: Limpeza e pintura da loja: gente, tenho encontrado lojas com pinturas descascando, mal tratadas e sujas mesmo! Parece que nenhum gestor olha para cima, para o teto para ver as teias de aranha, poeiras já incrustadas nas paredes, cartazes antigos, manchados, escritos errados. Fica difícil desse jeito as vendas crescerem! Não importa o bairro em que a sua loja está e nem o público que ela atenda, a limpeza e pintura é fundamental para compor a boa imagem, a boa impressão da sua loja! Lembre-se: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, Rita Mae Brown.
@monicaleaoconsultoria
Revista NESupermercados 69
Por Márcia Belo
CUIDADOS NO ARMAZENAMENTO DOS PRODUTOS Mais um assunto polêmico para muitas páginas de conversas, mas vamos simplificar o contexto, tocando no assunto principal; Acondicionamento de produtos perecíveis no varejo.
Vale salientar que o acondicionamento é um conjunto de medidas que tem o objetivo de preservar o alimento final por isso está contido em embalagem primaria, secundaria, terciaria e até quaternária.
Sempre separei de forma distinta o acondicionamento de um produto, seu armazenamento e exposição na prateleira. Três operações que requerem cuidado e atenção. Em primeiro lugar devemos entender essas etapas de forma abrangente porque preserva não só a qualidade do produto mais a segurança do alimento.
No comercio varejista é mais comum observar até a terceira embalagem, facilitando uma melhor armazenagem e distribuição.
O acondicionamento é um item fundamental para preservação dos produtos perecíveis em toda a logística de distribuição e comércio, principalmente porque é especificado em embalagens e suas adequações levando em conta o desenvolvimento do produto produzido. Podemos entender então que o acondicionamento de um produto se dá pela embalagem na qual foi adaptada. No comercio não poderia ser diferente considerando a grande quantidade de manuseios. 72 Revista NESupermercados
No Armazenamento depende exclusivamente de fatores de segurança que tem como finalidade preservar a qualidade do alimento acondicionado. Costumo enumerar os principais e detalhar sua operação visando obter bons resultados logístico, mas fica claro que o layout é a principal necessidade para um bom armazenador. Quero deixar exemplificado que além de um layout adequado a implementações de práticas sanitárias além de obrigatórias são necessárias. As boas práticas são indispensáveis para o armazenamento de alimentos perecíveis refrigerados; devemos observar pontos de perigo nessa etapa, considerando
que se pode converter esses perigos, dependendo também do que seja. Conhecer as particularidades de cada tipo de alimento; antes de vende-lo devemos conhecê-lo e assim saberemos quais suas principais particularidades. Monitorar a temperatura e a umidade do ar é outro ponto de perigo importante. Todo e qualquer alimento perecível necessita de baixas temperaturas, seja FLV, POA, Frios e demais alimentos que contém maior atividade de água e nutrientes que são capazes de propiciar o desenvolvimento em veloz de microrganismo muitas vezes patógenos. Essa atividade da água está relacionada a perecividade do alimento. Utilizar pallets adequado a operação; sempre chamo atenção para essa etapa porque se criou uma ideia de que palete não se limpa; assim como vascas, monoblocos, bins e outros. Esse último formato de armazenamento conta com um acondicionamento aberto, sem maior proteção, portanto, devemos chamar muita atenção para a higiene desses acondicionadores. A higiene é um dos maiores fatores sanitários no acondicionamento do alimento que se dá na manipulação, assim como no seu armazenamento propriamente dito, recepção e expedição. Um ponto importante que devemos salientar é o empilhamento dos produtos sem prejudicar a circulação de ar que é uma prática ainda pouco reproduzida em pequenas e medias lojas principalmente em câmaras de capacidade inferior abarrotada de mercadoria dificultando a passagem do abastecedor, deixando sem condições para higienizar e monitorar quanto ao CIP- Controle Integrado de Pragas e o seu shelf life além de prejudicar o rendimento do equipamento de refrigeração com gasto de energia, perda de mercadoria e desperdício de dinheiro. Empilhar produto em transporte, câmaras ou galpões são formas de elevar a perda desses produtos ou ser propagador de um alimento de péssima qualidade além de pôr em risco a saúde do consumidor. Assim como enumerei as principais forma de proteger o alimento também listo sugestões para evitar grandes perdas;
Organizar a entrada e saída de mercadorias é fundamental para criar dinamismo na operação deslocando o produto recebido para o seu armazenador. Manter as mercadorias na embalagem original, facilita a sua rastreabilidade controlando o sua vida útil e identidade. Armazenar as mercadorias de forma correta, obedecendo altura e base evita quebra e defeitos na estrutura do produto. Manter uma infraestrutura adequada, facilitando a higienização e refrigeração adequada. Definir um layout adequado para evitar contaminação cruzada e dificuldade na operação. Organizar o espaço físico para armazenar suas mercadorias antes de recebê-las. Compartilhar a gestão de estoque, para evitar excessos ou baixas desnecessárias. Nesse ponto eu chamo atenção para um compartilhamento que tenha início na recepção principalmente com o objetivo de conferir as verdadeiras condições do produto. Treinar e capacitar os colaboradores para que possam se conscientizar da responsabilidade da manipulação de um produto perecível. Manter os equipamentos de refrigeração em constante manutenção, planejando suas substituições periódicas. Avaliar seus fornecedores sempre que for necessário acompanhando a qualidade do produto adquirido na intenção de que todo e qualquer alimento tenha sua integridade preservada. Não poderia deixar de falar na terceira etapa que é a exposição do produto no salão de loja. Como disse acima; equipamentos em manutenção periódica evita dor de cabeça e grandes perdas. Equipamento de refrigeração expositor é o cartão postal da loja. Um consumidor satisfeito é aquele que abre o expositor e verifica que há refrigeração adequada e o seu ambiente interno é conservado e limpo. O investimento em expositores modernos, com tecnologia de ponta é a peça-chave para aumentar sua produtividade, protegendo sua mercadoria e garantindo sua qualidade e diminuído suas perdas.
Dra. MÁRCIA BELO Med. Veterinária – UFRPE, Especialista em Controle de Qualidade dos alimentos E Segurança dos Alimentos - UFPE Diretora Técnica da Consultechs Brasil Empresa especializada em Inspeção e implementação de programas de segurança dos Alimentos de toda cadeia produtiva.
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(Mayvonne Morais – Psicóloga Organizacional, Consultora na área de Estratégia e RH, Professora de Graduações e Pós, também Escritora)
Por Mayvonne Morais
RELAÇÃO COM FORNECEDORES ALÉM DA MARGEM E DO LUCRO
V
amos ponderar s o b r e e s t a importante relação: você costuma avaliar a performance dos seus fornecedores, estabelecendo critérios que validem suas participações como parceiros-chaves? É bem possível que você ateste que SIM, que suas gôndolas estão cheias, que dispõem de bons pacotes de ofertas, que colaboram com encartes ou tabloides e negociações especiais, disponibilizam equipes de promotores, oferecendo também condições comerciais que favorecem uma possível boa margem de lucro. Vamos sair da pura condição de aquisição de produtos, transcendendo esta questão. Para tal, convém indagar alguns pontos relevantes para identificarmos o real nível de engajamento destes com o sucesso de sua loja ou empresa: 1)Que SOLUÇÕES e CONTRIBUIÇÕES seus principais fornecedores têm oferecido como alternativas de desenvolvimento do seu negócio? 2)De que forma têm contribuído para desenvolver sua EQUIPE com informações, capacitações, alinhamentos e integração de profissionais no PDV com os processos ali acordados? 3)Quais ESTRATÉGIAS tem oferecido para ajudar o varejo a “pilotar” os preços ao consumidor e dar apoio a ações de sell out como forma de rentabilizar a categoria (uma vez que excesso de rebaixa abala as vendas e a lucratividade)? 4)Quais INOVAÇÕES têm ofertado às categorias segundo perfil e porte das lojas, alinhando às necessidades do mercado (para incentivar vendas e lucro, também atrair novos consumidores para as categorias)? 5)Quantas vezes compartilharam informações 74 Revista NESupermercados
relevantes, propondo MUDANÇAS na forma de trabalhar as categorias (com base em resultados concretos e em pesquisas com consumidores), entre outros aspectos? Ações de sell out, sortimento adequado com produtos de bom giro, boa margem nas negociações, planogramas , ações de merchandising, logística eficiente, passam a ser condição obrigatória e rotineira de quaisquer fornecedores. Diferenciais que indicam os que merecem prioridade e abertura são, de fato, aqueles que apontam para uma boa participação nas vendas e na rentabilidade, ajudando a melhorar os negócios, atuando como consultor a serviço do desenvolvimento do varejo. Revisar periodicamente estes serviços e fazer ajustes, contando com a expertise de quem dispõe de informações abrangentes do mercado, é alinhar VISÕES e assumir o PROPÓSITO de uma relação de mútuo compromisso para o crescimento. Fornecedores que apenas abastecem lojas – sem dispor de uma proposta de médio/longo prazo para desenvolver cada negócio atendido – são passíveis de DESCRÉDITO e DESCARTE. Invista, portanto, parte de seu tempo na estratégia de DESENVOLVER FORNECEDORES com a perspectiva de atuarem como especial staff de expansão e consolidação dos negócios: avalie todos, enriqueça o diálogo, busque análise crítica dos serviços e resultados, convoque-os para que estejam presentes com serviços adicionais às negociações de praxe, com qualidade, redução de perdas, agilidade , economia e inovações que concorram para a percepção, de fato, de uma vantagem competitiva na relação estabelecida!
Por Benovaldo Júnior
HORA DOS PRODUTOS ALTERNATIVOS? Com a alta dos preços produtos menos caros podem assumir o protagonismo. fato que o consumidor vem perdendo seu poder de compra e vale destacar dois fatores, a pandemia que se arrasta no país e consequente a alta nos preços dos produtos em geral.
É
Mas o que fazer para não perder receita em meu negócio? O que fazer para meu cliente continuar realizando suas compras de forma a levar para casa o necessário? Bem vou destacar nas próximas linhas alguns pontos para você levar em conta, avaliar e adaptar ao seu supermercado. •Faça uma campanha com produtos alternativos (marcas menos conhecidas ou segunda linha de grandes marcas). Estimulando seu consumidor a comprar produtos de qualidade de outaras marcas que habitualmente não consome. Seja atrativo, explore a exposição e o marketing visual para isso. •Coloque os produtos de forma estratégica para estimular a compra através da posição dos produtos nas prateleiras, colocando na linha de visão do consumidor. Lembre-se normalmente, as pessoas vão para o supermercado comprar alguns produtos, mas ao passarem pelos corredores, acabam levando sempre algo a mais do planejado. Justamente os produtos de sua campanha arrumados de forma estratégica e no campo de visão do seu cliente. •Produtos essenciais bem longe da entrada da loja. Produtos de uso diário como Arroz, feijão, macarrão, leite, açúcar devem ser colocados preferencialmente no fundo da loja, afim de aumentar a jornada do seu cliente e despertar atenção e interesse dele para outros produtos. Assim as compras não planejadas serão maiores. •Utilize os produtos alternativos para causar a impressão de que seu supermercado possui os melhores preços.
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Faça uma pesquisa dos itens mais vendidos, depois ajuste os preços de forma a ficarem menores dos concorrentes. Realize uma boa divulgação dos preços internamente e externamente. Após todas estas ações os consumidores vão analisar seus preços, comprar com os concorrentes e criar a percepção de que os seus preços em geral são mais baratos. Coloque em pratica as dicas e de forma uma óbvia tenha um aumento de vendas em supermercado. Impulsionar o seu marketing também deve ser levado em conta. A quantidade não significa necessariamente qualidade, por isso, planejamento é fundamental. Teste, monitore seus resultados e realize uma pesquisa de mercado para saber seu público-alvo.
MERCADO EXPRESS MERCADO EXPRESSO CADO EXPRESSO
EMBARÉ SEGUE EVOLUINDO POLÍTICAS DE SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA
A
empresa vem desenvolvendo ao longo dos anos diversos projetos socioambientais por meio de uma gestão pautada na constante busca de novas soluções, que visem minimizar os impactos da indústria de fabricação de produtos lácteos ao meio ambiente e que contribuam com a melhora da qualidade de vida da sociedade. Certificada na normal internacional ISO 14001 desde 2003, a empresa mineira possui um Sistema de Gestão Ambiental que a ajuda a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais como parte de suas práticas usuais. Por meio de uma parceria estabelecida para o reaproveitamento tecnológico de alguns de seus resíduos, a Embaré consegue que 50 mil quilos ao ano de resíduos sejam destinados para coprocessamento, reduzindo a previsão de destinação final de resíduos em aterro indústrias de 8,8% para 3,5%. Luiz Augusto destaca ainda outras iniciativas: “Investimos pesado na Estação de Tratamento de Efluente Industriais (ETEI), garantido uma redução de mais de 96% na carga orgânica do efluente, cumprindo todas as exigências impostas pelos órgãos ambientais, e reaproveitamento em 100% do biogás gerado. Já realizamos redução no consumo de biomassa e destinação de cerca de 384 toneladas/ano de biofertilizante para enriquecimento do solo e cultivo de diferentes culturas como milho e soja, por exemplo”, declara o gerente. A construção da ETEI, cujo objetivo é melhorar a qualidade da água lançada no corpo receptor e produzir biofertilizante a partir dos resíduos sólidos, se deu em 1997, e já passou por duas expansões, uma de capacidade em 2008 e outra de qualidade do processamento em 2016, que garantiram melhores resultados. Atualmente, é uma das mais modernas do país. Já tratada e analisada em laboratório exclusivo, a água é devolvida para o meio ambiente. A ETEI também desenvolve práticas de manutenção do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), importante modelo reconhecido mundialmente que tem como objetivo a geração de energia limpa e redução das emissões de carbono. Parte do biogás, composto principalmente de metano, gerado na ETEI, é conduzido a um gerador e, a partir de sua combustão, é transformado em energia elétrica, utilizada para a manutenção de toda a ETEI. A outra parte do biogás retorna para a fábrica e é utilizada como combustível para a geração de vapor na caldeira que, no período de um ano, gera uma redução de 1,76 milhões de
quilos no consumo de cavaco, a biomassa geralmente queimada na caldeira, responsáveis pela emissão de 775 toneladas de CO2 no período. Com isso, a empresa reduz o corte de aproximadamente 80 mil pés de eucaliptos por ano e deixa de emitir 800 mil m³ de metano na atmosfera. Visando diminuir o consumo de água, a Embaré desenvolve várias ações para o uso consciente do recurso. Uma delas é o sistema para recuperação da água evaporada no processo de concentração e secagem de leite, no qual as linhas são equipadas com condutivímetros e válvulas automáticas que direcionam a água para processos que necessitam de água de baixa dureza. Também são utilizados medidores de nível nas baias de recepção de leite, proporcionando a reutilização da água condensada para geração de vapor na caldeira. Com essas ações, o índice médio de consumo da empresa é de 1,33 litros de água por litro de leite industrializado, enquanto a média nacional para laticínios é de 3,5 litros de água por litro de leite industrializado. A redução no consumo de água é de cerca 1,3 milhões de m³ ao ano. Evidenciando ainda mais a preocupação da empresa com o meio ambiente, por meio da Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE), a Embaré estabelece mensalmente medidas a serem adotadas dentro do processo de produção da empresa para redução de consumo de energia, água e vapor. A grande novidade para um 2021 mais sustentável na Embaré se dá por meio de uma parceria com a Polen, empresa especializada em soluções de logística reversa. Luiz Augusto explica que a contratação da startup tem abrangência em todo país e tem o objetivo de reciclar 22% do volume de embalagens que foram colocadas no mercado em 2020, em um modelo de compensação. “O trabalho da Polen consiste em mapear, credenciar e desenvolver operadores de reciclagem. O credenciamento inclui uma avaliação minuciosa de questões sociais envolvidas no trabalho de reciclagem e o desenvolvimento do projeto está pautado em fornecer equipamentos necessários, treinamentos e outras necessidades demandadas pelos próprios operadores”, explica o gerente.
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CADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTIVO MERCADO EXECUTI
Por Juliana Albuquerque
WILLAMS MARQUES Em ascensão profissional
D
e promotor de vendas em uma multinacional de bebidas até se tornar gerente de contas em uma das mais importantes distribuidoras de Pernambuco, a Grifos. Essa é a trajetória de sucesso de Willams Marques, que soube aproveitar cada oportunidade profissional que a Grifos foi lhe proporcionando ao longo de mais de duas décadas de atuação. “No ano 2000, fui contratado como vendedor de varejo. Pouco tempo depois comecei a atender os maiores clientes da empresa e fui para supervisão de vendas. Como a Grifos é uma empresa que vai criando sempre oportunidades, fui para supervisão de vendas da Unilever e Johnson e posteriormente gerente de contas da Kimberly-Clark Corporation. Desses degraus até me tornar gerente de conta da Johnson, fui fazendo o que sempre fui apaixonado desde os meus 16 anos – trabalhar com varejo e pessoas, dando o meu melhor”, conta Marques. De acordo com ele, os desafios dos cargos são enormes, em especial, nesse tempo de pandemia, em que boa parte dos consumidores perderam o seu poder de compra. “O meu trabalho envolve toda a gestão de estratégia junto com a gerencial comercial da Grifos. O que implica dizer em acompanhar o andamento dessa estratégia junto a toda cadeia de cerca de 70 pessoas em sintonia com o gerente comercial da Grifos. Um trabalho que envolve a garantia que a venda aconteça na ponta”, revela o gerente de contas. Um desafio diário que ele ama fazer e que tem paixão como se todo o dia fosse o primeiro, por sinal. “Levanto todo dia para trabalhar como se fosse o primeiro dia de trabalho, há 21 anos. E por isso, acredito que o ser humano é guiado principalmente pelo exemplo. Quando a gente diz que é possível fazer a coisa acontecer, quer seja uma negociação ou colocar uma caixa na prateleira, a equipe percebe que não está só”, pondera Marques. Embora seus 25 anos de trajetória no mercado de vendas no varejo já garanta a expertise necessária para continuar a crescer, Marques também foi em busca de qualificação para proporcionar ainda mais suporte a sua equipe. Para isso, se formou em Processos Gerenciais e tem como princípio básico dividir o conhecimento aprendido profissionalmente. “Gosto de atuar como multiplicador de conhecimento, então, quanto melhor informado, mais chance de passar o que sei para quem quer aprender”, explica o gerente, que complementa dizendo que atua também como multiplicador de conteúdo em um projeto interno da Grifos. “É muito bom passar o que se sabe. Vejo com orgulho casos de pessoas que foram promotoras minha e hoje estão crescendo profissionalmente com minha ajuda. Isso é satisfatório demais”. E por falar em crescer é simples quando se trabalha em uma empresa em franca expansão, como a Grifos, a pretensão de Marques segue e sintonia com a empresa. “Todos estamos trabalhando muito forte para ajudar a Grifos nessa ascensão e crescer junto com ela”, finaliza. 78 Revista NESupermercados