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“Requiem” de John Rutter

CONCERTO «ONLINE»

“Requiem” de John Rutter

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O Coro da SRNOM associou-se a uma iniciativa muito especial para a música e para a cidade do Porto, ao participar no concerto “Requiem” de John Rutter. A direção musical esteve a cargo do Maestro José Manuel Pinheiro, e o concerto, realizado a 19 de junho, na Igreja dos Grilos, foi transmitido em direto, via streaming, através das redes sociais da SRNOM.

Texto Catarina Ferreira

Aceda ao vídeo do concerto diretamente através do código QR ou visite a página da SRNOM no Facebook https://bit.ly/3iy8PiN

UMA VISÃO PACIFICADORA DA MORTE BASEADA EM FAURÉ

No dia 19 de junho, a popularmente conhecida por Igreja dos Grilos (Igreja de S. Lourenço), no Porto, foi palco de um evento muito especial: um concerto dedicado ao “Requiem” do músico inglês John Rutter. O concerto contou com a direção musical de José Manuel Pinheiro, maestro do Coro da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, e a participação do próprio Coro da SRNOM, do Ensemble Vocal Pro Música e da Orquestra de Ópera na Academia e na Cidade. Na sua qualidade de anfitrião, o Maestro José Manuel Pinheiro começou por agradecer à SRNOM e às outras entidades que apoiaram a iniciativa, nomeadamente o Conservatório de Música do Porto e a Diocese do Porto, na figura do Bispo Auxiliar D. Vitorino Soares, “pela cedência deste lindíssimo espaço”. “A morte tem sido uma temática muito tratada ao longo da história da música. Toca a todos e os compositores interessaram-se também por ela. Alguns retrataram-na, musicalmente, com uma visão um pouco mais sombria – e relembro aqui o Requiem de Verdi, no seu segundo andamento, que quase é assustador –, outros com uma visão muito mais pacificadora, como é o caso de Gabriel Fauré”. John Rutter, nascido em 1945, em Londres, terá composto o seu “Requiem” aquando da morte do seu pai e inspirou-se precisamente no “Requiem” de Gabriel Fauré”, tendo inclusive consultado um manuscrito anotado pela mão do próprio, com observações do compositor sobre a orquestração, explicou o maestro do Coro da SRNOM. O “Requiem” de Rutter foi escrito entre 1983 e 1985 e propõe um “caminho desde as trevas da dor e do desespero até à luz da esperança”. Como explicou José Manuel Pinheiro, o concerto inicia-se com o “descanso eterno”, baseado em textos do missal romano, e termina com o pedido de “luz eterna”. A estrutura desta obra, tipicamente inglesa, combina o texto latino da missa romana do “Requiem” com salmos em inglês da liturgia anglicana que Rutter introduziu. Segue um esquema simétrico, em que o tema inicial é retomado na conclusão, mas numa “cor luminosa e apaziguadora”. No final, entre outras dedicatórias e agradecimentos, o Maestro dedicou o concerto também à Ordem dos Médicos e à SRNOM, nomeadamente “a todos os profissionais de saúde que partiram ao prestar o serviço de cuidar de todos nós”. n

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