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Responsabilidade Social e Profissional – Papel da OM

9-10.OUT.2021

‘What Else’

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Responsabilidade Social e Profissional – Papel da OM

DESEMPENHAR UM PAPEL ATIVO PARA FAZER A DIFERENÇA

“Responsabilidade Social e Profissional – Papel da OM” foi o tema do workshop conduzido por Cristina Gavina, em representação do CRNOM, no dia 10 de outubro. Inserido no congresso “What Else – A World of Opportunities”, organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o debate alertou para a importância de os futuros jovens médicos envolveremse nas atividades da Ordem dos Médicos e desempenharem um papel ativo nas organizações da classe e na sociedade em geral.

Nos dias 9 e 10 de outubro, a Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (AEFMUP) promoveu a terceira edição do “What Else – A World of Opportunities”. Um congresso “com bases delineadas pela multisciplinariedade”, “a pensar nas tendências do futuro”, de acordo com os seus organizadores. “Com foco nas áreas da política, gestão, indústria farmacêutica e tecnologia”, o evento visa a “criação de espaços de aprendizagem, reflexão e discussão” entre os jovens sobre o papel do médico não apenas como clínico, mas também como interveniente ímpar na sociedade. Do programa, que incluiu Sessões Plenárias sobre “Responsabilidade Social na Comunicação em Saúde”, “Inovação e Competitividade Empresarial em Saúde” e “Gestão Hospitalar”, destacou-se em particular a abordagem de “carreiras alternativas” à prática clínica convencional: da formação e investigação, à criação de negócios e a carreira na indústria farmacêutica, nas instituições militares, em entidades nacionais, como o Infarmed, ou internacionais, como a OMS.

“RESPONSABILIDADE SOCIAL E PROFISSIONAL - PAPEL DA OM” No segundo dia do evento, a 10 de outubro, em representação do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM), Cristina Galvina conduziu um workshop sobre o tema “Responsabilidade Social e Profissional - Papel da OM”. “Preparei este workshop a pensar naquilo que eu gostaria que me tivessem en-

Preparei este workshop a pensar naquilo que eu gostaria que me tivessem ensinado quando eu era estudante de Medicina em relação ao funcionamento da Ordem dos Médicos.

Cristina Gavina

sinado quando eu era estudante de Medicina em relação ao funcionamento da Ordem dos Médicos e à importância que ela pode ter na representação não só dos médicos,mas também dos doentes”, começou por explicar Cristina Gavina. Para depois destacar a relevância do evento: “Normalmente os alunos não têm consciência de que o seu papel como médicos pode ir muito além daquilo que é o ato médico. Muitas vezes nem sabem o que pode englobar o próprio ato médico, que outras estratégias e outras atuações do médico podem ir para além daquela que é a atividade clínica pura e dura. Que passa pela atividade formativa, pelo ensino, entre outras vertentes que podem igualmente contribuir para o tratamento das doenças e para promoção da saúde dos cidadãos”, completou Cristina Gavina.

RESPONSABILIDADE SOCIAL No início do workshop, a vogal do CRNOM chamou a atenção dos jovens médicos para a importância de se envolverem nas mais variadas estruturas académicas e profissionais, desde as associações de estudantes à própria Ordem dos Médicos. “Vocês podem fazer a diferença. É importante que tenham espírito crítico, que desempenhem um papel ativo na sociedade e tenham uma voz em representação da nossa classe e dos cidadãos”, alertou. Em declarações à Nortemédico, a oradora frisou algumas mensagens que transmitiu aos participantes. “A Ordem dos Médicos é um motor de mudança, desenvolve propostas concretas para melhorar a saúde em Portugal. É uma voz ouvida não só pela opinião pública, que muitas vezes olha para nós como o referencial daquilo que é a boa prática, mas também porque é preciso efetivamente chegar à tutela e explicar porque algumas coisas são necessárias e porque temos que ajustar a nossa postura de acordo com as necessidades de cada momento da nossa comunidade. Isto vai muito para além de qualquer luta política ou de interesse sindical, estamos muito acima desse plano, a lutar pela defesa de uma classe e da população. Queremos que os mais jovens tenham um papel ativo e percebam que a inscrição na Ordem dos Médicos não é só uma questão de obrigatoriedade. Devem participar e fazer parte desta estrutura dinâmica, constituída por pessoas muito diferentes mas com interesses comuns, para que possamos ter mais força”, reforçou Cristina Gavina.

RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL O que se pode esperar de uma ordem profissional, de que forma é que a Ordem dos Médicos se encontra estruturada para poder servir e dar apoio aos seus associados, as responsabilidades do médico, a legislação e regulamentos mais relevantes e o Estatuto da Ordem dos Médicos foram alguns dos assuntos tratados. “Ser médico é muito mais do que tratar e diagnosticar doenças. É promover saúde, educar a população, defender os interesses e direitos dos doentes e as melhores terapêuticas, junto da tutela, como parte integrante de uma estrutura organizada”, rematou Cristina Gavina.

O PAPEL DA OM Garantir a qualidade formativa, regular a formação pós-graduada, promover um acesso igualitário aos cuidados de saúde, defender as boas práticas médicas e a relação médico-doente, “baseada na confiança”, foram alguns exemplos apresentados aos estudantes sobre as responsabilidades e preocupações da Ordem dos Médicos. A oradora esclareceu ainda a “reconhecida autonomia das ordens profissionais para tomar decisões em relação aos seus associados e promover a autorregulação”, e o principal objetivo, que passa por “defender os direitos fundamentais dos cidadãos”. “Regular o acesso e o exercício da profissão, representar e defender os interesses dos médicos e contribuir para a defesa da saúde dos cidadãos e dos direitos dos doentes faz parte da missão da Ordem dos Médicos. Temos que dignificar o ato médico e defender uma medicina de qualidade, para que todos fiquem a ganhar”, realçou a especialista em Cardiologia, acrescentando que “atividades como a investigação, a formação e a gestão também são atos médicos”. Cristina Gavina terminou expondo ainda como se encontra organizada a Ordem dos Médicos em termos de estruturas nacionais e regionais, bem como os principais serviços que presta e, em particular, de que forma os médicos podem utilizar e usufruir da Casa do Médico, das instalações e dos serviços da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos. n

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