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«ONCO GP 2021»

INOVAÇÃO EM ONCOLOGIA ESGOTOU INSCRIÇÕES NO ONCO GP

Entre os dias 4 e 6 de novembro, o Salão Nobre da SRNOM recebeu a 6ª edição do “Post-Graduate Course in Oncology for General Practitioners and Young Oncologists” (ONCO GP 2021). Destinado a especialistas de Medicina Geral e Familiar e internos de Oncologia, o evento apresentou uma “visão ibérica” da Oncologia, incentivando a partilha de conhecimentos.

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Texto Catarina Ferreira › Fotografia Medesign

Um evento educacional de três dias, de imersão total no tema, orientado para a prática clínica, num ensino interativo e multidisciplinar e que conta com um corpo docente internacional de especialistas de topo. Esta foi a proposta do 6º curso de Pós-Graduação em Oncologia para Clínicos Gerais e Jovens Oncologistas, dirigido por António Araújo, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRNOM), e Mariano Provencio, professor da Universidade Autónoma de Madrid. O evento realizou-se nos dias 4, 5 e 6 de novembro, no Salão Nobre do Centro de Cultura e Congressos da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) e teve como principal objetivo atualizar os especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF) e os jovens internos de Oncologia Médica. “Este curso prende-se com a necessidade que nós sentimos em dar formação aos mais jovens na área da Oncologia. Esta é uma especialidade que tem sofrido uma grande e muito rápida evolução, não só em termos de biomarcadores como nas formas de tratar os doentes, em particular de novos medicamentos. Para quem não está dentro da Oncologia, pode tornar-se difícil acompanhar esta evolução. E este curso vem nessa sequência. Tentamos dar aos mais jovens, quer aos médicos de Medicina Geral e Familiar, quer aos médicos oncologistas, uma visão do que é a Oncologia hoje e como deve ser encarado o doente oncológico”, justificou António Araújo. Foi nesta ótica que o diretor do serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP) impulsionou o ONCO GP, já em 2015, como um “projeto de características inéditas”. Além de reconhecer o papel que assume o médico de família neste processo, destaca os avanços nesta área e a importância do “acompanhamento contínuo” aos doentes durante os tratamentos e da interação com oncologistas e cirurgiões.

“VISÃO IBÉRICA” Embora se realize sempre na cidade do Porto, este curso básico de Oncologia para especialistas de Medicina Geral e Familiar e internos de Oncologia Médica foi idealizado para abranger toda a Península Ibérica. Para António Araújo, esta “visão ibérica” permite enriquecer o conteúdo formativo e a partilha de conhecimento, já que muitos dos oradores são espanhóis e mesmo alguma da assistência vem do país vizinho. “Faz todo o sentido podermos trocar impressões sobre o que se faz em Portugal e Espanha, partilhando conhecimentos e experiências, de forma a enriquecer cada participante”, acrescentou. Nesse sentido, partilha a direção do ONCO GP com o colega espanhol Mariano Provencio, diretor do serviço de Oncologia do Hospital Universitário Puerta De Hierro, em Madrid. Na sessão de abertura, que aconteceu no primeiro dia do evento, os organizadores do ONCO GP começaram por dar as boas-vindas aos participantes. No primeiro curso pós-pandemia a realizar-se em formato presencial na SRNOM, António Araújo destacou a vertente prática do curso e incentivou à colocação de questões aos oradores convidados. “Trazemos uma visão global de toda a Oncologia – começamos na epidemiologia, passamos para os rastreios e biomarcadores, percorrendo os tratamentos, e ainda iremos abordar patologias específicas”, assegurou. A primeira sessão “The basics about Cancer”, focou-se essencialmente na epidemiologia do cancro na Península Ibérica, tendo como primeiro orador Alberto Ruano, professor de Medicina Preventiva e Saúde Pública na Universidade de Santiago de Compostela. O curso, inicialmente previsto para 60 participantes, este ano excedeu o limite de inscrições e contou com a frequência de cerca de 70 médicos. n

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