ANO • NACIONAL • MARIANO
Revista
Ano 4 • Edição Nº 47 • JUNHO/2017 • Paróquia Imaculada Conceição
Nosso Tempo
Linha Mestra da pedagogia ressurreicionista • CATEQUESE MARIANA •
• Santo do mês •
A anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria
São João Batista
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NOSSO TEMPO Apresentação Editorial
Horários
No mês que comemoramos São João Batista a Revista Nosso Tempo está recheada de coisas boas pra você leitor. Além das matérias completas sobre as devoções neste mês: o Sagrado Coração de Jesus e a Solenidade de Corpus Christi dando continuidade ao ano litúrgico você pode conferir mais uma matéria sobre o apostolado católico em nossa paróquia e a continuidade sobre as catequeses marianas com o Pe. André, CR, tudo isso com o conteúdo e qualidade que você já conhece. Que neste mês o Sagrado Coração de Jesus ajude a sermos mais obedientes a Palvra de Deus e sensíveis a vontade de Deus.
Missas Feriais
• Sáb.: 19h
Uma abençoada leitura! Salve Maria! Equipe de Redação.
• Ter.: 19h30 | Santa Missa da Esperança • Qua.: 15h| Santa Missa e Nov. Perpétua
19h30| Grupo de Oração • Quinta-feira| Dia de Adoração
8h| Santa Missa 19h30 | Procissão e bênção do Santíssimo 20h| Santa Missa pelas famílias • Sex.: 19h30 | Santa Missa
Missas Dominicais
• Dom.: 8h, 10h e 19h* * Missa do avivamento
Confissões • Qui.: 9h às 12h | 16h às 19h • 1ª Sexta.: 18h às 19h | 20h30 às 22h • 1º Sábado.: 08h às 10h • 1º Domingo.: 19h às 21h
Mídias Sociais
Secretaria Paroquial
• Ter. à Sáb. 8h às 21h
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Dom. e Dias Santos 1 hora antes das Missas
Horários de Matrimônio www.paroquiaimc.com.br
Sáb. 11h| 12h| 16h| 17h| 20h30| 21h
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Informações sobre: Catequese, Sacramentos, Exéquias, intenções de Missa, visita aos enfermos, pastorais e inscrição para o dízimo. Tel.: (11) 4449-3131/ 4449-3104 E-mail: secretaria@paroquiaimc.com.br
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Expediente A REVISTA NOSSO TEMPO É UMA PUBLICAÇÃO DA PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇÃO DIREÇÃO Pe. Alexandre L. Alessio, CR
TIRAGEM 1.000 exemplares
REDAÇÃO Pe. André, CR e voluntários
IMPRESSÃO Gráfica Artgraf
DIAGRAMAÇÃO Bruno Daminello Zacarias
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NOSSO TEMPO Celebrações Corpus Christi
“Eis o pão que os anjos comem”
Por Equipe de Redação
A Festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o Mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a Última Ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue. Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós. A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
Sagrado Coração de Jesus “Desfraldai no pendão da vitória o imortal Coração de Jesus.” “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas”. (Mateus 11, 28-29) O coração de Jesus é o coração manso e humilde de Deus, colocado dentro do nosso peito. O Senhor não é só uma inteligência suprema, Ele é coração, e o coração de Jesus é a manifestação visível do amor do Pai. Ao longo desses dois mil anos de história da Igreja, os santos padres desenvolveram a espiritualidade do coração de Jesus. Mais tarde, Santa Maria Margarida, no século XVII, teve a imagem do coração de Cristo para fora do peito, coroado de espinhos e inflamado de amor. Essa imagem acabou fazendo história e aprofundando essa espiritualidade. A Festa do Sagrado Coração de Jesus foi oficializada pela Igreja; a primeira sexta do mês é dedicada a ele. E em nossa amada paróquia não é diferente, na primeira sexta-feira o honramos com a Cruzada do Coração de Jesus, celebramos o Santo Sacrifício da Missa, ficamos em adoração ao Santíssimo Sacramento e há atendimento de confissões até as 22h, tudo isso para aproximar cada dia mais do Sagrado Coração os fiéis de nossa amada paróquia. Fonte: Canção Nova www.paroquiaimc.com.br
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Apostolado Educacional
Linha mestra da Pedagogia Ressurreicionista Por Pe. Alexandre Lopes Alessio, CR
A
Congregação da Ressurreição – Padres, Irmãos e leigos Ressurreicionistas – como todo instituto de vida consagrada, possui um carisma próprio de modo a vive-lo e atuá-lo na Igreja e no mundo. É deste carisma que brota e deve se desenvolver o apostolado do instituto. O carisma ressurreicionista parte da experiência pessoal e comunitária do Mistério Pascal de Cristo na Igreja, mediante os sacramentos da graça e a doutrina católica. O carisma de um instituto é a herança que o fundador deixa a posteridade da comunidade por ele fundada. No caso dos ressurreicionistas, estes foram fundados por um leigo, de origem polonesa, chamado Deodato Janski que nasceu e viveu na primeira metade do século XIX. A fundação ocorreu em Paris e logo estabeleceu-se em Roma. Deodato Janski na juventude se empenhara muito em causas sociais e nacionalistas devido à situação de sua terra natal e dos seus conterrâneos em terra estrangeira. Não obstante os ideais nobres de transformação da realidade a sua volta, o jovem Deodato andou errante. Abandonara a fé católica, frequentara diversas filosofias e seitas anticatólicas, e levara uma vida moral dissoluta. É submergido nesta realidade de distância de Deus e da Igreja, de erros e de pecado que a Providência o encontrará e Deodato iniciará um caminho de conversão, penitência e busca de vida nova. Deodato faz a experiencia do retorno à fé e descobre finalmente o que procurava às apalpadelas empenhando os anos de sua juventude na Igreja, nos sacramentos, de modo especial na confissão e na comunhão, e na doutrina católica. É no Mistério Pascal que Deodato, e sucessivamente, os cofundadores Pe. Pedro Semenenko e Pe. Jeronimo Kajsziewicz, conseguirão expressar antes de tudo a própria experiencia de
conversão, retorno à fé e descoberta da própria vocação. De modo que, todo apostolado foi se orientando na mesma direção, isto é, da ressurreição pessoal para a ressurreição da sociedade. Em outras palavras, a sociedade nova só será possível a partir de homens novos. O Mistério Pascal de Cristo envolve sua Paixão, Morte e Ressurreição, do qual cada batizado é chamado a participar por pura graça cooperando com a vontade e a liberdade. Essa participação traduzida de modo mais particular para a realidade da nova comunidade que surgia no seio da Igreja em meados do século XIX se daria pela morte para o pecado, para os vícios, para o erro e para si mesmo, para ressuscitar, com Cristo na Igreja, para uma vida nova de conversão, penitência e santificação pessoal e comunitária.
“A finalidade do apostolado educacional é o pleno desenvolvimento da pessoa humana.”
Logo o jovem fundador entendeu a imensidão deste carisma no campo apostólico: pessoas unidas neste mesmo ideal vivendo em comunidade; inseridos numa paróquia a fim de torna-la lugar fecundo de ressurreição pessoal e social; e mais, numa ação educativa através de escolas, grupos de estudos, conferencias, etc; num esforço missionário voltado aos meios de comunicação social, naquele tempo jornais e revistas; enfim, em cada lugar onde se fizesse necessária a ressurreição da sociedade e se pudesse começar pela pessoa, lá poderia se delinear o apostolado ressurreicionista. Se podemos então definir uma linha mestra da pedagogia ressurre-
icionista é esta: acreditar que a ressurreição da sociedade é possível de um lado graças ao amor incondicional de Deus pelo homem – começando pela certeza do próprio ressurreicionista a este respeito –, depois de que acreditar que é possível ao homem fazer a experiencia contínua do Mistério Pascal na própria vida. Assim sendo, o objetivo da pedagogia ressurreicionista insere-se no objetivo geral da Congregação que é a ressurreição da sociedade através da Igreja nos seus sacramentos e sua doutrina. A partir daí a Congregação sintetizou seu ideal formativo do seguinte modo: “A finalidade do apostolado educacional é o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Este objetivo realiza-se pela formação do intelecto e do devido juízo, para levar as pessoas a Deus, que é fonte de toda sabedoria e conhecimento. (...) deve inculcar nas pessoas o valor da própria dignidade, liberdade e missão e criar entre elas uma comunidade vivificada pelo espírito do Cristo Ressuscitado. (...) devem reunir os valores intelectuais e os espirituais” (Constituições, art. 201). No contexto pedagógico ressurreicionista, que é aquele católico, deve se “nutrir profundo amor e respeito pela verdade” (art. 202); e que “o senso da dignidade pessoal deriva do fato da criação, redenção e do chamado do homem para a união com Deus” (art. 203). Cuidado especial terá em preparar a pessoa para que contribua para a ressurreição da sociedade (idem). A escola ressurreicionista deverá ser uma autentica comunidade de fé, uma experiencia autêntica de vida cristã, adoração, amizade e mútua aceitação; além de ser lugar onde se aprofunde a tradição cristã e cultural da sociedade onde está inserida (cf art. 204). A ação pedagógica ressurreicionista deve basear-se em realidades chaves e inegociáveis para a concepção
cristã do homem. Além do que deverá “criar uma atmosfera de liberdade e responsabilidade, mantendo a disciplina necessária para se atingir os ideais da comunidade. (...) manter o necessário e fundamental respeito pela integridade e individualidade dos alunos e educadores” (art. 205). Além do que ao que compete aos educadores, estes devem ser profissionalmente competentes de modo a alcançar os objetivos educacionais ressurreicionistas (cf art. 207). Competência esta que deve ser constantemente renovada e aperfeiçoada. Tudo em vista daqueles que foram confiados aos seus cuidados (idem). O que foi dito até aqui, no decorrer da quase bicentenária história da Congregação da Ressurreição, encontra raízes em alguns experimentos pedagógicos a partir da segunda metade do século XIX, cada qual conforme a situação histórica e geográfica onde se dava. Podemos destacar três: Pe. Ludovico Funcken, CR, no Colégio Sant’Ágata, no Canadá; Pe. Paulo Smolikowski, CR, em Leopoli, na Ucrânia; e Pe. Valeriano Kalinka, CR, em Adrianápolis – onde mais tarde contará também com o apoio de Pe. Paulo Smolikowiski. Pe. Ludovico Funcken defendia a criteriosa seleção do conteúdo e do material didático, pois este não devia fazer violência ao educando em sua idade, assim como não podia atraí-lo ou despertar curiosidade para o mal. A fé fomentada pelo ensino religioso deveria fazer a síntese inteligível, segundo o apotegma anselmiano: credo ut intelligam – creio para entender. E do mesmo modo deviam desenvolver-se simultaneamente coração e inteligência. No seu sistema educativo a História universal não era dissociada da História da Igreja. Juntamente ao que privilegiava o influxo do bom exemplo da parte dos educadores. A liberdade e a autonomia eram elementos chaves, mas sempre iluminadas pela inteligência e o senso do dever. Dizia: “Deixai a cada um o seu caráter, mas purificai-o”. Pe. Ludovico considerava o Colégio que fundou e estava sob sua direção como parte da sua vocação (MUSTAL. L. Il problema dela Pedagogia CR. Romae: Archivum CR. p.13-26). Um dos elementos didáticos privilegiados pelo Pe. Paulo Smolikowiski era o uso de contar histórias a fim de contribuir para os alunos desenvolverem o senso moral. Podiam ser histórias dos santos, de algum personagem histórico ou acontecimento de onde pudesse extrair um ensinamento para a vida. A propósito das despesas com um colégio disse: “Nós não ed-
ucamos por dinheiro, mas por Deus, só por Deus”. Colocando assim o fundamento do apostolado educativo: o amor de Deus pelos homens. De onde tirou uma de suas máximas quanto a postura do educador em não querer atrair a todo custo o amor dos alunos, mas apenas cumprir com a sua missão de educador (Id. op. cit. p. 27-34). De Pe. Valeriano Kalinka se pode extrair o seguinte quanto a ação pedagógica ressurreicionista: se deve educar para o dever; para que os educandos ajam segundo a voz da consciência; para que tenham certa autonomia; em razão disto punir raramente, mas perdoar frequentemente; advertir sempre os alunos para que sejam homens virtuosos, bons católicos e uteis cidadãos; os educadores devem buscar a colaboração dos alunos e despertar uma relação de confiança; e não deixar que jamais fiquem sem ocupação, até mesmo no lazer. Dizia: “devemos conquistar a obediência dos alunos inspirando para conosco a confiança”. Além do que estar sempre presente entre os alunos (Id. op. cit. p. 35-49). Havia uma visão conjunta dos três grandes educadores ressurreicionistas: é aquela a respeito da condição do homem diante de Deus e em relação a si mesmo e sua necessidade da graça e da verdade. “O bem para firmar raízes numa alma mesmo se inocente – mas sempre corrompida pelo pecado original – precisa passar antes pela luta e deve firmar-se na alma com plena consciência”.
“Educar quer dizer perfeicionar no homem sua vontade, formar nele o caráter.”
Educar, portanto, “não quer dizer somente ensinar ou acostumar ao bem, porque não se trata de um animal, mas de um homem, e o homem não pode ser educado sem ele próprio, porque nele tudo depende da livre vontade. Educar quer dizer perfeicionar no homem sua vontade, formar nele o caráter. (...) A criança que é sempre levada nos braços, quando é deixada, logo chora e por si mesma não caminhará. E tanto mais facilmente se deixará guiar por qualquer um que seja, e dado o estado da sociedade de hoje, será levada pelo mau caminho” – dizia
Pe. Kalinka em 1858 (Id. op. cit. p. 40). Podemos dizer, portanto que o modelo pedagógico ressurreicionista, inteiramente apoiado na concepção católica do homem e da educação, é um modelo baseado na formação da consciência, onde os alunos devem ser guiados pelo sentido do dever, e mais, por convicção. Em vista disto, vontade e liberdade devem ser devidamente orientadas. Pe. Smolikowiski dizia: “Não é razoável reprimir nos meninos aquelas manifestações de ideias e tendências que marcam o rápido desenvolvimento natural de suas personalidades. Basta dizer-lhes e colocar-lhes ao alcance das aspirações um alimento são” (Id op. cit. p. 46). Este alimento não é outro que a educação autenticamente católica. A Congregação da Ressurreição possui um moto que ajuda a definir os rumos do apostolado educacional: Veritate et Caritate. Isto quer dizer que a ação educativa, enquanto obra de verdadeira caridade, isto é, de amor a Deus e ao próximo, deve estar imbuída do sentido da verdade. Este sentido norteará a concepção do homem e da própria educação; além do que não descuidará nem prescindirá da dimensão religiosa; e, por fim, mas não menos importante, será o critério decisivo na escolha dos meios e seleção de conteúdos. Deste modo, será uma ação pedagógica que contemplará a educação, o educando e o educador naquilo que é próprio de cada um. Terá por prioridade a formação intelectual e jamais dissociada das dimensões religiosa, afetiva e social. Tudo isso visando, conforme cada idade e realidade, formar a consciência do educando mediante a vontade e a liberdade, de modo que ele se torne homem novo para uma sociedade nova. E consequentemente também este agente de transformação da sociedade.
Quer contribuir com este apostolado? Acesse: www.paroquiaimc.com.br e se inscreva ou entre em contato com a secretaria paroquial e faça parte desta obra!
NOSSO TEMPO
Nossa Senhora Catequese
A Anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria
Por Pe. André Malta Martins, CR
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aríssimos irmãos e irmãos quando meditamos o Santo Rosário de modo especial os mistérios gozosos, além dos benefícios e graças que recebemos pelas mãos de Nossa Senhora é um momento em que adentramos pela oração e meditação nos Mistérios da Encarnação, sendo assim, hoje iremos falar sobre a anunciação. “Quando, porém chegou à plenitude do tempo, enviou Deus o seu Filho, nascido de Mulher... (cf. Gl 4,4)”. Cumprindo-se o tempo previsto por Deus para nos dar o Salvador e estando a Santíssima Virgem providencialmente preparada para esta missão única e incomparável da maternidade divina, foi-lhe anunciado o mistério da Encarnação. O anjo Gabriel, enviado por Deus, apresenta-se a Maria e a saúda (cf. Lc 1,28) reverentemente com os magníficos louvores que repetimos no começo da Ave Maria, que quer dizer, “alegra-te” e, “a paz seja contigo”, “cheia de graça”, significa “ admirável” e “cumulada de todas as virtudes”. Era como que uma afirmação em que o Anjo de Deus a declarava objeto da Divina complacência.(id. Fulton Sheen, Nossa Senhora, p.33). São Tomás de Aquino explica porque Deus serviu de um anjo para a saudação: Pelo fato que por intermédio dos anjos que Deus faz conhecer sua
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vontade; Como um anjo de trevas seduziu o gênero humano no Paraíso causando sua ruína, agora por um anjo de luz tratasse a Nova Eva o Mistério da redenção; O anjo perfeitamente puro era o mensageiro ideal para a Virgem Puríssima. Ouvindo semelhante saudação, a humilde Virgem perturbou-se, mas o anjo a tranqüilizou (cf. Lc 1,29-30). Anunciou que lhe havia de se tornar mãe de Jesus, Filho do Altíssimo e Salvador da humanidade (cf. Lc 1,3132). Maria havia feito o voto de virgindade por isso pergunta como sucederia este fato extraordinário (cf.Lc 1, 34). O anjo, porém, respondeu-lhe que o Espírito Santo tão somente teria parte na formação, em seu seio, do corpo de Jesus (cf.Lc 1,35). Ao acrescentar o Anjo que sua parenta Isabel havia concebido em sua velhice (cf. Lc 1, 36-37) reafirma o poder de Deus pela boca do anjo, as leis da natureza estão sujeitas a Ele, pois foi Ele próprio que as fez. Então a Virgem sem jamais duvidar, tranqüilizada replicou: “Eis a serva do Senhor! faça-se em mim segundo vossa palavra” (cf. Lc 1, 38). E cumpriu-se a Encarnação. As palavras de Nossa senhora no momento da anunciação nos revelam três pontos importantíssimos para reflexão sobre a 6
encarnação: Primeiro, o Espírito Santo formou juntamente a Maria o corpo físico de Jesus. Segundo, Deus criou do nada uma alma racional e santíssima e a esse uniu ao seu corpo. E terceiro, ao mesmo tempo, o Verbo, Filho de Deus, uniuse pessoalmente a esse corpo e a essa alma. Em Jesus, portanto, a natureza humana nunca existiu separada do Verbo e não teve outra personalidade a não ser a do Verbo, isto é, a da segunda pessoa da Santíssima Trindade. (Escola de Maria p.65). Isto certifica o título dado a Maria de Theotókos, Mãe de Deus. Santo Efrém que viveu na Síria e morreu no ano 373, antes do Concílio de Éfeso, escreveu: “A obra prima da Sabedoria de Deus tornou-se a Mãe de Deus”, isto é, Maria. As virtudes de Maria demonstradas na Anunciação foram exemplos de pureza admirável, humildade e obediência perfeita.
As virtudes de Maria demonstradas na Anunciação foram exemplos de pureza admirável, humildade e obediência perfeita. Maria manifestou seu www.paroquiaimc.com.br
NOSSO TEMPO apego à pureza, aceitando ser a mãe do Salvador somente após certificar que conservaria virgem; Ao perturbar-se com as palavras do anjo Gabriel, demonstra humildade reconhecendo serva do Senhor mesmo sabendo que seria a Mãe de Deus; Maria testemunha uma fé viva e irrepreensível, pois acreditou nas palavras do anjo, algo que nenhuma inteligência humana poderia compreender tal evento; provou uma obediência como Santo Agostinho afirma: “Pela desobediência de Eva, teve início a ruína, pela obediência de Maria a reparação. A Igreja celebra a solenidade da Anunciação do Senhor no dia 25 de março desde os tempos antigos segundo a Tradição. Esta solenidade é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal. Que por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, modelo perfeito de todo cristão, possamos obter as virtude de pureza, humildade e obediência a Santíssima Trindade!
Mensal Santo do mês
SÃO JOÃO BATISTA
Com muita alegria, a Igreja, solenemente, celebra o nascimento de São João Batista. Santo que, juntamente com a Santíssima Virgem Maria, é o único a ter o aniversário natalício recordado pela liturgia. São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo, seu primo, e foi um anjo quem revelou seu nome ao seu pai, Zacarias, que há muitos anos rezava com sua esposa para terem um filho. Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Pode-se chegar a essa conclusão a partir do texto de Mateus: “João usava um traje de pêlo de camelo, com um cinto de couro à volta dos rins; alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre”. O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”). Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa. São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente. O grande santo morreu na santidade e reconhecido pelo próprio Cristo: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João , o Batista” (Mateus 11,11). Fonte: Canção Nova www.paroquiaimc.com.br
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