Revista Nove #07

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ÍNDICE

06 ENTREVISTA: Prefeitos da Baixada Santista 12 CENÁRIO: Nossas praias vistas do alto 14 ABRINDO O BAÚ: Forte São João 16 #TÁNAPLACA: Rua XV de Novembro 18 SAIR PARA COMER: Tiki Bar

CAPA

Pra onde tenha Sol

22 UM NOVO OLHAR: Dia de Índio 24 CHECK-IN: Riviera de São Lourenço

VERÃO PARA

26 CONCIERGE: Bruno Reis

QUEM QUER FUGIR DA

36 ART&FATO: Led Flyer: O Iluminado

ROTINA NA

38 PERSONA: Adalto Corrêa

REGIÃO

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40 NOVE: Paradas estratégicas após a Praia 44 COM A PALAVRA: Leonardo Armesto 46 COM A PALAVRA: Blues - The Backseat Music 48 CAFÉ DAS NOVE: Diego Brígido EXPEDIENTE Editor Chefe: Diego Brígido | MTB: 64283/SP Projeto Gráfico e Design: Agência celeiro.bmd | Christian Jauch Impressão: Nywgraf Editora Gráfica Distribuição Gratuita e Dirigida Anuncie na Revista Nove Cidades: (13) 99167-8068 anuncie@revistanove.com.br

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EDITORIAL

Turismo, Cultura e Lazer na Costa da Mata Atlântica É claro que a primeira edição de 2017 viria com o ritmo e as cores da estação mais alegre do ano. Afinal, a Baixada Santista é linda em todas as estações, mas no verão nossas cidades ganham um brilho especial, não é?

Como não podia deixar de ser, a revista toda convida a aproveitar o calor da melhor maneira. Na editoria Nove, trouxemos Nove Paradas Estratégicas Após a Praia e em Sair Para Comer, apresentamos o Tiki Bar, a nova casa de praia com jeitão havaiano da região.

Então, nossa matéria de capa traz roteiros fora do lugar comum para você curtir o calor sem precisar ficar estatelado torrando na areia. Não que você não possa, afinal temos praias lindas, que convidam ao ócio e ao agito, mas aqui a proposta é apresentar um novo olhar sobre as nossas cidades.

Fizemos um check in na Riviera de São Lourenço e entrevistamos os prefeitos eleitos da região para conhecer as propostas para o turismo e a cultura em cada uma das cidades. Passamos um dia de índio na Aldeia Tabaçu, em Peruíbe, e trouxemos um robô iluminado que veio de outra galáxia para brilhar nas ruas da região. Nosso Persona da edição é o vice-reitor da Unimonte, Adalto Corrêa e tem vários artigos bacanas de cronistas convidados. Quero apenas deixar uma dica: aproveite nossos roteiros de verão, mas não leve a revista junto, infelizmente ela ainda não é à prova d’água. E de resto, pra onde tenha sol... é pra lá que nós vamos!

Diego Brígido Editor

Bem-vindos à Atlântica Costa da Mata

Parceiros culturais

Onde encontrar a revista! Agora a Revista Nove Cidades também é distribuída em alguns espaços culturais da região. Você já pode encontra-la nestes lugares:

Nós acreditamos que grandes projetos são construídos em conjunto. Se você também quer ser um distribuidor oficial, envie um email para contato@revistanove.com.br

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: DIVULGAÇÃO

PREFEITOS DA BAIXADA SANTISTA

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PROPOSTAS PARA O TURISMO E A CULTURA NA REGIÃO

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onversamos com oito (*) dos nove prefeitos eleitos para a gestão 2017-2020, na Baixada Santista, e perguntamos quais os planos para as áreas do turismo e da cultura na região. As respostas você confere a seguir, por ordem alfabética das cidades.

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ENTREVISTA: PREFEITOS DA BAIXADA SANTISTA

CAIO MATHEUS (PSDB)

VALTER SUMAN (PSB)

PREFEITO DE BERTIOGA

PREFEITO DE GUARUJÁ

AÇÕES PARA O TURISMO

AÇÕES PARA O TURISMO

É importante investir no receptivo e na infraestrutura urbana. Naturalmente, a cidade é privilegiada, com praias, rios, manguezal e meio ambiente preservado. Podemos desenvolver o turismo náutico, de pesca, ecoturismo, turismo histórico, religioso, de negócios e esportivo. Para isso, é fundamental a criação e implantação do Plano Municipal de Turismo, que permita a exploração dos potenciais do Município.

A capacitação do Jovem Guia Turístico, com cursos de idioma e aprendizado voltado ao atendimento ao turista será uma das principais prioridades. O objetivo desta ação é qualificar os jovens e gerar emprego e renda, enfrentando com o potencial econômico do turismo os graves problemas sociais da cidade. A pasta de turismo terá a missão de propor uma gestão qualificada do setor, por meio de um diálogo frequente com as entidades representativas e ações que visem diminuir a sazonalidade. Eventos já programados para o início do ano, como o Circo dos Sonhos, de Marcos Frota, e o Food Truck Summer Festival Guarujá 2017, já incluem a prerrogativa de contribuição para que a cidade conte com atividades na baixa temporada, além de contrapartidas sociais para o município.

AÇÕES PARA A CULTURA O Município precisa democratizar o acesso à cultura. Desde a questão de oferta de cursos e capacitação cultural em todas as suas vertentes: música, dança, artesanato. Ainda, a criação de novos polos culturais. Locais onde as pessoas que tiveram acesso ao aprendizado, de música por exemplo, possam exercitar o que aprenderam.

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Acredito que a gente possa aproveitar a criação das praças e espaços de convívios, e criarmos áreas para apresentações. Isso também poderá ser feito em alguns pontos da orla da praia. A cidade também requer há muito tempo a criação de um complexo multiuso e um anfiteatro. Esses projetos talvez possam ser viabilizados por meio de parcerias público-privada.

AÇÕES PARA A CULTURA Em uma cidade onde não há cultura, a violência explode. Essa frase ilustra a importância que o setor terá em minha gestão à frente da Prefeitura de Guarujá. De imediato, o objetivo é devolver à cidade o projeto Cultura nas Praças, revitalizando os espaços públicos em integração com a população. O intercâmbio cultural, levando nossa cultura


e arte para outras cidades, também será priorizado. A volta do encontro de corais, o fomento às bandas marciais escolares e a recuperação dos cursos de música nas comunidades serão outras prioridades. Outras diretrizes serão a volta das feiras de artesanato e a recuperação e reabertura das salas de cultura abandonadas na cidade, como o cinema no centro da cidade e o teatro em Vicente de Carvalho.

AÇÕES PARA A CULTURA A prefeitura dará continuidade às ações culturais que já vêm sendo desenvolvidas na última gestão, com programação reforçada na temporada.

ARTUR PARADA PRÓCIDA (PSDB) PREFEITO DE MONGAGUÁ

AÇÕES PARA O TURISMO

MARCO AURÉLIO (PSDB) PREFEITO DE ITANHAÉM

AÇÕES PARA O TURISMO Está em fase final de conclusão a obra do futuro Centro de Convenções no antigo salão do Iate Clube de Itanhaém. Esse espaço visa alavancar o setor de turismo, oferecendo um local para sediar seminários e outros tipos de eventos. Além disso, obras de interesse turístico, como a Nova Orla do Centro, a reurbanização da área central do Suarão e outras, servirão como atrativo para novos visitantes. Está em andamento a construção do Centro Metropolitano da Melhor Idade, com foco no público da chamada Terceira Idade. Está nos planos do Governo a criação de um festival gastronômico do pescado, revitalização dos principais pontos turísticos e a criação do Plano Diretor de Turismo.

Além do projeto MongaVerão, com shows em todos os finais de semana de janeiro, Mongaguá aposta nos 13 Km de praias que atraem os turistas. O município também possui atrações para todos os gostos, como o Poço das Antas, a Plataforma de Pesca, o Mirante da Padroeira e o Complexo Rural. AÇÕES PARA A CULTURA Em nossa ampla estrutura foram criadas as diversas oficinas culturais, verdadeiros celeiros artísticos, que hoje, junto com a Escola Municipal de Balé, a Fanfarra de Mongaguá e o Projeto Guri, envolvem diretamente mais de 1.500 pessoas. A meta para os próximos anos é preservar essa valorização artística e o fomento às atividades culturais. A ideia é consolidar as iniciativas já instituídas e, dentro das possibilidades orçamentárias, ampliar as ações.

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ENTREVISTA: PREFEITOS DA BAIXADA SANTISTA rico e arqueológico de Peruíbe. Queremos reativar o Conselho Municipal de Cultura e o Fundo Municipal de Cultura, promover salão de artes plásticas de Peruíbe e criar um centro cultural no município.

LUIZ MAURÍCIO (PSDB) PREFEITO DE PERUÍBE

AÇÕES PARA O TURISMO Para começar, vamos procurar fazer de forma rápida a revitalização e manutenção dos pontos turísticos existentes e reabrir a visitação as Ruínas do Abarebebê, patrimônio histórico e cultural.

Dentro do calendário aprovado pelo Conselho Municipal de Turismo, esperamos poder agregar e consolidar eventos culturais e principalmente esportivos, como forma de enriquecer as possibilidades de atrações de público em nossa cidade, com o trade turístico envolvido de forma permanente. Está prevista a consolidação de um Calendário Anual de Eventos e o aproveitamento do viés turístico existente nas culturas caiçara, popular, religiosa e étnica com a criação de roteiros de visitas as comunidades indígenas, caiçaras e negras. Também vamos consolidar os roteiros turísticos municipais já existentes (ecoturismo, histórico-cultural, rural, étnico, ufo turístico, náutico e de observação de pássaros). AÇÕES PARA A CULTURA Entre as ações, estão a elaboração de uma agenda cultural anual e a criação de espaços de exposições. Vamos estruturar a Banda Municipal e resgatar nosso Carnaval, além de implantar políticas públicas que garantam a manutenção da cultura negra, caiçara e indígena. 10

Nosso patrimônio histórico será devidamente mapeado, permitindo a criação de um circuito histó-

ALBERTO MOURÃO (PSDB) PREFEITO DE PRAIA GRANDE

AÇÕES PARA O TURISMO Praia Grande aparece dentro do seleto grupo de 51 cidades de todo País com maior importância turística, segundo o Ministério do Turismo. A cidade também é o quarto principal destino do País nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Praia Grande é uma cidade que está crescendo não apenas no ponto de vista de fluxo, mas em respeito, resultado do trabalho de muitos. Cabe a nós cada vez mais ampliar as ações. Nosso objetivo é realizar um estudo mais aprofundado, ouvindo esse segmento para determinarmos o que podemos complementar em ações administrativas de incentivo às atividades econômicas locais, que possam aproveitar melhor o turismo. AÇÕES PARA A CULTURA Temos investido maciçamente na democratização do acesso à cultura e devemos seguir este caminho na próxima gestão. Em 2016, ampliamos em 100% o número de vagas em oficinas de música com diversos instrumentos, várias modalidades de dança e teatro. Temos o maior complexo cultural da Baixada Santista - o Palácio das Artes - com oferta de programação cultural de qualidade e gratuita. Acredito que promover o acesso à cultura é fundamental para garantir uma formação mais completa e crítica aos nossos cidadãos.


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INFELIZMENTE, NÃO CONSEGUIMOS RETORNO DA PREFEITURA DE CUBATÃO

PEDRO GOUVÊA (PMDB) PREFEITO DE SÃO VICENTE

PAULO ALEXANDRE BARBOSA (PSDB) PREFEITO DE SANTOS

AÇÕES PARA O TURISMO Inauguramos importantes equipamentos turísticos, como o Museu Pelé e o Bonde Arte, além de termos consolidado Santos como uma cidade para receber grandes eventos internacionais. Dentro do fortalecimento das ações no setor, criamos o Happy Centro, além de Festivais que movimentaram milhares de pessoas, como Santos Café, na baixa temporada. Outro movimento importante foi o Valongo Festival da Imagem, que teve repercussão internacional. Já o Feijão com Arte acontece aos sábados e estimula a presença no Centro Histórico aos finais de semana, com a realização de uma Feira de Artesanatos e a exposição de carros antigos. AÇÕES PARA A CULTURA A Prefeitura expandiu e continuará fortalecendo as atividades e ações culturais, com parcerias com o Estado, União e entidades do setor. Nesses quatro anos foram implantados programas de grande alcance, como o primeiro Cinema na Zona Noroeste, diversificação de oficinas culturais e reforma de equipamentos como a Gibiteca, Museu da Imagem e do Som, Biblioteca Mário Faria (Posto 6), Cine Arte Posto 4, Teatro Coliseu, Teatro Braz Cubas e a Concha Acústica. Vamos entregar três Vilas Criativas que promoverão a inclusão cultural em regiões mais vulneráveis, levando cultura para perto das pessoas. Também vamos fortalecer o Fundo de Apoio à Cultura e a instalação de oficinas culturais em espaços descentralizados de Santos.

AÇÕES PARA O TURISMO Inicialmente pretendemos realizar a manutenção e reestruturação dos equipamentos turísticos da cidade, para que São Vicente volte a ter o encanto do passado. Já iniciamos o verão com as tendas na praia, dando oportunidade e visibilidade aos artistas locais, envolvendo turismo, cultura e esporte. Temos uma grande preocupação com a questão das condições das praias, que são um dos nossos importantes cartões postais e também trabalharemos para resgatar um calendário de eventos no município. Pretendemos consolidar o turismo náutico, que nunca foi trabalhado, apesar do grande potencial e o turismo de aventura, na Área Continental e no Voturuá. AÇÕES PARA A CULTURA Nossa prioridade zero foi a retomada da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, um espetáculo que envolve toda a cidade. Estamos trabalhando com mais de 1000 voluntários, dedicados em manter este projeto, além de parceria com o Governo do Estado, com os pés no chão. Também vamos trabalhar para respeitar e cumprir o Plano Municipal de Cultura, sempre em parceria com o Conselho Municipal de Cultura. Pretendemos restaurar equipamentos culturais, como o Mercado Municipal e transformá-lo em um centro de artes; a Casa Martim Afonso; o Cinema 3D e o Parque Cultural Vila de São Vicente, devolvendo-o à comunidade. Também vamos descentralizar as oficinas culturais, para que todos tenham acesso, difundir as bibliotecas comunitárias e pretendemos construir um estúdio público, para os músicos locais ensaiarem. Já estamos trabalhando para resgatar o tradicional carnaval vicentino e estamos buscando estreitar nossa parceria com o Ministério da Cultura e a Secretaria de Cultura do Estado.

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CENÁRIO

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TEXTO E FOTO: DIEGO BRÍGIDO

Nossas praias vistas do alto Não seria justo encher estas páginas de texto e privar os leitores do mais importante: contemplar integralmente um dos belos cenários da nossa região. Esta é a vista de cima do Morro da Asa Delta, em São Vicente, de onde saltam a 182 metros de altura, asas-deltas e paragliders (ou parapentes) carregando aventureiros,

WIND COAST ESCOLA DE PARAPENTE Uma das mais antigas escolas de parapente do Brasil e uma das cinco com maior número de pilotos formados, atua há mais de 20 anos e está localizada na própria rampa de voo, no Morro da Asa Delta. A Wind Coast oferece cursos de voo livre para os apaixonados pelo ar e voos duplos, para quem deseja vivenciar esta emoção ao menos uma vez na vida. Curso de Voo Livre: (13) 99169.4774 voeparaglider@bol.com.br Voo Duplo Panorâmico: (13) 98190.2883 (11) 98104.3740. denis@windcoast.com.br

apaixonados pela altura e pela liberdade que a atividade proporciona. Ter essa visão das praias e da vegetação é um privilégio que poucos lugares proporcionam. Na Baixada Santista este cenário está ao alcance de qualquer mortal que se aventure em um salto duplo, sempre acompanhado de instrutor.

RESTAURANTE AO MIRANTE Aproveite a visita ao Morro da Asa Delta e surpreenda seus olhos e seu paladar no restaurante Ao Mirante, ao lado da rampa de voo. Feijoada aos sábados e Galinhada aos domingos. R$ 39,90 para 2 pessoas. Destaques da casa: Camarão no Coco Verde, Moqueca com Farofa de Banana e Bolinho de Bacalhau. Conheça todas as delícias do Ao Mirante e aprecie uma das vistas mais deslumbrantes da região. Todos os dias, das 10h às 20h, no Morro da Asa Delta. Tel. (13) 3466.2755.

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ABRINDO O BAÚ

Forte São João

A Primeira fortificação do Brasil A localização privilegiada, à beira do Canal de Bertioga, já é motivo suficiente para você visitar o Forte São João. Foi a primeira fortificação construída no Brasil, em 1532, pelos portugueses, originalmente erguida em paliçada – estacas de madeira ligadas entre si – e batizada de Forte São Tiago. Reconstruído no final do século XVII, em pedra e cal, só foi concluído em 1710, com uma planta de 100 metros quadrados, em formato de polígo-

VISITAÇÃO

AV. VICENTE DE CARVALHO, S/N – PARQUE DOS TUPINIQUINS. TODOS OS DIAS, DAS 9H ÀS 17H. ENTRADA FRANCA.

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no retangular, cujas vértices sustentavam guaritas. Em 1751 o fortim foi demolido a mando do governador da praça de Santos, Luís Antônio de Sá Queiroga, e reedificado com 250 metros quadrados. Em 1760 recebeu nova artilharia e cinco anos depois foi reformado e passou a cruzar fogos com o Forte de São Luís da Armação, em Guarujá. Por volta de 1769, uma ressaca destruiu parte da construção, assim como a Capela de São João, locali-


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH

zada na praia, ao lado do fortim. A imagem da capela foi então instalada no forte e este passou a ser denominado Forte São João da Bertioga. O Forte São João também era conhecido como Forte do Registro, pois exercia a função de registrar as embarcações que desejavam aportar no Porto de Santos. Após muitas outras intervenções, o Forte São João foi tombado pelo Iphan, em 1940. Também

serviu de quartel durante a Segunda Guerra Mundial e abrigou o Museu João Ramalho, em 1960. Hoje abriga a réplica de uma armadura medieval, espadas, arcabuzes, espingardas, coletes e capacetes de metal e canhões de murada, além de ostentar em seu entorno o Parque dos Tupiniquins. Também pode ser vista a carta de batismo do Padre José de Anchieta e os votos solenes de Anchieta e Manoel da Nóbrega.

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#TÁNAPLACA

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA

Rua XV de Novembro A Wall Street do café

Inicialmente batizada como Rua Direita, ainda no período colonial, foi ali que nasceu um dos heróis santistas, José Bonifácio de Andrada e Silva, e também era ali que ficavam os mais importantes escritórios, bancos e casas comerciais da cidade. O cruzamento com a Rua Frei Gaspar era conhecido como Quatro Cantos, o lugar mais elegante da cidade, por onde circulavam homens trajados de terno, gravata e chapéu panamá. Com a Proclamação da República, a via foi rebatizada com a data que prometia novos tempos aos brasileiros. Porém, em 1929, com a quebra da

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Bolsa de Nova Iorque, o comércio do café amargou intensa queda e a rua XV passou a viver tempos difíceis, agravados com o estouro da Segunda Guerra Mundial. Mas, no final dos anos 1990, a ‘wall street’ santista ganhou novo fôlego, com uma revitalização estética que trouxe de volta o charme de outrora. Melhor para os persistentes corretores de café, que ainda mantém suas atividades por lá. Melhor para os demais comerciantes, que circulam diariamente em meio a prédios de grande importância histórica e arquitetônica. A quinta Associação Comercial mais antiga do Brasil ainda funciona neste endereço, onde também está a Construtora Phoenix, na suntuosa construção antes sede do Banco Italiano e a Bolsa Oficial do Café, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade. Melhor ainda para os moradores e turistas, que podem vivenciar tudo isso nos barzinhos e restaurantes ou durante os muitos eventos que a região do Centro sedia o ano todo.

*Fonte: Memória Santista (www.memoriasantista.com.br)

Ela é uma das ruas queridinhas dos santistas e já foi considerada a ‘Wall Street’ brasileira tamanha sua importância para a economia da cidade e do país. São cinco quarteirões, desde a Praça dos Andradas até a Praça Barão do Rio Branco, por onde, além do bonde, passavam as figuras mais abastadas de Santos, fazendo as negociações internacionais do café.



SAIR PARA COMER

TIKI BAR

Para quem sempre quis ter uma casa de praia em Santos Ele abriu as portas em novembro de 2016 com um clima de casa de praia e a proposta de ser o bar mais animado da cidade. E parece que, apesar do pouco tempo de funcionamento, vem conseguindo cumprir o propósito. O Tiki Bar tem uma decoração super descolada, inspirada no estilo de vida dos povos polinésio e havaiano e culinária do Pacífico, misturando influências do Japão, México, Havaí, Peru, Califórnia e Austrália. O bar abre todos os dias, a partir das 11h e, durante o dia, funciona como uma lanchonete, com opções de pra-

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tos leves, para atender quem está saindo da praia, por exemplo – aliás, ele está a uma quadra da areia, na esquina do Canal 4 (Av. Siqueira Campos) com a Av. Dr. Epitácio Pessoa, em Santos. E já que a ideia é ser uma casa de praia, você pode ir de roupa de banho numa boa. Ah, seu pet é super bem-vindo também. Inclusive, eles já têm clientes de quatro patas assíduos. Marcela Monteiro, gerente do Tiki, conta que o objetivo é que todos se sintam bem à vontade, como se realmente estivessem em uma casa de praia. ‘Dá até pra ir dar um mergulho no mar e voltar pra cá’, sugere a gerente.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO

À noite, o som rola mais alto e todo mundo, inclusive a equipe do salão e da cozinha, entra no agito. Além das cervejas especiais, as Tiki Mugs, canecas estilizadas de coquetéis – a maioria à base de rum e frutas – tomam conta das mesas. Você pode tomar o seu drink na boca de um tubarão, na cabeça de uma arara ou escolher entre muitas outras opções servidas em totens que representam deuses espirituais destes paraísos banhados pelo Oceano Pacífico. ‘Temos também o Vulcano, um drink coletivo, com um litro de coquetel, que pode ser dividido em quatro pessoas’, conta Marcela. O chef Bruno Farah Barreto afirma que a interação com os clientes é fundamental para a criação do menu. ‘Nas primeiras semanas de funcionamento da casa, os clientes nos ajudaram muito a desenvolver o cardápio. Inclusive nós já adequamos o menu, com base no retorno do público’. Público que, aliás, é bastante heterogêneo. Como a casa fica aberta praticamente o dia todo, recebe desde famílias com crianças, até casais e a turma da balada, que chega mais tarde, quando a animação invade o am-

biente. ‘Nós saímos da cozinha para dançar com os clientes no salão e fazemos questão que todos se divirtam’, conta o chef. A cultura Tiki retrata alegria, cores, dança e clima de festa. E esta é a aposta da casa, com garçons vestidos com roupas havaianas e um bar que parece ter saído do filme Blue Hawaii, estrelado por Elvis Presley, em 1961.

Culinária do Pacífico O menu é uma fusão de culturas e sabores, com opções mais conhecidas do público, como os ceviches, tacos, nachos, sanduíche de carnita e mini temakis e outros pratos mais exclusivos e diferenciados. É o caso das inspirações havaianas Ahi Poke (cubos de atum no shoyu e óleo de gergelim, com cebolinha gengibre e arroz), Lomi Lomi (cubos de salmão curado em sal com cebolinha, to-

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SAIR PARA COMER

mate, pimenta e folhas), e He’e Poke (polvo cozido e marinado no shoyu e óleo de gergelim, com cebolinha, gengibre e arroz). VEJA MAIS FOTOS EM NOSSA GALERIA, ACESSANDO PELO QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW. REVISTANOVE. COM.BR

O TIKI BAR FICA NA AV. SIQUEIRA CAMPOS, 654 (CANAL 4), EM SANTOS. FUNCIONA TODOS OS DIAS, DAS 11H À 1H (DE DOMINGO A QUINTA) E DAS 11H ÀS 2H (ÀS SEXTAS E SÁBADOS). O TELEFONE DE CONTATO É (13) 3394.2839.

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Estão entre os pratos fusion o Sushirito (burrito oriental de salmão grelhado, cream cheese, kani, pepino, rúcula e gengibre, envoltos por arroz e totopos), o Tunataco (tacos recheados com atum, shoyu, cream cheese e guacamole) e o Chevixicano (ceviche com guacamole, sour cream e bico de gallo). Para os que não são adeptos de novas experiências gastronômicas, algumas porções e pratos mais tradicionais também estão no cardápio, como a porção de fritas, fish’n’chips, frango terikatsu, camarão com chips de batata doce, entre outras. Para as crianças, tem Mini Bento Box, uma lancheirinha de comida japonesa com salmão e legumes. Uma parada após a praia pode sugerir uma salada de polvo e abacaxi, sanduíches naturais ou o tradicional açaí na tigela, uma refrescante salada de frutas ou ainda uma tigela de pitaia com granola.

Vegetarianos e Veganos Para quem prefere as opções sem proteína animal, as sugestões são o Ipu Poke (cubos de melancia no shoyu e óleo de gergelim, com cebolinha, gengibre e arroz), o Sushirito Vegetariano (burrito oriental de tofu frito, pepino, gengibre, cenoura e rúcula, envolvido em nori) e Tacos Vegetariano (recheado com proteína de soja, pico de gallo, salada, sour cream e cheddar).


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Bar 365, descubra essa nova experiência.

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UM NOVO OLHAR

Dia de Índio

TURISMO NA ALDEIA TABAÇU REKO YPY eles dormem e aprendem a viver na natureza – e da natureza, como indígenas. Em meio à mata, Itamirim ensina as crianças a serem índios. A aldeia é organizada politicamente da seguinte forma: há um cacique e uma vice cacique – o esposo e a mãe de Itamirim e, abaixo deles, as lideranças em várias áreas, como educação e saúde. Estes líderes são os chefes das famílias que vivem na aldeia e formam um conselho, que se reúne periodicamente para discutir interesses comuns. ‘Esta estrutura política foi criada por nós, não é algo da nossa raiz, mas precisamos nos adaptar à realidade atual’, explica a índia.

A aldeia Tabaçu Reko Ypy, na divisa entre Itanhaém e Peruíbe, é nova, tem cerca de quatro anos e divide com outras seis aldeias um espaço de 2965 hectares, que formam a terra indígena Piaçaguera. Itamirim, ‘pedra pequena’ em tupi-guarani, mulher do cacique Verá (Relâmpago) é a porta-voz da aldeia e nos contou sobre o modo de vida da sua tribo. Ela explica que novas aldeias surgem quando um grupo da mesma etinia cresce muito e o espaço comum passa a ficar pequeno. Então, os subgrupos se espalham pelas terras e criam novas aldeias, com ideais políticos e sociais próprios. A aldeia Tabaçu tem dois espaços em meio à mata; um deles, que eles chamam de contemporâneo, mistura as culturas – tem ocas, casas de barro e de madeira, luz elétrica e ali é permitido o uso do celular, internet e televisão. Neste espaço eles podem comer a comida enviada pela prefeitura para manter a merenda escolar, já que Itamirim leciona na aldeia e tem uma sala de aula vinculada ao município. É também o espaço onde eles recebem turistas e visitantes. 22

O outro espaço, após o lago que corta as terras, é onde

As reuniões acontecem junto ao Tataruçú, ‘a grande fogueira’, que para eles é um portal com ligação ao divino (nhandejary) e que os mantém protegidos de brigas e conflitos. Ao lado do Tataruçu há dois tocos, onde são amarrados aqueles que descumprem as regras. ‘Aqui nós pregamos o amor, portanto não permitimos brigas e confusões. Quem desobedece, fica amarrado aos tocos refletindo e pedindo perdão à divindade até que o Morubixaba (cacique) autorize a soltura’.

Os desafios Como em muitas outras tribos, há grandes desafios diários e o principal deles é cuidar para que as crianças e jovens não se deslumbrem com o mundo fora da aldeia. ‘Há jovens que, por serem discriminados na cidade, negam a sua origem e não querem mais viver na tribo’, conta Itamirim. As drogas, a prostituição e o álcool também já chegaram às aldeias pela influência do ‘homem branco’. A aldeia Tabaçu Reko Ypy optou por adotar a prática indígena antiga da coletividade. Alguns índios da tribo têm renda, pois trabalham na cidade ou na comunidade indígena, contratados pelo governo e esta renda é coletiva e mantém toda a aldeia. Todo o dinheiro que entra é para os interesses da aldeia e assim também funciona com o trabalho braçal, todos fazem tudo juntos.


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO ODJAIR BAENA

Projeto turístico A tribo montou um projeto turístico para atrair grupos de visitantes para conhecerem o verdadeiro modo de vida indígena, com suas tradições, danças, ritos e vivências. ‘Quem vem aqui, presencia como vivemos mantendo nossas raízes. O ingresso que as pessoas pagam ajuda a manter as atividades da tribo’. Para Itamirim, além de mostrar às pessoas o modo de vida do índio, este projeto faz com que os próprios indígenas resgatem os seus valores, pois à medida que eles precisam mostrar para as pessoas como são, eles precisam ser. A tribo mantém alguns rituais indígenas, como o boraý, o ‘canto sagrado’, momento de adoração ao divino, que acontece todas as noites; as danças; a atribuição de nomes às crianças e a fogueira da cura. Tudo isso pode ser vivenciado pelos visitantes, o que inclui banho no lago e muito mais.

ASSISTA O VÍDEO E VEJA OUTRAS FOTOS DESSA AVENTURA, ACESSANDO O QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW. REVISTANOVE .COM.BR PARA AGENDAR UMA VISITA E CONHECER MAIS SOBRE A ALDEIA E-MAIL: VIVAOKATUR@ GMAIL.COM FACEBOOK: FB.COM/ ALDEIA.T.REKOYPY

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CHECK IN

Riviera de São Lourenço EXEMPLO MUNDIAL DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Considerada o maior projeto de desenvolvimento urbano do litoral brasileiro, a Riviera de São Lourenço é um bairro – não é um condomínio fechado, ao contrário do que muitos pensam – que ocupa menos de 2% do território de Bertioga. Apesar da pequena extensão territorial, a Riviera é responsável por 50% da arrecadação de IPTU da cidade e emprega mais de cinco mil pessoas diretamente e outras milhares indiretamente. Em 1978, São Lourenço era uma praia de São Paulo, como muitas outras, sujeita às consequências desastrosas da ocupação desordenada. Quando foi assumida pela Sobloco Construtora, que implantou e administra ainda hoje o empreendimento, São Lourenço ganhou não somente o status de Riviera, mas um projeto urbanístico de primeiro mundo. Sob o lema ‘melhoria contínua’, a gestão do bairro é focada na sustentabilidade e na garantia de uma excelente qualidade de vida para os moradores. Para

isso, a Riviera conta com um back stage de tirar o chapéu, gerido pela Sobloco e pela Associação de Amigos da Riviera, entidade sem fins lucrativos, mantida pelos proprietários do bairro e que funciona como uma verdadeira prefeitura-privada, sendo a maior empregadora de Bertioga. Mais de duas mil casas, 200 edifícios, shopping center, escolas, consultórios e uma excelente infraestrutura de saneamento básico integram os 70% da área ocupada do bairro, que também valoriza muito as áreas verdes. Luiz Augusto Pereira de Almeida, diretor de marketing da Sobloco, diz que, além da preocupação com o meio ambiente, a Riviera busca oferecer conforto para seus frequentadores. ‘Afinal, quem não quer usufruir de uma praia limpa, livre de poluição, ter água tratada assegurada em suas torneiras e estar rodeado de muito verde?’.

Você pode frequentar a Riviera O acesso ao bairro é liberado, apesar do portal na entrada, que pode inibir os desavisados; inclusive ônibus entram e saem da Riviera a todo momento. Além da bela e limpa praia com, 4,5 km de extensão, o empreendimento dispõe do maior shopping do Litoral Norte, bons restaurantes, centro cultural, quadra de tênis, campo de golfe, centro hípico e ciclovias, além de hotéis e um comércio variado. No verão acontecem eventos envolvendo grandes marcas nacionais e internacionais, que atraem milhares de pessoas para a Riviera de São Lourenço. 24


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO

Captação e Tratamento de Água O empreendimento dispõe de um moderno sistema de captação, tratamento e distribuição de água, além de um completo programa de coleta, recalque e tratamento de esgotos, ambos servidos por uma malha subterrânea com mais de 118 km, um laboratório de controle ambiental, além de outros programas independentes de preservação do meio ambiente, que envolvem cerca de 80 profissionais das mais diversas áreas. Toda essa estrutura garante que nunca tenha faltado água na Riviera e também a manutenção da bandeira verde da CETESB na praia.

das e da manutenção das áreas verdes são transformados em composto orgânico, que é reutilizado na manutenção dos jardins do bairro. Até o óleo de fritura usado pelos ambulantes na praia, comércio e restaurantes é coletado e encaminhado à reciclagem. Todos estes programas garantiram ao empreendimento a certificação internacional ISO 14001, em 2000, a primeira concedida a um projeto de desenvolvimento urbano em todo o mundo, que vem sendo rigorosamente mantida.

Coleta Seletiva de Lixo Todos os meses são coletadas em média 22 toneladas de lixo reciclável no bairro, o que qualifica a Riviera como tendo um dos mais bem-sucedidos programas de coleta seletiva de lixo do Brasil. A renda resultante é revertida para a Fundação 10 de Agosto, também instalada na Riviera e que promove diversas atividades de cunho social. Além disso, os resíduos vegetais oriundos de po-

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CONCIERGE

Pulsa, Pulsa, Somos mais de 7 bilhões no mundo, segundo o último levantamento, absolutamente diferentes e, sendo assim, como acreditar que podemos ser plenamente substituíveis? E se não bastasse tamanha baboseira [essa... de substituição], tem gente que acredita que a ‘síndrome de Gabriela’ cola, e não descola, nos limitando à imitação de nós mesmos, todo santo dia e à repetição, ano após ano, da vida que se leva.

BRUNO REIS Publicitário, bacharel em turismo, especialista em comunicação organizacional e relações públicas e guia de turismo. Há 13 anos atua no mercado de hospitalidade e comunicação na Baixada Santista e Capital. concierge@revistanove. com.br

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Alôou! Acorda! 2017 está aí, à nossa espera [do verbo esperar] e com toda a esperança [do verbo esperançar] de que compreendamos que o tempo do relógio não é o do coração e que os nossos corações são pulsantes demais para pulsar tão pouco e do mesmo jeito sempre. Ok... okay... tá bom... todo mundo tem dias de pura preguiça - mental, física e todas as outras, no velho e no novo ano - em que fazer nada é a melhor coisa a se fazer. Mas até quando decidimos não fazer nada estamos decidindo fazer algo. Portemos, então, as rédeas das nossas vidas e conduzamos nosso cavalo [nosso corpo que serve à alma] até onde quisermos que ele vá. E precisamos cuidar dele. Comer melhor, nos movimentarmos mais. Amar mais, servir melhor, espiar, positivamente, os outros e a nós mesmos e, certos de que somos incomparáveis, mudar, quando a hora chegar e o pulsante despertador disser: acabou! Comece outra vez! Fiz isso. O que me trouxe paz. E ainda mais alegria. E o bom medo do que viria por aí. E é por isso que encerrei um ciclo de quase 6 maravilhosos anos trabalhando com hospitalidade em Guarujá e,

FOTO: CHRISTIAN JAUCH

2017 ao contrário do que prometi na minha última coluna, troquei a visita à Rua Tolentino no Gonzaga [por enquanto] por três dias espetaculares no Centro Velho de Santos, como expositor da área de alimentação da 5ª edição do Encontro de Criadores, que rolou no começo do mês passado. Na ocasião, cozinhei, apresentei e vendi três opções, vegetarianas [isso precisou ser dito tão pouco... yes! \o/], do típico sanduiche aberto dinamarquês, o Smørrebrød, em um espaço pulsantemente pensado para acolher e servir comida de um jeito novo, simples e gostoso, sujando as mãos, a boca e até o nariz, não sendo esta uma crítica à invenção dos talheres, mas por que não uma apologia ao uso mais regular e livre do nosso cavalo? Na tradução para o Português, pão com manteiga é o nome do sanduiche, que foi coberto com ingredientes preparados com cuidado e que, conforme o título da minha coluna de Nov/Dez.2016, Hygge, tentaram aproximar os amigos e novos amigos que o degustaram da receita da felicidade escandinava. Acho que consegui. E me apaixonei por tudo isso. E em 2017 quero proporcionar essa tal liberdade, sim, liberdade, a mais gente. Vou até a... Alemanha. E Dinamarca. Volto em... março. E conto o que encontrei.



CAPA

PRA ONDE TENHA SOL a d r i g u f r e u q m Verão para quena região rotina POR DIEGO BRÍGIDO • DESIGN CHRISTIAN JAUCH

A BAIXADA SANTISTA É LINDA EM TODAS AS ESTAÇÕES DO ANO, MAS NO VERÃO NOSSAS CIDADES GANHAM UM BRILHO ESPECIAL. A ORLA E OS EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS FICAM AINDA MAIS CONVIDATIVOS E A REGIÃO GANHA NOVAS OPÇÕES DE ENTRETENIMENTO. PARA QUEM NÃO ABRE MÃO DE UM BANHO DE MAR, DÁ PARA ESCOLHER ENTRE DEZENAS DE PRAIAS, COM OPÇÕES PARA TODOS OS PÚBLICOS. MAS O VERÃO NA REGIÃO TAMBÉM TEM PROGRAMAÇÕES PARA QUEM PREFERE SAIR DO LUGAR COMUM. NESSA MATÉRIA ESPECIAL, VOCÊ VAI CONHECER DIVERSAS OPÇÕES PARA CURTIR O VERÃO NA BAIXADA SANTISTA, FORA DA CAIXINHA – E DA CADEIRA DE PRAIA. CAPRICHA NO FILTRO SOLAR, SEPARA A GARRAFINHA DE ÁGUA E CUIDADO PARA NÃO QUEIMAR O PÉ, PORQUE A VIAGEM É LONGA. E PRA ONDE TENHA SOL, É PRA LÁ QUE NÓS VAMOS.

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FOTO: ANDRE GOMES

Hip Ho e os paraísos escondidos Canoa havaiana ou canoa polinésia são nomes nacionalizados para denominar este esporte, conhecido como Va’a ou Wa’a, que surgiu na região do triângulo polinésio, há mais de 3 mil anos. As canoas eram usadas pelos povos polinésios para colonizar novas terras. Nas praias da Baixada Santista, mais precisamente entre Santos e Guarujá, tem uma turma que também usa a canoa para desbravar paraísos. Os roteiros de canoa havaiana podem ser contratados e são acompanhados por instrutores, com saídas da Ponta da Praia, em Santos. Normalmente, são canoas que levam seis pessoas (ou catamarãs, com duas canoas unidas), incluindo

o instrutor e durante a remada, cada um tem a sua função - enquanto três remam no lado esquerdo, os outros três remam no direito, intercalados. O terceiro remador é quem faz a contagem para a troca de remada, normalmente anunciada na 14ª, com o grito ‘Hip’, quando os demais respondem com ‘Ho’ e trocam o lado do remo. O passeio, entre a preparação e o retorno, dura em média uma hora e meia e contempla uma remada tranquila, acessível a todos, com direito a conhecer paraísos escondidos em Guarujá, como a Praia do Cheira Limão, Praia do Sangava e Ilha das Palmas, onde a canoa fica um tempo para um mergulho e a alegria dos remadores.

Deu vontade de desbravar novas praias, pelo mar, na Baixada Santista? A Canoa Brasil, pioneira em atividades com canoas havaianas no país, foi nossa parceira nesse roteiro e oferece equipamentos seguros, instrutores experientes e várias atividades no mar, além da canoagem. A sede, que também é uma guardaria, com serviço

de marina, fica na R. Afonso Celso de Paula Lima, 16, na Ponta da Praia, em Santos. As saídas custam R$ 45 por pessoa, mas é possível criar roteiros personalizados com grupos a partir de cinco pessoas. Os telefones são: (13) 3261.2229 e (13) 98233.2229. www.canoahavaiana.com.br

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História e natureza a bordo Outra opção de passeio, no mar, para todas as idades, são os roteiros de escuna pelas praias da região. Tem saídas em Bertioga, Santos e até no Rio Guaraú, em Peruíbe. Em Bertioga, as saídas acontecem ao lado do Forte São João e já dá para aproveitar a passagem por lá e conhecer este que é o primeiro forte do Brasil (veja matéria nas páginas 14 e 15). A escuna sai do canal de Bertioga, sentido litoral Sul, passando pelo Forte São João e pelo Forte São Luiz e faz a maior parte do roteiro pelas praias do Guarujá: Branca, Preta, Camburizinho, passa pelas ilhas do Guará e Rasa, praias do Pinheirinho e Iporanga, onde fica 20 minutos parada para um delicioso e límpido banho de mar. O passeio dura em média uma hora e meia e a escuna tem capacidade para 130 passageiros. Durante a temporada, as saídas são diárias, a cada duas horas, a partir de 9h, sendo a última saída às 19h. Entre os meses de março e novembro, os roteiros acontecem apenas aos finais de semana e feriados. Para não passar sufoco, é bom chegar com 20 minutos de antecedência.

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Nossa parceira neste roteiro foi a Escuna Genesis, com serviço de bar, banheiro, guia e som a bordo. A embarcação é homologada pela marinha, para garantir a segurança dos passageiros e o valor é R$ 25, sendo que crianças de 5 a 10 anos pagam R$ 10. 30

A venda de ingressos acontece na Av. Vicente de Carvalho, 32, em frente ao píer de pesca, em Bertioga. Os telefones para reserva são: (13) 98112.0765 e (13) 99602.8211


FOTOS: ODJAIR BAENA

De barco, na Amazônia Paulista Talvez você não saiba, mas Itanhaém é conhecida como a Amazônia Paulista, devido à extensão de sua bacia hidrográfica: são mais de 2 mil quilômetros de rios, sendo que 180 quilômetros são navegáveis. Um fenômeno similar ao que ocorre com os rios amazônicos Negro e Solimões, acontece também

Nosso parceiro nesse roteiro foi o Samuca, que opera os roteiros de barco pelos rios e também faz saídas para pesca em alto mar. Os passeios acontecem diariamente, na temporada, às 9h30, 12h30 e 15h30. Entre março e novembro, somente nos finais de

por aqui, onde os rios Preto e Branco se encontram e formam o rio Itanhaém. Esta maravilha da natureza pode ser presenciada em um passeio de barco, que ainda proporciona a contemplação de fauna e flora típicas de região de manguezal, com pássaros de várias espécies acompanhando todo o percurso e enormes peixes de água doce exibindo-se próximo à embarcação. O roteiro leva cerca de duas horas e meia, em uma embarcação que comporta até 50 pessoas e parte do píer localizado na alameda Emídio de Souza, na Praia dos Sonhos, próximo ao Itanhaém Iate Clube. Até o encontro dos rios, percorre-se 4,5 quilômetros e, logo após, outro ponto alto do passeio é a parada no Country Club, onde se pode alugar pedalinhos e caiaques para explorar o rio por conta própria, além de saborear porções e outras especialidades da casa, em clima rural.

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semana e feriados, às 9h30 e 15h30. O valor é R$ 30 por pessoa, sendo que crianças de 4 a 10 anos pagam meia e é necessário, no mínimo, 5 adultos para sair. O telefone para contato é (13) 99784.3302. 31


CAPA

Paraísos da Jureia VEJA OS VÍDEOS E MAIS FOTOS DESTE ROTEIRO, ACESSANDO PELO QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW. REVISTANOVE. COM.BR

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FOTOS: ODJAIR BAENA

Se você ainda não conheceu as praias paradisíacas do Mosaico de Unidades de Conservação da JureiaItatins, em Peruíbe, nós vamos apresentar duas formas de explorar estes cenários maravilhosos com total responsabilidade socioambiental. As duas opções garantem aventura, contato com a natureza preservada e fotos inesquecíveis, tudo isso temperado com água doce e salgada, pois tem mar e riacho pelo caminho. A primeira sugestão é pegar um barco que sai do Rio Guaraú e faz um roteiro por sete praias até a Barra do Una, limite onde a visitação é permitida na Jureia. O roteiro inclui as praias do Arpoador (a mais procurada, pois também oferece banho em uma queda de água doce), Parnapuã, Juquiá, Brava,

Desertinha, Caramborê (que faz limite com o Parque Estadual do Itinguçu) e Barra do Una, uma Reserva de Vida Silvestre (RVS). O acesso às praias, por estarem dentro de uma área de conservação, só pode ser feito acompanhado de um monitor ambiental do município. Então, quando você contrata o barco, sempre haverá um monitor na praia aguardando a chegada. Os barqueiros ficam concentrados no Rio Guaraú e uma saída até a praia do Arpoador, navegando dez minutos, custa R$ 5 por pessoa. Outros roteiros podem ser negociados direto com dono da embarcação. Muitos surfistas contratam o serviço para pegar onda principalmente na praia do Parnapuã. Não é permitido entrar com garrafas, cadeiras e guarda-sol nas praias e o tempo máximo de permanência é de duas horas. Também vale uma parada na Ilha do Guaraú, conhecida como Ilha do Bom Abrigo, que esconde uma piscina natural e oferece um dos mais lindos pores do sol que você vai ver. Outra sugestão é aventurar-se por trilhas, que dão acesso a todas às praias. Pode ser contratado um roteiro de meio dia (R$ 10 por pessoa), com parada na praia do Arpoador ou de dia inteiro, desbravando as sete praias (R$ 25 por pessoa).

Nossos parceiros nesta aventura foram o Dido Lima, que opera passeios de barco, partindo do Rio Guaraú – (13) 99748.6491 e (13) 98183.9171 e o

Dico Ribeiro, da Biguá Turismo, monitor ambiental, que realiza as trilhas – (13) 99797.2828 e (13) 99602.6378.


FOTO: EDUARDO CASTRO

Equilíbrio e o mar todo pela frente Outra atividade aquática que vem fazendo a cabeça dos apaixonados pelo mar já chegou à Baixada Santista há alguns verões, mas não sai da lista das preferidas – o ano inteiro. O Stand Up Paddle (SUP), Remo em Pé (REP), em português, ou ainda Hoe He’e Nalu, na língua havaiana, originou-se no Havaí, no início dos anos 1960. Conta-se que foi uma forma que os surfistas havaianos encontraram para tirar fotos dos turistas surfando, equilibrando-se em pé, em suas longas pranchas, usando a pá para remar. Há também quem diga que o esporte ressurgiu como uma maneira encontrada pelos instrutores de surf para acompanharem seus grupos de alunos, uma vez que em pé era mais fácil de observar a todos. Certo é que o SUP, como é mais conhecido, é um dos esportes que mais cresce e ganhou adeptos do windsurfe, surfe, canoagem e outros esportes de remo, projetando grandes campeões no Brasil e no mundo.

A modalidade se tornou a queridinha das praias pois pode ser praticada por qualquer pessoa e não exige nenhum grande preparo físico. A única exigência – para iniciantes e experientes – é manter o equilíbrio trabalhando todo o corpo: pés, pernas, abdômen e braços. Além de ser um excelente exercício aeróbico, permite o contato com a natureza e a possibilidade de desbravar lugares maravilhosos. Nas praias da região é possível encontrar pessoas de todas as idades sobre a prancha, com remo na mão e o mar todo pela frente. Os tombos nas primeiras tentativas são normais e fazem parte do aprendizado, além de garantir aquela refrescada nesse calorão. Não passe o verão sem colocar essa aventura na sua listinha de ‘realizadas’. Em diversos pontos da orla, em várias cidades da Baixada Santista, você encontra locais para aluguel de pranchas. Nós acompanhamos três desbravadores durante uma tarde na Praia do Gonzaguinha, em São Vicente, e encontramos pelo menos três pontos para locação por ali.

Veja mais fotos desta aventura, acessando pelo QR Code ou pelo endereço www.revistanove.com.br 33


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FOTO: CHRISTIAN JAUCH

Desbravando a Baixada Santista

Fotos: Divulgação

CONHEÇA AS ROTAS COMPLETAS E SAIBA COMO ADQUIRIR OS INGRESSOS

Para quem não busca grandes aventuras, mas quer uma programação diferente na região, o programa Roda SP, do Governo do Estado de São Paulo, realiza a sétima edição por aqui, entre 13 de janeiro e 5 de março. São 16 ônibus modernos e confortáveis que percorrem as belezas naturais, patrimônios históricos e praias da região, com acompanhamento de guias de turismo. Há roteiros pelas nove cidades e cada rota custa R$ 10 e garante um dia inteiro de passeio. As saídas acontecem de terça a domingo (exceto dia 27/02, segunda-feira de carnaval, quando funcionará normalmente e 29/02, quarta-feira de cinzas, quando não haverá operação). O programa possui em sua frota dois ônibus acessíveis para cadeirantes. É preciso realizar agendamento exclusivo para qualquer um dos roteiros disponíveis no telefone 0300 777 0745.

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As informações sobre compra de ingressos e as rotas detalhadas, você encontra no QR Code acima ou acessando o nosso portal www.revistanove.com.br.


Para curar o corpo e a mente O Spasissimo fica na Avenida Miguel Stéfano, 1.001, na Enseada, em Guarujá. Saiba mais no site www.spasissimo.com.br. O So Spa with L’Occitane, no Sofitel Guarujá Jequitimar, é outra opção para um dia dedicado ao bem-estar. O SPA firmou uma parceria com a francesa L’Occitane em Provence e oferece tratamentos de beleza e bem-estar exclusivos da marca. Em um cenário com vista para o mar, o SPA tem cabines individuais, piscina de relaxamento, sucos detox e prioriza os autênticos movimentos realizados com as mãos, além do poder dos ingredientes da Provence e das texturas sensoriais que os produtos da marca trazem ao corpo. O So Spa with L’Occitane fica na Av. Marjori da Silva Prado, 1100, no Pernambuco, em Guarujá. Saiba mais em wwww.sofitel-guaruja-jequitimar.com.

Fotos: Divulgação

Há ainda quem prefira dedicar um dia inteiro – ou mais – a relaxar e se jogar aos cuidados de um delicioso tratamento de SPA. Saiba que temos dois excelentes SPAs na região – ambos em Guarujá – que são abertos a qualquer interessado, apesar de estarem dentro de resorts. Portanto, não é necessário estar hospedado para se entregar a este deleite. O Spasissimo fica dentro do Casa Grande Hotel Resort & Spa e oferece desde programas completos de emagrecimento, relaxamento, reeducação alimentar, Spa/Business e qualidade de vida, até tratamentos de um dia, o Day Spa. São vários os menus, mesmo para quem tem apenas algumas horas para relaxar, que incluem massagem, sauna, acesso à área molhada (piscina e hidromassagem), refeições balanceadas, além de tratamentos faciais, corporais, banhos revitalizantes, esfoliação e muito mais.

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ART&FATO

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO e ARTE: CHRISTIAN JAUCH

Led Flyer: O Iluminado DIRETO DA CONSTELAÇÃO M45

VEJA OUTRAS FOTOS DO ILUMINADO E O VÍDEO DA CHEGADA DELE AO ENCONTRO DE CRIADORES, ACESSANDO O QR CODE OU PELO PORTAL WWW. REVISTANOVE .COM.BR

Conversar com Alexandre Sylvestre exige muita concentração e pensamento ágil para conseguir acompanhar a enxurrada de informações que se convergiram em sua trajetória para dar vida a uma ideia, no mínimo, ousada. O desejo – e a impossibilidade – de cursar Medicina; uma pesquisa na rua sobre panfletagem e outra, nos livros e na internet, sobre estimulação polissensorial; a paixão pela dança e por motos; cursos no Sebrae; a visita de um vagalume em seu quarto e, claro, doses cavalares de criatividade e curiosidade, ajudaram a criar um personagem que tem chamado a atenção na Baixada Santista e até no interior do estado.

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Em 2011, Alexandre deixou as aulas de dança em uma faculdade de educação física de Santos, e resolveu iniciar um projeto bem peculiar, que buscava levar inovação às ações de panfletagem nas ruas. ‘Foi tudo muito intuitivo e o vagalu-

me no meu quarto foi o que me despertou a curiosidade pelos leds’, conta o homem por trás da armadura. Inspirado em um jogo da década de 1990, chamado Super Metroid, onde a personagem usava uma armadura, Alexandre começou a desenhar o seu herói iluminado. Autodidata, estudou circuitos, desenhou rascunhos e importou as peças da China, Japão e Dinamarca, que ele mesmo montava e testava. No início, guardava a armadura no ossuário da Igreja São Jorge, na avenida Ana Costa, com autorização do padre, que era seu amigo. ‘Como eu morava no centro da cidade e fazia os testes com a armadura no estacionamento do Mendes Convention Center, deixar a armadura na igreja era mais prático, pois ela pesa 20 quilos’. Foram três anos entre os estudos iniciais e a primeira saída


oficial com o personagem. ‘Eu usei a minha paixão por motos, pelos anos 80 e por tecnologia para criar o Led Flyer, que acabou sendo apelidado pela população de O Iluminado’. Em maio de 2014 fez a primeira ação de panfletagem para um cliente, que durou seis meses. ‘Quando eu saí pela primeira vez, todo iluminado, e as pessoas começaram a sacar o celular para fazer fotos e espontaneamente vinham pegar os panfletos, eu pensei: consegui!’, lembra Alexandre. Certa vez, seu telefone tocou e era uma amiga assessora de festas, em desespero, pois a equipe de animação contratada para um baile de debutantes que aconteceria em duas horas teve problemas e ela precisava do Iluminado para substituir os artistas. ‘Ela me ligou chorando e disse que só conseguia pensar no meu personagem, mas esse não era o meu objetivo, eu o criei para campanhas de panfletagem’, lembra Alexandre. Ele topou fazer a festa e desde então, final de 2014, o Iluminado ganhou um novo patamar e vem animando festas e eventos sociais em toda a região e em cidades no interior de São Paulo. A preparação da armadura para cada evento dura oito horas, entre ajustes e manutenção preventiva. E há sistemas de segurança para o caso de a tecnologia falhar. Tudo isso, criado por ele.

A história do Led Flyer O Iluminado é um ser de luz vindo da constelação M45. Sua nave de plasma caiu na Ponta da Praia, em Santos, em 2013, atraída por ondas de energia que emanavam do coração de um garoto, que sonhava em ser médico e gostava de músicas dos anos 80. Para tentar ganhar dinheiro para cursar a faculdade de medicina, este garoto criou um projeto eletrônico, mas as luzes do protótipo não acendiam. Prestes a desistir, uma energia invadiu a armadura e acendeu os leds. Só que, segundo O Iluminado, esta é uma luz diferente, pois, quando acesa, resgata o que há de melhor nas pessoas.

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PERSONA

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO DIVULGAÇÃO

Adalto Corrêa ECONOMISTA, EDUCADOR E VICE-REITOR Ele tem 51 anos de idade e 25 dedicados à educação. Começou a carreira na Cosipa, em 1978, como aprendiz, e foi registrado como cosipano aos 15 anos. Por lá ficou durante dez anos e decidiu encerrar sua carreira no mercado e se dedicar à educação. Hoje é vice-reitor de uma das instituições de ensino que pertencem ao décimo maior grupo do mundo de capital aberto, a Anima Educação, e que conquistou, em 2016, pela terceira vez consecutiva o prêmio Great Place to Work, entre as melhores empresas para se trabalhar. Quando concluiu a faculdade de economia, imediatamente resolveu cursar uma pós-graduação e começou a lecionar. Em 1991 já era professor em quatro universidades e em 2003 assumiu o primeiro cargo de gestão na Unimonte, como Coordenador de Educação à Distância. ‘Eu fui o primeiro professor da região a criar uma página na internet, onde os alunos tinham login e senha para acessar o conteúdo das aulas e, então, o Jornal A Tribuna fez uma matéria comigo e logo depois a Unimonte me convidou para assumir o EAD’, explica Adalto. Em 2006, o Grupo Anima Educação assumiu a Unimonte e Adalto foi conquistando outros cargos na instituição. Hoje, mestre, já foi coordenador e diretor de cursos e diretor institucional da universidade, até que, em 2012, foi convidado a assumir a vice-reitoria. No Grupo Anima, os reitores tem um papel institucional, enquanto os executivos, aqueles que tocam as instituições, são os vice-reitores. O reitor da Unimonte é o Dr. Ozires Silva, ‘um grande abridor de portas, um homem que já está na história’, conforme define Adalto. Um semestre após passar a responder como vice-reitor, em 2013, deixou as salas de aula para

se dedicar ao novo cargo, mas voltou este ano, para lecionar Economia. ‘A Unimonte tem um projeto de gestão muito plano, com poucos símbolos, ou seja, o vice-reitor está muito próximo de todos os outros colaboradores e bem acessível aos alunos’, explica Adalto, para justificar que a presença dele em sala de aula em nada atrapalha sua atuação na direção da instituição. Seu dia de trabalho começa rotineiramente na cantina da universidade, onde ele senta para tomar café e ler o jornal. Dali mesmo já demanda, conforme vai encontrando os colaboradores. ‘O meu primeiro despacho é visual e eu acho importante estar próximo do negócio e das pessoas’. Apesar dessa proximidade, quando Adalto entra na sala de aula, é no papel de professor, então, nenhum aluno tem foro privilegiado para tratar questões de reitoria com ele naquele momento. ‘Todo aluno tem o mesmo acesso a mim e as conversas comigo, enquanto vice-reitor, sempre devem ser na presença do coordenador do curso’. O Adalto educador e gestor de instituição de ensino acredita que o maior desafio hoje para as universidades é lidar com jovens que chegam despreparados do ensino médio. ‘O Brasil deu muita atenção para as universidades e deixou de lado os ensinos fundamental e médio. É como se quisessem construir a casa pelo telhado’. Já o Adalto economista previu em 2014, que 2015 seria um ano difícil, só não esperava que as coisas piorassem em 2016. E está torcendo para que 2017 seja um ano de estabilidade. ‘Durante um programa de rádio, no final de 2014, eu desejei aos ouvintes um feliz 2016, porque sabia que 2015 seria difícil. Espero que no final de 2017 eu possa desejar um feliz 2018. O Brasil não merece passar pelo que está passando’. 39


NOVE

9 Paradas estratégicas após a praia

Passar o dia na praia é sempre muito bom. Alguns saem exaustos e o que mais querem é relaxar; outros saem no pique de uma cervejinha e há quem tope um sorvete, um café com bolo e até uma boa refeição, para saciar a fome que foi enganada o dia todo.

Por isso, fizemos uma seleção de nove paradas estratégicas após a praia e encontramos opções para todos os gostos e públicos, afinal, em pleno verão, quem quer voltar pra casa cedo?

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1) Bolo da Madre, em Santos

2)Porto Gelato, em Santos

Há quem não abra mão de um bolo fresquinho com café, mesmo em um dia de sol. O Bolo da Madre é uma franquia de bolos caseiros, que podem ser consumidos na loja ou levados para casa – inteiro ou em fatias. A aconchegante e charmosa unidade de Santos completou um ano em dezembro e oferece, além de mais de 30 opções de bolos com receitas caseiras, diversas coberturas que são vendidas em potes, separadamente, bolos gelados, bolos de pote para presentear e, para refrescar, a deliciosa soda italiana, em vários sabores. O espaço tem ar condicionado, estacionamento e o simpático casal de proprietários é quem recebe os clientes para deixar o ambiente ainda mais acolhedor. O Bolo da Madre fica na R. Conselheiro Ribas, 345. O telefone é (13) 3385.6050. Segunda a sábado, das 9h às 19h30.

Para muitos, um delicioso sorvete é a melhor pedida após a praia. Se você é um desses, saiba, então, que Santos tem, desde 2014, uma gelateria que produz gelatos artesanais. Na Porto Gelato, os três proprietários é quem produzem os mais de 40 sabores de sorvetes, em maquinário italiano, assim como boa parte da matéria prima. Os gelatos de frutas são produzidos com frutas frescas, entregues semanalmente. São três opções de tamanhos, além das embalagens para viagem, de meio quilo e um quilo. Para quem curte um bom cafezinho, a Porto Gelato também serve, além de chá, cappuccino e chocolate, que podem ser acompanhados por brownies, também produzidos por eles. Av. Dr. Epitácio Pessoa, 271. O telefone é (13) 3877.3001. Segunda a quinta, das 13h30 às 21h30; Sexta, das 13h30 às 23h; Sábado, das 13h às 23h e Domingo, das 13h às 21h (horários válidos para os meses de janeiro e fevereiro)


POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: DIVULGAÇÃO

3)Baixada Carioca, em Santos

4) Rudy's Bar, em Guarujá

Não dá para negar que há muita similaridade entre Santos e o Rio de Janeiro. O clima de praia inspira as duas cidades e motiva turistas e moradores a curtirem bares e botecos, para uma boa porção e uma cerveja gelada. O Baixada Carioca é um pedacinho do Rio em Santos, com decoração temática e de frente para o mar, com uma vista privilegiada da saída dos navios do canal. Além do deque externo, o bar tem espaço kids, para as crianças continuarem se divertindo após a praia e um jardim interno, garantindo privacidade aos casais. Oferece porções e drinks no happy hour e algumas cervejas especiais, como a carioca Complexo do Alemão. O destaque no cardápio é o Chicken Hot (porção de drumets de frango apimentados). Av. Almirante Saldanha da Gama, 184. Os telefones são (13) 3385.4812 e (13) 99788.9703. Segunda a sábado, das 12h às 16h; sexta e sábado também com happy hour, das 18h à 1h.

O Rudy's Bar deu origem ao conceito de polo gastronômico na hoje badalada Rua Rio de Janeiro, em Guarujá. Com as portas abertas desde 1984, o Rudy's virou sinônimo de chopp bom e gelado. É fácil se encantar com seu ambiente aconchegante, ideal para conversar, e seus deliciosos pratos típicos da culinária alemã. O cardápio contempla qualquer tipo de apetite e os bolinhos de carne são unanimidade para quem frequenta o bar. Outro prato do Rudy's muito apreciado pelos amantes da culinária alemã é o Eisbein (joelho de porco acompanhado do tradicional chucrute e deliciosas batatas coradas). Atualmente, o Rudy's oferece chopp de 3 marcas - Paulaner (chopp alemão), Brahma (claro e black) e Stella Artois. R. Rio de Janeiro, 274. O telefone é (13) 3386.1697. Quarta a domingo, a partir das 18h (a cozinha funciona até às 2h; o bar, até o último cliente). Em alta temporada abre todos os dias, no mesmo horário.

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NOVE

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: DIVULGAÇÃO

em Santos e você nem precisa sair da praia para curtir os vários estilos de cervejas engatadas ou engarrafadas. Também tem porções e lanches, inclusive com opções veganas, embora o forte seja o chope artesanal, e, na temporada, está aberto todos os dias, 24 horas, sem fechar.

7) Baraçaí Sushis and Burgers, em Santos 5) Tahiti Restaurante, em Guarujá Instalado na areia da Praia das Pitangueiras, o ambiente rústico e agradável envolve os clientes no melhor clima de praia. Especializado em frutos do mar, os pratos do Tahiti, assinados pela Chef Maria Dias, são um espetáculo à parte. De noite, ainda é possível saborear as maravilhosas pizzas da casa, inclusive com massa integral. O Tahiti oferece, além de chopp Brahma e cervejas importadas, uma ótima carta de vinhos e um menu extenso de caipirinhas e drinks. Uma novidade da casa é o Barco Bar: um bar em um barco de verdade, dentro do Tahiti. No cardápio, destaque para o premiado Linguado em cama de banana; o saboroso Salmão ao molho de maracujá; a famosa Meca Santista e o Camarão à grega, além do Talharim com camarões à moda Mediterrânea. Av. Marechal Deodoro da Fonseca, 367. Diariamente, a partir das 11h. A cozinha e o bar funcionam até meia-noite (na alta temporada funcionam até o último cliente).

6) Quiosque Burgman, em Santos O novo point dos apreciadores de um bom chope artesanal ocupa dois quiosques na orla da praia, na direção do Canal 4. A Burgman agora tem um espaço próprio

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Os ‘açaí lovers’ têm um ponto de encontro em Santos, com açaí para todos os gostos. As duas unidades, na mesma rua, também oferecem wraps, ceviches, sushis, lanches e outras opções com a cara do verão. R. Januário dos Santos, 217 Terça a quinta e domingo, das 12h às 0h; sexta e sábado, das 12h à 1h (loja 1). Terça a domingo, a partir das 18h (loja 2).

8) Creperia da Praia, em Santos e Praia Grande Com duas unidades em Santos e uma em Praia Grande, a Creperia da Praia é o point ideal para quem busca uma refeição leve após praia. O menu oferece, além de crepes salgados e doces, com recheios exclusivos, opções vegetarianas e pratos saudáveis. Av. Washington Luiz, 570 e Av. Gen. San Martin, 138, em Santos e Av. Costa e Silva, 112, em Praia Grande.Terça a domingo, a partir das 11h30.

9) Deck Praia, em São Vicente Quase na esquina da Praia do Itararé, em São Vicente, o Deck Praia é uma boa opção para um chope ou um drink, acompanhados de uma boa porção, após a praia. Com deck externo e ambiente interno, o bar ainda oferece lanches, festival japonês e até almoço executivo durante a semana. Tem música ao vivo, de quinta a sábado, na temporada. R. Onze de Junho, 40. Segunda a quinta, das 12h à 1h; sexta a domingo, das 1hh às 3h30.


INOVAÇÃO

Educação Inovadora O CONCEITO DE CAMPUS MAKER É A NOVA APOSTA DA UNIMONTE Garantir a aprendizagem em ambientes que vão além da sala de aula convencional é o propósito do conceito de Campus Maker. Para isso, a Unimonte aposta em um grande complexo laboratorial e na restruturação de suas instalações. Além dos 42 laboratórios de vivência prática já existentes, em outubro de 2016 a faculdade inaugurou o Espaço Dínamo – Dispositivo de Inovação e Aprendizagem Unimonte – um ambiente colaborativo, que conta com maquinário de ponta, como impressoras 3D, equipamentos eletrônicos e de robótica, e podem ser utilizados por estudantes de todos os cursos, incentivando a veia criativa dos alunos e possibilitando que projetos interdisciplinares ganhem vida. O Movimento Maker, do qual a Unimonte é uma das representantes na Baixada Santista, é uma nova proposta pedagógica pautada na transformação e na experiência prática, proporcionando ao aluno um aprendizado fundamentado na experimentação. O professor Nivaldo Silva, coordenador do Dínamo, diz que ‘as experiências no Maker Space no último ano, mostraram que a solução se encontra não em um laboratório específico, mas em uma rede de dispositivos, que, funcionando de maneira integrada, dão suporte às iniciativas experimentais e

inovadoras que já existem e que constantemente surgem em nossa comunidade’. A Unimonte também aposta em disciplinas que instigam o desenvolvimento crítico do aluno, ampliando a sua visão sobre o mundo e seu papel na sociedade em que está inserido. A universidade adotou há três anos a filosofia a “Vida é na Prática”, que, por sua vez, não abre mão da teoria, na qual se baseia o seu projeto acadêmico. Contudo, o público que ingressa em um curso universitário tem sede por aprendizado, pela chance de experimentar, testar, prototipar e empreender.

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COM A PALAVRA

Compromisso imediato Nunca é complexo falar sobre sustentabilidade, sobretudo em tempos tão propícios a sua evocação para a renovação conceitual, ainda que aparentemente seus significados de existência e relevância não tenham grande aplicação nas condições diárias de vida e mais especificamente em nosso dia-a-dia. Nesse caso, remar contra a maré de tradicionalismos arraigados passa a ser um importante mecanismo ao resgaste de um “verde nada concreto”. LEONARDO ARMESTO Engenheiro Civil, físico e hoteleiro, especialista em construções sustentáveis, gestão estratégica e mestre em estruturas alternativas. Desde 2007 atua no mercado de construções inovadoras e engenharia cênica.

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Observar a árvore ao invés da floresta é uma ótima oportunidade de compreender que sustentabilidade não se faz apenas por intermédio de grandes investimentos capitais, complexos projetos de implementação, ou ainda com atores altamente certificados inerentes ao tema, mas simples e amplamente por uma dose extra de interesse e muitas mãos na mesma massa! Que tal batizar esse exercício constante com o nome de "compromisso", e o curioso sobrenome de "imediato"?! De fato, existem muitas perspectivas e possibilidades de se atuar com a sustentabilidade, contudo, é necessário acreditar que ela exista como uma ferramenta social e invariavelmente modificadora, exercitando conceitos pessoais, perpassando por ações e adequando muitos de nossos hábitos corriqueiros. Isso representa a detenção de um conhecimento tão belo, quanto imprescindível ao meio ambiente.

Ações geram ações de cada vez maiores proporções, isto é, implantar a coleta seletiva de materiais reciclados no condomínio, estudar sobre os benefícios de se aplicar uma composteira no jardim de casa, reutilizar materiais, gerar o mínimo de lixo, consumir materiais ecológicos, são a base do “insight” necessário que fará o ciclo virtuoso da sustentabilidade girar a todo vapor! Eco-Turismo são métodos ecológicos de “andanças” naturais que apresentam baixo impacto ambiental, assim como a interação social entre as vertentes esportivas, integrando povos olímpicos. Juntos atuam ecológica e socialmente na responsabilidade integrada. Caminhando por essa via, está o cenário cultural das localidades, intensificando o conceito de um quadripé sustentável, tendo a arte como uma de suas premissas. Isso pode ser tão sustentável quanto entender a responsabilidade do aproveitamento orgânico sobre a ótica de alimentos essencialmente sadios. ...E que tal desaguar na fluidez de um serviço complementar no prazer em bem servir a boa e velha “loira gelada”?! “A greener world.. a bluer sky.” A sustentabilidade está inclusive no folhear de uma revista! Está em toda parte. E porque não e por fim, nas palavras de Hillel?! “Se eu não for por mim, quem o será? Mas se eu for só por mim, quem serei eu? Senão agora, quando?!



COM A PALAVRA

Blues - The Backseat Music Nos primeiros meses de 2017 lanço meu livro, Blues – The Backseat Music, onde conto como o blues foi inaugurado no Brasil e como resiste até hoje. Nasci e cresci no Campo Grande. Bairro aqui de Santos. Comprando e namorando os discos na Tremendão, Marimba e Opus. E na Top Discos, da dona Eliza.

EUGÊNIO MARTINS JÚNIOR Jornalista e produtor musical. Criou a Mannish Boy Produções, o Mannish Blog, os projetos Jazz, Bossa e Blues, Voz de Mulher, Mostra Blues, Clube do Blues e Blues and Beer. É autor do livro Blues The Backseat Music

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Não existia Youtube e Spotify. A molecada ia na loja e “alugava” os toca discos. Alguns donos não ligavam, outros, ficavam putos. Também comprava revistas na banca. Ainda tenho muitas aqui em casa. Assim foi meu aprendizado musical. Assim conheci o blues. O jazz. MPB? Meus primeiros discos de blues foram Buddy Guy e Junior Wells, o Live At Montreux. E Live and Well, do BB King. Discos que captam o clima de uma apresentação ao vivo. Lançaram muitos discos no final dos anos 80 e muitos CDs no começo dos 90. O blues chegou no Brasil com oitenta anos de atraso e eu viciei nesse negócio. Estudei jornalismo pra viver perto da música. Acho que consegui. O blues nasceu às margens do rio Mississippi e da própria sociedade americana. Após todo um processo evolutivo, tanto em termos artísticos, quanto tecnológicos, subdividiu-se e ganhou as diversas caras que conhecemos hoje, a de música pra namorar, dançar, ouvir nos fones de ouvido e nas viagens de carro.

O maior conjunto de rock and roll de todos os tempos, os Rolling Stones, acaba de gravar um grande disco de blues com 12 temas clássicos, garimpados entre suas inflências - Magic Sam, Howlin’ Wolf, Little Walter, Jimmy Reed, Willie Dixon e Eddie Taylor. O resultado foi um dos discos mais tocados do ano nos Estados Unidos e na Europa. Dois artistas da Baixada estão no estúdio. Os discos de Mauro Hector (Santos) e Fabio Brum (São Vicente), serão lançados no primeiro semestre de 2017. O disco Blues Rock Hotel, EP da banda Dog Joe, com o guitarrista Eduardo Elói de Guarujá e os santistas Digo Maransaldi (bateria) e Rogério Duarte (baixo) já está disponível. Por que esse estilo musical com mais de cem anos ainda desperta paixôes? A expressão backseat pode ser traduzida como uma coisa que está em segundo plano ou, ao pé da letra, “que viaja no banco de trás”. Quando disse isso, Rod Piazza, gaitista consagrado, não estava querendo depreciar o blues, mas oferecer uma resposta razoável a minha pergunta sobre a importância desse estilo musical para a cultura americana. Como se quisesse dizer que o blues sempre esteve ali, mas nunca em primeiro plano. Ou, pelo menos, que nunca lhe deram a importância devida. Graças aos jovens ingleses na faixa dos 70 anos e aos brasileiros na faixa dos 30, o blues ainda resiste. Mesmo sendo a música do banco de trás.


LIVRE

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Valongo Beer Experience UMA EXPERIÊNCIA COMPLETA NO MUNDO DAS CERVEJAS ARTESANAIS

Santos sedia no dia 27 de janeiro a primeira edição do Valongo Beer Experience, que propõe uma experiência no mundo das cervejas artesanais, em uma das regiões mais charmosas da cidade: o Valongo. A abertura do evento será no Museu Pelé, às 15h30h, e está a cargo do vice-prefeito, Sandoval Soares, autor da lei 3.309 de 17 de novembro de 2016, que incentiva o desenvolvimento das microcervejarias artesanais e caseiras e o turismo cervejeiro em Santos. Logo após, haverá três saídas do Bonde Arte, onde acontecerá a degustação de cervejas artesanais caseiras produzidas por cervejeiros santistas. Cada saída é precedida por um bate papo com o sommelier Ed Neves, formado pelo Instituto da Cerveja Brasil. Dentro do bonde, o diretor da CONSCERVA, Edwar Fonseca, dará informações sobre cada estilo de cerveja apreciado.

Organizador do VBE, o turismólogo Diogo Dias Fernandes Lopes, explica: "Teremos três horários diferentes após a abertura oficial para uma experiência completa. Um ciclo se inicia às 17h, outro às 18h e o último às 19h. Eles se encerram no Boteco Valongo em uma confraternização com banda e apreciação de mais uma cerveja". Os ingressos incluem o passeio no Bonde Arte com degustação de cervejas artesanais acompanhadas de informações sobre cada estilo de cerveja apresentado, uma caneca com tirante, uma cerveja e entrada no Happy Hour do Boteco Valongo para a confraternização, onde haverá banda até às 22h. Haverá um showroom das lojas de cerveja e marcas patrocinadoras do evento. A experiência é uma realização da empresa Parceiros do Turismo, em parceria com a Confraria Santista da Cerveja (CONSCERVA) e o Boteco Valongo, com apoio da Revista Nove Cidades.

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CAFÉ DAS NOVE

Lá se foi o melhor pior ano 2016 foi embora levando junto uma injusta fama de ter sido o ano mais indesejado da história recente. No final do primeiro semestre o Brasil já estava em contagem regressiva para o ano acabar. Mas aí vieram mais seis meses chacoalhantes para lembrar a gente de que o controle dessa montanha russa não é nosso. Foi um ano de escândalos políticos, atividades encerradas e portas fechadas. 2016 levou embora muita gente boa. E revelou muita gente ruim. E tudo isso não é novidade. E tudo isso a Globo nos contou.

DIEGO BRÍGIDO Jornalista e bacharel em turismo, especialista em comunicação, turismo e hospitalidade. Editor da Revista Nove Cidades.

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E tudo isso não vai entrar no meu balanço de final de ano. 2016 foi o ano em que descobri que nenhuma crise financeira ou política pode abalar o potencial criativo e realizador de ninguém. Ao contrário, 2016 me ensinou que o salário na conta no final do mês não paga a minha paz de espirito e nem compra alguns dos melhores momentos da vida. E que, portanto, ele é sim muito importante, mas não mais que todo o resto que eu conquistei sem gastar um centavo. No primeiro dia de 2016 eu não tinha mais um emprego com um salário razoável. No primeiro dia de 2016 eu tinha um pen drive e um sonho. E eu precisava que as pessoas comprassem esse sonho em meio à crise. Me chamaram de louco. E talvez eu tenha sido. Mas tudo bem, porque no primeiro dia de 2016 eu havia me livrado uma frustração que consumia meu sono e tornava minhas conversas chatas e repetitivas. No primeiro dia de 2016 - e pela primeira vez na vida - eu tinha as rédeas da minha vida profissional, mesmo não tendo o controle dessa montanha russa maluca. Eu não tinha opção senão seguir adiante. Eu precisava me redescobrir. Eu tinha que aprender a empreender. Não foi fácil, não está sendo. E como eu, muita gente precisou se redescobrir em 2016. E neste ano que revelou tanta gente ruim, eu conheci muita gente do bem!

Gente correndo atrás do sonho, gente que perdeu o registro na carteira de trabalho e ganhou qualidade de vida. Gente que tem menos na conta, mas soma muito mais. Dia desses ouvi de um amigo recente que 'a nossa geração não trabalha mais para ficar rica, mas para ter liberdade'. Talvez eu faça parte de uma leva de serumaninhos no meio termo entre a geração que queria enriquecer e essa tal nova, que quer ser livre. Mas 2016 me deu um empurrão na direção da geração feliz. Terei muito trabalho no ano que chega. Saí de 2016 sem décimo terceiro salário e sem viagem de réveillon. Entrei em 2017 feliz porque tive um ano desafiador, revelador e inspirador. Desafiei minhas limitações e o tempo. Revelei meus múltiplos talentos e também o dos outros. Inspirei pessoas a tocarem seus projetos e fui altamente inspirado por quem já conseguiu tirar as cifras da linha de prioridades. 2016 foi e levou junto a fama de ter sido o ano mais indesejado da história recente. Não para mim. É tudo uma questão de ponto de vista. Às vezes é preciso perder para ganhar. Pode vir 2017, que eu vou usar cada segundo de você ao meu favor.


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