Revista Nove #08

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ta. ntos de bicicle o p 0 0 3 e d s ai l em m bienta es foi entreguenós diminuímos o impacto am ão é? ad id C ve o N ta n , Revis é você dável, Esta edição da melhor da Baixada Santista atudo a ver com alimentação sau o Além de levar mover a qualidade de vida. T ro p a s o e ajudam

Também conquistamos, há três edições, o selo mundial FSC, que garante que nosso papel vem de fontes renováveis, não degrada o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais.

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ÍNDICE

06 ENTREVISTA: José Virgílio 12 CENÁRIO: Praia de Guaratuba 14 ABRINDO O BAÚ: Museu de Arte Sacra de Santos 16 #TÁNAPLACA: Catedral de Santos 18 SAIR PARA COMER: Anga Gastronomia

CAPA

O que Vai no

22 UM NOVO OLHAR: Guia de Consumo de Pescados

seu Prato

24 CONCIERGE: Bruno Reis

VEGETARIANISMO, VEGANISMO E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA BAIXADA SANTISTA

36 ART&FATO: Encontro de Criadores 38 PERSONA: A Cris, do Quiosque

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40 NOVE: Restaurantes de Comida Saudável em Santos 44 COM A PALAVRA: Nádia Pelloso: Como Organizar seus Clicks 46 PRODUTO REGIONAL: Origens - Chocolate Artesanal 48 CAFÉ DAS NOVE: Diego Brígido EXPEDIENTE Editor Chefe: Diego Brígido | MTB: 64283/SP Projeto Gráfico e Design: Agência celeiro.bmd | Christian Jauch Impressão: Nywgraf Editora Gráfica Distribuição Gratuita e Dirigida Anuncie na Revista Nove Cidades: (13) 99167-8068 comercial@revistanove.com.br

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EDITORIAL

Turismo, Cultura e Lazer na Costa da Mata Atlântica Essa edição chegou para provar – definitivamente – que tem comida pra todo gosto na Baixada Santista. Mergulhamos no universo saudável das culinárias natural, orgânica, vegetariana e vegana e descobrimos muitos adeptos e lugares bacanudos na região focados na gastronomia natureba. E, claro, vamos explicar os conceitos e as diferenças de cada uma delas. Mas, fomos um pouco além e a editoria Nove traz nove opções de locais que servem comida natural em Santos. Um roteiro detox total. Na editoria Sair para Comer, apresentamos um projeto super diferente de jantar

nômade, o Anga Gastronomia, sob a tutela do chef Frank Bin. Mas nem só de comida é feita esta edição. Batemos um papo com o José Virgílio Leal, presidente do Instituto Arte no Dique e com a sempre sorridente Cris, da 'Barraca da Cris', precursora do atendimento exclusivo ao público LGBT na Baixada Santista. Vamos apresentar também o Guia de Consumo Responsável de Pescado, desenvolvido pela Unimonte e falar sobre coworking em Santos e sobre a próxima edição do Encontro de Criadores. Tem muito mais, é claro, nas páginas da revista e em nosso portal www.revistanove.com.br.

Bem-vindos à Atlântica Costa da Mata

Diego Brígido Editor

Parceiros culturrais

Onde encontrar a revista! Agora a Revista Nove Cidades também é distribuída em alguns espaços culturais da região. Você já pode encontra-la nestes lugares:

Nós acreditamos que grandes projetos são construídos em conjunto. Se você também quer ser um distribuidor oficial, envie um email para contato@revistanove.com.br

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JOSÉ VIRGILIO PRESIDENTE DO INSTITUTO ARTE NO DIQUE POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH

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esde muito jovem ele construiu carreira na área da cultura, sempre envolvido com grandes nomes da música e da arte, como Moraes Moreira, Margareth Menezes, Gilberto Gil e

Pepeu Gomes. Saiu da Bahia há 15 anos para organizar uma micareta na região do ABC Paulista. Licenciado do grupo Olodum, do qual foi diretor de produção por cinco anos, recebeu um convite profissional da produtora de Ivete Sangalo, mas negou para abraçar o desafio em São Paulo. Quando chegou, além da micareta, emplacou um projeto social na região, em parceria com o Olodum, para apresentar a percussão aos jovens da comunidade. O projeto foi um sucesso e o grupo de alunos percussionistas veio se apresentar, juntamente com Simonian, no SESC de Santos. Por aqui, encontrou novos parceiros e iniciou, então, um trabalho na comunidade do Caminho da Capela, em 28 de novembro de 2002, o que seria o embrião do Instituto Arte no Dique, projeto social que atende diariamente 500 pessoas da comunidade do Dique da Vila Gilda, uma das maiores favelas sobre palafitas do Brasil e do mundo, em Santos. Nessa entrevista José Virgílio Leal de Figueiredo nos conta sobre o Arte no Dique e sua importância para a cultura da cidade.

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ENTREVISTA: JOSÉ VIRGÍLIO - ARTE NO DIQUE QUANDO VOCÊ CHEGOU A SANTOS, JÁ TINHA O PROJETO DO ARTE NO DIQUE IDEALIZADO? Eu cheguei aqui convidado para iniciar um projeto de percussão em comunidades carentes, aos moldes do que já era feito no ABC Paulista. Acabei fazendo uma parceria com o Instituto Elos, integrado por jovens arquitetos, que se interessaram por um projeto que eu tinha de construir um centro cultural completo. Em meados de 2003, quando o projeto de percussão já existia há alguns meses, os arquitetos do Elos desenvolveram a maquete do centro cultural. Como eu carregava a marca Olodum e estava desenvolvendo o projeto social no Dique, o prefeito Beto Mansur quis me conhecer e logo assinou uma carta de intensão de cessão de uma área para a construção do complexo cultural. Consegui trazer Moraes Moreira para um show no SESC e durante o coquetel, antes do show, eu apresentei a algumas empresas o projeto, com a maquete e a carta do prefeito. Conseguimos o patrocínio inicial da Libra Terminais e o apoio da imprensa local. Um ano depois, em 2004, com o projeto já bem encaminhado, decidi ficar de vez por aqui. QUAL O OBJETIVO DO INSTITUTO ARTE NO DIQUE? O principal objetivo do projeto é a inclusão social e a formação de cidadãos por meio da arte e da cultura. Através de vários cursos e oficinas, principalmente pela percussão, nós apresentamos novas oportunidades para essas pessoas. E queremos quebrar o estigma de que elas vivem na boca de fumo e não merecem respeito.

QUANTAS PESSOAS SÃO ATENDIDAS PELO PROJETO E QUAL A FAIXA ETÁRIA? Hoje atendemos quase 500 pessoas todos os dias, das 7h30 às 20h, em várias atividades e todos são muito bem-vindos. Inclusive temos oficinas de crochê e de customização para pessoas de mais idade. É uma forma de proporcionarmos atividade e uma razão à vida dessas pessoas, além de melhorar a renda. O Arte no Dique paga o professor, mas as alunas se autofinanciam, comprando o material de trabalho e rentabilizando, com a venda do que produzem. OUTROS PROJETOS DE DESTAQUE SURGIRAM DO ARTE NO DIQUE. QUAIS VOCÊ ELENCARIA COMO SENDO OS PRINCIPAIS? A Banda Querô certamente é um dos nossos grandes projetos, com repercussão nacional e até mundial, mas também temos outros importantes e já consagrados, inclusive que constam do calendário de eventos da cidade. A Mostra Cultural Arte no Dique, que acontece desde 2011 e reúne grandes nomes da arte regional e até nacional; o Som das Palafitas, que é um festival de música instrumental, que acontece aqui no instituto; o Arraial do Dique, que resgata o cancioneiro das festas juninas e a Primavera Cultural, que acontece em setembro. QUEM SÃO OS PARCEIROS DO PROJETO HOJE? Nossa principal parceira é a prefeitura de Santos, com a qual temos dois convênios e estamos, inclusive, construindo um restaurante-escola aqui na frente, que terá a configuração de um Bom Prato, com

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UM PAÍS QUE NÃO PRESERVA A SUA CULTURA, NÃO É UMA NAÇÃO.

JOSÉ VIRGÍLIO

custo de R$ 1,50 por refeição e também pretendemos oferecer gratuitamente comida às pessoas que não têm condições de sair das palafitas, por dificuldades de locomoção e também não têm condições de pagar nem este valor pela refeição. A PUC, uma das principais universidades do país, também é uma grande parceira, com a qual estamos desenvolvendo uma rádio web comunitária, com todos os equipamentos adquiridos por eles. Também já realizamos um curso de fotojornalismo com duração de sete meses em parceria com a universidade, com certificados assinados pelo reitor. O Arte no Dique será a primeira extensão de pesquisas, em ONGs, fora da PUC. Estamos em busca de parceiros da iniciativa privada para que consigamos dar continuidade no projeto e ampliar nossas ações. Hoje, apenas conseguimos manter os custos do instituto. EXISTE UMA EXTENSÃO DO PROJETO NA FRANÇA. COMO SE DEU ISSO? Tivemos uma estagiária franco-brasileira aqui no instituto, em 2010, que ganhou uma bolsa de estágio no Brasil e escolheu o Arte no Dique, pois a mãe é santista. Foi ela quem articulou, juntamente comigo, nossa filial na França, em La Ciotat, reconhecida pelas leis francesas e operante. A função do instituto lá é receber intercambistas culturais daqui do Brasil e organizar a estada deles na França. No ano passado, tivemos uma passagem maravilhosa por Paris por 15 dias, onde visitamos um conservatório de música com nossos meninos e um deles já está estudando francês aqui para ir para lá nos próximos meses. Temos também um menino que saiu do projeto com 18 anos, foi para a Itália estudar música e hoje,

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aos 20 anos, é um conceituado percussionista, disputado em todo o país. COMO É QUE AS PESSOAS CHEGAM AO PROJETO? Principalmente pelo boca-a-boca e pela instalação de faixas na comunidade. Também sempre tivemos, desde o início, um assessor de imprensa, o que nos deu uma boa entrada na mídia local. HOJE O INSTITUTO FUNCIONA EM UM COMPLEXO DE 960 METROS QUADRADOS. DESDE QUANDO O ARTE NO DIQUE COMEÇOU A FUNCIONAR NESSE PRÉDIO? Desde 2012. Em 2009, com a visita do então Ministro da Cultura, Juca Ferreira, a Santos, o Papa, já prefeito, disponibilizou R$ 1.950.000,00 para a construção do complexo. Em 2010 pressionei o Ministro para que viesse a Santos lançar o edital. Em março de 2011 começamos a construção e em junho de 2012 inauguramos a Escola Popular de Arte e Cultura Plínio Marcos – Instituto Arte no Dique. QUAIS SÃO AS OFICINAS QUE O INSTITUTO OFERECE? Temos várias oficinas, como percussão, dança, capoeira, violão, customização, informática, audiovisual e teatro. Além disso, atendemos diariamente 260 crianças no projeto Escola Total, da Secretaria de Educação, oferecendo reforço escolar, esporte, informática e música, no contraturno, ou seja, no período em que elas estão fora da escola.

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ENTREVISTA: JOSÉ VIRGÍLIO - ARTE NO DIQUE O INSTITUTO TEM PROFESSORES E MONITORES QUE FORAM ALUNOS DOS PROJETOS? Sim, 70% dos nossos monitores do projeto Escola Total são ex-alunos dos nossos diversos projetos. A COMUNIDADE DO DIQUE DA VILA GILDA ACOLHE O PROJETO? Todos recebem muito bem e são nossos parceiros. Nunca tivemos nenhum problema de depredação do prédio ou falta de segurança, por exemplo. Existe um respeito muito grande, principalmente porque os filhos dos moradores da comunidade estão aqui dentro. As pessoas entram e saem daqui quando querem e conhecem as regras. Muitos fazem festa de aniversário aqui, porque não têm condições de receber as pessoas nos barracos. Este espaço foi construído para eles utilizarem e por isso devem preservar e eles sabem disso. VOCÊ TRABALHOU NO CLIPE DE THEY DON´T CARE ABOUT US, DO MICHAEL JACKSON, QUE FOI GRAVADO NO BRASIL, NO PELOURINHO, EM 1995. COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA? Sim, vários produtores participaram daquele clipe: tinha a produção dele, a produção da gravado-

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ra, a produção de Spike Lee, que foi o diretor, e a produção do Olodum, que era eu. Cabia a mim a interação entre o Michael e o Olodum. Foi uma experiência inesquecível na minha vida, uma grandiosidade que nem dá para imaginar. Tudo funcionava com muita agilidade e profissionalismo. As camisas do Olodum que o Michael usa no clipe foi ele quem escolheu usar após ver várias pessoas da comunidade com elas. Então, Spike Lee chegou em mim e disse: Michael quer um modelo de cada camisa, esse será o figurino dele no clipe. Aquela camisa rasgada, que acabou virando moda, foi ele mesmo quem rasgou e, então, passamos a confeccioná-las rasgadas, porque todos queriam daquele jeito. VOCÊ TAMBÉM FOI CONVIDADO PARA SER FOTOGRAFADO PARA UM LIVRO QUE FALA SOBRE A IDENTIDADE BRASILEIRA. Isso mesmo, é um livro chamado Somos Brasil, do fotógrafo britânico Marcus Lyon, que percorreu 22 mil quilômetros no Brasil e entrevistou e fotografou 104 pessoas que retratam a identidade do país. E com muito orgulho eu sou uma dessas pessoas. O livro acabou de ser lançado, agora em março.

EU ESTOU AQUI DE PASSAGEM, MAS ESSE COMPLEXO VAI FICAR COMO LEGADO PARA A COMUNIDADE

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CENÁRIO

Praia de Guaratuba Mar e rio em um cenário deslumbrante A Baixada Santista abriga praias que agradam os mais variados perfis de públicos, desde as mais urbanizadas, com infraestrutura completa para os banhistas, às quase isoladas, consideradas verdadeiros paraísos naturais.

que encantam qualquer um – dos urbanos aos amantes da natureza. São praias que conquistam pela beleza cênica e, na maioria das vezes, por oferecem muito mais que areia e água salgada.

As oito cidades litorâneas da região, no entanto, escondem alguns trechos de areia

Guaratuba, em Bertioga, é um destes paraísos. Com oito quilômetros de extensão, está

O ACESSO À GUARATUBA SE DÁ PELA RODOVIA RIO-SANTOS, NA ALTURA DE BERTIOGA, ENTRANDO NA ROTATÓRIA DO LOTEAMENTO COSTA DO SOL, À ESQUERDA.

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TEXTO: DIEGO BRÍGIDO • FOTO: RENATA DE BRITO

localizada a 30 minutos do centro da cidade e, por ser uma praia reservada, é preciso deixar o nome e a placa do carro para acessar o local. A extensão de areia separa o mar do rio Guaratuba, garantindo água salgada e doce no mesmo cenário. O encontro entre os dois se dá em um dos cantos da praia, onde o mergulho não é aconselhável, em função da forte correnteza. Na outra extremidade está a praia de Itaguaré, tão linda quanto Guaratuba, continuação deste paraíso. Não é permitido acampar e nem fazer piquenique ou churrasco por lá, além de

também ser proibida a entrada de animais, mas o acesso aos ambulantes é liberado, então, pode tranquilizar-se, que dá para passar o dia na praia sem morrer de fome ou de sede. Não dá para dizer que Guaratuba é um recanto isolado, pois os moradores de Bertioga e os turistas há algum tempo descobriram o local e, principalmente na temporada, a frequência de banhistas é grande por lá. Mas a distância do centro, a água salgada cristalina, a presença do rio e o fato de estar emoldurada pela mata atlântica são fatores que tornam Guaratuba uma praia indispensável para o seu próximo tour pela região.

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ABRINDO O BAÚ

Museu de Arte Sacra de Santos O conjunto arquitetônico ao pé do Morro do São Bento abriga o Museu de Arte Sacra de Santos (MASS) desde 1981, mas o local tem história desde 1644, quando começou a ser construído para abrigar o Mosteiro de São Bento. Em 1725 passou por uma restauração e ganhou a arquitetura que mantém até hoje. Também compõe o conjunto a Capela de Nossa Senhora do Desterro, datada de 1640, quatro anos antes da construção do mosteiro. Muitas histórias passaram pelo complexo, que durante séculos serviu de residência aos monges beneditinos, além de ter abrigado vítimas das epidemias que assolaram Santos em 1874 e servido como internato para jovens refugiados russos, entre 1958 e 1968. Composto por três pavimentos, celas, salas e salões, além da igreja, sacristia e claustro (pátio interno), o museu abriga hoje cerca de 600 peças sacras e religiosas, de cunho erudito e popular, datadas do século XVI ao XXI, entre esculturas,

pinturas, objetos litúrgicos e indumentárias. A instituição do museu se deu em 11 de julho de 1981, dia do Patriarca São Bento, por iniciativa do então Bispo Diocesano de Santos, Dom David Picão, após minucioso trabalho de restauração supervisionado pelos órgãos federal e estadual de preservação. O MASS é tombado pelas três instâncias: federal, em 1948, pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional); estadual, em 1971, pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico); e municipal, em 1990, pelo Condepasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos). O museu também recebe exposições itinerantes e a capela Nossa Senhora do Desterro realiza missas dominicais, às 11h30, celebrada pelos freis frasciscanos do Santuário Santo Antônio do Valongo.

VISITAÇÃO O MASS FICA NA R. SANTA JOANA D’ARC, 795, AO PÉ DO MORRO DO SÃO BENTO, EM SANTOS. O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO É DE TERÇA A DOMINGO, DAS 10H ÀS 17H. A ENTRADA CUSTA R$ 5,00 E A MONITORIA PARA GRUPOS DEVE SER AGENDADA PELO TELEFONE (13) 3219.1111.

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTOS: CHRISTIAN JAUCH

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#TÁNAPLACA

POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CAROLINA DOTH

Catedral de Santos Paróquia Nossa Senhora do Rosário

VISITAÇÃO A CATEDRAL DE SANTOS FICA NA PRAÇA JOSÉ BONIFÁCIO, S/N, NO CENTRO DE SANTOS. ESTÁ ABERTA DE SEGUNDA À SEXTA, DAS 7H ÀS 19H E AOS FINAIS DE SEMANA, DAS 8H ÀS 12H.

Ela substituiu a antiga igreja matriz da cidade, que foi demolida em 1907, por estar em avançado estado de degradação. Sua construção iniciou em 1909, inspirada no projeto do arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl, o mesmo que projetou a Catedral da Sé, em São Paulo, o que justifica a semelhança entre ambas. Erguida em estilo neogótico, muito comum na época, sua cúpula segue a tendência renascentista. A entrada é guardada pelas estátuas de São Pedro e São Paulo e sua torre ostenta imagens de profetas

e dos quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João. Possui ainda três naves, dois altares laterais de mármore e duas capelas, uma em cada lado do altar-mor: a do Santíssimo Sacramento, com afrescos de Benedito Calixto, e a de Nossa Senhora de Fátima. A catedral também guarda uma cripta, onde estão enterrados os bispos Dom Idílio José Soares, Dom David Picão e outros sacerdotes, além de um ossuário. A igreja foi inaugurada provisoriamente em 1924 e, em 1925, com a criação da Diocese de Santos, pelo Papa Pio XI, foi elevada à Catedral, pois ali se encontra a cadeira do Bispo (cátedra). A conclusão das obras só aconteceu em 1967.

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COWORKING

Talentos Compartilhados O conceito de coworking chega a Santos Muito comum em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais, além de grandes cidades, o conceito de coworking chega a Santos com o objetivo de tirar os profissionais do isolamento do modelo de trabalho conhecido como home office. O coworking é um modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos de escritório, reunindo profissionais que trabalham independentes uns dos outros, mas compartilham valores e buscam a sinergia que acontece quando pessoas talentosas dividem o mesmo espaço, gerando um fluxo de troca de ideias e experiências. Alguns destes relacionamentos também visam favorecer o surgimento e amadurecimento de ideias e projetos em grupo. São ambientes criativos, despojados, sem a formalidade dos escritórios convencionais e que investem em espaços comuns para que haja a troca de experiências e ideias. Uma pesquisa da Google Insights e da Coworking Brasil aponta que 82% dos profissionais estão mais motivados trabalhando em coworking e que 60% ficam mais relaxados em casa, após terem migrado para este sistema de trabalho. Além disso, 50% alegam rendimentos mais elevados e 91% tem melhores interações com outras pessoas.

Espaço In Comum E por falar em espaços comuns, o Espaço In Comum é um coworking que está instalado em Santos há um ano e chegou com a proposta de ser um destes escritórios compartilhados que visa oferecer espaço profissional e infraestrutura em ambiente criativo e inspirador. O espaço conta com sala de trabalho, com mesas compartilhadas; sala de reunião e auditório para palestras, cursos, treinamentos e outros eventos, além de recepção e cozinha coletiva. Os ambientes são climatizados e contam com internet wi-fi. A locação do espaço pode ser por hora, dia, mês ou períodos maiores e também é possível locar apenas a sala de reunião ou o auditório.

ENDEREÇO O ESPAÇO IN COMUM FICA NA AV. WASHINGTON LUIZ, 323 (CANAL 3) – SALA 1, EM SANTOS. OS TELEFONES DE CONTATO SÃO:

(13) 3040.3730 • (13) 98167.3834 • (11) 99954.9103.

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SAIR PARA COMER

ANGA GASTRONOMIA Comida que vem da alma

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO CHRISTIAN JAUCH

O conceito de jantar nômade já é comum na capital paulista e começa a dar sinais com algumas iniciativas na Baixada Santista. Trata-se de jantares itinerantes preparados para poucos convidados, geralmente em locais não convencionais, com foco no serviço exclusivo e impecável. Aqui na Baixada Santista, o chef Frank Bin é um dos precursores deste movimento que valoriza os menus customizados, com criações autorais e propõe uma noite cheia de experiências multissensoriais. Depois de passar por cozinhas conceituadas na região, como as do Guaiaó, Tahiti e Enoteca Decanter, o chef – e gastrônomo – nos presenteia com o seu Anga Gastronomia. ‘Anga significa alma em tupi e é justamente essa mensagem que eu quero passar, a vontade de servir a minha comida, que vem da alma’, explica Frank. Inspirado em vivências em São Paulo, o chef realizou o primeiro jantar nômade no dia 30 de janeiro, na cobertura de um prédio na orla da praia do Gonzaga. Desde então, acontece uma edição por mês, sempre às segundasfeiras, com local divulgado uma semana antes. Auxiliado por uma equipe na cozinha e no salão, durante a experiência, Frank serve um menu degustação com 11 pratos, sendo três entradas, cinco principais e três sobremesas, acompanhados por água, refrigerante e cervejas artesanais. O atendimento impecável fica por conta do também gastrônomo Nathan Biasotto. Com inspiração na cozinha contemporânea, a apresentação dos pratos e a explicação de cada um deles são grandes diferenciais do projeto. O chef explica que a ideia é proporcionar uma experiência completa aos convidados, desde a ambientação até o serviço totalmente individualizado. ‘Como atendemos no máximo 15 pessoas por jantar, conseguimos dar atenção especial a todos e garantir que seja um momento único e prazeroso’.

ANGA SIGNIFICA ALMA EM TUPI E É JUSTAMENTE ESSA MENSAGEM QUE EU QUERO PASSAR, A VONTADE DE SERVIR A MINHA COMIDA, QUE VEM DA ALMA’ FRANK BIN

O serviço também pode ser contratado para grupos fechados, eventos e confraternizações, sempre com limitação de participantes, para garantir a exclusividade da vivência.

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SAIR PARA COMER

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UM NOVO OLHAR

Pescados

VOCÊ CONSOME COM RESPONSABILIDADE? Os peixes e frutos do mar têm espaço cativo nas mesas residenciais e em restaurantes da Baixada Santista. É claro que há quem não goste, mas estas iguarias estão entre os pratos preferidos de uma boa parcela de moradores da região e, principalmente, de turistas de todo o Brasil e do mundo. Há sempre alguém buscando um restaurante que sirva um bom pescado, aquela paella caprichada ou uma simples porção de isca de peixe. O que a maioria talvez nunca tenha se dado conta é que muitos dos pescados que são comercializados estão na sobrepesca ou já em extinção, além de que, em alguns casos, sua pesca – irresponsável – acarreta danos ao meio ambiente. Pensando em esclarecer a população sobre essa realidade, o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte) elaborou, em 2008, a primeira versão do Guia de Consumo Responsável de Pescados, inspirado em um projeto desenvolvido pelo Monterey Bay Aquarium, na Califórnia, o Seafood Watch. Conforme esclarece a coordenadora de pesquisa da Unimonte, Cintia Miyaji, ‘este primeiro guia foi um projeto desenvolvido por alunos, com base em uma listagem do Ibama e fez muito sucesso’. Logo veio a necessidade de atualizar o guia de bolso e buscar apoio de outras instituições, além de patrocínio. Em 2014 foi realizado um workshop com os principais pesquisadores do sudeste, universida-

des, representantes do governo e instituições ligadas ao assunto para discutir como fazer essa reformulação. ‘Nesse evento, conseguimos trazer uma profissional do aquário da Califórnia para explicar como o projeto havia sido desenvolvido lá’, lembra Cintia. Além da importância de se conhecer as estatísticas pesqueiras, é necessário, em muitos casos, que se conheça o ciclo de vida dos ‘estoques’ de pescados na região, para que seja possível criar um relatório de orientação de consumo. Cintia esclarece que também está sendo feita uma parceria com os varejistas para que eles recebam um selo de comércio responsável na venda de pescados, desde que se responsabilizem por não comercializarem espécies com ‘baixo estoque’. ‘Essa preocupação com o consumo sustentável é uma tendência mundial, que já ocorre em outras cadeias. E para o varejista ajuda a construir uma boa reputação’, conclui. A nova versão do Guia de Consumo Responsável de Pescados da Unimonte foi produzida em parceria com o Projeto Pescador Amigo e patrocínio da Petrobras. As principais espécies consumidas no estado de São Paulo foram classificadas em três categorias, com indicações verde (Bom Apetite), para espécies abundantes; amarela (Coma com Moderação), para espécies com declínio na abundância, devido à atividade pesqueira e vermelha (Evite), para espécies ameaçadas de extinção. Conheça todas elas e seja um consumidor responsável de pescados.

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POR DIEGO BRÍGIDO

Bom Apetite Anchoíta Atum em lata Baiacu Bonito Calamar Camarão-barba-ruça Camarão-branco Camarão-santana Carapeba Cavala Cavalinha Cocoroca Espada Lula Manjuba Olhete Palombeta Sardinha-boca-torta Sardinha-laje Savelha Sororoca Xerelete (carapau) Xixarro

Coma com Moderação

Evite

Abrótea Albacorinha Anchova Atum Cabrinha Camarão-sete-barbas Corvina Goete Lagostim Merluza Mexilhão Ostra Parati Pescada-amarela Pescada-branca Pescada-cambucu Pescada-foguete Pescada-olhuda Polvo Robalo Sardinha Siri Tainha Trilha

Badejo Bagre Batata Cação Camarão-rosa Caranha Castanha Cherne-verdadeiro Emplastro Garoupa Linguado Namorado Pargo Raia

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CONCIERGE

ARTE: CHRISTIAN JAUCH

Vaquinha sabixona A grama do vizinho é mais verde? É sim. Müüüüü... O que a vaca tem a ver com dois meses de intercâmbio na Alemanha, com escapadas até a Dinamarca e Portugal? Bem... um delicioso chocolate produzido na Alemanha tem uma vaca na embalagem, uma das primeiras palavras em Alemão que aprendi foi Milch [leite, em Português] e em uma de minhas caminhadas por lá, encontrei, em uma das corriqueiras free-boxes em frente a uma loja, uma vaquinha de borracha... rs... Precisa de mais? E tem, natürlich!

BRUNO REIS Publicitário, bacharel em turismo, especialista em comunicação organizacional e relações públicas e guia de turismo. Há 13 anos atua no mercado de hospitalidade e comunicação na Baixada Santista e Capital. concierge@revistanove. com.br

Porque a gente insiste em acreditar [visto a carapuça] que só as coisas do lado de lá são herméticas, assépticas e incorrigíveis. Hummm... São tudo isso, sim, em parte, tanto quanto aqui. E vejam, com isso, não proclamo a permanência, a inércia. Exalto, sim, a redescoberta. Deles! E de nós mesmos! Afinal, há diferenças entre nós. Muitasssss! E é maravilhoso poder experimentar novos sabores, ares, olhares e aromas para que, então, reinventemos e/ ou reafirmemos os nossos. Em outras palavras, transformadoras palavras que me acompanharam, voar mais alto para ver mais longe. Posso colocar os pingos nos “is”?

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Brasil e a nossa região, com todos os seus problemas econômicos, estruturais e morais, são capazes, sim, de oferecer produtos e serviços interessantes. Talvez não de maneira tão sofisticada. Mas de modo eficiente e, seguramente, mais amigável, pelo menos para os nossos padrões latinos, que, a propósito, os encanta.

diosos. Ao contrário, pensemos em design criativo e cuidadoso de embalagem e novos jeitos de apresentar os produtos: chá quente no copão de vidro, café da manhã na cesta de piquenique que não é de vime, doce e salgado sobre a mesma bela tábua de madeira quebrada. Pensemos em ambientes aconchegantes garantidos por pensados projetos de iluminação [que a propósito estimulam a permanência por mais tempo nos espaços] e mobiliário e materiais de produção nobres [e absolutamente simples, em sua maioria naturais] dispostos de modo que interajamos mais uns com os outros, que ressignifiquemos o sentido de propriedade e admiremos mais a vista para além do bar... Mais pingos: departamentalizar pra quê!? É Café que vende livro, é Livraria que vende bola de natal, é Natal que faz ter mercados de natal a céu aberto onde pode-se comprar, até, café. E quando se quebra paradigmas do que combina com o que, se oferece ao consumidor experiências únicas e de conveniência, às vezes até inexplicáveis objetivamente, mas que fazem pingar dinheiro no bolso do empresário. Mas você tem certeza de que é [a grama do vizinho] tão saborosa quanto esta daqui? Tenho não! Müüüüü...

E não se deve ler sofisticação como sinônimo de formalidade ou métodos dispen-

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CAPA

ENQUANTO PREPARÁVAMOS ESTA MATÉRIA ESTOUROU O ESCÂNDALO DA QUALIDADE DA CARNE PRODUZIDA NO

BRASIL

E

REVELAVAM-SE,

DESDOBRAMENTOS

DA

A

CADA

OPERAÇÃO

CARNE

DIA,

OS

FRACA.

COINCIDÊNCIA, MERA COINCIDÊNCIA. ATÉ PORQUE A IDEIA AQUI É APRESENTAR AS NOVAS TENDÊNCIAS – ALGUMAS NÃO TÃO NOVAS ASSIM – DA ALIMENTAÇÃO NO MUNDO, NO BRASIL E, CLARO, NA BAIXADA SANTISTA (AQUI SIM, NOVAS!). NÃO HÁ INTENÇÃO DE NENHUMA APOLOGIA AO NÃO CONSUMO DE CARNE OU QUALQUER OUTRO ALIMENTO. HÁ, SIM, A PRETENSÃO DE APRESENTARMOS ALGUMAS IDEOLOGIAS QUE VÊM GANHANDO ESPAÇO, INCLUSIVE NA REGIÃO, CONSIDERANDO UMA ALIMENTAÇÃO MAIS SAUDÁVEL, MENOS ARTIFICIAL E PREOCUPADA COM O BEM-ESTAR E A SAÚDE, NÃO SÓ DE NÓS, SERES HUMANOS, MAS TAMBÉM DOS ANIMAIS. VAMOS AQUI PONTUAR AS DIFERENÇAS ENTRE VEGANISMO E VEGETARIANISMO, ESCLARECER ALGUNS MITOS SOBRE ESTE ASSUNTO, FALAR SOBRE ALIMENTAÇÃO NATURAL E ALIMENTOS ORGÂNICOS, VERTENTES DA ALIMENTAÇÃO QUE TÊM CONQUISTADO NOVOS PÚBLICOS – INCLUSIVE JOVENS. TAMBÉM NÃO NOS CABE, NESTAS PÁGINAS, TOMAR PARTIDO SOBRE AS DISCORDÂNCIAS ENTRE OS GRUPOS COM RELAÇÃO ÀS TERMINOLOGIAS, MAS USÁ-LAS DA MANEIRA COMO SÃO USUALMENTE APRESENTADAS AOS DIVERSOS PÚBLICOS, AINDA QUE SEJAM QUESTIONADAS PELOS ESTUDIOSOS. O FATO É QUE ESSA NOVA REALIDADE VEM, AOS POUCOS, ALTERANDO O CENÁRIO GASTRONÔMICO DA BAIXADA SANTISTA, FAZENDO SURGIR RESTAURANTES, EMPÓRIOS E GÔNDOLAS NOS SUPERMERCADOS DIRECIONADOS A ESTES NOVOS CONSUMIDORES, ATRAINDO, INCLUSIVE, FORNECEDORES

DE

PRODUTOS

VEGANOS E ORGÂNICOS À REGIÃO.

VEGETARIANOS, OS MOTIVOS PARA

TANTOS NOVOS ADEPTOS A ESTA ALIMENTAÇÃO COM MAIS ‘QUALIDADE’ PODEM SER VÁRIOS: SAÚDE, ÉTICA, RELIGIÃO, PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE E COM OS ANIMAIS E ATÉ ESTÉTICA. NÃO NOS CABE AQUI JULGAR, MAS APRESENTAR ESSA REALIDADE QUE JÁ ESTÁ INCOMODANDO AS REDES DE FAST FOOD E PODE TRAZER NOVAS OPÇÕES A SUA ROTINA E, DE QUEBRA, DAR UM UP GRADE NA SUA QUALIDADE DE VIDA. 26

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FOTO: A

POR DIEGO BRÍGIDO • DESIGN CHRISTIAN JAUCH

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CAPA

Vegetarianos e Veganos, dieta ou estilo de vida?

Afinal, qual a diferença ? Seu melhor amigo é vegano, mas, na verdade, você não entende bem o que isso significa, apenas sabe que ele não come carne. Mas nem peixe?! Você costuma ir a um restaurante vegetariano com a turma do trabalho, mas não entende porque tem tantas coisas que não são vegetais no cardápio. Aquela sua prima entrou numas de defender os animais e não come mais ovos e tampouco toma leite. Até a gelatina entrou na lista negra. A gelatina? É muito natural, entre os não adeptos, que haja confusão sobre os conceitos destas duas vertentes, principalmente quando não se está claro o motivo pelo qual fulano ou beltrano não consome carne ou derivados dela. Não é complicado entender se nós dividirmos os vegetarianos em alguns grupos, dentre os quais estão os veganos. Então, vamos aos conceitos. De maneira geral, vegetarianos são todos aqueles que abriram mão do consumo de carne – incluindo frango e peixe – em sua alimentação. Esta decisão pode estar relacionada a questões de saúde ou, como a maioria alega, em defesa da causa animal, uma forma de evitar ou não apoiar a matança das diversas espécies para suprir a alimentação humana. No entanto, algumas variações ocorrem entre os diversos grupos, principalmente no consumo entre os derivados de animais. O não-consumo de carne é comum a todos estes grupos, mas alguns continuam consumindo ovos, laticínios e mel, por exemplo. No extremo oposto, estão aqueles que não consomem nada de origem animal ou que provoque a exploração destes seres, não só na alimentação, mas no vestuário, entre os itens de higiene pessoal, beleza e entretenimento.

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Ovolactovegetarianos Este grupo representa boa parte das pessoas que se dizem vegetarianas, mas, apesar de terem aberto mão do consumo de todo o tipo de carne na alimentação (inclusive frango, peixes e frutos do mar), ainda consomem ovos e laticínios. Como são muitos os produtos que usam derivados de leite em nossa dieta diária, abrir mão dos laticínios é um grande desafio.

Lactovegetarianos Além de não consumirem nenhum tipo de carne, os lactovegetarianos também não consomem ovos, mas mantêm-se alimentando com leite e seus derivados (manteiga, queijo, iogurte etc). Este tipo de dieta é muito comum em países como a Índia e pode ter relação com crenças religiosas.

Vegetarianos estritos

fonte www.vista-se.com.br

Todos aqueles que abriram mão do consumo de carne animal e também de qualquer produto de origem animal, como laticínios, ovos e mel são chamados de vegetarianos estritos. São considerados os verdadeiros vegetarianos e também confundidos com veganos, pois, do ponto de vista nutricional, de fato, veganos são vegetarianos estritos, mas a questão do veganismo é mais complexa, já que não é exclusivamente uma dieta, passa a ser um estilo de vida.

Veganos A decisão deste grupo envolve questões éticas e não se limita às restrições alimentares. Os veganos não se alimentam e também não consomem nenhum produto de origem animal, como lã, peles, couro, seda, gelatina (que leva tendões e cartilagens na composição). Eles também se negam a usar produtos testados em animais ou que promovam o sofrimento de qualquer espécie, inclusive não frequentam zoológicos, touradas, circos, parques ou qualquer outro entretenimento que use animais nas apresentações.

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CAPA

Frugívoros e Crudívoros Há, ainda, dois subgrupos com dietas ainda mais restritas: os frugívoros são veganos que só se alimentam de frutas e os crudívoros são vegetarianos que só comem alimentos crus, muitas vezes germinados. Estes não são veganos, pois, normalmente, a escolha da dieta é por questões de saúde e, não raro, se alimentam de mel ou outros produtos de origem animal. Pronto, agora você já conhece os grupos de consumidores que não comem mais carnes e também aqueles que não ingerem sequer os seus derivados. Mas do que se alimentam, como sobrevivem e onde encontram – aqui na Baixada Santista – os seus alimentos? Vamos considerar os vegetarianos estritos e pensar que tipo de alimentos serviriam à dieta diária deste público. Na base da pirâmide alimentar, estão os cereais, preferencialmente os integrais (arroz, centeio, milho, aveia, trigo etc) e os derivados deles, como pães, macarrão, biscoitos e muitas outras opções; vegetais, legumes e frutas também podem ser consumidos generosamente e as leguminosas (feijão, soja, grão de bico, amendoim, ervilha e lentilha) e oleaginosas (castanhas, nozes, pistache, avelã, amêndoa e macadâmia) devem ser consumidas com critérios e integram o topo da cadeia alimentar vegetariana. Para a nutricionista da Dieta Vitória, Angélica Croccia, é preciso cuidado para que se mantenha uma alimentação balanceada, caso contrário

acaba sendo necessário um suporte medicamentoso para suprir a falta de alguns nutrientes no organismo. ‘As dietas vegetarianas restritivas oferecem alguns riscos, como a falta de ferro, vitamina B12 e proteínas, portanto é preciso acompanhamento profissional’, alerta. Angélica lembra que a carência de alguns nutrientes no organismo pode levar a anemia, fadiga, depressão, deficiência de hormônios, infertilidade, diarreia, branqueamento dos cabelos e até transtornos mentais. Por isso, ao se optar pela dieta vegetariana é importante procurar um especialista. Em contrapartida, conforme lembra a nutricionista Eliane Melo, ‘se a dieta for bem planejada, os vegetarianos, em geral, têm o peso normal, apresentam menor pressão sanguínea e menor nível de colesterol, tendo assim menos risco de adquirir uma doença cardíaca’. Eliane lembra que a dieta ideal de cada pessoa é única e varia segundo fatores como a idade, sexo, clima, atividade, secreções endócrinas, superfície corporal, condições fisiológicas, modo de vida e muitos outros fatores. ‘Por isso, é importante que, assim como todas as pessoas, os vegetarianos se submetam a exames anuais e, no caso dos vegetarianos estritos, semestrais, para garantirem que está tudo bem com a saúde’, conclui.

Junk Food Vegana Nem só de broto de alfafa e cenoura baby vivem os veganos – e os vegetarianos estritos. A onda do junk food também está fazendo a cabeça dos menos ortodoxos do movimento. Uma infinidade de produtos

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que simulam algumas delícias à base de carne começou a surgir no mercado para a alegria de uns e desespero de outros. Há quem acredite que as junk foods, ainda que veganas, não ajudam novos seguidores a completarem sua transição para o veganismo. Mas os mais jovens que integram o movimento encaram como uma oportunidade de se alimentarem com uma comida que traz uma sensação de saciedade maior, mas respeita a causa animal. E essas tentações vão desde pizza com queijo vegetal, hambúrguer de soja e cachorro quente com salsicha vegetal até coxinha de jaca (veganos alegam que a textura e o sabor são similares ao frango), burritos sem carne e embutidos diversos, como o chouriço. E, claro, há espaço – e muito espaço – para as sobremesas, como cheesecakes, sorvetes, chocolates e milk shakes, todos com leite vegetal e nenhum ingrediente animal. Está claro, parece, que a escolha pelo vegetarianismo ou veganismo não passa, necessariamente, por uma opção de alimentação saudável, embora não faltem opções para uma boa alimentação. A manteiga de nozes ou de amendoim, o tofu e o tempeh (alimentos à base de soja fermentada, com alta concentração de proteínas), o seitan (com aparência de carne de pato e gosto de carne de frango, altamente proteico), além do miso e do tahini são algumas opções para incrementar – e trazer mais gosto e textura – à alimentação vegetariana, fugindo das junk foods.

Cenário Regional Andressa Gama, arquiteta e urbanista e uma das ativistas veganas na Baixada Santista, afirma que o cenário regional está aquecido e que o veganismo cresce a passos largos por aqui. ‘As pessoas já não se conformam mais com o que a grande imprensa divulga, elas querem saber a origem dos alimentos.’, acredita. Segundo ela, somente Santos já conta com cerca de 20 estabelecimentos com opções veganas declaradas no cardápio, ‘fora os exclusivamente veganos que atendem por delivery, que são muitos’, complementa. Andressa também é idealizadora do Caiçara Vegan Fest, um festival vegano que já está na sétima edição e que acontece desde 2015 em Santos. A ideia do evento surgiu quando a arquiteta, quatro anos afastada de Santos, retornou à cidade e se deu conta de que não havia opções para veganos por aqui. ‘Uma feira seria o ideal para começar a movimentar o comércio local e impulsionar o mercado para nós’. Desde então, o Caiçara Vegan Fest é frequentado não somente por veganos, mas por simpatizantes ao movimento, inclusive famílias e jovens, muitos de fora da Baixada Santista, que vêm em busca de mais informações sobre o assunto. Além da feira gastronômica somente com opções veganas – das mais saudáveis às junk foods – sempre rolam palestras, oficinas e apresentações musicais. A próxima edição do evento será uma churrascada sem carne, no dia 23 de abril,

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CAPA

MAIS DO QUE UM NEGÓCIO, O VEGANISMO, PRA NÓS, É UMA FILOSOFIA DE VIDA. LUCAS DI GIANNI, EMPÓRIO ALL VEGAN

domingo, no Clube AFC, em Santos [acesse nosso portal e fique por dentro]. Quem também está apostando neste mercado é Lucas Fernandes Di Gianni, que abriu, recentemente, com a esposa, o primeiro empório vegano de Santos, o All Vegan. Veganos, tinham dificuldade de encontrar produtos do segmento na cidade, mesmo com a procura aumentando cada vez mais. ‘Decidimos, então, buscando atender as nossas necessidades e também as necessidades de um público cada vez maior, abrir o negócio, que vem conquistando mais público a cada dia’, explica Lucas. O empório, que abriu no dia 10 de fevereiro, iniciou com 200 produtos diferentes e hoje já conta com mais de 400 e um público que vai além de veganos, abrangendo pessoas com intolerância à lactose, vegetarianos e aqueles que buscam uma alimentação mais saudável.

Da natureza para o prato ‘Se nessa terra tudo o que se planta, dá’, diz o refrão da música Meu País, sucesso na voz da dupla Zezé di Camargo & Luciano, em 1998. A canção retrata a riqueza de alimentos naturais que nossas terras oferecem e nos faz lembrar de que eles sempre estiveram lá, ainda que somente agora, nós, urbanoides, tenhamos voltado a olha-los com outros olhos. As acelgas e escarolas desprezadas na infância retornam à cena como protagonistas nos pratos de um público cada vez mais em busca de melhoria na qualidade de vida, inclusive jovens. A alimentação natural é mais uma tendência na gastronomia mundial, nacional [e regional], esta sim, ligada diretamente à preocupação com a saúde e o bem-estar. Entende-se por alimentação natural os alimentos, refeições e produtos preparados com componentes 100% naturais, sem a adição de químicos e outros ingredientes industrializados. A ideia é que os alimentos naturais passem pelo mínimo processamento

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desde a colheita até a mesa do consumidor. Neste sentido, podemos considerar como alimentação natural os vegetais, legumes e frutas comprados nas feirinhas ou colhidos direto da horta, as carnes compradas em açougues (esta não é uma regra, é bom deixar claro), cereais, leguminosas, oleaginosas e frutas secas ou quaisquer outros produtos que tenham sofrido o mínimo possível de influência da indústria alimentícia. Para deixar tudo em pratos limpos – com o perdão do trocadilho – alimentação natural é aquela que a natureza nos oferece sem que precise passar por processos químicos. Logo, fica evidente que esta escolha alimentar proporciona melhor qualidade de vida aos adeptos, uma vez que se consome mais fibras, minerais, vitaminas hidrossolúveis (complexo B, vitamina C, B12, ácido fólico etc) e lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K, por exemplo) e menos sódio, gordura e açúcar, além de compostos químicos, alergênicos e tóxicos. Conforme esclarece a nutricionista Karina Simas, ‘os alimentos naturais são as verdadeiras fontes de nutrientes que precisamos e quanto menos industrializada a alimentação, mais natural ela será e melhor o nosso organismo irá trabalhar’. A alimentação natural está longe de ser uma novidade, já que é uma prática milenar em muitas sociedades e é encarada como uma forma de o indivíduo se manter conectado com a natureza e respeitar o seu corpo. Os alimentos frescos e mais próximos à terra ajudam a prevenir doenças crônicas como as do coração, problemas respiratórios, gástricos, diabetes, hipertensão, certos tipos de câncer, além de ajudarem a manter o corpo em um peso naturalmente equilibrado. A maneira mais segura de garantir uma alimentação natural é fazer o máximo de refeições em casa, pois, dessa forma, tem-se o controle e sabe-se a procedência do que está comendo. Mas o ritmo de vida alucinante não facilita essa decisão, então, se você acaba se alimentando fora de casa todos os dias, procure focar nos alimentos não industrializados, sem corantes, evitar frituras e ingredientes que passaram por muitos processos antes de chegar ao prato. Karina acredita que é possível, sim, manter uma alimentação natural mesmo comendo em restaurantes todos os dias. ‘O ideal é buscar lugares que tenham essa proposta, mas em restaurantes convencionais, a maneira de manter a alimentação saudável é abusar da salada e das cores, além de buscar carboidratos como batata doce, inhame, cará, abóbora, mandioca, e sempre algum item do grupo

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CAPA do feijão. Com relação à proteína, evitar frituras e produtos com muita gordura na preparação’. Ela também sugere que se substitua os doces por frutas e, caso queira se permitir um abuso, apelar para as sobremesas com açúcar no máximo duas vezes por semana, ‘afinal o nosso corpo já recebeu tudo o que precisava na refeição, não precisa de mais nada’, complementa. Snacks saudáveis durante o dia ajudam a controlar o apetite e aumentar a ingestão de nutrientes. As oleaginosas e as frutas secas são excelentes alternativas, além de serem nutricionalmente completas. Também atenta a este mercado, a rede Ao Pharmacêutico, com nove lojas na Baixada Santista, criou um setor exclusivo de nutrição. Rosângela Greghi, diretora da rede, diz que um dos objetivos ao criar um setor voltado a este público nas

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Naturalíssimos Loja de produtos naturais, orgânicos, saudáveis, alimentos funcionais e suplementação. Possui mercearia com produtos orgânicos, mais de 120 produtos a granel e empório de alimentação saudável. Todas às sextas-feiras tem Feirinha de Orgânicos, a partir das 9h (os clientes recebem a lista pelo whatsapp e podem fazer a reserva dos produtos) Av. Almirante Cochrane, 219 (canal 5) Santos. Segunda a sexta, das 9h às 19h e sábado, das 10h às 18h (13) 99749.2929 | (13) 3349.4004 www.naturalissimos.com.br facebook.com/naturalissimossantos 34

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farmácias foi a proposta de prevenção e promoção da saúde. 'Sabemos que uma alimentação saudável contribui diretamente para se manter uma melhor qualidade de vida. Além disso, algumas dietas mais restritivas, como celíacos, intolerantes à lactose e portadores diabéticos, necessitam de opções seguras de alimentação adequada, com uma correta orientação'.

Entendi, mas e os orgânicos? Também aumentam nos supermercados e empórios as seções de alimentos orgânicos, que vão além das verduras e legumes, incluindo carnes, ovos e muitos outros produtos. Se a alimentação natural prega a mínima intervenção possível da indústria no cultivo e na produção dos alimentos, a cultura dos orgânicos não aceita o uso de nenhum produto químico sintético prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. Ou seja, alimentos orgânicos são aqueles que foram cultivados em solo saudável, sem o uso de fertilizantes ou agrotóxicos sintéticos. Nestes casos, usam-se fertilizantes naturais e métodos também naturais para adubação e controle de pragas. O princípio da produção orgânica é de que o solo é um organismo vivo e que deve ser tratado com o máximo de cuidado possível para que se preserve toda a vida existente nele. Karina aconselha que se busque pelo selo que certifica que o produto é orgânico, no caso das compras em supermercado ou ainda que se compre em estabelecimentos confiáveis ou direto do produtor, em feirinhas orgânicas. O conceito de orgânicos não se limita à produção agrícola. Já é comum encontrar carne de boi,

LEIA SEMPRE OS INGREDIENTES DO QUE ESTÁ COMPRANDO. SE TIVER MUITOS NOMES DESCONHECIDOS NA COMPOSIÇÃO OU SE UM PEQUENO ALIMENTO CONTIVER MUITOS INGREDIENTES, FUJA, SEU CORPO NÃO PRECISA DELE.

KARINA SIMAS, NUTRICIONISTA

frango e ovos orgânicos. Nestes casos, os animais devem ser criados soltos, mantendo seus hábitos, e não podem ser tratados com remédios alopáticos ou receber hormônios, bem como o processamento de seus produtos devem estar livres de químicos artificiais. Bom, seja em busca de uma melhor qualidade de vida ou por motivos éticos e religiosos, o fato é que tem muitas outras opções gastronômicas por aí, dividindo mercado com a alta gastronomia. E tudo bem! A gente prefere assim, né? Movimentos como o slow food, que promove uma maior apreciação da comida e valoriza o produtor e o meio ambiente; a macrobiótica, que preconiza o conceito de ‘alma sã em corpo são’ ou ainda a culinária que valoriza os produtos regionais e que já tem representantes na região, como os chefs Eudes Assis e Dario Costa, dariam muitas outras páginas de matéria, mas vamos deixar para uma próxima oportunidade. Enquanto isso, dá um pulo lá no portal da revista e entenda porque os alimentos orgânicos ainda são mais caros e também conheça os 10 passos para uma alimentação mais saudável. Tudo isso, você pode acessar rapidinho pelos QR Codes ao lado.

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ART&FATO

Ele está de volta E a sexta edição chega ainda melhor Um intermediador entre pessoas e ideias: é assim que o Encontro de Criadores vem se posicionando na região e, com essa proposta, chega à sexta edição, nos dias 5, 6 e 7 de maio. O evento acontece mais uma vez na charmosíssima e queridinha dos movimentos culturais Casa de Frontaria Azulejada, no Centro Histórico de Santos. A proposta é reunir marcas handmade, de artesãos e empreendedores, valorizando a produção criativa na região. Além de marcas de vários segmentos, como moda, acessórios, presentes, artigos de decoração e outros, vai rolar a boa gastronomia de rua, com food trucks e food bikes, intervenções musicais e artísticas, espaço audiovisual, oficinas e workshops.

Heitor Cabral, organizador do Encontro, conta que o público encontrará produtos e serviços inovadores e poderá interagir diretamente com quem os produz. ‘O propósito do Encontro de Criadores é oferecer novas experiências de vida às pessoas. E as edições anteriores mostraram que temos conseguido atingir este objetivo’, comemora Heitor. A ideia do evento é criar um espaço onde criadores possam apresentar e comercializar os seus produtos, gerando oportunidades e incentivando a construção do novo. Devem rolar ainda mais duas edições em 2017, uma em julho, simultaneamente ao Santos Jazz Festival, e outra em dezembro. Nós vamos contanto as novidades por aqui e em nosso portal.

Então, você já tem compromisso para os dias 5, 6 e 7 (sexta, sábado e domingo) de maio. O 6º Encontro de Criadores vai acontecer das 14h às 22h, na Casa de Frontaria Azulejada, na Rua do Comércio, 96, no Centro Histórico de Santos. A entrada é gratuita, mas é bacana você levar um livro (literatura) ou um agasalho, que serão destinados a ações sociais.

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Existe um lugar onde pessoas singulares se sentem em casa. Onde sonhos se transformam em realidade e a realidade em algo extraordinário que faz com que cada momento seja unicamente especial. Um lugar não só feito para pessoas, como também por pessoas com suas essências e singularidades que fazem desse lugar a sua casa. Bem-vindo à sua casa, Casa Grande Hotel

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PERSONA

Cristiane Margarida Lopes Lorca A CRIS, DO QUIOSQUE

Você pode até não frequentar, mas certamente já ouviu muito sobre o Quiosque da Cris, na Praia do Itararé, em São Vicente. Especializado no público LGBT, esse cantinho, próximo à Ilha Porchat, acolhe, na verdade, todos os públicos com o carinhoso e personalizado atendimento da Cris. Então, de verdade, você não precisa ser lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual, transgênero, crossdresser ou drag queen para se sentir à vontade no Quiosque da Cris. Cristiane começou a frequentar São Vicente em 1986, quando saiu de Pirajuí, no interior de São Paulo, cidade onde nasceu. Se instalou no litoral e comprou um carrinho para vender pastéis na praia, na época em que a orla ainda era tomada pelos trailers de lanches. Se encantou por um trailer cor de rosa que estava fechado e conseguiu arrendar dos donos, que eram de São Paulo. Migrou do carrinho para o trailer, que recebeu o nome de Mudança Radical e ganhou a famosa bandeira do arco-íris. Por ser gay, Cris começou a atrair seus amigos e um público LGBT ao novo espaço, onde ficou por 15 anos, dedicada a este segmento. ‘Apesar de ter me especializado neste público, nunca deixei de receber meus clientes do carrinho de pastel e até hoje recebemos vovôs, vovós, netinhos, famílias e casais heterossexuais aqui no quiosque’, alegra-se. Quando aconteceu a reurbanização da orla, os trailers foram retirados e cada proprietário tinha direito a concessão de um quiosque. Cris conseguiu comprar dos antigos proprietários o quiosque e mudou, então, o nome para Quiosque da Cris. ‘Durante a reurbanização, nós ficamos três meses sem trabalhar, então todos os dias eu sentava numa cadeira na praia e dizia para as pessoas que passavam: olha, é ali que vai ser o Mudança Radical’, lembra emocionada.

Nesta transição, Cris assumiu, então, a sua orientação sexual e, no começo, perdeu parte do público que frequentava o carrinho de pastel. ‘As pessoas precisaram de um tempo para se acostumar com a ideia. Mas depois todos voltaram a frequentar o quiosque, pois eu faço questão de manter um ambiente de família e exijo que haja respeito aqui’. O Quiosque da Cris – ou Barraca da Cris, como muitos ainda chamam – é conhecido no Brasil inteiro e recebe, inclusive, turistas de vários lugares do mundo. Cristiane é uma precursora em atender o público LGBT na Baixada Santista, mas essa conquista não veio sem muito sacrifício, preconceito e luta para manter seu negócio de pé. ‘Já apanhei de skinhead e fui parar várias vezes na delegacia, por causa do preconceito’. O ambiente acolhedor, familiar e o atendimento personalizado ajudaram a cativar o público que o quiosque recebe hoje. Cris está praticamente todos os dias por lá – e, é bom lembrar, tem o respaldo da esposa e parceira, Elisa, com quem é casada há 14 anos – e faz questão de cumprimentar todos os clientes nas mesas, com um carinhoso beijo e um brilho no olhar de quem sabe que está no caminho certo. Nos finais de semana com sol, o quiosque recebe até seis mil pessoas e mantem 15 funcionários treinados para atender todos os públicos, sem distinção. ‘Eu sempre digo aos meus clientes: você é muito bem-vindo aqui, eu adoro cuidar de você, mas respeite a minha casa, aqui é um ambiente familiar’.

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POR DIEGO BRÍGIDO • FOTO/ARTE: CHRISTIAN JAUCH

EU SEMPRE DIGO AOS MEUS CLIENTES:

VOCÊ É MUITO BEM-VINDO AQUI, EU ADORO CUIDAR DE VOCÊ, MAS RESPEITE A MINHA CASA, AQUI É UM AMBIENTE FAMILIAR

CRIS

Certamente, é por isso que no Quiosque da Cris todos os públicos se entendem, se respeitam e convivem em paz. Além de gerir de perto o negócio, Cristiane ainda vai para a cozinha, preparar lanches, porções ou bebidas, quando os clientes pedem. O Quiosque da Cris também ganhou uma extensão pé-na-areia, uma barraca administrada por Elisa, com cadeiras, guarda-sóis e mesinhas. ‘Durante o dia, a barraca enche antes do quiosque e as pessoas ficam aqui esperando vaga para ficar no nosso pé-na-areia’. ‘Mas então é o Complexo da Cris e não mais o Quiosque da Cris’, brinco com ela. ‘Sim, e quem sabe, em breve, colocamos um iate da Cris aqui na frente’, rebate. Vida longa aos negócios da Cris, que têm feito tanto pelo respeito à diversidade!

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NOVE

9 Restaurantes de comida saudável em Santos Agora que você já entendeu o conceito e as diferenças entre alimentação natural, vegetariana e vegana, vamos indicar nove restaurantes em Santos onde é possível provar todas estas culinárias. São estabelecimentos que oferecem comida saudável, em ambientes descolados, tematizados e inspiradores, para que a hora da sua refeição seja um momento mais que especial.

1) Geração Fit O cardápio prioriza alimentos orgânicos e funcionais com toques gourmets. São muitas opções de saladas, crepes, tapiocas, crepiocas, omeletes, sanduíches, massas e pães integrais, além de sucos e chás. Os pratos levam nomes de personalidades do esporte santista e o espaço é dividido em vários ambientes, com horta orgânica e minhocário. Pets são bem-vindos na parte da frente do restaurante, que também tem bicicletário e local para guardar skates. R. Lobo Viana, 18, no Boqueirão, em Santos. Segunda a quinta, das 9h às 22h30 e às sextas e sábados, das 9h às 00h. Delivery: (13) 3385-7775 | (13) 99652-2142

2) Govinda's Gosto Superior Restaurante de cozinha lactovegetariana de inspiração indiana, com loja de produtos indianos, empório com temperos e especiarias usadas na culinária da casa e centro cultural com diversas atividades como ioga, dança,

meditação, massagem, palestras e eventos. Conta com duas opções de pratos diariamente, sendo que um pode ser adaptado ao público vegano. R. Dr. Luiz de Faria, 82, no Gonzaga, em Santos. Segunda a sábado, das 11h30 às 15h.

3) Obba! Gastronomia Saudável A marca fez sucesso com delivery de saladas de potes e desde o ano passado ganhou um espaço no Boqueirão, em Santos. O cardápio prioriza a alimentação saudável e equilibrada, sob supervisão de uma nutricionista e o toque da chef da casa. Opções de saladas, sopas funcionais, tortas integrais, além dos pratos executivos e várias opções de sucos estão no cardápio. R. Dom Lara, 65, no Boqueirão, em Santos. Segunda a quinta, das 9h às 21h e às sextas e sábados, das 9h às 23h. Delivery: (13) 99179-5097 (WhatsApp)

4) Yê Simplesmente Saudável Restaurante contemporâneo com menu eclético focado na alimentação saudável, com opções que levam carnes, aves, peixes e frutos do mar, além de risotos, massas, wraps, sanduíches, omeletes e açaí. O cardápio tem opções também para vegetarianos e

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veganos e o ambiente, despojado e amplo, conta com um bar anexo, o QG. Av. General San Martin, 152 (canal 7), na Ponta da Praia, em Santos. Segunda a sábado, das 12h às 16h e das 19h às 00h e domingos, das 12h às 16h

5)Santa Planta O cardápio saudável aposta na produção artesanal e na valorização do simples, abusando nos temperos naturais e no sabor particular de ervas aromáticas. O menu conta com inspirações típicas tanto da cultura ocidental como oriental, misturando aromas, sabores e texturas. Tudo em um ambiente de 150 metros quadrados decorados de forma simples e aconchegante. R. Oswaldo Cruz, 355, no Boqueirão, em Santos. Segunda, das 11h30 às 15h; terça a sábado, das 11h30 às 00h e domingo, das 12h às 23h. Delivery: (13) 3221.8498

6) Capim Limão Focado na culinária ovolactovegetariana, com o toque da comida caseira e proposta de gastronomia contemporânea, adaptada ao vegetarianismo. Estão no cardápio opções como a feijoada vegetariana com proteína de soja, cenoura e tofu e o churrasquinho vegetariano, com espetinhos de queijo coalho, proteína de soja, pimentão, abobrinha e cebola, além de outros pratos, diferentes a cada dia da semana. R. Prudente de Moraes, 63, na Vila Mathias, em Santos. Segunda a sábado, das 11h30 às 15h. Delivery: (13) 3224.1037

7) Takê Restaurante Natural Segue os rigorosos preceitos da culinária naturalista, com opções de saladas, pratos quentes, arroz integral cateto feito em panela de ferro, entre outras

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NOVE

opções, tudo produzido com água mineral. Funciona com sistema self-service, em ambiente climatizado, e também oferece uma pequena loja de produtos naturais. R. Alagoas, 33, no Gonzaga, em Santos Segunda à sexta, das 11h30 às 15h

8) Zucca Culinária Artesanal Com duas unidades em Santos, o Zucca aposta na fusion food, misturando influências das cozinhas tailandesa, indiana, mediterrânea, italiana e brasileira. O sistema é de comida por quilo, com uma proposta de comida autoral e saudável, sem gordura, com poucas frituras e muitos grelhados e grãos. A decoração das casas ajuda a entrar no clima e deixa os ambientes mais aconchegantes. R. Cidade de Toledo, 25, no Centro, em Santos. R. Espírito Santo, 21, no Campo Grande, em Santos. Segunda a sexta, das 12h às 15h

9) Let's Wok Culinária Saudável A franquia, que tem duas unidades em Santos, aposta na culinária saudável, fresca e rápida, uma solução para quem não tem muito tempo para comer, mas não abre mão de uma alimentação com qualidade. Com pratos à base de macarrão (com opções integral e sem glúten), arroz de cereais ou mix de vegetais, o cliente pode montar a sua refeição, incluindo proteínas, cogumelos, legumes e sementes, além dos molhos. Av. Ana Costa, 465 - Shopping Pátio Iporanga, no Gonzaga, em Santos Rua Cunha Moreira, 271, na Encruzilhada, em Santos Almoço: segunda a sábado, das 11h30 às 14h Jantar: todos os dias, das 18h às 22h

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INOVAÇÃO

Unimonte é destaque

NA REGIÃO NO ÍNDICE GERAL DE CURSOS O Ministério da Educação divulga, anualmente, o IGC (Índice Geral de Cursos), que avalia as instituições de ensino e considera a média dos CPC (Conceito Preliminar de Curso) dos cursos avaliados, no triênio de referência, ponderada pelo número de matrículas da graduação. O CPC é um indicador de qualidade que agrega variáveis como os resultados da avaliação de desempenho de estudantes, titulação e regime de trabalho do corpo docente, percepções dos estudantes sobre a organização didático-pedagógica, infraestrutura e as oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional. Trata-se do principal indicador de qualidade das instituições do Brasil para o MEC. No IGC divulgado no último dia 8 de março, a Unimonte obteve o maior crescimento entre todas as instituições de ensino privado da Baixada Santista, garantindo o trigésimo nono lugar de um total de 149 Centros Universitários e Centros Federais de Educação Tecnológica no Brasil. Em 2014, a Unimonte ocupava a nonagésima posição. O resultado coloca a instituição como o melhor centro universitário da Baixada Santista. Em 2013, o IGC da Unimonte era de 2,40; em 2014, foi para 2,47 e, em 2015, ano da avaliação mais recente, subiu para 2,88, um acréscimo de 41 pontos, que representa 17%.

A Unimonte destacou-se ainda na avaliação por cursos. Comércio Exterior, Gastronomia, Gestão de Recursos Humanos, Processos Gerenciais e Publicidade e Propaganda foram avaliados como os melhores da Baixada Santista e obtiveram nota 4 do total de 5. Destacaram-se também os cursos de Ciências Contábeis (nota 4), Administração, Direito e Logística (nota 3). O diretor do Núcleo Acadêmico da Unimonte, Flávio Garcia Sartori, relaciona o crescimento da instituição na avaliação federal com o conjunto de investimentos nos últimos três anos. ‘É a somatória da mudança do modelo de avaliação dos alunos mais próxima do que exige o MEC, da qualificação do corpo docente, com 86% de professores mestres e doutores, do incentivo ao aluno com bolsas de pós-graduação, do planejamento acadêmico e do trabalho coletivo de toda uma equipe que culminou com a transformação em sala de aula’.

LEIA SOBRE O CONCEITO DE CULTURA MAKER ACESSANDO O QR CODE OU PELO ENDEREÇO WWW. REVISTANOVE .COM.BR

Cultura Maker Na Baixada Santista, a Unimonte é a precursora da chamada Cultura Maker ou do conceito “A Vida é na Prática”, que vem rendendo resultados positivos na formação dos alunos. Falamos sobre este conceito na edição anterior, mas você pode entender melhor sobre Cultura Maker, acessando o QR Code ao lado.

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COM A PALAVRA

Como organizar seus clicks Foram dias maravilhosos, paisagens e lugares incríveis ao lado de pessoas fantásticas. Em resumo, as férias dos seus sonhos. Tudo isso, devidamente registrado em centenas de clicks. Você, então, volta para casa, desfaz as malas e precisa liberar espaço no celular e no cartão da máquina. Mais que isso, é preciso organizar as fotos de uma maneira que aquelas memórias não se percam e, daqui a alguns anos, você saiba exatamente cada lugar onde esteve.

NÁDIA PELLOSO Consultora de Organização nadiapelloso@gmail.com

O primeiro passo é enviar para a lixeira as que não ficaram legais. Fotos fora de foco, balançadas ou sem uma boa iluminação só merecem ir para o álbum se forem realmente importantes. Do contrário, exclua-as sem dó. Assim, você já reduzirá um bocado o trabalho. Segundo a guru em organização, a japonesa Marie Kondo, a dica é “separar somente aquelas que realmente te trazem alegria de estarem ali fisicamente; as outras já cumpriram seu propósito de fazer você feliz em um determinado momento. O que fica mesmo são as lembranças na nossa mente!”, filosofa.

Categorizando Faça pastas e identifique por data e tema. Por exemplo, 2017–JAN–CANCÚN. LEIA OUTROS ARTIGOS EM NOSSO PORTAL. ACESSE PELO QR CODE OU PELO SITE: WWW.REVISTANOVE.COM.BR

Depois, se preferir nomear as fotos com uma informação mais específica, como 2017-JAN-CANCÚN-MUSEOMAYA ou ainda 2017-JAN-CANCÚN-RESTAURANTELORENZILLO'S, agrupe-as e crie subpastas. Afinal, em uma única viagem você passou por diversos lugares e não quer esquecer nenhum. Crie, também, um álbum com as que mais gostou. Você pode usá-las de capa no Facebook, de papel de parede ou revelá-las. Essas

imagens podem, ainda, ir para porta-retratos espalhados pela casa. Cansou? Troque-as! Como diria o fotógrafo, chargista e jornalista francês Henri Cartier Bresson “fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração”.

Armazenamento seguro Com suas fotos organizadas e fáceis de localizar, vale se certificar que elas não desapareçam. Guardá-las na nuvem ou em um dispositivo fora do computador é imprescindível. O Google Fotos, por exemplo, oferece armazenamento ilimitado gratuito para fotos e vídeos com até 16 megas. Segundo opiniões, ganha disparado de todos os concorrentes. O Flickr são 1.000 GB para usar como quiser, inclusive com o envio de fotos na sincronização automática. Já o Picasa auxilia no gerenciamento, edição e compartilhamento de fotos, um procedimento simples para usuários experientes. O Dropbox é um dos favoritos atualmente, mas o OneDrive também ganha força. Ambos funcionam de forma semelhante, oferecendo aplicativos para desktop, celulares e tablets que sincronizam arquivos em todos os dispositivos. O iCloud é o serviço da Apple de armazenamento na nuvem oferecido para usuários do sistema iOS. Já quando o assunto é backup físico, você pode recorrer a HDs externos, DVDs, pen drives ou time capsule. Hoje, o melhor custo-benefício está nos HDs externos. Uma coisa é certa, na nuvem ou em um HD, além de mais seguro, você ainda libera espaço no seu dispositivo, pois fotos consomem muita memória.

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PRODUTO REGIONAL

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POR DIEGO BRÍGIDO FOTO: ALEXSANDER FERRAZ

Origens

CHOCOLATE PARA CHAMAR DE NOSSO É numa discreta galeria, em frente à praia das Astúrias, em Guarujá, que Fabio Portugal tem passado boas madrugadas e todos os finais de semana nos últimos meses. Ali está a sua nova paixão: a loja de chocolates artesanais acoplada à fábrica, de onde saem pecados produzidos com chocolate belga, frutas e castanhas, em diversos formatos. Chocolateiro e confeiteiro, Fabio, que trabalha em uma grande empresa, concilia agora os seus horários com a Origens Chocolateria e quer consagrar o seu produto como o ‘chocolate do litoral’. Está no caminho certo! No pequeno e charmoso espaço na Galeria Astúrias é possível encontrar tabletes, bombons, trufas, brownies, cookies e fudges, mas Fabio vive inventando receitas e desafiando os paladares. Frutas como morangos, uvas passas, mirtilos e cranberries, além de castanhas e, claro, chocolate com alta concentração de cacau, dão forma às mais diversas tentações. O logotipo da Origens é uma fusão entre a icônica mureta de Santos e um cacau partido ao meio e a caixinha que embala os tabletes é tão simpática que dá dó de jogar fora. Muito cuidado, desde a se-

leção dos ingredientes até a entrega. A temperatura estável, sempre em 17º, na fábrica, garante o cuidado também no processo de fabricação, mesmo nos dias de sol escaldante que fazem em Guarujá. Além de delicioso, o chocolate vem com um brilho intenso, que ganha ainda mais destaque pois as frutas ficam à mostra nas barras, promovendo um contraste bastante interessante. Fábio explica que, além dos ingredientes de excelente procedência, o cuidado na temperagem (processo de resfriar o chocolate derretido) é fundamental para garantir o brilho final e não ter um produto manchado.

Orgânico e Vegano A Origens Chocolateria também tem chocolate amargo nacional orgânico 62% de cacau, com amêndoas de cacau orgânico, açúcar orgânico, emulsificante lectina de soja e outra opção, que leva chocolate 40% cacau ao leite de cereais (farinha de arroz e extrato de soja) com amêndoas de cacau orgânico, açúcar orgânico, emulsificante lectina de soja. Totalmente orgânicos e veganos.

Você pode conhecer a loja e a fábrica da Origens Chocolateria na R. General Monteiro de Barros, 196, na Galeria Astúrias, na Praia das Astúrias, em Guarujá. E também pode encontrar chocolates em barra no restaurante Super Vegetariano (Rua Frei Gaspar, 71, no Centro), na Petit Verdot (Rua Alexandre Herculano, 79, no Boqueirão), ambos em Santos e na Pousada e Restaurante Chez Louise et Louis (Av. Mãe Bernarda, 1563, na Praia de Juqueí, em São Sebastião )

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CAFÉ DAS NOVE

Dia de Turista A evolução da fotografia, com o advento das câmeras digitais, exerceu grande influência na transformação do perfil do turista. Claro que outros fatores foram responsáveis por permitir que, cada vez mais, as pessoas possam viajar pelo país e até ao redor do mundo, mas as fotos digitais democratizaram as boas lembranças. Mais que isso, um celular transforma qualquer cena rotineira em um momento típico de turista. Você sabe do que eu estou falando, hein.

DIEGO BRÍGIDO Jornalista e bacharel em turismo, especialista em comunicação, turismo e hospitalidade. Editor da Revista Nove Cidades.

O que é a fotografia, senão, o registro de um momento especial para a ‘eternidade’? O que é o turista, senão, alguém vivendo um momento especial e que deseja guardá-lo para a eternidade? Logo, cada vez mais, nós somos turistas em qualquer lugar: na praça perto de casa ou na praia, descendo a serra; no shopping da cidade vizinha ou na casa com piscina de um amigo; em um restaurante bacana na esquina ou em uma mesa de boteco com a galera.

Quantas vezes você não se surpreendeu com o celular na mão em sua própria cidade e não caiu em si: ‘que coisa de turista!’? E tem coisa melhor que coisa de turista? Alguns de nossos melhores momentos são vivenciados enquanto somos turistas. O turista, com o pretexto de ser turista, pode tudo. Turista não paga mico. Turista pode andar de calça jeans e chinelos, sem camisa e de boné ou de saída de banho no shopping e pode carregar sacolas nas mãos, sem a culpa do consumismo; turista pode se fartar de comer no café da manhã e pode até sair do quarto sem arrumar a cama. Enfim, ser turista é se permitir, nem que seja por alguns instantes, viver sem regras, sem pudores e, acima de tudo, sem preocupações. E o melhor: cada momento pode ser registrado, ‘instagramiado’ e catalogado em um álbum no facebook, com o nome: Dia de Turista. O convite aqui é para que você se permita um ou muitos dias de turista pelos muitos cenários da Baixada Santista. E bons clicks!

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ROTEIRO GASTRONÔMICO

INFORME PUBLICITÁRIO

AIKO SUSHI Excelente opção para os apaixonados pela culinária oriental, em uma das principais vias gastronômicas de Santos. Além dos tradicionais pratos japoneses, o Aiko Sushi tem festival todas as noites e nos almoços de sexta a domingo. Segunda a quinta, das 19h às 00h; sexta, das 12h às 15h e das 19h às 00h e sábado e domingo, das 12h30 às 16h e das 19h às 00h R. Dr. Tolentino Filgueiras, 79, Gonzaga - Santos Telefone: (13) 3322-5543

CREPERIA DA PRAIA Cardápio variado, com receitas salgadas, light, kids e doces. A casa também tem saborosas casquinhas, saladas especiais e açaí, além de crepiocas, chás e sucos verdes. Terça a domingo, das 11h30 às 00h Av. Washington Luiz, 572, Gonzaga - Santos Av. General San Martin, 138, Ponta da Praia - Santos Av. Costa e Silva, 112, Boqueirão - Praia Grande Telefones: (13) 3284.3229 • (13) 3034.4455

ENOTECA DECANTER Pratos elaborados e delicados, com um cardápio que agrada aos mais diferentes e exigentes paladares, oferece entradas, pratos principais e deliciosas sobremesas, além de uma fina e variada carta de vinhos nacionais e importados. Terça a quinta, das 12h às 23h; sexta e sábado, das 12h às 00h e domingo, das 12h às 17h – com serviço de manobrista como cortesia para os clientes. R. Mato Grosso, 290, Boqueirão - Santos. Telefone (13) 2104.7555

FISH BAR SANTOS Ambiente sofisticado e ao mesmo tempo descolado, com um clima praiano, moderno e aconchegante. Tem como referência o que há de mais atual ao redor do mundo, oferece uma grande variedade de pratos à base de peixes, frutos do mar e carnes. Terça à quinta, das 19h às 00h; sexta e sábado, das 12h à 1h e domingo, das 12h às 18h - a casa oferece wi-fi e possui acessibilidade. Av. Rei Alberto I, 280 - esquina com o Canal 7, Ponta da Praia Santos. Telefone: (13) 3261.1881 49

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