Passei! EDIÇÃO 03 | JANEIRO 2015
A REVISTA DO VESTIBULANDO GAÚCHO
RES O S FES TURO O R U P DE ÇÃO | F A C | DI IENTA O AÇÃ S | OR R A P TA PRE REVIS ENT
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Apo
QUAL QUE É DESTA revista
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preparação
conteúdo
futuro
Como não perder essa vaga para ti mesmo. Leia e deixa a mente de boa para encarar a maratona de provas.
As dicas de cada disciplina elaboradas pelo timaço de professores convocado pela Revista Passei!.
Depois da aprovação, vem a melhor parte. Uma prévia do que te espera na tão sonhada faculdade.
// Os conselhos preciosos do psicólogo Fernando Elias José, artigos e outras informações que serão úteis.
// As matérias aparecem na ordem em que surgem nas provas. Ideal para dar aquela última revisada.
// Como será a vida depois da aprovação? Como conseguir logo um estágio? O recado de formandos da UFRGS para ti.
Editor: Gustavo Gossen (Jornalista Mtb 13120) Gestão Editorial e Publicidade: Ness499 - Agência de Conteúdo Coordenação: Maria Elena Gossen | Impressão: Gráfica e Editora Pallotti Distribuição Gratuita | www.revistapassei.com.br | redacao@revistapassei.com.br Professores consultados: Álvaro Silveira (Biologia), Ávila Oliveira (Língua Portuguesa), Cajo Neis (Geografia), Diego Zanella (Matemática), Fábio Vasques (Inglês), Fabricio Scheffer (Física), Luiz Ferrari (Química), Pedro Gonzaga (Literatura), Roberta Spessatto (Espanhol) e Vanessa Silva (História) | Agradecimentos: Daniel Lavouras, Dhani Pitta, Ênio Kaufmann, Gregório Reis, Laury Garcia Job, Priscila Santana, Simone Silveira e Vitor de Paula.
FERNANDO ELIAS JOSÉ Psicólogo
vai, que é tua!
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ARA LER NO PRIMEIRO DIA
Ansiedade é normal, mas dá para evitar que aumente. Fica frio com relação ao conhecimento adquirido. Cada um está reagindo diferente às condições do meio. Identifica o que é fonte de tranquilidade e o que é fonte de estresse. Não te deixa levar pela tensão ao teu redor. Bora começar!
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LIDA
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ARA LER NO SEGUNDO DIA
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ARA LER NO TERCEIRO DIA
50% do desafio já não existe mais. Resultados bons ou ruins já foram marcados no cartão de respostas. Agora é olhar para frente. Se rolar a sensação de não ter ido tão bem, não desanima e deixa com que o vestibular te avalie. Determinação!
W LIDA
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ARA LER NO QUARTO DIA
Ficar só pensando e ruminando os resultados do primeiro dia não leva a nada. Faltam três outras etapas. Sem dúvida, estás dando o melhor de ti. Procura ser teu parceiro tanto intelectual quanto emocional, pois existe apenas um concorrente e é tu mesmo. Vamos lá!
Vamos para as últimas provas com a sensação de dever cumprido. O que mais importa foi o teu esforço para chegar com garra até aqui. Na reta final, dá um gás total. Encara como se fosse o primeiro dia e fica com a consciência tranquila, pois, dentro das possibilidades, tu lutaste com as tuas melhores armas e com toda a tua força.
W LIDA
W LIDA
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ARA LER DEPOIS DO VESTIBULAR
Ufa, a maratona emocional e física acabou. Resta esperar o resultado, que deve sair na outra sexta-feira. Até lá, procura não ficar tão ansioso, afinal o que poderia ser feito já foi feito. A partir de agora, é começar a curtir as férias e aguardar para comemorar a vitória. Se por acaso não surgir um bom pressentimento em relação aos resultados, fica em paz, porque também nada mais pode ser feito nestes próximos dias a não ser se reorganizar para recomeçar, mas, claro, somente depois de umas boas e merecidas férias. Não vale desanimar em nenhum momento, pois podemos olhar para as situações de duas formas, uma positiva e outra negativa. Procure sempre olhar de forma positiva para poder tirar proveito da situação.
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FERNANDO ELIAS JOSÉ Psicólogo
para fazer
dar certo Não altera teus hábitos nesses dias de prova. Aceita a ansiedade, pois só assim terás mais condições de controlá-la e ainda tirar proveito dela. Não dá ouvidos para papos paralelos e não te contamina com a ansiedade dos outros. Faz alguns minutos de concentração para fugir da agitação coletiva. Permita-se que a própria prova te avalie, não tu. O pensamento negativo provoca mais ansiedade. Em caso de branco, procura te acalmar, de modo que o conteúdo estudado volte naturalmente.
“Se caso pintar a sensação de não saber nada e de tensão, respira fundo e lembra: a prova não pode ser mudada, já está impressa, mas a tua emoção poderá ser modificada sim e a teu favor!”
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Com autorização dos fiscais, é possível levantar para ir ao banheiro, tomar água, lavar o rosto. Serve de técnica comportamental de distração do pensamento para diminuir a ansiedade e dar a chance de recomeçar mais tranquilo. Desvia teus pensamentos quantas vezes forem necessárias, pois o que importa nesse momento é ficar atento para entender bem as questões e poder respondê-las. Acredita em ti, mantém a tua auto-estima elevada. Confia no teu potencial e manda ver.
GUSTAVO GOSSEN
Jornalista e editor desta humilde revista gustavo@revistapassei.com.br
para quem vai a tua
aprovação?
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Véi, já imaginou aquele segundo exato em que teu nome vai estar diante dos teus olhos no listão? Pois então, diz aí: quem será a primeira pessoa que será avisada? Vais ligar e/ou mandar pelo Whats a grande notícia em primeira mão para quem? Vou mudar a pergunta. Quem é a pessoa de quem mais tu queres receber os parabéns? Tenho certeza que alguém veio à mente antes dos demais. Mãe, pai, irmãos, marido, esposa, namorado, namorada, peguete, colegas do cursinho, amigos de infância, vizinhos. Vale até aquela pessoa mala, que parece desconfiar da tua capacidade de conseguir. Aliás, essas são as melhores, pois nada purifica mais a alma do que mandar um “chuuupa!” prazinimigas ou pruzinimigos. Buenas, vou recuperar os bons modos do linguajar e dizer logo a mensagem que quero passar. É hora de mostrar que valeram a pena esses meses de preparação. Faz acontecer! Não te entrega até terminar de preencher a folha de respostas na quarta-feira. Começou a arrancada para o teu futuro profissional, para a família que vais construir (ou já constróis) e a vida de felicidade que tu terás a partir dessa profissão, a qual não foi escolhida à toa, tô certo? Como disse o psicólogo Fernando Elias José, na página 5, identifica as fontes de tranquilidade e distancia a mente do que te causar estresse.
Esse momento é teu e foi muito esperado. Não permite que nada tire a tua concentração. Mesmo com o calor senegalês, que tenha uma baita tranqueira no trânsito em pleno domingo, que a fila para entrar esteja longa, que haja gente sem educação, que o fiscal te olhe com cara feia, que apareça alguma frase para te desestabilizar ou até se, nestas primeiras provas, algo não sair exatamente como planejado. Quem aqui não para de estudar há meses, com pouco tempo para curtir os amigos e a família? Quem ficará quatro dias submetido a esse cansaço físico e mental? Dá para dividir com alguém? Tipo, pedir para um brother fazer a prova de português para ti e tu fazer a de matemática, se rolar uma aprovação vocês dividirem a vaga? Não! Dá para escrever uma procuração e mandar um representante? Não! O esforço é teu, logo a conquista é toda tua. Ah, e sabe a pessoa lembrada por ti 40 segundos atrás? Pois, entra naquela sala com toda a tua força e luta afu também em nome dela. Caso a aprovação fique adiada, nada disso vai mudar. A vaga virá na hora certa e tu terás mais armas para se fortalecer como nunca. Tô torcendo por ti e espero que essa revista colabore de alguma forma com a tua conquista. Depois me conta como foi. O meu email está lá no alto da página. Força e coragem! Vlw, flw!
“Guerreiro não foge da luta e não pode correr. Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer (...) Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé” (Fundo de Quintal/Tá Escrito)
“Confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança” (Renato Russo/Mais Uma Vez)
“Você é único, não pode ser substituído. Se você ao menos soubesse o que o futuro reserva. Após um furacão, surge o arco-íris” (Katy Perry/Firework)
OPINIÃO
DANIEL LAVOURAS
Prof. e Dir. do Elite Pré-Vestibular Porto Alegre bagual@elitepoa.com.br
o futuro do vestibular Processos seletivos admissionais para universidades públicas e privadas não são raros em outros países. De modo análogo ao ENEM do Brasil, eles medem o nível de escolaridade ao final do ensino pré-universitário e também selecionam para o acesso ao ensino superior. O Baccalauréat francês, o UCAS inglês, o Abitur alemão, o GAOKAO chinês, o SAT americano ou o vizinho PSU chileno são processos de natureza semelhante. Em alguns casos, o leitor se espantaria com as similaridades ao nosso ENEM. Um diferencial de alguns destes países é a relevância conferida ao desempenho escolar acumulado, o que presume um sistema educacional homogêneo e unificado. Por vezes, a avaliação é mais completa e considera fatores extra-acadêmicos. O Brasil precisa refinar algumas etapas antes de galgar este degrau, mas a USP, por exemplo, já sinalizou o intuito de ampliar o seu conceito de admissão. Como fica o tradicional vestibular no Brasil? Surpresa! Os vestibulares brasileiros estão entre os mais bem organizados processos seletivos do mundo. Os mais destacados são os das universidades públicas. O Brasil, no entanto, tem uma imensa dívida social e justamente suas universidades públicas estão sendo usadas para resgatar parte dela. O tema é polêmico, longe de estar pacificado. Além de ações afirmativas (cotas), é o ENEM que, pretensamente, visa atender ao objetivo de democratizar o acesso ao ensino superior. Sendo o ENEM uma prova, ele também tem a missão de ser meritocrático. Ou seja, o ENEM tem objetivos
multifacetados, o que é bastante complexo de se atingir satisfatoriamente. Ingenuamente, talvez, confia-se cegamente ao ENEM a expectativa de um futuro com brasileiros mais qualificados. Por trás dos escores padronizados, esconde-se uma triste realidade que o ENEM não pode resolver, mas tão somente diagnosticar: as médias reais da prova de Matemática, por exemplo, não ultrapassam 3,5 em 10 (lembro aqui que o resultado estatístico esperado seria 2 em 10 se todos os alunos simplesmente chutassem todas as questões). A prova do ENEM é ainda muito vulnerável e longe de ser a melhor possível para um vasto espectro de metas. Na última edição, por exemplo, nenhuma das 45 questões de Matemática versou sobre Trigonometria, tema básico para o ingresso aos cursos de engenharia. Pressionado por uma realidade chocante ao escancarar que a imensa maioria dos candidatos não consegue sequer interpretar textos simples, o MEC/INEP não consegue ter no ENEM a ferramenta desejável. Ora, se a prova espreme candidatos aptos e menos aptos por ser incapaz de separá-los, a seleção fica comprometida e a confiabilidade do processo falha. Uma medida simples seria a segmentação do ENEM, com provas mais exigentes de Matemática para as carreiras exatas, e, de modo análogo, maior foco em Biologia e Química para Medicina e afins. Se o destino das universidades públicas parece estar ancorado ao ENEM, abre-se um imenso espaço para que universidades particulares assumam paulatinamente o prota-
gonismo no cenário da excelência. Não fosse o suficiente, há ainda outros ingredientes: - muitas redações corrigidas em curtíssimo prazo; evidencia-se que a prova de Redação sempre tem um peso substancialmente superior em todos os processos seletivos. - questões mal elaboradas, ambíguas, dúbias, erradas; o efeito danoso aqui é majorado por erros crassos em julgamentos de recursos, que beiram o desprezo pelo zelo ao processo. - problemas na lisura; defeitos graves no processo de aplicação das provas, com orientações contraditórias e falhas de fiscalização. - falta de tecnologia para evitar fraudes eletrônicas. - boatos de vendas de vagas e fraudes em resultados finais. Todos aqueles que se preparam com seriedade para os vestibulares sofrem com os itens acima. Caberia uma pressão social via denúncias à justiça comum, pois somente reclamar entre seus pares de nada adianta ou adiantará para que se revejam imperfeições gritantes. Estudantes dedicados e comprometidos com seu melhor desempenho, bem como suas famílias, professores, cursos pré-vestibulares, enfim, a sociedade em geral, todos merecem uma condução mais cautelosa e respeitosa dos processos seletivos. As universidades devem não só parametrizar o mínimo necessário para se obter um diploma superior, mas também ditar a ética que deve permear toda uma sociedade e fundamentalmente o ambiente que servirá de referência para a formação de seus futuros líderes.
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Thiago Pedroso
Elite Pré-Vestibular e BioGeek Grupo de Estudos Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular
o impacto da atiVIDADe
física nos estudos
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O ano começou e você pretende seguir focado nos estudos em 2015. De preferência, na faculdade, é óbvio. Então, decide preencher todos os horários vagos com o máximo de aulas possíveis e, mesmo assim, permanece aquela sensação de que ainda falta tempo. O que realmente falta é parar um pouco. Dar uma caminhada, uma volta de bicicleta, jogar um pouco de basquete e talvez até fazer aula de dança. Pode parecer ilógico perder tempo precioso, que você poderia estar estudando, com algum exercício, mas os benefícios da atividade física não apenas vão melhorar a sua saúde como tornar o estudo mais produtivo. Não pense que o cérebro funciona como um computador. Ele é um órgão que trabalha de modo integrado com o resto do corpo e necessita de um organismo equilibrado para atingir o desempenho máximo. A atividade física ajuda nesse equilíbrio de dois principais modos. Primeiro: estimula a produção de diversos hormônios, moléculas que funcionam como sinalizadores, integrando os órgãos e regulando o delicado funcionamento do corpo. Dois exemplos de destaque são a adrenalina e o cortisol, envolvidos em manter o nível de alerta e controlar o nível de ansiedade e estresse. Qualquer desbalanço relacionado a eles afetará a capacidade cognitiva, assim, não é surpreendente que um estudante que se exercita regularmente consiga ser mais atento em aula e também encare os estudos com maior tranquilidade. Além disso, a atividade física es-
timula, como você sabe, o aumento da frequência de batimentos cardíacos. A longo prazo, o sistema cardiovascular adapta-se para comportar a maior demanda de oxigênio e nutrientes pelo corpo, aumentando a circulação de sangue em todo organismo, incluindo o cérebro. Isso garante que o combustível para as funções mentais alcancem com mais rapidez as regiões cerebrais, tornando o raciocínio do estudante mais rápido. O exercício também tem efeitos diretamente sobre o cérebro. Ele estimula a liberação de alguns neurotransmissores, moléculas usadas pelos neurônios para se comunicarem, entre eles a endorfina e a serotonina. Muitas consequências positivas advêm dessa estimulação, como a melhora do bom humor e da disposição para o estudo. A longo prazo, tem efeitos neuroprotetores, reduzindo as chances do estudante desenvolver depressão ou algum distúrbio relacionado ao sono. Nada pior do que sofrer com falta de ânimo e insônia no meio da jornada de estudo, algo muito comum entre os estudantes de vestibular. Como se isso já não bastasse, as pesquisas mostram que o cérebro de pessoas que se exercitam produz grande quantidade de um fator chamado BDNF. Essa molécula é responsável pela ativação dos genes que levarão à formação de novos contatos entre os neurônios, denominados sinapses. São contatos que são formados quando criamos as memórias de longa duração (aquelas que você quer que durem meses,
anos ou, por exemplo, até o dia do vestibular). Logo, quanto mais BDNF no cérebro, mais facilmente as informações serão gravadas e por um período mais prolongado. Então, quem quer ter um bom desempenho no estudos não pode ficar parado. Uma opção é praticar exercícios de força, como musculação. Entretanto, as pesquisas indicam que os exercícios com maior eficiência em estimular o aprendizado são os aeróbicos, aqueles que fazem você suar a camiseta. Vale correr, fazer ginástica, aula de luta, natação, basquete, vôlei, futebol, etc. Claro que não vale jogar futebol uma vez por mês e achar que bastou. Um mínimo de três vezes por semana é o recomendável para usufruir dos efeitos positivos da atividade física. Mais importante que a intensidade ou tempo de exercício é a regularidade. Em suma, não há desculpa para um estudante ficar inerte.
AOS PAIS
VANESSA SILVA
Dir. Pedagógica do Elite Pré-Vestibular Professora e neuropsicopedagoga
o CÉREBRO EM
TRANSFORMAÇÃO Quantas vezes já escutamos a expressão “a culpa é dos hormônios” para justificar aqueles comportamentos considerados indesejáveis por parte de nossos jovens? Muitas, não é verdade? Contudo, as pesquisas desenvolvidas pelas Neurociências mostram que tais comportamentos são resultado de um cérebro em processo de amadurecimento e, por isso, em grande transformação. Existe uma parte da formação cerebral que se conclui em torno dos 12 anos de idade. Seu tamanho já é o de um adulto e acaba de concluir a segunda poda neuronal, que significa perda de neurônios, dada conforme as experiências vividas. Daí a importância de expormos os sujeitos em formação às mais diversas situações, buscando promover diferentes aprendizados. Assim, redes neuronais são geradas, podendo ser acionadas e potencializadas em outros momentos. Apesar de toda essa capacidade, o comportamento desse cérebro ainda não é o de um adulto, pois outras modificações continuam ocorrendo. Uma das mais significativas é dada na área pré-frontal. Essa região é a responsável pela modulação emocional do comportamento, como, por exemplo, o controle dos impulsos. Porém, essa formação é totalmente concluída apenas em torno dos 30 anos. Dessa maneira, podemos entender melhor, dentre outros comportamentos, os famosos “falar sem pensar”. Outra característica muito peculiar da gurizada é o tédio que sentem. Muitas vezes, atividades, que
no ano anterior, despertavam grande interesse parece que somem no piscar de um verão. Isso se deve a uma transformação no sistema de recompensa, que sofre uma perda de 30 a 50% de sua capacidade. O corpo, muitas vezes desajeitado, também é algo esperado dentre os adolescentes. Eles estão fazendo reajustes em sua consciência corporal, mais ou menos como se precisassem reaprender qual o tamanho de seus braços, pernas ou a prórpia força que possuem. Entendemos, então, por que eles gostam tanto de se olhar no espelho e, até mesmo, fazer as famosas selfies. O olhar constante sobre si é uma forma de se (re)encontrar nessa etapa. Diante de um estágio do desenvolvimento tão agitado, é comum nos perguntarmos como podemos ajudá-los a passar por essas transformações do modo mais saudável possível e otimizando suas capacidades. A resposta está em tentarmos emprestar nosso cérebro adulto, que já passou por essas fases de maturação, para auxiliá-los a construírem suas próprias respostas, suas decisões. Nascidos em uma cultura patriarcal e autoritária, somos levados, muitas vezes, a ordenar o que queremos que eles façam. Porém, além de ser comum eles simplesmente não obedecerem, dessa forma não provocamos a ativação de áreas cerebrais. Lembre-se sempre que somos resultado de nossas vivências. Quanto mais formos ensinados a refletir sobre nossas atitudes, menos atuaremos baseados em impulsos. Na
juventude, temos um campo fértil para isso, pois é o momento em que amadurecemos o raciocínio lógico e abstrato, assim como a empatia. Essa é a nossa capacidade de nos colocar no lugar do outro e de antecipar as consequências de nossos atos. Aproveitando disso, devemos buscar conversar com um jovem. Em vez de centrarmos o discurso na frase “não use drogas” ou “use camisinha”, devemos instigá-los para que saibam quais as consequências de fazer ou não tal ato. Ao nos colocarmos no lugar de “não saber”, evitamos a famosa rebeldia adolescente e abrimos espaço para construir conhecimento ao lado deles. Nós precisamos reconhecer os jovens como seres pensantes e com ampla capacidade de nos entenderem. Assim, teremos condições de respeitar muitas de suas decisões, mesmo que não concordemos com elas. Aprender a admirar seu entusiasmo com o novo, sua facilidade em fazer amigos e a se entregar a esses como se fosse para uma vida inteira, sua ansiedade pelo amanhã, para que tudo aconteça rápido e do jeito que sonham são formas de não afastá-los e, assim, viabilizar um diálogo que os auxilie nas decisões. Para que tudo isso aconteça, nós, adultos da relação, precisamos ter humildade para percebermos que, por mais que eles ainda estejam em maturação cerebral, temos muito o que aprender com eles. Sob essa óptica, a relação se completa, seja ela de pais e filhos ou professores e alunos, e o crescimento humano poderá acontecer.
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04/01/15 FÍSICA
Fabricio Scheffer
Física Fábris, Grupo para o Vestibular e Elite Pré-Vestibular
ano internacional
da luz Por decisão da Assembleia Geral da Unesco, em 2013, a Luz e as tecnologias nela baseadas serão celebradas ao longo de 2015, referido como Ano Internacional da Luz. A banca que organiza a prova de Física da UFRGS tem a tradição de homenagear datas comemorativas. Possível questão História do compartamento da Luz e seus defensores: James Clerk Maxwell, há 150 anos, propôs as expressões para representar a Luz. Possível questão Ondulatória: A Luz é uma onda eletromagnética e, por causa disso, propaga-se no vácuo. Esse tipo de onda é sempre eletromagnética. Possível questão Eletromagnetismo: As Leis de Maxwell. Lembra que um campo magnético variável cria/induz um campo elétrico, assim como um campo elétrico variável cria/induz um campo magnético.
Em 1905, Albert Einstein explicou o efeito fotoelétrico usando a teoria quântica para a Luz. Ao incidir radiação luminosa em uma placa metálica, a Luz possui comportamento corpuscular. As partículas incidentes, conhecidas como fótons, devem ter energia (E=h.f) superior à função trabalho (W) do material para que elétrons sejam arrancados. A energia cinética máxima (EC) dos fotoelétrons (elétrons ejetados do metal) é dada pela relação de Einstein: EC = h. f – W. A partir de Einstein, o comportamento da Luz passou a ser dual, ou seja, há duas teorias que a explicam. A Luz se comporta como onda quando difrata e interfere e se comporta como partícula quando no efeito fotoelétrico. Possível questão Óptica – Reflexão da Luz em espelhos: Planos produzem imagens vituais, direitas e iguais | Esféricos côncavos depende de onde o objeto se encontra. Imagens reais ou virtu-
ais | Esféricos convexos sempre imagens virtuais, direitas e menores. Possível questão Óptica – Refração da Luz: Índice de refração n=c/v Lei de Snell-Descartes Fibra óptica/Condições 1ª) A Luz deve se propagar de um meio mais refringente para menos refringente. 2ª) O ângulo de incidência deve ser maior que o ângulo limite (L). Quando a Luz se refrata, alteramse velocidade (v), comprimento de onda (λ), índice de refração (n) e também pode ocorrer desvio da Luz se a incidência não for a 0°. A frequência e a fase nunca se alteram. Possível questão Lentes esféricas convergentes: depende de onde o objeto se encontra. Imagens reais ou virtuais. Lentes esféricas divergentes: as imagens de objetos reais são sempre virtuais, direitas e menores.
04/01/15 LITERATURA
pedro gonzaga
Unificado Z e Gabarito Pré-Vestibular
A prova da UFRGS costuma ter pelo menos um terço das questões voltadas para a interpretação de poesia e letras de canção, contempladas pelas Leituras Obrigatórias e também nas 6 ou 7 questões de matéria do programa. Para ajudá-lo a resolver com mais facilidade essas questões, seguem 3 passos que aumentarão suas chances de acerto.
Conhecimento do autor, seu período e sua estética Este primeiro item pode ajudar você na hora de responder à questão, especialmente porque muitas características das escolas a que pertencem os autores podem estar nas alternativas, mas não se desespere caso você desconheça o autor ou tenha se esquecido do programa de literatura. Lembre que a poesia mais antiga ou clássica optava pelo uso de métrica fixa e rima, e que esses dois elementos perdem força a partir de 1922.
DICAS
para interpretar poemas e músicas
Ler corretamente o poema ou a letra
Determinar o conteúdo de cada estrofe
A leitura de poesia é bem diferente da leitura de prosa. É preciso lembrar-se sempre de respeitar a métrica e também a pequena pausa ao final de cada verso. Cuidado com os versos que continuam na linha de baixo, os famosos ‘enjambements’. Leia devagar sempre. É assim que se ganha tempo, pois a compreensão correta evitará o movimento de ir e vir do texto para as alternativas. Não custa ressaltar que só se deve eliminar aquilo que não pode ser dito do poema, não aquilo que vai de acordo ou não com a sua opinião. Por isso, quanto mais racional for a leitura, melhor será a capacidade de avaliação.
Busque sempre traduzir o conteúdo do poema para a sua linguagem, usando palavras ou tópicos que resumam com clareza o conteúdo. Trate de anotar suas impressões ao lado de cada estrofe, tentando captar o máximo de sentido para depois, ao combinar as estrofes e o todo, buscar as possíveis interpretações. Lembre que, no soneto (poema de 14 versos decassílabos), o primeiro quarteto equivale a uma introdução, o segundo quarteto e primeiro terceto a um desenvolvimento e o último terceto a uma conclusão. Em caso de dúvida, leia a primeira e a última partes para entender o assunto abordado pelo poeta.
04/01/15 INGLÊS
FÁbio Vasques
Unificado Z e Gabarito Pré-Vestibular
a prova que pode
decidir tudo
Exatamente! As línguas estrangeiras, em especial o Inglês, tendem a ser negligenciadas pelos alunos durante o longo ano de preparação que precede o vestibular. Seria isso dado ao alto número de matérias a estudar? Ou porque já cursaram anos em escolas de língua? Viagens ao exterior? Não há dúvida de que explicações, mais ou menos fundamentadas, abundam para tentar
minimizar essa péssima tendência, mas dificilmente conseguem justificar o deixar de estudar uma matéria. Afinal, a média do vestibular é harmônica e ir mal em uma prova pode comprometer todo o árduo trabalho dedicado para as outras. Assim como para ir bem na prova de português não é suficiente apenas ser um falante nativo da língua, para garantir a tão sonhada vaga na
UFRGS (ou qualquer outro vestibular que também seja concorrido), é fundamental dedicar tempo ao estudo de Língua Estrangeira, através do estudo de sua gramática essencial e da leitura frequente na mesma, e acima de tudo, da familiarização com o formato da prova. Inglês pode sim ser a diferença entre ingressar na faculdade agora ou só no ano que vem!
04/01/15 ESPANHOL
Roberta Spessatto
Unificado Z e Gabarito Pré-Vestibular
os verbos, pois
sempre caem A prova de Espanhol da UFRGS é dividida em duas partes: compreensão textual, em que também se encaixam questões de vocabulário e gramática. Normalmente, 50% são
destinadas para cada. Dessa forma, é bom garantir uma fatia importante da tua prova na parte gramatical, pois de 25 questões, frequentemente, 13 questões são de gramática.
Em geral, aparecem duas ou três de verbos. Ah, e não te esquece de que na compreensão textual a prova quer saber o que o texto afirma e não a tua opinião sobre ele.
EM MARÇO, ESTREIA:
p www.nahoradaprova.tv
06/01/15 BIOLOGIA
ÁLVARO SILVEIRA
Elite Pré-Vestibular e Teorema Grupo de Estudos
de olho em
citologia Galera, a prova da UFRGS cobra bastante sobre células. Então, aí vão dois quadros resumos para os devidos lembretes.
ORGANELA CITOPLASMÁTICA
FUNÇÃO
retículo endoplasmático rugoso
Síntese de proteínas, pois possuem ribossomos aderidos em sua superfície.
retículo endoplasmático LISO
Síntese de fosfolipídios, colesterol e hormônios esteroides (progesterona, estrogênio, testosterona). Metabolismo de álcool.
COMPLEXO DE GOLGI
Secreção celular, endereçamento de proteínas e lipídios e modificações após a tradução.
LISOSSOMOS
Digestão intracelular, por meio de enzimas lisossomais.
PEROXISSOMOS
Degradação de água oxigenada
MITOCÔNDRIAS
Respiração celular aeróbia
CLOROPLASTOS
Organelas exclusivas de células vegetais, responsáveis pela fotossíntese.
06/01/15 QUÍMICA
luiz ferrari
Unificado Z e Gabarito Pré-Vestibular
orgânica:
a parte mais cobrada Das 25 questões de Química, cinco deverão ser sobre Orgânica. A matéria é dividida em Funções Orgânicas (identificação, características químicas, propriedades e nomenclatura), isomeria e reações orgânicas.
Dentre as Funções Orgânicas, os álcoois são mais importantes, pois, a partir deles, a maioria das demais funções é obtida. O esquema abaixo permite-nos ver algumas dessas reações que poderão estar na nossa prova.
06/01/15 GEOGRAFIA
CAJO NEIS
Anglo, Decisão e PenseGeo
tópicos para
revisar
Limites das placas tectônicas Divergentes: são marcados pelas dorsais meso-oceânicas, em que as placas se afastam umas das outras. Agregação de material vulcânico e expansão do assoalho oceânico (que forma nova crosta oceânica).
Convergentes: são as que as placas colidem (a mais densa mergulha sob a outra). Subducção/consumo de placas (placa oceânica x placa continental). Presença de dobramentos modernos, vulcanismo, fossas tectônicas e abalos sísmicos. Também pode haver obducção, onde há o choque de duas placas continentais, como o que formou o Himalaia. Conservativos: deslizamento lateral de placas sem destruição ou geração de crosta ao longo de fraturas (falhas transformantes). Pequenas centrais hidrelétricas Usinas de pequeno porte (no máximo 3 km²) com capacidade geradora de 1 a 30 MW. Apresentam menor custo e menor impacto ambiental, contribuindo para a descentraliza-
ção da geração de eletricidade. Há PCHs que comercializam créditos de carbono para mostrar a sustentabilidade. Dados mais recentes (2012) dão conta de que a energia gerada em PCHs corresponde a 3,39% da energia elétrica gerada no Brasil. Migrações no Brasil Estudo divulgado pelo IBGE sobre deslocamento da população brasileira indica a diminuição da migração interna e tendência de permanência ou de retorno de moradores aos seus Estados de origem. Em vez da corrida para o Sudeste, que marcou as décadas de 60 a 80, a tendência é de deslocamentos entre municípios de um mesmo Estado e queda acentuada nas migrações entre regiões. A última década aponta ainda para mudanças nas correntes migratórias, em que Rio de Janeiro e São Paulo deixam de ser “importadores” e passam a “exportadores” de moradores, enquanto que o Espírito Santo desponta como foco de atração de novos habitantes.
População urbana Em 2010, 84,3% da população brasileira vivia em cidades. Por região temos: sudeste, centro-oeste, sul, norte e nordeste. Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) ou Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EIIS) Grupo jihadista que pratica a guerra santa no Oriente Médio. Autoproclama-se um califado (que é a forma islâmica de governo e conceito político central do islamismo sunita) e se estabeleceu no dia 29 de junho de 2014. Abu Bakr al-Baghdadi foi nomeado como califa do grupo, que passou a se chamar Estado Islâmico. Visa expandir controle em regiões de maioria islâmica, iniciando o mesmo na região do atual Levante (porção oriental do mundo islâmico, Mashreq, oposto ao Maghreb). Transportes de cargas no Brasil Matriz com números recentes: rodoviário (58%), ferroviário (25%), hidroviário, (13%), dutoviário (3,9%) e aeroviário (0,1%).
07/01/15 HISTÓRIA
VANESSA SILVA
Elite Pré-Vestibular
rebeliões coloniais Guerra dos Tamoios (1556-1567) Tamoios: aliança de povos indígenas da região do litoral de SP e RJ. Líderes: Tupinambás, que lutam contra escravização indígena imposta por Brás Cubas (governante da capitania de São Vicente). Guaianases se aliam aos portugueses X Tupinambás se aliam aos franceses (desejavam invadir o Brasil). Rivalidade histórica. O resultado foi a dizimação dos tamoios e ampliação da escravização indígena. Guerra dos Bárbaros (1683-1713) Local: CE, PE, RN e PB Índios contra o domínio português. Foi combatida por bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho e Matias Cardoso de Almeida. Guerra dos Emboabas (1707-1709) Emboabas X Paulistas (desejavam obter o controle do comércio na região das Minas) Emboaba: “pés-de-pena”, que era a forma como os paulistas denominavam aos forasteiros. Paulistas são derrotados e ao partirem descobrem ouro em GO e MT. Revolta de Beckman (1684) Dificuldade da elite local em escoar produção e obter gêneros da Metrópole; criação da Companhia de Comércio traz a elevação dos preços
e monopólio na venda de escravos na região. Líderes: irmãos Beckman (executados). Guerra dos Mascates (1710-1711) Comerciantes de Recife/PE desejam alcançar autonomia política e administrativa. Olinda (senhores de engenho) X Recife (comerciantes) Mascate: nome pejorativo dado aos comerciantes. Antes da invasão holandesa, Recife era subordinada a Olinda. Com as invasões, Recife tornou-se grande centro comercial. Vitória de Recife (elevado à vila) Rebelião de Filipe dos Santos (1720) Local: Vila Rica Causa: revolta contra a cobrança do Quinto e instauração das Casas de Fundição. Repressão ao movimento e esquartejamento do líder Filipe dos Santos. Inconfidência Mineira (1789) Apesar de haver um total esgotamento do ouro de aluvião, foi o período de maior arrocho da Metrópole sobre a área. Causa: cobrança da Derrama Influências: Iluminismo e Independência das Treze Colônias Consciência de que estavam sendo explorados/anticolonialista;
Proclamação de República; Capital: São João del Rei; Criação de milícia nacional de cidadãos (serviço militar obrigatório); Criação de parlamentos locais e um central; Participantes: elite de MG, poetas árcades, religiosos e membros da tropa local. São presos antes que a revolta acontecesse; Todos são perdoados pela Coroa, com exceção de Tiradentes, executado, pois deveria servir de exemplo. Conjuração Carioca (1794) Elite burocrata do RJ organiza encontros para debates políticos na Sociedade Literária. Membros são presos, mas sem provas para condená-los. Inconfidência Baiana/Revolta dos Alfaiates (1798) Dvulgação de ideais iluministas pela sociedade maçônica “Cavaleiros da Luz”. Influências: Iluminismo e Revolução Francesa Camadas populares. Liberdade de comércio; Proclamação de República; Abolição da escravatura; Geração de justiça social; Participantes presos antes que o movimento acontecesse e muitos sendo condenados à morte.
07/01/15 MATEMÁTICA
Diego Zanella
Unificado Z e Gabarito Pré-Vestibular
MODELAGEM:
aspecto prático para as funções Assunto mais que certo nos vestibulares em geral, as funções são as questões com um dos maiores índices de aparição na prova da UFRGS. As modelagens vêm ganhando força, prova após prova, em um concurso onde a compreensão do teste unida ao pensamento matemático formam a dupla perfeita para a resolução. Hoje em dia, embora ainda existam questões de reconhecimento básico de função – saber que a função quadrática é uma parábola, por exemplo, e reconhecer seus coeficientes – a tendência é de questões com o vínculo com o dia-a-dia.
Alguns exemplos são bem conhecidos: meia vida de elemento químico, por exemplo, é função exponencial; PH ou POH é logaritmo, assim como as escalas de terremoto. Máximos e mínimos, normalmente, são funções quadráticas, onde o vértice será a resposta do teste – também podemos colocar as funções trigonométricas nessas questões. A física e a química, por sinal, são duas provas muito profícuas em relação a esse quesito. Grandezas diretamente proporcionais são sempre indicadas por funções lineares, em que os gráficos são retas que passam na
origem: esse é o caso de gráficos que relacionem força e aceleração (1ª Lei de Newton). As grandezas inversamente proporcionais por sua vez, têm como representação gráfica as hipérboles: pressão e área são excelentes exemplos. Mas não pense que a modelagem é feito apenas com outras disciplinas usando a matemática como ferramenta. O intercâmbio entre os assuntos da matemática também evidenciam a ideia de compreender o relacionamento entre grandezas. Veja o exemplo a seguir.
Resolução: Veja que o teste pergunta sobre a área de um triângulo ABP, em que AB é a base e o ponto P é móvel sobre a semirreta OP. Ora, a área dos triângulos é base x altura sobre 2. Ou seja, a área depende da base do triângulo e da altura do mesmo. Mais ainda: a área é diretamente proporcional à base e à altura. Assim, se a base aumentar 2 vezes então á área aumenta 2 vezes; a altura também segue o mesmo parâmetro. Ora, a base do triângulo acima não muda, logo a possível mudança da área se deve somente a altura. De fato, ao deslocar-se o ponto P sobre a semirreta a altura do triângulo muda e a área acompanha de forma direta e proporcional. Dessa forma, o gráfico entre área do triângulo e altura deve ser uma função linear, tomando cuidado para não aparecer no gráfico representação negativa de áreas e alturas: isso explica por que o gráfico só aparece no primeiro quadrante. Letra (C).
ARTIGO
Rafael Farias de Menezes
Prof. de História do Elite Pré-Vestibular
Escola, Cidadania e
SOCIEDADE Antes de pensar em “educação para a cidadania”, deve-se questionar o próprio significado de cidadania. Este é um tema recorrente do debate público, com pontos de vista muito diferentes. Uma das definições mais reconhecidas de cidadania é a que a considera composta por três elementos: civis, políticos e sociais. A componente civil tem os direitos necessários para a liberdade individual. O elemento político implica o direito de participar no exercício do poder político. E o elemento social assume um conjunto de direitos para o bem-estar, segurança e vida da civilização humana, de acordo com as diretrizes atuais. Em sentido estrito, a cidadania significa pertencer a uma comunidade política, ou Estado, porque é onde você nasceu ou você vai ter a sua família. Isso se relaciona a certos direitos, responsabilidades e deveres legais, sociais e éticos. Num sentido mais amplo, a cidadania significa ser um cidadão ativo e responsável - uma pessoa que mostra um interesse nas questões que afetam a comunidade ou o Estado e age com os outros para atingir objetivos específicos em comum. Neste contexto, as pessoas podem agir como cidadãos. Educação para a cidadania está baseada nessa definição mais ampla - que é válida para todos e é um processo contínuo ao longo da vida. A educação para a cidadania prepara jovens, proporcionandolhes o conhecimento, experiência e compreensão que lhes permitam desempenhar um papel ativo e eficaz na sociedade, sendo cidadãos
críticos, moral e socialmente responsáveis. Destina-se a dar-lhes a confiança e a crença de que eles podem agir em cooperação com os outros. Eles também podem fazer a diferença em suas comunidades (local, nacional e internacional). Frente a tudo isso, vemos, de fato, que a dita cidadania é norteada em três princípios fundamentais: - Responsabilidade social e moral: aprender desde cedo a se comportar com confiança, com responsabilidade, moral e socialmente, dentro e fora de sala de aula. As pessoas têm direitos e deveres; - Participação na vida em sociedade: aprender a ser envolvido na vida e preocupações das comunidades, incluindo a aprendizagem por se envolver em ações locais que atendam às pessoas. Essa não pode ser a única responsabilidade da escola, mas também de casa; - Educação na política: aprender o que constitui a vida pública e como participar; como influenciar, através do conhecimento, competências e valores. É entender a vida pública a nível local, nacional e internacional. Estas categorias fundamentais, levam-nos a articular conceitoschave para a definição de conteúdo educacional para educação para a cidadania: democracia e autocracia; cooperação e conflito; igualdade e diversidade; justiça, o Estado de direito, as regras, as leis e os direitos humanos; liberdade e ordem; individual e comunidade; o poder e a autoridade; e os direitos e as responsabilidades. Sendo assim, a cidadania é um produto da cultura, que não pode ser herdada, mas deve ser construí-
da. A consciência de ser um cidadão, ser parte da sociedade, de contar com instituições para sobreviver e ser responsável, deve contar com a complexidade da consciência cívica. A coesão social requer investimento constante nos corações e mentes de cada nova geração. Quando uma geração está crescendo em uma sociedade que é diferente daquela em que seus pais eram, é necessário uma reflexão por parte de todos – inclusive dos educadores – a fim de definir e fazer avançar a coesão social. Esse é o lugar que se chega com a educação. A capacidade de conviver em família, a comunidade local, a nação ou em um ambiente global está intimamente relacionada com as competências de cidadania. A educação desempenha um papel fundamental neste processo. Isso os ajuda a tornarem-se informados, atenciosos, responsáveis, conscientes dos seus direitos, e, portanto, conscientes das suas funções. É importante que os alunos tenham um papel na vida de suas escolas, bairros, comunidades e no mundo em geral. Em preocupações gerais, educação para a cidadania significa: - compreensão e gestão da diversidade; - tolerância; - resolução de conflitos; - envolvimento com o Meio Ambiente Humano; - participação na vida da comunidade; - participação democrática; - identidade. Eis o nosso grande e cotidiano desafio.
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fala, formando! REUNIMOS UM PESSOAL PARA ADIANTAR O QUE TU TERÁS PELA FRENTE NA UFRGS
FISIOTERAPIA Cássia Colla Vocês vão ter o entendimento global do ser humano em toda a sua complexidade. A UFRGS nos possibilita realizar estágios extracurriculares, pesquisas e outras atividades que ajudam a aprimorar o conhecimento. Teoria no começo e prática mais para o final. O contato direto com os pacientes e a oportunidade de melhorar a qualidade de vida e a autoestima deles é muito gratificante.
PSICOLOGIA Paula Endres Será como apreciar diversas vitrines de lojas: conhecemos teorias, porém sem aprofundar em nenhuma delas, pois não há tempo suficiente. A graduação nos mostrar um pouco sobre tudo e auxilia na identificação da área na qual vamos seguir nossa carreira e aí aprofundar nossos conhecimentos.
ODONTOLOGIA
DIREITO
Alexander Pompermayer
Pablo Giordano
Vocês vão desfrutar de uma alta qualidade de ensino e vão aproveitar as novas instalações do Hospital Odontológico, mas vão além! Façam as atividades extracurriculares, pois isso será um diferencial. Vai ser preciso muita dedicação, porém vocês saberão o quanto é gratificante distribuir saúde e sorrisos.
Aquelas cadeiras mais teóricas concentram-se agora no início. No terceiro semestre, a coisa engrossa e passa-se a ir para a aula com códigos civil, penal, processuais e constituição. Ou seja, fica com cara de direito. Faz estágio em áreas diferentes para saber a que mais te agrada.
NUTRIÇÃO Jéssica Mansson Ao entrar na faculdade, um novo mundo se inicia. Na Nutrição, esse mundo é ainda mais belo. O começo é difícil e repleto de dúvidas, mas logo percebemos o quão grandioso e apaixonante é o curso. Dedicação é a chave para a realização profissional.
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ENTREVISTA: Cláudio Inácio Bins
Gestor de Relações Institucionais do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul (CIEE-RS)
PASSEI, QUERO
ESTAGIAR! NA PÁGINA ANTERIOR, VÁRIOS FORMANDOS RESSALTARAM O QUANTO É IMPORTANTE FAZER ESTÁGIOS. ENTÃO, VIEMOS CONVERSAR COM QUEM MAIS ENTENDE DO ASSUNTO.
Na busca pelo primeiro estágio, como se comprova a experiência que ainda não se tem? Um dos tantos objetivos do estágio é adquirir experiência prática na linha de formação. Sendo assim, é natural que a maioria dos candidatos ainda não possua experiência. Em geral, os recrutadores das empresas consideram o potencial dos candidatos como o fator mais importante na hora da contratação. Porém, como uma “compensação” pela falta de experiência, o candidato a uma vaga pode mencionar outras oportunidades de aprendizado que tenha vivenciado, por exemplo: atuar no grêmio estudantil, participar de olimpíada escolar, participar de projetos so-
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ciais, etc. O comportamento ético é fundamental e extremamente valorizado pelas contratantes. Na busca pelo estágio, devemos mencionar e registrar sempre a verdade e apenas aquilo que seja comprovável através de documentos ou de depoimentos pessoais. Na hora da entrevista, o que pode fazer alguém perder a vaga? É necessário que o candidato prepare-se adequadamente para este momento em vários aspectos. Por exemplo, levar o currículo, evitar o uso exagerado de gírias, vestir-se de forma simples e pertinente ao local de estágio, tratar as pessoas da empresa com respeito, valorizar suas
NA
eventuais experiências anteriores em estágios, trabalhos temporários, atividades acadêmicas ou projetos sociais. E demonstrar claramente o interesse pela vaga. Mostrar interesse é fundamental? Vários fatores são, porém um dos motivos frequentemente mencionado pelas organizações para a não escolha de candidatos é a falta de interesse dos mesmos. A nossa experiência no CIEE tem demonstrado que, na maioria das vezes, os candidatos não conseguem demonstrar o interesse, levando-os à perda da vaga. Demonstrar que estão disponíveis e interessados pela oportunidade pode fazer sim a diferença.
Foto: Rosi Boni
Caso as primeiras portas que se abram não sejam exatamente as mais almejadas, vale a pena investir para crescer o currículo?
soal em termos de relacionamento humano; valorização e reconhecimento por parte da empresa pela dedicação e resultados gerados.
diálogo frequente com a chefia para que as suas eventuais dificuldades tornem-se desafios plausíveis de serem alcançados e superados.
É uma decisão muito pessoal e difícil de generalizar. Ela tem muito a ver com os objetivos e propósitos que o estagiário tem para este momento e/ou para seu futuro. Geralmente, a qualidade da experiência conta muito mais do que a quantidade. No entanto, um bom critério de escolha ou permanência em determinada oportunidade é procurar dimensionar os benefícios que aquela experiência proporciona em termos de: aprendizado prático na área de formação; expectativa de crescimento profissional; desenvolvimento pes-
Em geral, os chefes costumam ser tolerantes com quem ainda está começando?
O que conta pontos positivos?
Nossa vivência com milhares de organizações demonstra que a maioria sim. Às vezes, o que ocorre é uma dificuldade por parte da chefia que está supervisionando o estágio em notar quais as necessidades mais relevantes de desenvolvimento do estagiário e como a empresa pode contribuir de forma mais objetiva no aprendizado. A sugestão, por outro lado, é que o estagiário busque o
Ética, postura adequada, inovação, perfil sustentável, comprometimento, persistência, comunicação, etc. Como o CIEE/RS ajuda a conseguir essas primeiras oportunidades? No Rio Grande do Sul, o CIEE-RS coloca-se à disposição dos candidatos através de suas Unidades de Atendimento, redes sociais, portal e de programas de capacitação (oficinas e palestras).
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