Revista Passei! (Edição 01 - UFRGS/2013)

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Passei! EDIÇÃO 01 - JANEIRO 2013

A REVISTA DO VESTIBULANDO GAÚCHO

FICA FRIO! COMO NÃO DEIXAR O NERVOSISMO ATRAPALHAR

REDAÇÃO QUÍMICA INGLÊS ESPANHOL BIOLOGIA

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e mais

S O T N E M A D 10 MAN RO A R A C N E A R PA A D R A L U B I T S VE UFRGS páginas 8 e 9

FORMANDOS ADIANTAM O QUE VIRÁ NA FACULDADE páginas 12 e 13

PASSOU? SAIBA COMO GARANTIR LOGO O TEU ESTÁGIO! página 11



redação Profª Fran Gracioli @frangracioli

Redação: dá para fazer? Escrever bem é um trabalho que exige paciência e prática, uma vez que a redação boa é aquela pensada e revisada várias vezes, antes de se tornar um produto final. O vestibular da UFRGS não exige um texto construído com fórmulas, pelo contrário, é esperado autenticidade nas reflexões. Assim, nesta seção, confira algumas técnicas para você revisar o seu rascunho e corrigir as inadequações que são frequentes nas redações.

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Comece pela Prova de Redação. Leia atentamente as instruções, o texto de apoio e o tema. Faça marcações nos verbos que lhe indicam o que fazer. Caso o tema não contenha uma pergunta, crie-a; isso tornará mais fácil a escrita da dissertação.

Esquematize suas ideias. Responda a pergunta imposta pelo tema – esse será seu ponto de vista, apresente-o na introdução. A seguir, selecione razões concretas para a sua opinião – cada uma comporá um dos parágrafos de desenvolvimento.

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O fechamento deve confirmar de forma simples e clara as reflexões feitas no texto – essa será a conclusão de tudo o que foi dito.

Regência Verbal (lembretes)

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Pronta esta etapa, revise seu texto. Dedique atenção aos quatro itens a seguir:

a) Pontuação: use vírgulas nas expressões explicativas e nos adjuntos adverbiais deslocados. Evite o uso excessivo de qualquer sinal. b) Semântica: use aspas no emprego de termos coloquiais ou estrangeiros. Não repita termos desnecessariamente. c) Concordância: não esqueça que o verbo deve concordar com o sujeito da oração na maior parte dos casos. d) Sintaxe: revise todos os verbos que são acompanhados pela preposição “a” com o intuito de identificar possíveis esquecimentos da crase. Vai dar tudo certo!

ALUDIR - Aludiu ao assunto. ASPIRAR - Aspiro à vaga. / Aspiro o pó. ASSISTIR - Assisti ao filme. / Assisti o paciente. PRESCINDIR - Prescindimos de amor. ENTREGAR - Entregou a carta à João.

EXTENSIVO 2013

Início em março. Grupos máximos de 25 alunos, divididos nas modalidades Regular e Plus. Ramiro Barcelos, 1215/301111 (51) 3264.1687 - (51) 9982.2702 www.frangracioli.com

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te controla! Reportagem: Gustavo Gossen redacao@revistapassei.com.br

Drible o nervosismo na hora da prova Kamila Costa, 19 anos, concorre a uma das vagas para o curso de Letras da UFRGS pela segunda vez. O objetivo é vencer o inimigo que lhe atrapalhou os planos no vestibular do ano passado: o nervosismo. – Eu não conseguia. Vi meu ano todo indo para o lixo, chorei demais e me desesperei, foi simplesmente a pior experiência pela qual passei em toda a vida. Segundo o psicólogo Fernando Elias José, especialista em preparo emocional para concursos públicos e vestibulares, o candidato precisa conhecer a si próprio e também ter a noção do que lhe aguarda depois que soa a sirene: – O que deve ter acontecido com a Kamila é que talvez as coisas não fossem de acordo com o que ela imaginou e, quando percebeu que estava ladeira abaixo, soltou o freio de mão. Cada vez ficou pior. Diante da tensão, é bastante comum a memória falhar. O especialista alerta para a diferença básica entre esquecimento e branco: – O branco é a interrupção do pensamento. Um bloqueio transitório, a pessoa para de pensar. Mas quem tem o conteúdo, não o perde. Tem que se tranquilizar para fazer o pensamento voltar ao normal. É diferente do esquecimento que acontece em especial quando a pessoa realmente não entendeu ou não aprendeu o conteúdo. Olhou, passou rápido e pensou que guardaria na memória. No dia seguinte de provas, a questão de Redação tirou de vez as chances da Kamila. – Não consegui me expressar com as palavras, eu tinha ideias mas não conseguia passá-las para o papel, foi extremamente frustrante – relembra. Em casos assim, é aconselhável dar uma parada. – Toma uma água, vai no banheiro, lava o rosto, caminha, tira o foco um pouquinho e depois retorna. A prova não muda. Ela está ali, impressa. A forma como se olha para as questões é que muda, explica o psicólogo. As médias de Giovanni Almeida, 20

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Fazer pequenos intervalos para beber água ou ir ao banheiro ajudam a acalmar. anos, também sofreram influência direta do estado emocional fora de controle. O resultado abaixo do esperado no primeiro dia contagiou as provas seguintes. – Fiz 5 em Física, 6 em Literatura e 12 em Espanhol – conta. Já no domingo, Giovanni sentiu que a chance de ingressar na faculdade de Engenharia Civil estava por escapar das mãos. No segundo dia de provas, percebeu a necessidade de compensação nas demais disciplinas: – Nas primeiras questões vi que seria impossível aumentar as médias. Tinha noção do que perguntavam, mas não sabia como começar a responder. Depois que cheguei em casa e conferi a prova comentada no site do cursinho, vi que não era difícil. Eu sabia, mas ratiei. Giovanni relata que a experiência fez com que adquirisse segurança para as provas de 2013. Além disso, conta que o papel da família tem sido fundamental. – Sei que o sonho do meu pai é me ver lá dentro. Mas ele não me pressiona. Pelo contrário, se coloca sempre à disposição. Para o doutor Fernando, essa postura dos familiares é a mais adequada: – A melhor forma de ajudar o filho durante o vestibular é perguntar como ele

quer ser ajudado. O que precisa? Carona? Abraço? Beijo? Material? Almoço? Quer ir no cinema para desopilar um pouco? Jamais massacrar. A Kamila também chega para o vestibular da UFRGS bem mais segura, sobretudo porque está embalada com a aprovação na PUCRS em dezembro passado. – Ao longo do ano, minha carga horária de estudos aumentou em vários períodos. Mudei de cursinho, tive acesso a grandes professores e comecei a fazer no mínimo uma redação por semana, fora os simulados. Aprendi. Agora me sinto preparada e confiante. Para quem ainda está conhecendo a si próprio diante da pressão provocada pelo vestibular, o psicólogo elenca os tópicos fundamentais para você não esquecer ao longo do concurso: • Não saia da rotina nas vésperas e dias de provas; • Não tenha medo de atingir o sucesso; • Se você não passar, avalie bem sua real determinação e vontade; • Não some frustrações, adquira experiência; • A prova não muda, mas sua emoção sim pode mudar; • Concentre-se em seus pensamentos e suas crenças positivas!


biologia Profª Andressa Helrighel @dessa_biologia

A biologia do vestibular

Caro vestibulando, começo a conversa com uma informação simples, porém necessária: é completamente normal estar nervoso antes, durante, e mesmo depois do vestibular. Tu estás sendo pressionado socialmente, e isto é percebido pelo teu sistema nervoso. Para biologia, explicar o nervosismo é muito simples. Fisiologicamente, isso significa que o teu sistema nervoso está estimulando a medula das tuas glândulas adrenais a produzir adrenalina e noradrenalina. Estamos falando de hormônios que podem determinar um rápido aumento da taxa metabólica, estado de alerta, vasoconstrição periférica, taquicardia e diminuição das atividades digestivas e renais (aliás, este é o motivo pelo qual não é “uma boa” fazer refeições pesadas nos dias de prova, a não ser que queiras arriscar uma dor de barriga inoportuna). Bom, fica tranquilo! Tenho algumas notícias boas para ti. A primeira é que isso está acontecendo não só contigo, mas com todos os teus concorrentes. O que faz a diferença na hora da prova é, de longe, o quanto tu te esforçaste durante o ano, e só tu sabes o quanto teu tempo foi bem aproveitado para os teus estudos. Ninguém pode te tirar o mérito de ter se esforçado tanto para estar aqui no dia de hoje.

Além disso, o que estudaste está contigo! Sabia que todo o teu conhecimento está no teu cérebro? Diferentes áreas do cérebro são responsáveis pela retenção, formação e ativação de memórias. Uma região especial para estas funções é o hipocampo, que fica próximo às orelhas. Além disso, existe um neurotransmissor responsável pela formação da memória e da aprendizagem, que tem ação antagônica à da adrenalina: a acetilcolina (neurotransmissores são aquelas substâncias químicas, liberadas em fendas sinápticas, que auxiliam a comunicação neuronal). É nesse neurotransmissor que tens que focar tua energia. A outra boa notícia é que existem maneiras de estimular o corpo a relaxar e, por consequência, a liberar menos adrenalina, permitindo a atuação da acetilcolina: respira profundamente, presta atenção no ar que entra e que sai dos teus pulmões, devagar, durante uns 10 minutos. Faz alongamento. Dorme bem antes das provas, ouve músicas tranquilas. Dá um tempo para ti mesmo, tu mereces. Procura estar na companhia de pessoas que não te pressionem e vai com tudo. Confia em ti e libera tua acetilcolina!


experiência André Konflanz Weege Estudante de Administração - UFRGS

Meu vestibular foi uma epopeia! Sou do Interior e sempre sonhei em estudar na UFRGS, mas não foi o que aconteceu inicialmente. Comecei a carreira acadêmica numa faculdade em Camaquã, mas não estava me sentindo feliz. Após um ano de estudos e conversas com pessoas que estudavam na UFRGS, decidi que havia chegado o momento de tentar. Larguei o trabalho e ainda vendi minha moto. Com o dinheiro, paguei 4 meses de aluguel e um cursinho intensivo. Foi uma certa pressão que acabei me colocando. Não sabia o que iria fazer se tudo desse errado, mas sabia que devia aproveitar tudo o que eu tinha e todo o meu tempo. A rotina era de cursinho pela manhã e mais estudo durante o resto do dia. Assim foi durante 4 meses. Quando chegou janeiro, perto dos dias de provas, comecei a surtar e ter crises de nervosismo. Voltei para minha cidade e abandonei os estudos nas duas últi-

Passei! Edição nº 1 - Janeiro/2013 Publicação trimestral Distribuição gratuita Tiragem: 10.000 exemplares Impressão: Gráfica Pallotti

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mas semanas. Hoje entendo que isso me ajudou muito. Aliviei a pressão e fui fazer o vestibular apenas por fazer, afinal achava que não iria conseguir. Isso me deu mais tranquilidade. Passados os dois primeiros dias, meu nervosismo voltou, pois comecei a acreditar que iria passar. Foquei em motivação, imaginava-me fazendo a prova e indo bem, enxergava meu nome no listão dos aprovados. Aos poucos, fui adquirindo confiança. Frequentava apenas os pré-provas e lia resumos, o que me garantia pelo menos umas quatro questões a mais. Terminou o vestibular e eu tinha certeza de que tinha conseguido, mas ainda faltava o grande dia do resultado. E que dia! Fiquei tão nervoso que não consegui comer. Quando saiu o listão e iniciei a procura pelo meu nome, e principalmente quando o enxerguei lá, nossa, foi uma

das melhores sensações que já tive até hoje. Não há como explicar. Vocês precisam passar por isso. E vão passar, tenho certeza! Depois de entrar na UFRGS descobri o porquê dela ser tão concorrida e por que as pessoas se esforçam tanto para entrar lá. Você vai conhecer pessoas incríveis. Em pouco mais de dois anos de curso, abri um negócio com mais dois colegas. O projeto foi um fenômeno. Demos entrevistas para TV, reportagens em jornais pelo Brasil inteiro e uma série de coisas que só aconteceram porque eu decidi largar e investir no meu sonho. Arrisquei! Se eu fosse dar uma dica seria essa: acredite em você e principalmente mentalize, foque naquilo que você quer. Suas atitudes automaticamente se moldarão para atingir seu objetivo, entre elas, estudar muito Abraços e boa prova. Espero vocês por aqui.

Editor: Gustavo Gossen Jornalista - Mtb 13120

reazione

Agradecimentos: Cláudio Monteiro Flávio Valente Gustavo Reis Juliana Nörnberg Maria Elena de Almeida Maria Nogueira Nathália Cassano Patrícia Lang Ribeiro

Rua Mariante, 180. 7º andar CEP 90430-180 Porto Alegre/RS

comunicação

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química Prof. Rossetti (colaboração: Jordana Rossetti)

O chocolate elétrico Contaram-me uma vez um caso de uma senhora que recebeu do neto um chocolate que dava choque. Fiquei a pensar: “como um chocolate pode dar choque em alguém?” Estudo a química e seus curiosos efeitos há anos. Nunca havia visto nada sequer remotamente semelhante ao caso que estavam a me contar. Disseram-me que o tal chocolate fora dado à senhora pelo seu neto (possível interessado na herança da pobre velha? Não, certamente ando assistindo a muitos seriados com minha esposa, pensei), e que quando ela comeu o chocolate, estremeceu-se toda e pôs-se a gritar, porque o dito cujo estava a dar choque! Como um chocolate pode fazer isso, meu Deus?! Passei a tentar juntar conhecimentos que solucionassem tal enigma. Sabemos que a saliva é uma solução aquosa, em geral levemente ácida, mistura de substâncias iônicas ou solução eletrolítica (conduz eletricidade). Ok, certo, até aí tudo bem. Mas por si só, a saliva não dá choque em ninguém. Todo esse mistério deu um nó no

meu cérebro, então decidi comer um chocolate para relaxar. Ao abrir o pacote, deparei-me com a embalagem de alumínio que o envolvia e, de repente, num momento digno de Sherlock Holmes em que tive que me conter para não gritar “Eureca!”, todos os pedacinhos do quebra-cabeça começaram a se juntar. Elementar, meu caro Watson! Antigamente, os dentistas utilizavam ouro nas próteses dentárias, por esse ser muito estável e não perder elétrons (oxidar) com facilidade (tem baixa reatividade). O recebimento de elétrons (redução) pelos íons de ouro formam ouro metálico e liberam 1,4 elétron-volts de

energia. Desse modo, uma prótese de ouro sobre um dente é estável, dado que a reação inversa de oxidação dos átomos de ouro requer muita energia. Os átomos metálicos de ouro não se transformam em cátions ouro e não abandonam a prótese para formar uma solução eletrolítica com a saliva. Sendo que a senhora em questão tinha idade já avançada, a probabilidade de que possuísse tal prótese era imensa! O alumínio, ao contrário do ouro, cede elétrons (oxida) facilmente, pois sua capacidade (potencial) de oxidação é maior que a capacidade (potencial) de oxidação do ouro. Assim, os átomos de alumínio insolúveis, ao se oxidarem, formam cátions solúveis na saliva e a massa do papel alumínio iria diminuindo se ficasse por muito tempo na boca da senhora pelo consumo dos átomos de alumínio. Como o alumínio cede elétrons (oxida), na pequena pilha assim formada, ele se torna o eletrodo negativo (ânodo), sendo o eletrodo positivo (cátodo) constituído pela prótese de ouro. O sentido da corrente elétrica é de quem cede elétrons (ânodo negativo) para quem recebe os elétrons (cátodo positivo). A pobre senhora, ao morder o chocolate, mordeu junto um pedaço da embalagem de alumínio, formando uma pequena “pilha” na sua boca, que tinha uma prótese de ouro antiga. Junto com a saliva eletrolítica e o alumínio, fechou-se o circuito elétrico e ocasionou o choque.


capa Prof. Gustavo Reis @profgustavoreis

Conheça os 10 mandamentos para encarar bem o vestibular da UFRGS ix Desde 1991, quando participei do vestibular da UFRGS ainda como candidato, tive o privilégio de preparar alunos para mais de 15 edições do concurso. Ao longo de todos esses anos, criei a convicção do quanto esse momento importante mexe com quem dele participa. Para obter um bom desempenho, é fundamental conhecer as armadilhas mais comuns e saber como evitá-las. Para lhe ajudar, apresento, em contagem regressiva, os dez mandamentos do vestibular da UFRGS.

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Não subestimarei nem superestimarei a prova. E então você lê o título acima e pensa: “Mas como? É a prova da UFRGS! Eu me preparei o ano todo para isso! Nada, absolutamente nada, é mais importante do que ela!”. Diante da cruz e da espada, deve-se manter uma postura compatível com o que o momento exige. Você não pode se sentir tenso demais, o que seria incompatível com o fato de que, afinal de contas, a prova da UFRGS é só mais uma prova. Ao mesmo tempo, tome cuidado para não se sentir relaxado demais, o que não está de acordo com a postura que se espera de quem está diante de um teste decisivo para quem tem a ambição de se destacar em sua vida profissional.

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Saberei por onde começar.

Imagine que você está voando bem alto a bordo de um helicóptero e fazendo o reconhecimento fotográfico de um território selvagem. Só depois desse reconhecimento é que você vai decidir onde pousar. Pois busque nas provas a identificação de elementos familiares que façam com que você se sinta à vontade o mais rápido possível. Isso exige uma leitura preliminar sem compromisso de cada prova, com a tranquilidade de quem está buscando, exclusivamente, conforto. Aproveite para identificar o assunto abordado por cada questão, mas não as resolva imediatamente. Mapeie a prova, mas não a ataque. Quando você souber onde estão as questões relacionadas aos assuntos em que seu aproveitamento é mais alto, interrompa o mapeamento e inicie a realização da prova em si.

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Não deixarei minha cuca fundir. Pequenos intervalos são necessários para minimizar a chance de esgotamento mental. À exceção da prova de Português e Redação, todos os dias o concurso vestibular da UFRGS reúne provas com características diferentes. Isso significa que você pode “mudar de ares” caso perceba que seu nível de concentração está caindo ao realizar uma determinada prova. Experimente fazer algumas idas e vindas entre as provas de características diferentes em cada dia, tomando o cuidado de reservar dois ou três minutos de in-

tervalo a cada migração. Afinal de contas, se intervalos não fossem importantes, lutas de boxe teriam um round só!

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Atacarei toda questão com todas as minhas armas. O mais importante é ter competência para resolver um bom número de questões e malandragem para não desistir de atacar sempre – ou, no mínimo, até nos darmos por satisfeitos. Elimine as alternativas absurdas. Só depois é que devemos partir para a tentativa de maximizar nossa chance de acertar as questões restantes com o auxílio da sorte.

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Não serei distraído nem obsessivo com relação ao tempo. É direito de cada candidato dar uma espiadinha no relógio para ajustar o ritmo, mas o que costuma acontecer, na prática, não se resume a isso. Não é raro candidatos consultarem seus relógios e começarem a fazer cálculos: quanto tempo já passou, quanto tempo ainda resta, quantas questões já fiz, quanto tempo por questão estimo que será necessário investir... É uma cilada! Por outro lado, esquecer que o relógio existe pode ser um erro fatal. Os fiscais são orientados a informar quando falta uma hora para o término da prova e, posteriormente, indicam os 30 minutos finais. Prestar atenção no horário


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Não empacarei em nenhuma questão.

somente quando os fiscais avisam pode ser o prenúncio de um final de prova desesperador.

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Não me constrangerei ao chutar na mesma letra tudo o que sobrar. Esgotadas nossas possibilidades de respostas convictas, devemos escolher a alternativa de menor frequência até esse momento e marcá-la, sem hesitação, em todas as questões restantes. Candidatos que não se constrangem ao tomar essa providência conseguem, surpreendentemente, transformar 15 acertos em 18, 18 acertos em 21, 20 acertos em 22. Já para quem tenta equilibrar, a chance dos seus 15 acertos continuarem os mesmos 15 aumenta dramaticamente. É a teoria das probabilidades, por isso é mais sábio tentar garantir duas ou três questões a mais.

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Não entrarei em pânico ao perceber que não sei tudo. O diferencial mais importante dos candidatos bem sucedidos é a consciência da diferença entre o ideal de saber tudo e a realidade de saber o suficiente. Ninguém, até hoje, conseguiu gabaritar todas as provas no histórico de concursos vestibulares da UFRGS. Os primeiros lugares dos cursos mais concorridos costumam acertar em torno de 85% das questões. Você não sabe tudo, mas talvez saiba o suficiente para se sentir confortável diante de concorrentes tão humanos quanto você.

Não existe nada mais perigoso em um vestibular do que a constatação de que uma questão qualquer se transformou em uma questão... de honra! Por algum motivo obscuro, você não consegue lembrar do conteúdo. Essa situação lhe incomoda tanto que você esquece completamente de que tem outras dezenas de questões esperando por sua ação imediata. Você perdeu tempo, estabilidade emocional e inconscientemente colocou a guerra em jogo em função de uma única batalha. Todas as questões, não importa se fáceis, médias ou difíceis, têm o mesmo valor.

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Não atribuirei ao vestibular importância maior do que ele tem. O vestibular é o retrato de um momento que pode, ou não, ser o seu. A parte boa dessa história é que, se sua aprovação não vier dessa vez, no ano que vem você terá outra oportunidade de entrar na UFRGS. É claro que você pode se sentir ofendido ao ler isso e pensar “Como assim, parte boa? É um ano inteiro!”, mas eu insisto: é só um ano. Se você, que está na faixa dos 20 anos, um pouco mais, um pouco menos, entrar esse ano ou ano que vem, não vai fazer a menor diferença.

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Não, nunca, jamais mudarei de ideia! Em uma prova objetiva, nenhuma resposta é dada com a mesma convicção que a primeira. O próprio fato de que, ao mudar de ideia, você elegeu uma segunda resposta já cria uma situação de comparação entre sua escolha inicial e sua nova opção, o que transforma uma convicção em uma incerteza.


espanhol Profª Angela Bono angela@angelabono.com.br

¿Todos listos? Aqui vão algumas dicas importantes: 1 - Dê uma lida nas questões e faça as que não exigirem a leitura integral do texto. Muitas podem conter informações importantes já traduzidas. 2 - Lembre-se de que não é necessário traduzir palavra por palavra do texto. Geralmente, o contexto ajuda a achar a tradução correta de determinado vocabulário. 3 - Para responder aquelas perguntas de melhor título, objetivo do texto e tema principal, na maioria das vezes, é necessário retomar apenas à introdução e, se for necessário, à conclusão. 4 - Preste muita atenção no enunciado; sublinhe toda e qualquer palavra que seja importante para acertar a questão. Lembre-se que o “NO” parece ser uma palavrinha insignificante para o português, mas para o espanhol NÃO é!

5 - Questões de conjunções e de advérbios são praticamente certas. As mais importantes são aquelas em que saber a tradução se faz necessário: SIN EMBARGO (no entanto = oposição), AUNQUE (embora, ainda que, mesmo que = concessão), TODAVÍA ou AÚN (ainda = tempo), MIENTRAS (enquanto = simultaneidade). Cuidado especial para a conjunção SINO (mas sim, mas também,...), pois ela apresenta várias traduções e, conforme o contexto, pode dar sentido de oposição ou de adição, respectivamente. Lembre-se que o SINO exige uma negação anterior. 6 - Tome cuidado com a questão de passar para o singular uma frase do texto. Esse tipo de questão exige uma atenção maior, pois certamente ela exigirá mais do que as simples regras de formação do plural.

inglês Prof. Rafael Dupont @cursorooms

Do your best! 1 - Lembra da oração “We appreciate all the sacrifices you’ve made for us?”. É da prova de 2010, retirada da tirinha do Hagar. Devemos completar as seguintes lacunas: “The boy said to his father that they ____________ all the sacrifices that he ____________ for them”. Você estudou indirect speech, certo? Então, vamos à resposta. O verbo introdutório do discurso indireto (said) está no passado, ou seja, devemos transpor os verbos seguintes para o passado mais imediato, appreciated e had made, respectivamente. 2 - Qual a formação da palavra developer? Essa é fácil: é o verbo develop seguido do sufixo -er. Portanto, temos a seguinte fórmula: verbo + er, cujo sentido é alguém ou algo que. O mesmo ocorre em goer, player, dreamer, follower e equalizer. As palavras que seguem não possuem a mesma formação:

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bigger, danger, power, offer e nicer. Há outros sufixos que também formam substantivos: ment, ity, hood, ship, ion e ness. 3 - A expressão “algorithm-driven searches” é composta da seguinte forma: algorithm = substantivo; driven = verbo no particípio; searches = substantivo. Pergunto: qual das seguintes expressões possui os mesmos elementos? High-tech development ou gas-powered engine? A segunda, pois a primeira apresenta um adjetivo seguido de dois substantivos. 4 - Não esqueça das linking words, palavras que ligam as idéias nos textos, como na oração “And yet I think my love as rare” (and yet = mesmo assim). Vamos agrupá-las de acordo com a idéia que expressam: thus, hence, so, consequently, therefore, then; although, though, even though; besides, furthermore, moreover; but, however, yet.


reportagem

Passei, quero estagiar! O nome pintou no listão e chegou a hora de planejar a vida nova. Muitos calouros querem logo ter contato com o mercado de trabalho e correm em busca dos estágios. Outros também ficam afim em razão de necessitarem de grana para bancar a faculdade, o aluguel, o carro, as festas e tudo mais. Nem sempre é fácil conseguir o primeiro estágio logo de cara, mas não é nada impossível. A postura é fundamental para garanti-lo. A Kyane Sutelo, 20 anos, entrou na UniRitter para cursar Jornalismo e nas primeiras semanas tratou de candidatar-se para diversas vagas. As portas não se abriam, porém ela percebeu a razão dos insucessos nas entrevistas. Por isso, aconselha: – É primordial demonstrar muito interesse, pois como não se tem experiência é importante oferecer disponibilidade, que é sua principal “qualificação” no momento. É legal também valorizar outras experiências de vida. Dois meses depois, Kyane conseguiu. Atualmente, é estagiária de assessoria de imprensa. Para o gestor de relações institucionais do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE-RS) Cláudio Inácio Bins, esse é o caminho: – Toda experiência conta. Viagens, trabalhos voluntários, escoteiros, curso de idiomas, atuação em grêmio estudantil, um trabalho em que se destacou, etc...

Gestor de relações institucionais do CIEE-RS, Cláudio Inácio Bins. Bins também chama a atenção para a persistência. Em caso de negativas, não se deve desanimar. – Mantenha-se informado sobre vagas. Busque as oportunidades em sites de confiança, redes sociais e na própria universidade – recomenda. Foi o caso do João Víctor Torres, 18 anos, que ingressou no Jornalismo da Feevale em fevereiro de 2012. – Iniciei como voluntário no Núcleo de Rádio da universidade. Dois meses depois, fiz uma entrevista para estagiar na Prefeitura de Novo Hamburgo e fui selecionado. Porém, segui também na rádio para ganhar experiência. Em julho, recebi proposta para ser, efetivamente,

estagiário do Núcleo de Rádio. Com o que recebe de bolsa, João Víctor investe na própria carreira: – Consigo pagar a faculdade e também alguns livros que adquiri, principalmente os indicados pelos professores e que estão auxiliando na minha formação. Para Bins, além do aprendizado na área de atuação, os estágios propiciam amadurecimento profissional: – O estudante passa a assumir novas responsabilidades e a desenvolver o relacionamento interpessoal. Ele vivencia situações reais do mercado de trabalho. Portanto, esteja preparado para o início de uma trajetória diferente na sua vida. Agora é para valer.


futuro Pesquisa: Gustavo Gossen Fotos: Arquivo pessoal

Os formandos contam como é Eles cumpriram todas as etapas. Prestaram vestibular, ingressaram na faculdade e agora recebem o tão sonhado diploma. A Revista Passei! conversou com formandos de nove cursos da UFRGS. Eles dão dicas para quem está prestes a iniciar a jornada universitária.

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Medicina

Psicologia

Direito

É essencial ter uma boa base das ciências básicas dos primeiros semestres e aproveitar os estágios para adquirir experiência e segurança. Não defina a área de atuação muito cedo, pois o mercado de trabalho é extenso e oferece muitas possibilidades, incluindo o campo de pesquisa científica, que é muito amplo e pode ser desbravado já na faculdade.

É um universo de possibilidades. Algumas são muito parecidas, outras bem diferentes das que imaginamos no período prévestibular. A maior riqueza desse curso está em conhecer essa diversidade e de se descobrir em algumas das áreas; de desenvolver o nosso potencial e contribuir na produção dos espaços que farão diferença na vida de outras pessoas.

O Direito nos abre um leque muito grande de opções, são diversas áreas de atuação. O início não é fácil. Quando ainda somos calouros, ficamos na expectativa de logo começar a destrinchar as leis, aprender o Direito, mas só vemos Filosofia, Sociologia, Método e outras cadeiras introdutórias. Parece um teste de resistência, mas passa e é muito importante!

Fernando Scolari

Thaís Landenberger

Danielle Rodrigues


Fisioterapia

Arquitetura e Urbanismo

Odontologia

A carga horária é intensa e o currículo voltado principalmente para a saúde pública, mas dá a base para que o estudante possa atuar em qualquer área. A dica para quem entra no curso é se envolver e buscar experiências através de estágios, grupos de pesquisa, projetos e mais uma gama de oportunidades que a UFRGS e o curso oferecem.

Assim como muitos cursos, vai exigir noites e finais de semana de trabalho duro. No estágio, você vê o projeto em que trabalhou tomando forma, criando vida. Isso sim é o que faz o curso ser emocionante. A cada novo projeto, uma nova descoberta. A gente se apaixona mais a cada dia.

O curso se mostrou bem maior do que eu pensava antes do vestibular. Não se pode negar que o início é bem difícil. Não que depois fique fácil, não mesmo! São muitas cadeiras. Mas a gente vai pegando o ritmo e, quando percebemos, estamos envolvidos com atendimento de pacientes e correria das clínicas. É maravilhoso.

Marcela Zimmermann Casal

Michelle Assenhaimer

Natália Delfino

Letras

Veterinária

Educação Física

Ao longo do curso, é preciso que tenhamos uma boa carga de leitura e produção escrita. Organizar o tempo para estar em dia com as leituras é fundamental. Além disso, é indispensável que o estudo da língua estrangeira não se restrinja à sala de aula. Estar em contato com a língua de sua escolha é fácil atualmente: procure livros, músicas, blogs e seriados.

É uma faculdade completa e uma formação sem igual. Aprendemos valores que levaremos para toda vida. Construímos uma verdadeira família. Se por um lado você não se deu bem em anatomia, existem diversas áreas em que você poderá atuar, da clínica de pequenos, médios e grandes animais à saúde pública, epidemiologia das doenças ou reprodução.

Não é por acaso que Biologia, Física e Química possuem maior peso maior no vestibular. Logo nos primeiros semestres esses conhecimentos serão exigidos em cadeiras como Anatomia, Fisiologia, Biomecânica, Biofísica e assim por diante. Saiba que a área de atuação que atualmente mais tem crescido para o educador físico é o de treinamento para a Terceira Idade.

Laura Arnt

Rodrigo Martins

Amanda Schmitt

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diversão Gustavo Gossen @gurimedonho

Versos de Cruz e Sousa Na aula de Língua Portuguesa, ainda no meu tempo de colégio, aprendemos sobre aliterações. É a figura de linguagem que consiste na repetição de sons idênticos. Para exemplificar, a professora mostrou-nos versos de “Violões que choram”, poema de Cruz e Sousa. Trata-se de uma estrofe doida de 16 palavras que começavam com a letra vê. Quem a lê com rapidez acaba por descobrir um excelente trava-língua. Confesso que não entendi bulhufas, mas fiz questão de decorá-lo. Treinei e consegui. Sabia lê-lo rápido e sem errar. Só faltava uma boa utilidade para isso. E não é que surgiu a chance? Todos nós tivemos um colega chato que sempre surgia com vasto repertório de piadinhas e brincadeiras das mais impertinentes, não é verdade? A pior delas: remedar o que se fala. – Quer um chiclé? E vinha a imitação: – Quer um chiclé? Para não deixar dúvidas, falava-se outra frase para testar: – Que frio! – Que frio! Sim, era a prova de que a brincadeira tinha começado. – Para de me imitar! – Para de me imitar! Uma forma de tentar barrar o papagaio era dizer:

– Eu sou um idiota! Mas neste dia, o sujeito estava afim de perturbar e não se deu por vencido. Respondeu: – Eu sou um idiota! Não aguentei. Respirei fundo. Tenho certeza de que ele pensou que escutaria os mais cabeludos palavrões naquele instante. Me preparei e, num fôlego só, lancei: – Vozes veladas, veludosas vozes, volúpias dos violões, vozes veladas, vagam nos velhos vórtices velozes dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas… E ele: – Vozes... vãn.. ventos… ãhn? Ele nunca mais me incomodou. Te devo essa, Cruz e Sousa!

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