REVISTA PLANETA ÁGUA 160 - A FAZENDA DOS INSETOS

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Ano XIII - 160 - Dezembro 2017 - 12,00

Alimentação

FAMÍLIA DUA: DA FRANÇA PARA O BRASIL

Fazenda de insetos produz proteína animal no interior de Goiás nomofobia

TRUQUES PARA COMBATER O VÍCIO EM CELULAR

clima

QUAL É O IMPACTO AMBIENTAL DAS VIAGENS AÉREAS?

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EXPEDIENTE A revista Planeta Água é uma publicação mensal da Versátil Consultoria em Direito e Comunicação Social www.revistaplanetaagua.com.br Fundada em 2004

Odilon Rosa

R. Benjamin Constant, 2018 - Centro Anápolis - Goiás - Brasil - 75 043 010 (62) 3311-3489 / 9 9151 0193 Diretor Geral Odilon Alves Rosa DRT-GO: 0860/86 - OAB-GO: 12.754 odilonagua@gmail.com Diretora Executiva Ana Aparecida de Morais DRT-GO: 01789/04 anamoraisagua@gmail.com Correspondentes Dijan de Barros Rosa (Brasil) djbarros@hotmail.com Dijane Christina de Barros Rosa Costa (Canadá) dijane@pop.com.br Gustavo Costa (Canadá) Aurélio Rezende Campos Rosa (Europa) aureliorezenderosa@gmail.com Leila Morais - Lagoa da Prata - (MG) lduartemorais@yahoo.com.br Colaboradores Julia de Morais Alves Rosa Sofia de Morais Alves Rosa Regina Célia Baptista Pinheiro Luis Monteiro - Egon Krakeke Daniel Carvalho - Biola Orlando Baiano - Pimenta Voadora Viviane Régia - Paulo Giovani Raimundo Rosendo - Afonso Lima Pontos de venda e distribuição (Revistarias e outros) Anápolis Magazine Anapolino (Rua Manoel D’Abadia) Bancas da Rua Sócrates Diniz (ao lado do Restaurante Chão Goiano) Praça Badia Daher Praça James Fanstone Rua Engenheiro Portela (ao lado dos Correios)Vila Jaiara (em frente ao SESI) Rua Pe. Casteli (Bairro Jundiaí) Goiânia Banca dos Concursos Av. Goiás em frente à Caixa (Antes da Praça Cívica) Abadiânia Trilha dos Pireneus Prottis - ArtCouro (antes da Casa de Dom Inácio) Corumbá de Goiás Pousada da Regina Centro Comercial Bica D’Água Pirenópolis Tilapatur - Pousadas - CAT Goianésia Pireneus Restaurante

Tiragem: 1.000 - Periodicidade mensal Edição 160 - Dezembro/2017 Impressão: CIR - Gráfica e Editora LTDA (62) 3202-1150 As opiniões e pontos de vista emitidos nas reportagens e artigos assinados são da inteira e total responsabilidade de seus autores comercial@revistaplanetaagua.com.br

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Davos, o primeiro passo?

ela primeira vez em toda a sua história o Fórum Econômico Mundial, realizado neste mês de janeiro em Davos, na Suíça, debateu um tema de altíssima relevância para a saúde da humanidade: O futuro da comida. Líderes mundiais discutiram sobre as tendências para produção e consumo de comida e chegaram à conclusão óbvia de que os alimentos precisam ser mais nutritivos e sustentáveis e que, para tanto, o foco terá de ser nos processos de produção. Os líderes mundiais concordaram também que é possível reduzir o uso de animais no processo de produção e defenderam a preocupação com os ecossistemas naturais. Mariam Mohammed Saeed Hareb Al Mehairi, ministra de Estado em Segurança Alimentar dos Emirados Árabes Unidos, diz que em determinado momento de sua vida percebeu que era preciso optar por alimentos com maior valor nutritivo. As mudanças rumo a uma produção de alimentos mais consciente se dará, segundo Mariam, pelo uso de tecnologia, aliado à educação do consumidor acerca do assunto e o interesse da juventude de hoje. Patrick Brown, CEO e fundador da Impossible Foods, é um exemplo de como a tecnologia pode ajudar a indústria de alimentos a encontrar soluções mais sustentáveis e ecológicas. Sua empresa vende “carne” produzida a partir de plantas em mais de 500 restaurantes e lanchonetes nos Estados Unidos. Questionado pela plateia sobre como convencer o consumidor a deixar de comprar carne tradicional, Brown explicou que seu objetivo não é dizer que quem come carne está fazendo algo ruim. E afirmou: “Temos um jeito de

dar a experiência deliciosa e nutritiva sem usar os animais”. Jennifer Morgan, diretora executiva do Greenpeace International, diz que os consumidores deveriam buscar ingredientes locais na hora de fazer compras. “Tento consumir produtos que sejam mais locais. Algo considerado natural, mas que viaja da Argentina a um país distante, não me convence”, afirma. Mas ela também defende que há nos governos federais e no setor privado certa responsabilidade sobre as mudanças no processo. “Acho que um governo pode, perfeitamente, mudar o padrão e o comportamento de corporações e das pessoas.” Frances Seymour, membro do World Resources Institute, concorda com a diretora do Greenpeace. “Os governos afetam o comportamento das pessoas o tempo todo. Há políticas que nos convencem a usar comida como combustível”, diz, se referindo ao uso de biodiesel. Os impactos da agricultura também podem prejudicar o ecossistema natural de regiões importantes para o mundo, como a Floresta Amazônica. Frances cita a necessidade de proteção das matas para manutenção do sistema como é. “Há uma grande chance de que, ao destruirmos as florestas e o ecossistema nessa região, tenhamos perda de chuvas. Governos ainda têm gastado muito dinheiro para retirar do ar o dióxido de carbono, sendo que já é provado que o melhor para isso são as florestas”, diz. Na verdade, o padrão atual de alimentação tem sido responsabilizado, em grande parte, pelo surgimento de doenças diversas e, entre elas, a obesidade. Os debates em Davos representam um pequeno passo rumo a uma real alteração desse padrão. Faça parte. Dez/2017

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Planeta Agua Ano XIII - 160 - Dezembro 2017 - 12,00

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Alimentação

FAMÍLIA DUA: DA FRANÇA PARA O BRASIL

Fazenda de insetos produz proteína animal no interior de Goiás NOMOFOBIA

TRUQUES PARA COMBATER O VÍCIO EM CELULAR

CLIMA

QUAL É O IMPACTO AMBIENTAL DAS VIAGENS AÉREAS?

FOTOGRAFIA

A IMPRESSIONANTE LENTE DE JOEL SARTORE

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nomofobia

TRUQUES PARA COMBATER O VÍCIO EM CELULAR

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resíduos sólidos

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capa

sumário

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entrevista

A escassez alimentar que Em entrevista no final de já assola milhões de pessoas janeiro o ministro das Cidades, deverá ser bem mais grave Alexandre Baldy, comenta a em 2050 quando a Terra corrida presidencial e terá uma população de mais de pondera: “A base aliada do 10 bilhões de habitantes. governo terá dificuldades Por isso, iniciativas como a da em lançar candidato único”. Vidaproteína, idealizada por Baldy esteve em Anápolis no franceses, tornam-se mesmo período, juntamente alternativas reais para evitar com Jader Barbalho, liberando uma catástrofe mundial. R$ 8 milhões para o município.

10. GOTÍCULAS ACIA apresenta o projeto do Polo de Defesa de Anápolis à diretoria da FIEG 17. PLANETA TERRA A insuportável crueldade da carne 19. REFLEXÃO Comece bem o ano tomando boas decisões 23. mundo corporativo Renda-se aos makers, os protagonistas da nova revolução industrial 25. ASSOCIATIVISMO Os gargalos da logística em Goiás 29. EMPREGO Os desafios e a alegria do primeiro emprego

GOVERNO DO DF FECHA LIXÃO DA ESTRUTURAL

27. PLANETA TEEN Clamor verde amarelo

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37. GASTRONOMIA Tournedos rossini: um delicioso prato francês

PLANETA ÁGUA

ÁGUA CRUA: A NOVA MODA AMERICANA

35. LEGISLATIVO Após mobilização agência dos Correios permanece na Vila Jaiara

39. renda Abismo da desigualdade social aumenta no mundo e no Brasil 46. REGISTRO Pirenopolina no Top 10 do ranking mundial do Mountain Bike 47. PLANETA ZOOM Passeios públicos: fácil solução esbarra na omissão

57 clima

qual é o impacto ambiental das viagens aéreas

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51. eletricidade Cuidado! O perigo está dentro de casa. 54. música Vai, malandra!, da cantora Anitta, entre as mais ouvidas pelo Youtube 05. EDITORIAL 09. ENTREVISTA 10. gotículas 21. PLANETINHA

seções

23. mundo corporativo 37. gastronomia 40. periscópio 47. PLANETA ZOOM

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ENTREVISTA

Alexandre Baldy

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lçado ao cargo por indicação de um consórcio de partidos, entre eles, MDB, DEM, PP, PR, PSD e PRB, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, considerou, em entrevista, que será difícil a base se unir para ter candidato único à Presidência, como quer o presidente Michel Temer. “Será um desafio enorme. Cada partido tem sua prioridade”, disse Baldy, que é deputado licenciado e deve se filiar ao PP. Um dos aliados mais próximos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele avalia que o parlamentar fluminense será um player “extremamente vigoroso”, se decidir concorrer ao Palácio do Planalto. Para Baldy, o PSDB, que tem o governador Geraldo Alckmin como pré-candidato, precisa se organizar internamente para conseguir apoio da base. Para ele, o aceno do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) a eventual candidatura a presidente atrapalha a votação da reforma da Previdência por incomodar partidos da base. Abaixo, os principais trechos da entrevista. (Fonte: Estado).

“Será um desafio enorme os partidos da base terem um único candidato à presidência” As recentes mudanças ministeriais e o enxugamento do texto serão suficientes para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano? As mudanças nos ministérios não implicam qualquer alteração no quadro da reforma da Previdência, que percebo estar ganhando cada dia mais força para ser votada e aprovada. O aceno do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), com uma possível candidatura pode prejudicar a votação? Creio que atrapalha. Isso porque partidos que têm pré-candidatos à Presidência ficam incomodados. Acredita que há condições de uma candidatura única à Presidência? Será um desafio enorme os partidos da base terem um único candidato. Cada partido tem o seu projeto, sua prioridade. Muitos preferem apoiar e fortalecer as eleições proporcionais do que a majoritária. Quem está mais bem posicionado hoje na disputa presidencial? O melhor posicionamento será daquele que liderar o processo de recuperação da imagem política perante a população. Creio que o que tiver liderança para se articular politicamente e transmitir a correta mensagem, de que conseguirá manter o Brasil no trilho do crescimento econômico, da geração de empregos e na melhoria de vida das pessoas. Como fica Maia nesse cenário? Acredito que Maia, que liderou imporrevistaplanetaagua.com.br

tantíssimas votações de projetos do governo Temer, carregará todas as condições deste legado (do governo) e até além, com projetos que foram de autoria da Câmara, o que dá, sim, capital político para que se torne um player extremamente vigoroso, caso decida entrar. O governador Geraldo Alckmin conseguirá se viabilizar como candidato à Presidência?

“Na disputa presidencial o melhor posicionamento será daquele que liderar o processo de recuperação da imagem política perante a população O PSDB precisa se reorganizar internamente para conseguir construir uma articulação política capaz de ter uma candidatura forte do ponto de vista político-partidário. Se o ex-presidente Fernando Henrique teceu os comentários que teceu, não creio que haja melhor avaliação do que de um próprio presidente de honra do partido para

poder compreender o momento que o partido vive (Em entrevista ao Estado, FHC afirmou que Alckmin ainda precisa provar ser capaz de aglutinar o centro do espectro político e de “transmitir uma mensagem” aos brasileiros, para se viabilizar como candidato do PSDB e de seus aliados ao Palácio do Planalto em 2018). O senhor será candidato à reeleição na Câmara em 2018? Estou focado no ministério. Não tenho nenhum pensamento em eleição. Vai rever atos de seu antecessor, Bruno Araújo (PSDB-PE), ligados ao Minha Casa Minha Vida (MCMV) como pedem MDB e Centrão? Se atos foram competentes e tenham mostrado resultados, eles serão mantidos. Agora, se os atos deliberados pelo ministério demonstrarem ineficiência e falta de condições de aplicabilidade do recurso público, visto o resultado, não teremos receio nem dificuldade nenhuma de rever. Por que a contratação de unidades do MCMV para faixa 1 (baixa renda) foi baixa em 2017? Ainda não tenho como dar uma resposta objetiva a essa pergunta. Estamos estudando com critério para analisar o que foi bom. Teve atos bons, se colocou os pagamentos atrasados em dia. Hoje não há pagamento atrasado no MCMV. As empresas que prestam serviço e todas as operações estão em dia. Dez/2017

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GOTÍCULAS

Beleza colorida atesta o belíssimo trabalho dos amigos do parque

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Floríferas enfeitam as margens do Antas

Associação Amigos do Central Parque da Juventude Onofre Quinan, em Anápolis (GO), foi pensada pelos seus instituidores, como uma ONG, com número ilimitado de associados, agregando todos aqueles que gostam e têm amor pelo parque e pela natureza. Instituída em 31 de março de 2015, a entidade foi idealizada pelo advogado e empresário Baltazar José dos Santos e, desde então, realiza um belíssimo trabalho de recuperação, conservação e preservação do Ribeirão das Antas.

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Centro Pediátrico

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obra do Centro Pediátrico de Anápolis 24h, construída ao lado do Cais Mulher, no Bairro Maracanã, iniciou o ano de 2018 se preparando para entrar na fase de acabamento. De acordo com as medições feitas pela prefeitura, a fase estrutural está sendo concluída, com todas as paredes erguidas, reboco iniciado, parte elétrica sendo finalizada e cobertura feita. O projeto começou a sair do papel em agosto de 2017, resgatando um dos principais compromissos do prefeito Roberto Naves (foto).

(GO) e mudou-se para Anápolis em 1980, ocasião em que também foi cabo da Força Aérea Brasileira. Formado em Biomedicina, trabalhou na Santa Casa de Misericórdia e na APAE de Anápolis. No início deste mês, o legislador apresentou um balanço de suas ações legislativas do qual destacamos as seguintes: 110 requerimentos, 03 requerimentos de indicação, 02 decretos-legislativos, 02 moções, 01 audiência pública, 01 nota de repúdio, sessão solene, diversas homenagens e 06 projetos-de-lei de alta relevância para a população anapolina. élio Alvarenga assumiu o mandato de vereador por Anápolis, pela pri- Na foto, Juan, Paulo de Lima, Lélio Alvarenega meira vez, em 1º de janeiro de 2017. É natural da cidade de Goianésia e Soraia Baeta no gabinete do vereador.

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Legislador apresenta balanço

Polo de Defesa na FIEG

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projeto que prevê a implantação do Polo de Defesa de Anápolis, foi um dos destaques na pauta da reunião de diretoria plena da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), ocorrida no final de dezembro. A apresentação foi feita pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), Anastacios Apostolos Dagios. Wilson de Oliveira, vice-presidente da FIEG, disse que a entidade acolheu muito bem a proposta levada pela ACIA.

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UNIVERSO

Missões em Marte, superfoguetes e mais do que a ciência espacial prepara para 2018

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ntes restrita a poucas potências, a exploração do espaço é cada vez mais internacional - e diferentes países preparam missões para este ano. A primeira delas, prevista para março, será a Chandrayaan 2, a nova etapa do inovador projeto de exploração lunar que a Índia iniciou em 2008. Enquanto a tecnologia da Chandrayaan 1 permitia apenas que a sonda orbitasse em volta do satélite, a Chandrayaan 2 será capaz de aterrissar e se locomover sobre a superfície da Lua. O lançamento, a partir do centro espacial de Satish Dhawan, em Andhra Pradesh. Já a Nasa, agência espacial americana, planeja ir novamente a Marte em maio, com a missão InSight. Desta vez, os americanos querem investigar o que há abaixo da superfície do Planeta Vermelho. Na tentativa de reunir evidências que esclareçam como o astro foi formado, a sonda InSight

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será equipada com um sismógrafo para medir os "Marsquakes", expressão em inglês para "terremotos de Marte" - e um sensor de calor. Japoneses e europeus Em julho, a sonda Hayabusa-2 deve chegar a seu destino, o asteroide 162173 Ryugu - um passo importante no esforço da Jaxa, agência espacial japonesa, de coletar material desses corpos rochosos e trazer para a Terra. Sua antecessora, a Hayabusa, aterrissou no asteroide Itokawa em 2005. Mas o Japão não será o único país a visitar um asteroide neste ano. Lançado em 2016, o veículo espacial Osiris-Rex, da Nasa, deve chegar em agosto a 101955 Bennu, para também coletar amostras. A agenda movimentada das missões espaciais também inclui uma empreitada conjunta da Europa e do Japão para explorar o planeta mais próximo do Sol: Mercúrio. Batizada de BepiColombo, a missão tem

como objetivo ampliar e aprofundar o conhecimento sobre o planeta adquirido pela Messenger, sonda espacial não-tripulada da Nasa. Foguetes Este também será o ano em que a empresa aeroespacial do empresário Elon Musk, a SpaceX, lançará um dos foguetes mais potentes já construídos: o Falcon Heavy. Em dezembro, Musk provocou seus seguidores no Twitter com fotos dos bastidores da montagem da estrutura no centro espacial John F. Kennedy, na Flórida, nos Estados Unidos. Seu sistema de propulsão conta com dois veículos Falcon 9, que estarão em volta da estrutura central do superfoguete. O gigante de 70 metros conseguirá enviar 54 toneladas métricas de carga ao espaço - o dobro da capacidade do foguete mais potente hoje em atividade, o Delta IV Heavy. Além disso, abrirá espaço para que a SpaceX avance no campo de lançamento de

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Dos próximos capítulos da exploração comercial do espaço ao desenvolvimento de carros equipados com motores de foguete, 2018 promete ser um ano movimentado para a ciência espacial. Algumas das novidades preparadas pelo setor para este ano incluem o envio de novas missões a Marte e a Mercúrio, a exploração de asteroides e o início da construção dos superfoguetes do empresário Elon Musk. satélites e chegue mais perto da meta de ser a primeira empresa privada a enviar astronautas à órbita da Terra. Boeing e SpaceX A companhia, contudo, não está sozinha nessa corrida. Empresas como a Boeing também têm projetos para enviar naves tripuladas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e, assim como a SpaceX, contam com apoio do governo americano. Desde 2011, quando a Nasa aposentou seus ônibus espaciais, os Estados Unidos dependem da nave russa Soyuz, que faz viagens periódicas à estação, para chegar à ISS - fato que tem feito muitos profissionais do setor no país torcerem o nariz. A Boeing e a SpaceX têm planos para testar seus respectivos sistemas de lançamento nos próximos anos - primeiramente com veículos não-tripulados e, na sequência, com astronautas. Como a segunda etapa implica submeter um grupo de americanos a tecnologias

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completamente novas em pleno espaço sideral, nenhuma das empresas está disposta a arriscar demais - então é possível que haja atrasos no cronograma. Mas, uma vez que os testes sejam bem-sucedidos, os dois sistemas poderão ser certificados pela agência espacial americana. E, a partir daí, a SpaceX e a Boeing poderão começar a fechar contratos para transportar astronautas à agência espacial. A Nasa também trabalha em seu próprio sistema de lançamento - a tão esperada cápsula Orion e o foguete SLS, que serão usados para enviar seres humanos além da órbita da Terra. Se tudo correr como planejado, a Orion poderia ser lançada em um teste não-tripulado em 2019 - e com astronautas, em 2021. Carro supersônico E não é só a ciência espacial que deve apresentar suas supermáquinas neste ano. Após vários atrasos, o carro supersônico britânico Bloodhound deve chegar mais perto de

quebrar o recorde de velocidade de um veículo em terra. A meta é atingir 1.000 milhas por hora (aproximadamente 1.600 km/h). Com um foguete acoplado ao motor de um caça do tipo Eurofighter-Typhoon, o carro já desfilou em 2017 pela pista do aeroporto de Newquay, na Cornualha, sudoeste da Inglaterra, em um teste de "baixa velocidade" - a meras 200 milhas por hora (320km/h). Em outubro, o Bloodhound viaja para a África do Sul, com o objetivo de tentar ultrapassar o limite de 500 milhas por hora (800km/h), em meio às salinas de Hakskeen, no deserto do Kalahari. A marca ainda é inferior ao atual recorde, de 763 milhas por hora (1.228 km/h), mas será importante para que os engenheiros envolvidos no projeto coletem as informações que permitirão ao veículo atingir velocidades ainda mais altas em 2019 e 2020. (Fonte: BBC)

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NOMOFOBIA

Truques para combater o vício em celular Diferentes estudos de empresas de marketing e de aplicativos estimam

que, em média, consultamos o celular mais de 100 vezes ao dia.

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er que horas são, checar emails, dar uma espiada no Facebook e no Instagram, ler o WhatsApp ou simplesmente desbloquear a tela só para voltar a bloqueá-la em seguida. Você já parou para pensar quanto tempo por dia passa diante do celular? E quanto desse tempo foi realmente bem empregado? Essa espécie de vício ganhou até um nome: o medo irracional de perder acesso ao celular tem sido chamado de “nomofobia”, do inglês “no mobile phone phobia”, ou fobia de não ter telefone móvel. Não é considerado uma doença ou mesmo um transtorno psicológico, mas pode gerar incômodos tanto no ambiente de trabalho quanto nos relacionamentos pessoais. Tristan Harris trabalhava para o Google justamente idealizando novas maneiras de agarrar mais a atenção dos usuários. Hoje ex-empregado da empresa, ele iniciou um contramovimento para evidenciar esse tipo de técnica e dar dicas para combatê-las. Seu objetivo, diz, é que tanto a indústria como a sociedade usem a tecnologia de forma mais ética e consciente. Confira as dicas: Deixe a tela cinza As cores brilhantes agem como recompensas para o cérebro. A sugestão é configurar o telefone em uma escala de cinzas, para eliminar esses reforços positivos. Isso, diz Harris, tem ajudado as pessoas a ficar mais tempo longe do celular. Para mudar a configuração, o caminho é: Configurações > Geral > Acessibilidade

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> Mostrar adaptações. Ative os filtros de cor e configure-os em “escala de cinzas”. Em seguida, vá à parte final de configu-

rações de acessibilidade e ative “Acesso direto”, pressionando três vezes de forma rápida para alternar entre cinzas e cores. Desative as notificações que não sejam pessoais Muitas das notificações que recebemos são dos próprios dispositivos e dos apps, e não dos nossos contatos pessoais. Isso faz com que nossos celulares vibrem e se acendam - e assim nossa vista é puxada novamente aos aplicati-

vos, muitas vezes sem necessidade real. Para mudar isso, faça o seguinte: Vá a Configurações > Notificações e desative todos os alertas, à exceção daqueles que virão dos seus contatos, como WhatsApp, Messenger ou SMS. Carregue o celular fora do quarto Tente fazer com que o celular não seja a última e a primeira coisa que você vê no dia. É bom manter uma distância física do celular enquanto você está dormindo - Harris aconselha a deixar o telefone carregando em outro quarto ou ao menos na outra ponta do seu quarto. Ou seja, a dica é voltar a usar um bom e velho despertador tradicional para acordar de manhã. Assim, você deita e acorda sem que o celular seja a última e a primeira coisa que vê. Tela inicial mais limpa Às vezes abrimos um aplicativo sem necessariamente precisar dele, pelo simples fato de ele estar entre as primeiras coisas que vemos ao ligar o celular. Harris sugere limitar a tela inicial a apenas ferramentas e aplicativos “tediosos” (nos quais você não vai gastar seu tempo) e para itens que ajudem em tarefas - como mapas, câmera, calendário, bloco de notas - e que não prendem a sua atenção em demasiado. Use a busca Uma vez que a tela inicial fique livre dos apps mais chamativos, em vez de abri-los diretamente você pode recorrer ao campo de buscas do celular. O ato de escrever o nome do aplicativo em vez de abri-lo com um único clique vai te dar tempo suficiente para pensar se você realmente precisa dele.

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PLANETA TERRA

A insuportável crueldade da carne

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Só a mudança de hábitos pode salvar a Terra, nossa única moradia no Universo

ais de 56 bilhões de animais amontoados em condições insuportáveis são abatidos anualmente para alimentar nosso vício em carne. E nós estamos destruindo florestas preciosas como a Amazônia para sustentar essa indústria. É terrível, e pode levar anos até conseguirmos acabar com essas práticas absurdas e insustentáveis, mas tem uma coisa que todos podemos fazer hoje e que poderá acelerar esse processo: comer menos carne. O que você pode fazer A Avaaz é um movimento global de 46 milhões de pessoas. Se cada um de nós se comprometer a não comer carne em apenas um dia da semana e, se você já

for vegetariano ou vegano, convidar seus amigos, celebridades e empresas a participarem, poderemos juntos criar o maior compromisso coletivo global já visto. Vamos mandar à indústria da carne o sinal de que seus dias estão contados, e virar o jogo da crueldade e da destruição. Nosso consumo de carne alimenta não apenas a tortura massiva de animais, mas está matando nosso planeta. O agronegócio contribui mais para o aquecimento global do que a soma de todos os carros, aviões e ônibus no mundo todo e 75% das plantações agrícolas são usadas para alimentar animais de abatedouro. Isso é surreal. Não precisamos nos tornar vegetarianos do dia pra noite, mas especialistas dizem

que reduzir o consumo de carne é o melhor que podemos fazer para evitar uma catástrofe planetária. Nossa hora chegou: o alcance global de nosso movimento é capaz de acender a faísca necessária para a redução drástica do consumo de carne no mundo inteiro, e um dia, fecharmos essas fazendas asquerosas. Energia suja Muitos disseram que nunca reduziríamos nossa dependência aos combustíveis fósseis. Mas quando juntos começamos a mudar nossos hábitos e exigimos que nossos governos atuassem, as coisas começaram a avançar. Vamos nos unir novamente para acabar com essa crueldade e salvar nosso planeta, juntos. (Avaaz.com)

75% das plantações agrícolas são usadas para alimentar animais de abatedouro

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REFLEXĂƒO

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MEIO AMBIENTE

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Ana Clara, nós, Eduarda e Helena. Às três, muitos beijos do vovô Odilon Rosa e das titias corujas.

Heloíse, Moisés, Miguel, João Paulo e Davi no play-ground da Los Pampas Churascaria e Pizzaria

Nicolle e o maninho Pedro Fellype, filhos de Karine e Rodrigo Tavares. Fofos!

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PLANETINHA Julia de Morais Alves Ro Sofia de Morais Alves Rosa sa

Reunião mirim das famílias Braz, Morais e Matos no Solar dos Rosa

Os quatro aninhos de Marcos Henrique foram comemorados pelos maninhos João Paulo e Geovana e pelos pais Graciene e Jalles dos Santos

Abraço gostoso de Izabella de Morais em seu bisavô Jesus de Morais que comemorou 89 anos no dia 06/01. Parabéns!

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Renda-se aos makers, os protagonistas da nova revolução industrial

jovem empresário Pedro Salum, de 25 anos, costuma levar debaixo do braço para suas reuniões de trabalho a maquete de uma porta com uma fechadura que se abre com um deslizar de dedo no celular. Feito em chapas finas de MDF cortadas a laser, impressora 3D e circuitos eletrônicos de baixo custo, o dispositivo é a versão mais moderna de uma ideia que surgiu de forma despretensiosa depois de uma noite mal-dormida, em 2015. Salum tinha esquecido as chaves de casa e teve de esperar até o dia seguinte para pedir que alguém abrisse a porta. Decidiu então tentar criar uma fechadura que dispensasse as chaves, mas fosse mais segura que os atuais sistemas de biometria. Do primeiro protótipo, feito com restos de blocos Lego, à mais recente, foram 18 versões. Entre uma e outra, um festival de tentativas e erros. Até que, em setembro, Salum fechou seu primeiro grande contrato. O equipamento será usado no controle de acesso dos empreendimentos de uma nova empresa do grupo Vitacon, a Vitastay, gestora de apartamentos e prédios inteiros dedicados a hospedagens de curta duração – um modelo similar ao do Airbnb. Com as coisas andando, agora Salum e seus sócios na LoopKey, como é chamada a empresa nascida com o novo produto, estudam a possibilidade de escalar a produção encomendando peças a terceiros, produzidas em larga escala, de modo mais tradicional, e com custos unitários de fabricação mais baixos. Vista de forma isolada, a história da LoopKey é mais uma entre muitas de empreendedores anônimos que tiveram uma boa ideia, a levaram adiante e fundaram uma empresa. Mas o jeito ágil de trabalhar, usando ferramentas modernas para construir protótipos e testar produtos rapidamente, é característico de um movimento que rapidamente se expande para além de suas raízes artesanais e hobbyistas e ganha espaço em grandes empresas, como Fiat, Renault, Itaú e GE. É o movimento maker, a vanguarda do que o jornalista Chris Anderson, ex-editor da revista Wired e autor do

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livro A Cauda Longa: do Mercado de Massa para o Mercado de Nicho, considera ser uma nova revolução industrial. Uma revolução na qual as pessoas comuns, com mais ideias que dinheiro, farão diferença – assim como fizeram na revolução da informação, com websites, blogs, redes sociais e a produção de áudio e vídeo independentes. “A revolução digital chegou às oficinas, a camada das coisas reais”, afirma Anderson no livro M ­ akers: A Nova Revolução Industrial. O conceito de maker é tão amplo quanto a tradução literal do termo para o português sugere – “fazedor”. Mas, em geral, ele é usado para definir pessoas que usam todo tipo de material e ferramentas para idealizar e construir protótipos e novos produtos, seja por prazer ou por necessidade. Pode ser só papel, tesoura e cola. Mas a lista inclui também impressora 3D, máquina de corte a laser e placas eletrônicas com microcontroladores. Em alguns casos, tudo isso junto. O fundamental, no entanto, está na maneira de pensar e de fazer as coisas dos makers. Tão logo têm uma ideia eles a compartilham online. Os projetos circulam, são modificados, aperfeiçoados, usados por outras pessoas, em qualquer parte do mundo, e voltam. No universo maker, há mais desapego que posse, mais colaboração que individualismo, mais horizontalidade que decisões tomadas de cima para baixo. Uma lógica de rede social, de coworking. No fundo, no fundo, se compararmos com o jeito de fazer negócios que conhecemos até aqui, o que existe é uma pequena anarquia. E isso é bom. Está interessando cada vez mais às grandes corporações. Não só as que lidam diretamente com o fazer, a produção, mas também empresas de serviços. Porque na cultura maker elas vislumbram um dos caminhos para a inovação. “A primeira geração de gigantes do Vale do Silício começou em uma garagem, mas levou décadas para se tornar grande. Agora, companhias começam em um quarto de dormir e viram gigantes antes que seus fundadores possam se graduar na universidade”, diz Anderson em seu livro. (Fonte: Época)

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ASSOCIATIVISMO

Os gargalos da logística em Goiás

Senadora Lúcia Vânia e empresário Sérgio Hajjar debateram os problemas da BR-153 e da Ferrovia Norte-Sul com empresários de Anápolis

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senadora Lúcia Vânia foi a principal convidada da 26ª reunião ordinária da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, a última de 2017. O objetivo foi debater os problemas da rodovia BR-153, entre Anápolis (GO) e Aliança (TO) e os principais entraves da Ferrovia. O presidente Anastacios Apostolos Dagios, em nome de toda diretoria da Associação, aproveitou a oportunidade para reconhecer o trabalho da senadora pela autoria e aprovação da Lei de Convalidação dos Incentivos Fiscais. A convidada explicou o processo burocrático de três anos que culminou na revogação do contrato da empresa “Queiroz Galvão Engenharia” e informou que foi a primeira vez no Brasil que um contrato foi finalizado por caducidade. Inquerida pela diretoria sobre a mudança no prazo para cumprimento dos contratos, que foi ampliado para 12 anos e também se não é possível dividir em trechos menores e possibilitar às empresas locais

de pequeno e médio porte participarem da licitação, a exemplo do que já é feito em Minas Gerais, a senadora respondeu que é favorável à medida uma vez que se trata de trechos longos e que não é fácil para as empresas participarem dos pregões e levantarem todas as verbas necessárias para conclusão das obras. Frustração Depois de esperar mais de três décadas para, finalmente, ver os trilhos da Ferrovia Norte-Sul instalados e bem utilizados, o sentimento é de frustação para os empresários, agricultores e toda população de Anápolis por não ver ainda a ferrovia em operação. Este foi um dos assuntos mais polêmicos da reunião. O empresário Sérgio Hajjar e o assistente técnico da presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (CREA), Antônio de Pádua, explicaram que a inviabilidade da operação da Ferrovia Norte-Sul para o transporte de diversas cargas se dá pelo forte monopólio de apenas duas empresas que têm

autorização para operar trechos estratégicos e, ainda, que o valor cobrado pelas mesmas inviabiliza totalmente o transporte pelos trilhos uma vez que fica mais caro que o transporte rodoviário. A gerente comercial do Porto Seco Centro Oeste, Ana Cláudia Ganzarolli, afirmou que concorda com o argumento de que o problema se dá por falta de empenho destas empresas de logística, entretanto discorda sobre o custo da operação, experiente na área e ex-funcionário de uma das concessionárias explicou que era responsável pela formação de preços e que é possível sim estas empresas concederem o direito de passagem com preço justo e ainda terem lucratividade. A senadora Lúcia Vânia, por sua vez, afirmou que está acompanhando a questão de perto e com afinco e, mais uma vez, convidou a diretoria da ACIA para participar e acompanhar a elaboração do edital de concessão da ferrovia, “por se tratar de uma enorme briga política e não será fácil garantir a livre concorrência”, disse.

Admir Luchetti e César Toledo, diretores da ACIA e o prefeito Roberto Naves (dando entrevista) no dia da retirada dos veículos

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A nova Praça dos Expedicionários

m dos antigos anseios da comunidade anapolina foi atendido no dia 11/12, pela Companhia Municipal de Trânsito e Transportes de Anápolis (CMTT). O presidente da companhia e diretor da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), Carlos Toledo, juntamente com o prefeito Roberto Naves, promoveram a retirada dos carros apreendidos pela Polícia Civil que ficavam estacionados na Praça dos Expedicionários. revistaplanetaagua.com.br

Os veículos foram levados para a Delegacia Regional no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). A solução do problema foi fruto de uma grande mobilização promovida pela ACIA. O presidente Anastacios Apostolos Dagios criou o projeto “A Praça é Nossa” com o objetivo de retirar os carros e realizar a revitalização do espaço. Segundo ele, a retirada dos carros só foi possível graças à intervenção do diretor da CMTT, Carlos Toledo. Dez/2017

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PIRENÓPOLIS

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PLANETA TEEN

Isadora Squilassi

Clamor verde amarelo

Vejo um céu acinzentado Um país entristecido Uma população indignada Uma educação retrocedida

Aprova, não aprova Retira, não retira Não tem como ir pra frente Se o Brasil só estagna.

Não vejo professores Não vejo educação Choro alheias dores Daqueles que não tem condição

Vejo discórdia Vejo interesses implícitos Que vão se realizar às custas Daqueles que engolem os livros

Cadê o povo? Será que virou público? Vejo 1964 acontecer de novo Vejo o Brasil ficar por último

Não vejo hospitais Só vejo eleição A cada dia morrem mais Esperando pela atenção

Vejo colégios tumultuados Sem professores especializados Com alunos mal formados Com medo do que vem depois

Dói ver uma pátria Um lugar que um dia já foi país Virar um mar de gente calada Que aceita tudo que o outro quis

Um poema amador Sem rima nem metrificação Mas tamanha é a dor Que me explode o coração

Vejo a corrupção na surdina Vejo o Brasil sumir na noite fria Levantem novamente este país, eu clamo Acordem novamente aquele gigante

Não é a violência Não é a quebradeira O Brasil precisa de regência O Brasil tem que acabar com a roubalheira

Vejo a corrupção na surdina Vejo o Brasil sumir na noite fria Levantem novamente este país, eu clamo Acordem novamente aquele gigante.

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FILANTROPIA

lospampasanapolis W W W. LO S PA M PA S . CO M . B R

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EMPREGO

Santa Casa de Misericórdia de Anápolis acredita no potencial dos jovens e já conta com a segunda turma do programa Jovem Aprendiz

Os desafios e a alegria do

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primeiro emprego

er um jovem aprendiz é ter a oportunidade de ingressar no mercado e aprender os primeiros ensinamentos da futura profissão. O objetivo principal desse projeto é promover a inclusão social via qualificação profissional. Ou seja, é a oportunidade para aprender uma profissão e abraçar essa experiência cheia de novidades e desafios. Lei da Aprendizagem É claro que o Jovem Aprendiz não ocupará nenhum cargo de gerência até porque ele ainda não tem experiência para exercer essa função. O mesmo receberá o salário pelo serviço e, como manda a Lei da Aprendizagem,

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tempo de aprender coisas novas, estabelecer contatos e escrever as primeiras experiências em seu currículo. Segunda turma Visando essa necessidade, a Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, acredita no potencial dos jovens e já conta com a segunda turma do programa Jovem Aprendiz no seu corpo de colaboradores. Muitos profissionais que ocupam cargo de gerência em grandes empresas e, até mesmo, na Santa Casa iniciaram suas carreiras como jovem aprendiz ou estagiários e, embora não seja uma regra, muitas empresas no final do programa efetivam os aprendizes que se destacaram e se mostraram comprometidos com o trabalho.

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CAPA

Franceses buscam parceiros para ampliar produção de proteína animal em Goiás A Fazenda dos Insetos, como é conhecida a sede da Vidaproteína, foi visitada pela reportagem da Planeta Água

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udo começou na França, onde uma família de classe média já desenvolvia hábitos ecológicos, demonstrando sua preocupação com a preservação dos recursos naturais do planeta. Françoise Dua, formada em Literatura, seu esposo Yves Dua, expert em filatelia e o filho Nicolas Dua, que interrompeu o curso de Biologia para vir ajudar na implantação do projeto, apaixonou-se pela fazenda e aqui ficou, são os idealizadores e gestores da “Fazenda dos Insetos” como é conhecida a propriedade na região de Nerópolis (GO). Françoise Dua falou à reportagem da Planeta Água sobre o passado, o presente e o futuro da Fazenda dos Insetos, a Vidaproteína. Brasil “A ideia de vir para o Brasil surgiu porque sempre tivemos uma preocupação ecológica e já economizávamos água coletada da chuva e a reutilizávamos na irrigação das hortaliças. Vivíamos no interior da França, eu, meu marido Yves e meu filho Nicolas, acadêmico de Biologia. Decidimos vender tudo o que tínhamos e escolhemos o Brasil para iniciarmos

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um ousado projeto de produção de (alimento natural) insetos devido às condições climáticas altamente favoráveis, ao potencial e às belezas deste país continental”, revela Françoise. Impacto ecológico Ela acrescenta que existe uma orientação da ONU – Organização das Nações Unidas, através da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (sigla do inglês Food and Agriculture Organization), incentivando a agricultura ecológica para preservar o planeta e garantindo segurança alimentar. “Entre as atividades recomendadas, desde 2003, está a criação de insetos para o fornecimento de proteína animal natural, de baixíssimo impacto ecológico e com altíssimo teor proteico, minerais e omega 3 e 6. Países da Ásia, África, Europa e da América como México, Canadá e Estados Unidos também encontram-se em um estágio mais avançado quando se fala em indústria e comercialização de insetos, caminho esse praticamente inevitável para a humanidade se aspirarmos viver em um planeta preservado no futuro. Insetos como formigas, grilos, larvas de besouros e baratas, estão nesse cardá-

Família Dua: “Clima, beleza e potencial dos recursos naturais nos trouxeram para o Brasil”.

pio de mais de dois bilhões de pessoas”, frisa Françoise Dua à reportagem. Sabe-se, graças a pesquisas comprovadas, que nossos ancestrais não eram acometidos pelas doenças que matam em todo o mundo, como o câncer, hipertensão e outras, porque os padrões de alimentação daquela época eram totalmente diferentes, livres de agrotóxicos, corantes e conservantes, por exemplo, diz ela. “Hoje, somos mais de 7 bilhões na Terra e prognósticos apontam para uma escassez alimentar de grandes proporções, já em 2050, com 10 bilhões de pessoas, se prosseguirmos com os atuais padrões de alimentação concentrados no consumo de carne para o qual 70 por cento das terras utilizadas na atividade agrícola são utilizados para a sua produção”, alerta Françoise. Três planetas Um dos exemplos citados por ela para demonstrar a forma insustentável de produção de alimentos convencional é o de que são necessários mais de 15 mil litros de água para se produzir um quilo de carne e hoje, proporcionalmente, “estamos consumindo o equivalente ao que três planetas poderiam produzir a partir dos recursos naturais. São necesrevistaplanetaagua.com.br


Instalada na zona rural de Nerópolis (GO), a Vidaproteína - Indústria e Comércio, iniciou suas atividades em 2015 com um propósito bem definido: contribuir para a garantia e a segurança alimentar a partir da produção ecológica e sustentável de proteína animal originada na criação de insetos. sários 10 kg de alimento para produzir 1 kg de carne bovina ou 2 kg de carne suína, enquanto o mesmo alimento produz 9 kg de insetos, sem falarmos na crueldade nos abatedouros e nas doenças que se multiplicam de forma devastadora”, diz. Otimismo Françoise Dua demonstra um contagiante otimismo ao falar do atual estágio do projeto: “Nossa produção está voltada para a alimentação de animais de estimação (cães, pássaros, peixes de aquário, roedores, anfíbios) e de produção (galinhas, peixes). No caso de animais enfermos o consumo do tenébrio (larva desidratada do besouro) contribui para sua recuperação. Outra comprovação da importância desse tipo de alimento está no aumento da produção de ovos de codorna e também na maior resistência desses ovos. Hoje, já existe mercado em expansão para a piscicultura, tanto na África e na China, quanto no Canadá, principalmente porque a ração tradicional para peixes utilizada atualmente é produzida a partir de restos de carne bovina com sangue - como ossos e cartilagem - e também por causa da escassez do peixe-marinho e do seu alto custo (5 kg de peixes-marinhos são necessários para produzir 1 kg de farinha de peixe para alimentar os peixes de piscicultura. No futuro, com autorização da Anvisa e orientação da FAO, produziremos proteína a partir dos insetos também para a alimentação humana”, afirma ela. Clandestinidade Barreiras como a aversão aos insetos, provocada por nojo, por exemplo, estão caindo e grandes restaurantes em todo o mundo servem pratos à base de insetos como verdadeiras iguarias. Assim como a sushi e a soja se tornaram comuns em nossa dieta, os insetos farão parte do nosso cardápio em alguns anos. Invisíveis, porque serão transformados em farinha, os consumiremos na forma de hambúrgueres, pizzas, massas e bolos, por exemplo. Cresce também o consumo para a alimentação de animais revistaplanetaagua.com.br

exóticos. Pescadores utilizam, cada vez mais, o tenébrio vivo como isca devido à sua eficácia e praticidade. Enquanto a Anvisa não libera o produto para o consumo humano, produtores de proteína animal atuam na clandestinidade contribuindo com a insegurança e desinformação dos consumidores, mas, mesmo assim, acho que estamos avançando de forma consistente rumo a um futuro bem melhor para o planeta e para toda a humanidade”, afirma Françoise. SENAI Ao finalizar, Françoise demonstra determinação e coerência: “Vendemos tudo o que tínhamos na França para investir na Vidaproteína e temos hoje, como um grande parceiro, o SENAI que, por intermédio do Instituto SENAI de Tecnologia em Alimentos e Bebidas, tem nos apoiado no desenvolvimento de projetos para a elaboração de novos produtos com fins alimentícios para captação de recursos não reembolsáveis. Todos esses projetos já foram qualificados na primeira fase do Edital de Inovação para a Indústria e que é uma iniciativa nacional do SENAI, SESI e SEBRAE que apoia projetos de empresas que desejam inovar em produtos, processos e serviços inovadores. Estamos procurando novos parceiros para ampliarmos a produção hoje mantida tão somente com a estrutura familiar e somos a única empresa no Brasil com registro junto ao Ministério da Agricultura. Estamos na Internet (www.vidaproteina.com) e continuamos à procura de novos parceiros para a ampliação da produção prevendo, dentre de pouco tempo, iniciarmos a exportação para este e também para outros continentes de um produto que deverá se consolidar como a alternativa natural de combate à escassez de alimentos no mundo. Embora tenhamos um sonho de combater a fome no mundo, somos muito pragmáticos. Sabemos que existe um mercado real de insetos, em primeiro lugar para a alimentação de animais e para a alimentação dos seres humanos em uma segunda vez”, finaliza Françoise Dua.

Sede da Vidaproteína

Odilon Rosa na sala de produção

Iscas vivas de tenébrio

Baratas Cinarea e de Madagascar

Tenébrios (larvas gigantes) Dez/2017

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62 3324-9796

(62) 3324-9796


RESÍDUOS SÓLIDOS

Governo do DF fecha Lixão da Estrutural

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governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, na cerimônia de fechamento do Lixão da Estrutural, afirmou: “Estamos fechando uma ferida cravada no coração de Brasília e do Brasil.” O fechamento de um dos maiores lixões a céu aberto da América Latina se dá três anos depois do prazo final para a definitiva consolidação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, até hoje ainda no papel na maioria dos municípios brasileiros. O aterro sanitário do DF, que substituirá o Lixão da Estrutural, foi projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo, numa área total de 760 mil metros quadrados, dos quais 320 mil são destinados a receber os rejeitos – o que sobra depois que todo o material reciclável é coletado. A vida útil estimada é de 13 anos. O aterro está em funcionamento há cerca de um ano e recebeu 214 mil toneladas de resíduos – a média diária é de 800 toneladas. Em novembro do ano passado, o terreno recebeu uma

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manta de impermeabilização de 22 mil metros quadrados para evitar a contaminação do solo e dos lençóis freáticos. E agora, como fica? A partir de agora, os resíduos que permanecem no lixão serão cobertos com terra para "facilitar a decomposição", explicou Kátia Campos, diretora-presidente do SLU. Segundo ela, parte do terreno funcionará como ponto de descarte de entulho da construção civil até que sejam licitadas empresas para processar esses resíduos. A fim de recuperar a área, a diretora-presidente do SLU disse ainda que o GDF vai abrir uma licitação para elaborar um estudo que viabilize a reutilização do solo. Para isso, o governo também deve solicitar financiamento internacional. "Será um processo longo e custoso. Nossa conclusão é que não vale a pena poluir o meio ambiente", disse Kátia. O custo total estimado é de R$ 30 milhões, superior ao da construção do novo aterro, de R$ 27 milhões. O fechamento do Lixão da Estrutural foi uma determi-

Rodrigo Rollemberg: “Estamos fechando uma ferida cravada no coração do Brasil”. Situado a 20 km do Palácio do Planalto o Lixão da Estrutural ganhou o noticiário internacional pela inércia das autoridades ao longo de décadas nação do Tribunal de Justiça do DF de 2007, motivada por ação do Ministério Público. A medida atende, também, à Política Nacional de Resíduos Sólidos, publicada em 2010. O lixão é considerado uma "irregularidade" pela Lei de Crimes Ambientais, de 1998, e pela Política Nacional do Meio Ambiente, de 1981. O depósito fica ao lado do Parque Nacional de Brasília, uma unidade de conservação que se estende por mais de 40 hectares. Catadores O analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Grahal Benatti aponta que essa proximidade gera impactos na fauna, flora e até na água que abastece a população do DF. Em relatório, o próprio SLU trata o depósito irregular como "chaga ambiental". Os catadores que trabalhavam no lixão e são vinculados a cooperativas estão sendo transferidos para os galpões de reciclagem do GDF desde 2015. Pelo menos duas mil famílias sobrevivem dos rejeitos.

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ESPORTES LEGISLATIVO

O novo endereço é o Jaiara Shopping, local estratégico e seguro, afirmaram líderanças comunitários satisfeitas com a definição

Após mobilização popular e pressão política, agência dos Correios permanece na Jaiara e terá novo endereço

“A

tenção. Esta agência não mais funcionará a partir do dia 2 de janeiro de 2018”. Foi a partir desse recado estampado na agência dos Correios da Vila Jaiara, em Anápolis, no mês de dezembro passado que teve início a luta para que a agência não fosse fechada. Preocupada, a Associação de Moradores da Vila Jaiara buscou o apoio do vereador Antônio Gomide (PT) para evitar a perda da prestação do serviço na região que abriga mais de 100 mil habitantes. Mobilização Ainda em dezembro, uma mobilização foi feita e centenas de assinaturas foram recolhidas manifestando a indignação e pleiteando a permanência da agência na região. A vitória veio logo

em seguida, de forma preliminar, na qual a Superintendência Regional dos Correios adiou o fechamento da agência para a data anunciada inicialmente. Essa decisão se deu após reunião entre Gomide e o superintendente regional dos Correios em Goiás, Osmar Caldeira. Atualmente, o serviço continua sendo prestado no mesmo local. Novo endereço Mas as providências não ficaram só neste ato. Durante todo o mês de janeiro, a pedido da Superintendência Regional, foi buscado um novo local para que fosse transferida a agência dos Correios da Vila Jaiara. Nessa nova demanda, uma vez mais houve a mobilização do vereador Antônio Gomide juntamente com a Associação de Moradores da Vila Jaiara

que é presidida por Vantuir Cândido. E o processo caminha para uma finalização. Segundo Vantuir Cândido, o local que está sendo ora em negociação fica no interior do shopping da Vila Jaiara, em salas que já abrigaram uma agência da Celg que foi desativada na região. “É um lugar muito bom, mais estruturado, com estacionamento próprio e que vai dar segurança para a permanência dos Correios aqui”, comemorou. O presidente também comentou que o que reforça a segurança da permanência é que o contrato com o endereço deve vir com prazo prolongado. “Inicialmente, será de pelo menos 60 meses, o que nos dá essa expectativa. Valeu a luta. Valeu o apoio do vereador Gomide e de todos que se empenharam pela causa”, disse.

Depois de várias reuniões e mobilizações Gomide comemorou com a comunidade revistaplanetaagua.com.br

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GASTRONOMIA

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Tournedos Rossini

receita do Tournedos Rossini é simples mas leva ingredientes sofisticados. Ele é basicamente um alto filé mignon servido com uma generosa fatia de foie gras por cima e um delicioso molho feito com vinho, demi glacê e algumas lascas de trufas. Se você não encontrar as trufas pode substituí-las por alguns cogumelos frescos. Ingredientes 4 tournedos de filé mignon (200g cada) sal e pimenta do reino 1 cl de sopa de óleo 3 cl de sopa de manteiga 225 g de foie gras fresco cortado em 4 partes iguais 4 cl de sopa mais 2 cl de vinho madeira 2 cebolas em fatias finas 1 xícara de demi-glace ou um caldo de carne reduzido 1 colher de sopa de trufas picadas ou cogumelos frescos Preparo Cozinhe a carne Pré Aqueça o forno a 190 Tempere a carne com sal e pimenta e em uma frigideira; aqueça 1 colher de sopa de óleo e uma de manteiga. Quando começar a espumar, frite a carne nos dois lados por aproximadamente 3 minutos e depois de estar bem dourada, transfira para uma assadeira e leve ao forno. Asse por 7 minutos para mal passada ou 10 minutos para ficar ao ponto. Qualquer coisa além disso vai estragar o prato. Segundo o Anthony Burdain, se você gosta de carne bem passada não merece comer este prato. Mas se você quer mesmo a sua carne tostada deixe por 15 minutos e nem um segundo a mais. Para o Foie Tempere o foie gras com sal e pimenta do reino. Aqueça outra panela e quando estiver pelando frite as fatias de foie rapidamente, 45 segundos de cada lado. Tire da panela e reserve em papel toalha. Diminua o fogo para médio médio e se estiver usando cogumelos, refogue na gordura por 3-4 minutos e em seguida junte 2 colheres de vinho madeira e reserve . Faça o molho e sirva Elimine a gordura da primeira panela e acrescente 1 cl de sopa de manteiga. Aqueça em fogo médio-alto até espumar e em seguida adicione as cebolas picadas e refogue por 4 minutos; em seguida acrescente 4 colheres de vinho madeira e o demi-glace (ou um caldo de carne reduzido 1/3 do volume original) e reduza pela metade ou até estar com a consistência para cobrir as costas de uma colher. Ajuste o sal e a pimenta e peneire sobre uma panela pequena. Quando a carne estiver no ponto, retire do forno, deixe descansar por 5 minutos e finalize o molho juntando os cogumelos (ou as trufas) e mais uma colher de manteiga. Monte seu prato com o purê de batatas, o filé e por cima o foie gras. Regue com o molho e se delicie! revistaplanetaagua.com.br

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RENDA

Os números são da Oxfam, confederação de ONGs presente em 94 países, que trabalha para reduzir a desigualdade.

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Abismo da desigualdade social aumenta no mundo e no Brasil

s cinco homens mais ricos do Brasil têm riqueza equivalente à metade da população mais pobre do país. Isso quer dizer que Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra, Marcel Herrmann Telles, Carlos Alberto Sicupira e Eduardo Saverin tinham juntos a mesma quantia do que cerca de 100 milhões de pessoas. Em 2017, o país ganhou mais 12 bilionários, que agora somam 43 pessoas. A fortuna desses super ricos chega a US$ 549 bilhões, ou 43,52% da riqueza do país. Enquanto isso, a metade mais pobre da população brasileira controlava apenas 2% da riqueza nacional, menos do que os 2,7% de 2016. Os números são da Oxfam, confedera-

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ção de ONGs presente em 94 países, que trabalha para a redução da desigualdade. “O aumento da desigualdade é uma tendência global, e o Brasil tem seguido essa tendência”, afirma Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam no país. “A economia segue sendo muito boa para quem já tem muito e péssima para quem tem pouco”, diz ela. Recompensem o trabalho No mundo, 82% de toda a riqueza gerada em 2017 ficou nas mãos do 1% mais rico da população, enquanto 3,7 bilhões de pessoas não obteve nada. Ao longo dos últimos 25 anos, enquanto o 1% mais rico capturou 27% do crescimento da renda global, mas a metade mais pobre do mundo ficou com 13% de cada

dólar inserido na economia. Mantendo o mesmo nível de desigualdade, a economia global precisaria crescer 175 vezes para permitir que todos passassem a ganhar mais de US$ 5 por dia. A Oxfam publica anualmente um relatório na semana em que acontece o Fórum Econômico Mundial. O tema desse ano foi “recompensem o trabalho, não a riqueza”. A solução Para a Oxfam, apesar de o tema da desigualdade ser discutido há anos sem sucesso, isso não quer dizer que não haja uma solução para o problema. Segundo Katia, há muito que poderia ser feito mesmo nas empresas. “Na busca por aumentar os lucros e dividendos para remunerar os acionistas, as empresas vêm em um crescente de precarização do trabalho e redução de salários”, diz ela. “O que sugerimos é que a distribuição de lucros só ocorra quando todos os trabalhadores tenham salários dignos”. Os governos também têm um papel importante na redução das desigualdades, e deveriam promover políticas fiscais e tributárias com essa questão em mente. Combater a evasão e sonegação, nesse sentido, seria um ponto importante. A Oxfam estima que um imposto global de 1,5% sobre a riqueza dos bilionários poderia cobrir os custos de manter todas as crianças na escola.

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Maria Bernadet e Milburges “A comemoração das Bodas de Ouro do casal Maria Bernadet Carvalho da Silva e Milburges Pereira da Silva foi um momento muito significativo para toda a nossa família. Essa feliz e profícua união de mais de cinco décadas é o exemplo de que uma família bem estruturada é a base sólida de uma sociedade justa e humana. Parabéns! Obrigado por existirem! Obrigado por tudo! Obrigado, Senhor!” Com amor, de suas filhas Rosana, Deborah e Cristiane; netos Guilherme, Isabella, Matheus, Nathan, Amanda e João Victor e genros Paulo Roberto, Tarcísio e Leonardo

Da esquerda para a direita: Rosana Carvalho, Deborah Carvalho, Isabella Carvalho Cardoso, Milburges e Maria Bernardet, Amanda Carvalho Sahium, Jessyca Lorrayne Gonçalves e Cristiane Carvalho Sahium.

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Diretores do Sindicato dos Empregados no Comércio de Anápolis (SECA) Aldenir Ricardo, Edson Garcia e Breno Massa receberam o troféu Lourenço Ferreira do Prado em solenidade realizada pela SindFatos em Palmas (TO). Parabéns!

Sarah Morais: beleza e elegância!

Coronel Edivaldo e deputado estadual Carlos Antônio no dia do início do ano Rosemary Pina e Jalles de Morais (aniversariantes de janeiro), letivo do Colégio da Polícia Militar Arlindo Costa, em Anápolis. ele com a esposa amada, Graciene. Parabéns e felicidades!

Comemoração dos aniversários de Francisco, Jesus e Valdir de Morais, todos nascidos em janeiro. A festa foi em Lagoa da Prata (MG). Parabéns!

As empresárias Angela Cajango, Geyce Monteiro Bravo e Erika Florenzano Goldfeld inauguraram nova unidade da “Espaçolaser” em Goiânia. (16/01, piso 1 do Flamboyant Shopping, Goiânia). Sucesso!

Odilon Rosa recebe os cumprimentos pelo aniversário ao lado de Matheus Moreira na Los Pampas Churrascaria e Pizzaria. Parabéns!

Tom Holanda e Renata com sua belíssima família (filhos e nora) curtindo as delícias do Hotel Fazenda Paraíso dos Sonhos.

Pedro Lima e Paulo Rocha Prefeito de Anápolis, Roberto Naves, Momento musical no Encontro de Corais onde (Hidrosauna): profissionalismo com diretores da Escola de Pais do Brasil: abracei as queridas Cordolina Rabelo e sua filha e excelente atendimento. apoio ao trabalho da EPB. Kênia Rabelo. Obrigado por tudo! revistaplanetaagua.com.br

Mariele de Souza Santos e Roberto de Souza Guimarães. Feliz união! Dez/2017

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LUBRIFICANTES

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FOTOGRAFIA

A impressionante lente de Joel Sartore National Geographic Photo Ark, uma exposição de Joel Sartore no Museon, Museu da Cultura e da Ciência da Holanda, está cheia de belas e emocionantes fotos de animais, tanto minúsculos quanto mammores, acompanhados pela poderosa história de Joel. A National Geographic Photo Ark é um esforço multianual para documentar todas as espécies que vivem em santuários de vida selvagem, inspirar ação através da educação e ajudar a salvar a vida selvagem, apoiando esforços de conservação da Terra.

"Eu quero que as pessoas se importem, apaixonem-se e ajam". (Joel Sartore)

Joel Sartore visitou 40 países em sua busca para criar este arquivo fotográfico de biodiversidade global. Até à data, ele completou retratos íntimos de mais de 6.000 espécies. Não importa seu tamanho, cada animal é tratado com a mesma quantidade de carinho e respeito. Os resultados são retratos que não são simplesmente incrivelmente bonitos, mas também íntimos e emocionantes. A National Geographic Photo Ark estará em exibição até 10 de junho de 2018. National Geographic: Photo Ark Koalas - Porco Espinho - Brasil (Foto: Joel Sartore)

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EDUCAÇÃO

Professora Sonja Lacerda

Encontro de Planejamento Pedagógico, organizado pela Coordenação Regional de Educação, Cultura e Esporte de Anápolis, marcou o reinício do ano letivo no CEPMG Dr. Cesar Toledo

Ten Cel Edmilson e Major Edmar

Volta às aulas no CEPMG Cesar Toledo

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pós o recesso de fim de ano, os funcionários do CEPMG Dr. Cesar Toledo retornaram ao trabalho, dando início ao ano letivo de 2018. Planejamento Iniciando as atividades, nosso grupo gestor e professores participaram do Encontro de Planejamento Pedagógico, organizado pela Coordenação Regional de Educação, Cultura e Esporte de Anápolis, buscando novas perspectivas para 2018 para os colégios que compõe a rede estadual de educação em nosso município. O evento revistaplanetaagua.com.br

contou com as palestras do professor Paulo Veras - Autoestima, Ética Profissional e Compromisso com o Trabalho; da professora Dra. Cláudia Denis Alves da Paz - Base Nacional Comum Curricular e Reforma do Ensino Médio; de Diogo Gonçalves Ferreira Empreendedorismo Educacional e o Desenvolvimento de Habilidades para o Século XXI e, ainda, da professora Adriana Vilela - Gestão de Sala de Aula e Matriz de Competências. Os professores puderam ainda assistir o filme Extraordinário, em um cinema

de nossa cidade. Os Policiais Militares, ao retornarem do recesso, também participaram de atividades com caráter disciplinar e administrativo. Agradecimento O Tenente Coronel Edmilson, Comandante e Diretor do CEPMG Dr. Cesar Toledo, cumprimenta a professora Sonja Maria Lacerda, Coordenadora Regional de Educação, Cultura e Esporte de Anápolis, pela desenvoltura frente à realização do evento e deseja um abençoado ano de 2018 a todos os nossos servidores e alunos. Dez/2017

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REGISTRO

Lisieux Borges com diretores do Centro Materno Infantil

Centro Materno Infantil Sônia Santillo tem nova diretoria

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vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Anápolis, Lisieux José Borges, prestigiou a solenidade de posse da nova diretoria do Centro Materno Infantil de Anápolis Sônia Santillo, para a gestão 2018/2010. O eventou ocorreu no dia 20/01, no auditório da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Vila Jaiara e foi amplamente prestigiado por lideranças comunitárias, políticas, administrativas e eclesiásticas. Entre os diretores da nora direção do Centro, estão o ex-vereador e ex-presidente do PSDB de Anápolis, José Vieira da Silva e o contabilista, José Aparecido. O Centro Materno Infantil Sônia Santillo localiza-se à Rua Taguatinga, na Vila Jaiara e vem prestando relevantes serviços de saúde à população há anos.

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Raiza Goulão apoia projeto da prefeitura de Pirenópolis

Pirenopolina no top 10 do ranking mundial do Moutain Bike

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pirenopolina Raiza Goulão atingiu o Top 10 do ranking mundial da UCI (Union Cycliste Internationale). A partir de agora, Raiza está entre as 10 melhores atletas do mundo no esporte. A atleta esteve gozando um período de férias em Pirenópolis em dezembro passado, onde se reuniu com o prefeito João do Léo para a realização de alguns projetos que visam estimular a prática do Mountain Bike na cidade, um deles o “CT de Portas Abertas”, que foi um sucesso. O prefeito de Pirenópolis, João do Léo, abraçou a causa e, juntamente, com Raiza implantarão alguns projetos para que os jovens tenham a oportunidade de praticar o esporte que atrai tantos turistas para Pirenópolis por conta da característica geográfica do município.

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PLANETA ZOOM

Governador Marconi Perillo cumprimenta presentes e Carlos Helbingen posa para foto ao lado do presidente Pedro Alves de Oliveira

Passeio público na Av. Federal, centro de Anápolis

Passeios públicos destruídos

Fácil solução esbarra na omissão

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s péssimas condições da esmagadora maioria dos passeios públicos em todo o país provocam desconforto, insegurança e lesões físicas à população que não mais sabe a quem recorrer. A omissão do poder público, da sociedade civil organizada e dos próprios cidadãos protelam a solução que poderia vir com incentivos (descontos) nos IPTU e ITU, por exemplo, mas tudo se encerra nos debates e no discurso.

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Bombeiros: novas instalações

overnador Marconi Perillo e o presidente da FIEG, Pedro Alves de Oliveira, prestigiaram a inauguração das novas instalações do Comando Geral e Quartel Operacional de Bombeiros de Goiânia. A gestão do Comandante Carlos Helbingen, pelo trabalho realizado e o apoio decisivo da FIEG, recebeu agradecimentos e reconhecimento por parte das autoridades presentes ao evento.

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PLANETA ÁGUA

Água crua, a nova moda americana

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A água crua, vendida até por US$ 36,99 a garrafa de 2,5 litros, não recebe nenhum tipo de tratamento ou filtragem

m alguns supermercados da costa oeste dos Estados Unidos, marcas de água que chegam a custar US$ 36,99 (R$ 118,8) por garrafa de 2,5 litros estão se tornando populares a ponto de frequentemente esgotarem das prateleiras. Essa água é diferente por não receber nenhum tipo de tratamento ou filtragem. É vendida como “água crua” e está virando moda nos USA. Coletada diretamente de mananciais, ela é propagandeada como “pura” e cheia de propriedades que beneficiariam a saúde. Uma das marcas, a Live Water, afirma que a “água crua” “hidrata a pele”, “reduz as rugas” e “aumenta a flexibilidade e a força das articulações”. A própria página da marca na internet reconhece que nenhuma dessas alegações foi comprovada pelo FDA (Food and Drugs Admnistration), o órgão do governo americano que regula os setores de alimentos e remédios. Perigos Essa nova febre, no entanto pode ser perigosa: mesmo que a água pareça pura e cristalina, por não passar por nenhum tratamento, ela pode estar contaminada com bactérias, vírus e outros parasitas. “Muitas doenças podem ser transmitidas pela água se ela não receber nenhum tratamento e contiver micróbios ou outros contaminantes”, alertou o médico Andrew Pavia, infectologista da Universidade de Utah, no EUA, em um artigo sobre a “água crua”. “Se ela não é filtrada, há um risco enorme para a saúde”, escreveu Pavia. Vicent Hill, chefe do departamento de doenças transmitidas pela água do CDC (Center for Disease Control), a entidade americana de controle de doenças,

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também advertiu para os perigos da nova moda. “Beber água contaminada pode levar a doenças causadas por micro-organismos como o Cryptosporidium,a Giardia, a Shigella”, disse Vincent Hill. Moda Apesar dos riscos, a moda parece estar pegando no Vale do Silício e em outros lugares conhecidos por terem uma população jovem e rica. A marca Live Water coleta água da fonte Opal Spring, no Estado do Oregon, no noroeste do país. Conhecidos empreendedores do Vale do Silício estão entre seus clientes em número ascendente. Um dos grandes entusiastas da tendência é o empreendedor Doug Evans, famoso depois da falência da sua start-up Juicero, que vendia máquinas de suco. Em seu Instagram, ele relatou sua “caçada” por fontes naturais de água limpa. A Live Water diz em sua página que a água é colocada em “recipientes reutilizáveis de vidro sem chumbo” e “transportada rapidamente em contêiners refrigerados” para ser distribuída. Outra marca de “água crua” é a Tourmaline Spring, do Maine. Bryan Pullen, criador da empresa, diz que toda a água distribuída é testada para verificar se ela é saudável e se atende aos requerimentos do FDA. Envasamento em recipiente de vidro A agência de controle exige que os produtores protejam as fontes de água de bactérias e outros contaminantes, que processem, envasem e transportem a água em condições sanitárias adequadas e que apliquem processos de controle de qualidade e análise. Cloro e flúor Para Pullen, “a água de mananciais é muito melhor que a água da torneira, que contém cloro e flúor”. As substâncias são adicionadas em pequenas quantidades justamente para eliminar bactérias. O flúor, por sua vez, ajuda a fortalecer os dentes. A água engarrafada normal também costuma vir de mananciais - a diferença é que passa por tratamentos e filtragens, o que não acontece com o produto das novas empresas. “A água da torneira é um coquetel químico, carregada de substâncias como cloro e flúor, e muitas são cancerígenas”, diz Pullen. No entanto, o empresário não apresenta estudos que corroborem essas afirmações, que Hill, do CDC, considera errôneas. (Fonte: BBC)

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ELETRICIDADE

Cuidado! O perigo está dentro de casa. Acidentes elétricos residenciais ocorrem em grande número no Brasil. Saiba como se prevenir.

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a segunda metade do século XVIII, as sementes plantadas nos estudos realizados com energia elétrica por Benjamin Franklin representaram alguns dos maiores avanços da humanidade no que se refere à revolução social e industrial. Desde então, a energia elétrica vem sendo utilizada nas mais diversas atividades humanas, das mais simples dentro de casa às mais complexas nos processos industriais. Dados estatísticos registrados pela Associação Brasileira de Conscientização para os perigos com a Eletricidade (ABRACOPEL), indicam que os maiores números de acidentes por choques elétricos acontecem dentro de casa, e aumentam no país a cada ano. O país registrou 782 óbitos relativos aos efeitos da eletricidade, com resultados dos dados obtidos entre Janeiro de 2016 e Março de 2017. Desse total, 236 óbitos ocorreram dentro de residências. As crianças aparecem nesta estatística em grande número. Em 2016, 20 crianças morreram após terem mantido contato com dispositivos elétricos deixados por adultos em locais acessíveis. Números significativos destes acidentes ocorreram nas regiões norte e nordeste. Conforme registros dessas vítimas fatais, muitas tiveram origem no acesso às instalações elétricas residenciais por pessoas não qualificadas, expondo as instalações elétricas de maneira improvisada (Ex: Gambiarras). As causas desses acidentes variam desde instalações elétricas antigas sem manutenção e inadequadas, falta de manutenção nos equipamentos eletroeletrônicos, ausência de conhecimento e informação sobre os perigos

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existentes e inerentes a esta energia presente dentro do interior dos lares, caracterizando negligência e maus hábitos, como por exemplo, a cultura do improviso. A prevenção é a maneira mais eficaz de se proteger e de minimizar os riscos com a energia elétrica. Eis alguns cuidados importantes e imprescindíveis a serem seguidos para se prevenir: - Ao efetuar manutenção na rede elétrica

residencial, contratar um profissional capacitado, qualificado e habilitado; - Ao trocar uma simples lâmpada na residência, desligar o quadro geral de distribuição; - Nunca comutar a temperatura do chuveiro durante o banho e com o corpo molhado. - Os telefones celulares devem ser carregados em tomadas fora do alcance de crianças; - Ao desligar aparelhos elétricos, nunca puxar pelo fio, e sim pelo plug; - Não sobrecarregar extensões elétricas tipos réguas “T” de aparelhos, pois poderá haver uma sobrecarga e, conseqüentemente, superaquecimento de condutores, podendo causar um princípio de incêndio ou fugas de corrente; - Evitar o perigo das instalações elétricas clandestinas, os chamados “gatos”; - Nunca use ou manuseie secadores de cabelo,

*José Francisco de Arruda chapinha alisadora de cabelo ou qualquer eletrodoméstico com os pés, corpo ou mãos molhados, ou próximo de piscinas, pias, banheiras; - As tomadas representam alto risco para crianças pequenas, devendo ser substituídas pelo modelo “novo padrão”; - Fios e cabos elétricos desencapados são perigosos para todos os habitantes da residência; - Quando tiver com qualquer dúvida sobre problemas nas suas instalações não se aventure, e procure imediatamente um profissional capacitado para tal. - Caso sua instalação elétrica seja antiga, e desejar potencializar a proteção de sua residência, consulte uma empresa de manutenção elétrica idônea e solicite a instalação de um Disjuntor diferencial Residual (DR). Dispositivo de proteção que desliga um circuito elétrico sempre que detecta uma corrente de fuga superior ao valor nominal. O “DR” é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (com valor de centésimos de ampére), que um disjuntor comum não detecta, e pode ser fatal se percorrer o corpo humano. Nunca se esqueça que nossa vida e a vida de nossa família é única e nosso bem maior. Por esse motivo, devemos cultivar a cultura da segurança, conscientes dos perigos, riscos e conseqüências do uso sem o devido critério desta energia invisível que é imprescindível na vida de todos e na sociedade moderna.

*José Francisco de Arruda é Engenheiro Eletricista e de Segurança

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CLIMA

Caráter técnico na COP 23 Realizada na Alemanha conferência foi marcada pela ausência dos maiores poluidores na aliança anti-carvão

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urante os dias 06 a 17 de novembro, em Bonn, na Alemanha, foi realizada a COP23 com a participação de 22 mil pessoas de 197 países integrantes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC). A conferência possibilitou uma série de diálogos entre os países com o objetivo principal de produzir um “draft” do livro de regras para implementação do Acordo de Paris, que será finalizado na COP24/2018 em Katowice (Polônia). O documento enfatizou a importância do impulso, defesa, espírito e visão prevista no Acordo de Paris. Transparência A urgência na construção do “draft” tem origem no compromisso assumido em 2015 no Acordo de Paris, que previu a obrigatoriedade de definição de todas as regras de implementação até 2018. O documento final produzido durante a Conferência define mecanismos de transparência; controle das emissões de gases poluentes; cumprimento das metas climáticas nacionais de cada país participante e controle do financiamento para adaptação. Caráter técnico A COP23 foi considerada pelos participantes e observadores uma reunião técnica. Isso porque havia a necessidade de construção de documentos orientadores destinados a ajudar os governos nacionais, de acordo com suas realidades domésticas, a introduzirem nas suas economias e no planejamento de políticas públicas a obrigação de reduzir as emissões de poluentes, com o objetivo de construir o mundo de baixo carbono. Amazônia Outro ponto de destaque durante a COP 23 foi o anúncio por parte da Alemanha e do Reino Unido do compromisso de aporte de 153 mi-

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lhões de dólares destinados a frear o desmatamento na Floresta Amazônica, além de programas de combate às mudanças climáticas. Desse total, cerca de 88 milhões de dólares irá para um programa que visa à manutenção da floresta em pé, executado por povos indígenas e a agricultores, bem como para financiar projetos de desenvolvimento econômico sustentável. O Brasil apresentou sua candidatura para sediar a COP de 2019. Segundo o rodízio estabelecido pela UNFCCC será a vez de um país da América Latina ou Caribe presidir as negociações climáticas. A decisão foi adiada para o próximo ano. Divergência O principal ponto de divergência entre os países em desenvolvimento e desenvolvidos, que inclusive atrasou por 11 horas o encerramento da Conferência, foi a falta de transparência e consenso no que se refere ao Fundo de Adaptação. Criado em 2011, ele tem a missão de financiar projetos, perdas, danos e outras soluções para auxiliar os países vulneráveis às alterações climáticas. O recurso para o desenvolvimento das ações deve ser aportado pelas nações mais ricas, que na COP21 comprometeram-se a destinar até 2020, 100 mil milhões de dólares por ano. Aliança O encontro marcou também a formação de uma aliança formada por líderes de diversos países para abandonar o carvão como fonte energética. O grupo, liderado por Canadá e Reino Unido, conta com mais de 20 países participantes. Apesar da boa iniciativa, os maiores usuários dessa fonte de energia, como China, Estados Unidos e Rússia, ainda não aderiram à iniciativa denominada de ‘Powering Past Coal Alliance’.

Usina de carvão

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MÚSICA ‘Vai Malandra’, da cantora Anitta, chegou a ser considerada a 4ª música mais ouvida no mundo pelo YouTube, mas não deve entrar no Hot 100 da Billboard. O que vale mais: a melodia (?), a letra (?) que faz apologia aos “ricaços” da favela ou o apelativo visual sensual da cantora?

Vai, Malandra!

N

a última semana de 2017, diversas publicações anunciaram que a cantora Anitta tinha atingido o Top 10 da Billboard. Na verdade, ela entrou na lista dos 10 artistas mais importantes nas redes sociais, o que não é pouca coisa. Se o Brasil é um dos países mais ativos no Facebook, Twitter e Instagram, no consumo de música ainda estamos engatinhando e é exatamente por isso que Vai Malandra dificilmente deve entrar para o Hot 100. A mais nova música da carioca foi a quarta mais escutada pelo YouTube em todo o mundo na semana passada e está entre as 50 mais executadas no Spotify, na 45ª colocação. Ela é a primeira brasileira a emplacar duas canções simultâneas no Top 50 global do serviço de streaming. Com tantos números favoráveis, você deve estar se perguntando: como é que ela não consegue entrar no principal ranking de músicas do mundo? A resposta é muito simples. A Billboard compila medições da Nielsen, que leva em conta três fatores: vendas físicas e digitais, execuções de rádio e de streaming. Se Anitta luta de igual para igual com os grandes artistas quando se trata de streaming, no quesito rádio e venda de música ela perde de lavada. Para se ter ideia, uma pessoa que compra um disco na loja equivale no ranking a 1500 streamings. A Billboard ainda tem um “ponto cego” na medição de execuções em rádios, o que prejudica a brasileira.

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DECORAÇÃO

Toldos, vantagens e utilidades

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proveitar a luz natural em casa é uma ótima ideia, principalmente para ajudar a diminuir os gastos com energia elétrica. No entanto, quando em excesso, a luz natural pode atrapalhar um pouco as atividades no cômodo. Por isso, utilizamos cortinas, persianas e toldos. Esse último é muito pouco explorado em projetos arquitetônicos. Saiba quais são algumas das vantagens de usar toldos na decoração. Os toldos são muito lembrados no verão, quando há maior incidência de raios solares durante mais tempo, pois são ótimos bloqueadores de luz. Dependendo do tipo de toldo escolhido, ele pode filtrar os raios solares, controlando a luminosidade e ajudando a diminuir a temperatura interna do cômodo. Outra vantagem em usar toldo na decoração é que o material também pode proteger contra chuvas, mais comuns durante o verão, possibilitando manter a janela aberta apesar da água. Os toldos podem ser utilizados não só em janelas, como em portas e até em

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varandas, e podem atender a inúmeras necessidades. Por exemplo, há toldos verticais especialmente desenvolvidos para áreas externas, e por isso, eles não

bloqueiam completamente os raios solares. Como nesse caso o objetivo é só diminuir um pouco a luminosidade, ainda é possível observar o entorno mantendo a privacidade, a proteção solar e o conforto térmico do espaço. A vantagem

de usar esse tipo de toldo na decoração é prolongar o espaço interior, aproveitando melhor a varanda. Cuidados Para quem busca um toldo mais tradicional para suas portas e janelas, os de braço articulado são uma ótima opção, pois podem oferecer claridade e escurecimento na medida certa. Outro tipo de toldo que também fica bastante discreto quando não está montado é o toldo de braço pivotante (Foto). A vantagem deste toldo é que ele pode ser utilizado tanto na vertical quanto na horizontal, garantindo sua versatilidade. Quando não está sento utilizado, o toldo de braço pivotante fica enrolado discretamente na fachada. Para garantir a vida útil do toldo, é preciso limpá-lo periodicamente, dependendo do quanto ele é usado. O tempo pode variar de uma vez por mês até uma vez a cada seis meses. Outro fator importante é manter as ferragens sempre limpas e lubrificadas. Os cuidados precisam ser mais frequentes em locais de praia, onde existe mais desgaste devido à maresia e à areia.

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CLIMA

Qual é o impacto ambiental das

viagens aéreas?

Embora viajar de avião esteja mais popular do que nunca, a maior parte da população mundial nunca pisou numa aeronave. Mas a tendência está mudando, e quem sofre é o meio ambiente. Voar menos será a única solução?

A

Organização Internacional de Aviação Civil (ICAO, na sigla em inglês), com sede no Canadá, estima em 3,7 bilhões o total de viajantes aéreos em 2016, e a cada ano, desde 2009, se estabelece um novo recorde. Até 2035, a Associação Internacional de Transportes Aéreos (LATA) prevê um aumento para 7,2 bilhões de viajantes em aeronaves. Como os próprios aviões, os números só continuam subindo. E, diante do estrago que voar causa ao planeta, essas projeções Além do dióxido de carbono Muitos cálculos colocam a contribuição da aviação para as emissões globais de CO2 em apenas 2%, um número que a própria indústria costuma aceitar. Para Stefan Gössling, contudo, professor nas universidades suecas de Lund e Linnaeus e coeditor do livro Climate change and aviation: Issues, challenges and solutions ("Mudanças climáticas e aviação: Questões, desafios e soluções", em tradução livre), "essa é apenas metade da verdade". Outras emissões da aviação têm efeitos adicionais sobre o aquecimento global: óxido de nitrogênio, vapor d’água, material particulado, trilhas de condensação e alterações das nuvens do tipo cirro também contribuem para esquentar o clima. "A contribuição do setor para o aquecimento global é pelo menos duas vezes maior que o efeito isolado do CO2", explicou Gössling. Ele estima o impacto total dos voos de avião sobre a mudança climática em "no mínimo" cinco por cento. Contudo, mesmo aceitando-se uma participação de 2% nas emissões glorevistaplanetaagua.com.br

bais, causada por apenas 3% da população que voou em 2017, um grupo relativamente pequeno seria responsável por uma parcela desproporcionalmente grande das emissões de gases poluentes. Há alguns anos, o grupo ambiental Germanwatch calculou que uma única pessoa voando entre a Alemanha e o Caribe, ida e volta, produz cerca de quatro toneladas métricas de CO2 – o mesmo volume de emissões danosas que 80 residentes médios da Tanzânia num ano inteiro. A calculadora de pegada ambiental da rede WWF é bastante elucidativa: até mesmo um ambientalista convicto, vegano, que aquece a casa com energia solar e vai para o trabalho de bicicleta, deixa de ser especialmente ecológico se continua a ocasionalmente viajar de avião. Pois bastam dois voos curtos e um longo por ano para transformar um ambientalista em vilão do clima. Promessas A aviação fez suas próprias promessas: em outubro de 2016, num acordo da ONU, 191 países se comprometeram a reduzir as emissões de CO2 da aviação global, em duas etapas: no ano 2035, até os níveis de 2020; e em 2050 até os de 2005. Segundo Goater a aviação persegue quatro abordagens para alcançar essas metas: compensação de emissões de CO2 no curto prazo; desenvolvimento continuado de aviões mais eficientes; maiores investimentos em combustíveis sustentáveis, como os biocombustíveis; e melhor eficiência de rotas. "Foi algo que aconteceu muito mais rápido do que se esperava", resume Goater. Para ele, a chave agora é o setor priorizar os investimentos na área

e os governos se comprometerem, assim como fizeram com a mobilidade elétrica, no setor automotivo. Consumismo é o vilão Então, qual é a solução? O professor Gössling, que dedicou mais de 20 anos de pesquisas ao assunto, vê apenas uma: "Precisamos realmente voar tanto quanto voamos, ou a quantidade dos nossos voos é induzida pela indústria?". E argumenta que o setor aéreo, além de baixar artificialmente os preços das passagens, também incentiva um certo estilo de vida. Já para Goater, a ideia de ditar quem pode voar e quando é irreal e antiquada. "A redução de emissões deve ser equilibrada com a oportunidade de voar – acho que esse é um consenso estabelecido no mainstream há anos." Para Mittler, do Greenpeace, tudo se resume a uma escolha individual, como em tantas outras questões. Ele acredita que, ainda que ganhos de eficiência sejam vitais para evitar o aquecimento global, o primeiro passo é reduzir a quantidade de voos. (Fonte: Deutchwelle)

Mittler: reduzir voos é a solução Dez/2017

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