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PONTOS DE VISTA EVENTO PLENOENERGIA
trevistado. No entanto, a questão administrativa, a dita burocracia, esbarra os processos e coloca um travão aos objetivos durante um grande período de tempo. Eurico Sobral relata que “este ano, em Portugal, prevê-se que haja um retrocesso no investimento, porque os investidores estão muito apreensivos naquilo que é o investimento em Portugal, porque todo o processo burocrático desmotiva. Estamos há espera de processos durante três ou quatro anos, mesmo dois anos, já é muito tempo”.
O Administrador também «viajou» até à vizinha Espanha para enaltecer o “trabalho excelente” que o Governo do país tem desenvolvido nos últimos três anos, ao dar “oportunidade aos promotores de desenvolverem projetos”. Para além disso, sublinhou o seu palpite em como Espanha, em 2023, será o país com “maior crescimento”, face a outros onde a empresa marca presença.
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Antes de encerrarmos a conversa acerca da aposta da PlenoEnergia na internacionalização, Eurico Sobral abordou o facto de as empresas ligadas ao setor energético precisarem “que os processos administrativos sejam menos burocráticos e mais operacionais para que haja de facto um investimento”. Portanto, surge a ideia de que o incentivo contínuo das energias sustentáveis será mais facilmente concretizado, principalmente em Portugal, com a facilidade nos processos administrativos.
ENERGIA INFINITA COMO A “SALVADORA” DE PORTUGAL PARA O CUMPRIMENTO DAS METAS DA DESCARBONIZAÇÃO
Depois de termos passado uma grande crise energética em 2022, Eurico Sobral acredita que “em 2023 os consumidores vão ser muito beneficiados com o pacote que foi lançado pelo Governo”.
Apesar deste cenário abonatório, a crise energética colocou e ainda coloca desafios a Portugal, no que toca ao cumprimento das metas da descarbonização. Relativamente a este assunto, o líder máximo da PlenoEnergia acredita que a energia eólica pode vir a ser a resposta, a curto prazo, que o país precisa para enfrentar a problemática em questão. Porém, em nome da PlenoEnergia, adianta que acreditam mais nas potencialidades de uma "energia infinita”. Eurico Sobral, não levantou o véu sobre o papel desta espécie de «salvadora da Pátria», mas divulgou que será algo que a empresa irá “falar em 2023”. Tal como diz a gíria futebolística, prognósticos só no final do jogo.
A conversa também foi focalizada para a pobreza energética, uma vez que Portugal é o quinto país com maior risco de pobreza energética, como anunciou a Comissão Europeia, em novembro passado. Neste sentido, Eurico Sobral expressou que o Governo português precisa de incentivar e continuar com “as medidas de apoio à pobreza energética, para que possamos continuar a aquecer as nossas casas e a ter energia gratuita do sol. E isto, nós sabemos que não é fácil para o Governo”. ▪
2023
EXPANSÃO:
A PALAVRA QUE DEFINIRÁ
O ANO 2023
No decorrer do evento, durante o discurso de Eurico Sobral, a palavra “expansão” foi repetida vezes sem conta. Os mais atentos, mesmo antes da narração da lista de objetivos para o presente ano, já tinham compreendido que este vocábulo estaria presente nessa listagem. De facto, as certezas confirmaram-se. O CEO da PlenoEnergia, antes de dar por terminado o evento, elencou os propósitos da organização para 2023.
“Expansão” no seu todo. Expandir o volume de negócios da empresa, o seu capital humano, os parceiros e a presença em três novos países, são eles: os Estados Unidos da América, a França e o Dubai, indo assim ao encontro do ambicioso desejo de, até 2030, a empresa marcar presença em 50 países.
A criação do Espaço Consumidor, com 18 lojas físicas espalhadas pelo país, é outros dos desígnios desta instituição para 2023, ao passo do desenvolvimento da fábrica de painéis solares fotovoltaicos e do reforço do trabalho na vertente social.
Depois de três horas de partilha em que o sucesso e os desafios da PlenoEnergia foram os fios condutores, os aplausos e os agradecimentos «encerraram» o evento. ▪
A Vis O Dos Presentes
Rodolfo Vacas, Business Manager em Portugal da PlenoEnergia
“Para 2023 o nosso objetivo é o crescimento no mercado, associado à solidificação da PlenoEnergia no setor energético. Ainda que a internacionalização já faça parte, queremos aumentar a nossa presença em 50 países até 2030. Este ano está previsto o crescimento em França, Estados Unidos e Dubai, com escritórios próprios e a delineação de equipas, não só técnicas, mas também comerciais, para o desenvolvimento do negócio e aquilo que é a ampliação da PlenoEnergia. As lojas Pleno é outro projeto que já iniciámos e que conta com a criação de 18 lojas físicas em Portugal, e que terão um alcance na ordem das três milhões de pessoas, que conhecerão a marca, não só pelo trabalho desenvolvido, mas também a nível visual. Também a fábrica de Painéis Fotovoltaicos é um projeto inovador em Portugal em que iremos apostar, e serve para a velocidade de execução de todos os projetos. Com tudo isto e muito mais, o aumento de volume de negócio previsto para 2023 será, a nível global, de 43 milhões de euros. Para que o atinjamos, temos quatro pilares basilares: comercial, técnico, operacional e industrial”. ▪
Carlos Almeida, Acionista da PlenoEnergia
“O receio que ainda possa existir por parte dos investidores neste setor provém do desconhecimento, diria. O que se está a passar é que, hoje, ainda que já tenhamos tido em Portugal alguns feitos relativos ao combate das alterações climáticas, há um cluster que não deixa que essa informação chegue ao investidor por forma a acreditar que este tipo de negócio é rentável para ele. Está previsto nas normativas comunitárias alguns benefícios fiscais que podem vir a ajudar a sensibilizar ainda mais a economia verde. Devo dizer que os resultados apresentados pela PlenoEnergia foram uma surpresa e fruto do trabalho de uma equipa com paixão. Na minha opinião não há negócio que consiga vigorar apenas com um estalar de dedos, tem de haver paixão e a paixão leva ao resultado. Não é por estar envolvido nesta empresa, mas eu diria que pode ser um case study em Portugal, não só na forma como ela foi construída, mas também na forma como ela está a ser desenvolvida: tem um panorama de impacto social enorme e as pessoas hoje começam a olhar para isso”. ▪
“Existe uma premência das mudanças climáticas que nos tem pressionado e que tem feito com que haja uma consciência mais coletiva da necessidade de preservarmos o meio envolvente, além de os consumidores estarem cada vez mais atentos. Logo, nas indústrias, sejam elas quais forem, vão ter, por parte dos clientes, uma exigência no que diz respeito à preocupação com o meio ambiente. E porque é que para nós isso é importante? Porque nós temos uma solução para apresentar aos clientes, como os painéis solares, a mobilidade elétrica, entre outras. Além disso, quando procedemos à medição da pegada de carbono, definimos uma estratégia de redução que vai culminar com a compensação dessas emissões. Portanto, nas indústrias, existe uma urgência muito grande em apostar neste âmbito, e essa mesmo urgência decorre em quatro pontos: das mudanças climáticas, da pressão dos consumidores às industrias para que façam essa redução de pegada de carbono, do setor financeiro, e da cadeia de valor. E nós, na PlenoEnergia, estamos preparados para fazer a diferença”. ▪
“Falar da posição energética de um país como Cabo Verde é extremamente importante visto que o tema em si é pertinente e atual. Porém, para o nosso país é um imperativo. Podemos tentar encontrar outras alternativas, mas se calhar não as temos e com as mudanças climáticas e os conflitos ambientais temos de aproveitar as oportunidades das energias renováveis. A PlenoEnergia está e Cabo Verde, muito bem posicionada, e nós agradecemos muito por terem escolhido este país porque também tem muitas oportunidades nessa área”. ▪