Mercado
Profissionais de RP estão com tudo na Polônia e ganham cada vez mais o mercado de trabalho
Branding
Marcas brasileiras batem um bolão quando o negócio é marketing esportivo e Seleção Brasileira na Copa.
Entrevista
Marcelo Cordeiro promete transformar o Hoje em Dia em um jornal de verdade.
Nossa profissão é uma piada! Como os jornalistas foram considerados cozinheiros pelo STF, muitos comunicadores estão fazendo disso uma verdadeira piada e investindo no ‘stand-up comedy’, um gênero de humor no qual um banco e um microfone proporcionam boas risadas à plateia. E não são somente os profissionais de imprensa que aderiram: publicitários, relações públicas, radialistas, designers e marqueteiros fazem parte do novo humor brasileiro. Eles não estão de brincadeira!
LEI 17.727.
BOLSA VERDE – ESTIMULA UM NOVO MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL. Essa lei prevê benefício financeiro anual a produtores ou posseiros rurais que promovam ações de recuperação, preservação e conservação da biodiversidade ou de recursos hídricos em áreas de sua propriedade ou posse. Ela foi criada para recuperar e preservar o meio ambiente do nosso Estado. Conheça todas as leis no www.almg.gov.br e assista à TV Assembleia.
a i e l b em stá s s A A inas e de M te no seu n ia. e s e r p aad di
Novos tempos. Isto é bom demais! Que bom que você gostou do novo projeto visual da nossa PQN. Ficamos muito felizes com tantos e-mails e cartas com elogios à PQN15. Nossa próxima etapa é a PQN Digital. É isso mesmo! A revista PQN está ganhando uma versão digital por meio de uma plataforma supermoderna. Nela o leitor terá podcasts, áudios, anúncios animados e uma interatividade que o papel não nos permite. Esta nova tecnologia é fruto da parceria com a MagFlip, empresa de TI que, logo, logo, será a coqueluche do mercado editorial digital. Estou apostando neles! Assim como eu, algumas empresas brasileiras apostam em suas marcas. E apostam alto! Bons exemplos é o que não faltam. O marketing esportivo está com a bola toda nessa Copa do Mundo 2010. E nós somos ousados, temos duas empresas patrocinando o mundial: Brahma e Seara. Fico com maior orgulho disso. Pode parecer bobagem, mas fico sim. É tão legal ver nos letreiros dos estádios marcas que fazem parte do nosso dia a dia. Mas este é um negócio de milhões de dólares. Mas será que vale tanto a pena assim? A visibilidade é garantida e o retorno também? Tenho lá minhas dúvidas, mas é preciso investir e movimentar esse mercado que só tende a crescer. Se na África o patrocínio bateu recorde, imagine em 2014. Vixe... É bom que, em eventos dessa magnitude, várias oportunidades surgem para nós, comunicadores. E oportunidades significam emprego, renda, valorização profissional e tudo mais. Não é piada. Piada é o que têm feito os comunicadores que estão investindo no stand-up comedy, a comédia em pé. Vários deles estão aliando a comunicação ao humor e fazendo ‘bunito’ nos palcos do Brasil afora. E olha que eles estão ganhando até mais que muita gente com anos de carreira. E como tudo precisa de um contato direto com o público, nada melhor que um colega para nos fazer rir. Rir é sempre bom, ainda mais de felicidade. Deve ser assim que os profissionais de Relações Públicas estão se sentindo na Polônia. É bacana ver como lá naquele mercado eles são valorizados e as empresas entendem e valorizam a atividade de um comunicador. Aqui, a coisa vai demorar um pouco. Mas a fé pode remover montanhas ou nos fazer mudar de rumo. Mudança de rumo também é bom, principalmente quando vemos profissionais com boas intenções e querendo, realmente, fazer alguma coisa boa. Nada está perdido! Um dia quem já foi palco pode virar espetactador e nada melhor do que um dia após o outro. Hoje ‘somos’, ‘amanhã’ estamos. É assim que funciona o mercado de trabalho. Mas que venham as boas novas. Que venham os desafios e a certeza de que uma nova equipe pode proporcionar um gás a mais para aqueles acostumados ao ‘pelourinho’ de uma redação cheia de conflitos.
É isso aí. Boa leitura! Robhson Abreu Editor
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EXPEDIENTE Editor-chefe: Robhson Abreu Edição: Robhson Abreu e Pedro Paulo Taucce Revisão: Pedro Paulo Taucce Projeto gráfico e diagramação: Robhson Abreu Artes: Lúcio Carvalho COLABORADORES: André de Abreu - Cristina Sanches - Francisco Tovo José Aloise Bahia - Kátia Gontijo -Lúcio Carvalho Márcio Reis - Paula Rangel - Petrônio Souza Raphael Chaves - Robson Fraga - Rodrigo Capella Valéria Flores - Tássia Corina - Wander Weroni SUCURSAIS: BAHIA: Cândida Silva NORDESTE: Rodrigo Coimbra RIO DE JANEIRO: Tânia F Miranda SÃO PAULO: Daniel Zimmermann SOROCABA: Sonia Maria G. Orsiolli VALE DO AÇO: William Saliba
“Todos os textos publicados na revista PQN tiveram seus direitos autorais doados pelos seus autores, não tendo esta publicação qualquer ônus por parte de cada autor/colaborador”.
PUBLICIDADE: Para anunciar: (31) 8428-3682 ou 2127-4651 publicidade@pqn.com.br ASSINATURA: assinar@pqn.com.br Pessoa física: R$ 70,00 para 4 edições Pessoa jurídica: R$ 120,00 para 4 edições CARTAS À REDAÇÃO: cartas@pqn.com.br Acesse o site: www.pqn.com.br
A Revista PQN - Pão de Queijo Notícias é uma publicação da PQN Editora Ltda., CNPJ: 11.385.415/0001-47
Participe! Mande seu comentário para: cartas@pqn.com.br Sugestões de pauta também serão bem-vindas.
“Adorei a revista. O cuidado e o capricho que a equipe tem com a publicação refletem no resultado final. Adoro a gramatura do papel, a diagramação e as reportagens. A degustação já começa em cartas e sumário, com textos e imagens bem colocados. O conteúdo editorial diversificado, a preocupação em entrevistar profissionais de todo país e colocar em pauta assuntos atualizados em muito enriquecem a PQN. Parabéns ao Francisco Tovo, pelos seus comentários atrevidos. Enfim, a equipe toda está de parabéns. Muito mais sucesso para vocês”. Maíra Rolim Agenda Comunicação BH/MG “Que revista mais linda! Adorei o design. Mais limpo, com leitura ainda mais atrativa. A equipe, como sempre, um sucesso! Quero agradecê-los por ter divulgado que a Pessoa Comunicação e Relacionamento está de casa nova. Espero toda a turma para um delicioso café com pão de queijo! Além disso, a seleção de pautas está ótima e o time de
colaboradores megacompetentes. Parabéns pelo “debut” da edição número 15!” Erika Pessoa Pessoa Comunicação e Relacionamento BH/MG “Conheci por acaso a revista PQN aqui em Brasília e não acreditei em tudo o que vi e li. Que maravilha saber que em Minas Gerais ainda existem pessoas dedicadas, competentes e audaciosas como toda a equipe PQN, especialmente o seu editor, o jornalista Robhson Abreu. Com certeza, algumas publicações deveriam aprender com vocês como se faz um brilhante jornalismo para a categoria. Estou impressionado até agora em ler reportagens com conteúdo, sem paparicações, com análise e o melhor, de comunicadores para comunicadores. Há muito tempo eu não via um projeto com tanto zelo. Parabenizo a toda a equipe e quero me tornar um assinante o mais rápido possível”.
Adalmir Ferreira de Pádua Brasília/DF “A 15ª edição da revista PQN ficou show de bola!!! Gostei muito. Conteúdo diversificado, abrange muitos assuntos da nossa área e o melhor, reflexões sobre temas extremamente importantes! Vocês possuem algum e-mail marketing
sobre a assinatura da revista? Quero enviar para meus amigos que se formaram comigo e indicar essa brilhante publicação”. Karina Mattos BH/MG
“Pela primeira vez leio uma reportagem em que um veículo de comunicação teve a coragem de dizer para quê serve a nova carteira de identidade profissional de jornalista. Quando vi a chamada na capa, achei que fosse mais um texto sindical e institucional. Mais uma vez PQN surpreende e nos dá uma aula de verdade, assim como o nosso compromisso firmado no dia do juramento da graduação. Muito boa a reportagem de Raphael Chaves. Já li a matéria e ainda levei para debate dentro de sala de aula com meus alunos. Uma boa pauta deve ser lida e mostrada para todos os jornalistas, principalmente aqueles que ainda estão em formação. Boa hora em que passei na banca da Gazeta para comprar a revista Imprensa e o jornaleiro me ofereceu a PQN. Um achado e tanto! Espero que continuem com este bom conteúdo.Parabéns!” Patrícia Van Saad Professora de Comunicação São Paulo/SP
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SUMÁRIO
Capa
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iada.É assim que a profissão de jornalista vem sendo tratada no Brasil. Enquanto aguardamos a aprovação da PEC que, sabe lá Deus se será aprovada, aumenta o número de comunicadores que estão aderindo ao stand-up comedy, um gênero de humor muito famoso nos Estados Unidos e que ganhou força total entre comunicadores brasileiros. Precursores como Chico Anísio e José Vasconcelos, apostam nesse tipo de ‘comédia em pé’ que, a cada dia, revela mais um talento. Jornalistas, publicitários, radialistas, relações públicas, marqueteiros, entre outros tantos, vão arrebatando plateias do Brasil inteiro e fazendo o povo rir adoidado. Mas até que ponto um humorista desse modismo dos palcos pode ser considerado um formador de opinião? A profissão, em parte, ajuda na divulgação dos shows e, como fazer rir é ainda o melhor remédio, nada melhor que prestigiar os colegas de profissão que estão rodando por aí em um teatro pertinho de você. E olha que muitos já pensam em abandonar a carreira e continuar fazendo comédia, pois, querendo ou não, nossa profissão merece muitos risos e aplausos. Afinal de contas, somos comunicadores. E com muito orgulho.
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CAPA: Danilo Gentilli
Mercado
Entrevista
A Polônia apresenta um representativo crescimento nas estratégias de comunicação empresarial, com destaque para a atuação do profissional de RP nas grandes cidades.
Após anos de estagnação, jornal Hoje em Dia ganha um novo Diretor de Redação, o carioca Marcelo Cordeiro. Ele promete que, dessa vez, o diário se transformará em um jornal de verdade.
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Branding
Copa do Mundo 2010. Quer uma oportunidade melhor para divulgar uma marca para milhões de pessoas? Foi seguindo essa estratégia que empresas brasileiras apostaram no prestígio da Seleção Brasileira de Futebol e no mundial.
Inovação
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Revista PQN investe em novas tecnologias e lança sua versão digital. A intenção é atingir maior número de leitores por meio de plataforma inovadora e moderna.
Redes Sociais
Com o avanço da inclusão digital, as organizações precisam rapidamente escolher: estar ou não na rede. Ter um site é visto como commoditie por muita gente. O que você pensa?
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Foto: Mateus Dias
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Colunas José Aloise Bahia Francisco Tovo Márcio Reis André de Abreu Mirna Tonus Fabiana Moreira Rodrigo Saturnino Petrônio Souza Robson Fraga
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Artigos PQN Cidadão Pão de Queijo com Café Robhson Abreu Pauta Jurídica PQN RP Vale do Aço Calçadão Nordeste Dendê Sudeste Pipoca Literária Fora Nosso
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NÃO ESTACIONE NO MERCADO 10 a 12 de agosto
II Ciclo de Paletras da Comunica MG Local: Minascentro - Auditório Granada 10 às 12h - 14 às 16h - 16h30 às 18h30
10 a 12 de agosto
II Feira Mineira da Indústria da Comunicação Local: Minascentro - 2º piso 16 às 22h
13 de agosto
II Festival Minas de Comunicação Hotel Ouro Minas 21h
www.comunica-mg.com.br
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A Comunicação é uma ferramenta de transparência, mobilização, multiplicação e, portanto, de sustentabilidade dos projetos e ações. E por isso, como qualquer outra área empresarial, merece atenção e qualidade na sua produção. Que seja planejada com ética e estética. Participe, envie suas sugestões ou notícias para o meu e-mail: pqncidadao@pqn.com.br Marco Aurélio Lara
SATISFAÇÃO
“Para nós, que trabalhamos com comunicação corporativa, as iniciativas na área de Responsabilidade Social das companhias são temas os quais temos muita satisfação em divulgar e, inclusive, de nos envolver também”, afirma o jornalista Délio Campos, que, desde 1996, é responsável pela gerência de contas da Interface Comunicação Empresarial. Segundo ele, cresce a cada dia a preocupação com a reputação empresarial, principalmente em relação à percepção das comunidades sobre as ações de responsabilidade socioambiental de uma empresa. É uma tendência que tem levado as companhias a intensificarem seus programas e projetos socioeconômicos e ambientais e a investir em comunicação e marketing para torná-los públicos. É interessante constatar que o grau de envolvimento nas ações em prol da coletividade, independe do porte de uma empresa.
NOVA REVISTA
Divulgação
Com 27 anos de profissão, a jornalista e RP Ana Maria Géia é a editora da Revista Leite Sustentável, que acabou de ser lançada pela Le Mídia, responsável pela comercialização, em parceria com a editora MM&G, na capital paulista. O novo título trará informações focadas no produtor brasileiro de leite, auxiliando-o na tarefa de melhorar a cadeia produtiva com redução de custos, aumento de escala e qualidade. A revista será distribuída no meio rural, através do sistema de coleta de leite das indústrias lácteas do país. Leandro Martorani, presidente da Le Mídia, afirmou que o novo veículo será uma forma das empresas falarem diretamente com os produtores e com aqueles que atuam no mercado lácteo. A Le Mídia é uma empresa com atuação internacional, que se preocupa em manter sua essência brasileira, atuando como representante para veículos de mídia segmentada.
Divulgação
COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO
Como ela mesma disse, desde o começo tudo se misturou na carreira da paulista Luciana Dorta. Como estudante de Relações Públicas em Bauru e, depois, de pós-graduação em Educação Ambiental na USP, ela atuou como monitora em um acampamento infantil, trabalhando conteúdos ligados à ecologia e meio ambiente. Atualmente é voluntária na Fundação SOS Mata Atlântica, desenvolvendo ações na área de educação ambiental em escolas da periferia paulista. Seu desafio é fazer um planejamento de ações que resultem no repasse de informações, de forma lúdica, além de utilizar as ferramentas da comunicação para consolidar a troca de experiências de forma colaborativa nas comunidades carentes.
MÍDIA RESPONSÁVEL
“Qual a origem da carne que eu consumo? Desmata a Amazônia? Foi produzida com trabalho escravo? Foi temperada com lavagem de dinheiro?” Essas são as indagações presentes em algumas das peças gráficas desenvolvidas para despertar nos consumidores a reflexão sobre os problemas ambientais, trabalhistas e sociais associados à criação de gado. A campanha Carne Legal quer fazer a sociedade brasileira refletir e impulsionar supermercados, frigoríficos e pecuaristas, mas também as instituições do governo, para que a informação sobre a origem da carne esteja disponível para todos no momento da venda. Além das peças gráficas, foram lançadas pelo Ministério Público Federal propagandas para TV e rádio, alertando os consumidores para a importância de saber a origem da carne que consomem. Veiculada no Brasil, a campanha é um alerta sobre as ilegalidades presentes na cadeia da pecuária e, também, sobre a necessidade dos consumidores cobrarem informações a respeito da origem da carne que compram nos supermercados. Divulg
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TECNOCIDADANIA
Os professores da PUC-Campinas Amarildo Carnicel e Márcia Fantinatti, acabam de lançar o livro Comunicação e Cidadania. Na obra, o leitor encontrará outros nove artigos com temáticas sobre as possibilidades interpretativas para a relação entre comunicação e cidadania, entre elas o jornalismo comunitário, iniciativas sociais na imprensa, televisão, cinema, fotografia, sociedade civil, rádio e comunicação católica. Destaque para o artigo Tecnocidadania: a desterritorialização da política no mundo midiático, de Glauco Cortez.
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Jornalista, escritor, pesquisador, ensaísta. Graduado em Jornalismo e pósgraduado em Jornalismo Contemporâneo. Autor de Pavios Curtos. Participa da antologia O Achamento de Portugal, dos livros Pequenos Milagres e Outras Histórias, Folhas Verdes e Poemas Que Latem ao Coração! josealoise@gmail.com
SOCIEDADE ILUSTRADA
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m vulcão de criatividade. J. Carlos nasceu no Rio de Janeiro em 1884. Sua primeira erupção foi em 1902, aos 18 anos, no Tagarela. Depois, labaredas em vários livros, revistas, semanários e jornais ao longo da vida: Para Todos, O Malho, Careta, Tico-Tico, Fon-Fon, A Avenida, Revista da Semana, O Cruzeiro etc. Foi lido e visto de cabo a rabo por todo o país. Além de chargista, publicitário e designer gráfico, J. Carlos supervisionou diagramações e chegou a desenhar para dez publicações ao mesmo tempo. Por outro lado, pacifista, cidadão anti-autoritarismo, descontente e meio libertário. Foi um profissional que soube ler as entrelinhas da linguagem. Rei dos recursos gráficos. Morreu aos 66 anos, na mesma cidade que nascera, num sábado, 02/10/1950, meses depois da perda da Copa de Mundo de Futebol para o Uruguai e um dia antes das eleições que trouxe de volta Getúlio Vargas ao poder. A brasa final: de acordo com a história (uma das versões), seu corpo caiu como um fruto maduro em cima de uma prancheta de trabalho. Nosso Senhor do Bonfim e Nossa Senhora da Penha deram-lhe a Graça e Honra de fenecer a última centelha junto daquilo que mais gostava de fazer: caricaturas. Dizem que ao lado estava o esboço da capa de um disco de Braguinha. Colecionador nato, profícuo, ilustrou diversos temas e assuntos (segundo pesquisadores produziu mais de 100 mil trabalhos), Hermes Tropical, faísca e visionário: “Sua clarividência era por via de regra mediúnica. Intuiu o asassinato de Pinheiro Machado. Marcou vinte anos antes do prazo exato em que estouraria a Segunda Guerra Mundial. Antecipou em quarenta anos o desmonte dos blocos de países comunistas e profetizou que a recém-rebatizada Leningrado voltaria a se chamar São Petersburgo. No próprio Malho, cantou três anos antes a pedra de que Washington Luís romperia com Minas Gerais o pacto do café-com-leite.” [SIMAS, Antonio Luiz. O Vidente Míope: J. Carlos n´O Malho (1922-1930). Org. Cássio Loredano. Rio de Janeiro: Edições Folha Seca, 2007] Só não previu a Revolução de 1930 liderada por Getúlio Vargas. J. Carlos é um reflexo cristalino e crítico - com direito a lavas surgindo do Morro do Pão de Açucar - do processo de modernização e urbanização do Rio de Janeiro. Para alguns, foi um futurista sobre duas rodas. Mas realizou uma interface elaborada com a história. Desde a higienização, traçado urbano, qualidade de serviços públicos, pavimentação, transporte coletivo, sob o olhar maroto, observou em suas crônicas visuais a transformação da metrópole à custa de aumentos estrondosos dos impostos na adequação da capital federal como uma cidade cosmopolita aos moldes de Paris. Contradições das contradições, parece também ter antecipado o caos urbano, pois investiu contra um dos símbolos de um projeto maior da civilização humana: o automóvel. Por extensão, bem atual, pegando um gancho na fagulha do parágrafo anterior, abriu fogo, mirou e acertou sem querer em mais uma previsão: hoje, a poluição (principalmente
a emissão de CO2) é um problema e tanto mundo afora, sem falar no confuso sistema de transporte carioca. Apoiou a oficialização do Carnaval (1927) e bateu de frente com os “cérebros privilegiados” da época. Colocou “fogo na canjica” da “emergente e estudada” elite carioca. Na década de 1920, o caricaturista, patriota declarado, insistiu em três pontos fundamentais que ainda rondam um projeto maior, edificante e estatuto sério para o emergente Brasil: o analfabetismo, altos impostos e a corrupção política. Oxalá, creio não estar errado, mas J. Carlos é mais contemporâneo (contemporâneo e coletivo seriam os termos mais impactantes) que muitos artistas, os quais pregam um individualismo massacrante, característica da nossa época. Outro detalhe que não pode passar batido: ajudou também na popularização do futebol, não sem antes criticar a importação (Vasco da Gama X Alfândega) dos materiais para a construção do estádio de São Januário. Faz parte da memória e história gráfica nacional. Teve a visão modernista (como idéia e necessidade), atração e ação para a heresia no espaço das formas, ao utilizar as suas criações artísticas como instrumento de crítica capaz de colaborar no desenvolvimento de uma mentalidade e cruzada cívica em prol dos valores brasileiros. Malhou na bigorna quente tudo aquilo que fosse ao desencontro dos símbolos que caracterizam uma pátria. E o mais importante: o seu conjunto bem-sucedido de obras realizadas, no seu devido suporte, está correlacionado com a vida social. Obras aparentemente inocentes que partem do realismo para subvertê-lo, utilizando uma liberdade criativa que ironicamente pela visão do espectador, sua experiência e observação, acrescentam ao imaginário coletivo, além do humor e irreverência, um conjunto novo de simbolismos e o antídoto contra o naturalismo (devemos lembrar sempre que o modernismo surge do naturalismo; parte dele para confrontá-lo. O modernismo é uma reação ao naturalismo), enquanto movimento e uma matriz ainda ligada aos valores conservadores e deterministas. Ou seja, o artista realiza a experiência modernista (parece que inconscientemente, mesmo estando no Rio, por telepatia, dialogava com a turma da Semana de 22. Não temos evidências de ligações ou troca de correspondências dele com os paulistas) da falta de decoro. O interessante também, outro fator que remete ao antinaturalismo, são as formas, traços, cores e suas combinações inusitadas, distorcidas e exageradas de suas imagens em relação às aparências da natureza. Outra questão que merece ser observada em seus desenhos é o caráter anti-acadêmico, não se prendendo aos rigores e métodos adotados por algumas escolas de artes da época no Brasil. As comparações em relação ao naturalismo e o academicismo são importantes para contextualizar o contraste e a experiência do artista; diferenciar que espécie de tensão e crítica ele salienta em relação à cultura e padrões de valores estabelecidos. Contradições das contradições (novamente), foi um homem de posições políticas conservadoras, todavia defensor da liberdade de expressão.
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O Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com) ganhou uma extensão muito bacana aqui na PQN e o retorno dessa nova casa tem sido muito positivo. Estou gostando muito desse trem de ser colunista! É verdade. A prosa é solta, livre e é mais um espaço para que você, leitor, possa tomar um café em meio a várias notícias, não é mesmo? E, por falar nisso, foram preparados vários tipos para a sua escolha. Leia e fique à vontade. Sirva-se entre os mais variados tipos de cafés. E, aproveitando, qual é o seu café preferido mesmo? CAFÉ LITERÁRIO:
Uma obra que pretende eternizar casos e contar um pouco da história do rádio mineiro. Trata-se do livro O Rádio entre as montanhas, histórias, teorias e afetos da radiofonia mineira, que reúne uma coletânea de artigos escritos por pesquisadores mineiros e organizados pela professora Nair Prata. O prefácio é do Eduardo Meditsch (um dos maiores nomes da pesquisa em rádio no País) e a apresentação é do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP). Os autores dos textos são: Ângela de Moura, Eduardo Costa, Elias Santos, Graziela Mello Vianna, Kátia Fraga, Marcelo Dolabela, Maria Cláudia Santos, Nair Prata, Sônia Pessoa, Valdir de Castro Oliveira, Vanessa Paiva, Waldiane Fialho e Wanir Campelo. Leitura obrigatória!
CAFÉ ONLINE:
Um estudo divulgado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) apontou que o número de empresas que contratam agências ou profissionais freelancers para representá-las nas mídias sociais é inferior à alta demanda do mercado. Apenas 74% das empresas realizam seus trabalhos internos; 8% com consultoria; 8% pelos próprios sócios; 2% por empresas terceirizadas e apenas 8% por agências de publicidade. O fato é que hoje é impossível imaginar uma empresa que não tenha um trabalho de relacionamento e divulgação em mídias sociais.
CAFÉ ÉTICO:
CAFÉ ESTAGIÁRIO:
O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa em que revela a média de bolsa-auxílio paga por empresas de pequeno, médio e grande porte em 2010. O levantamento foi feito com 16.328 estagiários de diferentes níveis do país, entre 22 de março a 23 de abril. Todos os participantes têm os contratos assinados de acordo com as regras da nova Lei do Estágio, nº 11.788/08. A média de bolsa-auxílio geral, considerando estudantes de ensino médio e superior, é de R$ 683,33. Será que a pesquisa foi em todo o Brasil? Porque o que vemos no mercado não é bem isso!
CAFÉ NA TV:
O documentário é um estilo de linguagem audiovisual muito particular e, ao mesmo tempo, um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade. Em A Liga, na TV Band, vemos que esse estilo retoma a telinha de uma forma muito transparente e mostrando para o público que, mais do que informar, é possível contar boas histórias a partir de personagens da vida real. O programa é exibido na terça-feira, às 22 horas, e apresentado pelo humorista Rafinha Bastos, por Débora Villalba e pela atriz Rosanne Mulholland.
Às vezes, com a correria do dia a dia ou pela falta de um gravador, muitos jornalistas, ao entrevistar determinada fonte, preferem não escrever a fala literal – apenas preservando a ideia original. Mas, até que ponto isso pode ferir a fonte? O antropólogo e professor do Museu Nacional, da UFRJ, Eduardo Viveiros de Castro, enviou uma carta à redação da Revista Veja indignado pelo fato da publicação haver-lhe atribuído uma fala que não era a dele, durante uma entrevista. Em resposta, Veja disse que o repórter, orientado pela assessoria da instituição, utilizou as ideias que o antropólogo publicou em um determinado artigo. Em todo caso, como recomenda o bom jornalismo, não seria melhor o repórter ter, pelo menos, mantido contato com a fonte antes de publicar a matéria?
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MERCADO
RP’s estão em alta na Polônia No coração da Europa continental, mercado da comunicação apresenta um representativo crescimento nas estratégias de comunicação empresarial, com destaque para a atuação do profissional de Relações Públicas. Especialistas afirmam que o fato se deve à saturação dos veículos de comunicação poloneses e estabilidade provocada por agências e assessorias. TÁSSIA CORINA Jacek Jakubczyk, presidente e fundador da ITB Comunicação, empresa de consultoria em relações públicas, afirma que os últimos anos foram um período de constante crescimento no mercado de comunicação polaco. De acordo com estimativas conservadoras, o setor tem crescido a uma taxa de 15 a 20% a cada ano. Ele explica que uma série de fatores contribuíram para esse crescimento tão rápido. Primeiro, a elevada taxa de crescimento econômico (cerca de seis por cento ao ano), somada a adesão da Polônia à União Europeia e ao afluxo de capital e de investimento direto estrangeiro. “Também nota-se que aumentou a compreensão da importância estratégica da comunicação corporativa, das ferramentas de relações públicas, bem como o papel global do comunicador”, informa.
Para Jakubczyk o constante crescimento da indústria de comunicação também se refletiu nos salários. Entre os anos de 2005 e 2007, diz, houve um aumento particularmente significativo e as estimativas conservadoras apontam para ganhos salariais de até 30 a 35%. Segundo o empresário Jarek Rybus, dono das agências UNIPUBLICA.com e BiuroPrasowe.pl, as assessorias de imprensa começaram a se tornar populares no país em meados de 1999. Isso quando o trabalho de Relações Públicas, que na Polônia engloba também a assessoria de imprensa, design gráfico e gerenciamento de eventos, começou a ter presença mais significativa aos olhos do mercado e das grandes empresas. Divulgação
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s profundas mudanças nas esferas ecônomicas, sociais e políticas instauradas na Polônia desde o o fim do comunismo (1989) e, mais tarde no ingresso na União Europeia, em 2004, projetaram o país para um cenário de novas perspectivas de desenvolvimento e competitividade no mercado. Na terra fértil que gerou personalidades históricas como o papa João Paulo II, Nicolau Copérnico e Frederic Chopin, a criatividade é o que não falta. Deve ser por isso que a comunicação empresarial no país tem vislumbrado grandes oportunidades de desenvolvimento e crescimento, em destaque o mercado de relações públicas, que tem atraído a atenção dos estudantes de Comunicação.
ENSINO, Instituto de Jornalismo e Comunicação da Polônia, uma das melhores escolas do País
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JAREK, o maior desafio da profissão é a responsabilidade que ela carrega e seus efeitos podem ser bons ou ruins
Rybus afirma que as assessorias de imprensa na Polônia são muito semelhantes às dos outros países europeus. É possivel encontrar empresas que cuidam da comunicação interna, chamada in-house, isto é, que operam dentro da empresa, e as especializadas em comunicação externa outsourcing, que expõem de maneira estratégica a imagem do cliente. Também existe um outro tipo de serviço que é o outsourcing porta-voz, ou seja, o contato com os jornalistas é feito pela agência e não pela companhia, a não ser em casos especiais. Na Polônia há também as agências de notícias especializadas em que o objetivo é o de reunir e publicar press releases enviados pelas empresas.
podem interessá-los. Existe a rotina de ligações para os clientes, reuniőes de feedbacks, alinhamento do plano estratégico. Um planejamento diário individual é seguido pelos funcionários, abrangendo contato com a mídia, pesquisa de clipping e novos materiais, criação de design gráfico e controle da aparição do cliente na mídia, bem como aceitação da sua imagem. É frequente também a realização de reuniões de brainstorm para atrair novos clientes, novas propostas de trabalho, e discutir ideias para aumentar a exposição do cliente na mídia.
Lucasz Wilczynski, sócio da Planet PR e membro da Polskie Stowarzyszenie Public Relations (Associação de Relações Públicas da Polônia), diz que a rotina das agências polonesas é bem diversificada e imprevisível. “Numa agência de relacões públicas, a primeira coisa mais importante a se fazer no dia é tomar um café e limpar a mente. Assim aprendemos todos os dias”, brinca.
Segundo Rybus, o maior desafio da profissão é a responsabilidade que ela carrega. Os efeitos da mídia de massa na imagem de uma empresa ou pessoa física, podem ser benéficos ou desastrosos. “Você tem que ter muito cuidado, por isso contrato profissionais com background forte pra trabalhar comigo”, informa. Segundo o empresário, as equipes de comunicação corporativa têm que ser mistas, pois os profissionais novatos têm ideias frescas que complementam e enriquecem o trabalho.
O trabalho não é muito diferente do realizado no Brasil. Logo pela manhã os profissionais atendem às solicitações dos jornalistas, fazem o monitoramento de mídia e clipping, sempre procurando por publicações impressas e eletrônicas que dizem respeito aos clientes ou que
“As situaçőes de crises săo as mais difíceis”, diz Wilczynski. Nesse período, a comunicação tem que ser bem feita, apresentar uma boa estratégia para surtir efeito. “No momento de crise você tem que trabalhar bem e ser rápido. Você tem que ter agilidade,
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chamar o presidente da companhia para orientá-lo sobre o que fazer, o que dizer. É uma situação muito estressante”, confessa. Para o empresário, o momento é também uma oportunidade para mostrar quem é bom profissional ou não. Isso porque não há muito tempo para planejar, é preciso agir com eficiência e rapidez. “É como uma guerra. Você vai na linha de frente e faz as coisas. Você não tem tempo para pensar, tem que agir e ganhar a batalha. Por isso, a prática e as habilidades são mais importantes nessa situação”, conclui. Sebastian Bartosik da PressOffice.pl, afirma que o maior desafio é entender a mídia e sua engrenagem. “Para mim o mais difícil é lidar corretamente com a imprensa. Saber dar o que eles querem sem prejudicar a imagem do cliente. Isso é o mais dificil”, comenta ele.
JORNALISTAS X ASSESSORES A famosa rixa entre jornalistas e assessores de imprensa é também comum na Polônia. Segundo Jarek Rybus, dono das agências UNIPUBLICA. com e BiuroPrasowe.pl, não existe competição entre jornalistas e assessores ou RPs, mas talvez, “mal-entendidos”. Ele reclama que, muito frequentemente, os jornalistas polacos tratam os profissionais de Relações Públicas como um departamento de publicidade. “Algumas pessoas dizem: Divulgação
LUCASZ, a rotina das agências polacas é bem diversificada e sem rotina. Tudo pode ser novidade
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POLSKA, terra-fértil que foi o berço de grandes personalidades como o Papa João Paulo II, Nicolau Copérnico e Frederic Chopin
está melhor do que antes. Ele afirma que atualmente a relação entre ambas as partes é mais harmoniosa, pois há maior interação entre RPs e jornalistas, coisa que não acontecia Divulga anteriormente. ção Wilczynski concorda com o colega e afirma que as relações têm ficado mais amenas devido à crise que chegou na Polônia. “As pessoas tiveram que se mover, sair dos jornais para ir para as agências de comunicação, pois era onde havia mais vagas. O mais importante é todo mundo realizar bem o seu trabalho”, conclui.
TER FORMAÇÃO É IMPORTANTE?
o profissional de relações públicas polaco, tem imagem fraca. O que é uma grande contradição ao seu próprio trabalho”, reclama. Lucasz Wilczynski, sócio da Planet PR e membro da Polskie Stowarzyszenie Public Relations, que antes de abrir sua empresa de comunicação, fez parte do “outro lado”, não concorda com essa rivalidade. Ele afirma que vê constantemente discussões de ambas as partes nas reuniões da Associação de Relações Públicas Polaca, mas não gosta que seja assim. “Nós temos que trabalhar como um time: o da comunicação. Eles têm as perguntas, nós temos as respostas”, avalia. No entanto, ele admite que nem sempre a verdade das agências é a que os jornalistas procuram. “Jornalistas procuram sangue e nós temos que procurar proteger a imagem do nosso cliente, sua reputação”, diz. O que atrapalha muito a relação dos dois lados é o sensacionalismo, principalmente nos pequenos tablóides, também muito comuns no território polaco. “Alguns RPs acham que são melhores que os jornalistas. E vice-versa. Na minha perspectiva, estamos quase no mesmo patamar, mas os RPs estão um passo atrás, porque nós defendemos um interesse e os jornalistas não”, argumenta. Para Sebastian Bartosik da PressOffice.pl, a relação entre jornalistas e assessores
Na Polônia a discussão sobre a necessidade do diploma de comunicação também está na ordem do dia e gera polêmica, principalmente em Varsóvia, cidade onde estão concentrados as assessorias de comunicação e os jornais. Para Lucasz Wilczynski, essa situação é somente para dar dinheiro para alguém, “porque comunicação você não aprende só na faculdade. É algo que já existe na pessoa, um talento. A pessoa é naturalmente cabeça aberta, comunicativa, criativa”, argumenta. Ele acredita que pessoas tímidas, de ‘poucos amigos’, terão mais dificuldades no mercado, com ou sem diploma. “Cartas de recomendação, para mim, são as melhores certificações que uma agência de Relaçőes Públicas pode ter. Certificaçőes teóricas para nós não valem muito. A mesma coisa para as pessoas”, defende Wilczynski. O empresário conta que, quando cursou História na faculdade, não havia curso superior de Comunicação, visto como relativamente novo na cidade. Em sua empresa, a Planet PR, todos os funcionarios têm pós-graduação em RP, mas nem todos são formados em Comunicação. “Eu me formei em História, outros em Economia, Filosofia, Liguística, Relações Internacionais, Filologia Polaca. A gente gosta dessa diversidade de pensamento. Mas todos já tinham experiência em comunicação”, afirma. POLÔNIA, beleza e história de um país que tem valorizado os profissionais de RP
JAGELLONIAN, uma das principais escolas de Jornalismo que tem absorvido grande parte dos recém-formados
Agnieska Hess, professora de Jornalismo Político da Universidade Jagellonian (uma das escolas mais antigas e conceituadas do mundo), conta que o curso de Comunicação Social, como graduação, iniciou por volta de 1996. Ela explica que o curso tem a duração de três anos como bacharelado e depois o aluno opta por fazer o mestrado de dois anos em qualquer curso da área de humanas.“Antigamente só existia o curso de Ciência Política e se, no fim do curso, o aluno desejasse, poderia se especializar em Comunicação. O bacharelado é um curso novo, mas muito moderno. Tem se tornado popular na Polônia”, informa. Segundo a professora, o bacharelado em Comunicação só existe em duas cidades, Cracóvia e Vasórvia. Nas outras universidades existem cursos, mas apenas de especializações e mestrados. Agnieska Szymanska, vice-diretora do Instituto de Jornalismo e Comunicação Social da mesma universidade, defende a importância do certificado de graduação. “É importante ter o diploma. Eu não consigo imaginar como uma empresa pode contratar um empregado
Divulga
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que não tem o curso finalizado. Experiência é importante, mas se você tem o conhecimento, a base, durante a universidade é possível ganhar experiência”, reforça. Jarek Rybus, dono das agências UNIPUBLICA.com e BiuroPrasowe. pl, afirma que o diploma é muito útil, ainda que não seja obrigatório para a contratação no país. Especialmente hoje, que há consideravelmente mais oferta de cursos de Comunicação e Relações Públicas que há 10 anos. “No entanto, infelizmente, a qualidade dos cursos ainda é questionável, e, por isso, ainda mais importante é a sólida experiência na área”, admite. Na empresa dele, geralmente os empregados são formados em Jornalismo ou Relações Públicas. Mas é muito comum encontrar profissionais de RP com diferentes formações ou até mesmo vários diplomas. “Raramente encontramos mestres da língua polonesa”, brinca. Sebastian Bartosik, da PressOffice.pl, afirma que devido à falta de escolas dedicadas ao ensino do Jornalismo ou da Comunicação, é suficiente que o profissional tenha habilidades para escrever, ser inteligente, saber como a sociedade funciona e as expectativas do público. “Embora haja algumas instituições que oferecem cursos especializados, como pós-graduação e mestrados, o que o mercado quer geralmente são essas habilidades”, diz. Divulgação
AGNIESKA HESS E AGNIESKA SZYMANSKA, o mercado tem muitos jornalistas formados e os veículos de comunicação estão saturados, por isso a migração de profissionais para as assessorias de imprensa
Ania Zdrojewska, estudante do segundo ano de Jornalismo, também acredita que a experiência na área é o que os recrutadores mais procuram, mas é muito importante ter um diploma, uma formação. Segundo ela, o “canudo” é fundamental para mostrar que o profissional tem ensino superior, que sabe as bases. “Sei que o diploma é apenas um ‘papel’ que não mostra nossas habilidades, mas ainda assim é fundamental. Se não temos diploma, nem experiência, não conseguiremos trabalho”, pondera Ania. Ela conta que especialmente nos veículos de mídia, muitos jornalistas famosos na Polônia não possuem formação, mas possuem uma vasta experiência na área. Os estudantes não têm muitas oportunidades de fazer estágios e acabam por se envolver nos jornais da faculdade ou projetos estudantis para ganharem mais expertise na área. “Nestes casos, ter um ensino superior, um diploma, é um grande diferencial”, avalia a estudante.
E COMO SE COMPORTA O MERCADO?
ANIA ZDROJEWSKA, os recrutadores buscam por profissionais experientes na área, mesmo sem formação
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A estudante polaca Ania Zdrojewska já demonstra interesse em trabalhar como repórter de rádio. Mas esse não é o desejo da maioria de seus colegas de turma de outros períodos. Trabalhar em agências
de comunicação tem sido o caminho mais procurado pelos recém-formados, já que as empresas proporcionam estabilidade e maior remuneração. Para a professora Agnieska Hess isso é porque os veículos de imprensa estão saturados, assim como ocorre em alguns estados brasileiros. O mercado tem muitos jornalistas formados, mas não consegue absorver todos. A área de RP acaba absorvendo a maioria. E, com isso, o desemprego na área é pequeno, mas existe. Não há números exatos da taxa de desemprego entre os comunicadores, mas ele existe. Segundo Lucasz Wilczynski, sócio da Planet PR e membro da Polskie Stowarzyszenie Public Relations,, os veículos de mídia estão sofrendo problemas de contrataçăo, principalmente após a crise mundial. O setor de relações públicas e as assessorias oferecem mais vagas. “Metade dos currículos que eu recebo é de jornalistas querendo vir para este setor. É um problema para os jovens achar uma ocupação após a formação”, conclui. Para sanar essa lacuna, os estudantes estão se envolvendo nas associações de
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profissionais. O fato de estar perto de especialistas, das empresas, aumenta a oportunidade de fazer network e ainda gerar conhecimento. E mesmo apresentando desemprego, o mercado da comunicação polonês está em crescimento. Wilczynski afirma que as empresas estão começando a investir mais em comunicação que em publicidade, “principalmente no setor de Relações Públicas”, completa a professora Agnieska Szymanska. Para ela, o jornalismo tradicional está parado e credita o fato à queda da vendas de jornais e ao crescimento da mídia digital. “Há pouca procura por anúncios nos veículos de comunicação, o que diminui o orçamento e as contratações”, argumenta.
JACEK, os empresários estão mais conscientes quanto ao uso da comunicação em suas organizações, fazendo o mercado prosperar
Jacek Jakubczyk, presidente e fundador da ITB Comunicação, afirma que o mercado de RP tem sido sempre um bom indicador do humor global e a situação econômica. Porém ele espera que a magnitude desse impacto na comunicação seja muito menor do que na crise de 2001 e 2002, quando a comunicação corporativa foi a primeira área a ser afetada pelos cortes de custos. Ele afirma que, hoje, os gestores estão muito mais conscientes da importância da comunicação estratégica. “Acho
sites
Mudamos! 2010 é um ano de grandes novidades! Estamos em novo endereço. Nossa equipe cresceu. Expandimos nossa atuação para além das montanhas de Minas Gerais e já estamos atendendo clientes no Ceará e Amapá.
JORNAIS, o Fakt (o diário de maior tiragem), quanto o Polska (300 mil exemplares/dia) são controlados por grupos alemães
Rua Elói Mendes, 386 - Sagrada Família (31) 3485-7875 - Belo Horizonte/MG contato@pessoacomunicacao.com.br
que podemos esperar por mudanças nos orçamentos de marketing global, com recursos sendo realocados para o meio mais eficiente de comunicação”, diz, otimista. Wilczynski não concorda com a visão otimista de Jakubczyk e afirma que ainda as empresas não enxergam a comunicação como ferramenta estratégica, tanto na Polônia como em qualquer parte do mundo. Existem exceções. Mas, quando falta dinheiro, a comunicação é a primeira coisa a ser cortada. O que não deveria acontecer. Ele sugere cortes menores como em alguns eventos, projetos de responsabilidade social, mas nunca nas atividades dos relaçőes públicas. “Antes das agências de relações públicas serem cortadas do orçamento, o setor de marketing e publicidade sofre mais sanções. O problema é que, em muitas empresas, as duas áreas são colocadas juntas. Relações Públicas tem que ser conselheiro do Board, do presidente. Tem que estar acima do marketing”, avalia.
REDES SOCIAIS, UMA FEBRE MUNDIAL Criar uma boa imagem nas redes sociais como Facebook, Orkut, Twitter, Linkedin, entre outras tantas, parece que virou uma febre mundial. Na Polônia não é diferente. As agências de comunicação acabam tendo que se atualizar constantemente para atender aos clientes. Na Planet PR, as redes sociais são usadas não só como meio de contato entre empresa (cliente) e consumidores finais, mas também para contactar jornalistas. “Às vezes a caixa de e-mails está muito cheia, mas no Facebook, normalmente o jornalista nao é tao procurado. Por exemplo, ontem eu falei com o maior jornalista da TV polonesa pelo Facebook. Por e-mail talvez eu não conseguiria isso. Agora podemos nos falar por telefone por causa desse primeiro contato virtual”, comenta Lucasz Wilczynski, sócio da Planet PR e membro da Polskie Stowarzyszenie Public Relations.
Ele conta que não faz uso de todas as ferramentas disponíveis no mundo virtual, mas conhece a maioria. A justificativa é de que o cliente não precisa criar um perfil em todas as redes. Primeiro é preciso fazer um estudo das suas necessidades e só depois escolher as mais estratégicas. Na Polônia é muito comum as empresas terem perfis na Goden Line, versão polaca do Linkedin. Wilczynski afirma que mais importante é monitorar os perfis dos clientes e fazer constantemente análises de quem está entrando nos sites, nas redes sociais, e o que as pessoas comentam. É importante monitorar a reputação das empresas. Segundo Ania Zdrojewska, as redes sociais são uma nova tendência do mercado, além de ser uma ferramenta que todos têm para uso pessoal, o que facilita a familiaridade com o mundo virtual. “Mas é na universidade que aprendemos a usá-la de forma profissional”, comenta. A professora Agnieska Szymanska informa que na universidade existe a consciência da importância das novas mídias, e que por isso implementaram no currículo, a disciplina New Medias. A intenção é englobar o uso profissional da Internet e redes sociais. Porém, a instituição não faz uso dessas ferramentas para se comunicar com os alunos. “Sabemos que elas estão ativas nas redes sociais, mas não sentimos a necessidade de utilizá-las. Usamos outras plataformas para comunicar com eles”, conta. Na Biuro Prasowe.pl as redes sociais são utilizadas por serem eficientes, populares e baratas. Jarek Rybus, diretor da empresa, diz que nelas é possível construir um grande público virtual. “Mas os consumidores da marca, da imagem, continuam sendo reais, mesmo!”, brinca ele. Ele fala isso por que, em sua concepção, a imagem real ainda deve receber mais cuidado que a virtual. Real é a reputação e virtual, o relacionamento entre os públicos. Divulgação
PLANET PR, os funcionarios têm pós-graduação em RP, mas nem todos são formados em Comunicação
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o pess Arquiv
Jornalista, formado em Comunicação Social pelo Unicentro Newton Paiva (BH) desde 2004. Pós-graduado em Produção de Mídias Digitais, desenvolvedor de conteúdo para Internet e analista de mídias sociais.
Arte ou pura tecnologia?
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Atualmente, o conceito de estética digital só pode ser compreendido se observarmos a aproximação entre a tecnologia e arte. Platão concebia a arte como algo específico da criação humana. Porém, o avanço das máquinas fez cair por terra esta ideia de algo concebido exclusivamente pelo homem. Hoje, as máquinas, a exemplo do computador, podem produzir verdadeiras obras de arte desde que tenham a intervenção e a criatividade humana. O século XX, considerado o ano das rupturas, foi decisivo para a abertura de novos conceitos como a própria Estética Digital. A arte passou por um processo de dessacralização.
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estética era uma disciplina ligada à Filosofia e surgiu na Grécia Antiga em seu período clássico. Seus primeiros estudiosos foram os grandes filósofos Platão e Aristóteles. Esta disciplina se ocupava do estudo do belo, como a perfeição seja ela ligada aos processos artísticos de criação ou como representação da natureza e da beleza. Hoje a estética é uma filosofia da Belas Artes. Mas ela ainda se ocupa do estudo do belo e da beleza, porém, pode ser vista com um estudo sobre a arte e os diversos fenômenos que a circundam.
Essa aproximação entre ser humano e tecnologia mudou definitivamente alguns conceitos considerados antes universais sobre o mundo das artes. O lugar do artista e da obra passou a ser questionado. A ideia remota do Renascimento de que os artistas são verdadeiros gênios com inspirações que poderíamos considerar quase divinas, criadores de obras únicas e jamais reproduzíveis, deu lugar à arte conceitual. Reprodutibilidade e genialidade não são mais o ponto de partida para a arte e sim as diversas interações que uma obra pode proporcionar. Essas interações podem se ocupar tanto do ponto de vista do ato de criação entre o artista e a obra quanto do espectador e a obra. Cada pessoa pode reagir de uma
forma diferente sobre uma obra de arte, não cabendo assim uma generalização de conceitos e experiências. Coerentemente aos tempos atuais, o MEC define no livro “Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte – Volume 6”, que a distinção entre a criação artística de outros conhecimentos se dá pela qualidade de comunicação entre a obra de arte e os seres humanos. Um fenômeno muito particular ao individuo que tem contato com a arte. Cláudia Giannetti (2006) coloca a Estética Digital como um estudo que visa compreender o momento atual das produções artísticas acerca dos novos fenômenos tecnológicos. Ela compreende a Estética Digital não só como um estudo das Artes Digitais em si, mas como um direcionamento teórico que visa compreender as novas relações estabelecidas entre o ser humano e arte. Giannetti aborda principalmente o estudo das novas interfaces técnicas capazes de estabelecer conexões interativas entre o ser humano e a arte. De um modo geral, podemos entender que Estética Digital se ocupa tanto do ato de criação quanto da autoria da criação, da proposta apresentada e sua utilização. Um processo interdisciplinar que envolve um sistema interativo muito mais complexo que o simples estudo da Obra e de seu criador. Porém devemos nos atentar ao fato, como alerta Giannetti, que não é possível se estabelecer um conceito definitivo sobre Estética Digital e sim um entendimento, pois nosso objeto de estudo é essencialmente mutável. Estamos vivenciando uma era em que todos os questionamentos são possíveis e inimaginários. A individualização de arte e do artista de outrora, reproduzia um processo de comunicação de um para todos, processo este que se encontra em desconstrução com o advento das novas tecnologias, principalmente com os avanços proporcionados pela Internet.
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oa o Pess Arquiv
Jornalista, formado em Comunicação Social pela UNESA (RJ) desde 2005, e escritor amador. Atualmente trabalha na Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura de Itapevi (SP). Também faz alguns serviços freelancers para jornais e revistas de São Paulo.
Aperto de mãos presidencial
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empre fui medroso. Quando criança morria de medo de anões de jardim. Não passava a menos de 100 metros de um. Cresci e os medos foram mudando, tomando outras formas. Baratas, lugares fechados, portas de armários (Sim! Já houve tempos em que me borrava diante de um armário. As portas simplesmente cresciam e diminuíam na minha frente!). Quando finalmente alcancei a fase adulta e achei que tinha me livrado dessas babaquices, me vi tremendo feito vara verde diante de uma situação. Meu chefe entrou afobado na sala, onde eu, tranqüilamente, olhava meus e-mails e jogava conversa fora. “Marcio, pega a máquina e arruma esse cabelo porque você vai pra São Paulo. O prefeito vai encontrar com o presidente. Faça uma foto dos dois”, disse, sem nem olhar pra minha cara. “Ferrou”, pensei. “Uma visita do Lula à capital paulista deve atrair jornalistas de todo o estado. Globo, Folha de São Paulo, Rádio CBN... estará todo mundo lá!”. A tremedeira que me acompanha em momentos de “perrengue” voltou, e ainda trouxe reforços. O culpado era o tal do PAC. Durante a viagem, maldisse o dia em que o projeto foi elaborado e desenvolvido. Por causa dele, o presidente teve que sair do conforto de sua casa, pegar um avião e ir até São Paulo para anunciar a dezenas de prefeitos a destinação dos recursos em cada cidade. E, consequentemente, eu, recém-formado e que não ia receber um centavo do Governo Federal, tinha de disputar espaço entre cobras do jornalismo para fotografar um barbudo de língua presa. E lá estava eu, no Palácio dos Bandeirantes, trocando cotoveladas com a grande imprensa. Depois de muitos empurrões, consegui um lugarzinho ao lado da equipe da Rede TV, onde, a quilômetros de distância do palanque e puxando todo
o zoom da câmera fotográfica, só conseguia registrar imagens escuras de um Lula borrado. O nome de cada prefeito foi anunciado para que subisse ao palanque e assinasse o termo de cooperação. Não consegui fazer uma imagem que prestasse. No fim da cerimônia, tremendo e suando frio, corri para a primeira fileira e finalmente consegui fotografar o presidente, que ainda cumprimentava os puxa-sacos de plantão. No caminho, pisei no pé de uns 12 ou 13 convidados, autoridades dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Se alguém me xingou, não dei a menor atenção. Estava a procurar o prefeito, na esperança de fotografar os dois juntos e fazer aquela tarde dos diabos ter valido a pena, quando o presidente Lula me estendeu a mão. Eu nem ao menos havia insinuado o desejo de cumprimentá-lo. Minha única preocupação era encontrar o prefeito no meio de tantas cabeças, mas o presidente estava com o braço estendido para mim. E, cá entre nós, não se faz uma desfeita dessas com o chefe maior do Executivo. Apertei sua mão, mais nervoso do que satisfeito. Acho até que ele percebeu, e talvez não falou nada para não me deixar constrangido. O prefeito simplesmente sumiu. Deveria estar fumando um cigarro em algum canto do Palácio e, por conta disso, perdeu a chance de se fotografado ao lado do Lula. Voltei para a cidade onde trabalhava, cansado, fedendo a suor e sem a maldita foto recomendada. Meu chefe iria me esquartejar, dedo por dedo. Mas, por incrível que pareça, isso nem me preocupava mais. Afinal, eu poderia ser um jornalista incompetente, um ser humano asqueroso, um tumor na sociedade. Ainda assim, eu tinha apertado a mão do presidente! o PQN Arquiv
BRANDING
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Marcas brasileiras batem um bolão Ao contrário do que todas as marcas afirmam em seus discursos, sabe-se que o patrocínio de uma equipe ou de um evento de marketing esportivo não é feito unicamente por sinergia, valores comuns e muito menos “beneficência”. As organizações precisam de retornos tangíveis, de resultados em números. E esperam isso por meio do patrocínio e ações paralelas. No discurso, as empresas defendem o patrocínio e o marketing esportivo como uma ação diferencial. No entanto, a confecção de embalagens promocionais, distribuição de brindes, sorteio de passagens para a África do Sul e disponibilização de material “exclusivo” em hot sites e comerciais televisivos com atletas famosos é um lugar comum a quase todas as empresas envolvidas. É certo que algumas marcas apostam em promoções criativas e estratégias inovadoras. Porém, diante da realidade da maioria das ações, cabe a pergunta: vale a pena seguir as mesmas estratégias desde a década de 70 ou está na hora de “virar” esse jogo? LÚCIO CARVALHO
E
m ano de Copa do Mundo, não são apenas os times que se preparam para disputas acirradas. Não é de hoje que as empresas patrocinadoras, tanto das equipes como do evento, precisam “ganhar” o torneio antes mesmo de o juiz apitar. A razão é simples: após o início das partidas, a atenção do público é focada, principalmente, na performance dos jogadores e resultados de cada jogo. Neste contexto, é preciso promover ações que frisem o investimento, associem as empresas às equipes e façam com que cada marca consiga, antes do primeiro chute dentro de campo, se destacar das concorrentes. E as responsabilidades tornam-se maiores ainda ao se firmar um acordo com a Seleção Brasileira de Futebol, o time mais respeitado do mundo e, consequentemente, um dos mais altos valores de cotas de patrocínio.
FALCÃO, garoto propaganda do Guaraná Antarctica durante a Copa do Mundo de 1978, na Argentina
A Seleção Brasileira disputa o Mundial da Fifa de 2010 patrocinada por seis empresas nacionais – Itaú, Vivo, Guaraná Antarctica, Seara, Extra e TAM – e quatro multinacionais – Nike, Nestlé, Volkswagen e Gillette. Em um ponto, os “dois times” concordam: não adianta efetuar um acordo de patrocínio sem ações paralelas de divulgação e marketing. A visibilidade e
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imagem de cada marca dependem não do patrocínio, mas da perspectiva e das estratégias utilizadas para divulgá-lo. O valor aproximado de um contrato “master” que permite o posicionamento da marca com o título de “Patrocinadora Oficial da Seleção Brasileira” é de, aproximadamente US$ 15 milhões anuais. Há também valores “mais modestos”, mas com menos regalias para uso da marca “Seleção”. Giram em torno de US$ 6 milhões e foram, recentemente, assinados com Volkswagen, TAM, Gillette, Pão de Açúcar e Nestlé. O mercado do marketing esportivo estima que a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) tenha arrecadado, apenas em 2010, mais de US$ 200 milhões em contratos. Sabe-se que o patrocínio corresponde a apenas 1/3 da verba utilizada nas ações de ativação. No entanto, é fato que nenhuma das empresas “abre o jogo” em relação aos investimentos.
Brasileira. O especialista em gestão e marketing no esporte afirma que, em geral, as organizações vinculadas ao time do Brasil têm receio de rejeição caso a imagem delas seja associada a determinada equipe estadual. Com exceções, como, por exemplo, a Seara, que patrocina o Santos Futebol Clube.
De acordo com Amir Somoggi, diretor da área de esporte da Crowe Horwath RCS, existe uma grande diferença entre aquelas organizações que patrocinam clubes nacionais de futebol e as que buscam associar-se com a Seleção
Dessa forma, as marcas veem na Seleção uma oportunidade para atingir todos os torcedores. Somoggi frisa que o principal valor nesse tipo de patrocínio é a obtenção de visibilidade – tanto nacional quanto estrangeira – por meio do atrelamento a um time sinônimo de sucesso. No entanto, o especialista adverte que, para realizar tal investimento, a marca deve alinhar seus objetivos estratégicos e manter o foco nos resultados em longo prazo. “Investimentos de curto prazo são um desperdício de recursos”, observa.
ITAÚ: US$ 26 milhões/ano desde 2008, sendo 6 anos de contrato
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VIVO: US$ 26 milhões/ano desde 2005, sendo 10 anos de contrato
GUARANÁ ANTARTICA: US$ 26 milhões/ano desde 2001, sendo 18 anos de contrato
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NIKE: US$ 78 milhões/ano desde 1996, renovou em 2006 por mais 10 anos
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ANSUR
THIAGO M
O RETORNO DO INVESTIMENTO É IMEDIATO? Para que o patrocínio possa agregar resultados efetivos à empresa, Amir Somoggi enfatiza a necessidade de ações paralelas de ativação. “O ideal é um planejamento em longo prazo, com uma série de ações integradas de marketing que possam ser mensuradas no decorrer dos anos, tanto em aspectos relacionados à percepção do consumidor quanto em volume de vendas, não somente pelo espaço ocupado na mídia”, observa. Quanto aos tipos de retorno, o especialista admite que existem diferenças causadas por diversos fatores, entre os quais está a internacionalização do mercado. Organizações multinacionais tendem a colher maiores reconhecimentos quando associadas a uma seleção de destaque global. Para empresas nacionais, existe a oportunidade de globalizar seu produto. Entretanto, as marcas precisam estar preparadas. Somoggi destaca que um patrocínio de tal visibilidade pode até mesmo atrapalhar, caso a empresa não possua condições de atender ao mercado internacional ou fizer um projeto pouco criativo, acreditando
que somente a exposição da marca é suficiente. Thiago Mansur, presidente do Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo (IBME), destaca o papel das pesquisas na mensuração do retorno. O profissional explica que, atualmente, no Brasil, os patrocinadores, clubes e federações possuem à disposição serviços detalhados para a medição de ROI em números. Os resultados financeiros, por sua vez, vão depender de qual o objetivo do patrocinador e qual a estratégia empregada. No caso do Brasil, o futebol é “campeão” de visibilidade, além de um esporte popular “consumido” por diversas classes. Por meio dessas características, a Nike, principal patrocinadora da CBF, encontrou no apoio à Seleção Brasileira a oportunidade de deslanchar num filão no qual, até então, a empresa não se destacava. Mário Andrada e Silva, coordenador de imprensa da Nike junto à Seleção Brasileira e encarregado do projeto de comunicação da marca para a Copa de 2014, destaca que a organização apoia a equipe brasileira desde 1996: o que faz da marca a mais antiga patrocinadora da Seleção. “Tínhamos uma missão dura, éramos uma organização desconhecida no mundo do futebol”, diz Silva. O profissional explica que escolher o time do Brasil para ser associado à marca cria um ambiente de sinergia entre ambos. Nesse contexto, a empresa assimilou a “filosofia do futebol”, por meio do contato com profissionais obcecados e perfeccionistas. Silva explica que a Nike possui três elementos principais: informação, produto e conteúdo digital. A empresa procura trabalhar esses elementos ao máximo, antes do início dos jogos. Uma vez que a Copa tenha começado, explica Silva, não se sabe o que vai acontecer. A mídia pode se concentrar em um time, um atleta, uma situação, entre outros. Por isso, é necessário possuir uma estrutura preparada para lidar com os acontecimentos factuais, e, até mesmo, crises, como a CPI da Nike, instaurada após a empresa ter sido acusada de manipular a Seleção Brasileira durante a copa de 1998, na França. “É preciso estar
preparado para competir em todos os aspectos. A ‘copa empresarial’ é igual à copa esportiva”, diz.
LANÇAMENTOS FAZEM PARTE DO PLANEJAMENTO DE MARKETING Para 2010 a Nike procurou antecipar suas ações de ativação para materiais esportivos, lançando as camisas da Seleção Brasileira e as chuteiras Elite Series. Também criou o Nike Futebol +, site no qual o público pode assistir a vídeos, ler textos e baixar aplicativos mobile que fazem parte de um programa de treinamento dividido em três módulos: velocidade, precisão e controle. Para ter acesso ao material é preciso que o usuário insira um código, recebido na compra das chuteiras. Silva explica que a marca não pretende promover ações de PDV, em função das próprias limitações impostas pela FIFA. Como a marca não é patrocinadora do evento, as ações de mídia ficam restritas, baseadas principalmente em coletivas à imprensa e anúncios que serão veiculados principalmente na televisão. “Todas as ações que estamos promovendo para 2010 são um milésimo daquilo que será feito em 2014. Por isso, a Copa do Mundo deste ano ainda possui um lado de Divulgação
MÁRIO AN
DRADA 21
o Masao Goto Filh
ISTINA
MARIA CR
Seleção Brasileira é a bola da vez neste mercado”, afirma Mansur. De acordo com o profissional, as marcas patrocinadoras são diretamente ligadas aos atributos do time, mas há necessidade de ações paralelas. Estima-se que, para cada real investido em patrocínio, o dobro deve ser aplicado no relacionamento com clientes e investidores, ações publicitárias, campanhas, entre outros. Por isso, antes de investir, é necessário refletir sobre os canais de distribuição do produto esportivo, o mercado em que a equipe está inserida, o nível técnico, regularidade do calendário, entre outros fatores.
INVESTINDO PESADO
aprendizado. Estamos com a cabeça aberta. Sabemos que nos próximos anos teremos que nos esforçar para trabalhar ainda mais e ter ideias melhores”, conclui o coordenador. Para Thiago Mansur os investimentos empresariais no segmento são fruto da demanda de uma nova plataforma de comunicação. O especialista salienta que, quando promovidas ações de comunicação por meio do esporte, as empresas conseguem efetuar o impacto em momentos nos quais o target não espera. Como o público está relaxado, as “barreiras” criadas na recepção da comunicação mercadológica direta não são acionadas, o que proporciona a visibilidade da marca de um modo diferente, auxilia fixação na mente do consumidor. “A Divulgação
Um dos patrocinadores que mais promove ações de ativação é o Guaraná Antarctica, que firmou em 2001 um contrato de 18 anos de patrocínio à Seleção. A marca é responsável pela criação de promoções, latas comemorativas, jogos em flash na Internet, entre outras. “O Guaraná Antarctica, por meio de sua exposição nos uniformes de treinamento, possui visibilidade em todo o mundo. Além de participar da vida cotidiana do consumidor, com embalagens e rótulos diferenciados para o período das partidas”, explica Tatiana Souza, assessora de imprensa da marca. Entre as ações de maior repercussão está a promoção Camisa Campeã, na qual os consumidores que guardarem cinco tampinhas ou latas de refrigerantes AmBev poderão ir aos postos de troca, onde é possível obter camisas temáticas por R$15,99. O ponto forte da promoção está no material: cinco modelos inéditos e
exclusivos com alusão às camisas com as quais a Seleção Brasileira foi campeã em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Outra marca que optou por investir maciçamente em ações promocionais é a multinacional Nestlé. A organização não perdeu tempo e, logo na assinatura do contrato, contou com a presença de Ivan Zurita, presidente da marca; Ricardo Teixeira, presidente da CBF; e o ex-jogador Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Para os consumidores das regiões Norte e Nordeste do Brasil – segundo maior mercado em volume de vendas para a Nestlé – a Ninho lançou a promoção Coração Verde Amarelo, que sorteou brindes e casas, além de apresentar latas especiais, litografadas com o design das camisetas das seleções que foram campeãs até então. E assim aconteceu com todas as outras marcas da multinacional: segmentação, estratégias regionais e várias promoções. A Nescau, que possui como principais atributos a energia e a jovialidade, promoveu
TAÇA, a Seleção Brasileira é uma das grandes favoritas do Mundial e pode trazer o caneco do hexa. Se depender dos patrocinadores, tem tudo pra dar certo
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foram estimulados, por meio de promoções, a enviarem vídeos para interagir com a campanha, sendo que o melhor foi utilizado em comerciais.
votados ganharam prêmios, editados e exibidos para os atletas minutos antes da decolagem para a África. A aeronave que levou o time ao campeonato contou também com mensagens de torcedores reproduzidas na fuselagem.
Além disso, a companhia ofereceu aos clientes serviços exclusivos relacionados à CBF, como o Torcida Vivo, Vivo que traz informações via SMS. A operadora avaliou um aumento de 50% no número de assinantes do serviço com a chegada da Copa. Outra ação que mereceu destaque foi uma festa promovida pela operadora para desejar boa sorte aos jogadores rumo ao hexa campeonato.
Entre os destaques também estão os filmes publicitários dirigidos pelo cineasta Fernando Meirelles. A empresa também investiu em anúncios impressos, inseridos nas revistas Veja, Época e Playboy e veiculações nos sites Globo.com, Lancenet!, Yahoo e MSN. Todas as peças foram criadas pela Young&Rubicam e, pelo que parece, custaram caro: a empresa teve, na última hora, de rever seus projetos de comunicação para os meses de junho e julho. “A TAM informa que fez uma readequação dos investimentos da área de Marketing. Neste momento, para divulgar o patrocínio à Seleção Brasileira, a companhia aérea optou por atuar em diferentes canais de mídia, como a Internet”, justificou a empresa, admitindo que a verba utilizada extrapolou o planejamento.
Nescau, Sua Turma é a Seleção Seleção. A Nescau 2.0, marca paralela com mais vitaminas e sabor diferenciado, disponibilizou cinco latas colecionáveis com motivos inspirados nas vitórias do Brasil. Também investiram nas embalagens temáticas a Neston, a Chocolates Nestlé, a Papinhas Nestlé e a Leite Moça – com as embalagens inspiradas na camisa oficial e nos gramados dos campos de futebol, assinadas pelo estilista mineiro Ronaldo Fraga.
Os ingressos foram distribuídos gratuitamente em redes sociais pela plataforma Eu Vivo a Seleção e teve apresentação de Luciano Huck, show do Monobloco e participações especiais do Rogério Flausino, Marcelo D2, Seu Jorge, Fernanda Abreu e Marcelo Falcão. O evento foi realizado para 35 mil pessoas no Maracanã.
Com uma estratégia que privilegiou a utilização da web 2.0, a Vivo também ‘não poupou despesas’ e lançou desde março a sua plataforma Seleção, multimídia Eu Vivo a Seleção no intuito de reunir torcedores em um canal de conteúdo exclusivo e interativo. O portal, fruto de uma parceria entre as agências Y&R e Energy, foca esforços em redes sociais e conteúdo informativo. Após cinco semanas no ar, o espaço já contabilizava 1,3 milhão de visitas. Os internautas
Assim como a Vivo, a TAM Linhas Aéreas também apostou na criação de um portal: o Paixão por Torcer. O site oferece uma galeria com fotos dos eventos realizados pela TAM antes e durante os jogos, downloads diversos, agenda de jogos e um jogo em flash. Para divulgar a página, a empresa promoveu a promoção Juntos pelo hexa, na qual torcedores enviaram vídeos ou mensagens de incentivo à equipe de Dunga. Os mais
www.vivo .com.br
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bandana e saco de confete. Os ganhadores do mês concorrem a prêmios extras: uma televisão LCD 42” com home theater e mais um kit.
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GANHOS IMENSURÁVEIS? SERÁ? O Itaú Unibanco passou a patrocinar oficialmente a Seleção Brasileira em 2008. A empresa, que já vinha ganhando espaço no marketing esportivo por meio de patrocínios de transmissões televisivas, decidiu investir forte em todas as categorias da CBF. A instituição financeira busca se firmar continuamente com esse posicionamento na mídia, com anúncios em revistas e jornais, banners na Internet, destaques na home do portal Itaú, entre outros. “A iniciativa está alinhada aos nossos valores de investir sempre no que o Brasil tem de melhor”, afirma Antonio Matias, vice-presidente do Banco Itaú, salientando a força com a qual o futebol está presente na cultura popular brasileira. Outra iniciativa é a Promoção torcida Itaú que premiou clientes que pagam pontualmente as parcelas dos empréstimos efetuados no banco. A cada parcela o cliente recebe um novo número e concorre a 200 kits torcedor – com camisas oficiais e de treino da Seleção Brasileira de Futebol, bandeira do Brasil, vuvuzela, apito,
A Volkswagen do Brasil, uma das ‘novas’ patrocinadoras da Seleção, procurou se antecipar ao período da Copa de 2010 e anunciou, em novembro de 2009, seu contrato de cinco anos com a CBF. De acordo com o presidente da empresa, Thomas Schmall, “patrocinar a seleção é acreditar no Brasil”. Os valores transmitidos por ambos seguem o mesmo caminho: confiabilidade, amizade, paixão e proximidade ao público. O carro mais vendido da VW no Brasil, o Gol, não poderia passar batido. Estreado em março, o comercial “Retribuição”, que tem Robinho como garoto propaganda, marcou o início da campanha “É Gol do Brasil”, criada pela AlmapBBDO. A campanha possui, além de filmes, anúncios, spots de rádio, web, merchandising e material PDV. A marca Extra, assim como a multinacional alemã, é uma das mais novas patrocinadoras da Seleção Brasileira. O acordo firmado entre a CBF e o Grupo Pão de Açúcar estende-se também às marcas Taeq (produtos diversos relacionados à qualidade de vida) e Qualitá (produtos alimentícios), ambas exclusivas do Grupo Pão de Açúcar. Entre outros benefícios, o patrocínio deu direito ao posicionamento como marca
patrocinadora oficial da Seleção Brasileira em todo o material mercadológico e institucional, em qualquer loja ou formato. Maria Cristina de Amarante, gerente de marketing do Extra, conta que todas as lojas foram decoradas com a temática da competição. Além disso, o Grupo Pão de Açúcar se propôs a trabalhar com produtos de bazar, têxtil, alimentos, todos com design de embalagens influenciado pelo tema “Copa do Mundo”. As marcas exclusivas também colocam nas prateleiras produtos comemorativos, totalizando cerca de 40 itens da campanha “É Hexa Brasil - Vantagens e surpresas para comemorar”. A bandeira trabalha também com brindes exclusivos, descontos e sorteio de viagens para assistir aos jogos e treinos da Seleção. “Para a marca, o patrocínio foi a concretização de um antigo sonho e está alinhado aos valores do Grupo Pão de Açúcar. É algo muito maior do
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que a oportunidade de divulgação de uma marca”, afirma Maria Cristina. A gerente de marketing acredita que o retorno de valores promovido por meio do patrocínio é imensurável, devido ao forte relacionamento existente entre a equipe brasileira e a sociedade. Nesse contexto, as ações promocionais foram focadas exclusivamente ao torcedor brasileiro. “Nossa intenção é dividir com o país os valores compartilhados entre a marca
e a Seleção, como brasilidade, garra, família e união”, diz. Segundo Poliana Sousa, gerente de marketing da Gillette, as promoções e comercializações de novos produtos são as principais ferramentas de ativação da marca. O Brasil é a primeira seleção que a Gillette patrocina, considerando o time como referência mundial quando o assunto é futebol. E os brasileiros são o principal alvo de uma série de ações de marketing. Entre as mais famosas está
o concurso cultural El Xavecón, su mejor cantada, no qual internautas brasileiros se cadastraram no site da marca e enviaram vídeos diversos com cantadas em‘portunhol’. Os autores dos três vídeos classificados foram para Buenos Aires, e quem conquistou o maior número de argentinas faturou passagens para a África do Sul. Já a promoção Todos juntos com Gillette pela Seleção, deu 11 viagens com acompanhante para o Mundial para quem enviasse três cupons, acertasse uma pergunta e fosse sorteado.
Primeira vez no Mundial
Porém, esse foi apenas o pontapé inicial do negócio. De acordo com Marcel Marcondes, diretor de marketing da Brahma, a “gigante” da AmBev preparou uma série de ações para envolver os torcedores brasileiros no clima do torneiro. A primeira foi a veiculação de um filme institucional com o jogador Luís Fabiano. A intenção, no VT “Brasil x Resto do Mundo”, foi mostrar que tanto os jogadores que entram em campo, como os brasileiros, são guerreiros que batalham e não desistem dos seus sonhos. Outras ações de ativação foram a construção do novo portal, com foco em futebol, rodeio, carnaval e campanhas diversas. O site possui seção dedicada
à Copa do Mundo, no qual o internauta pode conhecer histórias, curiosidades, ler notícias, bastidores das gravações das campanhas da Brahma (que apoia Dunga, Luis Fabiano, Júlio César, Daniel Alves, Cafu e Ronaldo), compartilhar comentários e desfrutar de uma coluna exclusiva, escrita pelo jornalista esportivo Milton Neves. Todo o conteúdo é constantemente atualizado e compartilhado nos perfis oficiais da marca nas redes sociais. Os filmes, assinados pela agência África, posicionaram a Brahma como uma cerveja tipicamente brasileira – fator que agrega valores tanto dentro, como fora do país. No entanto, a marca ainda está indecisa sobre a venda de bebidas na África do Sul. “É um problema de logística”, explica o diretor. Já a Seara, também vislumbrando a Copa de 2014, assinou o acordo de patrocínio com a CBF em abril passado. “O futebol é a grande paixão nacional e a sua prática contribui para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Isso combina perfeitamente com a estratégia de comunicação da Seara”, ressalta Marcos Antonio Molina dos Santos, presidente do Grupo Marfrig. Dois
dias após o anúncio, o Grupo Marfrig tornou público um investimento ainda maior: o patrocínio às Copas do Mundo de 2010 e 2014. De acordo com participantes das negociações, o frigorífico vai desembolsar algo em torno de R$ 140 milhões por ano. O primeiro produto a se associar à equipe brasileira foi o sanduíche Hot Hit Picanha, novidade no portfólio da empresa. Mais de 70 produtos serão disponibilizados com novos layouts que destacam as cores verde e amarela, com o logotipo da CBF e o título de “Patrocinadora Oficial da Seleção Brasileira” e ainda uma promoção que premiará os consumidores com um milhão de reais. A expectativa do frigorífico é obter maior exposição e identificação dos produtos nas gôndolas.
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ela primeira vez em dezoito edições da Copa do Mundo da Fifa, duas empresas brasileiras patrocinam o mundial – Brahma e Seara. Desconhecidas de uma certa forma do consumidor além das montanhas brasileiras, as marcas investiram pesado no contrato – cerca de US$ 240 milhões, o que equivale a R$ 432 milhões, segundo especulações de mercado.Para se ter ideia, em 2006, durante a Copa da Alemanha, a Anheuser-Busch pagou US$ 40 milhões para que a sua cerveja fosse exclusiva do evento. A AmBev, detendora da marca Brahma não revela o quanto investiu no patrocínio, mas calcula-se que a soma chegue a US$ 100 milhões, pois o contrato atual engloba também a Copa do Mundo de 2014.
Depois do nosso debut, agora é só festa! PQN16, muitas novidades e a aceitação do mercado editorial e publicitário como a melhor revista da Comunicação. Conte suas novidades: robsonabreu@pqn.com.br
Marco Aurélio Lara
CONTRATAÇÕES I
Para reforçar sua equipe, a Interface Comunicação Empresarial contratou as jornalistas Rachel Wardi como gerente de contas, Isabella Antunes e Alexandra Reinoso como assistentes de atendimento. Além disso, a relações públicas Danielle de Paula é a nova assistente de marketing. O investimento se justifica pelo crescimento da empresa nos últimos seis meses, com a conquista de diversos jobs e clientes.
CONTRATAÇÕES II
A RS Direct se reposiciona, assume seu lado digital e passa a se chamar RS Digital Direct. E para comandar a nova área, a empresa acaba de contratar João Passarinho Netto como Diretor de Web e Comunicação Digital. Formado em Publicidade, pós- graduado em Design Gráfico com extensão na University of Califórnia, e MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, trabalhou como web-design na Bovespa, Editora Globo, CometRSVP e no Grupo Pueri Domus. Divulgação
LANÇAMENTO
MERECIDO
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A Procter & Gamble acaba de promover Gabriela Onofre Editore para ocupar o cargo de Diretora de Assuntos Corporativos. Há 12 anos na companhia, ela atuava como gerente liderando a área de comunicação para todas as marcas da P&G, midia, marketing digital e relações públicas. Participou ativamente do lançamento de Ariel no Brasil, foi gerente de Ace, trabalhou no marketing regional de Sabão em Pó e Pampers e também organizou a operação de trade marketing da companhia.
MUDANÇAS
O carioca Marcelo Cordeiro assumiu a diretoria de jornalismo do jornal Hoje em Dia, do Grupo Record Brasil, em BH. Ele, que veio da sucursal do diário em Brasília, terá a árdua missão de reposicionar o jornal no mercado mineiro aproveitando todos os 22 anos de circulação. Cordeiro trouxe também a competente Regina Martinez que ocupou o cargo de editora-chefe. Ronaldo Solha, editor de primeira página, assumiu o cargo de editor executivo. Para os próximos 60 dias, o novo diretor promete mudanças no projeto visual, linha editorial e marketing em função de uma pesquisa realizada pelo Instituto Nexus que ouviu a opinião dos leitores, mercado publicitário e profissionais da redação. Divulgação
SUCESSO
O 1º filme da campanha “Tudo Casa Minas Casa”, criada pela Popcorn para o Shopping Minascasa, em BH, ganhou repercussão no Clube de Criação em São Paulo
Mozahir Salomão Bruck Bruck, diretor de Comunicação da Puc Minas, acaba de lançar seu terceiro livro Biografias e literatura: entre a ilusão biográfica e a crença na reposição do real. real Na obra, o escritor, ensaísta, pesquisador, jornalista e professor, discute os conceitos acerca do biográfico e do literário, analisando dois conjuntos diferenciados de biografias. Ele ressalta o papel das biografias como lugar de memória, o uso que delas fazem outras áreas do conhecimento, especialmente história e jornalismo, e as imbricações e desafios do trabalho do biógrafo.
(CCSP), o principal site de criação publicitária do país. A peça foi publicada na seção “Novos” do site que recebe e seleciona as melhores campanhas realizadas nos quatro cantos do país. A veiculação aconteceu entre janeiro e fevereiro deste ano e contou com o ator Fábio Porchat – ator e humorista conhecido pelos quadros cômicos apresentados no programa Fantástico e pelos shows stand-ups comedy. Confira no http://ow.ly/1yscS
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Jornalista, especialista em jornalismo multimídia pela PUC-SP e mestrando em comunicação pela ECAUSP. Atua há 10 anos em comunicação digital corporativa participando de projetos para Schering-Plough, Instituto Ethos, COC e Lush. Jurado das categorias digitais do Prêmio Aberje e um dos autores do blog Intermezzo. www.andredeabreu.com.br
Tendências para um mundo sociodigital
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escrever tudo o que aconteceu na Conferência Internacional de Redes Sociais realizada em março, em Curitiba, é uma tarefa inglória. Afinal, um encontro que reuniu mais de três mil pessoas e 100 palestrantes só podia resultar em um turbilhão de ideias e tendências que busquei resumir para vocês neste artigo:
REDE DE COISAS O volume atual de dispositivos conectados à rede é estimado em um trilhão, incluindo videogames e celulares, ou seja, a Internet não é mais formada apenas por computadores. Isso faz com que possamos estar em contato direto com os mundos virtual e real e um dos grandes exemplos dessa integração é o FourSquare. Este aplicativo para celulares cria uma rede social orgânica, fazendo com que novas conexões surjam, baseadas na localização geográfica de cada participante.
INTEGRAÇÃO REAL X VIRTUAL Casos famosos como a trilogia de vídeos de Dave Caroll contra a United Airlines utilizaram o poder da web para reverberar uma mensagem, porém não para mobilizar pessoas em torno dela. Entretanto, o fato de as pessoas estarem cada vez mais conectadas faz com que cresçam as iniciativas de mobilização pelas redes sociais. Exemplos não faltam: PatientsLikeMe, SeeClickFix, MeetUp e o KickStarter são alguns dos cases internacionais da área.
PRIVACIDADE, EXCESSO DE INFORMAÇÃO E PKM A presença em todas as redes sociais traz implicações como o excesso de exposição e a perda de privacidade, mas não podemos abandoná-las. Pelo contrário, precisamos usufruir delas sabendo preservar nossa intimidade. Steven Johnson,, um dos palestrantes do evento, sugere, inclusive, que isso seja ensinado desde a infância nas escolas. A preservação da individualidade também foi assunto da fala de Pierre Lévy. O filósofo francês acredita que o “problema não está no excesso de informação, e sim na ausência de critérios individuais de foco e de escolha de fontes confiáveis a seguir”. Para contornar esse problema, ele propõe o uso de processos e ferramentas de PKM (Personal Knowledge Management), fazendo com que nos atentemos apenas àquilo que é relevante. O saldo dessa troca intensa de interações mostrou que temos ainda um grande campo a ser explorado. A onipresença da tecnologia permite que ela se entrelace às nossas vidas de uma maneira que praticamente não percebemos sua existência. Isso faz com que, finalmente, as atenções se voltem para o ponto de onde jamais deviam ter saído: as pessoas, o ser humano.
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BRUNO, cada comunicador tem um jeito de se relacionar com o pĂşblico. Mesmo os jornalistas, com toda a imparcialidade, tendem para um estilo
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CAPA
ficando bons em omédia! Também nossa profissão ma grande piada! Jornalistas, publicitários, designers, relações públicas, radialistas, âncoras e repórteres de TV estão levando para os palcos críticas bem feitas sobre o dia a dia, divertindo e informando plateias do Brasil inteiro. Enquanto a PEC não é aprovada, e, se será, eles vão fazendo piadas de tudo. Mas até que ponto um humorista do modismo dos palcos “comédia em pé” pode ser considerado um formador de opinião? É possível que as pessoas vejam no gênero, além de diversão, uma fonte de informação? Esse tipo de comédia é mais uma forma de remunerar os profissionais da comunicação que sofrem por baixos salários? CRISTINA SANCHES
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astam um palco e um microfone para entreter a plateia por mais de uma hora. Nada de banquinho. Calma, não é bossa nova. É o stand-up comedy, gênero humorístico que surgiu nos Estados Unidos no final do século XX. Diferentemente do teatro clássico, que segue um roteiro construído por textos prontos, personagens, figurinos e cenários, o stand-up utiliza apenas um recurso: o comediante, que diverte o público com piadas próprias, sem anedotas populares, criadas a partir da observação do cotidiano. A apresentação é sempre original. Não há texto, regras, sequências e muito menos limite para fazer o público rir. Conhecido também como “humor de cara limpa”, o gênero se diferencia do monólogo por não utilizar o recurso da “quarta parede” - representado pela plateia que assiste passivamente ao espetáculo. No stand-up a plateia faz parte do show. E está assim de comunicadores fazendo isso pelo Brasil afora. Jornalistas, publicitários, RPs e radialistas renderam-se a esse tipo de comédia. Enquanto o diploma de Jornalismo não volta a valer, os RPs sem saber pra quê se formaram e os publicitários sem profissão regulamentada, nada melhor que fazer piada disso tudo e ainda, ganhar uma boa grana.
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Bruno Motta, publicitário, jornalista e um dos principais representantes da comédia em pé, acredita que cada comunicador tem um jeito de se relacionar com o público. Mesmo os jornalistas, com toda a imparcialidade, tendem para um estilo. “Em alguns casos, como o meu, é o humor. No palco, mesmo como humorista, sabemos que algumas piadas passeiam por assuntos mais sérios. E abordar certas situações faz com que a plateia reflita, mesmo que seja por meio de uma risada”, garante o profissional. Ator desde os 14 anos, Motta entrou para o Guinnes Book como o comediante que apresentou o “maior show de humor do mundo”, ao ficar por 38 horas e 12 minutos falando para uma plateia de cinco mil pessoas em Belo Horizonte. Ele afirma que, mesmo
no palco, vê a si mesmo como um comunicador. As piadas são mais uma forma de informar o público. “Só muda a mídia e a forma como o assunto é dito. Como disse McLuhan: ‘O meio é a mensagem’. Como o stand-up é baseado em tudo que está à nossa volta, a identificação de quem assiste é imediata. E o público gosta de ver tratados com humor os assuntos que ele também abordaria. É identificação pura”, diz Motta. O humorista e jornalista carioca Marcelo Adnet concorda com Motta e afirma: “O gênero é 100% construído a partir de fatos do cotidiano, por isso é um meio formador de opinião”. Para ele, a facilidade de o jornalista escrever e se expressar explica o talento para o stand-up comedy. “Não sou um educador. Quando estou no palco, a piada tem prioridade. Mas gosto do humor político, cheio de opinião. O fato de ser jornalista contribui para o comediante, uma vez que ele tem acesso às informações e pode se apropriar delas para criar uma piada ou até fazer um protesto por meio de uma sátira”, pondera. Adnet conta que quando subiu ao palco pela primeira vez não teve dúvida do que fazer e conseguiu mostrar seu ponto de vista melhor do que no Jornalismo. Conhecido pelo improviso e imitações diversas, a carreira de Adnet como ator começou ainda nos tempos da faculdade de Jornalismo, em 2003, no grupo de improviso do Rio de Janeiro “Z.É - Zenas Emprovisadas”, com o qual venceu o Prêmio Shell 2004. Coleciona participações em humorísticos e Carlos Dellarocca
Bozó Empreendimentos Artísticos
O stand-up comedy, que em Português significa “comédia em pé”, começou a ser introduzido na década de 60, com o humorista José Vasconcelos, que praticava o one man show, gênero semelhante, mas que permite outras abordagens como interpretação de personagens, músicas, cenas etc. Mais tarde, humoristas veteranos como Vasconcelos, Chico Anysio e Jô Soares adotaram o stand-up e o levaram, além dos palcos, para a televisão. “Eu e o José Vasconcelos fomos os primeiros a fazer esse tipo de humor. Na época éramos apenas nós dois e mais uns poucos no mundo, em torno de 10. Hoje, mais de 50 anos depois, o gênero permanece lançando humoristas. O importante é que surjam sempre novos comediantes”, recorda Chico.
CHICO, o stand-up se reinventou e ainda hoje tem revelado grandes talentos no cenário do humor
novelas da Rede Globo, filmes infantis, várias peças teatrais, além dois programas na MTV. A carreira de humorista de Diogo Portugal surgiu paralela à de publicitário. Durante dez anos ele teve uma produtora, onde fazia de tudo: jinglista, atendimento e materiais publicitários. Em 1996, incentivado pelos amigos que sempre o acharam engraçado, resolveu arriscar e enviou um material para o primeiro Festival Multishow do Bom Humor Brasileiro. “E fui classificado. Cheguei até a final e isso foi um grande impulso para acreditar que eu definitivamente, além de trabalhar com publicidade, também fazia humor”, diz. Portugal uniu o útil ao agradável. Hoje ele é proprietário da “Senta Rir”, uma agência e produtora de entretenimentos, conteúdo e soluções de comédia para eventos de marketing. “Sinto-me muito mais à vontade e feliz diante da possibilidade de utilizar minha profissão para fazer humor”, orgulha-se.
ADNET, o stand-up comedy é construído a partir de fatos do cotidiano, por isso é um meio formador de opinião
Matheus Dias/Nume Comunicação
Para o publicitário, qualquer forma de comunicação tem melhor resultado quando envolve o humor. Ele firma que a comédia é fundamental para um comunicador. “Os palestrantes mais procurados são aqueles que sabem introduzir humor em suas apresentações. Os comerciais humorísticos geralmente são os que mais fixam a marca do produto para o consumidor. Os maiores talk-shows americanos têm como entrevistadores comediantes”. No caso do stand-up, ele acredita que o público quer mesmo é dar risada e que o gênero é uma forma de entretenimento. Entretanto, como a característica principal é a observação, o estilo tem funcionado como fonte de informação. “As pessoas vão ao teatro para rir, mas acabam se identificando com muita coisa que falamos no palco, por abordarmos temas atuais, situações do dia a dia. Uma boa piada de stand-up é aquela que o espectador comenta: ‘Como não pensei nisso antes!” Já o humorista Bruno Berg, do grupo Queijo Comédia e Cachaça, fez o caminho inverso. O fato de ser humorista é que o levou para a Comunicação. Formado em Arquitetura, atualmente Berg é um dos apresentadores do programa Café Comédia, da rádio Mix FM, de Belo Horizonte. “Depois de dois anos fazendo comédia stand-up é que passei a apresentar um programa de rádio. Mas ambos têm o mesmo objetivo: divertir”, conta. Para ele, quando alguém decide ser comediante de stand-up, com certeza gosta de fazer os outros rirem, mas também é porque tem algo a dizer, a criticar. “E quando se trabalha na área da comunicação, de certa maneira é mais comum você querer transmitir
DANILO, o humor não é uma linguagem privilegiada apenas aos que trabalham com Comunicação
suas críticas, incertezas e frustrações para o grande público. Mas não dá para fazer stand-up com mentiras. Se eu não gosto de música sertaneja, por exemplo, não posso falar no show que é boa. E o público, mesmo que goste, espera que eu fale mal e argumente em cima disso. Agora, obviamente, quando tratamos de assuntos mais sérios, essa responsabilidade aumenta ainda mais”, avalia o apresentador.
O HUMOR É PARA QUALQUER PROFISSÃO? Jornalista, escritor, cartunista e, acima de tudo humorista, o repórter do “CQC”, da Rede Bandeirantes, Danilo Gentili, faz uso da profissão de comunicador no humor. Gentili é uma das estrelas do programa por suas reportagens críticas ao sistema brasileiro apresentadas nos quadros Repórter Inexperiente (2009) e Proteste Já (2010). No humorístico, teve momentos marcantes como ser expulso do Congresso Nacional, derrubado por
seguranças do presidente do Senado, e ainda preso ao se vestir de mendigo. Para Gentili, o humor é universal. Todas as pessoas, independentemente da profissão, querem fazer o outro rir. O humor não é uma linguagem privilegiada apenas aos que trabalham com Comunicação. É um recurso humano. “Sempre há um tio que nas reuniões de família é o piadista e nem por isso é um profissional da Comunicação. Talvez seja engenheiro ou dentista. Professores de cursinhos usam humor para ensinar. Políticos inteligentes agregam humor aos seus discursos”, afirma. Segundo ele, na fala de um bom humorista sempre há uma verdade. “As mazelas do homem viram impulso, combustível e matéria-prima para a construção da piada, de uma crítica bem colocada, que merece ser direcionada a algo ou a alguém. A forma como a situação é colocada é que torna a informação mais leve. Menos para o alvo da piada.
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O jornalista está entre os principais humoristas de stand-up comedy no Brasil. Ele segue a linha do tradicional comediante do gênero: encara a plateia de cara limpa, sem anedotas populares, piadas prontas ou textos que não sejam de sua autoria. Humorista nato, Gentili tem uma forma peculiar de construir seu espetáculo. Além de fazer críticas bem humoradas do cotidiano, cria textos e piadas a partir de situações da própria vida. “A grande sacada do espetáculo é a identificação da plateia com questões vivenciadas no meu dia a dia. Faço críticas das minhas próprias mazelas e procuro dar simplicidade a elas. É um trabalho de difícil lapidação. É como tirar leite de pedra. Mas não existe sensação melhor do que sentir que o público está curtindo o show”, diz o comediante.
Carol Guedes
A não ser que ele seja maduro e tenha personalidade suficiente para saber rir de si mesmo”, pondera.
FÁBIO, a comédia em pé, além de divertir as pessoas, é uma maneira de criticar os fatos e até de formar opiniões. O humor é uma tendência universal. O bom comediante tem sempre uma mensagem subliminar para passar
Pupilo de Gentili, Rogério Morgado, uma das recentes revelações do humor nacional, entrou para a comunicação em 2001, ao estagiar em uma emissora de TV UHF. Logo de primeira, já começou a fazer humor, em um programa diário em que fazia imitações e comentários bem humorados das noticias anunciadas pelo apresentador. Depois, trabalhou durante quatro anos como radialista na rádio Energia 97, de São Paulo. Lá, apresentava a programação e escrevia programetes para o Estádio 97, programa de futebol da emissora. Mas como de praxe, o humor estava presente. Além de locutor, ele apresentava o Palhacinho’ em que interpretava um personagem chamado Epifanho. “Sempre fiz humor, nasci com isso na veia. Não é uma coisa que aprendi a fazer. Claro que fui aperfeiçoando o modo de me colocar e escrever meus textos. Mas o stand-up comedy surgiu há três anos, quando conheci meu amigo Danilo”, observa o comediante. Morgado conta que precisou largar definitivamente o rádio para se dedicar ao humor. Ele lembra que os convites para shows começaram a crescer e que
DIOGO, estou muito à vontade e feliz diante da possibilidade de utilizar minha profissão para fazer humor
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os horários e as escalas impostas pelo jornalismo o impediam de viajar para as apresentações. Entre duas profissões que lhe proporcionavam prazer, optou pela mais rentável. “Mas sinto muita saudade do rádio, que mato um pouquinho quando estou em alguma cidade e vou divulgar o show em uma emissora local”, brinca. Para ele o humor sempre foi usado para criticar. Porém, é válido quando a crítica é bem colocada. “Hoje o humor entra em qualquer lugar. As pessoas levam muito a sério os fatos do cotidiano que contamos em uma piada. Mas a comédia em pé é isso: fazemos piadas sobre o que é para ser levado a sério”, explica. Atualmente, Morgado integra o elenco fixo do grupo Divina Comédia ao lado de Mauricio Meirelles e Felipe Hamachi, e é um dos mais recentes humoristas da noite paulistana. Seu talento natural para fazer o outro rir tem conquistado a cena nacional com apresentações pelo Brasil. Seu show solo já passou por cidades como Brasília, Campinas Ribeirão Preto, Curitiba, Uberlândia, Vitória e recentemente Belo Horizonte, onde esteve se apresentando no I Festival Mercado do Riso de Humor, promovido pela Box Entretenimento, empresa mineira que abriu as portas
Apesar de formado em Relações Internacionais, Fábio Rabin acabou indo parar nos palcos e na televisão. Ficou conhecido como Silveira, personagem hilário do quadro Na Madrugada e Beijo na Boca ou Tapa na Cara, apresentado pelo programa Pânico na TV e também na rádio Jovem Pan, em 2008. Atualmente apresenta o programa Comédia MTV ao lado de Marcelo Adnet e Dani Calabresa, Bento Ribeiro, Rafael Queiroga e Guilherme Santana.
Marta Leandro
Assim como Danilo Gentili, Rabin também defende que o humor é uma tendência universal que, além de divertir as pessoas, é uma maneira de criticar os fatos e até de formar opiniões. O bom comediante tem sempre uma mensagem subliminar para passar, algo com que as pessoas se identifiquem. O que, para ele, é mais complexo do que a mera informação. “Com certeza, o humor é uma
ferramenta de diversão, podendo ser usado também para criticar algo. Mas pode ser praticado por qualquer pessoa. Nos Estados Unidos temos ótimos exemplos, como o Dr. Kim, um americano médico que é um comediante maravilhoso! A comédia pode estar em qualquer profissão. Mas com exceções: dificilmente em um cantor de axé”, brinca ele.
Thiago Costolli
dos teatros locais para os humoristas nacionais.
Como humorista, Rabin se vê na função de divertir que, para ele, no stand-up comedy, é mais importante do que informar. “A vida é séria demais e quero mostrar o quanto isso é ridículo, o quanto nós todos somos ridículos. Talvez por isso eu prefira o humor atemporal a algo passageiro, como uma notícia”.
SER COMUNICADOR AJUDA NA CRIATIVIDADE DE UM HUMORISTA DE STAND-UP? O redator publicitário Bruno Costoli acha que sim. Há um ano, o comediante se uniu a Myriam Campas e Caíque Brito e criaram a Liga da Comédia, Comédia único grupo a fazer jogos de improviso, gênero que ficou conhecido no Brasil pela Cia. Barbixas de Humor. Humor A partir de temas sugeridos pela plateia, divertidas cenas são criadas no palco. O trio também é craque no stand-up comedy. comedy Para Costoli, nem todo stand-up tem informação
COSTOLI, nem todo stand-up tem informação relevante. Tudo pode acontecer por acaso sempre
relevante. Acontece por acaso. Mas uma crítica a um político influente, por exemplo, pode acabar sendo muito mais contundente no palco do que em um jornal, pois não há como censurar. Mas ele se sente responsável pelas brincadeiras que faz no palco sobre o cotidiano. “Muitas vezes uma piada é só uma piada, mas em outras é possível perceber que a plateia leva a sério o que você diz, principalmente se ela se identifica. A ideia do stand-up é fazer rir. Mas, para mim, se for possível fazer
BRUNO, quando tratamos de assuntos mais sérios, essa responsabilidade aumenta ainda mais, principalmente quando somos comunicadores
Otávio Rotundo
Rogério Morgado também acredita que o profissional da comunicação é, naturalmente, criativo, comunicativo e apaixonado por artes. “A criatividade é a chave para escrever bons textos. Se a pessoa for um pouco engraçadinha, já é meio caminho andado para entrar no mundo do humor. É certo que o fato de ter sido um profissional da comunicação completa meu trabalho como humorista. Acho que ambas as funções agregam a tudo que faço. Mas no palco, sou primeiro um
humorista e depois um comunicador”, garante Morgado.
E O QUE DIZ QUEM ENTENDE DE TEATRO? Para o crítico de teatro do jornal Hoje em Dia, o jornalista Miguel Anunciação, a febre do stand-up comedy no Brasil não passa de puro modismo. O brasileiro, afirma, adora fases e novidades passageiras. O stand-up atual não é, necessariamente, melhor e mais interessante do que o humor praticado antes. “Novamente nos deparamos com o velho colonialismo cultural do brasileiro, que faz com que tudo o que venha dos Estados Unidos pareça mais interessante que o similar nativo. Muitas vezes o divulgador da ‘novidade’ sabe que o stand-up - ou uma modalidade dele - não é tão recente assim. Mas sempre se reimprime a lenda quando ela serve melhor aos seus interesses”, avalia Anunciação. O crítico diz que não tem acompanhado o trabalho de todos os humoristas da nova geração, mas, dos que conheceu, gostou especialmente de três: Fábio Rabin, Marcelo Médici e Luís Miranda. Sobre sua preferência pelos comediantes veteranos ele não tem dúvida. “Gosto de alguns, mas acho que ainda não surgiu nenhum outro tão completo quanto Chico Anysio, que concebe, escreve, caracteriza, atua e enxerga a vida e a sociedade como nenhum outro. Ele é extraordinário”, afirma Anunciação.
RIR AINDA É O MELHOR REMÉDIO! Para a psicóloga Conceição Marinho rir é mesmo considerado como o melhor remédio. Ela explica que é uma questão hormonal. Quando a pessoa sorri ou solta uma gargalhada, ela produz e libera dopamina e serotonina, que são neurotransmissores que proporcionam prazer. “Quando a pessoa libera esses hormônios é como se ela tivesse um ‘orgasmo’ psíquico. Rir é bom para tudo, para a pele, para os músculos. A pessoa ROGÉRIO, o fato de ter sido um profissional da comunicação completa meu trabalho como humorista de stand-up
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Arquivo PQN
com que o público reflita um pouco sobre o que estou falando, é ótimo”. Atualmente, Costoli se divide entre o humor e a publicidade. Segundo ele, os publicitários, em especial os que trabalham na área de criação, desenvolvem constantemente seu lado lúdico e acabam fazendo humor nas próprias campanhas.
MIGUEL, o stand-up comedy no Brasil não passa de modismo e ele não melhor e nem mais interessante do que o humor praticado antes no país
que sorri vive mais. Que brinca mais, que gosta da viva, que leva a vida mais light tem menos problemas físicos, psíquicos e tem mais probabilidade de viver a longo prazo”, informa a psicóloga. Conceição explica que o ser humano vive em dois princípios: de prazer e da morte. “A pessoa encontra o princípio do prazer ao assistir a um filme que a faz sorrir, uma comédia, ao caminhar. São ações que produzem dopamina e serotonina. Outras buscam o prazer na drogadição, como o fumo, por exemplo. Esses são os indivíduos que têm o principio da morte. Quando a pessoa vai a um show de humor, por exemplo, percebe que não precisa da drogadição para sentir prazer. Por isso rir ainda é o melhor remédio”.
INOVAÇÃO
Revista PQN lança versão digital Estamos investindo em novas mídias para atrair públicos diferenciados. Assim, apostamos em formato inédito entre as publicações do nosso segmento. A intenção é atrair cerca de 78% dos anunciantes e 91% das agências que pretendem investir na web nos próximos anos, segundo dados do Interactive Advertising Bureou Brasil (IAB). RAPHAEL CHAVES
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pós seis anos de circulação no mercado editorial nacional, a PQN, a revista da Comunicação, investe no formato digital para ampliar sua divulgação e número de leitores. Assim como os grandes jornais, a publicação passa a oferecer digitalmente a edição impressa e também suplementos mensais focados em temas escolhidos pelos comunicadores. Os leitores terão uma degustação de todos os assuntos abordados na edição impressa, como
colunas e artigos, além de uma leitura rápida das principais reportagens. Robhson Abreu, editor e criador da PQN, afirma que o novo formato vai atrair principalmente aqueles leitores entre os quais a publicação impressa ainda não circula, como na região Norte do País, e também valorizar todos os colaboradores que participam da revista como colunistas e articulistas. A Arte: Lúcio Carvalho
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oportunidade de ter um veículo com maior acesso fascina o editor que, atualmente, tem na revista impressa uma tiragem de 20 mil exemplares e distribuição nacional. “Com a PQN digital, aumentaremos em muito mais o número de leitores. Não é minha intenção parar com a versão impressa e, sim, dar condições a outros comunicadores de ter acesso a uma publicação de conteúdo e muita qualidade”, aponta Abreu. Na versão digital, informa o editor, o leitor contará com um making-off de algumas entrevistas, podcasts, vídeos, publicidade on line, redes sociais, o que dará uma grande interatividade aos leitores. Assim, parte das entrevistas será digitalizada para que possa ilustrar as páginas digitais. Além disso, os vídeos poderão ser utilizados como fonte de informação pelo meio acadêmico. Outra novidade, adianta Abreu, é que além da publicação, PQN ganhará suplementos digitais todos os meses em que não houver edição impressa. O primeiro número será sobre comunicação interna e o segundo sobre marketing infantil. “Assim poderemos fazer um material mais extenso, com outras informações extras como vídeos institucionais que não tivemos como utilizar na edição impressa”, informa.
e dinâmica que mudará a forma de ler e folhear uma revista”, avalia Guimarães.
Outros interessantes dados apontados pela pesquisa é que entre esses brasileiros 79% fazem parte de alguma rede social, e estas agregam mais de 55 milhões de usuários. A cada ano, 492.750 horas de conteúdos são publicadas no Youtube. Se compararmos com a realidade das TVs abertas, a Rede Globo, uma das maiores redes de TV do mundo, no mesmo período produziu apenas 4.500 horas de conteúdo, informa o vídeo de estatísticas on line divulgado pelo próprio Youtube.
Segundo o diretor, empresas de pequeno e grande porte também podem, por meio dessa nova ferramenta, usar vídeos e fotografias em altíssima resolução em seus projetos digitais, o que diversificará e facilitar a atuação junto ao mercado publicitário. “A plataforma digital pode ser utilizada por qualquer pessoa que queira se adaptar às facilidades que a tecnologia permite. Com o formato em revista flip on line a organização poderá divulgar, publicar, enviar e eternizar informações e histórias de vida em vídeos e textos com recursos visuais diversificados, interativos e atraentes”, aponta.
PARCERIA DE INOVAÇÃO Toda a plataforma da PQN digital está sob a responsabilidade da MagFlip Revistas Digitais (www.magflip.com. br), empresa mineira de TI que viu na publicação uma oportunidade para ampliar seus negócios no mercado web. De acordo com Guilherme Guimarães, sócio-diretor e profissional de TI da MagFlip, a revista PQN está inovando e quebrando paradigmas no mercado editorial, já que estará alcançando um público maior pelo baixo custo e rapidez da distribuição da versão digital. “A web nos permite ultrapassar fronteiras e o nosso maior desafio será manter uma forte conexão entre a PQN, seus leitores diversos, mercado publicitário e também daqueles que buscam um produto inovador, de qualidade e conteúdo ímpar. É a qualidade da publicação que todos conhecem aliada ao expertise da MagFlip, uma empresa que busca soluções de alta tecnologia para seus clientes e parceiros. Vamos disponibilizar uma plataforma interativa
A intenção da Magflip com a parceria inédita com a revista PQN é se especializar na produção de revistas digitais utilizando seus vários recursos, vantagens e utilidades. “Não queremos e nem pretendemos adaptar um conceito originalmente criado para a TV e o impresso para a Internet. Não iremos utilizar o velho conceito off-line driven, on-line supported. Nada de conceitos ultrapassados. Nossa intenção é criar e pensar on line, adaptando um layout inovador com formato diferenciado e tecnologia de ponta, unida a uma divulgação ampla e única em sites de relacionamentos como Twitter, Orkut, Facebook, entre outros. Vamos inserir posts diretos e frequentes, unindo assim cliente, consumidor em tempo real e anunciantes através do mundo digital”, pondera Geisy Campos, diretora de marketing da Magflip.
Arte: Welerson Ferreira
Atualmente, de acordo com recente pesquisa promovida pelo Ibope, o Brasil é o líder mundial em número de horas navegadas. Em média, o brasileiro gasta cerca de 24 horas e sete minutos por mês conectado à Internet. Além disso, só no ano passado foram investidos
entre R$ 935 e R$ 940 milhões em publicidade online no País.
DIGITAL, ferramenta permitirá que mais leitores possam ter acesso à publicação mediante assinatura digital que terá preço diferenciado da edição impressa
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Jornalista da Rádio América, Advogada da Morato e Gomes Advogados Associados e Professora de Direito da UNIPAC – Betim.
Participe, mande suas dúvidas para pautajuridica@pqn.com.br
Pauta Jurídica Nesta edição, saiba tudo sobre as “Horas extras”. Quais os seus direitos e como reivindica-los caso necessário. Fique atento às leis trabalhistas e faça valer o que está escrito na CLT.
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CLT – Consolidação das Leis do Trabalho - regula a jornada de trabalho dos jornalistas profissionais, limitando-a a 5 horas diárias, como se extrai do artigo 302: “Art. 302. Os dispositivos da presente Seção se aplicam aos que nas empresas jornalísticas prestem serviços como jornalistas, revisores, fotógrafos, ou na ilustração, com as exceções nela previstas” O art. 303 também da CLT prescreve: “Artigo 303. A duração normal do trabalho dos empregados compreendidos nesta Seção não deverá exceder de 5 (cinco) horas, tanto de dia como à noite” A interpretação conjugada dos artigos 302 e 303 da CLT leva à conclusão inicial de que a jornada especial de cinco horas diárias aplica-se apenas aos jornalistas que prestam serviços em empresas jornalísticas. Por isso, vale analisar o Decreto 83.284, de 13/03/1979, deu nova regulamentação ao Decreto-Lei n. 972/69, com as alterações introduzidas pela Lei n. 6.612/78, dispôs no art. 3º que: “Art 3º Considera-se empresa jornalística, para os efeitos deste decreto, aquela que tenha como atividade a edição de jornal ou revista, ou a distribuição de noticiário, com funcionamento efetivo, idoneidade financeira e registro legal. § 1º Equipara-se à empresa jornalística a seção ou serviço de empresa de radiodifusão, televisão ou divulgação cinematográfica, ou de agências de publicidade ou de notícias, onde sejam exercidas as atividades previstas no artigo 2º. § 2º A entidade pública ou privada não jornalística sob cuja responsabilidade se editar publicação destinada a circulação externa está obrigada ao cumprimento deste decreto, relativamente aos jornalistas que contratar.”
Assim, da análise do quanto disposto nos arts. 302 e 303, da CLT em conjunto com os Decreto-Lei n. 972/69 e Decreto n. 83.284/79, aporta-se a conclusão de que a jornada especial de cinco horas aplica-se aos jornalistas que prestam serviços em empresas jornalísticas, nas empresas a estas equiparadas e ainda àqueles que prestam atividades em entidades públicas ou privadas não-jornalísticas, mas sob cuja responsabilidade se edita publicação destinada a circulação externa. A jornada de trabalho pode ser elevada para 7 (sete) horas diárias, mediante acordo escrito, onde se estipule aumento do salário para o excesso do tempo de trabalho, e se estabeleça intervalo para repouso ou refeição (artigo 304 da CLT). Isso quer dizer que o jornalista pode ser contratado, por escrito, para cumprir jornada de trabalho de sete horas diárias, e o salário contratado remunerará todas as horas laboradas, não havendo que se falar no pagamento, como extras, das sexta e sétima horas. Observa-se que caso haja piso salarial estipulado em norma coletiva para a categoria dos jornalistas, o jornalista contratado para laborar sete horas diárias tem direito a receber salário superior, já que o piso previsto na norma é para jornada de cinco horas, conforme se depreende do art. 9º do Decreto-Lei n. 972/69: “O salário de jornalista não poderá ser ajustado nos contratos individuais de trabalho, para a jornada normal de cinco horas, em base inferior à do salário estipulado, para a respectiva função em acordo ou convenção coletiva de trabalho, ou sentença normativa da Justiça do Trabalho” Se exceder o horário de cinco horas diárias, ou 30 horas semanais, o jornalista tem direito as horas que ultrapassarem o máximo de 30, caso a empresa não tenha banco de horas,que deve constar em acordo coletivo, essas horas têm que ser pagas.
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O banco de horas permite que a compensação de horas suplementares seja efetuada no prazo de um ano, não ensejando pagamento de adicional se forem compensadas com folgas, no período mencionado. Neste sentido, decidiu o Colendo Tribunal Superior do Trabalho:
Portanto, entende-se como jornalista o trabalhador intelectual cuja função se estende desde a busca de informações até a redação de notícias e artigos e a organização, orientação e direção desse trabalho. Como se vê, para a Justiça do Trabalho o reconhecimento da função de jornalista depende da realidade da função exercida e não da nomenclatura adotada pelo empregador.
12476731 - HORAS EXTRAS. JORNALISTA. TRABALHO PRESTADO À EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. Segundo a jurisprudência predominante nesta Corte, o jornalista que exerce funções típicas de sua profissão, ainda que trabalhando em empresa não jornalística, faz jus aos benefícios da jornada reduzida prevista no artigo 303 da CLT, pois, o que norteia as obrigações é a atividade desempenhada pelo profissional, independentemente do ramo de atividade desenvolvido pelo empregador. Precedentes desta Corte. Recurso de revista conhecido e não provido. (TST; RR 70.354/2002-900-02-00.4; Segunda Turma; Rel. Min. Vantuil Abdala; DJU 13/06/2008; Pág. 140).
De semelhante importância, é o vínculo de emprego entre o profissional e a empresa jornalística. Embora alguns profissionais possuam contratos de autônomos, cumprindo-se os requisitos dos artigos 2º e 3º da CLT:
JORNALISTA. EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. JORNADA REDUZIDA.1. Incontroverso nos autos que a reclamante desempenhava funções típicas de jornalista, porquanto expressamente consignado no acórdão prolatado pela corte de origem. 2. Reconhecida a condição de jornalista da reclamante, aplicam-se as regras relativas à jornada especial de cinco horas, sendo irrelevante o fato de a reclamada não se dedicar a atividade jornalística. 3. Recurso de revista conhecido e provido. (TST; RR 91694/2003-900-02-00.0; Segunda Subseção de Dissídios Individuais; Rel. Min. Lelio Bentes Corrêa; DEJT 30/04/2009; Pág. 501)
Muitas ações trabalhistas estão reconhecendo o vínculo empregatício de profissionais que estão exercendo a profissão, mesmo que a empresa tenha contratado de forma individual.
Também nesse sentido o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região: JORNALISTA. EMPRESA NÃO JORNALÍSTICA. JORNADA ESPECIAL. Independentemente do enquadramento do empregador como empresa jornalística, o simples fato de a obreira jornalista desempenhar as atividades típicas da categoria profissional é suficiente para se lhe aplicar a jornada especial. Recurso ordinário não provido, por unanimidade. (TRT 24ª R.; RO 645/2008-7-24-0-1; Segunda Turma; Rel. Des. Nicanor de Araújo Lima; Julg. 02/07/2009; DOEMS 14/07/2009) N
“Art. 2º - Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”
JORNALISTA. VÍNCULO DE EMPREGO. A presença dos requisitos previstos nos artigos 2º e 3º da CLT autoriza o reconhecimento de vínculo de emprego, em detrimento de retratação formal diversa. O reclamante. Seja sob o ponto de vista do regime de titularidade dos resultados do trabalho, seja sob a ótica do modo de organização e execução da sua atividade produtiva. Não compunha empreendimento verdadeiramente autônomo, mas desenvolvia função ligada diretamente à atividade-fim da empresa jornalística. (TRT 4ª R.; AP 00369-2005-404-04-00-1; Quarta Turma; Rel. Des. Ricardo Luiz Tavares Gehling; Julg. 11/12/2008; DJERS 20/04/2009; Pág. 87) Os profissionais devem ficar atentos, apesar do Supremo Tribunal Federal ter “cassado” o diploma de jornalista para o exercício da profissão, a mesma é regulamentada pela CLT e, portanto, deve ter os seus direitos respeitados.
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Instituída pelo Decreto nº 21.175, de 21 de março de 1932 e posteriormente regulamentada pelo Decreto nº. 22.035, de 29 de outubro de 1932" a Carteira de Trabalho e Previdência Social tornou-se documento obrigatório para toda pessoa que venha a prestar algum tipo de serviço a outra pessoa, seja na indústria, no comércio, na agricultura, na pecuária ou mesmo de natureza doméstica. A Carteira de Trabalho e Previdência Social é hoje, por suas anotações, um dos únicos documentos a reproduzir com tempestividade a vida funcional do trabalhador. Assim, garante o acesso a alguns dos principais direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e FGTS. Na nova carteira de trabalho - CTPS emitida por meio informatizado - é valorizada a segurança contra fraudes. O documento possui capa azul em material sintético mais resistente de que o usado no modelo anterior é confeccionado em papel de segurança e traz plástico auto-adesivo inviolável que protege as informações relacionadas à identificação profissional e à qualificação civil do indivíduo, que costumam ser as mais falsificadas.
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Olá amigos! Novidades no mundo RP é que não faltam. Vocês viram que até na Polônia fazemos muito sucesso. Agora, já por aqui, até “Fred” está querendo ser RP. Ainda bem que o Conferp agiu rápido. Isso mostrou a força do nosso Conselho. Mande seu e-mail pra mim: dzzimer@pqn.com.br
HOLLYWOOD
A Petrobras, uma das maiores e mais importantes empresas de energia do mundo, investiu cerca de R$ 3,6 milhões para reforçar a internacionalização da marca. A empresa foi a primeira do país a fazer uma superprodução cinematográfica. A releitura do clássico dos desenhos Speed Racer foi a escolhida. Dentro do filme a Petrobras teve uma equipe própria chamada Petrobras Green Energy, a qual foi incluída também no game. Houve também mais exposição no longa em painéis, cartazes, peças de merchandising e eventos em diversos países, gerando um aumento real de vendas de 8,6% nos postos e mais de R$ 1,8 milhão em mídia espontânea.
CONGRESSO I
DE VILÃO A MOCINHO
A Imerys RCC, após um desastre ambiental, resolveu investir no diálogo para reconstruir sua imagem junto aos stakeholders. A empresa montrou um programa de visitas à fábrica, criou um fluxo de informações transparente, investiu em comunicação de massa, fez parceria com uma empresa de cosméticos e ainda trabalhou os funcionários como formadores de opinião, além de atividades educativas junto à comunidade. Assim, a Imerys RCC mudou sua imagem e passou a ser vista com carinho pela população e ter o respeito da opinião pública.
Entre os dias 16 e 18 de junho de 2010, a IBC promoverá a 14ª edição de seu Congresso sobre Comunicação Interna no Hotel Paulista Plaza, em São Paulo. O evento promoverá debates com executivos de grandes empresas em assuntos como o futuro da comunicação interna no Brasil, perfil dos profissionais, endomarketing e mensuração de resultados. A programação completa está disponível no site www. Divulgação informagroup.com.br/comunicacao ou pode SUSTENTABILIDADE ser solicitada na Central de Atendimento da Os cursos de Hotelaria, Gestão Ambiental e Engenharia IBC, pelo telefone 11-3017-6808 e pelo e-mail Ambiental da Universidade de Sorocaba, promovem, de 07 imprensa@informagroup.com.br a 11 de Junho, a Semana Integrada de Sustentabilidade. O
CONGRESSO II
O Brasil recebe, entre 26 e 30 de setembro de 2010, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília/DF, o 27º Congresso Interamericano de Relações Públicas, comemorativo aos 50 anos da Confiarp. O tema é “Relações Públicas e Novos Paradigmas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade”. Além de reuniões técnicas e especiais de várias entidades e de uma feira no setor, o evento discute “Relações Públicas no novo cenário global”, com a profissão entendida como responsável pela construção e manutenção das redes de relacionamentos das organizações com seus diversos públicos. Mais dados no www.abrp.com.br ou no acblago@gmail.com, com o Relações Públicas e Jornalista Antonio Carlos Lago, presidente da ABRP/DF e vicepresidente da Confiarp - Zona Sul.
evento reunirá pessoas e profissionais do mercado, com o objetivo de discutir, analisar, debater os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade. O evento oferecerá inúmeras oportunidades para o aprimoramento dos participantes, com oficinas, palestras, uma feira voltada para a área com o que há de melhor no mercado empresarial e ainda o concurso Miss São Paulo Latina 2010 que tem como tema, “Viva a Diversidade Cultural – A Latinidade Brasileira”. Informações: http://www.uniso.br/hs/sustentatibilidade/
JURITI
A Alcoa chegou a Juriti, oeste do Pará, com a criação do Projeto Juriti Sustentável.. Foram realizadas audiências públicas entre a empresa e as comunidades para detectar demandas e desenvolver propostas, o que gerou um investimento de R$ 80 milhões. O valor foi aplicado na construção de hospital, fórum, delegacia, salas de aula, saneamento básico e outras áreas de infraestrutura, além de lançar programas de rádio e TV para promover o diálogo entre diversos públicos. A Alcoa incentivou as empresas locais a desenvolver ações de sustentabilidade e a captar recursos. Resultado: aprovação popular superior a 80% e um livro que relata essa experiência.
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PQN 16, sucesso, sucesso! É um grande orgulho fazer parte desta publicação! Escreva para mim: valedoaco@pqn.com.br
SUSTO
O jornalista Fernando Benedito, diretor do Diário Popular, passou um susto na sua querida Ana Sylvia e nos amigos. Teve uma parada cardíaca e foi parar na UTI do Hospital Márcio Cunha. Passa bem, graças a Deus!
BOTINHA
O colunista Francisco Neto (Diário do Aço) desfila com bota ortopédica. Ele quebrou o pé ao sair de uma festa, no Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano. Mesmo com a dificuldade gerada pelo acidente, ele não interrompeu sua agenda e comparece a todos os eventos.
NOVA PROGRAMAÇÃO
A programação da Itatiaia deve deixar a freqüência de AM em Timóteo. A Rádio Vale do Aço, que a retransmite, deverá passar a produzir o seu próprio conteúdo. Mas a programação Itatiaia continuará no ar no Vale do Aço. Rumores dão conta que a emissora de FM da Itatiaia, em Ipatinga, abandonará a franquia da Jovem Pan e passará a retransmitir a programação da própria rede.
TÔ NO RIO
A jornalista Meire Furtado, depois de um período de atuação na revista Carta de Notícias e na sucursal do jornal Hoje em Dia, trocou Ipatinga pelo Rio de Janeiro. Além da nova oportunidade profissional na capital carioca, vai trocar também o estado civil. Casa-se com o empresário Haislam Barros, no próximo dia 17 de julho.
Fotos: Carta de Notícias
Colunista Francisco Neto e Silvana Robini, no lançamento do Hospital Metropolitano da Unimed
No Shopping do Vale, Genoves e Geandro Bessa, do Folha do Comércio
Arquivo pessoal
DE VOLTA
Recuperado do grave acidente de moto (ele escapou por milagre), o jornalista Danilo Emerich se prepara para retornar à ativa. Danilo ocupa a chefia de redação da revista Carta de Notícias e é o responsável pela cobertura jornalística do jornal Hoje em Dia, na Região Metropolitana do Vale do Aço.
BLOG
A repórter Janete Araújo (Rádio Educadora Vale do Aço) faz sucesso com o seu blog na Internet. A moça demonstra inclusive o seu talento como cronista, poetisa e “expert” nas artes culinárias. Janete também assina coluna voltada para as mulheres, no semanário Folha do Comércio.
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Em evento no Centro Cultural Usiminas, os jornalistas Silmara Freitas, Eduardo Lacerda e Aline Quintão
REDES SOCIAIS
On, off! Se ter um site é considerado commoditie para alguns, gerencia-lo é ainda a principal estratégia para as empresas brasileiras. Com o avanço da inclusão digital, as organizações precisam rapidamente escolher: estar ou não na rede. É um caminho sem volta e a criatividade, responsabilidade, interação e sustentabilidade são as palavras de ordem deste importante mundo digital. LÚCIO CARVALHO
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Internet vivenciou uma verdadeira explosão de mídias sociais. Cada qual com sua característica, elas ganharam ou perderam popularidade, adquiriram novas ferramentas, se integraram e formaram parcerias. Apenas entre as mais populares – sem avaliar as desenvolvidas por meio de plataformas de software livre – existem 325 redes, com temáticas que variam de generalidades (assim como o Orkut) até a proposta de realizar contatos colaborativos entre cientistas (como o Scispace).
Arquivo PQN
Ana Clara Cenamo, diretora de atendimento da Ogilvy Interactive, afirma que a sociedade criou um
verdadeiro “mito” em função das redes de interação. Ela ressalta que a empresa pode escolher se decide participar ativamente da rede ou não. No entanto, independente disso, deve estar atenta ao que estão falando sobre a sua marca na web, a famosa reputação. “É preciso monitorar e planejar um norte para suas ações em redes sociais. Uma vez dentro delas, não há como sair”, expõe. E ressalta que o panorama torna-se ainda mais complicado em função dos novos paradigmas da comunicação, que se encontram em constantes transformações. Ari Meneghini, diretor executivo da IAB Brasil, informa que no Brasil a Internet é a mídia que aponta maiores índices de crescimento. No final de 2010, a previsão é que 74 milhões de brasileiros tenham acesso à rede, o que dará ainda maior
volume ao número de horas online per capita no país (brasileiros e coreanos ocupam atualmente o primeiro lugar do ranking, com uma média de 42 horas de navegação por mês). Dentro desse contexto, destaca-se a popularização dos preços de hardware e da acessibilidade, além das 130 mil lan-houses nacionais que contribuíram substancialmente para o crescimento da inclusão virtual das classes C, D e E. De acordo com Meneghini, todos esses fatores contribuíram para uma nova dinâmica na web, tanto em sua utilização como nos modos de se apropriar da tecnologia. Ele destaca que algumas ações promovidas por esse “novo”internauta são comuns e seguem determinados padrões, como a criação de contas no Orkut e no Messenger que, metaforicamente, representam uma “Certidão de Nascimento Digital”. No entanto, as recentes descobertas das ferramentas cibernéticas pelas classes mais baixas proporcionam também ideias e perspectivas inovadoras. Meneghini cita o Fantasmão, um grupo musical tecnobrega baiano, que promove ações inusitadas e marcantes em suas apresentações pelo nordeste. A carreira de grupos como esse
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Além disso, Edna ressalta a importância da informação dentro de um ambiente no qual o virtual e o simulacro representam a realidade. É o exemplo de um dos cases da MoIP, em que o cliente era um site de e-commerce que vendia instrumentos musicais religiosos confeccionados com chifres de animais. O índice de rejeição nas entregas foi grande, devido ao forte odor proveniente das matérias-primas utilizadas. “Caso isso fosse devidamente especificado na descrição do produto no site, creio que não haveria rejeições. Elas, ao menos, poderiam ter diminuído consideravelmente”, pondera. Porém, não basta informar o usuário, de forma coerente, sobre os produtos ou informações contidos em seu site. “Sites são commodities”, afirma Leandro Kenski, CEO da Media Factory, empresa de serviços com foco em performance digital. É preciso saber quando seu público está online, as páginas onde ele navega, e, principalmente, como ele utiliza as buscas e as mídias sociais. O profissional destaca que o brasileiro adora sites de busca e de relacionamento. Existem crises e voltas, mas, ao longo da história da Internet, esses dois temas, juntamente com os portais, são de imensurável relevância. De acordo com o CEO, não basta informar às pessoas sobre o que se trata o site. É preciso também gerar informações para os mecanismos de busca que irão “guiar” os usuários. E a “bola da vez” é o Google, que conseguiu driblar as táticas de Black Hat SEO (técnicas que trazem otimização para os sites de forma antiética) e tornar os mecanismos de busca mais populares que os grandes portais.
Divulgação
Dentro dos novos paradigmas, é necessário que as empresas entendam e se adequem às necessidades dos usuários. Seria inimaginável, há alguns anos, a ideia de que as classes baixas representassem o maior nicho do comércio eletrônico brasileiro, modalidade até então elitizada. No entanto, dentro da “nova web”, é justamente a classe “C” aquela que mais efetua compras online. Torna-se preciso pesquisar e desenvolver trabalhos de SEO (Otimização de Resultados na Busca) para que esse novo perfil de cliente encontre aquele produto que deseja adquirir. E não basta isso: o processo deve ser rápido, certeiro e repleto de informações. Edna Bassay, gerente comercial da MoIP,
empresa especializada em tecnologia financeira e em gestão de pagamentos na Internet, alerta para este fato. “Não há espaço para erros no comércio eletrônico. Para o cliente desistir da compra, basta um clique”, adverte ela.
FANTASMÃO o uso de novas FANTASMÃO, tecnologias tem agradado aos fãs e aumentado o número de vendas dos CDs pelos ambulantes
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A IMPORTÂNCIA DO SEO Muitos se perguntam como, em um ambiente de transformações tão rápidas como a Internet, o Google Search consegue “sobreviver” e manter a liderança. Tudo começou com uma pequena margem de acertos, maior que os outros buscadores, subestimada pela maioria dos grandes portais. O fato é que Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google, sabiam que uma porcentagem de melhores resultados seria algo imprescindível no futuro. E apostaram nessa ideia. Enquanto outras ferramentas de buscas, como o Yahoo Search e o Altavista decaíram significantemente na medida em que o Black Hat SEO se desenvolvia (os internautas procuravam por palavras específicas e eram direcionados para páginas sem nenhum nexo, muitas vezes com conteúdo sexual), o Google Search aderiu ao uso de programas denominados “robôs” ou “worms”, que vasculham e avaliam as páginas não apenas pelo número de palavras-chave inseridas ao longo de um texto, como também pelas atualizações, a quantidade de links que apontam para determinada página e a importância dos sites onde esses links são indexados.Influenciada por essa tecnologia, surgiu grande parte das técnicas modernas de SEO, imprescindíveis na gestão e produção de conteúdo web.. Surgiu, também, a resposta para a pergunta sobre o sucesso do Google Search. “O Google sobrevive porque entrega a melhor resposta”, define Leandro Kenski.
NATHALIA, 71% dos internautas esperam que as marcas líderes de mercado estejam no topo dos resultados orgânicos (não pagos) de busca no Google
Lúcio Carvalho
é marcada por meios não convencionais de distribuição e produção. Segundo ele, a banda não faz parte da indústria cultural convencional e, por este motivo, estão abertos para experimentalismos e novas visões sobre a utilização tecnológica. “As grandes produtoras enxergam os vendedores ambulantes com maus olhos, devido à pirataria de produtos. O tecnobrega, dentro de suas particularidades, encara essa forma de comércio como uma poderosa aliada. Os ambulantes conseguem vender produtos originais, a baixos preços, com uma boa logística”, avalia o profissional da IAB. Além disso, a recente inclusão tecnológica das classes “C”, “D” e “E” é livre de paradigmas que, por vezes, “tolhem” a capacidade imaginativa promocional. Durante os shows do Fantasmão, por exemplo, é utilizada tecnologia Bluetooth para que os foliões próximos ao palco consigam baixar, em seus celulares, as músicas da banda.“Qual grande grupo musical que se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte já promoveu uma ação como essa?”, questiona Meneghini.
Após o sucesso no mecanismo de busca, a empresa desenvolveu e disponibilizou uma série de programas, aplicativos e ferramentas destinados à melhoria dos sites. Esses programas servem para ajudar os webmasters e criadores de conteúdo a informar para os buscadores, da forma mais detalhada possível, o conteúdo de determinada página na web. Além disso, permitem comparações de popularidade. Ao escrever um texto para uma loja de chocolates, por exemplo, determinado assessor de imprensa pode ficar na dúvida se utiliza a palavra “doces” ou “guloseimas”. O Google Fight, que demonstra de forma divertida e clara a popularidade de determinada palavra na web, pode auxiliar nesse caso. Outras ferramentas mais detalhadas e profissionais, como o Google Analytics, permitem visualizar detalhes específicos sobre o perfil dos visitantes do site, quanto tempo ficaram em cada página e o comportamento dos “bounce rates” (visitantes que entram em uma determinada página e, imediatamente, saem do site). “O Google Insights, por exemplo, mostra gráficos de busca de uma palavra em ordem cronológica. Pode-se notar pequenos picos de busca em momentos que mídias offline pautaram o assunto. Dessa forma, percebe-se que a integração entre o online e o offline, não são coisas completamente distintas como grande parte das pessoas pensa”, defende Nathalia Luna, estrategista de contas do Google Brasil. A profissional salienta que 71% dos internautas esperam que as marcas líderes de mercado estejam no topo dos resultados orgânicos (não pagos) de busca no Google, fato que demonstra a importância da elaboração de um trabalho de SEO eficaz, que promova o site e o deixe numa boa colocação.
importantíssimos. No entanto, o profissional destaca que muitos clientes ainda possuem a mentalidade desconfiada e antiquada em relação à Internet. “As pessoas estão com a cabeça em 2001. A Internet hoje é outra”, destaca Barros. Assim como Leandro Kenski, o diretor acredita que possuir um site não passa de uma commoditie. E destaca a importância de se saber aquilo que o cliente procura, entender o comportamento do público e “ajudar” os buscadores. Ele salienta a necessidade de se obter relevância por meio das redes sociais – em função de sua grande popularidade no Brasil – e de se estudar os novos hábitos dos usuários em ambiente web. “Os jornais estão migrando para a Internet e os investimentos também. Existem grandes mudanças nos costumes, principalmente em função do uso da tecnologia nas periferias. Porém, sabe-se muito pouco sobre essas pessoas”, explica Barros. Ainda existe o perigo daquelas pessoas que julgam saber hábitos e costumes, sem possuírem dados reais ou conhecimentos específicos de web. Marcelo Prais, diretor de operações e negócios da Almap BBDO, também ressalta que a “prepotência” gerada pela inclusão digital pode representar alguns perigos. No Brasil, afirma, todo mundo se julga especialista em redes sociais. Grande parte dos blogueiros julga estar em pé de igualdade com os jornalistas formados e preparados. “É óbvio que isso pode trazer alguns perigos. O mercado brasileiro ainda carece de bons profissionais para a área digital”, salienta.
Prais destaca que é preciso sempre se lembrar que uma rede social representa uma integração virtual entre pessoas reais. Por este motivo, deve-se ter em mente que o meio é muito fragmentado, impreciso e mutável. Ele salienta que, para se trabalhar com web, é preciso ter uma mente aberta e saber aprender com os erros cometidos. No entanto, ele avalia que, ao mesmo tempo, a Internet é um veículo de comunicação de massa altamente popular, onde é possível realizar uma boa segmentação de públicos e obter mensuração de resultados (ROI) incrivelmente detalhada. Mas, para que isso ocorra, é preciso que as agências se disponham a mudar vários conceitos na prática: entender e se adaptar às novas realidades, saber que todos acertam e erram igualmente, compreender o ambiente atual de transformações, criar planos de presença, entre outros. É preciso saber como agir. Entender que os ambientes das redes sociais não são corporativos. Eles são um espaço para a interação de pessoas. Pesquisar as preferências e hábitos que definem as pesquisas promovidas pelos novos usuários nos mecanismos digitais de busca. Por isso, tornam-se necessários a pesquisa e os trabalhos de SEO. Não apenas isso, como também de agências full service e produtoras digitais profissionais. Prais enfatiza que as novidades e experimentalismos que a web presencia na atualidade, é algo como o “início” de seu amadurecimento. “De todo o investimento em publicidade no Brasil, apenas cinco por cento é destinado para a Internet. É pouco, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido”, finaliza o diretor da Almap BBDO.
SITE É COMMODITIE MARCELO, é preciso lembrar que uma rede social representa uma integração virtual entre pessoas reais
Lúcio Carvalho
Para Luiz Augusto Barros, diretor de operações da Mídia Factory, vivemos na contemporaneidade em uma época onde a relevância e o “search” possuem papéis
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al Pesso
Jornalista, assessor de imprensa, ministra oficinas de TV, além de escrever para o jornal Sem Fronteiras. Confira seu blog pelo http://robsonfraga.uniblog. com.br
Jornalismo com Ética
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ensar a ética jornalística no dia a dia das redações é, antes de tudo, cobrar do repórter responsabilidade na apuração e redação dos fatos. Definir o que é notícia e mostrá-la de forma verdadeira e clara, deixando de lado todas as convicções partidárias à pauta para refletir no texto apenas o que foi apurado in loco. Caso esta regra clássica não possa ser cumprida, é melhor deixar a pena de lado e a matéria apenas na cabeça de quem a pensou. No jornalismo ético só há lugar para opiniões em colunas, artigos e editoriais. No livro “A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística”, Nilson Lage mostra os efeitos colaterais da “parcialidade” no jornalismo. “Quando os militares autorizaram a instalação de empresas de seguro saúde no Brasil, a Golden Cross montou um setor de atendimento aos jornalistas de onde partiam denúncias contra os hospitais públicos. Julgando estar prestando um serviço e combatendo a ditadura, vários jornalistas acabaram ajudando a empresa naquele início difícil dos “negócios” quando o atendimento público de saúde ainda tinha uma imagem boa.” Outro caso que precisa ser analisado sob o ponto de vista ético é a entrevista concedida pelo jornalista Dan Rather, principal âncora da rede americana de televisão CBS, ao programa de David Letterman (26/01/01). Enquanto falava sobre os atentados terroristas de 11 de sentembro, quando Bin Ladem ordenou a destruição das torres gêmeas (World Trade Center) e do Pentágono, Rather chorou três vezes e se colocou à disposição do então presidente dos EUA George Bush: “Como americano, ele terá o que quer de mim.” O que dizer desta postura? Já o jornalista Robert Fisk, um dos mais respeitados correspondentes no Oriente Médio, resenhou: “O mundo será levado a acreditar nos próximos dias que presenciamos uma luta da democracia contra o terrorismo; na verdade, os atentados têm muito a ver também com mísseis americanos caindo sobre lares palestinos; com helicópteros americanos jogando mísseis em uma ambulância libanesa em 1996; e
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com uma milícia libanesa – paga e uniformizada por Israel, o fiel aliado americano – cortando, estuprando e matando refugiados em seu caminho. E com muito mais”. Todo repórter/redator/editor que respeita a si e a profissão que abraçou precisa ser analítico. Não pode comprar “meias verdades” e nem acreditar em “embalagens”. Tem que investigar a fundo toda e qualquer informação. Uma pauta só é resolvida quando todos os porquês são respondidos de forma satisfatória e não há mais dúvidas no ar. Isso é jornalismo ético e sério. Luiz Garcia, editor de opinião do jornal O Globo, ensina: “Um homem público acusa outro de um delito qualquer. E temos a infantil ingenuidade de achar que o problema se resolve ouvindo o outro lado. Fulano diz que Beltrano é ladrão de galinhas – e Beltrano nega. É uma postura preguiçosa, que contribui para a impressão de que a imprensa brasileira é viciada em denuncismo. Nossa obrigação não é simplesmente ouvir os dois lados, e sim apurar o que há de verdade na história. Inclusive, se for o caso, para concluir que não há história”. “O senhor não chamou o meu procedimento de desumano, pelo contrário, de acordo com sua percepção mais profunda, o senhor o considera o mais humano, o mais digno de todos, o senhor também admira este maquinismo”, diz o personagem de Franz Kafka (Na Colônia Penal), ao visitante encarregado de opinar sobre o cruel sistema de punição ao condenado sem qualquer direito de defesa. É hipocrisia criar uma ética particular para justificar qualquer ato de nosso interesse. Segundo Maquiavel, “é ético o que interessa ao bem comum e não o que interessa meramente ao príncipe”. Acredito ser esta a linha mestre a ser seguida nas redações. Ética, honestidade e trabalho sério “não devem ser adjetivos ou penduricalhos gramaticais na vida do profissional de comunicação”, mas prática diária do jornalista.
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O Rio de Janeiro continua lindo e a nossa Calçadão bombando como sempre! Estou esperando por você aqui! Envie sua nota para mim: taniafmiranda@pqn.com.br
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DANÇA
A escola de decoração Criart, de Porto Alegre, Criart especializada na formação de profissionais na área de Decoração, chega ao Rio de Janeiro. Fundada há 40 anos pela pedagoga e professora Mayra Ihullier Ramos, a Criart pretende expandir sua base para vários municípios do Rio. A assessoria de comunicação está a cargo da M&M Marketing, Comunicação e Eventos, que promove o concurso nacional “A Dança das Cadeiras”. Conheça o regulamento e a premiação, acesse o site: www.criart.com.br
DIPLOMA
O Rio de Janeiro foi escolhido para sediar a principal manifestação da Campanha em Defesa do Diploma, realizada no último dia 17 de junho, em frente à ABI, quando se completou um ano da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou a obrigatoriedade da formação específica em nível superior para o exercício da profissão de jornalista. Em todo o país foram realizadas manifestações encabeçadas pelos sindicatos da categoria em cada estado. E a novela continua...
SUCESSO
As jornalistas Luciana Neiva e Patricya Reis da Mural Comunicação, comandam a divulgação dos mais badalados restaurantes e eventos gastronômicos da Cidade Maravilhosa. Prova disso é o sucesso da 7ª Edição do Festival Rio Bom de Mesa 2010, da qual participaram 60 melhores restaurantes cariocas. Saiba mais sobre a empresa pelo http://muralcomunicacao.blogspot.com/
Tânia Martins
PSICOLÓGICO
A produtora Histórias Incríveis Filmes, do cineasta e diretor de TV, Edson Erdmann, prepara o lançamento do media metragem “Dedalo – livre-se desse labirinto psicológico”, e traz como protagonista o ator Marcos Wainberg, do humorístico Zorra Total. Com roteiro de Valéria Chalegre, a história se passa nos dias de hoje. Um homem de nome “Dédalo” é um psicopata obcecado por labirintos. Ele mandou uma carta convocando várias pessoas que têm desafetos para comparecerem, na mesma hora, ao banco em que ele trabalha. Com uma equipe preparada para o plano, forja um assalto à própria agência. Tensão, tiros e muita ação. Os sequestrados são colocados em uma sala. A situação está montada: para uma câmera de segurança, cada um tem o direito de falar e convencer Dédalo da razão porque deve sobreviver, em apenas...um minuto. Um verdadeiro labirinto psicológico. Assista ao trailer: www.historiasincrives.com.br
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LANÇAMENTO
O escritor espanhol Javier Sierra, um dos autores mais lidos no novo panorama literário e jornalístico espanhol, vem ao Brasil no segundo semestre. Ele, que ainda celebra o sucesso de sua obra “A dama azul” azul”, pela editora Planeta, participará de um talk show literário. Nascido em Teruel, desde a infância sentiu-se fascinado pelo mundo da comunicação, tanto que, aos doze anos, conduzia seu próprio programa na Rádio Heraldo. Aos dezesseis, colaborava regularmente com a imprensa escrita; aos dezoito, foi um dos fundadores da revista de difusão internacional “Ano Cero” e, com vinte e sete, assumiu a direção da veterana publicação mensal “Más Allá de la Ciencia”. Conheça outras obras do autor: www.javiersierra.com
PREMIAÇÃO
Estão abertas até o final de junho as inscrições para projetos que reúnam informações históricas sobre jornais e revistas editados no interior do Estado do Rio de Janeiro. Serão premiados quatro projetos e cada vencedor receberá R$ 30 mil. Os projetos devem ser voltados para a valorização e preservação da memória do Estado nas seguintes categorias: Memória da Imprensa Fluminense - Levantamento de Periódicos Locais, Memória Fluminense - Pesquisa e Publicações - e Memória Fluminense - Produção de Projetos de Pesquisa, Estudos e Documentos de Inventariação. A iniciativa é da Secretaria Estadual de Cultura. O edital Memória da Imprensa Fluminense propõe estimular a produção de trabalhos originais sobre periódicos publicados no estado. Os resultados deverão ser publicados, em versão impressa ou CD, com uma tiragem mínima de mil exemplares.
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Escritor e jornalista, tem dois livros publicados: “Quando a curva faz a vida do rio” e “Memórias da casa velha”. Mantem coluna semanal sobre política em mais de 40 jornais brasileiros e escreve reportagens especiais para a revista “Vida Simples” da Editora Abril.
Virtual e intangível
Enquanto que 80% dos produtos lançados na atualidade permanecem apenas um ano no mercado, a perenização de uma marca pode atravessar séculos e, em muitos casos, determinar modos e valores de gerações. Por isso ela é tão
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Conseguir se manter neste novo mundo é que será a grande vitória, já que os consumidores pesquisam, debatem, participam de comunidades virtuais antes de adquirir qualquer produto ou serviço. Eles estão de olho na reputação das empresas. Então, trate de andar na linha.
ri.c om
Conseguir a excelência deste ou daquele signo é muito mais importante hoje que a busca pela excelência desse ou daquele produto, levando sempre em consideração que a relação signo/produto é sempre uma via de mão dupla. Isso é tão significativo que este signo se desdobra entre extensão de linha e extensão de marca, tendo sempre como guarda-chuva o dístico de um tempo.
Para as grandes empresas, vão surgindo novas demandas e exigências de mercado pela geração que está o dia inteiro conectada, virtualmente, com todas as empresas do mundo, levando, via web, seus desejos e anseios. São os chamados echo boomers que, de sua interação pela web estão reciclando um modelo antigo de comércio, criando novos desafios para as grandes multinacionais, que agora podem descortinar um mercado com características próprias e exigências individuais.
rra
Entre as marcas de fabricantes, marcas de varejistas e marcas coletivas, registramos sempre a busca pela criação de um mito, de uma logo, tendo ao seu redor produtos chancelados pelo novo ícone, indo desde um carro, até a um relógio de pulso, como é o caso da Ferrari. Onde está a excelência? Simples, apenas na marca, no cavalinho altaneiro. Por isso se investe tanto em publicidade, sempre buscando a criação de símbolo.
O grande desafio dessas marcas é se manterem atuais, diante de um mercado que é cada vez mais dinâmico e menos fidelizado, tendo como maior concorrente a globalização. Hoje, em muitos casos, grandes empresas trabalham com a construção de seus produtos tendo a internet como ferramenta. Pela net escolhe-se a cor, acessórios e até o modelo de bancos de carros nacionais. Como manter todos os seus valores nesta nova forma de consumo é o grande desafio dessas multinacionais. Isso é o que se busca hoje, o consumidor interferindo e interagindo diretamente com o produto que deseja consumir.
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É assim que atuam as grandes empresas, na virtualização do presente. Quem poderia dizer que uma empresa que existe apenas na web, ou seja, virtualmente, poderia valer e faturar tanto como o Google? No entanto ele está aí, ícone de uma época, de um período na história, prestando serviços e contribuindo para a construção de um novo mundo, marcado por novos valores.
valorizada e tão cobiçada pelas grandes corporações, que atrelam a ela investimentos incalculáveis, muitas vezes superiores aos investidos em suas sedes e em suas fábricas.
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C
om a virtualização contumaz do mundo, assistimos também à virtualização das grandes empresas e das grandes marcas. Hoje, apenas uma logomarca pode valer muitas vezes mais que a estrutura física das maiores multinacionais do planeta. Fato este que seria impensado em outros tempos. Por que uma marca pode valer tanto? Porque ela traz signos e sinais de uma empresa, atributos a um produto, podendo alavancar investimentos e fundos mundo afora, alicerçada pela globalização que impera atualmente.
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Robhso
Ainda não acredito que você esqueceu de enviar sua nota para a minha coluna. Mostre que você ou sua empresa estão ‘botando pra quebrar aqui no Nordeste’. Participe, mande suas sugestões para nordeste@pqn.com.br Tô esperando heim!
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14 ANOS
(AD)² + M. Uma fórmula matemática tornou-se o nome de uma das maiores empresas de comunicação do Norte e Nordeste do Brasil. São 14 anos de sucesso, conquistas e inovações comemorados este ano. Fruto da parceria entre os jornalistas cearenses Apolônio Aguiar, Ana Maria Xavier, Djane Nogueira e Mauro Costa, a AD2M surgiu em 1996 com a proposta de modernizar os processos de comunicação da Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado do Ceará, elaborando e implantando novos produtos de comunicação. Porém a atuação se expandiu, e empresas da iniciativa privada, entidades de classe e organizações não-governamentais passaram a fazer parte da carteira de clientes. Hoje a agência possui 37 clientes ativos e cerca de 70 colaboradores. Parabéns! Divulgação
RAFIADO.COM
O Rafiado estreou um novo projeto que pretende gerar reflexões sobre o mercado publicitário cearense. São videocasts com profissionais do ramo. No programa piloto, os publicitários Carlos Bittencourt (professor, sócio-diretor de criação da Ipsilon Comunicação), André Nogueira (coordenador, professor, sócio-diretor de criação da Flex Comunicação) e Andrey Ohama (diretor de criação da 101º Macaco) falam sobre o valor do diploma de publicitário, o nível dos recém-formados e muito mais. O videocast do Rafiado é uma parceria entre o criador do blog, o redator Kenzo Kimura, e o editor de vídeos, Fabiano Monteiro. A ideia é que o programa seja gravado de dois em dois meses, sempre abordando novos temas e com a participação de outros profissionais.Confira: www.rafiado.com
DIREITOS GARANTIDOS
Veio do Sindicato de Jornalistas de Pernambuco a boa notícia: Natal (RN) é a segunda capital brasileira a instituir a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício de cargos privativos de jornalistas no serviço público municipal. A prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV), sancionou em abril o projeto de lei do vereador Edivan Martins (PV), com a exigência. Pioneira, Maceió promulgou lei no mesmo sentido no Dia do Jornalista, 7 de abril. O movimento crescente. É isso aí!
PÓS-GRADUAÇAO
A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (SinjoPE) fecharam uma parceria para a oferta e realização da Pós-Graduação em Especialização em História e Jornalismo. O curso, destinado a jornalistas, começará no dia 9 de agosto e vai até dezembro de 2011. Após pesquisa aplicada nas redações de jornais, rádios, TVs e on lines, 179 jornalistas revelaram as demandas atuais da categoria como a realização de cursos de pós-graduação na área de especialização. Divulgação
COPA DO MUNDO
É só falar em Copa do Mundo e a torcida pelo Brasil começa. Que o diga a 101º Macaco. A agência ficou com a missão de criar e promover uma ação de field marketing para divulgar a promoção carregadores da bandeira Coca-Cola junto a teens de 12 a 16 anos. Foram escolhidas 45 escolas em oito capitais brasileiras: Fortaleza, Salvador, Natal, Maceió, Aracaju, Brasília, Cuiabá e Manaus, onde mais de 40 mil pessoas foram impactadas diretamente. Todas fazendo a festa ao som da música-tema da Coca-Cola para a copa do mundo de 2010 (ô ô ô ô ô).
NOVO PROGRAMA
Está o maior sucesso o Se Liga VM, da TV Verdes Mares. Bem humorado, o programa conta com a apresentação de Babi Moreira, Daniel Viana, Niara Meireles e Rodrigo Vargas. Na pauta, muita diversão, cultura, curiosidades, bate-papos e interatividade com o público. Os internautas podem acessar a programação, conferir fotos e vídeos dos bastidores, além de poder participar com a sugestão de pautas e comentários pelas redes sociais como o YouTube, Twitter, Facebook e Orkut. O Se Liga VM é o primeiro programa em alta definição da TV Verdes Mares, tem direção geral de Fábio Ambrósio e direção de jornalismo de Marcos Gomide.
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Estou gostando de ver. Os comunicadores baianos não param de enviar suas notas para a coluna. Se você ainda não enviou, anota aí: candida@darana.com.br
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COPA DO MUNDO
A expectativa para a copa do mundo tomou conta da equipe da Tempo Propaganda. Nesse clima, a agência criou uma nova página no site (www.tempopropaganda.com. br) com destaque para a mascote, representada pela imagem do rei Pelé, na clássica posição em que o jogador comemorava os seus gols, dando socos no ar. O ícone segue a mesma linha da campanha comemorativa dos 15 anos da agência, “Ideias para sempre”, que representa, através de imagens lâmpadas, personalidades da cultura mundial que influenciaram a humanidade com suas ideias. E durante o período dos jogos, o internauta poderá conferir matérias, artigos e notícias relacionadas ao campeonato mundial, além de baixar um papel de parede exclusivo para personalizar o seu computador.
PREMIAÇÃO II
A Marcativa Comunicação Estratégica levou o título de Melhor Agência do Ano do Norte e Nordeste, em 2009, na etapa regional do Ampro Globe Awards, premiação que reconhece os melhores em marketing promocional de cada região. Além desse prêmio, a agência faturou em mais duas categorias: ouro como Melhor Campanha Promocional, com a ação Skol Bus, e bronze na categoria Melhor Campanha de Comunicação Integrada, com o Phoenix Jazz Praia do Forte.
CENTRO ANTIGO
No ar o novo portal da Secretaria da Cultura do Governo da Bahia: www.centroantigo.ba.gov.br. A página, que foi desenvolvida pela Gori.la, agência web, através de um projeto da Tempo Propaganda, tem conteúdo exclusivo sobre o plano de reabilitação do centro antigo de Salvador.
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AÇÃO SOCIAL
PREMIAÇÃO I
A TV Bahia foi a grande vencedora do concurso de Jornalismo e Desenvolvimento Regional promovido pelo Banco do Nordeste. Participaram este ano 139 matérias de todo o país. A reportagem campeã foi sobre a cooperativa Cultuarte, que funciona no Pelourinho e reúne artesãos de diversos bairros populares de Salvador. Os autores foram o repórter Dalton Soares, o cinegrafista Carlos Ruvenal, o operador de áudio Jorge Passos, a editora de texto Nubia Tawil e o editor de imagens Raimundo Junior. É a segunda vez em 2010 que a TV Bahia vence um prêmio para a imprensa. A primeira foi em fevereiro, com o Prêmio Internacional Latino Americano, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, com a reportagem sobre o pioneirismo da Bahia no tratamento da doença de Chagas com células-tronco.
DE CASA NOVA
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João Lessa é o novo diretor geral do badalado Cais Dourado Music Hall. Publicitário e com MBA em Gestão de Negócios do Entretenimento, Lessa atuou como coordenador de produção da Icontent, responsável por grandes eventos como Festival de Verão, Festival de Inverno e Forró da Mata e, agora, assume o desafio de colocar o Cais no circuito dos grandes shows.
OUTDOOR
Salvador tem excelente exposição e penetração da mídia outdoor, segundo pesquisa Ipsos/Marplan divulgada pela Central de Outdoor/Bahia. Segundo a mostra, 58% dos baianos são impactados, um número bem acima da média nacional, que é de 35% e representa a exposição do veículo em nove capitais. O meio outdoor, diferente do resto do país, apresentou um crescimento gradativo entre 2003 e 2009.
Há mais de 20 anos apoiando iniciativas em favor do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a agência Engenhonovo, certificada pela Abrinq como amiga da criança, criou a primeira ação social de crowdsourcing advertising da Bahia. A campanha tem o objetivo de criar um banco de ideias para estimular a atitude proativa de combate ao crime. Para participar, os internautas devem acessar o site (www.engenhonovo.com.br), cadastrar, postar ideias, peças gráficas ou vídeos virais. Os melhores trabalhos serão escolhidos pelos próprios participantes. Em apoio à campanha, foi criada no Twitter a conta @etodos onde os seguidores poderão acompanhar o desenvolvimento da ação. O crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela Internet para resolver problemas, criar conteúdo ou desenvolver novas tecnologias.
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“Vou transformar o HD em jornal de verdade!” ROBHSON ABREU
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os 54 anos, o carioca Marcelo Cordeiro chega a Belo Horizonte com a árdua missão de transformar o Hoje em Dia (HD), em um jornal de verdade, parodiando o slogan do veículo de comunicação que completou, em 2010, vinte e dois anos de circulação. Flamenguista roxo, ele morou por 29 anos em Brasília e até há pouco, respondia pela Sucursal Brasília e pelo caderno Brasília, suplemento do HD que circula no Distrito Federal. Formado em Comunicação Social pela Universidade Gama Filho (RJ), em 1978, e com MBA em Finanças na FIA/USP, Cordeiro já trabalhou nos principais veículos de comunicação do País, como o Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil, Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Record, TV Bandeirantes, TV Nacional e Rádio CBN, tendo exercido cargos como editor de Economia, coordenador Nacional de Reportagem do FolhaNews, diretor de conteúdo, coordenador de Economia e diretor institucional. Casado, uma filha e um neto, ele agora divide o coração meio que ‘carioca-candango’ com sua nova casa – a Capital Mineira. Em entrevista exclusiva para a revista PQN, o homem forte do Grupo Record de Comunicação para o Hoje em Dia, mostra que está botando pra quebrar. E promete muitas mudanças. Para começar, ouvir os leitores, os profissionais da redação e, principalmente, fazer com que todos os mineiros se orgulhem de ter um jornal de verdade. Confira!
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Carlos Rhienck
ENTREVISTA
01 Muito se especulou sobre a venda do jornal Hoje em Dia. Agora que a negociação foi concretizada pelo Grupo Record de Comunicação, quais as primeiras medidas a serem adotadas para o veículo mineiro? Haverá demissões? Marcelo Cordeiro: Com a minha vinda para Belo Horizonte, após ser diretor da sucursal de Brasília, a primeira medida foi contratar o Nexus Instituto de Pesquisa para avaliar o jornal no mercado mineiro. Vamos saber o que os leitores querem em termos de notícia, de formato de jornal, entre outras questões. A pesquisa norteará todos os nossos passos daqui para a frente, principalmente em nossa linha editorial. A aquisição do jornal Hoje em Dia pelo Grupo Record de Comunicação vem concretizar os objetivos da organização que, desde o ano passado, intensificou os investimentos na capital mineira - como ocorreu na Rede Record Minas, que ganhou nova redação. Prometo, em primeira mão, informar sobre os resultados obtidos aos leitores da PQN.
colunistas (que atualmente estão presentes em excesso no jornal). O Instituto Nexus promete entregar os resultados em julho. Até lá, nenhuma mudança brusca será realizada. A não ser alguns ‘toques’ para dar leveza na diagramação do jornal, como já estamos fazendo. Isso é perceptível na capa do Hoje em Dia.
03 Qual a sua verdadeira missão à frente do Hoje em Dia? Marcelo: Transformá-lo em jornal. O grupo vinha notando que pouca diferença fazia ler o HD, o Estado de Minas ou O Tempo. Os três eram mansos e traziam pouca novidade. Mais ou menos uma cópia do Diário Oficial do Estado. Se você acompanhar o jornalismo da Rede Record vai notar que tomamos uma posição independente que tem como foco o telespectador e a imparcialidade jornalística. É o que vamos fazer no Hoje em Dia. Durante toda a minha carreira, ouvi a velha máxima de que só existe jornalismo no eixo Rio-São Fotos: Carlos Rhienck
Como em todo processo de reestruturação, demitimos alguns profissionais como o diretor de redação, o jornalista Carlos Lindemberg, que ainda continuará como colunista e consultor do jornal. Além dele, os secretários de redação, a editora de economia, responsáveis pelo projeto gráfico e alguns colunistas. Mudanças são sempre necessárias, principalmente quando mexemos em toda a estrutura. Outra medida foi o lançamento (e fomos o primeiro jornal em Minas) do QR Code, uma nova ferramenta que tem o poder de atualizar o jornal mesmo depois de ele estar impresso e distribuído. Existem infinitas possibilidades de utilização do QR Code e vamos explorá-lo ao máximo.
02 A pesquisa decidirá os rumos do Hoje em Dia ou você já tem em mente o que fará?
Marcelo: Primeiramente temos que evitar os ‘achismos’. Não dá pra fazer jornal sem levar em consideração o que o mercado quer, a opinião do leitor. Tudo será analisado para construir uma publicação coerente com os desejos do nosso público. Essa é a principal importância dos resultados dessa pesquisa. Poderemos rever formatos, os cadernos existentes,
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Paulo-Brasília. O pior de tudo é que isso é verdade. Ocorre que, além de ser o segundo maior colégio eleitoral do país, estar presente na história política do Brasil desde a época dos inconfidentes e ser, hoje, o estado mais influente na política nacional, Minas Gerais ainda não tinha um jornal do qual pudesse se orgulhar. Acho que os mineiros não merecem isso e, muito menos, a história desse Estado. O que eu quero fazer é tornar a velha máxima numa nova máxima, em que as pessoas digam que não existe jornalismo fora do eixo RioSão Paulo-Minas-Brasília. É só isso.
04 As mudanças estão assustando a redação? Marcelo: O que mais tem nos impressionado é que as mudanças promovidas no Hoje em Dia em nenhum momento assustaram a redação. Nem mesmo as demissões. Ao contrário, nossos jornalistas estão trabalhando mais estimulados. Todo jornalista gosta de escrever num jornal de prestígio, um jornal respeitado e, aos poucos, estamos conquistando este respeito. Todas essas mudanças foram feitas usando a mesma equipe que já trabalhava na redação do HD. A principal alteração feita na redação foi dizer aos jornalistas que eles deveriam trabalhar como tal e é isso que
redes sociais. Vamos incentivar o cruzamento de mídias como forma de dar ao nosso leitor o máximo de informação. Em nossa página é possível encontrar links para o Correio do Povo e para o R7, o portal de notícias da Record.
eles estão fazendo, sem qualquer insegurança, pois foram formados nisso. Estamos dando voz aos profissionais da redação e isso já está acontecendo. Vamos também rever todas as contratações irregulares e substituições, práticas condenáveis pela CLT e autorizadas pelos antigos gestores. As vagas daqueles que foram demitidos já foram preenchidas por novos profissionais, como a competente jornalista Regina Martinez - que assumiu o cargo de editora-chefe da redação. Ela responderá pelo conteúdo do jornal e terá apoio de dois editores executivos: Ronaldo Solha e Jorge Eduardo.
07 O jornalismo popular cresceu muito nos últimos anos, principalmente em Minas Gerais após o jornal Super Notícias. O Grupo Record tem a pretensão de transformar o Hoje em Dia em um jornal popular? Marcelo: Não vamos transformar o Hoje em Dia em jornal popular. Este tipo de publicação não possui o mesmo prestígio que o “quality paper” oferta ao leitor, com informações mais apuradas, de relevância e qualidade. Nunca passou pelos planos do Grupo Record de transformar o Hoje em Dia em um jornal popular.
05 Haverá alterações em algumas sessões do jornal, como a criação ou término de colunas sociais? Marcelo: Com certeza. No Hoje em Dia tínhamos uma infinidade de colunas sociais e já acabamos com várias delas como as do interior e a do PCO. Estamos ampliando a coluna do Márcio Fagundes. A partir de agora ela sairá em uma página no caderno Minas. Será o que chamamos de coluna de notas, ou seja, dedicada à informação de primeira mão e de real interesse dos leitores mineiros. Os colunistas das sucursais enviarão suas notas para o Márcio que, como editor, fará a triagem usando apenas o que interessa ao leitor. Isso quer dizer, ‘adeus festinha de 15 anos’, ‘adeus bela fulana e bela beltrana’ e todas essas bobagens que enchiam desnecessariamente as páginas do HD.
08 O jornal baixou seu preço nas bancas em relação aos seus concorrentes. Este procedimento reflete a queda nas vendas ou reflexo da nova gestão? Marcelo: Essa era uma mudança que já vinha sendo estudada antes de chegarmos aqui. Jornal nenhum no mundo vive do preço de capa. A ideia é dar ao maior número de pessoas acesso à informação. Creio que foi esse o motivo do jornal estudar e colocar em prática uma redução no preço. O importante na análise de qualquer jornal não é seu formato ou preço de capa, mas o seu conteúdo. Estamos investindo pesado na melhoria do conteúdo porque é isso que conta para o leitor.
06 Além das mudanças já perceptíveis no Hoje em Dia, o leitor verá alterações no site do jornal?
09 Regionalizar pode ser a saída para aumentar a atuação do jornal?
Marcelo: Sim. Preocupamo-nos tanto com o jornal quanto com a internet. Vamos melhorar o conteúdo web e apostar na Marcelo: Uma das ideias do Grupo Record de Comunicação interação para conquistar novos leitores. Atualmente, nosso site é regionalizar o Hoje em Dia. Ter jornais com o mesmo apresenta apenas as reportagens da edição nome em outras cidades. Regionalizar é a saída, assim como do dia e algumas notícias em tempo real. aconteceu nos Estados Unidos com o USA Today, Precisamos mudar isso e ter uma sinergia que está presente em vários estados com o leitor, acompanhar a velocidade americanos e faz sucesso em suas Patrus re da Internet e, principalmente, estar versões regionalizadas. Costa já cusa ser vice, e também nas enfrenta Hélio dissidên 10 O Grupo Record pretende ampliar cia os investimentos no Hoje em Dia? ASS INA NTE
QUINTA
-FEIRA -
S ARA PELA BRASIL P DA COPA S A R E F
a vão à Cop dores que Dunga reos 23 joga mpeonato. erto, do aca Gilb hecer hoje ca do hex a e lateral vai con tico, soO Brasil do Sul em bushoras. O mei delli, do Atlé torno em ca da Áfri nomes às 13 ro Diego Tar a maior gira o Paulo os velará o, e o arti lhei o. A polêmic meio-camp sucinto açã e do ico foi Cruzeir a convocante Ney mar técn O RTES com tos. atac 2 E 3, ESPO nha m os do San PÁGINAS usão do da incl e Ganso, amb ho que sim”. Henriqua surpresas: “Ac quanto
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Cruzeir oc o propos onfirma trazerR ta para iquelm e PÁGINA 32, ESPORTES
o LuGovern msete estre do quadrim dos meses de rendeu a em um ndo timento apenas que 9, qua em abril ales deste la, melhor embro de 200 ida os eta resultad dez eiros mes tação líqu tro prim de da cadern % bro a Porém, a cap ão, acima dos 11, ECONOMIA iu 2,65 o nos qua tabilida 2,07%. R$ 1,696 bilh reiro. PÁGINA A inflaçãsuperior à ren to o IPCA subpoupadofeve e çou ço can Enquan gan hos dos em mar ano foi a sepança. os obt idos . Esta é de pou iro e abril, garam a 2,1% a o invesent re janeperíodo che registrada par se já MORAES EUGENIO marca res nes or men gunda
Senad livra eleio ausente tor puniçõede s
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Mineiro com fom e de título
Con hec preleção ido pelo do técn do, o vola esti ico Dung nte Gilb lo recataa em Joha deixou ma erto nnesburg o por um a mineiridade Silva jorn ent revista dian alistas de único momento lado go e em Joh te de 200 car” annesb nu- aqu disparou: ur- títu , disse, ao avis “Nã i a pas lo interess ar que seio ou o viemos só o tem, a ao para brin - cup Júlio César treiBrasil. Onerado de nou, já redores. PÁGI
Morto,m as só pa ra
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O Senado acaba comaprovou pro que deix punições jeto que ao particip a de votar, entr eleitor posse ação em con e elas a em carg curso Quem não e o rá multa. se justifica público. r só O texto vai à CâmpagaPÁGINA ara. 6, POLÍT
diante da Coreia do Norte, na próxima terça-feir a, os joga dores da Seleção Brasileir a ouvem
NAS 4 E
o INSS
ICA
Mais de à venda 26 mil imóveis de ama no 6º Feirão estarão da Cai xa, BH. Os nhã a dom ingo preç
ECONOMIA
BC ele contra va juros esca da infla lada ção Ban
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EUGENIO
Universi abrem dades 99 em MGv 2vagas ia Enem PÁGINA 30, BRAS IL
de Becenário trou 7 ontem o regis S a mudaram ia da Fé as e chuv terá hoje. Mar . PÁGINA 20, MINA anos turas baix man Tempera e. O frio se rigoroso em 25 lo Horizont rno será o mais graus. Inve
irão está Fifa: Mine
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DIAR O PODE A MINEIRÃ AMENTO H FEC da Inspeção
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o tenta Govern Senado TE tiros de rrar no TRANSPOR Troca de ndidos ba ajuste de 7,7% re o Gos e ba cia novo Câmara, barrar, BH anun e lin ha PMixa 4 mor tos - Derrotado nacula para to arti de uste de m se du o rera vern el via ga, o reaj soas mor e um Senado sentados que para An tro pes assaltantes . Mas - no % a apo de ban , dois mínimo derápida estuda a ado- Qua um PM num ataque do em 7,72 acima do têm
erca rte ráernistas izonte nha m alular Belo Hor a de transpo rno do popos a um superm velo, qua- até mesmo gov ento. O Plan linh did em Cur o de uma ção de ônibus no ento ido o aum 6,14%. uque. Já faria codon as do s. fend r limitá-lo a ICA pido em oviário. Ela ramais. Nanciganos e o as obr Copa tos a tiro to que PÁGINA 2, POLÍT ontem ndo à Anel Rod três out ros u tam- tro ina foram mor ança. não oriaram rma visa nexão com ra anuncio início oficsuspeita de ving Fifa vist para a refo de jun ho. Eles aMINAS nto eitu no rden es da 22 E 26, a6 Há A Pref o viaduto PÁGINAS Inspetoro, cujo fechame previsto par áveis pela coopoderá los. Car nov está dio ons ônio bém Mineirã de 2014 S dos resp ue panida Ant que o está ndo da Ave PÁGINA 17, MINA stas. Um as admitiu o se classifiq do Mu Min ent revi o Cruzeir NA 2, ESPORTES deram trabalhos em . PÁGI sto, caso ção dos rto até ago Libertadores abe seguir ximas fases da TEMPO ra as pró TEVÊ
IDADE TERCEIRA
ÍNDICE
1ºCADERNO
por Mantida a Política
PÁGINA
ICA
6, POLÍT
NAS 1 A
3
A Record retom hoje a busca a por um novo talen da músic to brasileira. a temporadaNova de “Ídolos” estre após o recor ia de 43 mil de inscrições. PÁGINA 8, CULTURA
MINAS
CULTURA Mestre das massinhas plástico , o artista Marcelo e escritor minei infância Xavier rende tributro e à amiza de em novo o à livro. PÁGINA 1
EDUCAÇÃO Os artist as Aulas minisvão à escola em Minas. levam crianç tradas por convi dados as ao mund o das artes. PÁGINA 26, MINAS
O co em 0,75 Central aum xa bás ponto percent entou ica de ual a tajuro mia. A Selic sub s da econoao ano iu para , ter a escaem med ida par10,25% lada da a inflaçã conPÁGINA o. 15, ECON OMIA
Indústr ia em Min cresce no resto as e cai do país PÁGINA 11, ECON OMIA
ARTICULI STAS Aristótele s Drummond PÁGIN A 4, OPINI ÃO
Márcio Fagundes PÁGINA 20, MINA S
Veris A atual bande simo ira da Sul é de 1994, deve África do nova que ser a mais existe mundo com . É a única no PÁGINA seis cores. 8, CULTU RA
MÁXIMA
34º C
SCORZA /AFP
TEMPO MÍNIMA
3º C
HOJE EM DIA, leveza e sobriedade no layout da capa é perceptível. Cores em excesso, muitos fios e diagramação pesada . Mas ainda há muito o que melhorar, principalmente nas páginas internas
possibiNublado,comvasisolaslidade dechu
2,3e6a 8 Leste, Norde 4e5 dasno te, Centro e
Sudes ani instituto social,da Opinião 9a13 te, doEstado. ade Louise D’Tu 14 Norte Economia deste diz que do Universid Idade, A partir 15e16 o de Terceira Minas, Mundo “Ribeirã 17a28 ano, a taxa no Sul de ade Brasil Fies, Tempo”, 1a4 juros do 6,5% é oportunid só MINAS ES em A de 1a8 MÁXIMA MÍNIM mesmo ESPORT para quem que era baixou rural, dar na A 5º C 1a12 cenário s pôde estu e da CULTUR ICADOS ao ano, 3,4%, 31º C CLASSIF terá temas. maturidad. para para NAS 52PÁGI e vida moderno7, S inclusiv o 27, MINA PÁGINA o sald PÁGINA CULTURA devedor.
DO LULA COLUNA
Aos 55 anos e blemas afastado da Silv de saúde, o peddo trabalho a, por pro querer de Patrocínio, reiro Antônio a aposen levou um Pedro mor to nos regi tadoria. Descob susto ao re- dido com um stros do INS S. Ele riu que cuja ex-pens está sua mãe também ionista foi confun. “Vou à hom Justiça” tinha o mesmo ônimo, , avisou. nome da TEVÊ PÁGINA 24,
TURISMO ORio mostr encantosta a seus mbém inverno,com no céu sempreazu deslumbran l,pôr dosol tee muito eventos aoarl s ivre. PÁGI
Caixa fa feirão co z m 26 mil imóvei s
, em os variam 50 mil e ros entr R$ 1 milhão entre R$ , ra dica e 4,5% e 12,1 com ju%. Con s para fech ar negócio fiPÁGINA . 14,
Apartir namentodeterça-feira,oe staciomais 16 Faixa Azul chegará Sul de quarteirões a BH. já existe Em outros na Zona permanêo rotativo, o 13, onde tempo ncia será reduzido de PÁGINA . 27, MINA
I COBUCC
5
PESSOAL
Rotativo áreadec amplia ob ereduz rança tempo
terias as bilhe do Cruzeiro o, ingressos São Paul contra o no Mineirão amanhã,
FRIO CHUVA E VIOLÊNCIA
Marcelo: O jornal sempre teve investimentos, apesar de ser mantido pela Folha Universal que tem uma tiragem mensal de 2,7 milhões de jornais. Não é segredo para ninguém que a Folha e o parque gráfico da Edminas mantêm, financeiramente, o Hoje em Dia. Mas vamos mudar este quadro, queremos fazer com que o jornal dê lucro e se sustente de forma autônoma. Vamos intensificar os investimentos, principalmente com a contratação de novos profissionais. Queremos fazer um jornal de qualidade, um jornal de verdade, como o leitor mineiro merece.
ANTONIO
- Nº 7.83
nhã, zeiro, ama pela alar o Cruo São Paulo see vai emb amada confronto comal do torneio eiros ida infl eiro min semifin Uma torc o, no prim vaga na Morumbi. Os Ribeiro, eirã ago no no Min ores. Duelo vale quarta, de Kléber e ThiRTES o Libertad o na out ra empenh 0. PÁGINA 1, ESPO rá decididno bom des em 201 azul: Animação apostam caram 27 gols s lotarams torcedore pelo que já mar
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O ex-m inistro ção par Patrus Ananias a na disp ser o vice na (PT) reje cha uta pelo itou a ind Govern pa de Hélio Cos ica- pre o de Min ta ssionad as. Ele (PMDB), o a ace ra a vem sen do tar campan ha. itar e, assim, “Minha levar a nen hum militân mandato primeira opç cia pa”, disse. ão O PR, par é não dispu- Lula, puxou as diss tido alia side idências do a – nte Clésio na bas And em Dilm a e Ana rade anuncio e de Costa. stasia. O pre u o voto PÁGINA “Di lma 3, POLÍT sia” ICA
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TERÇA-
10/6/201
51
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Sorocaba e Região Caros amigos, a partir desta edição, passo a coluna para minha amiga Sonia Maria Grando Orsiolli. Despeço-me com muita saudade e agradeço a todos vocês que colaboraram comigo aqui na Acontece em Sorocaba. De colunista nesta linda revista, passo agora a ser um colunável atencioso! Muito obrigado a todos! É com muita satisfação que “herdo” esta coluna do nosso querido Douglas Lara. Espero fazê-la com muito carinho e responsabilidade que todos os leitores da PQN merecem. É sempre bom falar de Sorocaba e região, ainda mais agora como colunista deste espaço que passa a se chamar “Sudeste Paulista”. A coluna trará informações não só de Sorocaba, mas como de toda a região Sudeste de São Paulo. Vamos ampliar nosso relacionamento e proporcionar uma leitura de qualidade aos comunicadores paulistas. Mande suas sugestões e notas para sudestepaulista@pqn.com.br
Douglas Lara
Divulgação
NOVO PORTAL
Divulgação
O programa Gente que Acontece, que vai ao ar pelo canal da TV Sorocaba/SBT, lança, neste mês de junho, seu novo portal na internet. Quem já acompanha o programa agora terá uma nova ferramenta com todas as informações, fotos, vídeos e as coberturas dos eventos. Com apresentação da colunista social Luciana Meira, o Gente oferece um momento para relaxar e se informar mostrando pessoas, shows, festas e eventos que movimentam a região. No ar aos sábados, às 12h45. Confira: www.gentequeacontece.com.br
NOVIDADES
O jornalista Helio Rubens anda ocupadíssimo com seu projeto ‘revolucionário’: a nova versão do jornal eletrônico ROL - REGIÃO ON LINE. Depois de 12 anos ‘no ar’ dedicado apenas aos temas cultura, educação e imprensa, o jornal passará a ter um domínio próprio, www.jornalrol.com.br, além de vários suplementos e novidades como saúde, meio ambiente, esportes, entre outros. Com a nova página, os leitores poderão contar com o Boletim do ROL, enviado duas vezes por mês aos cadastrados na newsletter, que possui atualmente 9.500 e-mails.
SUCESSO
O grupo Ipanema, dos empresários Francisco Pagliato Neto e Juliana Camargo Pagliato Consani, está comemorando os 22 anos da rádio Jovem Pan e também nove anos do Jornal Ipanema. A festança, no Ipanema Clube, reuniu os nomes mais expressivos da comunicação de Sorocaba. Empresários, publicitários, jornalistas, colunistas, socialites, entre outros convidados, lotaram o espaço para conhecer o novo portal de notícias online de Sorocaba. Divulgação
Divulgação
ITINERANTE
Semanalmente, o programa Cruzeiro Educação estaciona em um local diferente de Sorocaba e Região, para realizar suas entrevistas. A intenção é aproximar profissionais da cidade com a comunidade, transmitindo a experiência e conhecimento aos ouvintes. Destaque para a entrevista feita pela apresentadora Míriam Cris Carlos, com o jornalista, mestre em Comunicação e Cultura, produtor jornalístico da TV TEM e professor, Rodrigo Gabrioti de Lima. Ele contou para os ouvintes sua dissertação de mestrado sobre o tema ‘Interação e Intercidades: A Comunicação Regional na Reconstrução dos Espaços’. Muito bom!
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PROJETOS DE LITERATURA
Eu e a jornalista Cintian Moraes estamos organizando o concurso “Um olhar sobre Sorocaba” que reunirá a história da cidade contada por diversos autores consagrados. O lançamento está previsto para as comemorações dos 356 anos do município, no dia 15 de agosto. O objetivo do projeto, além de reunir textos em prosa e/ou versos, é contemplar os amantes de história com um livro que preserve a memória de Sorocaba. Iremos lançar também uma antologia infantojuvenil que contemplará textos de jovens de 7 a 17 anos.
PRIMEIRA VEZ
Caco Barcelos Barcelos, um dos repórteres mais importantes da imprensa brasileira, participou recentemente de um bate-papo aqui na cidade e falou sobre jornalismo investigativo, cidadania e os bastidores da notícia. O encontro reuniu cerca de 700 pessoas, entre eles estudantes, profissionais e telespectadores. Ele comentou as características que diferenciam o trabalho de um grande repórter, do jornalismo como exercício da cidadania e das histórias que construíram sua carreira na TV brasileira.
Robhson Abreu
A
expressão acima resume, de certa forma, todo o frenesi que a comunicação ainda vive em torno da social media. Para encurtar histórias, contextos e conteúdos diversos, espaços virtuais surgem, apoiando-se sempre em elementos de síntese: mensagens com 140 caracteres, vídeos com três segundos ou posts objetivos. Até aí nenhuma surpresa! Certo? E poderia, por ser óbvio demais, ter sido ignorado. No entanto, o registro é válido porque um novo movimento da indústria cinematográfica precisa ser analisado. Ancorados nas novas mídias, filmes buscam a viralização de ideias e o fortalecimento da própria essência. Um caso recente é o do Kick-Ass, longa baseado em uma história em quadrinhos homônima. A narrativa gira em torno de um adolescente de 16 anos que, com um simples uniforme, um capacete e uma arma muito estranha, espécie de bastão, torna-se um super-herói. Na primeira ação, ele utiliza seus golpes para evitar que dois ladrões roubem um carro. Mas nessa investida ele leva a pior, além de ser esfaqueado, é atropelado e levado para o pronto-socorro. Na segunda vez, após ter seus ossos colados com platina, quase um Wolverine com seu adamantium, o jovem herói leva uma tremenda surra de três brutamontes que corriam atrás de um suposto ladrão. Ao pedir ajuda em uma loja de conveniência, a surra é filmada por todos por uma câmera de celular e, rapidamente, os vídeos
Jornalista, escritor e poeta. Autor de vários livros, entre eles “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema, e “Rir ou chorar”, que desvenda os bastidores do cinema brasileiro.
To put it shortly... são divulgados no YouTube. Em poucos minutos, os vídeos ganham popularidade e Kick-Ass torna-se uma verdadeira celebridade, inspirando novos super-heróis. É a arte imitando a realidade? Em muitos aspectos. E olha que exemplos não faltam. Um dos mais interessantes é o vídeo de Pedro Queiros, conhecido nacionalmente como Pedro do Chip. Nas imagens, sua ex-mulher pede, aos gritos: “Pedro, cadê meu chip?”. A história, assim como a de Kick-Ass, foi parar no YouTube, tornando-se um verdadeiro sucesso. Pedro e Kick-Ass mudam culturas, consolidam falas (“cadê meu chip?”) e inspiram toda uma juventude a agir ou andar de determinada forma. Qual a diferença entre real e virtual? Agora, mais do que nunca, o ser ou não ser compõe os roteiros fictícios ou não, imaturos ou não, nebulosos ou não. É a junção de valores! Equação exponencial? Em Kick-Ass, do diretor Matthew Vaughn e com os atores Nicolas Cage e Christopher Mintz-Plasse, há outros elementos reflexivos, como o uso do ação Divulg MySpace, que propicia o contato direto do super-herói com o público. É o pedido de socorro rápido e ágil, necessário para as megalópoles. É o herói à disposição dos fracos e oprimidos. No mundo atual, renunciar aos benefícios da social media é interromper conexões, networking e fluidez necessária para o bom diálogo. O segredo está, portanto, em saber como utilizar esses canais, sem se perder nas ofertas existentes. Kick-Ass mostra isso, e com louvor. Para estar presente, é preciso otimizar atitudes e iniciativas, utilizando a síntese a seu favor. Let’s put it shortly!
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É, gente, nossos “causos” não param e não têm como parar. Comunicador que se preze tem sempre que dar um fora. Foca ou experiente, não tem jeito. A gargalhada é garantida. Mas, pra gente rir, você precisa enviar seus “foras” para o meu e-mail: paularangel@pqn.com.br ILUSTRAÇÕES: LÚCIO CARVALHO
Paula Rangel
DIRETO DO NOSOCÔMIO?
O TOMBO
Não sei se isso é um fora ou mico, mas aconteceu comigo! Em audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte, plenário lotado, eu, Marina Barros tirava fotos. Fiquei tão concentrada com o melhor ângulo que caminhei um pouco mais e não lembrei que tinha uma escada no meu caminho. Caí, tirei a atenção de todo mundo e a audiência parou. Morta de vergonha, os vereadores se levantaram e vieram me ajudar. O bom disso tudo foi que eu fiquei muito conhecida lá!
MANCHETES ENGRAÇADAS Rio de Janeiro é campeã em número de zumbis Padre é detido por dançar axé e atropelar Jesus Americana processa Google Maps após ser atropelada
Um repórter novato de nome Darly que veio de Nova Lima para a Rádio Itatiaia de BH, indicado para fazer reportagem no HPS, anotou as várias ocorrências e depois fez o boletim para o noticiário, ao vivo. No encerramento, falou: “direto do ‘nosocômio’ de Pronto Socorro, repórter Darly”. Na Redação, todo mundo começou a rir e comentar: ‘nosocômio’? Márcio Doti, chefe de reportagem na época, ficou ‘p da vida’ e, óbvio que chamou a atenção do repórter para não usar o termo ‘nosocômio’ e sim, ‘direto do hospital’ de Pronto Socorro ou até mesmo do HPS, termo que ainda é muito usado pelos repórteres da capital mineira.
PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII...!
Na Rádio Guarani, década de 80, o repórter Mauro Lúcio, sem saber que o microfone de mesa na redação estava aberto, pois um repórter “entrava” no noticiário, ao vivo, e depois o outro repórter, deixou cair sem querer sua pauta com a notícia. Sem achar o papel, o noticiarista chamou: “e agora o repórter Mauro Lúcio”. Ele desesperado procurando o papel com a notícia e não encontrando, disparou: “puta que pariu, quem foi o ‘fi da puta’ que pegou minha notícia aqui’...E tudo isto foi ao ar, deixando o locutor do estúdio na maior saia justa. E o repórter, coitado, acabou levando uma suspensão por esse descuido. Valeu pelas contribuições Tânia Moreira!
Homem gasta 7 anos com quebra-cabeça e falta peça Mulher fere namorado que não queria sexo e é presa
Veados quebram porta de vidro e invadem bar
Idoso faz sexo no ônibus e depois agride cobrador Evangélica mata os pais para pagar dízimo Empregados devem assinar acordo de não-suicídio
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Ator só come animais que fazem sexo de forma digna
1DGD PHOKRU TXH UHXQLU RV DPLJRV ¶ SDUD FRQWDU TXH D IDPtOLD FUHVFHX Wäls Quadruppel. A mais recente criação da Wäls para os apreciadores da boa cerveja. Primeira cerveja nacional no estilo, a Wäls Quadruppel é maturada em carvalho francês e na genuína cachaça mineira, proporcionando aroma e sabor suavemente amadeirados, com um toque brasileiro. Como parte final do processo, a Wäls Quadruppel é refermentada na própria garrafa.
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Wäls. Uma família tão nobre quanto o seu paladar.
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