RESPONSABILIDADE SOCIAL: DOE PALAVRAS CONQUISTA O MUNDO, FATURA PRÊMIOS E TORNA-SE REFERÊNCIA NO MERCADO
Negócios
Comunicadores e famosos apostam no franchising para alavancar seus empreendimentos.
Comportamento
Simples, exóticas ou enigmáticas, as tatuagens são consideradas símbolos da comunicação.
Responde aí!
O que os comunicadores esperam da Comunicação neste ano de 2011?
O poder da Mídia Assuntos polêmicos sempre são um prato cheio para os veículos de comunicação, principalmente quando está no ar os ‘realities shows’. Mas, até que ponto a mídia tem o poder de provocar o debate e o diálogo entre as pessoas? O tema “Transexualismo” foi a bola da vez no BBB11, impulsionando pautas em todos os cantos - do impresso à mídia web. A mídia também tem seu lado positivo, especialmente quando todos param para refletir sobre assuntos áridos e polêmicos.
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Eu tenho a força!
EXPEDIENTE
Parece até um jargão jornalístico, mas quando queremos, nós comunicadores, temos a força de impulsionar determinados assuntos e fazer com que todo mundo pare e preste atenção em nossas informações. A mídia tem sim essa força, esse poder que tanto fascina uns e outros. Mas até quando poderemos colocar um tema na ordem do dia e daí obter ações positivas e um olhar atencioso por parte da sociedade?
EDITOR-CHEFE: Robhson Abreu EDIÇÃO: Robhson Abreu e Pedro Paulo Taucce REVISÃO: Pedro Paulo Taucce PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Robhson Abreu ARTES: Robhson Abreu
Isso pode ser exemplificado pela escolha da personagem de capa desta décima nona edição. Ariadna Arantes não é jornalista e nem tão pouco cursou Comunicação, porém ela merece nosso destaque por ter colocado na ordem do dia uma tema tabu que poucos falam ou querem falar sobre ele: o Transexualismo. Sua participação relâmpago no Big Brother Brasil 11 trouxe à tona o assunto mexendo nas pautas de todos os veículos de comunicação - do impresso à mídia web. Foram centenas de buscas na internet e dezenas de reportagens em rádios, TVs, jornais e revistas. O assunto saiu da TV para a mesa e roda de amigos de todo o Brasil. Depois de tanta exposição, hoje todos já possuem noção do que é um transexual e como eles buscam seu espaço na sociedade.
André de Abreu - Éber Vaz - Ester Jacopetti Francisco Tovo - Frederico Albuquerque Helenna Dias - Jairo Mendes - João Vítor Vianna José Aloise Bahia - Lúcia Lemos - Kátia Gontijo Márcio Reis - Petrônio Souza Gonçalves Renata de Tullio Monteiro - Roberto Caiafa Rodrigo Capella - Rodrigo Cogo - Sérgio Coelho Martins Sérgio Prates - Valéria Flores - Wander Weroni
Todos nós procuramos nosso espaço, seja pessoal ou profissional. Alguns o tem encontrado no franchising, franqueando seus produtos e serviços. Foi assim que aconteceu com o técnico de vôlei Bernadinho e o jornalista mineiro Mário Martins, que investiu na franquia de uma escola de idiomas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Comunicadores ou não, esses profissionais estão dando um show em seus empreendimentos, gerando emprego, renda e satisfação pessoal e empresarial.
SUCURSAIS: AMAZONAS: Tânia F Miranda BAHIA: Marcelo Chamusca LESTE DE MINAS : William Saliba NORDESTE: Rodrigo Coimbra RIO DE JANEIRO: Bette Romero SÃO PAULO: Daniel Zimmermann SUL: Augusto Köech
E por falar em satisfação, tenho a honra de lhes apresentar nossa mais nova colunista, Bette Romero. A jornalista carioca assumiu a coluna Calçadão, com notícias da Comunicação do Rio de Janeiro. Seja muito bem-vinda! Espero que a coluna continue com o mesmo sucesso de sempre! E Tânia F. Miranda assumiu a coluna Amazonas, que também estreia nesta décima nona edição de PQN. Quer mais satisfação que isso? A revista PQN tem crescido e diversificado suas pautas e procurado um olhar globalizado de toda a comunicação. É bom deixar nossa marca por todos os lugares por onde vamos. Essa sempre será nossa forma de comunicar, assim como uma tatuagem, usada desde a época das cavernas. Simples ou exóticas, elas também fazem parte da nossa identidade, do nosso dia-a-dia e revelam a personalidade do tatuado. Fernanda, Ike, Maurinho, Astrid, Diogo, Gugga, nossos entrevistados mostraram que o ato de tatuar, de marcar o corpo de nada tem de marginal. E sim muita estética, ética, ideologia e atitude, muita atitude. Aliás, quesitos que tem faltado por aí. Não é mesmo? Bom, pra terminar, minha grande e demorada salva de palmas para o projeto Doe Palavras criado pela RC Comunicação para o Instituto Mário Penna. É muito bom ver uma ideia ser premiada em várias partes do mundo e o melhor, fazendo pacientes oncológicos voltarem a sorrir. Essa é a dádiva da comunicação, da mídia, fazer o bem quando se é necessário. Tenho o maior orgulho dos profissionais que criaram o projeto e mais ainda da assessoria de imprensa que abraçou a causa.
COLABORADORES:
“Todos os textos publicados na revista PQN tiveram seus direitos autorais doados pelos seus autores, não tendo esta publicação qualquer ônus por parte de cada autor/colaborador”.
PUBLICIDADE: Para anunciar: (31) 8428-3682 ou 2127-4651 publicidade@pqn.com.br ASSINATURA: assinar@pqn.com.br Pessoa física: R$ 70,00 para 4 edições Pessoa jurídica: R$ 120,00 para 4 edições CARTAS À REDAÇÃO: cartas@pqn.com.br Acesse o site: www.pqn.com.br
Boa leitura! Robhson Abreu Editor
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A Revista PQN - Pão de Queijo Notícias é uma publicação da PQN Editora Ltda., Rua da Bahia, 1345 sala 909 Lourdes CEP: 30160-012 BH/MG Tel.: (31) 2127-4651
SUMÁRIO
CAPA
S
impática e de personalidade forte. Ariadna Arantes é do tipo que não leva desaforo para casa e muito menos foge de uma boa briga, quando provocada. Aos 26 anos, a carioca de Realengo, despertou a atenção do povo brasileiro e colocou todo mundo com a ‘pulga atrás da orelha’: afinal de contas, a esguia morena do BBB11 era um homem ou mulher? Em uma estratégia de marketing, ela entrou para a história do reality show global como a primeira transexual a participar do programa, e mais - abriu a discussão e o diálogo para um tema bem árido: o TRANSEXUALISMO. Afinal, o que é ser transexual? Uma aberração, doença ou distúrbio? O fato é que Ariadna chamou a atenção de todos e despertou na mídia nacional seu lado positivo. O assunto se transformou em pauta do dia para todos os veículos de comunicação. Tvs, rádios, jornais e mídia web - todos exploraram o tema com cuidado, ética, esclarecendo à sociedade sobre uma condição sexual que atinge milhares de pessoas no mundo inteiro. CAPA: Ariadna Arantes Fotos: Divulgação/BBB11/Rede Globo
TELEVISÃO
NEGÓCIOS
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Quem gosta de cozinhar não pode perder este programa pra lá de gostoso. Tem de tudo para todos os gostos e bolsos. De receitas simples às mais sofisticaddas. Um espaço para aqueles que têm um pé na cozinha.
Comunicadores e famosos estão apostando no franchising para alavancar seus negócios. Será que o fato de lidar com o público e ser da área está ajudando na hora de vender um produto ou serviço?
MERCADO
RESPONSABILIDADE
Como uma empresa de comunicação gaúcha tem utilizado de estratégias de RP 2.0, produção de conteúdo para a web para elevar a presença digital de seus clientes.
Ninguém imaginaria que simples palavras fariam toda a diferença para pacientes oncológicos. Foi assim que o Doe Palavras nasceu, conquistou o mundo e prêmios em vários festivais de publicidade.
COMPORTAMENTO
COLUNAS
Desde os tempos das cavernas, os homens já gostavam de gravar mensagens no corpo. Simples, exóticas ou enigmáticas, as tatuagens são consideradas símbolos da comunicação.
ARTIGOS
André de Abreu José Aloise Bahia Márcio Reis Francisco Tovo Kátia Gontijo Fred Albuquerque Rodrigo Cogo Jairo Mendes Lúcia Lemos Petrônio Souza
09 10 15 17 24 31 33 35 43 53
PQN Cidadão Pão de Queijo com Café Robhson Abreu Eu Quero! Responde aí Leste de Minas Amazonas Calçadão Nordeste Dendê PQN RP PQN Sul PQN Pet Pipoca Literária
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Participe! Mande seu comentário para: cartas@pqn.com.br Sugestões de pauta também serão bem-vindas.
Li a PQN de cabo a rabo... muito boa! E a nota da Dani ficou muito fofa. O melhor artigo de todos os tempos foi aquele que respondeu por quê os portais de notícia nunca são os primeiros resultados dos buscadores, como o Google. O cara saca muito. É autorreferencia! A matéria sobre os conselhos de comunicação também ficou muito boa. Sem contar as fotos dos bonequinhos de madeira! E falando em fotos, as da premiação da propaganda mineira estavam legais demais! A diagramação da entrevista com o Faustão ficou a mais bonita da revista. Tudo remeteu à TV e ao seu tubo de raios catódicos. A PQN 18 ficou muito linda! Parabéns para a equipe! Thaís Maia Pessoa Comunicação e Relacionamento - BH/MG É difícil uma revista especializada entre elas as grandes, Exame e Você S/A, por exemplo - não repetir pautas ou não ficar abordando os mesmos assuntos. Não é o caso da PQN, que se supera a cada edição com pautas muito elaboradas, criativas e instigantes. Isso sem mencionar a correta abordagem dos textos e a qualidade gráfica. A cada edição, os temas levantam as questões que passam a ser assimiladas
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e discutidas entre a categoria. Ou seja, o assunto não morre ali e faz com que os profissionais reflitam cada vez mais sobre os rumos e tendências da Comunicação. A revista cresce e se consolida sem apelar para o “oba-oba” ou a superficialidade. Difícil até sugerir alguma pauta, mas a necessidade do diploma para o exercício da profissão merece mais discussão. Sucesso! Heraldo Leite Jornalista e pós-graduando em Mídias Sociais - BH/MG A edição de número 18 da PQN está fantástica! A reportagem de capa com o apresentador Fausto Silva ou Faustão, como todos o conhecem, está super bem ilustrada e de conteúdo interessante. O Faustão é um dos melhores apresentadores da televisão brasileira e, de fato, contribui muito para a sua história. Parabéns pelo esforço das repórteres Célia Chaim e Cristina Vaz de Carvalho. Valeram a pena os 19 meses de espera desta importante entrevista com um dos maiores ícones da comunicação brasileira nestes 60 anos de TV no Brasil. Marcelo Dias Jornalista - BH/MG Receber PQN aqui no Recife é um grande orgulho. Faz tempo que eu não via uma publicação de tamanha qualidade e conteúdo. Com certeza tornar-me-ei um assinante e, mais, prometo divulgar a revista para todos os meus alunos
e amigos professores. Parabéns para toda a equipe! Lauro Fercondini Professor - Recife/PE A cada edição da revista PQN administro a expectativa do que está por vir. A edição de número 17, com o Anuário das Empresas de Comunicação de Minas Gerais, parecia ter sido o ponto máximo de uma revista inteligente e antenada com tudo o que acontece em nossa área. Assim, não poderia deixar de registrar a minha alegria ao receber a edição de número 18, que nos brindou com uma seleção primorosa de temas, dentre os quais se destaca o das estratégias para um mercado de altíssimo luxo, da repórter Helenna Dias. Foi uma delícia ler a entrevista de Rodrigo Capella com o Daniel Bruin, Relações Públicas que sou! Conhecer um pouco mais do jornalista e apresentador Fausto Silva também foi bom para pôr em xeque alguns preconceitos e fez valer a pena a maratona! A palavra que melhor descreve seu esforço e o de toda a equipe PQN é superação! E a melhor característica de vocês é o envolvimento com aquilo que fazem. Parabéns! Continuem nos brindando com a qualidade, a seriedade e a atualidade de sempre! De fato, vocês conseguiram uma surpreendente integração da área de Comunicação. Com meu carinhoso abraço, Wilma Vilaça WV Comunicação Empresarial - BH/MG
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o pess Arquiv
Participe, envie suas sugestões ou notícias para o meu e-mail: pqncidadao@pqn.com.br
Divulgação
SUSTENTABILIDADE I
Sob o comando da jornalista Ivana Moreira, a rádio Band News FM 89,5, de Belo Horizonte, acaba de inaugurar a grade 2011 com novos programas e colunistas. Dois deles, porém, são muito especiais: o Estação Cidadã e o Olhar Sustentável. O primeiro é apresentado por esta colunista e o outro pela colunista Luciana Marques. Ambos terão como foco a responsabilidade social e a sustentabilidade. Conto com a sua audiência! Divulgação
SUSTENTABILIDADE II
O grupo Camargo Corrêa lançou a rádio web Planeta Sustentável, criada para divulgar conhecimento sobre sustentabilidade. A programação entrou no ar durante a edição 2011 do “Planeta no Parque”, evento promovido em parceria com a Editora Abril, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Em Minas e em outros estados, a rádio pode ser ouvida pelo site www.camargocorrea.com.br. A programação da rádio web contará com música de artistas engajados na sustentabilidade e dicas sobre consumo e práticas sustentáveis, além de curiosidades, entrevistas e outras informações relacionadas ao tema. Aproximadamente 70% da programação musical serão de artistas brasileiros. A produção do conteúdo da rádio ficará a cargo de uma equipe da Alpha FM (101,7 MHz). Divulgação
CIDADANIA
Estão abertas até o dia 4 de abril as inscrições para o Prêmio Trote da Cidadania, ação promovida pela Fundação Educar Dpaschoal tradicionalmente há 12 anos. A intenção é registrar e reconhecer as boas referências em trote solidários realizados em todo o Brasil e envolver jovens de escolas técnicas e universitários em ações cidadãs, como forma de despertá-los para o empreendedorismo e o protagonismo social. O concurso também é uma maneira de contribuir com a formação de jovens mais engajados e profissionais conscientes de seus papéis como cidadãos. A premiação vai de voucher financeiro a câmeras digitais e um notebook. Saiba mais pelo www.trotedacidadania.org.br
FIOCRUZ INAUGURA CANAL DE TV
Durante a assinatura de acordo de cooperação entre os Ministérios da Educação, da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da Cultura, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou a TV Canal Saúde. As principais transmissões da emissora são através de antena parabólica digital e de um canal exclusivo na Oi TV, com estreia prevista para este ano. Ao se transformar em uma emissora de TV, o Canal Saúde passa a gerenciar um canal próprio, inicialmente com 12 horas de programação ininterrupta, das 9 às 21 horas. A veiculação através de satélite aberto possibilita que toda antena parabólica com recepção digital - cerca de três milhões hoje, no Brasil captem o sinal da rede. Com a missão de ser um agente da cidadania, a Fundação, a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, tem a missão de promover a saúde e o desenvolvimento social, gerar e difundir conhecimento científico e tecnológico. Bacana a iniciativa!
REDE AMBIENTE I
Divulgação
Dividido em cinco categorias – Biodiversidade, Educação Ambiental, Água e Clima, Sustentabilidade e O Homem e a Natureza, o Projeto Rede Ambiente é resultado de uma expedição de mais de três meses realizada pela equipe da Canal Azul TV. O objetivo foi explorar diversos projetos ambientais espalhados pelo Brasil, como o Projeto Tamar, Projeto Tubarões e Rios Voadores. A iniciativa teve patrocínio da Petrobras e objetiva disseminar a cultura ambiental, o conceito de sustentabilidade e promover o contato com exemplos concretos de práticas socioambientais.
REDE AMBIENTE II
A produtora Canal Azul, especialista em criação e produção de conteúdo audiovisual, reúne um dos principais acervos de imagens de meio ambiente registrados por renomados documentaristas de natureza do país, como Haroldo Palo Jr. As informações contidas no portal são comentadas por jornalistas, biólogos e profissionais ligados à área. O projeto teve a curadoria de José Sabino, doutor em ecologia e um dos principais especialistas em biodiversidade do país. Confira o portal, já que o Rede Ambiente disponibiliza conteúdo audiovisual sobre variados temas, como tecnologias sociais a serviço do meio ambiente e reciclagem. Há também todo um material sobre a biodiversidade da fauna brasileira, como os tubarões e os golfinhos rotadores; e sobre os mares e rios brasileiros, mata atlântica, cerrado e o pantanal. Acesse: http://canalazultv.ig.com.br/redeambiente
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o pess Arquiv
Começamos mais uma nova década. Se pararmos para pensar, a Comunicação também teve seus altos e baixos nesses últimos dez anos, ou melhor, no último século. Estamos na bolha das redes sociais que influenciaram uma mudança significativa no modo de produzir, divulgar e debater a Comunicação. Entre uma tuítada, um vídeo no YouTube e uma visita ao Facebook, ficamos nos perguntando: qual será o próximo passo?. Será que teremos uma nova coqueluche nessa década? Só o tempo dirá! E, pra não perder o costume, qual é o seu café preferido?
CAFÉ NOBEL
O jornalista e criador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi um dos 241 indicados ao Prêmio Nobel da Paz, segundo informações do Comitê do Nobel Norueguês. A lista de indicados para 2011 inclui 53 organizações e supera as 237 indicações de 2010. Famoso por divulgar documentos confidenciais relacionados às guerras do Afeganistão e do Iraque, além de milhares de mensagens diplomáticas dos Estados Unidos, o WikiLeaks recebeu a atenção mundial e irritou uma série de governos ao desnudar a diplomacia internacional. Caso Assange ganhe o prêmio, ele vai embolsar 10 milhões de coroas suecas, o que corresponde a U$ 1,58 milhão de dólares.
CAFÉ DETETIVÃO
Há uma polêmica entre jornalistas: até onde é ético copiar e colar na íntegra um release informativo, sem citar a fonte e escrever, no alto da matéria, “Da Redação”? Com o intuito de colocar mais lenha na fogueira, a Media Standards Trust, organização sem fins lucrativos, dos Estados Unidos, lançou o site Churnalism.com. A ideia é ajudar os leitores a descobrir o que é texto original e o que é “churnalismo”, uma expressão que significa jornalismo baseado em releases. O site faz uma comparação entre os mais variados títulos de portais noticiosos americanos que criaram uma mesma notícia a partir de um release; além disso, informa a porcentagem do release que foi copiada da matéria ou artigo. Imagina se essa moda pega no Brasil?
CAFÉ LITERÁRIO
CAFÉ NETWORK
Uma dica importante para estudantes e jornalistas para trocar conhecimento entre colegas, debater as tendências do mercado de comunicação e, principalmente, fazer novos contatos profissionais. Isso e muito mais você irá encontrar no 6º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O evento será realizado de 30 de junho a 02 de julho, no campus Vila Olímpia, da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Um dos principais temas é o jornalismo on-line e os desafios para a reportagem investigativa na plataforma digital. Inscrições: www.abraji.org.br
CAFÉ IN SÉRIE
O mundo do jornalismo investigativo será pano de fundo para a série brasileira “Primeira Página”, coprodução da Rede Band com a Caju Produções, do jornalista Marcelo Parada. A série ficará pronta em novembro, mas ainda não se definiu a data de exibição em 2011. Escrita por Ecila Pedroso, a mesma roteirista de “Carga Pesada”, na Globo, “Primeira Página” contará a história de uma repórter que investiga a morte do pai, também jornalista, assassinado por causa da publicação de uma denúncia. Ao propor um debate sobre ética, justiça e democratização da informação, a série promete resgatar a faixa de teledramaturgia da Band, que desistiu de produzir novelas devido ao alto orçamento.
Por falar em jornalismo investigativo, uma boa leitura é a obra de Solano Nascimento (Editorial Arquipélago, 112 pp, Porto Alegre 2010) intitulada “Os Novos Escribas”. O livro é leitura obrigatória, porque estabelece uma clara diferença entre o verdadeiro jornalismo investigativo e o que se convencionou chamar como tal, mas que, na verdade, segundo o autor, é apenas um “jornalismo sobre investigações”. Outra dica, também de leitura, para quem gosta e quer entender mais desse fenômeno que mudou a forma de como se produzir e distribuir a informação em todo o mundo é a leitura de “Webjornalismo”, da jornalista Magaly Prado (www.magalyprado.com), (Editora LTC, 240 pp, R$ 40). Aborda a história de como se desenvolveu o jornalismo na internet e a influência que os blogs e as redes sociais deram ao jornalismo contemporâneo. A autora analisa o conteúdo produzido e gerado pelo usuário, que traz à tona o papel do jornalista, assim como as questões éticas que surgem nas redes.
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o pess Arquiv
Jornalista, especialista em jornalismo multimídia pela PUC-SP e mestrando em comunicação pela ECAUSP. Atua há 10 anos em comunicação digital corporativa participando de projetos para Schering-Plough, Instituto Ethos, COC e Lush. Jurado das categorias digitais do Prêmio Aberje e um dos autores do blog Intermezzo. www.andredeabreu.com.br
É proibido proibir
A
cena é comum: mais cedo ou mais tarde, nas redações ou nas empresas, as redes sociais irão pegar você. A sua corporação de digital não tem nada e seus funcionários não trabalham em frente ao computador? Sinal de tranquilidade? Obviamente não. Independentemente do porte ou do grau tecnológico da sua empresa, é fato que ela já está nas redes sociais. Faça uma busca. Use o Google ou a ferramenta de busca do Twitter (search.twitter.com). Em poucos minutos você verá dezenas de referência sobre sua marca, sejam elas de consumidores ou dos seus próprios funcionários. Outro fator precisa ser levado em consideração: a consultoria Nielsen anunciou recentemente que as vendas de smartphones cresceram 279% no Brasil em 2010. De acordo com o instituto de pesquisa Gartner, foram cinco milhões de unidades vendidas no país durante o mesmo período. Isso significa que a velha prática de tentar proibir ou controlar aquilo que se fala sobre a empresa nas redes sociais também deixar de ter efeito quando o assunto são os próprios funcionários. Assim como os celulares coloridos e com câmeras hoje são acessíveis a todas as camadas da sociedade, é só questão de tempo para que os smartphones sejam o dispositivo-padrão de comunicação móvel da maioria dos brasileiros. Desta forma, restringir o acesso à rede da sua equipe ou bloquear sites de redes sociais faz cada vez menos sentido, já que, mais do que nunca, todos têm (ou terão) condições de acessar Facebook, Twitter e MSN direto da palma das mãos.
SEM ESCOLHA A proibição dos funcionários ou a força jurídica em relação à web aberta sempre foram as soluções favoritas das empresas, pois, aparentemente, eram as opções com resultados mais rápidos. Entretanto, apesar de esta prática estar cada vez
mais em desuso - salvo exceções como a Renault Brasil, que intimou uma internauta a tirar do ar o blog e os perfis em redes sociais que mantinha para reclamar de um veículo da montadora - a maioria das corporações começou a perceber que, se bem utilizadas, as redes sociais podem oferecer mais vantagens do que se pensava. A primeira medida, obviamente, é a proibição pela proibição. Antes disso é preciso dar início a uma profunda reflexão interna e, mais do que tudo, definir uma política de redes sociais. E, neste caso, não me refiro a um documento estático e burocrático, mas sim a um conjunto de medidas, práticas, pensamentos que certamente resultarão em um plano de mudança organizacional. Esta precisa ser uma discussão e decisão estratégica que toda empresa precisa tomar. Como ela irá encarar críticas advindas da web? Como estas críticas serão processadas para se tornarem aperfeiçoamentos internos e devolvidas aos usuários e clientes na forma de melhores serviços e produtos? Como sensibilizar os funcionários em relação à segurança da informação? Com o tempo, o gestor de comunicação contemporâneo perceberá que as redes sociais são uma maneira fácil, barata e rápida de entender como os consumidores ou os leitores interagem com sua marca e, além disso, com a dos concorrentes. As indústrias de tecnologia e dos videogames são exemplos de quem há muito faz uso do social para aperfeiçoar seus produtos. A cultura do beta, que consiste em disponibilizar para a comunidade de usuários versões inacabadas de softwares ou jogos para que possam testar antes de todos em troca de comentários sobre a experiência de uso, existe há várias décadas. O resultado? Menos reclamações nas centrais de atendimento e consumidores ou leitores mais felizes com produtos sujeitos a menos problemas e concebidos de acordo com suas necessidades. No final, todo mundo ganha, já que é proibido proibir!
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o PQN Arquiv
Jornalista, escritor, pesquisador, ensaísta. Graduado em Jornalismo e pós-graduado em Jornalismo Contemporâneo. Autor de Pavios Curtos. Participa da antologia O Achamento de Portugal, dos livros Pequenos Milagres e Outras Histórias, Folhas Verdes e Poemas Que Latem ao Coração!
Retratos finos
O
começo do século 21 deve ser lembrado de várias maneiras. Uma delas, no limiar da ficção e realidade, ressalta a importância de toda uma gama textual, andarilha, contaminada pela criatividade e o frescor convincente advindos de uma boa matéria jornalística. Se algo parece estar escondido – no fundo de nossas memórias desmemoriadas – e imerso na trama diária de uma redação, a relevância do detalhe equivale ao olhar atento e investigativo sobre algumas personalidades que fizeram e fazem a história na literatura, música, artes plásticas e outras variantes das contemporaneidades. Uma preciosidade de relações pertinentes, diálogos, averiguações, reflexões e arquivos refinados, aliados à consistência da publicação, fazem de Retratos Erráticos: imagem, perfil e personagem na imprensa (Oiti Editora e Comunicação, Belo Horizonte, MG, 2010, 311 páginas, R$ 40,00), de Regis Gonçalves, um dos melhores lançamentos de 2010. O autor é jornalista, escritor e graduado em ciências sociais pela UFMG. O escritor mineiro, sempre antenado, conserva-se pleno, ousado e mais lúcido que muitos numa coletânea de jornalismo cultural – textos de mais de 10 anos pra cá – publicados no jornal O Tempo, de Belo Horizonte. Intercala 39 perfis biográficos e entrevistas de maneira sofisticada. Eis o requinte do testamento: começa com Adélia Prado, o segundo é Affonso Ávila, o terceiro Amilcar de Castro, e na leitura prazerosa já estamos em Armando Freitas Filho, na argentina Beatriz Sarlo, Décio Pignatari, Ferreira Gullar e, quem mais?, Francisco Alvim, outro Francisco, o Iglésias, Guimarães Rosa, Henriqueta Lisboa, José Murilo de Carvalho, outro José, o Saramago, Lotus Lobo, Manoel de Barros, Oswaldo França Júnior, Sérgio Sant´Anna, Silviano Santiago, Tavinho Moura, Toninho Horta, dentre outros, e o falecido recentemente, um dos maiores contistas/cronistas brasileiro dos últimos tempos, Wander Piroli.
ACHADOS INIMAGINÁVEIS Vale destacar as palavras de Humberto Werneck no penúltimo parágrafo da apresentação do exemplar: “Atento também ao
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que está menos visível, o repórter nos trouxe o João Guimarães Rosa nada ficcionista que transparece nas páginas de um inédito Diário de guerra, no qual, anos antes de estrear em livro, o jovem diplomata documentou a experiência de servir na Alemanha nazista nos começos da Segunda Guerra Mundial. Trouxe igualmente, aliás, uma parenta do escritor, Calina Guimarães, personagem tão cativante quanto até então obscura, e que nos anos 1990 se pôs a serviço da memória de Rosa. Foi ela a responsável pela revitalização do museu Casa de Guimarães Rosa e criadora do grupo Miguilim, de meninos contadores de estórias, hoje conhecido em todo o país, apresentou-a o repórter num perfil de 2003.” Repleto de episódios curiosos, confissões que poucos sabem (pensavam que sabiam ou tinham dúvidas) e achados inimagináveis, cada parte do todo, num excelente conjunto e projeto gráfico-editorial, inicia-se sempre com uma citação do contemplado numa página destacada em tom mostarda. O poeta carioca Armando Freitas Filho deixa a sua marca: “Quando a coisa fica boa, quando a gente acerta a mão é quando assaltou a fronteira. Ela é movediça, como a linha do horizonte, está sempre fugindo.” Beatriz Sarlo também não deixa por menos: “Quando falo de literatura, falo disso: da radicalidade de uma experiência, da radicalidade de um trabalho sobre a linguagem.” Décio Pignatari indaga, de modo cortante: “Quero que me digam por que, entre dez escritores escrevendo sobre o mesmo tema, um deles é melhor que os outros.” E vamos adiante, numa afirmação de Frederico Morais que dá pano pra manga sobre a estética e artes plásticas: “A vanguarda não é só um movimento para frente, pode ser também para trás, porque o que foi feito está aberto.” Também a presença luminosa de Silviano Santiago: “As melhores respostas dos países periféricos ou colonizados, do ponto de vista artístico, não são cópias das metrópoles, mas transgressões ao modelo metropolitano.” Poderíamos ficar aqui citando as outras falas, porém vamos terminar este parágrafo com José Saramago (também falecido recentemente), de maneira (e)terna: “O único lugar onde efetivamente se passam coisas importantes é dentro de cada um de nós.”
NEGÓCIOS
De vento em popa...
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Muitas são as histórias envolvendo o franchising no Brasil. Desde pessoas famosas àquelas que veem nele uma oportunidade diferente e até mesmo de mudar de vida. Os ramos escolhidos são os mais variados. Uns optam pelo alimentício, outros por cosméticos, outros ainda por escola de línguas ou de esportes. O país conta com mais de 1,6 mil redes de franquias e a tendência é que o crescimento continue nos próximos anos. Em 2009, o mercado gerou receita de R$ 63 bilhões e mais de 80 mil unidades franqueadas. Em 2010, houve um crescimento de 12% em relação ao número de unidades e de mais de 20% em arrecadação, chegando a valores próximos de R$ 75 bilhões. Esse mercado já possibilitou mais de 700 mil empregos no país. E alguns comunicadores e famosos já enxergaram esse valioso negócio. JOÃO VITOR VIANNA E ANA PAULA CASTRO
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mpreendedorismo é uma palavra forte, atual e que tem vários significados. No dicionário Aurélio, significa deliberar-se a praticar, propor-se, tentar. Segundo o mesmo livro, o empreendedor está sempre buscando a mudança, reage a ela e a explora como sendo uma oportunidade. No século XIX, nos Estados Unidos, surgiu uma novidade que poderia mudar o rumo de várias empresas: o franchising, uma mudança na forma de empreender, de anunciar, de veicular a marca. Além disso, uma nova maneira de disseminar a empresa, seja regional ou mundialmente.
Em Minas Gerais, o jornalista Mário Martins é um exemplo de empreendedorismo. Ele preferiu agregar o franchising à vida de comunicador. Ex-diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, na gestão de Dinorah Carmo (1999-2001), ele conta que a oportunidade de abrir uma franquia da escola de idiomas CCAA, em Sete Lagoas, surgiu com sua esposa Rosane, que já trabalhava no ramo há 24 anos. O casal achou o negócio um bom investimento e, juntos, decidiram apostar no projeto, que completa em 2011, cinco anos. Martins se diz um apaixonado pela comunicação, mas preferiu partir para um novo empreendimento, pois o mercado da comunicação vive seus altos e baixos. “Quando surgiu a chance de abrir a franquia, nem pensei na rentabilidade que pudéssemos ter. Vi que era um segmento de bom investimento, uma vez que o aprendizado de idiomas estava e continua crescendo no Brasil, principalmente após o anúncio da Copa do Mundo e das Olimpíadas”, analisa o franqueado. BERNARDINHO, expansão da escola de volei para várias cidades brasileiras, principalmente na região Sudeste
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Arquivo pessoal
mercado não está bom e eu estou mais feliz hoje. Eu era feliz antes também, mas hoje me encontro adaptada ao meu estilo de vida, levo minha filha ao balé, às aulas particulares. Fiz uma opção de vida e estou muito satisfeita com a minha realidade”, pondera a jornalista que aposta no novo negócio desde 2008.
BONS NEGÓCIOS
MÁRIO, aliar a comunicação ao novo negócio foi fundamental para garantir o sucesso das nossas estratégias
O sucesso da franquia em Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está muito relacionado ao empenho de quem a gerencia. O jornalista e sua esposa dedicam grande parte do tempo ao curso e a manter em boas condições toda a infraestrutura do prédio. E desde que começaram, procuram ter uma visão diferenciada, cada um na sua área, buscando os melhores resultados. Martins é responsável pelo marketing, comunicação e divulgação da unidade e procura fazer o trabalho de acordo com aquilo que já vivenciou nas empresas onde trabalhou. Além disso, conserva o padrão do franqueador de idiomas. “A gente tem que buscar aplicar o que aprendemos, o que vivenciamos, para que no final o resultado venha e seja sempre positivo”, observa. Quem também decidiu investir no mercado de franchising foi a jornalista Elissama Assis Freitas, que trabalhou durante quase uma década na Rede Minas e também na Rede Globo Minas. Consultora de beleza da rede Mary Kay, a jornalista deixou o seu ofício para se dedicar mais à família. Para ela, no momento, ser autônoma é mais prazeroso. “Sou mãe e precisava ter um tempo para minha família e isso não era possível. Hoje posso dizer que tenho o meu ofício e que dou conta de todas as minhas obrigações”, garante. Contudo, o passado não deve ser esquecido pelos profissionais. “Sempre fui feliz
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como jornalista. Mas agora tenho mais tempo para o meu filho e marido e isso não tem preço. Posso dizer que estou mais feliz agora. Minha qualidade de vida melhorou com o ganho de tempo”, afirma a jornalista. Na Mary Kay desde 2009, Elissama afirma que tem todo o respaldo da rede que representa como suporte e treinamentos. O mercado de beleza traz um retorno bom para quem investe e a franqueadora está atenta ao que acontece no segmento. “Além disso, o fato de eu ser comunicadora e ter muitos contatos facilita as vendas”, brinca a jornalista. Já a ex-diretora de jornalismo da Rede Record Minas, Alexânia Goulart, franqueada da Bendita Gula, afirma que o fato de ter sido uma comunicadora não facilitou no sucesso atual de sua loja. Para ela não há nenhuma relação entre o seu antigo ofício e o de hoje. O sucesso, garante, está relacionado àquilo que a gente quer e faz por merecer. “Eu, no caso, queria mexer com esse ramo, já conhecia muita gente do segmento. Além disso, a gente também conta com a sorte e com vários fatores”. Apesar de ter trabalhado por mais de 18 anos na área da comunicação – foi editora das Redes Globo Minas e Record – Alexânia não pensa em voltar ao mundo da comunicação. “O
O maior aliado do crescimento do franchising nos últimos anos é a baixa mortalidade das empresas. As estatísticas, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), mostram que somente 1% dos negócios de franchising morre depois de um ano de iniciado. Ricardo Toledo de Camargo, diretor executivo da entidade, afirma que isso acontece porque quem entra neste ramo tem muitas facilidades, como a orientação e segurança, e já começa a trabalhar com uma marca conhecida e difundida, o que auxilia o empreendedor, principalmente no início, o que não ocorre na abertura de um comércio “comum”. Nos últimos seis anos, o mercado de franchising cresceu assustadoramente – quase 20% somente em 2010, e continua a crescer, na casa dos dois dígitos, há seis anos. Em recente pesquisa promovida pela Rizzo Franchise, foi apontado que o Brasil ocupa hoje a segunda posição em relação ao número de franqueadores Arquivo pessoal
RICARDO, quem investe tem que sempre estar ciente do que está oferecendo ao mercado
no mundo. Com 2.226 marcas, o país já ultrapassou os Estados Unidos, ficando atrás apenas da China, que possui 2.600. Atualmente, são inauguradas 1.017 franquias por mês, ou seja, 33 unidades por dia. Somente no ano passado, foram abertas 12.198, com geração de 171.281 empregos. A evolução do franchising pode ser notada também na receita gerada em 2010, de cerca de R$ 250 bilhões. O valor equivale a quase um décimo de toda a riqueza gerada no país, representando 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Para este ano, a previsão é um crescimento de 13% no número de franqueadoras em relação ao ano passado, com faturamento girando em torno de R$ 269 bilhões. Deverão ser abertas 300 novas franquias e 144 mil vagas de emprego. Visto como uma mina de ouro, o franchising, no entanto, tem os seus riscos, mesmo que, segundo os números, eles sejam pequenos. Para especialistas em marketing é imprescindível que o empreendedor que queira investir no ramo tenha conhecimento das dificuldades do mercado e saiba lidar com suas adversidades. Apesar de ter toda uma estrutura, a vontade, a cooperação, a luta diária, a inovação, a interação de qualidade com o cliente e o cultivo de novos empreendimentos e busca de novas oportunidades são adjetivos que devem estar aliados à atitude do investidor. Com tantos números positivos, não há quem não veja no franchising um bom e rentável negócio aliado à satisfação pessoal. O sistema de franchising, em alguns pontos, se relaciona ao mercado comum, ao comércio. Quem investe tem que estar ciente do que está oferecendo, do produto que tem em mãos. “Todo investimento há um risco de dar errado ou certo. O que deve ser observado são os aspectos e o porquê do investimento. Mas deve haver,
sim, uma orientação prévia, para até mesmo assegurar que o projeto não vá findar tão logo seja posto em prática”, afirma o diretor da ABF, Ricardo Toledo de Camargo.
NOVAS OPORTUNIDADES Apostar no esporte tem sido um filão para aqueles que já estão acostumados aos holofotes da mídia. O esportista e técnico da Seleção Brasileira de Vôlei Masculino, Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, criou no ano passado um sistema de franquias da escolinha de vôlei que leva o seu nome. A estrutura criada é própria para as crianças com redes mais baixas, bolas leves e quadras menores. As aulas são realizadas em locais estratégicos, a fim de ter um retorno qualitativo, como informa o próprio treinador. Para os objetivos de Bernardinho, o sistema de franchising foi a melhor opção para expandir suas técnicas. “Por meio de pessoas que vislumbram os mesmos objetivos, conseguimos oferecer oportunidades de negócio para nossos franqueados e alunos. Tanto que nossa expectativa é atingir, em 2011, entre 20 e 30 unidades”, informa o premiado técnico. Algumas dessas unidades deverão ser instaladas em Minas Gerais. O Estado não possui nenhuma franquia, mas isso já está sendo providenciado. Atualmente a rede está presente no Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, Distrito Federal, Recife, Natal e São Paulo, num total de 10 unidades franqueadas.
encaminhados a grandes clubes, como Fluminense e Botafogo. Isso se dá sob o patrocínio de grandes empresas que apostam no projeto. Já Marcel Sturmer, 25 anos, gaúcho e bicampeão pan-americano de patinação indoor, decidiu abriu uma escolinha particular de patinação em Lajeado. Em 2012, mais outra, esta beneficente. Além disso, investe há três anos em sua marca própria, a Marcel Sturmer, especializada em roupas para patinação. Cleo Sturmer, mãe e empresária do atleta, afirma que o mercado gaúcho carecia desse tipo de produto e por isso resolveu ao lado do filho, investir no negócio. A marca tem a responsabilidade de criar roupas de qualidade e que estejam na moda. “O fato de eu ser mãe dele só fez aumentar a minha responsabilidade, uma vez que sua imagem está em jogo”, diz. “Basicamente eu uni duas coisas – a brecha para esse segmento do mercado com a vontade de começar a criar uma tradição em um novo ramo para quando eu me aposentar”, completa Marcel.
MARCEL, todo o lucro do negócio é gerenciado pela minha família, já que viajo muito para as competições
Além da escolinha, Bernardinho também se envolve em trabalhos sociais. Desde 2007, 250 jovens entre sete e 13 anos têm aulas ministradas em comunidades locais e vários já foram
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TELEVISÃO
O sabor está no ar... Programas segmentados são muito normais hoje em dia. Mas uma TV toda segmentada é uma grande novidade. Ainda mais toda voltada aos amantes da culinária. Será que dará um gostoso caldo? ÉBER VAZ
Pensando nessa evolução, o grupo paulista Mídia Brasil lançou a Chef TV, um canal especializado em gastronomia e voltado para o publico que gosta de saborear novidades e inovar em seu dia a dia. A novidade tem como público-alvo os assinantes de conteúdos pagos, classes A e B, principalmente as donas de casa. A ideia, afirma a diretora da TV, Débora Abreu, foi popularizar o conteúdo e mostrar quão simples e prático é fazer em casa as delicias mostradas pelo canal, bem ao estilo ‘faça você mesmo’. “A grande proposta da Chef TV é inovar em seu conteúdo. Embora a culinária hoje seja um assunto comum, que está presente na maioria dos programas femininos exibidos em canais abertos, os produtores já buscam formas de investir na diversidade e buscar
formas de mostrar diferenciadamente a gastronomia”, diz a diretora. Toda a programação pretende sair do convencional, utilizando a dramaturgia, passeios, além de contar com algumas cenas cômicas. Tudo realizado de forma a dinamizar as receitas que serão ensinadas. Débora informa que os programas apresentarão desde pratos simples da culinária regional, passando por dicas de economia até chegar aos pratos mais requintados e sofisticados. A Chef TV ainda terá uma grade de mais de 30 programas. A maioria será de produções nacionais, documentários e produções estrangeiras, como o da apresentadora irlandesa Trish Deseine, premiada autora de livros sobre a culinária francesa. Outra aposta da
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O
mercado de TV por assinatura no Brasil tem experimentado uma fase de crescimento e, de acordo com informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em 2010 o numero de usuários cresceu em torno de 23,5%. E para atender ao aumento da demanda, as operadoras têm investido na parte técnica, buscando novidades e aumentando a variedade de canais oferecidos ao grande publico.
emissora é o programa “Não Jogue Fora”, apresentado em drops diários de três a cinco minutos. Nele, a apresentadora Dani Tesolin orienta o telespectador para promover o consumo consciente, ensinando receitas de como reaproveitar alimentos e utilizar as partes normalmente descartadas que ajudam a diminuir o excesso de resíduos na natureza. Entre as produções nacionais, destacam os programas “Na medida certa”, do chef Fernando Corsi, e também o “5 sentidos”, da chef Mariane Sato, que participou ano passado do Super Chef, reality exibido no global Mais você, da Ana Maria Braga. Um dos cuidados da produção foi buscar a participação de chefs conhecidos na capital paulista e em outras cidades, como Elza Nunes, chef e proprietária do restaurante mineiro Dona Lucinha e Aneto. Ela apresentará o programa “Condimentos”, com pratos típicos da rica culinária regional e de todas as partes do Brasil, em receitas que revelam costumes e histórias do nosso povo. A programação será oferecida somente nas capitais que atualmente são atendidas pela TVA. Espera-se a adesão à grade de outras operadoras. Mas a Chef TV poderá ser conferida pelo site www.cheftv.com.br. MARIANE, o programa participou do reality show exibido no global Mais Você
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oal
o Pess Arquiv
Jornalista, formado em Comunicação Social pela UNESA (RJ) desde 2005, e escritor amador. Atualmente trabalha na Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura de Itapevi (SP). Também faz alguns serviços freelancers para jornais e revistas de SP.
Minha nada mole vida!
A
cabo de completar seis anos de Jornalismo. Comparado a muitos profissionais do mercado, ainda sou um “foca”, porém, quase adulto. No entanto, se tem algo que já consegui descobrir nesse pouco tempo de profissão é que jornalista sofre. Essa é uma verdade incontestável que não diferencia raça, gênero ou classe social, atingindo o bem e o mal remunerado. Ou alguém acha que o Willian Bonner não trabalha feito um louco para ganhar o que ganha na Rede Globo? Mas, vamos às minhas experiências!
futura prosperidade do negócio, e acabei aceitando trabalhar de graça. Fazia matérias para tudo quanto era editoria e ainda ajudava na distribuição do periódico, entregando de porta em porta nos condomínios de Alphaville. Apesar de me desdobrar em vinte, no fim do mês minha conta no banco continuava às moscas. Pelo menos serviu para dar uma incrementada no meu currículo.
O primeiro a acreditar em meu potencial foi o dono de um pequeno canal de televisão no interior do Estado Rio de Janeiro. Como era de se esperar, comecei ocupando a vaga de estagiário, já que a empresa não tinha condições de contratar mais funcionários. No entanto, ao ser efetivado, a situação não mudou muito. Trabalhava horrores, ganhava pouco e ouvia uma infinidade de insultos e palavrões. Fiquei nessa vida por mais de um ano.
Depois de uns seis meses de trabalho voluntário, finalmente arrumei um emprego na assessoria de imprensa de uma agência de desenvolvimento da Grande São Paulo. O salário só dava para pagar o aluguel e algumas contas, mas era melhor do que passar fome. Nesse tempo, pegava três conduções para ir e três para voltar do serviço. Durou exatos 30 dias. A agência fechou as portas, mas meu chefe pediu para que eu criasse todo o conteúdo de seu site pessoal na internet. Trabalhei mais duas semanas e não recebi um tostão. Ao concluir meu serviço e passar o material para ele via e-mail, o cara simplesmente sumiu.
Em seguida, já morando sozinho em Barueri, interior de São Paulo, surgiu um vizinho. Possuía um pequeno jornal, de baixíssima circulação, que, segundo ele, não pagava nem mesmo as despesas com a gráfica. Jogou um papo furado em cima de mim, encheu-me de esperanças quanto à
Ainda fiz muitos serviços de graça para amigos e outros conhecidos, na promessa de que um dia o investimento geraria bons dividendos para mim. Em um deles, quase apanhei de uns “trabalhadores informais” que acharam que eu os estava investigando. Em outro, ao fotografar a fachada de uma empresa, por muito pouco não levo um tiro de um segurança despreparado. Também posso incluir nessa lista uma vez em que quase morri afogado cobrindo uma enchente de São Paulo e um incidente com um cão da Guarda Municipal, da raça Labrador que, avesso a fotos, por muito pouco não arranca um pedaço da minha orelha direita. Minha última desventura foi proporcionada por um teto que caiu sobre a minha cabeça (literalmente!) no ano passado, enquanto, ironicamente, eu escrevia uma reportagem sobre os cuidados com deslizes de terra e desabamentos em épocas de chuva. Fui parar no pronto-socorro. Acho que só não morri porque eu precisava continuar vivo para passar por outras experiências desastrosas na profissão. Agora, fico aqui pensando por quantas mais terei de passar até conquistar minha tão sonhada aposentadoria. Pois é, e você ainda vai dizer que vida de jornalista é boa, é moleza. Que nada, jornalista sofre!
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Quer participar? Envie suas sugestões para: robsonabreu@pqn.com.br
RECONHECIMENTO I
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O jornalista mineiro Hamilton Reis assumiu o cargo de Secretário de Governo da Prefeitura de Contagem, RMBH, atendendo o convite da prefeita Marília Campos. Ele substitui Paulo César Funghi, que passa a responder pela Secretaria de Defesa Social. Hamilton acompanha Marília desde 2001, quando ela ainda era vereadora.
NOVO ENDEREÇO
A agência de comunicação Outra Visão (www.outravisao. com.br), especializada em assessoria de imprensa, fotografia, jornalismo e consultoria em comunicação, inaugurou sua nova sede em Belo Horizonte (MG). O novo escritório fica na rua Artur de Sá, 911, sala 409, União (31) 3657-5060. A empresa, que recentemente completou cinco anos de mercado, é liderada pelos jornalistas Paulo Cunha e Raquel Aguirre e atende a clientes das áreas de beleza, gastronomia, eventos, comunicação, varejo, saúde e moda em BH e SP. Divulgação
JANEIRO EXCEPCIONAL
APOIO
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Embalada pelo Top de Marketing ADVB-MG 2010, conquistado em dezembro último, a MHD Comunicação comemora o bom desempenho da empresa. Só neste primeiro trimestre foram quatro novos contratos fechados – Huawen Escola de Mandarim, Coletivos São Cristóvão (Salvador/BA), Manjar Alimentos e Grupo Super Nosso-Apoio Mineiro. Parabéns para a jornalista Maria Helena Dias e toda a equipe!
E no embalo do Carnaval carioca, a PQN apoiou os idealizadores do Bloco Gargalhada, que há sete anos vem promovendo a inclusão de deficientes na festa momesca. Fomos os responsáveis pela ilustração da camiseta que trouxe o deputado Tiririca e a mascote do bloco, o boneco Gargalhada. Fundado em 2004 no tradicional bairro de Vila Isabel, o Bloco Gargalhada surgiu com a proposta de ser um baluarte da alegria e descontração e, hoje, transformou-se num modelo de inclusão social numa festa em que os deficientes – sejam surdos, cegos, cadeirantes – caem na folia!
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DE CASA NOVA II
A RINO COM contratou Maurício Savoia para a sua equipe. Pós-graduado em Marketing e com mais de 25 anos de experiência, o executivo, além da própria RINO, atuou nas agências Norton, McCann Erickson, DM9, entre outras, onde atendeu a clientes como a General Motors, Nestlé, Antarctica, Gafisa, BKO, Unilever, Reckitt Benkiser, Gillette e ArcelorMittal. Divulgação
RECONHECIMENTO II
A mineira Adriana Araújo foi eleita como melhor Jornalista pelo 3º Prêmio Mulher em Destaque Opaque, realizado em março, em São Paulo. Realizado anualmente em março, mês da mulher, o Prêmio elege 12 finalistas, três de cada categoria, sendo elas: Artes Cênicas, Esporte, Jornalismo e Responsabilidade Social. A seleção é realizada por um seleto comitê de notáveis, que avaliam desempenho das finalistas no ano anterior. Adriana já trabalhou no Diário do Comércio e na Globo Minas. Atualmente é repórter especial da Rede Record. Reconhecimento mais que merecido! Parabéns! Divulgação
NOVOS PROFISSIONAIS
Como parte do plano de crescimento da Holding Clube, a Samba.Pro, agência do grupo, anunciou um novo time de profissionais. Entre eles está Luis Fernando Fernandes, que assume o cargo de diretor de negócios. E para atuar na equipe de Renault, a agência traz cinco reforços: Tatiana Oliveira Maraccini (atendimento); Bianca Matos (assistente de atendimento); Margarete Parola (assistente para fluxos internos); Bruno Santos Cardoso (criação) e Carolina Vitorino Vieira (redatora). Sucesso para a equipe!
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o pes Arquiv
Jornalista, formado em Comunicação Social pelo Unicentro Newton Paiva (BH) desde 2004. Pós-graduado em Produção de Mídias Digitais, desenvolvedor de conteúdo para Internet e analista de mídias sociais.
Quando a rede falha
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arece até uma piada pronta “Como destruir a sua reputação em 140 caracteres”. Mas a mensagem postada por vários usuários do como @Julio_C_Mello no Twitter representa muito bem o que ocorreu com a estudante conhecida como Mayara Petruso. Em seu perfil, uma frase ofensiva em relação aos nordestinos, um dia depois da vitória da presidente Dilma, causou uma verdadeira comoção no ciberespaço. Da noite para o dia a ilustre desconhecida passou a figurar o centro de uma polêmica. Frases em defesa da cultura nordestina e de repreensão à estudante se espalharam pelos diversos cantos da internet. Ela bem que tentou se retratar e chegou até excluir seus perfis, mas, o estrago já estava feito. Poucos segundos, alguns caracteres e apenas um clique foram decisivos para desconstruir a reputação da estudante. A situação serve de aviso aos navegantes: muito cuidado antes de utilizar as Redes Sociais! No artigo anterior enumerei os principais benefícios do uso destes meios. Agora lanço ao vento as potencialidades destrutivas das mesmas. Um mar ora calmo ora revolto que exige habilidades dignas de um bom comandante para navegar. Mayara Petruso será processada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Sessão Pernambuco. Além da repudia pública que ela sofreu pela mal fadada manifestação de pensamento; terá que prestar contas com a Justiça. Em situação parecida, mas, em um contexto totalmente diferente, a norte americana Dawnmarie Souza criticou
seu chefe pelo Facebook e acabou sendo demitida. A frase apesar de ser direcionada a uma pessoa só e ser desprovida de carga preconceituosa, foi suficiente para render um estrago. Mas não são somente os ilustres desconhecidos que cometem gafes nas redes sociais. Grandes marcas, celebridades e até mesmo as ONGs andam sofrendo com os 140 caracteres mal escritos. Em um dos mais recentes casos, o desenhista Mauricio de Souza foi vitima de si mesmo. Ao tornar público o que pensa em relação ao vídeo de uma dançarina fantasiada de Magali no Youtube; chamou para si uma grande discussão. Apesar de vários comentários em apoio, ele foi sumariamente criticado. Uma polêmica que poderia ter sido evitada se tivesse mantido o silêncio. Já o comentarista esportivo Galvão Bueno tirou de letra a brincadeira “Cala a Boca Galvão” que surgiu no Twitter. O detalhe básico é que ele não se aventurou na rede da onde partiu a piada, usou a TV mesmo; veiculo que domina. E numa demonstração pública de grande esportividade reverteu a situação e passou a figurar como bem humorado. Menos mal. Isso nos remete ao seguinte pensamento: estamos sendo vigiados o tempo todo e vivendo uma espécie de censura silenciosa, parte de uma suposta inteligência que está se formando fazendo referência a obra de Pierry Levy? Isto só o tempo poderá dizer. Mas a conclusão que tiramos dessas histórias é que todo cuidado é pouco antes de sair por ai postando mensagens nas redes sociais, principalmente no Twitter que tem resposta imediata.
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Congresso Mega Brasil de Comunicação 2011
TEMA CENTRAL
O Brasil sustentável e as novas fronteiras digitais e sociais da Comunicação Corporativa
24, 25, 26 e 27 de maio de 2011 –Centro de Convenções Rebouças, São Paulo SP
PATROCÍNIO MASTER
PATROCÍNIO TEMÁTICO / AGÊNCIAS
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I N PRESS
comunicação corporativa
PATROCÍNIO TEMÁTICO / EMPRESAS
COLABORAÇÃO
APOIO MÉDICO
APOIO INSTITUCIONAL
abrasca
Associação Brasileira das Companhias Abertas
CONRERP Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas – 3ª Região Minas Gerais - Bahia - Espírito Santo
CONRERP - 5ª REGIÃO CONSELHO REGIONAL DE PROFISSIONAIS DE RELAÇÕES PÚBLICAS Alagoas - Sergipe - Pernambuco - Rio Grande do Norte - Paraíba - Ceará - Piauí
CONRERP - 6ª REGIÃO CONSELHO REGIONAL DE PROFISSIONAIS DE RELAÇÕES PÚBLICAS
INSCRIÇÕES
www.megabrasil.com.br/congresso2011 INFORMAÇÕES
55 (11) 5576-5600
APOIO EDITORIAL
REALIZAÇÃO
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Você já fez sua doação? Doepalavras, campanha criada pela RC Comunicação para o Instituto Mário Penna, já alcançou dois milhões de acessos/mensagens de 136 países SÉRGIO PRATES
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ais uma vez o Projeto Doe Palavras, idealizado pela agência de publicidade mineira RC Comunicação, alcançou reconhecimentos mundiais. A humanitária campanha do Instituto Mário Penna, lançada em 08 de abril de 2010, no Dia Mundial de Combate ao Câncer, totaliza impressionantes dois milhões de mensagens/acessos de 136 países, conforme dados oficiais da empresa norte-americana Map Overlay. Além disso, foi selecionada pelo 90° Festival Art Directors Club de New York como a melhor ação de comunicação do mundo na categoria Internet; e também é shortlist (finalista) do Tomorrow Awards Winter 2011, de Montreal/Canadá, dedicado a reconhecer ideias que promovam novas fronteiras das tecnologias. Em quase um ano de campanha, uma das mais emocionantes mensagens foi enviada no ano passado pelo ex-vice-presidente da República José Alencar Gomes da Silva. “Devemos sempre ter fé e confiança. Fé em Deus, confiança nos médicos. Esse é o caminho para alcançarmos o nosso objetivo”, disse José Alencar, falecido em março e um exemplo de luta como paciente oncológico. Para participar, os textos de solidariedade, com o máximo de 144 caracteres, devem ser enviados pelo site (www. doepalavras.com.br) ou pelo Twitter, acrescentando a hashtag #doepalavras. Todas as mensagens são transmitidas aos pacientes por meio de televisores instalados nas salas de quimioterapia, radioterapia e de espera, não apenas nas unidades do Instituto Mário Penna, como em qualquer hospital aliado ao projeto. MARIANE, o programa participou do reality show exibido no global Mais Você
O site é disponibilizado gratuitamente para hospitais de todo o mundo, que apenas necessitam obter permissão e dados sobre instalação através do e-mail hospitais@doepalavras.com.br. Mesmo quem não queira escrever nada pode acompanhar a transmissão ininterrupta de mensagens de apoio e solidariedade pelo site do projeto que tem versões em português, inglês e espanhol, o que amplia a participação internacional.
PREMIAÇÃO Dentre inúmeros grandes prêmios, o Projeto Doe Palavras obteve o El Ojo de Iberoamérica na Argentina; ficou como shortlist (10 finalistas) do Festival Internacional de Cannes – o mais importante galardão da propaganda; e venceu (1° lugar) o Desafio Ted Sudeste – a maior conferência de ideias inspiradoras de todos os tempos. Reconhecida tanto nacional quanto internacionalmente como a campanha institucional de melhor qualidade e de maior sucesso na moderna história da comunicação, o projeto conquistou ainda (prêmio único) o Yahoo Big Idea Chair 2010, por ser a melhor ideia do ano; obteve da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil o Top de Marketing 2010, em reconhecimento à sua estratégia de sucesso – “caso de
qualidade superlativa e ímpar, que representa a mais abrangente referência em excelência de gestão empresarial”; e recebeu do Sindicato das Agências de Propaganda o Grand Prix Especial (nova categoria, criada especialmente para enaltecer o Doe Palavras). Para marcar o primeiro aniversário do Doe Palavras, no Dia Mundial da Saúde, que é comemorado no dia 07 de abril, também dia do Jornalista, o Instituto Mário Penna promoveu um jantar onde foram homenageados o governador do Estado de Minas Gerais, Antônio Augusto Junho Anastasia, e outras seis personalidades com a entrega da Medalha de Honra ao Mérito do Instituto Mário Penna. Na ocasião houve o lançamento de um livro com centenas de mensagens selecionadas. A publicação é a primeira da América Latina a conter a avançada tecnologia de “realidade aumentada”, que possibilita ao leitor interagir com seu computador e ter um “livro infinito”, com recebimento instantâneo de novas mensagens postadas de qualquer parte do mundo. Como sempre comprovando, na prática, o seu lema “a sadia emoção de fazer o bem”, o Instituto Mário Penna vai remeter exemplares do livro para todas as entidades que cuidam de pacientes oncológicos no Brasil. hojeempauta1.blogspot.com
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“Eu quero!” Envie suas sugestões para euquero@pqn.com.br
bom para a alma
Ainda existe muito talento por esta Minas Gerais! Kiko Ianni o tem de sobra! Não foi à toa que ele rancou elogios do músico mineiro Juarez Moreira. Com uma maturidade magnífica, este violonista e guitarrista nos presenteia com o cd Una Mezcla. Em seu repertório, canções flamencas e um instrumental de lavar a alma, digno de grandes como Paco de Lucia e Rafael Rabello. Vale a pena conferir. Destaque para “Mi taranta” e “Mundo Onirico”. Acesse a página de Kiko Ianni: www.myspace.com/kikoianni e conheça um pouco mais desse mineiro que está conquistando o público mais exigente da capital das alterosas. À venda: Acústica e Discomania Preço: a partir de R$ 20,00
para os fãs do iphone
Essa é mesmo para colecionadores e descolados. O I Pig ganha pelo design e pela forma inusitada de um simpático porquinho. Ideal para Iphones, mas também para aparelhos que tenham entrada similar ao telefone da Apple. Além de decorativo, ainda dá para ouvir música. Também nas versões de IPanda, IDog, IBoo e IFootball. À venda: Imaginarium Preço: a partir de R$ 449,00
levinho
Para quem não gosta de carregar peso, o netbook da Megaware é a solução, menos de um quilo. A configuração do portátil traz processador Intel Atom N450 1.66 GHz, cache de 512KB e 2GB de memória DDR2. O HD armazena até 320GB Sata II, a rede wireless é de 802.11 b/g/n, e a conexão Bluetooth é de 2.1 + EDR. O netbook ainda vem com leitor de cartões 3 em 1 (SD/MMC/MS), 3 portas USB 2.0 (distribuídas nos dois lados da máquina), saída VGA, microfone e webcam integrados. Interessante. À venda: Casas Pernambucanas Preço: R$ 999,00
paliteiro apaixonado
para os apaixonados nada melhor que um paliteiro em forma de coração. A peça acaba virando objeto de decoração e desejo, o que pode confundir seu verdadeiro uso. Mas a ideia é bem legal e chama a atenção. À venda: www.meninos.us Preço: R$ 140,00
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bom para a sua casa
Se você ainda não tem um capacho na porta da sua residência por achar os modelos caretas e comuns demais, a hora é agora. O site www.meninos.us tem modelos inusitados. Na página, capachos em formas bem modernas e interessantes como este da fita cassete e o comando de deslize de celular. Confira. À venda: www.meninos.us Preço: R$ 89,90
andando descalço
O artista plástico mineiro Hogenério brinca mais uma vez com o imaginário dos descolados e lança sapatilhas exclusivas com desenho de pés. Para quem vê, a sensação é de estar descalço, provocando uma grande curiosidade entre as pessoas. Detalhe: são peças exclusivas e assinadas pelo artista pop. A coleção é limitada, personalizada e pode ser entregue em qualquer parte do país e na cor da pele de clientes que adoram inovar e provocar. Até o estilista Ronaldo Fraga se rendeu aos pés descalços de Hogenério em suas coleções. À venda: www.hogenerio.blogspot.com.br ou pedidos por e-mail hogenerio@hotmail.com Preço: a partir de R$ 100,00
paras os fãs das redes sociais
Já imaginou você que é fã de redes sociais sair andando por aí agora com um tênis Adidas Facebook ou Twitter? Isso é que é amor! A iniciativa é do artista inglês Gerry McKay, que customizou o famoso modelo Superstar, da Adidas, inserindo as cores e os logos das duas maiores redes sociais do momento. Mas não fique tão animado. Infelizmente os modelos são apenas conceito e não estão disponíveis para venda. É uma pena, pois aposto que muitos adorariam ter um deste. À venda: http://www.behance.net/gallery/Adidas-Facebook-Superstars/817509 Preço: não está à venda
bom demais pra ser verdade
Parece que todo mundo quer fazer show agora no Brasil. A partir de março olha só quem dará as caras por aqui: Shakira, Seal, Morcheeba, Iron Maiden, 30 Seconds to Mars e Ozzy Osbourne. Em abril será a vez de Elvis Costello, The National, Human League, Slash, U2, Roxette, Chemical Brothers, Air Supplay e Motorhead. Sem falar no tão aguardado Rock in Rio no segundo semestre. Fique de olho nas datas para não perder seu show. Confira: http://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2010/12/confira-agenda-deshows-internacionais-no-brasil-em-2011.html À venda: Ticket Master, Time4Fun, entre outros Preço: a partir de R$ 100,00
linha retrô salgadinha
Após o sucesso da linha de frigobar com design à moda antiga, lançada em 2007, a Brastemp deu mais um passo para a valorização do elegante design do passado e criou a família Brastemp Retrô, composta de refrigerador e fogão. O design pode até ser do passado, mas a tecnologia é bem atual, além de diversas funções sofisticadas e três cores básicas com nomes divertidos: preto tremendão, amarelo supimpa e vermelho brasa mora. Nas cozinhas do BBB11 você pode conferir os modelos. À venda: Magazine Luiza, Casas Bahia, Ponto Frio, Submarino, entre outros Preço: geladeiras a R$ 8 mil e os fogões, R$ 3 mil
ar de avião
Já pensou em um ventilador sem hélices e super silencioso? Pois é, “seus problemas acabaram”! O famoso canal Polishop está anunciando um super ventilador, o WAP Wind que promete revolucionar o mercado no segmento. O design é super inovador e muito curioso. O segredo do WAP Wind é seu potente sistema de aceleração de ar fresco, similar às turbinas de avião, que cria jatos até 15 vezes mais fortes e frescos Eu quero um! À venda: Polishop Preço: R$ 699,00
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O que você espera da Comunicação em 2011? Enquete promovida no dia 22/03 noTwitter e Facebook da revista PQN e seus seguidores.
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Robhso
Jornalista da Rádio América, Advogada da Morato e Gomes Advogados Associados e Professora de Direito da UNIPAC – Betim.
Estabilidade no emprego V amos comentar um assunto importante e que muitos trabalhadores não sabem ou, têm uma vaga informação: a estabilidade profissional. É difícil falar sobre estabilidade num tempo em que a única realidade estável é a queda do número de empregos, apesar de o Governo estar radiante com o índice positivo do número de empregos com carteira assinada, cerca de 448 mil postos, sendo 280.799 somente no mês de fevereiro. Mas, quem não conhece um colega que está a procura de emprego? Digo isso, pela nossa própria profissão de Jornalista. Quantos currículos as redações recebem por dia? Não existe uma estabilidade definitiva nas empresas. Temos na CLTConsolidação das Leis Trabalhistas e também na Constituição de 1988 somente a estabilidade provisória.
tem garantida, pelo prazo de 12 meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independente de percepção de auxílio-acidente. Significa dizer que tem garantido o emprego o empregado que recebeu alta médica, após o retorno do benefício previdenciário.
A estabilidade provisória é o período em que o empregado tem seu emprego garantido, não podendo ser dispensado por vontade do empregador, salvo por justa causa ou força maior. De acordo com o artigo 10, inciso II, alínea “a” do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal/88, o empregado eleito para o cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato, não pode ser dispensado arbitrariamente ou sem justa causa. Este é o membro da CIPA. Mas, atenção: somente os empregados eleitos pelos outros empregados possuem estabilidade.
Mas atenção: a estabilidade provisória pode cessar com a dispensa por justa causa, que consta no artigo 482 da CLT. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada sem julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar.
Também no mesmo artigo 10, II, “b” do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal/88, confere à empregada gestante a estabilidade provisória, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Outra estabilidade é para o dirigente sindical. De acordo com o artigo 543, parágrafo 3º da CLT, e artigo 8º da Constituição Federal, não pode ser dispensado do emprego o empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação, de entidade sindical ou associação profissional, até um ano após o final do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos da legislação. A maior estabilidade concedida é por acidente de trabalho prevista na legislação previdenciária no artigo 118 da Lei nº 8.213/9. Por ela, o segurado que sofreu acidente do trabalho
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Também existe a estabilidade concedida nas convenções e acordos coletivos dos sindicatos, com a intenção de assegurar aos empregados garantia de emprego e salário tais como: garantia ao empregado em vias de aposentadoria, aviso prévio, complementação de auxílio-doença e estabilidade maior para a gestante.
Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional.
CAPA
Se a sociedade brasileira está aceitando ou encarando o Transexualismo como normal, isso ainda está longe de acontecer, mas que a exposição do tema no Big Brother Brasil 11 pôs muita gente pra pensar, isso foi fato! Todos sabem e reconhecem o poder que a mídia tem de levantar assuntos, principalmente os mais polêmicos. ESTER JACOPETTI & ROBHSON ABREU
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O poder da midia nossa de cada dia...
riadna Thalia da Silva Arantes, ou Ariadna do BBB11. Quem, nos últimos três meses, não ouviu falar dessa carioca de 26 anos? Apesar de ter sido eliminada na primeira semana do reality show global, a segunda transexual mais famosa do Brasil conseguiu, através de sua exposição na mídia, iniciar o debate sobre um assunto bastante polêmico e árido: o Transexualismo. Visto ainda como um tabu ou aberração por muitos, o tema saiu da TV e foi parar na mesa dos brasileiros que assistem ou não à programação. Basta fazer uma pequena busca no Google ou no Twitter e ver como a palavra foi muito procurada após ela ter entrado na casa mais vigiada do país, já que os rumores sobre a condição sexual de Ariadna se espalhou por toda a rede.
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A carioca de Realengo, após falar sobre sua operação e abrir seu coração para o namorado no Domingão do Faustão, foi mais além. Ariadna abriu o debate sobre o transexualismo, gerando comentários e centenas de reportagens em diversos veículos de comunicação que, na onda da mídia de celebridades instantâneas, mostraram à sociedade o quão complexo é o tema e o tanto de pessoas que sofrem, ou não, o preconceito e traumas por serem transexuais ou transgêneros. O mesmo se pode dizer da top model transexual Lea T, mineira e filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo. Ariadna e Lea T levantaram a bola por todo o mundo. Até Oprah Winfrey quis mostrar em seu talkshow uma entrevista com a modelo internacional que vem arrebentando nas passarelas europeias. Mas vencer preconceitos está longe de acontecer para qualquer um da turma LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros). Se para os gays e lésbicas ainda é difícil assumir abertamente sua sexualidade, para os transexuais é ainda mais difícil. É nesta hora que o debate, a orientação e a informação pela mídia se fazem importantes. Suscita o debate social, para que todos vejam que o transexual não é uma aberração da natureza e muito menos está associado à personalidade psicótica como um dia disse o francês Jacques Lacan. Recente estudo apresentado no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), demonstrou que a vontade de ser do sexo oposto não implica necessariamente uma patologia ou uma disfunção de percepção da aparência, mas apenas atesta a singularidade de algumas pessoas. Muitas vezes, o transexual aceita seu corpo, mas se porta como o sexo oposto. Isso contraria a teoria desenvolvida por Lacan em 1950 que dizia que a perda da noção da realidade do corpo faria com que um homem se visse como mulher e vice-versa, fazendo uma associação à personalidade psicótica. O tema e suas teorias são complexos e ainda precisam de muito debate e esclarecimentos. Mas, enquanto isso acontece aos poucos, Ariadna conversou com exclusividade com a PQN e falou da sua exposição na mídia, do BBB 11, de preconceito, e, é claro, da edição especial da Playboy de março com fotos nuas feitas pelo fotógrafo Bico Stupakoff. E a vascaína afirma: “Hoje eu sou uma mulher e a mídia está ajudando a fazer com que as pessoas aceitem isso e, principalmente, tratem do transexualismo. Eu sou reconhecida como mulher, quero constituir família, ter marido, filhos. Eu tenho esse direito..”. Confira nossa conversa e o porquê escolhemos essa vascaína roxa, apaixonada Rio, foi escolhida como capa da nossa décima nona edição.
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Ariadna: Para a minha mãe, no começo, foi muito difícil aceitar. Com o tempo ela viu que eu sou uma pessoa super responsável. Quanto à fama, ninguém tem procurado minha família para fazer perguntas, e isso é muito bom! Estou conseguindo na medida do possível, manter minha privacidade. Mas minha mãe é curta e grossa. Para espantar os repórteres ela diz assim: “Sou testemunha de Jeová e não tenho nada a declarar”. Essa é a política dela, e eu respeito muito! Mas, quanto aos outros, se eles escutarem alguma coisa, eles já estão preparados. Eu digo a eles que devem fazer como eu: entrar por um ouvido e sair pelo outro... Sou de carne e osso, não tenho sangue de barata e pavio curto. Então quando eu me irrito com alguma coisa, eu falo mesmo, não tenho meias palavras. Quer respeito? Então se dê o respeito e me respeite! Por que eu respeito todas as pessoas que chegam até a mim.
02 Quais os conceitos que você pretende transmitir em relação à sua imagem pública e marketing pessoal? Ariadna: O brasileiro tem que abrir mais a cabeça, porque uma vez operada, agora sou mulher. Na Europa existe uma aceitação tão grande de travestis e também com as próprias operadas, e transexuais. O brasileiro também deveria ter essa aceitação, afinal de contas o Brasil é um país tão jovem. Ou até mesmo os Estados Unidos, ou outros países. Acredito que a sociedade brasileira deveria olhar a questão com outros olhos, e não apenas julgar. Eu tenho certeza que este será um trabalho bem positivo.
03 Pelo fato de ser uma transexual, você acredita que a sua participação foi uma estratégia de marketing para garantir a audiência do programa? Ariadna: Eu não sei se foi uma jogada de marketing, mas nas últimas edições o Big Brother Brasil procurou colocar personagens diferentes, como gays masculinos e femininos. Então eu acredito que eles quiseram apostar em algo diferente. Infelizmente eu só fiquei uma semana. As pessoas não tiveram tanto tempo para me conhecer. Nem deu para sentir se foi mesmo uma jogada de marketing.
04 A sua eliminação foi uma surpresa ou a falta de comunicação e o preconceito falaram mais alto? Ariadna: No começo eu achava que não, mas, com o tempo fui percebendo que sim, já que algumas pessoas me julgam muito pela aparência, no primeiro contato. Eu sempre fui um pouco natural. Mas é claro que se me tirarem do sério eu vou ficar brava, se tiver que falar palavrão, eu vou falar! Sou uma pessoa discreta, normal como todas as outras. Quando entramos na casa do BBB, temos uma rápida intimidade com os outros confinados, e tratamos todos como se fossem amigos. Eu acredito que as pessoas não puderam ver a tempo o meu lado sentimental, emocional, o meu interior, e ainda me julgaram sem me conhecer. Julgaram apenas pela aparência.
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05 Como a mídia está lidando com você após sua saída da casa e agora com ensaio especial na da Playboy? Você é a segunda transexual a posar nua. Pra você isso é uma quebra de barreiras? Ariadna: Eu creio que é sim. E acredito que seja uma grande ajuda para todas nós transex. Quando a Playboy me convidou para o ensaio especial de 50 páginas, acredito que eles também pensaram em ajudar a quebrar essas barreiras com a sociedade brasileira, e também a ajudar as pessoas como eu, mulheres operadas.
06 Você esperava sair do Big Brother Brasil 11 e ser convidada para posar nua? Ariadna: Todas as mulheres que participam do Big Brother Brasil já entram na casa com a ideia fixa de sair em alguma revista masculina. Eu pensei que pudesse ser chamada sim, além de querer muito! E quando fui convidada, aceitei de cara sem nenhum problema. Foi bem tranquilo fazer as fotos, até porque eu não tenho problemas com nudez. No começo eu fiquei um pouco tímida, mas depois fui me soltando. Tirei o roupão e não coloquei mais. Sou uma pessoa completamente livre de tabus. Espero que as pessoas comprem e apreciem.
07 É preciso ter um espaço civil para poder ter uma identidade transexual? Ariadna: Toda a sociedade precisa entender melhor as necessidades das outras pessoas que nascem e têm o diagnóstico transexual. Eu acredito que se a pessoa nasce assim, não tem como lutar contra. Um pai e uma mãe nunca vão querer ter um filho fora do padrão dito normal. Mas, eu acho que eles têm mais que apoiar, e o fato de ser transexual é como o médico falou, é um diagnóstico. A pessoa tem que lutar pelos seus diretos civis. Sou uma pessoa super bem resolvida e não vou negar o meu passado, até porque seria muito feio da minha parte, mas, eu me reconheço, sei quem sou, e sou super bem resolvida! Eu quero ser a mulher Ariadna. Eu não quero ter a imagem da transexual Ariadna, não mesmo. Eu não fui para o outro lado do mundo, sozinha, sem saber falar inglês, para ficar com uma plaquinha na cabeça “sou operada, já fui uma travesti”. Não é assim... Trabalhei, juntei meu dinheiro e fui sozinha! Eu tenho o direito de ser reconhecida como mulher, assim como sou pela lei. É claro que existem algumas entrevistas que as pessoas falam: “a ex-BBB transexual Ariadna com fulano de tal”, ninguém escreve “a heterossexual Ariadna com fulano de tal”. Eu acho ridículo quando eu vejo isso. Eu quero sim ser reconhecida como uma mulher que eu sou!
08 E como foi a sua operação de mudança de sexo? Ariadna: Sempre tive vontade de operar, mas eu tinha medo de morrer. Após conversar com uma amiga daqui em São Paulo, tomei coragem. Mas o medo é justificável: perdi uma grande amiga no Equador, ela faleceu e teve 10 paradas cardíacas. Foi horrível! Fiquei chocada desde então. E também tinha a preocupação de ter ou não orgasmo, um de meus grandes medos. Pesquisei sobre o assunto e vi que não tinha nada a
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01 Como a sua família está reagindo aos seus 15 minutos de fama?
ver. Procurei um cirurgião na Tailândia, porque não dava certo aqui no Brasil. Passei por um psicólogo que detectou que eu tinha uma alma de mulher. Fiquei 28 dias na Tailândia. Foram seis dias deitada sem poder levantar da cama. Mas venci!
10 Você já sofreu algum tipo de preconceito por parte de celebridades? Ou como, por exemplo, o caso da Roberta Close que não queria ficar no mesmo camarote que você, no Rio de Janeiro?
09 Como transexual assumida nacionalmente e alvo de grande exposição na mídia, você pretende trabalhar com algum tipo de veículo de comunicação?
Ariadna: Sim. Eu sofri preconceito por parte de uma pessoa do meio artístico, mas apenas uma. Eu prefiro evitar falar sobre isso. Mas do público foi pouco e os que aconteceram, foram vaiados. Eu também sei responder quando sou provocada, não vou mentir. Mas, educadamente, sem descer do salto. Com relação à Roberta Close, eu nem cheguei a vê-la. Não a conheço pessoalmente, portanto isso pra mim é indiferente. Não tenho nenhum problema com ela, pelo contrário, eu a acho uma pessoa que abriu portas para tudo isso, assim como a Rogéria, que tive o prazer de conhecer. Rogéria é uma pessoa super educada, culta e inteligente. Apaixonei-me por ela, uma pessoa super bacana. Quanto à Roberta eu não tenho nada com ela, porque eu não a conheço. E se aconteceu algo, partiu dela e não de mim.
Ariadna: Estou fazendo algumas presenças vips e já tenho vários contatos em cidades como Brasília, Fortaleza, Ribeirão Preto, Recife, Manaus. E quem sabe até mesmo fora do país. Recebi convite para fazer um documentário na Itália e nos Estados Unidos. Espero que dê continuidade, será muito bacana! Mas o que eu quero mais é estudar para ser atriz, sei que tenho talento. Todo mundo falava isso na escola. E será por este caminho da comunicação que eu quero ir! Mas, é claro que se tudo isso não der certo, continuarei com o pé no chão como sempre fui. Sou guerreira, vou continuar como cabeleireira e seguir a minha vida!
11 Você acredita que faltou esclarecimento sobre a sua condição de transexual para os participantes do BBB, ainda mais feito na emissora de maior audiência do país? Ariadna: A primeira pessoa para quem eu contei tudo foi a Jaqueline. Em seguida, para a Maria e Talula. Mas, eu não fui obrigada a contar para ninguém. Se eu sou reconhecida pela lei como uma mulher, eu não tenho que ficar falando por aí. Eu não tenho porque ficar com uma plaquinha na cabeça dizendo que eu era um travesti. Mas eu também não queria enganar ninguém, não foi minha intenção. Até porque eu sou mulher, então eu vou enganar, no que?
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Ariadna: Pode ser. De repente eu até não teria saído. Acho que rolou um preconceito sim! No último dia eu achava que era coisa de afinidade, mas, eu percebi que era preconceito dos participantes. E eu acho que teve sim um pouco de rejeição do público sim! Mas já passou. Agora tenho um público muito grande que me segue no Twitter, Facebook e no Orkut e que gostam muito de mim. Aonde vou, as pessoas falam bem, as crianças pedem beijos, e muitos pedem para tirar fotos.
13 É verdade que você pode substituir a Sandy na campanha da cerveja Devassa? Ariadna: Não chegou nada até a mim. Eu postei umas fotos no Twitter e fiz algumas brincadeiras de que talvez eu fosse a nova garota propaganda da cerveja Devassa. E logo em seguida surgiu uma matéria dizendo que eu estava dando alfinetadas na Sandy. Isso jamais! A Sandy é linda e talentosa. Foi só uma brincadeira. Mas, se vier o convite vou adorar!
14 Como será, a partir de agora, a vida da Ariadna profissional da beleza? Você abandonará a carreira? Surgiu um boato sobre ser Panicat, é verdade? Ariadna: Pretendo ver melhor isso mais adiante. No aeroporto, a equipe do programa Pânico na TV me abordou e fez o convite. A Sabrina Sato reforçou o convite. Não sei se é algo oficial, concreto. Mas, quem sabe! Por enquanto estou impossibilitada devido ao contrato com a Rede Globo. Mas se vier o convite eu não vejo por que não!
15 Existem boatos de que a família da Maria Melillo vai processá-la devido ao comentário que você fez na Casa de Vidro. Você disse que ela era garota de programa. É verdade? Ariadna: Vou aproveitar para esclarecer essa informação. Eu não afirmei nada! Quando eu saí do BBB11 todas as pessoas estavam falando, eu apenas fiz um comentário, assim como todos. Não tenho nada contra a Maria. Não tenho porque julga-la, até porque eu já fui garota de programa. Isso é algo do meu passado que todo mundo sabe. Eu apenas dei continuidade à conversa de todos. O comentário foi editado e não mostraram antes. Depois pegaram somente aquele pedacinho. Parece mesmo que foi para me ferrar. Mas, enfim... Lá tem quatro pessoas, o Igor, Michele, Rodrigo e o Maurício que podem confirmar que eu não acusei a Maria de nada. Eu fiz um comentário que repercutiu aqui fora e obviamente foi infeliz. E isso me prejudicou. Aproveito para pedir desculpas para a família da Maria Melilo. E o fato de eu ser tão apontada, eu jamais iria apontar alguém. Quero deixar bem claro que de nenhuma forma eu a acusei.
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12 Você acredita que teria ficado mais na Casa se as pessoas não soubessem?
ARIADNA, Pedro Bial a anuncia como a primeira eliminada do BBB11. Estavam no paredão o jornalista baiano Lucival e a bailarina carioca Janaína
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Publicitário, MBA em Marketing pela FGV e Ohio (EUA), professor de Marketing, sócio-proprietário da Popcorn Comunicação e Marketing, sócio-diretor da Futebologia e diretor do Sinapro-MG.
Ronaldo “fenômeno”: o fim ou o começo?
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Brasil e o mundo lamentaram o fim da carreira de Ronaldo, “o fenômeno”, nos últimos dias. Mas uma pergunta não quer calar. Esse é o fim ou o início da carreira do “Fenômeno”? Um dos maiores centroavantes que o mundo já teve, o maior artilheiro de todas as edições de Copa do Mundo, um jogador que passou por Barcelona, PSV, Real Madrid, Corinthians, enfim, jogou nos maiores clubes de futebol do planeta. Como jogador de futebol não há dúvida que o fim chegou, mas será que vamos ver nascer agora o “fenômeno” do Marketing Esportivo? Em junho de 1996, o “fenômeno” foi comprado pelo Barcelona por seis milhões de dólares, valor que foi pago até outubro do mesmo ano somente com a venda de camisas do clube. Melhor que isso só ver a história recente. Os contratos feitos pelo Corinthians desde sua chegada com a Hypermarcas somam 38 milhões por ano, sendo que um terço deste valor é do craque. O próprio presidente do Corinthians afirma que existem as eras AR e DR (Antes do Ronaldo e Depois do Ronaldo). É ou não um “fenômeno” do marketing esportivo? O fato é que se a carreira de Ronaldo foi sensacional dentro de campo, mais ainda é extraordinária fora dele. As cifras que sempre rodearam o craque através de patrocínios, licenciamento de produtos, promoções e eventos, fizeram-no entender que este é o seu caminho natural fora dos gramados - o marketing esportivo.
mundial de vale tudo. Se o começo foi arrasador como a grande luta, imaginem o que vem pela frente! A grande questão é que a aposta de Ronaldo Nazário está bem voltada para 2014 e 2016, afinal, o Brasil é, literalmente, a bola da vez. Mas não acredito que o “Fenômeno” ficará só nisto. Os grandes patrocinadores e parceiros de Ronaldo, como Ambev, Claro, Hypermarcas, Nike, entre outros, estarão ao lado dele e de olho na capacidade que ele tem, de gerar negócios voltados ao marketing esportivo. Isto é bom não só para o Ronaldo, mas para todo o mercado que começará a olhar com outros olhos para este segmento. Infelizmente ainda temos, principalmente por parte dos dirigentes esportivos, uma visão míope do quanto o marketing esportivo é importante. Se por um lado temos o sentimento de tristeza pelo fim da carreira de jogador, por outro vem a alegria pelo novo começo. Desta forma, o que temos a desejar ao craque dos gramados é muito sucesso e um ótimo início de carreira. Fazemos votos que a 9ine seja também, assim como o Ronaldo, um “fenômeno” no segmento do marketing esportivo.
9ine! Esta é a empresa de marketing esportivo do “Fenômeno”, que já nasce com cheiro de sucesso. Em sua primeira investida, o atleta da 9ine, Anderson Silva, já com patrocínio da Bozzano, venceu o também brasileiro Vitor Belfort na luta em defesa do título
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Robhso
Escreva para mim: valedoaco@pqn.com.br
AGORA NA TELINHA
REVISTA
Ruisley Chaves completa mais um ano de sucesso com a revista mensal Vitrine. Editada em Ipatinga, a publicação é distribuída aos passageiros dos ônibus da Viação Presidente, nas linhas que fazem a ligação das cidades do Vale do Aço com Belo Horizonte.
POLIVALENTE
FORA
Depois de alguns acertos e muitos desacertos, Custódio Ribeiro deixou a chefia de Comunicação Social da Prefeitura de Ipatinga. O prefeito Robson Gomes da Silva pretende dar uma guinada na imagem da Administração Municipal e recuperar os canais de comunicação com alguns órgãos importantes da mídia regional e estadual. Para o seu lugar, foi indicado o jornalista Paulo Assis, que dirigia a agência Letra de Forma e assessorava Luciano Araújo, presidente da Regional da Fiemg - Vale do Aço.
Carta de Notícias
Marina Ribeiro trocou o rádio pela TV. Ela deixou a função de repórter da Rádio Itatiaia Vale do Aço para assumir o lugar de Joana Teles na sucursal da TV Leste/Record, em Ipatinga.
O jornalista Wellington Fred mostra que é polivalente. Consegue dividir seu tempo como repórter do Diário do Aço, rádio repórter da Rádio Itatiaia e, agora, produtor de jornalismo da TV Leste Record. Ufa!
A colunista da revista Vitrine, Dora Chaves, e o secretário de Educação de Ipatinga, Maurício Mayrink
BACALHOADA
Em Governador Valadares o colunista do jornal de Domingo, Zé Vicente de Souza, agendou para o dia 19 de março, a sua famosa Bacalhoada ZVS. O evento será no Restaurante Lua Nova, no Bairro Esplanada, com cardápio assinado pelo português Eugênio Cardoso e Cida, especialistas em pratos à base de bacalhau do Porto.
DESTAQUE
Já em Ipatinga, quem está se destacando na sucursal do jornal Hoje em Dia é a jornalista Janaína Oliveira. Tem produzido matérias de repercussão regional para as editorias Minas e Política do diário da capital.
O colunista do Diário do Aço, Francisco Neto; o presidente da Cenibra, Paulo Brant; e diretor do jornal Folha do Comércio, Genoves Bessa
Ronildo Bacardy (Rádio Vanguarda) e Alessandra Dornelles (Hoje em Dia), que espera a chegada da cegonha
GENTE DA TV
A jornalista Joana Teles não integra mais os quadros da TV Leste/Record no Vale do Aço. Ela agora atua na equipe de jornalismo da InterTV, afiliada da Rede Globo que reúne em seus quadros outros profissionais de destaque, como Keila Mendes, Márcio Santos, Marina Campos e Jaime Júnior, no Vale do Aço; e Ana Carolina Ferreira, Swelen Batista, Ilson Gomes e Maurício Cancilieri, em Governador Valadares.
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Silmara Freitas, colunista do jornal Vale do Aço, e Anelise Goper, diretora da revista Mais Vip
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o pess Arquiv
Escritor e jornalista, tem dois livros publicados: “Quando a curva faz a vida do rio” e “Memórias da casa velha”. Mantem coluna semanal sobre política em mais de 40 jornais brasileiros e escreve reportagens especiais para a revista “Vida Simples” da Editora Abril.
Refletindo sobre a oralidade
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partir do que diz Wood Jr. (1996, p.23), sobre estratégia como “um padrão de comportamento, algo que se constroi ao longo da história da empresa, algo com raízes no passado”, é preciso pensar quais estratégias e táticas de relacionamento e comunicação se deve empreender para criar e manter confiança, para mover-se da desconfiança para a confiança e para superar um eventual abuso na confiança para sua recuperação. A prerrogativa das minhas reflexões de Mestrado é demonstrar a força da memória organizacional como legitimadora das diretrizes comunicacionais e do storytelling como recurso narrativo de confiança. A temporalidade hoje é fragmentada e repetitiva e o cotidiano não traz o encantamento necessário para obter atenção num cenário de instabilidade e múltiplos apelos concorrentes. Halliday (1998, p. 32) apresenta uma definição fundamental para a área, fazendo esta conexão entre comunicação, organização, história, memória e storytelling, ao dizer que “a comunicação organizacional é um conjunto de atos retóricos cuja argumentação evoca o passado, justifica o presente e prepara o futuro” (HALLIDAY, 1998, p. 32). Em citando Émile Benveniste (apud LE GOFF, 2003, p.209), existe o tempo físico contínuo, uniforme, linear e divisível, o tempo cronológico ou tempo dos acontecimentos – através dos calendários é socializado - e o tempo lingüístico, que tem o próprio centro no presente da instância da palavra, o tempo do locutor – onde este trabalho se foca, através da valorização da contação de histórias e testemunhais, precioso neste estudo. Pinto (2001, p.294), defendendo uma “poética da memória”, fala na preparação de uma linguagem adequada à fixação dos referenciais passados e na articulação entre as muitas temporalidades de que se compõe a memória – abrindo caminho, a partir de agora, neste estudo, para a continuidade das abordagens através da memória, da memória organizacional e do storytelling. E traz uma importante contribuição, afirmando que “a memória recupera a história vivida, história como experiência humana de uma temporalidade, e opõe-se à história como campo de produção de conhecimento, espaço de problematização e de crítica. Na operação histórica, o passado é tornado exclusivamente racional, destituído da aura de culto,
metamorfoseado em conhecimentos, em representação, em reflexão; na constituição da memória, ao contrário, é possível reincorporar a ele, passado, um grau de sacro, de mito” (PINTO, 2001, p.297). Ao fazer a distinção de conceitos e remeter à análise do universo organizacional, Worcman (2004, p.24) entende memória como uma experiência retida porque selecionada como significativa, sendo a história uma forma de organizar e traduzir ao outro a memória. Nassar (2008a, p.199) postula que “são as mensagens, as histórias, que configuram as redes de relacionamentos, e só por meio da análise, da interpretação e da opinião sobre esses conteúdos é possível entender a rede”. O grande desafio das corporações é exatamente encontrar o formato ideal de expressão para então garantir atenção e legitimidade e, neste ponto, surge a contação de histórias como recurso de registro e utilização da memória e no resgate de valores e princípios com uma dinâmica interativa própria e envolvente. Neste sentido, avulta a importância de políticas de relações públicas lastreadas na memória, na busca por engajamento, através de uma comunicação integral pautada por alguns preceitos de universalidade e troca dialógica, na consciência de que “a história empresarial é a história de suas relações públicas” (NASSAR, 2008b, p.111-112). Mais que isto, é entender que “as organizações são percebidas, lembradas e narradas de inúmeras formas pela sociedade, pelos mercados, pelos públicos e pelos indivíduos. Uma das formas mais importantes é definida pela história
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e pelas diferentes formas de memória dessa história que os protagonistas sociais têm das organizações como um todo e também em suas expressões individuais” (NASSAR, 2008b, p.117). Neste momento, é importante considerar o alargamento do conteúdo do documento na chamada revolução documental que, a partir dos anos 60, faz-se tanto nos termos quantitativos quanto qualitativos ao ampliar o interesse histórico por todos os homens. A curiosidade não está mais nos grandes homens, nos grandes feitos, mas nas massas dormentes, inaugurando a era da documentação de massa aliada aos novos instrumentos tecnológicos, como o computador. Da revolução tecnológica com a revolução documental nasce a história quantitativa. Como diz Furet (apud LE GOFF, 2003, p.541), a história quantitativa é uma revolução da consciência historiográfica, na qual, a cabo dos instrumentos tecnológicos, concede ao documento um valor relativo com a série que o procede e o segue. A memória que o documento invoca também resulta do esforço de uma sociedade em criar imagem de si mesma para o futuro, seja essa criação voluntária ou involuntária. Dessa forma, o documento vai além de suas perspectivas sociais, econômicas, políticas, para ser primeiramente um instrumento de poder. Nos relatos de memória, a seletividade das experiências passadas acarreta reflexos no presente da organização, quando a exaltação ou negativa de adversidades e êxitos influenciam a própria trajetória como marcos de inspiração ou de reticência e envergonhamento. Esta contação de história, por outro lado, acaba retomando as realidades relacionais da organização com os diversos públicos considerados estratégicos para a gestão da sua conduta, buscando legitimidade nas múltiplas versões dadas por diversas vozes resgatadas, com valor de documento. Para Sarlo (2007, p.11-12), é muito claro: mudaram os objetos da História. De um lado, a história social e cultural passou a destacar os pormenores cotidianos articulados numa poética do detalhe e do concreto. De outro, uma linha da história para o mercado não se limita mais à narração de personagens privilegiados, mas sim adoto um foco próximo de todos os atores. As lembranças, durante tanto tempo confinadas ao silêncio e transmitidas de uma geração a outra oralmente, até porque não tinham espaço nas publicações, permanecem vivas, sobretudo numa sociedade civil impotente quanto ao excesso de discursos oficiais. As
redes familiares e de amizades sempre serviram para vazão de lembranças dissidentes, na espera da hora da verdade. Aliás, a vivacidade das lembranças individuais é celebrada, em sua difusão, por redes familiares ou de sociabilidade afetiva e/ou política, que, guardadas em estruturas de comunicação informal, podem passar despercebidas pela sociedade englobante. Neste sentido, Domingos (2009, p.8) acresce que, como não há narrativa que não seja seleção de fatos vividos por personagens em um determinado tempo e espaço, “o ato de narrar é inevitavelmente um ato de deslocamento e de negociações entre a consciência e a inconsciência, gerando significativas formas de ser e estar no mundo”, daí que postula não haver na narrativa um ‘eu’ puro. Narrar histórias, portanto, trata justamente das relações humanas com conotações informativas, psíquicas, neurológicas e sociais como sendo um prazer universal (DOMINGOS, 2009, p.10). Como a preocupação não deve estar apenas na mensagem a ser transmitida, mas sim na forma, há um reconhecimento crescente da importância do discurso, da retórica e da oralidade como fatores que podem distinguir a comunicação organizacional com públicos estratégicos. O discurso e a retórica organizacional requerem configurações individuais e de integração grupal. Estas características igualmente envolvem a personalidade, a motivação, a liderança e a satisfação dos públicos. Zumthor (1993, p.18) menciona a existência de três formas distintas de oralidade: a primária, em que não se tem nenhum contato com a escrita; a mista, onde a oralidade convive com a escritura, apesar de exercer pouca influência no cotidiano; e a secundária, em que a apropriação da escrita possibilita a manutenção do oral. A proeminência da oralidade é dada pela capacidade para integrar e harmonizar os discursos semântico e estético, com a condição de animar os ambientes, atrair a atenção e a simpatia de ouvintes e interlocutores. A nova questão é pensar sobre a efetividade destas emissões ou mesmo interações comunicacionais num universo de abundância, em que a aderência do conteúdo gere reflexão e conhecimento entre os interlocutores. Nesta perspectiva é que formatos como storytelling podem ser preciosos na garantia da atenção, num primeiro momento, e de estímulo à legitimação na sequência. O embasamento histórico como lastro para contação de histórias só reforça a credibilidade pela característica da verificabilidade, ainda que componentes ficcionais possam ser agregados à narrativa como forma de transcendência.
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Jornalista, professor da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), autor do livro O ombudsman e o Leitor e doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo.
Made in Minas
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inas Gerais é conhecida por exportar grandes jornalistas e intelectuais. Boa parte dos profissionais de imprensa que se destaca no Rio de Janeiro, São Paulo e em Brasília é mineira. Essa é uma história muito antiga, bem mais do que as pessoas imaginam. Mesmo antes da imprensa surgir no Brasil, os mineiros já ocupavam posição de destaque em Portugal.
intelectuais brasileiros, que tinham no Arco do Cego um ponto de encontro em Lisboa. Foi lá que Hipólito da Costa (fundador do primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense) e o Padre Viegas (autor da primeira imprensa mineira) aprenderam as artes gráficas. Algumas pessoas perseguidas durante a Inconfidência Mineira encontraram refúgio na oficina, já que frei Veloso era parente de Tiradentes.
Isso é interessante, porque a historiografia tradicional sempre tratou os brasileiros como “excluídos e censurados” com relação à atividade jornalística no período colonial. Realmente ocorria isso no Brasil, mas em Portugal eles não tinham dificuldade nenhuma em participar dos projetos editoriais. Um mineiro ganhou até bastante destaque: o frei José Mariano da Conceição Veloso, primo do famoso mártir da Inconfidência Mineira, o Tiradentes.
Graças aos caminhos abertos por frei Veloso, Minas Gerais teve uma importante experiência de imprensa, em 1807, antes da vinda da Família Real para o Brasil. Era uma desobediência, já que as manufaturas eram proibidas na colônia, mas que não representava nenhuma ameaça à metrópole. Isso porque nossa primeira impressão foi um poema bajulando o então governador da capitania.
No livro Igreja, Iluminismo e escolas mineiras coloniais, frei Veloso é considerado como o principal intelectual brasileiro de seu tempo. O primeiro grande feito dele ocorreu em 1796, ao publlicar a revista científica Paládio Portuguez e Clarin de Palas, que divulgava inventos. A maioria dos artigos era de brasileiros, principalmente de mineiros. Na época, mesmo em Portugal, a forte censura fazia com que quase não houvesse periódicos. A pequena atividade editorial existente era voltada para a produção de livros. Nisso, novamente frei Veloso se destacava, estando à frente do principal projeto editorial de Portugal, a Oficina do Arco do Cego, em Lisboa, que funcionou de 1799 a 1801. A oficina contava com tudo do melhor: bons profissionais, equipamentos e recursos abundantes. Sua função era produzir livros visando modernizar a agricultura brasileira, principalmente de Minas Gerais, que, com o fim do ouro, buscava a agropecuária como alternativa econômica.
Com o início da Imprensa Régia brasileira, em 1808, já não era para Lisboa onde iam os mineiros, mas sim para o Rio de Janeiro. Hoje as coisas não são tão diferentes, mas surgiram outros destinos, como Brasília e São Paulo.
Lá estavam grandes intelectuais, como o polêmico poeta Bocage, que trabalhava como revisor. Mas principalmente
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Envie sua nota para mim: taniafmiranda@pqn.com.br
Aqui estou eu, em terras manauaras! No singular Estado do Amazonas, privilegiado pela natureza e por essa gente hospitaleira, alegre, que nos contagia desde o primeiro momento. Não sei por quanto tempo ficarei aqui, mas asseguro que será o melhor. Mostrarei como é o mercado e os profissionais da comunicação amazonense. Além disso, nossos coleguinhas de toda a Região Norte também terão espaço garantido. É a revista PQN desbravando este lindo Brasil. E quero dar as boas-vindas a Bette Romero, a nova colunista carioca e desejar a ela sucesso com a Calçadão, coluna que fiz com tanto carinho nos últimos quatro anos. Meu e-mail continua o mesmo, então, é só mandar suas sugestões! Divulgação
IMORTAL
A jornalista amazonense Mazé Mourão é a nova imortal do Amazonas. A também editora do caderno Bem Viver do Jornal A Crítica, e autora de três livros publicados, foi eleita com 23 votos, sendo considerada uma votação expressiva pelos membros da Academia Amazonense de Letras. Vida longa!
DUPLA DINÂMICA
A Press Comunicação, comandada pelas jornalistas Betsy Bell e Loredana Kotinski, comemora o sucesso da campanha de divulgação do Manauara Shopping durante o carnaval. No período de folia, a criançada se divertiu com o bailinho infantil, além de muitas promoções. Acesse: www.presscomunic.com
ENCONTRO
Empresários da indústria e gestores das áreas de RH, Responsabilidade Social e Comunicação participaram do “Encontro de Ideias – Café com Responsabilidade”, que abordou o tema “Gestão da Sustentabilidade na Cadeia de Valor”. O evento, que tem como objetivo disseminar temas relacionados a gestão (de empresas que promovam a Responsabilidade Social), foi promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e contou com a presença de Cristina Fedato, especialista em Responsabilidade Social, Terceiro Setor e Avaliação de Projetos e Programas Sociais. Divulgação
Divulgação
O jornalista e radialista Braz Silva comandará o programa diário “Voxi Comunidade”, das 12 às 14 horas. Ele, que é jornalista e radialista há mais de 29 anos, cursou filosofia na UFAM, e atualmente está concluindo um MBA em Marketing. O Voxi aborda temas como comunidade, cidadania e ética, além de debater as demandas da sociedade. E com o melhor da música brasileira. Escute: www.voxifm.com.br
COMPRAS COLETIVAS
A nova febre das compras coletivas chega ao Amazonas.É o Tambaqui Urbano, um produto que integra o projeto do Grupo Calderaro na internet juntamente com os portais acritica.com, sites da Jovem Pan FM, e Nova A Crítica FM, programas da TV A Crítica e dos veículos de negócio do grupo. Recém-lançado, o portal já se tornou click obrigatório do internauta manauara. Aproveite as ofertas: www.tambaquiurbano.com.br
NO BRASIL
GYMNASIANOS
Osíris Silva, economista e membro do conselho editorial da Editora Cultural da Amazônia, estreia como autor e lança “Gymnasianos”, (282 páginas, R$ 50), o 4º. Titulo da Editora. No livro, ele enriquece a memória de Manaus e evoca seu tempo como aluno do Colégio Estadual do Amazonas. Além de retratar a ambiência do Colégio no período que vai de 1957 a 1965. O prefácio é de Wladmir Paixão e o texto da orelha é de Márcio Souza.
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DE CASA NOVA
O 42º Presidente dos Estados Unidos e fundador da William J. Clinton Foundation, Bill Clinton, falará sobre Educação para 400 convidados, no dia 26 de março, no Centro Universitário do Norte (UniNorte). Ele é Chanceler Honorário da Laureate International Universities (LIU), rede internacional com mais de 55 instituições de ensino superior distribuídas pela América do Norte, América Latina, Europa, Norte da África, Ásia e Oriente Médio, e a UniNorte integra a rede desde 2008.
MERCADO
Para o cliente, tudo! Lide Multimídia utiliza estratégias de RP 2.0, produção de conteúdo para a web e quer elevar a presença digital de seus clientes RENATA DE TULLIO MONTEIRO
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s números do mundo digital estão impressionando a cada dia. Atualmente existem mais de 150 milhões de blogs na internet e mais de 175 milhões de tuiteiros. Neste globalizado e democrático mercado da informação e negócios, só se destacam as empresas bem posicionadas. Aquelas que possuem um conteúdo relevante e que realmente saibam interagir com o poderoso consumidor digital. De olho neste filão, a paranaense Lide Multimídia quer ampliar os canais de comunicação das organizações dos mais variados setores, com os seus diferentes públicos. Para isso vem incrementando seus negócios com estratégias de relacionamento de RP 2.0 e a produção de conteúdo para as principais redes sociais como Twitter e Facebook. Para tanto foi criado o Núcleo de Novas Mídias, uma nova unidade de negócio inteiramente focada nas principais tendências do mercado de comunicação digital. O novo departamento surgiu da necessidade de ampliar a presença digital dos clientes da empresa, tornando as marcas ainda mais fortes e bem posicionadas na web. Dentre os serviços apresentados estão estratégias de relacionamento (RP 2.0), produção de conteúdo para as principais redes sociais, criação e abastecimento de produtos de internet, como blogs, sites, hotsites, portais, newsletter, revistas digitais, e webcasts. “Saímos à frente na apresentação dessas soluções, porque aliamos a expertisse dos jornalistas com as novas mídias sociais”, conta Moema Zuccherelli, diretora da Lide Multimídia. Mesmo com pouco tempo de atividade, o departamento tem acumulado resultados significativos.
Empresas e profissionais de diversas áreas estão aderindo ao serviço, que é totalmente personalizado para cada negócio. Para melhor atender ao mercado, a Lide realiza pesquisas aprofundadas, de acordo com as necessidades e objetivos de cada cliente. Além disso, é analisado o perfil dos stakeholders (a parte interessada), para assim definir o melhor conteúdo a ser produzido pelos jornalistas. “Só depois disso é que desenhamos as estratégias adequadas para que o cliente alcance o êxito que precisa no meio digital”, completa Moema.
BONS RESULTADOS Os bons resultados do Núcleo de Novas Mídias já revelam alguns cases de sucesso. Em virtude do trabalho de assessoria de imprensa e RP 2.0, importantes formadores de opinião brasileiros, como Ana Maria Braga, Marcelo Tas, Astrid Fontenelli e Hélio de La Peña, aderiram e divulgaram a campanha 190 Milhões de Vítimas, da Associação de Famílias das Vítimas do Voo Gol 1907. O Grupo Servopa também se posicionou de maneira inovadora na internet. “A marca está presente nas principais redes sociais, além de possuir blogs próprios, com conteúdo direcionado para o seu público que são atualizados diariamente”, explica Moema. E as novas oportunidades vêm por aí. Na área de saúde, o Hospital Santa Cruz, um dos melhores no atendimento privado do país, aderiu ao abastecimento de conteúdo em seu site institucional, que é atualizado diariamente com notícias de saúde.
A RE/MAX Sul - rede internacional de franquias imobiliárias trazida pelos empresários portugueses Susana de Queirós, José Victorino e Paulo Carmona aos estados da região Sul do país – também aderiu a três redes sociais: Youtube, Facebook e Twitter, nas quais a empresa interage com franqueados, corretores, clientes e pessoas interessadas no mercado de imóveis. Outra empresa que aderiu à blogosfera foi a TechnoTraining, empresa paranaense pioneira na fabricação de plataformas vibratórias no Brasil. De acordo com Alexandre Giraldi, diretor industrial, a expectativa com os serviços é de tornar o site um canal de informação aos nossos usuários, clientes e prospects. “Nosso objetivo é fortalecer a marca e tornar a empresa uma referência no mercado de plataformas vibratórias”, afirma Giraldi. Divulgação
MOEMA, aliamos a expertise dos jornalistas com as novas mídias sociais neste mercado globalizado
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Foi com muito orgulho e surpresa que recebi o convite de Robhson Abreu para assumir a coluna Calçadão, antes feita por nossa querida Tânia F Miranda. Prometo manter a mesma qualidade e mais, mostrar para os cariocas o verdadeiro sabor dessa nossa publicação que vem conquistando os comunicadores de norte a sul. PQN já é sinônimo de sucesso e agradeço por fazer parte dele. Conto com todos vocês. Envie sua nota para mim: calcadao@pqn.com.br
EM PORTUGUÊS
Os internautas brasileiros terão acesso ao Twitter em Português. Até o final de 2011, o microblog vai disponibilizar um aplicativo que permitirá que os próprios tuiteiros trabalhem na tradução do site, acelerando o processo. O aplicativo é o Twitter Translation Center, que funciona à base do conceito de crowdsource, de trabalho coletivo. Atualmente disponível em inglês, francês, alemão, italiano, japonês, coreano e espanhol, o microblog já começou a tradução para indonésio, russo e turco através do Translation Center, e planeja acrescentar o Português até o final do ano.
WAVE FESTIVAL IN RIO
Acontecerá no Rio de Janeiro, de 18 a 20/04, no Copacabana Palace, o 4º festival latino-americano de publicidade Wave Festival in Rio. O festival irá julgar criações publicitárias inscritas em 9 categorias e que serão selecionadas por profissionais renomados de 7 países. Já foram anunciados os jurados das categorias Filme e Press/Outdoor, que serão presididos pelo brasileiro Mário D’Andrea, da JWT, e o argentino Rodrigo Grau, da BBDO. Divulgação
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BRASIL FOLIES
Já de olho na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, a produtora VZBrasil montou o Brasil Folies, um teatro musical que retrata a história da música e da dança popular brasileira, desde as origens indígenas até os dias de hoje. A proposta é divulgar nossa cultura tanto para os brasileiros, quanto para os estrangeiros. Bryan Vianna, diretor da agência, afirma que “em cada cidade do exterior que se visita, são encontrados eventos e casas de espetáculos que mostram a cultura e os valores da terra, gerando uma boa imagem do local, além de obter um marketing ‘boca a boca’ eficaz. O Brasil Folies está sendo criado para atender a essa demanda”.
ONDE ROLA A FESTA
Eventolistas é um novo e pioneiro site de busca de espaços, produtos e serviços para eventos no Brasil. Criado no final de 2010 e inspirado em sistemas similares disponíveis nos EUA e Europa, o portal tem como proposta explorar um dos mercados que mais crescem no País: o de festas particulares e eventos empresariais. Permite que o usuário possa encontrar, de forma rápida e segura, todos os fornecedores para organizar um evento - do buffet ao manobrista - abrindo espaço para que fornecedores possam oferecer seus produtos e serviços. Até agora, 120 clientes e parceiros. Acesse: www.eventolistas.com.br
PARA CONTRATAR E SER CONTRATADO
FASHION TV VIRA GLITZ
A partir do dia 1º de maio, o canal Fashion TV, voltado para programas de estilo de vida e moda, terá um novo nome: Glitz. Diante do fim da licença entre a Turner Broadcasting System Latin America e o canal francês Fashion TV Paris, a Turner considerou a oportunidade de usar o espaço para a exibição de produções nacionais e ampliar o leque do conteúdo oferecido. Daí optou por não renovar a parceria e, assim, rebatizar o canal. O canal vai manter a linha do Fashion TV, além de ampliar a quantidade de produções nacionais diversificadas, como realities, talk shows e outras atrações. Novelas, séries e filmes adquiridos de distribuidores também deverão completar o cardápio do canal.
E por falar em redes sociais, acaba de ser lançado o site Super Tau (www.supertau.com), rede social voltada para profissionais free lancers, inédita no Brasil. No Supertau, o usuário coloca o que sabe fazer ou o que busca e pode contratar ou ser contratado para serviços de forma rápida e segura. O sistema gratuito permite a usuários e empresas comprar e vender serviços diversos, que vão de uma simples entrega em domicílio, à contratação de um projeto de comunicação, arquitetura ou logística.
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MÍDIAS SOCIAIS
O Radix, curso especializado na área de comunicação para concursos, ampliou o leque e abriu a primeira turma do Curso Prático de Assessoria de Imprensa. A proposta é capacitar o aluno para as atividades do dia a dia das assessorias, a partir da reciclagem de conceitos e práticas, inclusive das tarefas relacionadas às mídias sociais. Jornalistas sindicalizados têm desconto de 10%. Acesse: www.cursoradix.com.br
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Participe, mande suas sugestões para nordeste@pqn.com.br
REFORÇO
PARCERIA
O Sinapro/MA acaba de promover uma parceria com a Cedecon, empresa de pós-graduação. A instituição concederá desconto de 15% a todos os funcionários das empresas filiadas ao Sinapro/MA, bem como seus dependentes e cônjuges. Divulgação
NAS REDES SOCIAIS
Para renovar presença na internet e se adequar à nova dinâmica da sociedade pautada pela velocidade do jornalismo online, a revista Algomais lançou um blog. O novo canal será uma ferramenta de contato diário com o público, fomentando o diálogo crítico e permanente quanto aos rumos da economia, da política e da cultura do Estado. Além do blog, a revista investe nas redes sociais como o Twitter (@revistaalgomais) e Facebook. A tecnologia e design dos novos canais de comunicação foram criados pela Cartello e a campanha publicitária é da Db’D Comunicação, que criou ADs para mídia digital.
VERÃO SHOW DE BOLA
A Nacional e Via Costeira Volkswagen lançam para o bimestre a campanha Verão Show de Bola. Agora, os clientes que comprarem um carro estouram uma bola e ganham imediatamente um brinde da loja. A campanha também marca a estreia de Paulinho, novo garoto-propaganda das marcas. A criação e execução das peças impressas e eletrônicas ficaram a cargo da Aragão Publicidade.
Para acompanhar o ritmo de seu crescimento, a Art&C acaba de ampliar sua equipe. A agência conta com novos profissionais dos setores de Atendimento e Produção. São eles: Maurício Alves (Gestor de Clientes), Luana Queiroz (Assistente de Atendimento), Tássia Consulin (Produtora) e Lara Medeiros (Assistente de Atendimento). Com passagem por outras agências e empresas de segmentos distintos, todos trazem na bagagem conhecimento teórico aliado à prática de fazer o que a agência busca que é o trabalho de qualidade. Divulgação
MERCADO PUBLICITÁRIO
A segunda edição do One Day Show será realizada dia 09 de abril, no Palazzo Cristal, na cidade de João Pessoa-PB. O evento, iniciativa pioneira da holding Tag Group, que reúne as agências Tag, Zag e Ponto D, surgiu da necessidade de aprimorar o mercado publicitário regional, reunindo em um único dia nomes de destaque no cenário nacional e o maior número de informações e conhecimento para estudantes e profissionais do Nordeste. Serão oito palestras que abordarão os temas mais recentes da comunicação sob o comando de profissionais de renome nacional.
Sindjorce
NOVO DEPARTAMENTO
Profissionais da velha guarda do Ceará se reuniram no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado (Sindjorce), para escolher os dirigentes do recém-criado Departamento dos Jornalistas Aposentados da entidade. Na ocasião foi aprovado o Estatuto do novo departamento que prevê, em seu artigo 3º, a criação de uma diretoria dividida em coordenador, secretário-geral, e diretores de Comunicação Social, de Cultura e de Relações Institucionais. Parabéns e, precisando, contem sempre com a PQN para divulgar seus eventos e lutas.
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SUSTENTABILIDADE
A “Sustentabilidade no ambiente empresarial e seus principais desafios”. Este foi o tema do 1º Fórum de Sustentabilidade Aberje Nordeste, realizado no Golden Tulip Recife Plaza, na capital pernambucana. O assunto, presente na agenda estratégica das organizações, influi diretamente na reputação, na imagem e na marca empresariais. A intenção do encontro foi desenvolver práticas empresariais sustentáveis consistentes, planejar eficientes ações de comunicação, preparar os profissionais para desafios e oportunidades que envolvem o setor, avaliando riscos e oportunidades. Participaram empresas como Walmart, a Braskem, a Consultoria Finanças Sustentáveis e a Caixa Econômica Federal apoio do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
Conhecimento.
O seu maior diferencial no século XXI. O Instituto Kapta abre e aponta caminhos.
O Instituto Kapta é uma empresa que promove atividades de pesquisa e consultoria, nas áreas social, cultural e política. Além disso, abre as portas para você e sua empresa ampliarem o conhecimento sobre o nosso tempo com cursos, workshops, seminários e palestras sobre política, interculturalidade, ética, projetos sociais e temas afins. O Instituto Kapta está preparado para ampliar a visão de mundo de quem quer estar em sintonia com seu tempo. Ligue 31 3317.3940 e acesse o nosso site para conhecer os nossos produtos e serviços.
Kapta Pesquisa e consultoria
www.institutokapta.com.br
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Relações-públicas, professor universitário e consultor empresarial. Envie suas sugestões para: dende@pqn.com.br
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A Braskem reuniu em fevereiro jornalistas dos principais veículos do país, em workshop sobre desenvolvimento sustentável. Repórteres do jornal A Tarde e do Bahia Notícias, importantes veículos em circulação da Bahia, estiveram presentes ao evento, que teve a participação do presidente da companhia, Carlos Fadigas, falando sobre os planos de expansão internacional da Braskem, totalmente dentro do conceito de desenvolvimento sustentável. Também esteve presente o diretor de desenvolvimento sustentável, Jorge Souto, que tratou da importância da indústria química para o desenvolvimento sustentável, no Brasil e no mundo. Divulgação
MÍDIAS SOCIAIS
A Associação Brasileira de Agências de Comunicação (ABRACOM) – Regional Bahia – realiza, na segunda quinzena de março, em Salvador, o curso “Comunicação e negócios nas mídias sociais”, que tem como facilitadora Tereza Cristina Barreto. Além do conteúdo teórico, o curso contará com apresentação de cases e oficinas, que pretendem inserir o aluno no ambiente prático das atividades de comunicação no ambiente digital. Informações: www.abracom.com.br
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MAIOR FESTA DO MUNDO
Profissionais de comunicação de todo o mundo estiveram em Salvador no início de março para cobrir a maior festa popular do planeta: o Bahia. Durante sete dias, Carnaval da Bahia centenas de profissionais de imprensa estiveram de plantão para levar à Bahia e ao Brasil tudo o que aconteceu na folia momesca de 2011 em Salvador. Para apoiar esse verdadeiro exército de profissionais da comunicação, o Governo do Estado disponibilizou este ano um Centro de Apoio à Imprensa, que funcionou na Fundação João Fernandes da Cunha, no circuito da folia. Coordenado em parceria pela Agecom, Setur e Bahiatursa, o Centro contou com receptivo para jornalistas do Brasil e de outros países e contou com uma ótima estrutura para o desenvolvimento do trabalho jornalístico.
EM SALVADOR
Maria Aparecida Ferrari Ferrari, professora da Universidade de São Paulo (USP), estará em Salvador nos dias 23 e 24 de abril, ministrando aulas no curso de pós-graduação Gestão Estratégica em Relações Públicas (EGERP), da Faculdade Batista Brasileira (FBB). Maria Aparecida dá início à segunda turma do EGERP, que ainda recebe em 2011 outros importantes professores da área, como Margarida Kunsch, Fábio França, Wilson da Costa Bueno, Cicília Peruzzo, Cláudia Moura, Rudimar Baldissera, Luiz Alberto de Farias, Cleuza Cesca e Maria José da Costa Oliveira. Divulgação
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VIVER BAHIA
A equipe de produção da Viver Bahia, publicação de distribuição gratuita da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia capitaneada pela jornalista Clarissa Amaral, está finalizando mais uma edição da revista. A publicação tem chamado a atenção dos profissionais de comunicação do Estado pelo denso conteúdo de natureza permanente que tem trazido nas suas últimas edições e pela profundidade do fato jornalístico nos temas que tem tratado.
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CONSCIENTIZAÇÃO
A Mídiabus, em parceria com a Uranus 2, está exibindo neste Verão uma campanha de conscientização para a limpeza das praias de Salvador que, pelo maior fluxo de turistas (e este ano em função do excesso de ambulantes), tendem a ficar mais sujas. O layout foi criado pela agência Mago Comunicação, visando atingir os banhistas que frequentam a orla soteropolitana por onde a campanha vem sendo exibida. Uma banana e um abacaxi simbolizam a sujeira. Agora é ver se a ideia pega e se cada banhista cumprirá sua parte, deixando a cidade limpa!
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Jornalista e Mestre em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Especialista em Jornalismo Educação e Ciência pela PUC/SP. Doutoranda (aluna especial) na UMESP. E-mail: luciamclemos@gmail.com
Os desafios na sociedade de informação
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comunicação e as tecnologias desempenham, desde muito tempo, um papel essencial na emancipação individual e coletiva. Considerando que comunicação é “um processo social fundamental, uma necessidade humana básica e a base de toda a organização social”. Os meios de comunicação formam o mais expressivo sistema de informação, representação, identidade e expressão, principalmente se olharmos os avanços recentes. O século XIX caracterizou-se pela revolução da informação, com a conquista das liberdades essenciais. O século XX foi marcado pela difusão da informação e da tecnologia, graças ao fenômeno da comunicação ao alcance de todos. Recorda Castells (2003) que a internet nasceu da improvável interseção da big science, da pesquisa militar e da cultura libertária. Mas evidenciaram-se, também, a internacionalização das comunicações em rede e o fenômeno da conglomeração dos setores de informática. As redes digitais criam novos canais de informação e comunicação e operam mudanças nas relações sociais, econômicas e culturais. Na atualidade, o diferencial chama-se produção de conhecimento. Ou melhor, uma realidade que Santos (2000) chama de técnica informacional. A internet viabiliza um ambiente favorável, que permite uma oxigenação de novas ideias da sociedade. “Baseados na história, essa nova era cria um novo tipo de expansão de interação humana. A oral permitiu a conversa um-um. A escrita um-muitos a distância. A digital muito-muitos a distância” (Nepomuceno, 2010).
Assim, este novo século deve ser marcado, de maneira mais intensa, pela educação e convivência. No sentido da geração de condições para um mundo em que os indivíduos se sintam coresponsáveis na disseminação de conteúdos. Isto é, na produção e circulação de bens simbólicos, culturais e educacionais da humanidade, ampliando as contradições do capitalismo informacional. O mais complexo é relacionar a informação (tecnologia e mensagens) com a comunicação (homens e comunidade). É este o maior desafio. O que caracteriza a sociedade vigente não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação destes para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso, como, por exemplo, para a educação (Castells, 2005). É necessário repensar a comunicação, seus direitos e os processos educacionais. Bem como renegociar as bases fundamentais do tipo de sociedade que, acredita-se, deve ter como princípio a busca do bem comum. Fica claro, então, para a mudança do cenário informacional, o papel das práticas de compartilhamento, fortemente centrado nos valores da liberdade e da colaboração - uma das principais constituintes da internet, das mídias digitais e sociais. Nesse sentido, o geógrafo Milton Santos (2000) acredita que o mundo possa vir a ser uma outra globalização. “A atual forma de globalização não é irreversível e a utopia é pertinente” (Santos, 2000). Ele chama atenção para o fato de a globalização não se basear só nas técnicas, mas também em processos políticos e é nesses que acredita estar o problema. O desconforto, o incorfomismo ou a indignação perante o que existe suscitam impulso para teorizar a sua superação. É premente o estabelecimento de uma nova ordem econômica internacional, baseada na equidade e na justiça, que possa contribuir de forma significativa para a promoção da igualdade entre homens e mulheres. A reivindicação ao direito de comunicar, receber, comunicar e partilhar bens culturais e informacionais é um dos temas que
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merecem especial atenção por parte das organizações da sociedade civil. Várias nações defendem a ideia de se incluir a Comunicação como um Direito Humano coletivo, além de outros deles já reconhecidos e proclamados oficialmente pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DHUH), de 1948.
É a partir das tecnologias de redes de informação e comunicação que permeiam a sociedade contemporânea, que se podem construir novas formas de interatividade, que interligam diferentes sujeitos. Elas devem alterar, de diferentes formas, as relações de produção de capitais simbólicos, financeiros ou intelectuais, de poder e de experiência sobre um indivíduo ou um grupo social (Souza & Jambeiro, 2005).
Reconhece-se a responsabilidade dos governos em promover a integração dos povos e a cooperação, tendo a solidariedade Não há dúvida de que a velocidade de conexão deve continuar como princípio. Como exemplos, a campanha Communications a ter crucial importância. Também não se questiona que deve Rights on the Information Society (CRIS), em 2001; a Cúpula crescer a distância entre aqueles habilitados a tirar vantagem Mundial da Sociedade da Informação (CMSI), com nome das novas tecnologias e quem tem um acesso restrito a elas. A oficial de World Summit on Information Society (WSIS) - em universalização dos serviços de comunicação é tão importante Genebra, em 2003 e em Tunis, em 2005. Nessas iniciativas, o para a sociedade quanto foi a Fórum Social Mundial teve expansão de outros sistemas considerável importância na de comunicação. Com a articulação das organizações “É necessário repensar a comunicação, convergência tecnológica e também na inspiração pelo seus direitos e os processos educacionais. acelerada pela digitalização maior dimensionamento do dos meios, o acesso às debate. Bem como renegociar as bases comunicações precisa estar fundamentais do tipo de sociedade que, inserido no princípio de A internet chegou com acredita-se, deve ter como princípio a bem público e se tornou a promessa de abrir busca do bem comum... imprescindível a todos, possibilidades democráticas para que estejam incluídos e de fazer com que todos As redes digitais criam novos canais socialmente. possam ser um emissor de de informação e comunicação e informação, configurando operam mudanças nas relações sociais, De maneira clara, estas uma forma de organização características se referem deliberativa. Reafirma-se o econômicas e culturais. Na atualidade, ao futuro da real sociedade entendimento de que “mais o diferencial chama-se produção de da informação. Tem-se importante do que tecer conhecimento...” a concepção de que projetos, declarações e planos há necessidade de nos é implementar iniciativas das tornarmos cidadãos mais mais diversas que possam democráticos, com sensibilidade melhorada e capacidades envolver as pessoas e criar a sociedade do conhecimento a expandidas para a ação na vida pública (Winner, 2010). partir das ações diretas” (CMSI, 2003). Estamos participando de um período de mudanças profundas em que a produção colaborativa evolui para a constituição de uma verdadeira economia das redes de informação baseada no compartilhamento. Quebrar hierarquias, unificar banco de dados e ir além da prestação de serviços são três dos maiores desafios dos gestores públicos na atualidade. A análise é de Guido Bertucci, diretor-executivo da organização International Governance Solutions (IGS).
Para governos de todo o mundo, assim como para o governo brasileiro, a construção de uma sociedade da informação/ educação realmente inclusiva demanda o estabelecimento de um modelo multilateral, transparente e democrático de governança da internet, no qual todos os países tenham voz e capacidade de influência, em conformidade com a Carta das Nações Unidas e com o princípio da igualdade jurídica dos Estados.
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PROGRAMA ABRP-SP VISITA
A Associação Brasileira de Relações Públicas, São Paulo (ABRPSP) lançou o Programa ABRP-SP Visita. O objetivo é estreitar o relacionamento da entidade com o corpo docente e discente das universidades e faculdades com cursos de Relações Públicas em São Paulo. Além disso, criar uma nova experiência na relação dos órgãos de classe com professores e estudantes, compartilhando conhecimentos, relacionamentos, troca de ideias e a valorização da profissão. Acesse www.abrpsp.org.br Divulgação
CARTA ABERTA
Com uma carta aberta aos profissionais de relações públicas, Flávio Schmidt (CONRERP/2ª), presidente do Conferp dá o tom da nova diretoria executiva da entidade explicando que as futuras ações prioritárias previstas começam com a flexibilização da legislação e a abertura da profissão para o mercado e seguem com a transparência, o relacionamento e o compromisso. A tríade que compõem a nova diretoria é formada ainda por Jorge Caixeta (Conrerp/3ª), Secretário-Geral, e Marcelo Gentil (Conrerp/3ª), Tesoureiro. Acesse: www.conferp.org.br
FEBRE
O site da Cliente S/A publicou em fevereiro último, artigo de Bianca Pereira que abordou a febre dos sites de compras coletivas. Segundo a autora, o Facebook e outras mídias sociais estão se adaptando a essa nova realidade. Vale dizer que apenas no interior de São Paulo existem dezoito sites locais do gênero como o Clube Melancia de Bauru e o HOJESIM de Sorocaba. Porém, Bianca afirma que é preciso segmentar e conhecer os públicos. Fique ligado! Divulgação
RP NA MODA
Muitos estudantes sonham com uma oportunidade de trabalhar como RP no concorrido mercado da moda, entretanto, este é considerado fechado, de difícil acesso e repleto de pessoas, que nada sabem de relações públicas, atuando como tal apenas por serem “in”. Um dos poucos exemplos recentes de mudança é o sucesso como relações-públicas de Patrícia, irmã gêmea não idêntica, da übermodel Gisele Bündchen. Na tentativa de mudar isso, um grupo de profissionais e estudantes de RP, de vários lugares do país, desenvolveu o blog RP na Moda que além de notícias sobre estilistas, estilos e tendências, também aborda profissionais, métodos, ferramentas e estratégias que podem ser utilizadas nos setores de moda e produtos de luxo. Acesse: rpnamoda.wordpress.com/ category/novidades/ Divulgação
ESPELHOS DE RP
Vera Giangrande faleceu em 22 de agosto 2000, aos 69 anos, de parada cardiorespiratória, um pouco antes de seu embarque para o Rio Grande do Sul onde faria uma palestra. Porém seu legado ainda é lembrado. Vera foi uma mulher pioneira, sendo a primeira mulher a obter cargo de gerência em relações públicas numa empresa norte-americana. Em 1984 Vera recebeu um convite da rede de fast food McDonalds e criou o “McDia Feliz”. Vera também foi responsável pelo projeto Memória Vera Cruz, o estúdio de cinema da década de 50, graças a esse projeto o acervo permaneceu na memória nacional. Foi uma das primeiras mulheres a chegar à presidência rotariana. Em maio de 1993, ela assumiu o posto de ombudsman no grupo Pão de Açúcar, novamente pioneira. E foi a 1ª RP brasileira a fazer parte da IPRA. Eis aí um belo exemplo a ser seguido pelas novas gerações.
PREMIAÇÃO
A Associação Brasileira de Relações Públicas, São Paulo (ABRP-SP) está com inscrições abertas até o dia 15 de abril para a 29ª edição do Prêmio ABRP – Concurso Universitário de Monografias de Projetos Experimentais de Relações Públicas. Podem se inscrever os Projetos Experimentais e Monografias concluídas nos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu (especialização) em 2010. Ao todo são 20 categorias, contemplando melhor as demandas de comunicação apresentadas pelo mercado e ao pensamento acadêmico, que se renova com a produção que os alunos entregam ao final de seu percurso na Universidade. Também premiaremos a partir desta edição, os professores orientadores e a própria Instituição, cuja participação é fundamental no resultado que os egressos apresentam como trabalho final.
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CHARME E CONFORTO
Já está no ar o novo site do Crowne Plaza Curitiba, o único Curitiba hotel boutique da capital paranaense. Desenvolvido pela agência WX, o portal www.crownecuritiba.com.br se tornou uma das principais ferramentas de apoio para a divulgação dos serviços oferecidos, além de retratar os diferenciais que fazem do Crowne uma opção de hospedagem para quem vem a Curitiba trabalhar, passear ou até mesmo organizar algum evento social.
PRÊMIO REDONDINHO
Sílvio Torres, Hugo Ito e Daniel Motta bolaram um jeito bacana de turbinar as famosas campanhas de incentivo às vendas, cada vez mais comum no mundo corporativo. Na Link Monitoramento, os franqueados que atingirem a meta estipulada ganham uma viagem de volta ao mundo. Todos têm chances de receber outros presentes, como carros 0 Km e laptops.
MAIS TECNOLOGIA
O SBT está investindo bastante em sua regional Porto Alegre. Além da reforma do prédio, a emissora está finalizando um estúdio mais moderno para a transmissão em HD. Engenheiros japoneses da Toshiba estiveram na capital gaúcha para fazer os últimos testes nos equipamentos de transmissão digital. O SBT também está extinguindo totalmente as fitas e substituindo-as por cartões de memória, o que significa menos descarte no meio ambiente. A previsão é ter mais especiais, programas menores e concursos culturais que se identifiquem com a realidade gaúcha.
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NA LIDERANÇA
A RBS TV iniciou o ano com liderança absoluta no horário do almoço na Grande Florianópolis. Independente do dia da semana, a maioria dos televisores ligados permanece na emissora, garantindo um share médio de 50%. A média de audiência nas primeiras semanas do ano ficou em 19,24 pontos – cerca de 70% a mais que a audiência da segunda colocada. O Jornal do Almoço é o programa que vai ao ar no horário do meio-dia na RBS TV, de segunda a sábado. No ar desde 1979, o JA é o jornalístico mais tradicional de Santa Catarina. Divulgação
NOVAS CAMPANHAS
A partir de datas significativas que marcam o mês de março, a Escala criou para o Detran-RS uma série de ações e campanhas para tratar temas de extrema importância para os cidadãos: volta às aulas, carnaval e Dia da Mulher. Em continuidade à “Trânsito: responsabilidade de todos”, a agência criou anúncios e spots de rádio para a volta às aulas. Já a campanha de Carnaval segue com a mesma proposta dos adesivos das traseiras dos carros, mas traz os personagens “fantasiados” para a grande festa. E para o Dia Internacional da Mulher, a campanha “Mulher no volante, trânsito seguro”, na qual foram distribuídos flyers, estimulando que as mulheres estejam no comando dos carros, por serem mais prudentes, atentas e cometerem menos infrações no trânsito, usando como base os dados do Departamento de Estatística do Detran-RS.
DIGITAL
Acontecerá no dia 29 de março, a partir das 20h, no Centro de Eventos da Fnac, a primeira edição do F5 2011, evento promovido pela Associação Brasileira das Agências Digitais do RS. Com o tema Rio 2016: Marketing Digital para grandes eventos, a convidada para a palestra será Alexandra Rohr, responsável pela comunicação e marketing do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016. Evento gratuito. Inscrições: abradirs@abradirs.com.br. Divulgação
NOVO GESTOR
Na TVA Sul desde 1998, o administrador José Carlos Rodrigues acaba de assumir a gerência da operadora na região. Ele, que já ocupou o cargo de supervisor administrativo em Curitiba e foi gerente da praça de Florianópolis (SC), é graduado em Administração pela FAE, pós-graduado em Recursos Humanos pela PUC PR, e tem MBA em Gestão Estratégica de Negócios.
COMPORTAMENTO
Desde o tempo das cavernas HELENNA DIAS Divulgação
Pequena ou grande. Aparente ou escondidinha, aos olhos de poucos. Pode ser singela ou uma daquelas que provocam arrepios só em olhar. Seja como for, inegável é a reação de alguns, às vezes nem tão discreta. Mas, o que pode estar por trás do ato de marcar, de tatuar o corpo? Por que não usar a fala? Afinal, a tatuagem pode ser vista como uma forma de comunicação? Pode-se até num primeiro momento pensar a comunicação como algo possível à pseudo-ideia de que ela existe somente quando exercida pela mídia, desprezando outras práticas comunicativas. E, por mais espanto que uma tatuagem ainda possa causar, o fato de ter um ou vários desenhos, “não há nação que não conheça esse fenômeno”, escreveu Charles Darwin, o pai da teoria evolucionista.
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ão se sabe ao certo quando a prática da tatuagem começou. Um
dos registros mais antigos tem como referência o famoso homem do gelo, descoberto em 1991, nos Alpes, quando uma múmia de aproximadamente 5,3 mil anos continha algumas linhas azuis pelo corpo. Outra hipótese é de que possam ser cicatrizes oriundas de algum tratamento medicinal adotado pelos povos da Idade da Pedra. Se a origem é incerta, pelo menos as evidências nos levam a crer que a arte de marcar o corpo é tão antiga quanto à história da humanidade. Outro exemplo são as múmias egípcias femininas, que, segundo relatos, apresentam traços e pontos escritos na região do abdome. Como, por exemplo, a Amunet, que teria vivido entre 2160 e 1994 a.c., no Egito antigo. Os desenhos indicam que a tatuagem poderia ter relação com cultos à fertilidade. Alé DIOGO, tatoo do pai aproxima o cantor de suas raízes além de ser uma grande homenagem
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Fotos: Roberto Caiafa
em contato com outras civilizações a partir dos marinheiros ingleses. James registrou, ainda, a palavra “tattow”, ou “tatau”, uma onomatopéia do som durante a execução da tatuagem. Outra abordagem, que precisa ser considerada, é a relação estabelecida entre o ato de marcar o corpo e a comunicação propriamente dita. Para o antropólogo Patrick Arley, “diferente do Ocidente, onde vemos o corpo como algo natural, os maoris, por exemplo, são sociedades ditas sem escritas. São povos que trabalham com inscrições no corpo, feitas geralmente em ritos de passagens. Também pode ser visto como um processo mnemônico”, explica.
FERNANDA, tattoo só depois dos 21 anos por imposição dos pais da apresentadora mineira
Além do uso em rituais, a história da tatuagem esteve ligada à marginalidade, às zonas de Além do uso em rituais, a história da tatuagem esteve ligada à marginalidade, às zonas de prostituição. Serviria, também, como identificação de grupos sociais, marcação de prisioneiros e adornos. Estes fatores ajudam a explicar, durante vários anos, o estigma conferido a quem portava uma tatuagem. Com o cristianismo, foi proibida no Ocidente e caiu em desuso. Em 1769 foi (re) descoberta pelo navegador e explorador inglês, James Cook (conhecido também por ter descoberto o surf ), e sua tripulação quando desembarcaram no Taiti, na Polinésia. À época, ficaram estupefatos ao ver que os habitantes locais usavam, no lugar das roupas, o corpo coberto de desenhos feitos da própria pele. Em seu diário de bordo, o navegador escreveu: “Nativos de ambos os sexos injetam tinta preta na pele, deixando traços permanentes. Todos exibem seus tattoos com muito orgulho”. O termo, porém, tem duas derivações mais prováveis da região da Polinésia: ta: bater em algo; e da palavra taitiana “tatau”, o que quer dizer marcar algo. Controvérsias à parte, a expressão ficou consagrada mundialmente e entrou
A diretora e apresentadora do programa Agenda, da Rede Minas, Fernanda Ribeiro, sempre quis fazer tatuagem, mas a pouca idade foi um fator determinante para a negativa dos pais, que aceitaram a iniciativa somente após completar 21 anos, já que teria certeza do que realmente queria fazer. “Entendo que minhas tatuagens são uma forma de me diferenciar dos outros. Acho que compõem com o meu visual, com o meu cabelo e com o que eu prego. É também uma questão estética”, afirma Fernanda. “A tatuagem é o que você está querendo dizer a respeito de si mesmo”, avalia Patrick Arley. Nesta perspectiva, o professor de Sociologia e Antropologia da Universidade de Estraburgo (França), e autor do livro Adeus ao Corpo, David Le Breton diz, “é importante gerir seu próprio corpo como se gerem outros patrimônios do qual o corpo se diferencia cada vez menos. O corpo tornou-se um empreendimento a ser administrado da melhor maneira possível no interesse do sujeito e de seu sentimento de estética”. Sobre discriminação, Fernanda diz que nunca sofreu e nem se arrependeu de fazê-las. “Acho muito difícil que isso aconteça, mesmo depois de velhinha serão marcas da minha vida, assim como as minhas rugas”, filosofa. Com autorização da mãe, aos 13 anos a estudante de arquitetura Camila Costa Augusto fez a primeira tatuagem, um cavalo-marinho, mais IKE, há mais de 20 tatuando o corpo com símbolos da tribo Maori. E tudo começou no litoral da Bahia
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tarde transformada num ramo de flores de cerejeira. Aos 19 veio o segundo desenho, desta vez em homenagem à mãe. “Minha mãe faleceu, e para homenageá-la tatuei os olhos dela nas minhas costas. Apesar de ela ser uma pessoa muito ‘fechada’, era muito carinhosa. Seus olhos azuis, muito expressivos, era o que mais retratava o seu jeito de ser. Também porque, desta forma, sinto que ela continua me protegendo”, conta Camila. Além dos olhos, as iniciais do nome da mãe, Ângela Marta, estão gravadas na barriga da estudante e também uma pimenta no pé. “Um amigo sempre me comparou com uma pimenta, dizia que eu ardia, só fazia estripulias, mas que assim mesmo mim”, gostava de lembra. O ano era 1984, em Arraial da D’Ajuda, no litoral da Bahia. A intenção era marcar um momento afetivo e de encontro com a galera. Foi com este sentimento que o gerente de jornalismo da Rádio CBN Minas, Ike Yagelovic, fez sua
ASTRID, em suas mãos paz e amor; no pescoço o Cristo Redentor e o nome do filho no peito, em forma de colar. É asssim que Astrid ostenta com maior orgulho sua dezena de desenhos
primeira tatoo. De lá pra cá, foram feitas outras três e bem maiores ombros, pernas, costas e no peito. Os temas preferidos são os da tribo Maori e a tartaruga, que ele explica os motivos. “Os Maoris são muito ligados à natureza, são os ambientalistas mais antigos do mundo e têm, nas tatuagens, uma forma de se expressar. Já a tartaruga simboliza união, longevidade, conhecimento, sabedoria e família. E eu sou muito família”. Ike ainda brinca para justificar o tema: “sabe aquela coisa, com um bico feio, mas que todo mundo acha bonitinho? (risos)”. A gente entende...
A TATUAGEM COMO FORMA DE COMUNICAÇÃO Ela é jornalista, tem um visual descolado e, à primeira vista, poderia até se pensar que as tatuagens fazem parte de sua vida desde cedo. Mas, como ela mesma disse, “A primeira veio tarde, aos 28 anos. Fiz um coração tribal na perna direita, falei pra minha mãe que queria que fosse como um símbolo da nossa família. Muito mais tarde ela fez o dela, no mesmo lugar, em versão reduzida”. Hoje, com 13 desenhos, a apresentadora do programa Happy Hour, da GNT, Astrid Fontenelle, declara que nunca sofreu preconceito e que, quem faz a primeira e gosta, fica sempre querendo mais. Astrid cita seus desenhos com orgulho e os motivos de suas escolhas. “Tenho
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uma estrela de Davi nas costas, como uma proteção. Fiz também um Cristo Redentor, na nuca, pra firmar minha carioquice. Tenho o nome do meu filho tatuado em forma de colar, essa é a mais bonita; e vários corações que marcaram belas histórias de amor, amizade ou fraternidade”. A apresentadora afirma que nunca taparia uma tatuagem. “São a minha história e eu me orgulho delas”. Para ela, a tatuagem não é uma forma agressiva de comunicação. É claro que em algumas profissões deve haver certo cuidado com relação à exposição das tatuagens. Pra ser sincera, acho algumas agressivas demais. Demônios e suásticas, por exemplo, não estariam nunca nos meus padrões de beleza. Também conheço profissionais que não fazem esses desenhos”, observa a carioca.
grupo”. Em presídios do Brasil, por exemplo, há as que são feitas para demonstrar união entre os detentos. Desenhos como pombas, âncoras e Nossa Senhora, além de comuns, simbolizam o desejo de paz e a esperança de um dia viverem em liberdade. No Japão, o indivíduo que pertence à Yakuza – máfia japonesa que por honra e respeito a ela é capaz de dar até a vida –, traz no corpo desenhos como de cerejeiras, peixes, dragões e samurais. Feitos nas costas, antebraços ou tórax, expressam a beleza, a sorte, a coragem e a honra entre eles. “Em geral, as tatuagens carregam a polissemia, pois nunca sabemos o que o outro quer dizer”, afirma o antropólogo Patrick Arley.
Em entrevista a uma revista de circulação nacional, a especialista em psicologia social do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), Ana Matilde Pacheco Chaves, disse que “a tatuagem é uma forma de comunicação não verbal que oferece informação instantânea. Quando feita voluntariamente, é uma evidência física da lealdade do indivíduo a um
Duas na costela direita e uma que cobre toda a perna esquerda, a partir do joelho. A primeira são quatro ideogramas chineses, que simbolizam energia, ideal de vida e sonho. A segunda, um desenho da tribo maori. Essas foram as escolhas do relações públicas Gugga Pessôa, que já se prepara para fazer a terceira, provavelmente a medalha de São
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mais de sete, uma ainda incompleta. O cantor afirma que não costuma planejar as tatuagens e quando bate a vontade, vai lá e faz. Filho do saudoso cantor João Nogueira, o amor pelo pai também está registrado em seu braço e também um trecho da partitura da música Poder da Criação, que é um clássico dele e do Paulo César Pinheiro. Diogo conta que o fato de ser tatuado nunca foi motivo de preconceito, “mas sei que, infelizmente, essas coisas acontecem com algumas pessoas”.
E O PRECONCEITO NO MERCADO DE TRABALHO?
CAMILA, os expressivos olhos azuis da mãe tatuados em suas costas demonstram maior proteção, além das iniciais do nome Ângela Marta gravadas em sua barriga, o que a aproxima ainda mais e diminui a dor da perda
Bento, de quem é devoto. A explicação pelo gosto de se tatuar, se não revela, pelo menos dá indícios do jeito de ser do RP. Ele sempre teve admiração por tatuagem desde pequeno. “Eu sempre acreditei que era demonstração de uma personalidade forte, que foge às regras de uma sociedade comum, porque todo mundo vai contra. E, de alguma forma, sempre me vi diferente dos ditos “normais”, argumenta Pessôa. E é assim que sua esposa, a jornalista e apresentadora do Globo Esporte, Letícia Renna, o identifica. “Nunca achei estranho porque ele não é um cara tradicional, tem um jeito diferente de se vestir, mais excêntrico. Acho que é a cara dele”, relata, e acrescenta que nunca teve vontade de se tatuar e que deixa o marido bem à vontade para fazer os desenhos. Se um desenho já é motivo para ser visto como “diferente”, imagine ter 23 espalhados pelo corpo, sendo um índio com uma pintura de guerra; uma fênix; três letras japonesas que significam música, respiração do universo; três flores com o nome do filho, Zeca, e a data de nascimento dele. Aos 14 anos, conta o vocalista Tianastácia, o músico Maurinho, já queria se tatuar, mas, por conta do estigma, foi aconselhado pelo pai a pensar melhor no assunto e a fazê-la quando completasse 18
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anos de idade. O fato é que, quando chegou aos 18, o pai reforçou o conselho. Contudo, aos 20 anos, seu pai foi o tema de sua primeira tatoo. “Perdi o meu pai, então fiz uma em homenagem a ele. Escrita em inglês, a frase, paz e amor em memória de meu pai vem acompanhada de uma cruz e uma bandeira branca”, diz. Maurinho comenta que a tatuagem é uma arte milenar, e, apesar da dor provocada pelas agulhas, deseja fazer mais, entre elas uma andorinha e uma âncora, essa também em memória a um amigo. Maurinho conta que já passou por situações constrangedoras, hoje menos. Outro dia, lembra, entrou no elevador e um senhor olhou-o com certo ar de reprovação, diferente do olhar de quem gosta de tatoos. Para ele, a tatuagem passa pela arte e o respeito. “O corpo é uma tela”, conclui. Visto deste ângulo, Le Breton afirma: “na gama das intervenções, o cliente escolhe a que proporcionará ao seu rosto ou ao seu corpo a forma que lhe convém”. Outro músico fã das tatuagens é o sambista carioca Diogo Nogueira. Ele conta que começou a fazê-las aos 15 anos e não parou mais, somando hoje GUGGA, o jeitão diferente de se vestir combina com todos os desenhos estampados em seu corpo
Hoje, com três tatuagens, sendo uma bem à mostra em seu ombro direito, Fernanda Ribeiro, apresentadora do Agenda, conta que não enfrenta problemas na carreira. Ela ainda pretende fazer mais três: uma salamandra preta no pé, uma caveirinha com laço de fita na nuca e apenas o laço de fita no pulso. Ike Yagelovic, gerente de jornalismo da Rádio CBN em Minas, disse que o preconceito no mercado de trabalho é relativo. E afirma que jamais deixaria de contratar um bom profissional pelo fato de ter tatuagens. E ele é prova disso. Mesmo com os desenhos que cobrem boa parte do seu corpo, ele Roberto Caiafa
garante que nunca sofreu qualquer tipo de preconceito. “Minhas tatuagens não interferem em meu trabalho, já que estão sempre cobertas. É como olhar uma foto de um momento que você gosta. Também porque me lembro de tudo o que ela representa, tem um significado”, observa ele. Já o relações públicas Gugga Pessôa, por estar a maior parte do tempo vestido, também afirma nunca ter sofrido problemas no trabalho. Mas, confessou que depois que os colegas souberam que ele tinha tatoos, começaram a vê-lo com outros olhos, “Mas não é como antigamente’, brinca. O antropólogo Patrick Arley, que também é tatuado, já passou por situações constrangedoras e acredita que cada vez mais a tatuagem vem se tornando uma estética legitimada em todas as camadas sociais. Não se pode esquecer que as exigências do mercado de trabalho passam pela aparência do candidato. Neste quesito, a tatuagem pode ser interpretada como um critério de eliminação em um processo seletivo. A presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos em Minas Gerais (ABRH-MG), Cristiane de Ávila Fernandes, afirma que o uso da tatuagem já é um fato aceito como qualquer outro. Mas quando ocorre de maneira excessiva, a medida é relativa para quem observa, podendo gerar no outro algum tipo de restrição. “Desta forma é importante para o trabalhador, que opta por fazer uma tatuagem com a característica citada, ter ciência disso”, orienta a executiva. Quanto à efetivação do profissional, a presidente esclarece que é algo difícil de ser afirmado, uma vez que o processo é composto por várias etapas e o conjunto delas é que sinaliza sobre a proximidade maior ou menor do candidato em relação ao perfil de referência. Cristiane ressalta que, no ambiente de trabalho, o que deve ser destaque no trabalhador são suas competências, não devendo assim roupas, acessórios, hábitos fazer este papel, expondo o trabalhador e a empresa. “Se a tatuagem exercer este papel, como qualquer outra característica citada acima poderá vir a trazer constrangimentos, evitados se
identificados durante o processo de seleção, ou mesmo se após o processo, através de uma orientação”. Como costumamos ouvir por aí – ‘cada um no seu quadrado’. A expressão é uma analogia à fala do presidente da Interface Comunicação Empresarial, José Renato Lara. Sem radicalismos, defende que determinadas profissões exigem uma postura mais formal. Outras nem tanto. “Acredito que não somente a tatuagem, mas a maneira de se vestir está ligada à profissão e a função do profissional. É o caso de médicos, advogados, economistas, entre outras”, comenta. Lara lembra que o pessoal que trabalha com publicidade, o setor de criação, por exemplo, um visual mais descolado até combina com este público e o ambiente de trabalho. A presidente da ABRH-MG compartilha da mesma opinião ao afirmar que, “quando a tatuagem puder gerar exposição, cabe ao trabalhador e à empresa avaliar se esta é a melhor posição no mercado e ambiente de trabalho a ser ocupado. A cada ano os acessórios - e vejo a tatuagem como um - vêm ganhando em diversidade e proporção de uso, o que faz com que os diversos ambientes, inclusive o das empresas, se adaptem e avaliem o rigor em relação ao uso”, complementa.
Carvalho, afirma que a empresa não vê a tatuagem como um fator limitador na hora de contratar um profissional. Segundo ela é mais um ponto a ser avaliado durante o processo de seleção, de acordo com o perfil da vaga. A empresa carioca tem profissionais tatuados no quadro funcional, não somente em funções internas, mas também em contato com os clientes. “Em outras empresas, o critério depende muito da cultura da organização e das atividades realizadas pelo profissional em questão”, pondera a gerente. Roberto Caiafa
Lara pondera sobre os cuidados que uma pessoa deve ter ao optar por um desenho, digamos, mais exótico. “É preciso avaliar bem porque uma tatuagem muito extravagante pode gerar prejuízos profissionais no futuro e um fator de limitação. Afinal, ele está passando a imagem da empresa e não podemos esquecer que estamos trabalhando com outras culturas empresariais. E, se for o caso, isso será conversado e determinado algum tipo de regra. Mas isso somente se for algo fora do normal, que choque. Agora, se for para uma função interna, não vejo problemas”, enfatiza. Lara informa que cerca de 20% dos seus funcionários têm algum desenho e, apesar de não ser adepto, admite: “Algumas são bonitas e de muito bom gosto”, diz. A gerente de Recursos Humanos da Approach Comunicação, Silvia
MAURINHO, Cristo crucificado, nome do filho, bandeira, homenagem ao pai, uma barata, e muito mais. Tudo em prol da personalização do corpo
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FAZ MAL?
Sim. Apesar de um hábito comum entre os donos de cães, beijar a boca do “amiguinho” de estimação faz mal tanto para a saúde do dono como para a dos os bichos. É pela saliva, por exemplo, que os cães podem transmitir doenças ao homem e vice-versa. A saliva dos cachorros pode transportar bactérias, vermes e fungos; e a do homem pode transmitir vírus, como o do herpes, e até passar o famoso “sapinho”. A jornalista Letícia Murta admite que cultiva esse hábito. E, mesmo sabendo das complicações, canta: “eu quero mais é beijar a boca...” refrão da música da baiana Cláudia Leitte. Detalhe: são três, e ela garante que todos correm para atender ao seu pedido. Juízo, menina!
Reynaldo Gianecchini, Cássia Kiss, Carlinhos de Jesus, Malu Mader, Du Moscovis Heloísa Perisse, Isis Valverde, entre outros, provaram que tem um bom coração ao posar para o calendário da Suipa Sociedade União Internacional Protetora dos Animais com animais que estão à espera de adoção na entidade. O calendário, que está à venda por R$10, terá toda a renda revertida para a instituição que, desde 1943, vem lutando diariamente a favor da causa animal. www.suipa.org.br
DOIDO POR BICHOS
O ator Stenio Garcia é um feliz dono de dois cachorros (o casal de boxers Stomp e Brenda, que acabam de ter seis filhotes), uma gata (a angorá Maria Callas), três jabutis e carpas. A Callas é uma artista e adora se exibir. Ele, que adora os animais, acredita que os bichos melhoram a condição do ser humano, porque transmitem vida. Divulgação
GATINHOS
NEM UM, NEM OUTRO
Apesar do nome, o porquinho-da-Índia não é suíno, muito menos indiano. Vale relembrar que, durante muito tempo, o continente americano era chamado erroneamente de “Índias Ocidentais”. Por isso, ganhou esse nome. O porquinho vive de quatro a oito anos e pode reproduzir ao longo de todo o ano, gerando de dois a cinco filhotes por ninhada. São animais sociáveis e dóceis e raramente mordem, a menos que se sintam ameaçados. Adaptam-se bem ao cativeiro e são alimentados com ração de coelho. Divulgação
IGUAL A DONA
A jornalista e apresentadora da Rede TV Patrícia Maranhão é apaixonada por bichos. Atualmente ela tem um casal de gatos da raça siamês, o Johnny e a Luma (foto). “O Johnny é o que mais apronta. A Luma é a mais apegada. Ela me segue pela casa inteira, chama a minha atenção para brincar, puxa minha mão quando estou digitando e chora quando estou longe. Dizem que os bichos puxam a personalidade dos donos... E amigos dizem que ela é como eu”, brinca Patrícia.
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A Nestlé Purina traz novidades para os donos de filhotes de gatos que buscam uma alimentação equilibrada e cheia de sabor. Friskies apresenta o novo Friskies Gatinhos e, a pedido dos consumidores, também traz de volta ao mercado um dos sabores mais apreciados pelos felinos: Delícias da Fazenda. O lançamento combina ingredientes selecionados (frango, cenoura e leite) que proporcionam uma alimentação saborosa e 100% balanceada, com leite e cálcio para manter dentes e ossos fortes, vitaminas e minerais para um crescimento com força e vitalidade. O produto está disponível em embalagens de 1 Kg e 3 Kg.
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o pess Arquiv
Escritor e jornalista, tem dois livros publicados: “Quando a curva faz a vida do rio” e “Memórias da casa velha”. Mantem coluna semanal sobre política em mais de 40 jornais brasileiros e escreve reportagens especiais para a revista “Vida Simples” da Editora Abril.
Das ditaduras e revoluções
A
s revoluções são sempre assim: nunca são para o povo, mas para aqueles que se revoltaram contra os privilégios que não tinham. No poder, os revolucionários de antanho sempre se tornam tudo aquilo que nunca quiseram ser, ou diziam combater. Incólumes como as árvores, desfrutam do sol da liberdade, enquanto que a sombra deles atrofia tudo que está em volta. Assim se repete a história da Humanidade, em anos e anos de enganos, atrocidades e equívocos. O que era para ser um processo, um meio, torna-se um fim, mudando apenas o lado que passa a assumir o poder, a ditar as normas, valendo-se das mesmas estratégias, ferramentas e processos que combateram. Seja na América Latina, no Oriente Médio ou na Ásia, nos séculos I, X ou XXI, antes ou depois de Cristo, os métodos são sempre os mesmos, mas as culturas e os povos, diferentes. Assim foi, assim é, enquanto que as minorias organizadas, dominam as grandes maiorias desorganizadas. As ditaduras são filhas bastardas das revoluções. Sedutoras, embaladas por grandes manifestações e até mesmo fabricadas, as revoluções, uma vez vitoriosas, ignoram todo o processo que as levaram ao poder, deixando de ser uma opção para intitularem-se como solução. Qualquer ideia contrária aos ideais revolucionários passa a ser de oposição, o que justifica perseguições, prisões e até tortura.
valores, a instituição de uma nova forma de governo, uma nova relação, mais direta e próxima, nascida entre as ruas e os gabinetes oficiais. No entanto, uma justifica e legitima sempre a face oculta da outra. Convêm às grandes democracias as pequenas ditaduras, que subjugam o povo em rentáveis acordos comerciais. O que os países democráticos não podem fazer com seus respectivos povos, fazem com outros, contando com uma mão aliada para empunhar as armas. Por isso, o silêncio cúmplice paira sobre o mundo ocidental, que mapeou o planeta e separou algumas áreas estratégicas. Vizinhos, Líbia e Egito dividem a mesma pobreza de seus povos, diante do império amealhado por seus governantes durante anos de exploração e ditadura. Sem liberdade e privados de usufruir das riquezas naturais que existem em seus países, nações inteiras vivem como se estivessem em tempos bíblicos, como se vivessem em um mundo paralelo. Enquanto isso, seus líderes, que deveriam primar pelo bem-estar de seus povos, ostentam mundo afora seus oásis de riqueza, diante de um deserto de pobreza e submissão. Só mesmo uma ditadura para justificar o deserto que separa a vida de egípcios e líbios da de seus governantes.
As revoluções são, em seu princípio natural, o oposto das ditaduras. Elas são a resposta de povos inteiros contra os desmandos de governos que ignoram o barulho das ruas, os anseios de uma sociedade. Elas deveriam ser o início de uma nova era, um caminhar constante para frente, e não um retroceder na história. Ser o coroamento de novos
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Robhson Abreu
jornalista, blogueiro, escritor e PR. Autor de vários livros, como “Assessor de Imprensa – fonte qualificada para uma boa notícia” e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Edita o blog PR Interview e ministra cursos na Abracom e na Escola de Comunicação.
Na era do rádio C
om foco no relacionamento cotidiano e nos fazendo relembrar de “Conduzindo Miss Daisy”, dirigido por Bruce Beresford e com saudosa Jessica Tandy, “O Discurso do Rei” narra, sem perder o fio condutor, o momento histórico da revolução tecnológica e da gênese da comunicação de massas. É também uma história de amizade entre o então príncipe Albert George, vivido por Colin Firth e seu terapeuta da fala, o australiano Lionel Logue, interpretado por Geoffrey Rush.
O filme, um texto achado pela mãe do diretor Hooper, a australiana Meredith Hooper, não é apenas um longa sobre a era do rádio, mas sim uma película que pertence à era do rádio e que nos remonta, com suas imagens submissas e redundantes, de como a comunicação é regra, e a arte, uma exceção. Se você por um momento fechar os olhos, não fará muita diferença, pois todo o vigor de “O Discurso do Rei” vem da palavra, de seus diálogos. Às vezes mais polidos e irônicos do que os de uma rádio novela brasileira da década de 30. O ato de fechar os olhos ação Divulg nada mais é que uma redundância da imagem metafórica, que quer “expressar” a condição psicológica do personagem central com o uso ostensivo de lentes grandes angulares para distorcer o ambiente e as incessantes imagens de microfones. Ao invés de buscar soluções fáceis e fantasiosas como na maioria das películas de reis e rainhas, o longa trata das consequências da gagueira do príncipe George, um defeito considerado grave para um homem de tal título, justo na época em que os discursos reais passaram a ser transmitidos ao vivo,
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pelo rádio, para multidões. Quanto mais ele queria falar e precisava, mais o problema piorava e se alastrava por sua vida. Falar em público, assim como para muitos comunicadores, era um suplício e um medo que precisava ser vencido. Tom Hooper se fez eficiente ao abordar a realeza e sua relação com o problema do príncipe que se viu a frente à sucessão. Albert adota o nome de George VI devido a decisão do irmão, Eduardo VIII, de se casar com uma divorciada norte-americana. A relação palaciana era controversa: todos eram tímidos e receosos de tratar o tema com o futuro rei da Grã-Bretanha. Ninguém sabia como lidar com a questão, muito menos o próprio gago George que foi levado por sua esposa, ao tratamento com o terapeuta da fala, hoje conhecido como fonoaudiologista. Mesmo com seu problema, o inseguro e gago George VI quer se destacar, de alguma forma, diante de seu povo. É a necessidade intensa do ser humano em sustentar (em alguns casos, ostentar) poder, conhecimentos, fama e ações. Não foi à toa, portanto, que o roteiro original faturou o Oscar. A vitória reforça uma máxima: em tempos de redes sociais, as pessoas ainda dão valor e se emocionam com os gestos simples, com os esforços humanos. O filme é vibrante, repleto de situações literárias (cenários característicos, narrativa forte e descrição metafórica), mas não é daqueles com grandes emoções do começo ao fim, se é que isso ainda existe no cinema atual. O longa tem personalidade, atitude, uma dose de carisma em decorrência de seus personagens, e muito, muito foco na palavra. E foi com a palavra ,repleta de emoção, que Tom Hooper agradeceu a sua mãe Meredith durante a octogésima terceira cerimônia de entrega do Oscar. Ele contou que, a algum tempo, ela chegou em casa e noticiou: “acho que encontrei o seu próximo filme”. De fato ela havia encontrado um texto teatral, ainda sem encenação e um legado histórico da era do rádio inglês em tempos de segunda guerra. E para finalizar, disse o diretor Hooper: “escute sempre o que sua mãe tem para dizer!”