PQN TRIÂNGULO: Uberaba, Uberlândia, Araxá e região ganham coluna assinada por Mirna Tonus
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Mercado
Instituições de ensino do Sul do País reiventam seus cursos de Comunicação
Movimentos Sociais Comunicadores saem das redes sociais e vão para as ruas do País
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Profissionais e mercado ganham coluna especial na PQN
Ari Peixoto, correspondente de Política da Rede Globo, em Brasília
Brasília, parada obrigatória
Estima-se que eles sejam mais de cem. Os jornalistas que cobrem o tema “Política”, sejam eles profissionais do rádio, da TV, dos jornais, dos sites e dos blogs, tomaram conta da Capital Federal. Mas a tarefa não é nada fácil, principalmente quando a pauta é o Congresso Nacional e todo o complexo da Praça dos Três Poderes. Palco das decisões políticas, intrigas, corrupção e sede do governo, Brasília é ponto obrigatório para aqueles que cobrem o assunto. Os correspondentes alertam: cuidado para não fazer parte do jogo político e muito menos tornar-se o centro das atenções.
TILDEN SANTIAGO: A praça é do povo e o céu é do Condor, já dizia o poeta Castro Alves
Brasília - uma capital apaixonante e instigante Brasília! Para uns apenas a capital do Brasil. Para outros, palco de grandes decisões políticas que definem os rumos da nação e fonte de muitos escândalos e corrupção. Agora, para eles, a capital federal tem uma pitada disso tudo. Assim é o correspondente de Política, o profissional que dedica sua experiência para nos trazer informações com credibilidade. Apaixonados pela cidade e por este tema, às vezes árido, eles não poupam elogios ao trabalho que fazem e até mesmo a alguns políticos e assessores. Ari, Rinaldo, Christina, Aparecida e Fabiano. Profissionais experientes que contaram ao nosso correspondente Thiago Soares como é ser correspondente na capital federal e como é viver naquela cidade. A matéria, de capa, homenageia a cidade por meio dos croquis do mestre Oscar Niemeyer. Além, é claro, de mostrar estes competentes jornalistas. Outro destaque da edição é a mudança de comportamento no mercado da comunicação na região Sul do país. Por lá, as instituições de ensino tiveram que mudar suas grades curriculares para oferecer um curso mais moderno e competitivo, ainda mais depois da queda da exigência do diploma de Jornalismo; a ascensão das redes sociais e também as novas formas de se fazer relações públicas por meio da web. O mercado pede nova postura, assim como as empresas buscam um profissional polivalente, na mesma velocidade das relações nas redes sociais. Nesta vigésima oitava edição, temos três novas estreias - a coluna de publicidade “Um minuto pro comercial”; a PQN Triângulo (Uberaba, Uberlândia, Araxá e região) escrita pela Doutora em Multimeios, Mestre em Educação, presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e professora de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), a jornalista Mirna Tonus e a coluna Interações Plurais, escrita pela jornalista e mestranda em Comunicação, Nadjanaira Costa. Sejam muito bem-vindas e obrigado por aceitarem meu convite para fazer parte da Família PQN que tanto cresce. E por falar em crescimento, como cresceram os movimentos durante a Copa das Confederações. Pena que muitos baderneiros infiltraram-se durante as marchas pacíficas para quebrar, roubar e saquear o patrimônio público e lojas que nada tinham a ver com a confusão. Nesses 15 minutos de fama, padrão Fifa, vários comunicadores foram hostilizados e agredidos tanto pelos manifestantes quanto pela polícia. Liberdade de imprensa, que nada! A imprensa, em alguns estados, foi chamada de burguesa, mentirosa e comprada. Falas tristes vinda de pessoas que não entendem o importante trabalho desempenhado pelos repórteres que cobrem os movimentos sociais. Muitos não entendem que estamos ali para relatar o que está acontecendo e que somos cidadãos prejudicados pela péssima infraestrutura brasileira da mesma forma que eles. Não somos melhores e nem piores. Aqueles que foram agredidos estavam lá para mostrar ao país que a sociedade acordou e quer mudança. E podemos constatar isso no olhar dos comunicadores que mandaram suas fotos para a gente. Gostaríamos de agradecer a todos que enviaram. Foram mais de quatro mil imagens recebidas. Nossa vontade é, se tivermos um patrocinador, fazer um livro de fotografias desse movimento que marcou todo o Brasil. Obrigado! Robhson Abreu Editor
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EXPEDIENTE EDITOR-CHEFE: Robhson Abreu EDIÇÃO: Robhson Abreu REVISÃO: Conrado Santos Nelo PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Pubblicitá Comunicação DIREÇÃO DE ARTE: Dokttor Bhu MARKETING: Rangel Fernandes COLABORADORES: Andrea Pio - Cláudia Gabriel - Emerson Teixeira Fabiana Arreguy - Francisco Tovo - Frederico Albuquerque Helenna Dias - Jairo Mendes - José Aloise Bahia Kátia Gontijo - Nadjanaira Costa - Rodrigo Capella Rodrigo Cogo - Tilden Santiago - Valéria Flores - Vera Lima
SUCURSAIS: VALE DO RIO DOCE: Zé Vicente de Souza LESTE DE MINAS: William Saliba TRIÂNGULO MINEIRO: Mirna Tonus AMAZONAS: Tânia F Miranda BAHIA: Marcelo Chamusca NORDESTE: Rodrigo Coimbra RIO DE JANEIRO: Bette Romero SÃO PAULO: Daniel Zimmermann SUL: Douglas Luz BRASÍLIA: Tiago Soares “Todos os textos publicados na revista PQN tiveram seus direitos autorais doados pelos seus autores, não tendo esta publicação qualquer ônus por parte de cada autor/colaborador”.
PUBLICIDADE: Para anunciar: (31) 8428-3682 ou (31) 2127-4651 publicidade@pqn.com.br Rangel Fernandes: comercial@pqn.com.br Sara Batista: comercial2@pqn.com.br ASSINATURA: assinar@pqn.com.br Pessoa física: R$ 70,00 para 4 edições Pessoa jurídica: R$ 140,00 para 4 edições CARTAS À REDAÇÃO E SUGESTÃO DE PAUTA: cartas@pqn.com.br Acesse: www.pqn.com.br www.twitter.com/revistapqn www.facebook.com/revistapqn www.issuu.com/robhsonabreu
Desde 2004 A Revista PQN - Pão de Queijo Notícias é uma publicação da PQN Editora Ltda., Rua da Bahia, 1345 sala 909 Lourdes CEP: 30160-012 BH/MG Tel.: (31) 2127-4651
Sumário
CAPA
E
stima-se que eles sejam mais de cem. Os jornalistas que cobrem o tema “Política”, sejam eles profissionais do rádio, da TV, dos jornais, dos sites e dos blogs, tomaram conta da Capital Federal. Mas a tarefa não é nada fácil, principalmente quando a pauta é o Congresso Nacional e todo o complexo da Praça dos Três Poderes. Palco das decisões políticas, intrigas, corrupção e sede do governo federal, Brasília tornou-se um ponto obrigatório para aqueles que cobrem o assunto. Mas os correspondentes alertam: todo profissional setorista deve tomar muito cuidado para não fazer parte do jogo político e muito menos tornar-se o centro das atenções. Brasília pode até ser fascinante aos olhos dos correspondentes de Política, mas a cidade, traçada por Oscar Niemeyer e idealizada por Juscelino Kubitscheck reserva muitas surpresas, tramas e um tempero que só mesmo quem está por lá pode realmente revelar... Capa: Ari Peixoto - Rede Globo Foto: Tiago Oliveira
ENTIDADE
MERCADO
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Instituições de ensino do Sul do País reinventam seus cursos de Comunicação para atrair mais estudantes de acordo como que busca o mercado de trabalho.
O mercado de publicidade mineiro ganhou seu primeiro Conselho Executivo de Comunicação. A intenção é fortalecer as empresas do setor que vem sofrendo com a fuga clientes para outros estados.
EVENTOS
MOVIMENTOS SOCIAIS
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A colunista da PQN, Bette Romero, dá um show de simpatia durante sua palestra sobre Comunicação 2.0 em Criciúma. Na plateia, estudantes e profissionais catarinenses.
Os movimentos sociais se espalharam por todo o Brasil. Enquanto todos clamavam por uma sociedade mais justa, vários comunicadores foram agredidos e hostilizados nas ruas do país.
FUSÃO
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José Aloise Bahia Francisco Tovo Kátia Gontijo Nadjanaira Costa Tilden Santiago Rodrigo Cogo Jairo Mendes Fred Albuquerque Cláudia Gabriel Rodrigo Capella
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COLUNAS
ARTIGOS
Completando 25 anos de mercado, a Circuito Integrado acaba de fundir sua estrutura com a empresa capixaba de monitoramento, Cativa Imagens, dando origem à Cativa Circuito.
PQN Cidadão PQN Tech Eu Quero! Robhson Abreu PQN Vale do Rio Doce Estante PQN PQN Triângulo Leste de Minas Nordeste Calçadão Amazonas Um minuto pro comercial PQN Brasília Dendê PQN RP PQN com Cerveja PQN Sul PQN Pet
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Participe! Mande seu comentário para: cartas@pqn.com.br Olá equipe PQN, adorei a edição de número 27. Vocês estão parabéns! Como sempre, vocês arrasaram. Sei que é muito difícil cada edição que vocês conseguem publicar. É uma luta insana. Mas todo o trabalho é recompensado. Parabéns , abraços e obrigada pelo apoio de sempre. CHRISTINA LIMA CL ASSESSORIA EM COMUNICAÇÃO BELO HORIZONTE/MG A reportagem de capa da vigésima sétima edição da PQN impressionou pela inusitada pauta. Eu nunca tinha parado para pensar que uma empresa pudesse patrocinar uma escola de samba em uma festa tão popular como o Carnaval. Gostaria de parabenizar o repórter João Vítor Viana e a editoria de arte da publicação que fez uma diagramação primorosa. A cada dia que passa, PQN conquista-me mais com a variedade de matérias criativas. É uma revista com foco na comunicação sem ser chata, não está a serviço dos famosos e sem pautas pagas pelas grandes empresas. PQN tem a nossa cara. Parabéns a toda a equipe. ROGÉRIO MÁRCIO DA CRUZ JORNALISTA BRASÍLIA/DF Eu sempre ouvi meus professores falarem da PQN em sala de aula. Eu nunca havia folheado uma edição por inteiro. Depois que a biblioteca da faculdade assinou, não parei de ler. Acredito que sou o primeiro a ler quando a revista chega aqui na biblioteca. Fiquei tentado em montar um home office depois que li tantos depoimentos positivos de profissionais que aderiram à iniciativa e mostraram
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que, com disciplina, é possível trabalhar em casa. Já estou até dimensionando o espaço que tenho aqui em casa para montar meu escritório. Os projetos das arquitetas também estão de parabéns. Que bom gosto! Helenna Dias sempre nos brinda com excelentes reportagens. JOÃO CARLOS CARDOSO PAIVA ESTUDANTE - DIVINÓPOLIS/MG Além de parabenizar toda a equipe da revista, gostaria de sugerir uma pauta para uma edição futura: qual operadora de celular usar quando o assunto é 4G. Sou aficcionado por tecnologia e ainda estou em dúvidas. Cada uma fala mais do que a outra que tem a maior cobertura, mas qual caminho seguir? O menor preço? A menor tarifa? Ou a que pode me dar o aparelho de graça? PEDRO GABRIEL BORGES JORNALISTA RIO DE JANEIRO A edição de março está ótima! Gostei muito das matérias “O velho e novo tempero da Comunicação” e a matéria de capa “O Marketing sobe o morro e cai no Samba”. Atuais e interessantes, os textos mostram o comportamento e a importância do Marketing na Comunicação da atualidade. GIULLIANO MIRANDA JORNALISTA RIO DE JANEIRO/RJ
A linha editorial da revista PQN merece aplausos. Reportagens criativas, boa diagramação. Até vejo alguns errinhos de digitação, mas nada que coloque em risco a publicação como um todo. A cada edição, aprendo, emociono, divirto e sinto-me um leitor privilegiado por ter em mãos uma revista tão dinâmica e de tamanha qualidade. A revista imprensa parece uma “Caras” da comunicação, que honra ler páginas tão interessantes e intensas! ANA CAROLINA PIETRO CARTER RP - SALVADOR/BA Depois de quatro anos, a Feijoada PQN voltou para nos alegrar. Que falta eu sentia de ver a turma reunida, boa música e comida de primeira. Espero que este evento ‘gastroetílicocultural’ continue durante todo o ano. Vida longa à PQN. E parabéns ao editor Robhson Abreu por conseguir promover tantas atividades com tanta qualidade. Lendo a matéria de Andrea Pio, deu-me mais vontade em ir à próxima Feijoada PQN. CONCEIÇÃO MENDES BELO HORIZONTE/MG Vários conteúdos relevantes, com diversos enfoques. Gostei bastante do enfoque dado ao mundo tecnológico – grande aliada no mundo da comunicação do presente momento. O layout da revista está cada vez mais bem resolvido, tornando a leitura dos conteúdos, agradável e empolgante. A publicação tem se tornado cada vez mais relevante. GILBERTO SILVA ESTUDANTE DE PUBLICIDADE RIO DE JANEIRO/RJ
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Divulgação
MEIO AMBIENTE
SUSTENTABILIDADE
Com o lançamento do primeiro pneu verde do mundo, a Michelin conseguiu reduzir o consumo de uma das principais matérias-primas para fabricação: o petróleo. Estudos apontam que, nos próximos 15 anos, o consumo de pneus demandará 47% a mais de petróleo, que é uma fonte não renovável. A empresa lidera a inovação de produtos e serviços com foco no tripé: aumento da segurança, redução de custo operacional e minimização do impacto ambiental do transporte.
TRABALHO SÉRIO
O Instituto Gabi, entidade assistencial localizada na zona sul de São Paulo, que atende crianças e adolescentes com deficiência, tem uma missão nada fácil: a de gerar recursos financeiros para manter suas obras e colaborar no desenvolvimento dos atendidos. Uma parte do dinheiro, que sustenta o trabalho da ONG, vem de um convênio com a Prefeitura de São Paulo. Outros recursos vêm de festas promovidas pelo Instituto, de um bazar permanente de roupas e objetos semi-novos e de pequenas doações de pessoas físicas e jurídicas.
ECOLOGICAMENTE CORRETAS I
De acordo com a última pesquisa divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, aproximadamente 13% dos brasileiros afirma possuir preocupação com o meio ambiente, esse tema ocupa o sexto lugar na lista de preocupações dos brasileiros. Há seis anos, o meio ambiente estava na 12ª posição, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. Em 1992, ano da primeira pesquisa e da Rio-92, o assunto sequer era citado. Essa mudança no comportamento da sociedade fez com que o mundo corporativo repensasse em suas ações. Atualmente, diversas empresas adotam “ações verdes”, tais como, decoração com plantas típicas da Mata Atlântica, cardápio com ingredientes orgânicos, produzidos por pequenos agricultores e uso de papéis reciclados. Divulgação
O planeta Terra é composto de 70% de água, no entanto, os humanos podem utilizar somente 1% dela para beber. Segundo um relatório coordenado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), se medidas urgentes não forem tomadas para implementar o uso racional dos recursos hídricos, até 7 bilhões de pessoas poderão conviver com a falta de água no ano 2050. A Guarida Imóveis conscientiza seus clientes e apresenta um case de como é possível valorizar, otimizar e economizar esse tesouro que pode estar em extinção. De acordo com o Diretor de Condomínios, Newton Nunes, o primeiro passo começa dentro de casa ou do condomínio. “O consumo de água pode ser reduzido com medidas simples, evitando desperdícios. Precisamos entender a crise de abastecimento que afeta nosso planeta e pensarmos em nossas vidas e em nosso futuro, utilizando a água de forma racional”, alerta. Divulgação
POLÍTICA VERDE
O Brasil ocupa a 18ª posição entre os mais ativos no uso de impostos como uma ferramenta para impulsionar o comportamento corporativo sustentável e atingir os objetivos de uma política verde (ou ecológica). A constatação está no primeiro Índice de Imposto Verde da KPMG, publicação da KPMG Internacional que analisa incentivos fiscais verdes e penalidades nas 21 principais economias. O levantamento explora a forma como os governos estão utilizando os seus sistemas fiscais para responder aos desafios globais, incluindo segurança, escassez de água e energia, poluição, mudanças climáticas e inovação verde.
ECOLOGICAMENTE CORRETAS I I
Iniciativas ecologicamente corretas como diferencial são uma aposta cada vez mais comum na esfera comercial. Hoje, adotar critérios de sustentabilidade é questão de sobrevivência, não só do planeta, mas das companhias. Há quase três décadas, a Trisoft produz produtos, tais como matérias-primas para colchões e isolamento térmico e acústico ecologicamente corretos, que empregam como base lã de garrafa PET e não utilizam água durante o seu processo. A empresa já consumiu o equivalente a mais de 520 milhões de garrafas pet da natureza, além de gerar centenas de empregos, diretos e indiretos.
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Jornalista, escritor, pesquisador, ensaísta. Graduado em Jornalismo e pós-graduado em Jornalismo Contemporâneo. Autor de Pavios Curtos. Participa da antologia O Achamento de Portugal, dos livros Pequenos Milagres e Outras Histórias, Folhas Verdes e Poemas Que Latem ao Coração!
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Luz na transcendência
mineiro Inimá de Paula (1918-1999) não ficou somente naquilo que alguns críticos observam como uma revisita aos mestres fauvistas e suas vibrações de cores, que destravam as paisagens e os motivos dos lugares. Podemos observar na pintura de Inimá de Paula a vitalidade da pincelada não retorcendo e lambuzando em demasia as formas, nem inflamando a contragosto os efeitos das tonalidades. O trabalho meticuloso determina o rigor da consciência, transpassa o abstracionismo lírico, não abandona a estrutura e sustenta o movimento fluente mesmo na xilogravura. Não rebusca, dá nova valorização à figuração num desenho vigoroso, intenso e significativo. Utiliza, em seus quadros, os primeiros planos na frontalidade que despe as sutilezas gráficas com linhas aparentemente simplificadas. Transborda o céu com uma flecha afiada à percepção visual do homem
na condição que acentua “o traço, qualquer traço inscrito numa folha, denega o corpo importante, o corpo carnudo, o corpo humoral; o traço não dá acesso nem à pele nem às mucosas, o que ele diz, é o corpo na medida em que ele arranha, aflora (pode-se mesmo dizer: faz cócegas); pelo traço, a arte desloca-se; a sua sede já não é o objeto do desejo, mas o sujeito desse objeto: o traço, por mais fino, ligeiro ou incerto que seja, remete sempre para uma força, para uma direção; é um energón, um trabalho que dá para ler o traço da sua pulsão e do seu gasto. O traço é uma ação visível”, na percepção sutil de Roland Barthes, ao destrinchar a visibilidade. Deuses e mitos são incisões na madeira com uma proposta que perpassa o pensamento soprando pela terra, que olha, para, e repara com ânimo a ressonância de uma possibilidade cortante, transformadora, com luz na transcendência...
Deuses e mitos | Inimá de Paula | Xilogravura | Tiragem especial 13/16 | 29x21 cm |Coleção particular | Belo Horizonte | MG | Brasil | 1983
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TOUCHSCREEN
Tech
A Lexmark International anuncia sua nova linha de dispositivos multifuncionais e impressoras a laser no mercado brasileiro. Ao todo, são 21 produtos – 10 multifuncionais e 11 impressoras –, todos desenvolvidos com base em uma plataforma tecnológica que visa reduzir a complexidade dos processos manuais de impressão e melhorar a produtividade das empresas. Um dos destaques da nova linha é a tela touchscreen de 4.3” a 10”, com interface bastante amigável, e que permite acesso rápido às soluções embarcadas nos equipamentos. Destaque para a Multifuncional Laser Color CX510 que foi desenhada para grupos de trabalho de tamanho médio. O modelo oferece soluções de produtividade e economia de tempo comum em dispositivos maiores. Produz cores de qualidade profissional graças à tecnologia de calibração Lexmark para o sistema de cor PANTONE® e à ferramenta Lexmark Color Replacement, que fornece um ajuste de cor real.
EXCLUSIVO PARA JORNALISTAS
Voltada para ações de transparência, a TIM lançou um aplicativo exclusivo para jornalistas, o TIM Press. O aplicativo foi criado com o objetivo de facilitar o acesso à informações sobre a companhia, dando mais agilidade nas apurações da imprensa. Além de possibilitar o acesso direto às principais notícias da empresa. O repórter pode acessar releases, avisos de pauta, números e dados atualizados da operadora, fatos relevantes, calendários com os principais eventos em que a companhia estará presente, entre outras informações. Sempre que um novo conteúdo for adicionado ao aplicativo, uma notificação será enviada para o celular do usuário. A tecnologia está disponível gratuitamente para aparelhos com sistema operacional Android e iOS, da Apple. Baixe: https://itunes.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewSoftware?id=643047979&mt=8
CHECK-IN
Já está disponível para todos os voos no Brasil e internacionais partindo de São Paulo (Guarulhos) para Europa e América Latina a plataforma BlackBerry 10, o aplicativo TAM Mobile. Esse aplicativo auxilia o usuário a agilizar seu embarque com seu smartphone, sem desperdiçar tempo com filas para realizar seu check-in e ainda despachar suas bagagens em sua fila exclusiva. O check-in, através do BlackBerry Z10, Z10 além de mais prático e rápido, dispensa o uso do papel. Basta salvar o código e a imagem do check-in e mostrar no momento do embarque diretamente na tela de seu dispositivo. O aplicativo é gratuito e está disponível na BlackBerry World em português. Baixe: http://appworld.blackberry.com/ webstore/content/27783291/?countrycode=BR&lang=pt_br
TRADUTOR
Com o objetivo de eliminar a barreira de comunicação existente entre ouvintes e surdos, o ProDeaf acaba de lançar a versão iOS - compatível com smartphones e tablets Apple - do ProDeaf Móvel,, o primeiro aplicativo capaz de traduzir a fala em Português para Libras. Desenvolvido pela companhia pernambucana de mesmo nome, o projeto é fruto de um investimento de R$ 500 mil, feito pelo próprio ProDeaf - com financiamento do Sebrae e do CNPQ -, e patrocinado pelo Grupo Bradesco Seguros. O aplicativo funciona de maneira simples, reconhecendo a voz do usuário e traduzindo a fala diretamente para Libras. Assim, com a ajuda de um personagem que faz os gestos na tela do celular ou tablet,, o sistema se baseia em um dicionário com de cerca de 2.000 sinais - base que, em breve, será ampliada e também regionalizada. Baixe: http://prodeaf.net/download.
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MERCADO
Mudar é mais do que necessário! Assim como em outras regiões, o Sul do Brasil teve que reiventar seus cursos de Comunicação da mesma forma que acadêmicos e mercado tiveram que adaptar-se à Comunicação em tempos de redes sociais, forte concorrência e baixos salários. DOUGLAS LUZ
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universo da Comunicação tem ganhado ainda mais espaço com a chegada das novas tecnologias e, com isso, o aprendizado nas instituições de ensino superior teve de ser modificado e adaptado às novas exigências do mercado. As três principais habilitações do curso de Comunicação Social – Jornalismo, Publicidade & Propaganda e Relações Públicas – têm-se adequado às necessidades do mercado profissional e, para isso, reestruturaram suas grades curriculares. Além disso, a não regulamentação da profissão fez com que as instituições de ensino repensassem seus investimentos nos cursos. Muitos deles foram encerrados e outros readaptados. Assim como na região Sudeste, que concentra grande parte dos comunicadores, o Sul do Brasil também modificou a forma de ver, academicamente, a Comunicação Social.
Já no curso de Publicidade e Propaganda, a instituição, também respeitando os desejos do mercado, resolveu oferecer novas disciplinas nas quais os alunos poderão escolher o conteúdo em quatro eixos distintos – Repertório; Atendimento e Gestão; Criação e Branding. “Isso dá ao aluno a chance de focar os estudos em alguma área, ao mesmo tempo em que tem uma visão geral da Publicidade, necessária a todo bom profissional”, observa Christiane Machado, coordenadora do curso.
A Universidade Positivo (UP), de Curitiba, implantou novas disciplinas em dois dos seus cursos de Comunicação. No Jornalismo, após algumas avaliações de mercado, a instituição decidiu incluir o conteúdo Transmídia. Assim, a preparação do aluno é focada para o mercado digital. “Focamos em três pontos importantes: o jornalismo investigativo, conteúdo plurimidiático e empreendedorismo”, destaca a coordenadora do curso, Zaclis Veiga.
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Arquivo pessoal
menos segurança, ao passo que é rico em novas oportunidades e novidades, principalmente com o aumento do uso das redes sociais e da comunicação corporativa. Assim como em todas as profissões, os estudantes de Comunicação devem acompanhar as mudanças tecnológicas, além de familiarizarem com softwares e com as novas linguagens. Os professores alertam que é preciso conhecer a fundo suas áreas de estudos e, ainda, saber articular o conhecimento adquirido com a realidade em que se vive. Assim, suas habilidades, quando cultivadas de maneira correta, não se tornarão obsoletas e permitirão o desenvolvimento profissional e a adaptação aos diferentes cenários do mercado.
ROSA ESTRELLA: os profissionais precisam além da boa formação acadêmica, valorizar a ética, ter mais responsabilidade no exercício diário da função e também respeitar as normas do mercado
Modificado pelas novas tecnologias e abertura de novos campos de atuação profissional, no Rio Grande do Sul as mudanças também puderam ser notadas frente ao atual cenário da Comunicação. Na Universidade Federal (UFRGS), o Departamento de Comunicação, da Faculdade de Biblioteconomia de Comunicação (Fabico), redimensionou as abordagens práticas e teóricas, além de buscar a flexibilização na formação do
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ssoa
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Arqu
egresso, a fim de que ele atenda às novas demandas tanto do mercado profissional quanto da área de pesquisa. Para a coordenadora substituta da Comgrad de Comunicação Social – Fabico/UFRGS, Aline Strelow, o objetivo do curso de Comunicação é formar profissionais para atuar nas áreas de Jornalismo, Publicidade & Propaganda e Relações Públicas. “Os egressos devem possuir conhecimentos teóricos e técnicos que possibilitem uma atuação profissional ética, crítica e comprometida com o interesse público, contribuindo assim para a produção e socialização de informações a partir das quais seja permitido o exercício pleno da cidadania”, enfatiza Aline.
Ser um especialista do generalismo, farejar tendências, entender do contexto do mundo no qual se vive e saber socializar-se são algumas das características que um profissional de comunicação deve ter. Segundo o vice-presidente do Clube de Criação do Paraná (CCPR), Ricardo Mercer, isso é essencial para um bom comunicador.
Jornalismo
MAS MUDAR PRA QUE? As mudanças têm causado impacto nas organizações, nos processos operacionais e nas relações sociais e de trabalho. Os cargos não têm sobrevivido aos profissionais e algumas funções surgem e desaparecem em menos de uma década. É um universo que oferece RICARDO: os bons profissionais devem farejar tendências, entender do contexto do mundo no qual se vive e saber socializar-se
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Publicidade & Propaganda
Arquivo pessoal
“Ou seja, um profissional que saiba que, no fim de tudo, o seu trabalho precisa gerar prosperidade financeira para quem investe e sentido para quem for consumi-lo”, pondera Mercer. A presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de Santa Catarina (Sinapro/ SC), Rosa Senra Estrella, defendeu as boas práticas do setor de Propaganda. “O que se pode esperar dos profissionais das agências, além do seu preparo para as diferentes funções que são inerentes aos serviços, é a valorização da ética, da responsabilidade no exercício diário de suas funções e, acima de tudo, respeito às normas do setor”, ressalta.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, José Nunes, disse que, para os jornalistas, o mercado está atrás de profissionais CAMILLA: criatividade, comprometimento e responsabilidade são elementos que as empresas buscam antenados com o mundo, ligados à tecnologia e no que ela permitir para a para trabalhar com os assuntos emergentes e com amplo expansão da Comunicação. “Com isso, estarão aptos a atender conhecimento corporativo. “Apenas as academias não formam às demandas que surgirem, além de estar atentos aos novos esses talentos. É fundamental a habilidade de construção e horizontes que a sociedade da informação oferecer”, declara. manutenção de um amplo network”, completa. O sócio da agência de comunicação empresarial Lide Multimídia, o jornalista Ricardo Voigt, de Curitiba, complementou a fala de Nunes e destacou que o mercado necessita de profissionais prontos
Relações Públicas
O CALOURO, O VETERANO E O EGRESSO O mercado sempre ofertará vagas, qualquer que seja a habilitação escolhida. O acadêmico vai sempre atrás das melhores oportunidades, seja numa grande agência, na comunicação de uma multinacional, em grandes redações, em emissoras de TV e rádio. O estágio, nesses casos, é um grande passo para os alunos, A dica é sempre fazer o que gosta e encarar o mercado profissional com todas as suas dificuldades e vantagens. Possuir um diferencial sempre ajuda alcançar uma boa vaga, além de dar destaque ao aluno para que consiga um bom trabalho na área escolhida. Apostar nas suas habilidades e aprimorar outras é fundamental para se posicionar no mercado e, em alguns casos, manter-se nele. Foi o que aconteceu com a publicitária Camila Tonett. Formada há dois anos, ela começou a estagiar no quarto ano do curso e, logo em seguida, após 10 meses em uma agência, foi efetivada. Atualmente é coordenadora de design na empresa. Mesmo com a sorte ao seu lado, ela afirma que o mercado de comunicação está complicado, pois está difícil arranjar algo que concilie segurança financeira e a satisfação pessoal. “O mercado busca profissionais criativos, com grande responsabilidade e comprometimento em fazer o seu trabalho da melhor maneira possível, no menor tempo e, de preferência, sem nenhum erro”, observa a publicitária. Camila afirma que o futuro comunicador precisa ter força de vontade, querer aprender e ainda, correr atrás de diferenciais.
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Arquivo pessoal
médio dos publicitários gira em torno de R$ 1.134,00, mas os valores variam de acordo com a empresa e a função exercida, entre R$ 2 a R$ 6 mil. E os relações públicas, segundo o Conrerp Quarta Região - SC/RS, ganham em média R$ 1.472,00. Christiane Machado, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Positivo, em Curitiba, informa que 130 alunos ingressam anualmente na instituição. Ela salienta que, desde 2002, uma pesquisa realizada apontou que 66% dos egressos trabalham em alguma área voltada à Comunicação. O curso de Jornalismo apontou que no último estudo feito com os egressos, em 2011, 78% estão inseridos no mercado.
HELLEN: infelizmente ainda há um desconhecimento dos empresários sobre a atuação dos profissionais de Relações Públicas. Além da falta de vagas, os salários são baixos se comparados a outras áreas da Comunicação, principalmente a Publicidade & Propaganda
Arquivo pessoal
“Uma boa comunicação é essencial, além de sempre estar ligado no que acontece no mundo e no mercado – estar atento às tendências da área”, garante. A relações públicas Hellen Pacheco lembra que, durante o curso, as vagas de estágio eram mais direcionadas aos alunos de Jornalismo e Publicidade. “Ainda consegui estagiar dentro da minha área, mas depois de formada parti para outro segmento”, conta. Para ela, ainda há um desconhecimento das empresas e da população sobre as atribuições de um RP. “Atualmente trabalho como freelancer, atuando com mídias sociais. A principal dificuldade em conseguir um emprego na área é justamente a falta de reconhecimento da profissão junto aos empresários. Como muitos desconhecem as atividades, oferecem pouquíssimas vagas e salários muito baixos, além de contratarem profissionais não capacitados para exercer as funções”, observa Hellen. Com isso, a visão do acadêmico antes de entrar no curso de
Comunicação, durante e após finalizá-lo, tem mudado drasticamente. O calouro de Jornalismo da Universidade Positivo, Vinícius Santos, escolheu o curso por ser apaixonado pela informação. “Sempre gostei de ler e saber como as coisas acontecem. Encontrei no Jornalismo uma forma de ser esse meio, de informar as pessoas e levar conhecimento”, diz. Gustavo Magalhães, veterano do curso de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), ressalta que ficou satisfeito com o que aprendeu e que o Jornalismo vai muito além do saber escrever. Ele afirma que diversas competências devem ser adquiridas e trabalhadas, principalmente para o bom exercício da profissão.
Já os salários em Santa Catarina levam em conta cinco níveis, segundo Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2014. Jornalistas ganham R$ 1.600,00, publicitários de R$ 793,00 a R$ 1.765,28 e relações públicas R$ 1.472,00. Arquivo pessoal
CURSOS CHEIOS E SALÁRIOS BAIXOS Aline Strelow, da Fabico/UFRGS, informa que, anualmente, via vestibular, a universidade recebe 150 alunos de Comunicação – 50 para cada uma das três principais habilitações. E olha que o piso para cada profissão é baixo se comparado a outras praças. Para se ter ideia, os jornalistas gaúchos têm um piso estipulado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, de R$ 1.690,00 na capital e R$ 1.425,00, no interior. Já o salário
RICARDO: só as faculdades não formam talentos, é preciso empenho de cada um
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Com a boa performance, os salários dos profissionais curitibanos mostram-se um pouco mais alto que dos outros estados da região Sul. Os jornalistas tem piso de R$ 2.464,95; os publicitários, R$ 1.600,00 e os RPs R$ 1.908,00.
GUSTAVO: o Jornalismo vai muito além do saber escrever, é preciso diversas competências
soal
o pes Arquiv
Jornalista, formado em Comunicação Social pelo Unicentro Newton Paiva (BH) desde 2004. Pós-graduado em Produção de Mídias Digitais, desenvolvedor de conteúdo para Internet e analista de mídias sociais.
A “ditadura” dos buscadores
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ue a tecnologia é de grande auxilio para o homem, isso não é passível de discussão. Mas de fato, alguns avanços trazem consigo uma carga valorativa por vezes negativa. O caso em questão é a suposta “ditadura” imposta pela Engenharia de Busca. A técnica conhecida SEO (do inglês Search Engine Optimization) tomou conta das principais redações do país. Atualmente quem escreve para um portal tem, no mínimo, a obrigação de entender um pouco sobre a técnica. O uso frequente impôs a demanda. A priori, a engenharia de busca propõe-se a facilitar o acesso dos usuários à informação. Para isso, são utilizadas técnicas de taxonomia, arquivologia e indexação de conteúdo. O objetivo final é tornar as páginas de um portal de fácil localização pelos principais buscadores do planeta, a exemplo do Google. Até então, tudo aparentemente faz parte de uma “grande inovação”. Mas, o que se tem visto na prática, é um abuso constante da técnica proporcionando uma massificação dos modelos de escritas presentes no ciberespaço. Como um dos princípios da engenharia de busca baseia-se no uso de palavras-chave, consideradas mais relevantes em uma publicação, o que se tem observando é a repetição abusiva de expressões, ambiguidade nas frases e falta de coesão.
entendimento do assunto, mas quer palpitar ou ter um parecer formado. Coroando esta situação em que o conteúdo irrelevante faz frente em igualdade de condições ao conhecimento importante, com muita alegria lemos em determinados portais, notícias do tipo: Caetano Veloso estaciona carro no Leblon... Neste cenário, não dá para estabelecer uma tabela de culpa, já que quem escreve segue os padrões ditados pelo jogo imposto pelo sistema. Caso resolva perverter as regras, acaba sendo punido com o mais completo ostracismo do não rankeamento no Google. De nada adianta um belo texto na internet que não vai ser lido por ninguém. O fato é preocupante e abre espaço para uma profunda reflexão: será que vale mais a forma como se apresenta o conteúdo, o próprio o conteúdo, ou quem está lendo, ou talvez a combinação dos três? Os padrões de escrita estão definitivamente mudando. Quem sabe no futuro está pergunta posso ter uma reposta clara!
Para fortalecer e rankear determinados textos, vale tudo, até mesmo repetir mais de 20 vezes o mesmo termo em um simples texto. Algumas reportagens na internet deixam a impressão de serem redigidas por um aluno do ensino fundamental em suas primeiras aulas de redação, tamanha à falta coesão. Para alguns, repetir, repetir e mais uma vez repetir tem sido a “melhor” formar de calcar relevância nos buscadores. A pobreza vocabular anda espalhando-se perigosamente pela rede. Como se não bastasse essa espécie de cultura permissiva do rankeamento, surge, a cada, dia novos “escritores”. Os conhecidos blogueiros que com seus canais relevantes despejam uma quantidade absurda de opiniões pessoais sobre determinados assuntos para uma montanha de gente que pouco se interessa em ler a opinião de um completo desconhecido. Afinal, a cibercultura atual incentiva que se opine sobre tudo mesmo. O cidadão não tem qualquer
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“Eu quero!” Envie suas sugestões para pqn@pqn.com.br
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Divulgaç
para dançar
Após seis anos sem um trabalho solo, o líder da banda The Black Yead Peas, Will.I.Am, lança o álbum Willpower, o quarto de sua carreira. O cd composto na corajosa união do hiphop, R&B e música eletrônica, resultando em um som contagioso ao longo de suas 15 faixas, que trazem a participação de ícones da música pop como Justin Bieber, Britney Spears, Chris Brown, Miley Cyrus e Nicole Scherzinger. Destaque para as canções “Scream & Shout” com Britney Spears; That Power com Justin Bieber e This is Love com Eva Simons. Para dançar do começo ao fim assim como foi seu trabalho de 2007, o ótimo ‘Song about girls’, Willpower com certeza tem muitos hits para balançar as pistas do planeta.
À venda: americanas.com, iTunes, submarino.com.br Preço: R$ 27,90
À venda: www.facebook.com/MauricioArrudaArquiteturaeDesign Preço: Tereza - R$ 540,83 e Terezinha - R$ 479,00
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açã
para os pés
A modelo e publicitária Cris Guerra, em parceria com a Amazonas Sandals, acaba de lançar sua linha exclusiva de sandálias. Os modelos foram desenvolvidos por Cris e fazem referências a seus conceitos particulares, de acordo com seu blog de moda Hoje Vou Assim. As estampas são voltadas para os temas de poesia, tatuagem delicadeza e humor sendo retratados de maneiras artísticas. Todas as estampas são divertidas e diferentes trazendo em uma delas um spray borrifando corações e já o em um outro modelo tem linhas pontilhadas e tesourinhas em meio ao solado entre outros disponíveis em seu site.
À venda: Amazon Sandals Preço: à partir de R$ 38,90
para os pais
Para os pais descolados e que não saem de casa sem ouvir uma boa música, a Bomber traz dois ótimos fones de ouvido. O EB 50 Gold, que tem detalhes banhados a ouro 18 quilates que deixam o earphone mais sofisticado, possui uma combinação de som com adaptadores auditivos de silicone, garantindo bons graves. O outro modelo é o EB 60 Black.. Com ele, você tem a sensação de isolamento a tudo o que está acontecendo em volta. Possui grave profundo, cabo flat vermelho (plano), corpo metálico, além de adaptadores auditivos em três tamanhos.
À venda: Submarino, Ricardo Eletro e Walmart Preço: EB 50 Gold e EB 60 Black à partir de R$ 49,00
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para iluminar
A nova criação do designer e arquiteto Maurício Arruda, a série de luminárias pendentes Tereza, Tereza traduzem o colorido e a informalidade urbana tipicamente brasileira. Fabricadas manualmente em dois tamanhos - Tereza e Terezinha,, que usam lâmpadas fluorescentes compactas e possuem inúmeras opções de estampas. A série é fruto de uma pesquisa que buscou por novos usos para as clássicas telas plásticas coloridas, das tradicionais sacolas das feiras livres. Combinadas com uma estrutura leve e dobrável – originalmente usada por pescadores como viveiro de peixes, têm montagem e transporte fácil. Podem ser utilizadas tanto individualmente quanto combinando diferentes tamanhos e cores formando conjuntos.
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para a sua sala
A Líder Interiores e o estilista mineiro Victor Dzenk lançaram uma linha de cadeiras, poltronas e pufes da coleção “Lider por Isabela Vecci”. As peças foram revestidas com as padronagens da nova coleção de Dzenk, inspirada na cantora Clara Nunes. As estampas, trazem, entre outras coisas, elementos como flores do campo – que adornavam os cabelos da “Morena de Angola”; revoadas de pássaros, com destaque para o sabiá, que está na icônica capa do último disco da cantora, entre outras características. Destaque para a descontraída Poltrona Pallet Pallet. Seus pés remetem aos pallets usados na armazenagem de produtos.
À venda: www.liderinteriores.com.br Preço: à partir de R$ 2.459,17
para enfeitar
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Depois de suas lindas telas, Thais Ibanez deu vida e arte à coleção de ovos de avestruz. As peças demonstram a versatilidade da artista, cujo imaginário a leva a pintar não só figuras já vistas em suas telas como também figuras geométricas e abstratas, conservando a combinação e beleza das cores quentes do seu país tropical. Um presente e tanto para o Dia dos Pais...
À venda: www.thaisibanez.com Preço: R$ 300,00
para encher
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Para você que gosta de criatividade e praticidade, a Cozi lançou uma linha de coolers infláveis. Ideal para casais que não tem muito espaço em casa, o cooler é enchido com bomba de ar e, graças a sua lona, gela rapidamente as bebidas. Além de decorar o ambiente, ele é uma ótima peça para presentear quem você gosta! Divulgação
À venda: Cozi - (31) 3291-1862 Preço: R$ 149,00
para sentar e enfeitar
Se o seu pai e assim, meio que intelectual, uma boa dia são os bancos de papelão da Cozi. Eles imitam livros, malas, madeiras, pilha de jornais, entre outros. Além de práticos, eles são bonitos e podem adornar qualquer ambiente.
À venda: Cozi - (31) 3291-1862 Preço: R$ 169,00
coleção nova
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Já está à venda a novíssima coleção de t-shirts do artista plástico Hogenério. Inspirada nos personagens do cinema, as camisetas são um ótimo presente para os pais modernos.
para presentear
A Mixtape Design,, loja de móveis contemporâneos onde arte, design e cultura encontram-se, tem ótimas sugestões de presentes para quem quer surpreender no Dia dos Pais. Destaque para o Tênis Get High, High da Gavea Garage, feito de cerâmica; Plombe,, um porta guarda-chuva de polietileno, com design de Karim Rashid, da italiana Serralunda e a latinha Drink & Drunk,, da Gavea Garage, feita de cerâmica e disponível nas cores vermelha, berinjela, turquesa e laranja.
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À venda: Hogenério (31 - 9679 7739) Preço: R$ 40,00 + frete
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À venda: www.mixtapedesign.com.br Preço: Tenis Get High por R$ 419,00 Plombe por R$658,40 Drink & Drunk por R$ 139,00
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MOVIMENTOS SOCIAIS
Saímos das redes sociais e fomos pra rua Vários comunicadores de todo o Brasil aderiram ao chamado das redes sociais e foram para as ruas das grandes cidades clamar por uma sociedade mais justa. O que começou com a redução das passagens de ônibus ganhou força e reuniu milhares de cidadãos que queriam o fim da PEC 37, mais investimentos na educação, saúde e transporte. ROBHSON ABREU
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driana, Paula, Antônio, Claudinei, Denise, Flávio, Carlos, Victor, Marcelo, Fernando, Clarissa, Lucas, Bruno, Daniel, Priscila, Wander, Fernanda, Homero, Mário, Maria, Karem, Robson e Alex. O que esses comunicadores têm em comum? Cada um, a seu tempo, motivo e cidade, participou de várias manifestações que tomaram conta do país em Julho, período em que foi realizado a Copa das Confederações. A vontade de expressar, a vontade de defender políticas pessoais e coletivas foi tão forte que mais de cinco milhões de cidadãos estiveram nas ruas. Famílias inteiras, amigos e categorias profissionais mostraram que unidos poderiam ser ouvidos pelos governantes. Os movimentos ocorreram em várias capitais, alguns pacíficos, outros nem tanto. Às vezes, as marchas começavam com o sentimento de paz e, no final, alguns baderneiros acabaram destruindo o patrimônio público, quebraram bancos e lojas do comércio, além do confronto direto com a Polícia Militar. Várias lojas foram saqueadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Salvador. Algumas prefeituras, câmaras e assembleias legislativas também foram alvos dos manifestantes que quebraram tudo o que viram pela frente. E o prejuízo acabou ficando para todos os cidadãos brasileiros. De acordo com pesquisa promovida pela Área de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, 50,5% dos empresários entrevistados tiveram prejuízo durante a realização do megaevento em Belo Horizonte. Para 32,4%, esse prejuízo foi de 20% a 50%; e para 26,1% a perda foi entre 10% e 20%. Além disso, as vendas não foram positivas para 86,1% dos entrevistados. Apenas 13,9% disseram que houve aumento nas vendas. Desses, 59,5% afirmaram que o aumento foi de até 10%; 35,7% tiveram um aumento de 10% a 20%; e 4,8% um aumento de 20% a 50%. A maior causa da queda nas vendas durante a Copa, de acordo com 46,9% dos empresários entrevistados, foram as manifestações. Também foram citados o menor fluxo de pessoas na região (25,8%), a insegurança nas ruas (11,3%) e o trânsito (11,0%).
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VIOLÊNCIA CONTRA A IMPRENSA Desde o início dos protestos, mais de 70 profissionais da imprensa foram agredidos, hostilizados ou presos. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), com a colaboração dos sindicatos, redações e da ONG Repórteres Sem Fronteiras, houve pelo menos 53 casos de violação contra 52 jornalistas. Foram registrados episódios de agressão em 11 cidades brasileiras. A capital paulista foi o local, onde se registrou mais casos – cerca de 25, quase a metade do total. Fortaleza vem logo em seguida, com seis casos. O Rio de Janeiro teve cinco. Das 53 ocorrências, 34 referem-se à agressão, hostilidade ou ameaça por parte da polícia. Outros seis casos são de prisão por períodos que variaram de poucos minutos até três dias, como aconteceu com o repórter do portal Aprendiz, Pedro Ribeiro Nogueira, indiciado por formação de quadrilha. Outras 12 ocorrências foram protagonizadas por manifestantes. Há casos que podem não ter sido computados por diversas razões, inclusive quando veículos ou jornalistas preferem não ter suas estatísticas divulgadas. Além disso, vários carros das emissoras foram queimados. Em alusão à campanha da Fiat, os manifestantes gritaram em alto e bom som “Vem pra rua”, convocando todos que estivessem em suas casas para irem para as ruas. Alguns atenderam ao pedido enquanto outros preferiram piscar as luzes de casa aprovando todo o movimento. Agora é esperar o resultado disso tudo – ou o movimento conseguiu seus 15 minutos de fama, já que foi manchete de mais de 45 países, ou os governantes acordaram para as reivindicações. Muitos deles baixaram em até R$ 0,20 o preço das passagens do transporte coletivo. No entanto, tudo foi resolvido pelos centavos: “a saúde, a educação e o transporte continuam da mesma forma – sem padrão Fifa”, desabafa Paulo Teixeira, jornalista em Brasília. Durante o mês de julho, a revista PQN pediu aos comunicadores, pelo Facebook, que enviassem suas fotos nas manifestações. Ao todo, recebemos mais de quatro mil fotografias de várias partes do país. Confira ao lado
algumas imagens que separamos com exclusividade para você.
Paula Rangel (Itatiaia) Alan Rodrigues (Exame) Foto: Arquivo pessoal/SP
Alex de Jesus Foto: Claudinei Souza/BH Daniel Castelo Branco Foto: Claudinei Souza/BH
Fernando Zuba, Clarissa Carvalhaes, Lucas Figueiredo Nicolau e Bruno Porto Foto: Arquivo pessoal/BH Adriana Santos, Wander Veroni e Priscila Cordeiro Foto: Arquivo pessoal/BH
Adriana Santos Foto: Arquivo pessoal/BH
Wander Veroni (Blog Café com Notícias) Foto: Arquivo pessoal/BH
Carlos Calaes (Hoje em Dia) Foto: Arquivo pessoal/BH
Anonymous Foto: Fernanda Nazaré/BH Denise Eler, Tio Flávio e turma Foto: Lena Alves/BH
Antônio Coquito Foto: Arquivo pessoal/BH
Marcelo Almeida (TJ) e Bruno Lima Foto: Arquivo pessoal/BH
Victor Schwaner Foto: Claudinei Souza/BH
Denise Eler Foto: Lena Alves/BH
GASTROETIÍLICOSOCIAL
Danado de bão!... ANDRÉA PIO
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uando a Igreja de Roma dedicou o dia 23 de Junho como dedicado a São João, o “aniversário” do santo, na Europa, coincidiu com a abertura do solstício de verão. No Brasil, que está no hemisfério sul, a data coincide com o início do solstício de inverno. De todo modo, um dia marcadamente festivo: para os antigos, era a festa do plantio; para os festeiros tupiniquins é a grande festa junina. Para egípcios e babilônios, por exemplo, a festa da semeadura era um evento acalorado: acesos os fogos votivos, tome comida e bebida em profusão, e os bailinhos enfoguetados que... – bem, eram tempos de paganismo... – desandavam nos costumeiros repiques da libertinagem pagã.
Nestes “brasis” tropicais, a festa de São João – o mais festeiro dos santos – ainda guarda certas características daquelas esbórnias ancestrais. O nosso 23 de junho ainda tem as algazarras musicais, tem o bailado europeu naturalizado brasileiro, que é a quadrilha bem comportada, tem as grandes mesas de doçaria e guloseimas, fora os tachos de quentão; tem até a fogueira. Só não tem as pândegas de acasalamento, mesmo porque
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esse Ítem não fica bem numa festa de santos. Sim, santos. A bem da verdade, os festejos juninos incluem mais dois santos: Santo Antônio, o casamenteiro, dia 13 e São Pedro, no dia 29. Para os romanos da antiguidade as festanças do mês de julho tinham um propósito: homenagear a deusa Juno, motivo pelo qual a festa se chamava e com toda razão, junina. Para quem está abaixo da linha do Equador, as de julho são mesmo festas julinas
E COMO ELE ERA? Agora, cá entre nós, um detalhe me chama a atenção: João há de ser um santo magrelo, comprido, sem enxúndias na cintura e sem a papada típica daqueles que fazem o ponteiro da balança descrever longas curvas. Não. São João, sobre ser um sujeito aprumado, pode beber e comer o que lhe der na telha, do pé-de-moleque à batata doce assada na cinza quente, do quentão fumegante à honesta “da roça”. E (quem pode, pode) fartar-se de pamonha, maria-mole, paçoquinha de amendoim, espiga assada, broa com erva doce, cocada mole e compota de laranja-da-terra, melado com cará, arroz-doce (com muita canela, é óbvio) café com rapadura, ladrilhos de doce de cidra, o doce de leite (de colher e de cortar), o mamão verde cristalizado, a maçã do amor... Ah, são tantas as delícias desta época...
Em dia de festa na roça, o momento mais esperado é o da quadrilha, embalada por música típica e linguajar próprio que chamo de franco-matuto. Explico: a dança tanto quanto o linguajar são heranças francesas que chegaram aqui com os colonizadores portugueses. Claro que os brasileiros não tinham acesso à atração. Mas com o ‘jeitinho’ peculiar, os tupiniquins passaram a conviver com novidade da época de forma irônica o que contribuiu para que adaptássemos a dança e os termos do linguajar francês. Anarriê (en arrière) - casais vão para trás; Cumprimento (vis-à-vis) cumprimento frente a frente; Changê (changer/changez) - trocar/troquem o par, Otrefoá (autre fois) - repete o passo anterior e Alavantú (en avant tous) todos os casais vão para a frente, são apenas alguns exemplos usados. Entretanto, o momento mais aguardado da quadrilha é quando o lado abrasileirado, fruto do imaginário do caipira, fala mais alto. É quando os convidados do casório na roça se encontram e caminham rumo à festa; dali, passam pelo Túnel, desviam da chuva, correm da cobra, encaracolam-se e formam uma grande roda para que os cavalheiros coroem as damas com rosas. Aí é sinal que a festança vai terminar. Os noivos se despedem e,
seguidos pelo cortejo, todos vão embora. Resumindo: a sátira e a ironia do caipira prevaleceram. Não é à toa que de bobo o caipira não tem nada. Aliás, ele é muito mais esperto do que se pode imaginar.
QUADRILHA À PARTE O concurso que entrou para o calendário de eventos de várias cidades. Com seus trajes engomados, cheios de folhos e refolhos de duvidosa autenticidade, moças e rapazes de tênis All Star, mais pulam e correm do buscapé que dançam. São festivais que pouco lembram a típica quadrilha dos “arraiá” enfeitados com um punhado de bandeirinhas e balões coloridos, compondo o cenário, que tinha também sanfona, zabumba e triângulo; e, mais que isso, um “marcador” de voz possante, que sabia o nome de todos os passos e todas as reviravoltas, do “balancê” ao “caminho da roça”, do “aí vem chuva” ao “cestinho de frô”. Sinal dos tempos: hoje, figurino e coreografias em nada remetem à típica festa junina de outrora. As roupas podem não ser as típicas, mas servem de modelitos para os desavisados, aqueles e aquelas que ainda acham que se vestir de jeca é usar meias de cores diferentes, roupas rasgadas, camisa faltando botões, batom passado além dos lábios. Isso é qualquer outra coisa, menos jeca: não dão a necessária cor local e são de um mau gosto extremo.
de 30 dias. É claro, vara o mês de julho. É o maior São João do mundo!
- Infiá um dedo na boca e ôtro no c...! Ah, meu Deus! Mas, fazer o quê?
A propósito, conta-se que a quadrilha mais famosa foi dançada no Nordeste, marcada pelo Capitão Virgulino Ferreira, o Lampião, que entrou com seu bando num povoado da Paraíba, justamente na noite de São João. Chamou os sanfoneiros do lugar para organizar a dança, e avisou que ele mesmo ia marcar. Iniciado o bailinho, o chefe cangaceiro mandou parar tudo e advertiu:
Lampião mandou tá mandado. Os dedos tomaram o destino ordenado e a quadrilha seguiu. Balancê! Caminho da roça!
- Quem num dançá nos conforme da marcação vai se intendê aqui com o Curisco, que tem orde de abatê o disaforado, visse? Corisco, grande matador, abriu um sorriso malvado e engatilhou ostensivamente a “papo-amarelo”, sua Winchester 44, tão famosa quanto infalível. Recomeçaram o toque e a dança. E Lampião lá, marcando os balancê e anarriê regimentais. Depois de um “caminho da roça”, o bandoleiro, sacaneta notório, gritou:
De repente, Capitão Virgulino grita: - Trocá de dedo! A ordem foi cumprida sob o olhar atento de Corisco, com a 44 pronta para castigar o desobediente. Nessa hora alguém grita lá da roda: - Tá danado! Os olhos meio vesgos de Lampião cospem chispas. Corisco saboreia a cena, cheio de ânsia assassina. Suspense! Terror! Então Lampião, adoça a voz e pergunta: - Danado de quê, sô moço? E da roda a mesma voz responde: - Danado de bão, capitão!!!
Comemorada de norte a sul, leste a oeste do Brasil, é no Nordeste que o evento significa a máxima expressão das folias juninas. E é em Campina Grande, na Paraíba, que a festa é a mais arretada, com duração de mais
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Robhso
Jornalista das rádios América e Cultura. Professora de Direito Civil da UNA Betim. Mestranda em Administração da Faculdade Novos Horizontes. Advogada do escritório Morato & Gomes.
Será que o povo quer dar um basta?
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o dia 18 de junho, pelo menos 90 pessoas foram detidas por policiais, em Istambul, na Turquia, enquanto estavam em casa. A imprensa local informou que 30 pessoas foram detidas para identificação em Ancara, 13 em Eskisehir, na sequência das operações policiais em 18 províncias. Eles somam a mais de 600 pessoas detidas. As detenções foram relacionadas às manifestações contra o governo. Também na Grécia, o povo já está indo às ruas há dois anos. O governo fechou a TV publica ERT, mas os funcionários conseguiram na Justiça a autorização para que governo grego a reabrisse, mesmo que temporariamente. Os brasileiros também não ficaram de fora. E um basta já começou no país. Primeiro, com as manifestações no início de junho, em São Paulo, devido ao aumento de R$ 0,20, nas passagens de ônibus. As ações da Polícia Militar que reagiram aos manifestantes contrários ao aumento da tarifa de transporte público na capital paulista, levou a população a uma “chamada geral” pela internet que ativou uma série da manifestações em todo o Brasil. A
grande manifestação aconteceu no dia 17 de junho, dia em que o Estádio do Mineirão foi palco do primeiro jogo da Copa das Confederações, entre Nigéria e Taiti. Os jovens, em sua grande maioria, foram às ruas, se tornando a maior manifestação pública e pacífica desde o movimento pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, em 1992.
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Com o mote “Não são apenas 0,20 centavos”, além de se posicionar contra o preço do transporte público, os protestos criticaram a condução da política brasileira, a corrupção, os gastos públicos com as obras para as copas das Confederações e do Mundo de 2014. O protesto mobilizou quase um milhão pessoas em todo o país. Em São Paulo, foram pelo menos 50 mil. No Rio de Janeiro, mais de 100 mil. Belo Horizonte mais de 70 mil. Tudo somados às pessoas que foram as ruas em Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Belém, Divinópolis, Niterói, Contagem e Campinas. Brasília, a capital federal, também parou e lá os manifestantes tomaram a Esplanada dos Ministérios. Subiram a rampa do Congresso. E agora? Perguntam todos. O que fazer para garantir a democracia no Brasil? Será que o povo está chegando ao limite da paciência contra a falta de segurança, a corrupção escandalosa, a demora no Judiciário em definir os processos? Ao chegar a este ponto, o brasileiro está tomando consciência de que não há mais nenhuma condição de continuar do jeito que está? Pense bem. As manifestações tiveram início a partir do Movimento Passe Livre, composto por meia centena de jovens bem articulados que defendem a “tarifa zero” no transporte público. Depois, os protestos escaparam de qualquer controle ou direcionamento político-partidário. Nesta visão: não há líderes nem liderados. O que vem tomando conta das ruas é a indignação do povo. Isso está por toda da internet, principalmente nas redes sociais que estão sendo usadas para mobilizar a população. Muitos se perguntam: Onde vamos chegar? Espero que com a tão sonhada democracia para todos, depois da Constituinte de 1986 que culminou na promulgação no dia 5 de outubro de 1988 da Constituição da República Federativa do Brasil. Nela se lê: “Estado Democrático de Direito”. Será?
Quer participar? Envie suas sugestões para: robsonabreu@pqn.com.br
Divulgação nzaga Juliana Go
REBENTINHO
Meu amigo e colunista da PQN, Rodrigo Coimbra agora é pai! Sua esposa, a publicitária Patrícia Caes, deu a luz ao João Pedro, no último dia 8 de junho. Com mais de três quilos de peso e 45 cm, o garotão é a cara do pai coruja. Até as sobrancelhas, ele herdou do paizão que não para de babar no rebento. Rodrigo e Patrícia, parabéns para vocês e que João Pedro seja bem-vindo !
REFORÇO DE PESO
A FSB Digital ganhou um reforço de peso com a contratação de Mateus Braga para a diretoria executiva de criação e Vitor Conceição para a diretoria das áreas de Produto e Inovação. Divulgação
DE CASA NOVA
A 9ine contratou Rafael Coca como diretor do núcleo de atletas e artistas. Ele passou a comandar a equipe que trabalha diretamente com o gerenciamento da imagem desses profissionais, compreendendo trabalhos como parcerias, projetos de conteúdo, captação de patrocínio, relações públicas e atividades na área de digital. Coca tem mais de dez anos de experiência na gestão de grandes marcas, atuando tanto em agências de publicidade como com clientes.
VIDA FINANCEIRA
As jornalistas Isabela Barros e Isaura Daniel, lançaram o site de finanças pessoais “As Poupadoras” (www.poupadoras.com). O objetivo é de ajudar os leitores a terem uma vida financeira mais equilibrada e saudável. A proposta é também de dividir experiências sobre o dinheiro e como as pessoas relacionam com ele, para auxiliar quem tem dificuldades de manter o orçamento em dia e quem quer crescer financeiramente, mesclando editorialmente notícias, histórias reais e ficção.
NIVER
O jornal Pordentro de Conceição, do publicitário Alexandre Mota, completou dois anos de circulação em Conceição do Mato Dentro. E para comemorar, palestra de José Renato Lara, da Interface Comunicação Empresarial, sobre a importância da Comunicação no mercado. Divulgação
MOMENTO TIETE
Foi na partida entre Atlético Mineiro e Tijuana, na Arena Independência, em Belo Horizonte, que a fotógrafa Ana Castelo Branco foi fotografada ao lado do humorista Tom Cavalcante. Em passagem pela capital mineira, ele foi conferir o jogo, que acabou empatado (1x1), com sua filha e aproveitou para mexer com os jornalistas. “Muito simpático, Tom era só alegria entre todos na Arena”, disse Ana.
LANÇAMENTO
A Tracbel, uma das maiores distribuidoras de equipamentos pesados do Brasil, convidou a imprensa mineira para conferir de perto o lançamento dos Simuladores de Formação Avançada. O simulador foi montado em um trailer e proporciona os movimentos da máquina, como se operador estivesse dentro de uma cabine de verdade. Com imagens em alta resolução e som fiel, parece que você está no canteiro de obras operando, por exemplo, uma retroescavadeira. A ideia é reduzir em até 60% os gastos das empresas com treinamento e aperfeiçoamento e, com isso, trazer mais segurança aos clientes da empresa. Até agora a Tracbel já investiu R$ 550 mil na nova modalidade.
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Mateus Ba
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Aguardo suas sugestões e notas: zevicente.gv@hotmail.com
Divulgação
BLOG
Os alunos do 7º período do curso de Jornalismo da Univale são os criadores do blog Focalize que abriga diversos tipos de notícias. Desenvolvido durante as aulas da disciplina Jornalismo Online lecionada pela professora e Doutora Eliana Martins Marcolino, o blog propicia uma nova experiência aos alunos, além de da oportunidade de experimentar a produção do jornalismo na web, vivenciar a produção jornalística nas suas distintas fases, reunião de pauta, pesquisa, apuração, entrevista, edição, revisão e alimentação do blog. http://focalizeunivale.blogspot.com.br/
TURISMO
Francisco Teixeira, proprietário da Categoria Turismo acaba de lançar o Informativo Turístico Boa Viagem, comemorando os 38 anos de sucesso da sua agência. Alto nível!
SUCESSO
O jornal Folha Regional está fazendo 13 anos de sucesso. Polêmico e ousado, o diretor Elias Silva está de parabéns!
LENTES DE ARTE
O grande pintor e desenhista Marcellino Ribeiro estreou na profissão de fotógrafo artístico. A estreia ocorreu durante a Feijoada 6.3 ZVS 2013, em grande estilo!
NOVA CASA
O apresentador Rejes Salomão mudou de canal, agora ele apresenta o seu programa Top TV às quartas e sextas feiras, pela TV Leste, retransmissora da Rede Record, sempre às 14 horas. Não percam! Fotos: Divulgação/ZVS
CLICS DO ZVS
VIOLÊNCIA
Os jornalistas e egressos da Univale, Ana Lúcia Gonçalves (jornal Hoje em Dia) e Carlos Augusto de Albuquerque (TV Leste e Rádio Globo), participaram do Ciclo de Ideias promovido pelo curso de Jornalismo da Univale. No encontro foi discutido o tema Violência contra jornalistas. Houve também a participação do diretor regional leste do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, Paulo Sérgio de Oliveira.
SUCESSO RURAL
Terminou dia 14/07, a 44ª Expoagro 2013 de Governador Valadares. Vaquejadas, rodeios, julgamentos e concursos leiteiros, além de excelentes shows com cantores famosos. O presidente da União Ruralista André Merlo está de parabéns!
Lúcio Portela, Angela Gutierrez e Franklin Bethônico, convidados especiais da Feijoada ZVS 2013
MERITO RURAL
Afonso Bretas, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Valadares, entregou o troféu Mérito Rural 2013, para quatro produtores rurais, além da Frical Alimentos e da revista Agrominas. Os homenageados foram Ascendino Chisté, José Xavier Coelho Neto, Eduardo Pessoa e Isaac Persiano.
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Rosa Aniceto, Marlene Loureiro e Laudicéia de Assis, na Comida de Buteco ZVS 2013, no bar da Stael
Fabulosa socialite Salete Neves
SOCIAL
63 anos bem vividos! Z
VS está super feliz! Foi o maior sucesso a comemoração dos seus 63 anos. A grande feijoada aconteceu no Santorini, com elogiado buffet de Marilda Bicalho. Ao som do DJ Zezinho Batista e sobremesas da expert Yara Machado, ZVS reuniu seus fiéis amigos. Bolos e velas das padarias Pão Total e Betel. O artista plástico Marcellino Ribeiro estreou como fotógrafo e arrasou nos clics. A prefeita Elisa Costa foi presença de destaque e todos queriam ser fotografados ao lado dela. Do Vale do Aço, a presença dos amigos jornalistas William Saliba e Carlos Souto. ZVS agradece a todos pelo carinho. Fotos: Anna Castelo Branco
Fotos: Marcellino Ribeiro
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O Erwin
Jornalista, articulista e mestranda em Comunicação Social Puc Minas nadjanairabh@hotmail.com
Interações Plurais
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stamos estreando este espaço, que optamos por chamá-lo de Interações Plurais. Tomamos o nome emprestado do título da obra organizada pelos doutores em Comunicação Social, professor Mozair Salomão e Eduardo de Jesus, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), por considerar que as interações são múltiplas, amplas, diversas e difusas, como a nossa própria área de comunicação. Interações, por si, compreendem uma forma plural de relacionarmos em um mundo de trocas simbólicas, de disputa de poder, pelo domínio do saber, e da resignificação que damos aos discursos ditos, interditos e também não ditos, no universo das redes tecidas e, ao mesmo tempo, tensionadas pelas diversas formas de mediações e midiatizações. Dessa relação com o outro, em diferentes espaços públicos e privados, presenciais ou nos ciberespaços criados pela nova esfera biosmidiática - lembrando o pesquisador José Luiz Braga, que se dedica ao estudo das interações no sistema de resposta social - moldamos novas identidades e adaptamo-nos de forma ambígua, complexa e necessária a participarmos do jogo das
representações sociais para produção de novos sentidos que damos aos acontecimentos à nossa volta. O contexto dessas interações plurais é atual e resulta de uma nova forma de busca de cidadania, de inclusão, de um repúdio saído do repouso dos ditos, que eclodiram no movimento de mobilização, que marcou o mês de junho, no Brasil, com o “vem pra rua”. Ditos que resgataram os interditos do “vem vamos embora...” e dos não ditos dos excluídos, dos sem representações, dos sem banda larga, mas cidadãos e permanente troca simbólica. O que há de novo com a mobilização e que mudança esses novos atores estão experimentando? O que surge como novo que rompe com o velho? Que cenários foram criados além da reprodução imagética da mídia, das redes sociais, das cenas reais? Que estatuto de cidadania estamos criando nesse encontro que surge na rede e que nos mobiliza até as ruas, sem rostos, sem identidade para essas interações plurais de discursos e leituras polifônicas? As respostas virão pela reflexão e pela necessidade de apreendermos novos sentidos e novas instâncias de produção e reprodução de sentidos. O que pretendemos com nossas Interações Plurais? Dizer que estamos começando, por esta forma mediada de comunicação, aproximar o discurso da academia – onde se pensa e se discute o objeto da Comunicação Social– da prática do mercado. Ou dizer que já estamos além do pensar pragmático do objeto que defina a Comunicação Social, como Ciências Humanas. Assim, queremos entendê-la como uma ciência que urge estar presente no fazer do profissional da Comunicação, para que seja inserida na prática a partir da produção de sentido que se pretende que seja o papel do comunicador social que atua nas organizações. Pretendemos que essa ciência seja percebida para além dos suportes da comunicação que, sendo apenas ferramentas, deixam de contemplar o sentido das trocas simbólicas que resultam das interações plurais. Interações que, como a mobilização “vem pra rua” transformam pessoas, grupos, organizações e governos, conformando um novo sentido de cidadania.
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Estante pqn@pqn.com.br
A PROPAGANDA BRASILEIRA DEPOIS DE WASHINGTON OLIVETTO João Renha propõe-se a desvendar a faceta criativa do renomado publicitário. De forma inédita, o autor realiza um minucioso estudo das campanhas de Washington Olivetto, analisando desde os verbos e adjetivos empregados com maior frequência, até o número de vezes que uma determinada palavra aparece nos anúncios e filmes criados por ele. Ganhador de mais de 50 Leões em Cannes, Olivetto está entre os mais brilhantes e aclamados profissionais da área no mundo. Muito já se falou sobre a pessoa Washington Olivetto e sua trajetória no mundo da propaganda, mas até hoje não havia um estudo sobre seus textos criativos que mudaram a história da Publicidade e são dignos de uma pesquisa profunda. Afinal, qual é o segredo para ser um redator tão bom?
UMA HISTÓRIA DE AMOR À MÚSICA – SÃO JOÃO DEL-REI, PRADOS, TIRADENTES Após dois anos de intensa pesquisa, os jornalistas Marília Scalzo e Celso Nucci lançaram o livro-reportagem que se debruça sobre um dos maiores fenômenos da cultura brasileira: a inabalável tradição musical do Campo das Vertentes. O projeto, desenvolvido com base em mais de setenta entrevistas com músicos das orquestras e bandas das cidades, além de um profundo mergulho em estudos e livros sobre a música da região, traz ao público a história dessa arte que permaneceu invicta à passagem do tempo. Por meio de um texto claro e bem escrito, os autores investigam por que uma atividade musical nascida durante o período colonial é amplamente realizada até os dias de hoje .
Mais do que analisar o que foi produzido por ele, essa obra explora, de forma pioneira, como as histórias do primeiro sutiã, do garoto-propaganda das mil e uma utilidades e de tantas outras campanhas de sucesso foram criadas, para descobrir se existe ou não uma fórmula para fazer peças publicitárias de sucesso.
O resultado do trabalho é, mais do que um brilhante ensaio-reportagem, uma história sobre como o amor à arte pode ajudar a preservar tradições ameaçadas pelas transformações do mundo moderno – e sobre como a cultura pode contribuir para garantir a construção de uma vida comunitária efetivamente coesa, inclusiva e solidária.
Valor: R$ 80,00 Venda: www.editoraleya.com.br Editora: Editora Le Ya Páginas: 384
Valor: R$ 80,00 Venda: www.beieditora.com.br Editora: BEI Editora Páginas: 290
À QUEIMA-ROUPA – O CASO PIMENTA NEVES O livro do jornalista Vicente Vilardaga é um thriller corporativo centrado em um caso amoroso com final trágico que desmonta o cenário de glamour construído em torno da imprensa brasileira e mostra como um diretor de redação tornou-se um homem megalomaníaco e violento, sem jamais ter sido freado por seus superiores. 20 de agosto de 2000. Essa data marcou a história do jornalismo brasileiro. Foi o dia em que um dos jornalistas mais poderosos do país, Antônio Pimenta Neves, diretor de redação do jornal O Estado de São Paulo, matou sua namorada, Sandra Gomide. Vilardaga, que trabalhou com os dois protagonistas na Gazeta Mercantil e acompanhou de perto essa história, também entrevistou o assassino com exclusividade. “À queima-roupa” levanta muitas questões que desmistificam as redações e o jornalismo, que há muito discute o caráter e os defeitos de diversos setores da sociedade, mas pouco olha para o que acontece dentro dos seus muros. Valor: R$ 80,00 Venda: www.editoraleya.com.br Editora: Editora Le Ya Páginas: 304
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Jornalista, diretor de Meio Ambiente da Copasa, ex-Deputado Federal, ex-embaixador do Brasil em Cuba.
A praça é do povo
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inspiração do poeta abolicionista baiano pulsa na alma dos brasileiros libertários, ocupando ruas e praças da República, sedentos de liberdade, fraternidade e igualdade (Revolução Francesa), com seus sonhos e utopias, cujo limite é o espaço do Condor. Ousados, os rebeldes caminham, marcham e voam porque seus objetivos ultrapassam o espaço e o tempo da rua e da praça. Nos últimos 45 anos, o povo brasileiro se manifestou nas ruas quatro vezes: 1968 resistindo à Ditadura; 1984 – Diretas já; 1992 Fora Collor e 2013 contra o sistema e a corrupção por uma reforma política, pela garantia constitucional de transporte, educação, saúde e segurança. Quem tem aproximadamente 70 anos pode ter testemunhado ou participado dos 4 momentos históricos. E pode comparar. Em 1968, jovens, sindicalistas, lideranças populares, políticos de esquerda, militantes da Ação Católica resistiram, ousando lutar, viver ou morrer contra a Ditadura. No Rio, Vladimir Palmeira liderava a marcha dos 100 mil. Algumas organizações acreditavam que se uma força (militar) se constituísse, o povo o seguiria. Hoje sabemos que o povo só segue o que ele constrói. Zuenir Ventura escreveu imortalizando aquela epopeia. Resultado: endurecimento da Ditadura, novo golpe dentro do golpe. Este escriba participou como padre-operário e militante (AP e ALN), em Vitória ES e no Nordeste. Em 1984, com as Diretas-Já, o povo nas ruas preconizava golpes finais na Ditadura. Foram dias de glória das multidões nas praças. Diferentemente de hoje, a classe política participou, impedindo certamente, através do governo, dos partidos, dos políticos, das ideologias, dos poderes institucionais, que o movimento popular desse a tônica, na construção de uma democracia sem adjetivos gerada a partir do povo na rua e nas urnas. Resultado: uma “transição lenta, gradual e segura” matou as Diretas-já e suas bandeiras populares e gerou uma aliança com as elites, dentro da classe política, inclusive com setores de esquerda na composição, ciosa de continuar no poder, detendo a hegemonia. Em 1984, como jornalista, sindicalista, militante do Movimento Fé e Política e do PT, esse escriba foi à rua e subiu nos palanques ao lado de Ulisses, Brizola, Covas, Lula, Pedro Simão, Olívio Dutra, João Amazonas, Tancredo, Montoro, Fafá de Belém e tantos outros.
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Em 1992, os caras-pintadas promoveram e lideraram o “Movimento Fora Collor” e cassação dos anões do orçamento. Desta vez, a força da sociedade nas ruas levou a Câmara a punir Collor e os anões. Como Deputado Federal, esse escriba contribuiu denunciando a corrupção da Tribuna e votando o impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. Infelizmente a corrupção continuou, o que nos leva agora às surpreendentes, vigorosas e incontroláveis manifestações, neste outono de 2013. Movimento espontâneo, sem políticos, critico à classe política, já vitorioso ao conscientizar a Nação através das redes sociais, nas ruas e nas praças. Parece um verdadeiro levante, que se tornaria popular, se transbordasse dessas camadas médias rebeldes, para as massas pobres – inclusive os submetidos ao paternalismo petista governamental nesses últimos 10 anos, Aí os donos do poder passam a temer as multidões mobilizadas nas ruas. A presidente Dilma sabe que uma força social e política está nas ruas podendo ser seguida pelo povo brasileiro. Estamos surpreendidos com a capacidade de convocação e mobilização de forças sociais, atuando com independência e autonomia face ao governo, aos partidos, aos políticos, às ideologias, aos poderes institucionalizados. Força “Social” nascida da população, diferentemente da “força militar” preconizada por Carlos Marighella, que assustava o povo infelizmente! Hoje certamente a Presidenta, prefere continuar no poder protegida pelas instituições, rodeada de políticos, inclusive os corruptos, prisioneira de partidos inconsequentes especialmente o PT de hoje e o PMDB de sempre. Prefere se prevenir para as eleições de 2014 e até mesmo disputar com Lula a candidatura. Ninguém está proibido de sonhar: e se Dilma desse uma guinada e resolvesse endossar o Movimento das ruas não aparentemente mas de fato? Mas ela continua preferindo trabalhar com sua base aliada no Parlamento. A opção é só dela! Aconteça o que acontecer, o certo é que o sistema está abalado certamente por ser independente e autônoma, a caminhada atual das classes populares na rua, resistente e impenetrável a políticos inconfiáveis e partidos detentores dos poderes Executivo e Legislativo. Aliás, em todos os lugares e tempos quem está no poder sempre tem medo das multidões nas ruas.
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Doutora em Multimeios, mestre em Educação, jornalista, presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e professora de Jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). pqn@pqn.com.br
TV PÚBLICA
A Prefeitura de Uberlândia é um dos executivos municipais mais adiantados do Brasil para conseguir a outorga do canal para transmissão da TV Pública da PMU. Para agilizar o processo, o prefeito Gilmar Machado e o secretário municipal de Comunicação Social, Gustavo Moreira, estiveram com o secretárioexecutivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, em Brasília. A previsão é que até setembro a Anatel já passe ao Ministério a reprogramação das TVs públicas de todo o país. A programação deverá ter parte da cobertura institucional. A pauta da reunião também contou com possibilidade da abertura de sinal para uma rádio da Prefeitura. Para consolidação dessa proposta, ainda se faz necessária a análise do Ministério para verificar a existência de frequências disponíveis na região. Caso exista, o executivo municipal terá de entrar com projeto para ser contemplado na área de rádio institucional.
Divulgação
CONVERSA MAIS QUE AFIADA
A Solis Comunicação promoverá no dia 7 de agosto, às 19h30, no, em Uberaba, o Conversa Afiada com Paulo Henrique Amorim. O jornalista e apresentador do Domingo Espetacular, da Rede TV, abordará temas atuais de economia, administração e comunicação, demonstrando pontos interessantes do mercado e de que forma isto pode ser explorado positivamente por cada um. O evento tem patrocínio do jornal da Manhã, apoio da revista PQN, entre outros parceiros. Divulgação
RECONHECIMENTO I
A TV Integração, afiliada da Rede Globo em Uberlândia, anunciou os vencedores da 8ª edição do Prêmio Tubal Siqueira. O evento, apresentado pelos atores globais Nathalia Dill e Pedro Neschling, é uma forma de reconhecer e premiar o talento dos profissionais de Comunicação, alem de contribuir com o desenvolvimento do mercado publicitário. Os prêmios foram divididos em duas listas, sendo uma destinada às agências publicitárias e a outra aos estudantes. No quesito agência, a Agência Sic foi a que acumulou mais prêmios, vencendo as categorias campanha, varejo e mercado. A categoria responsabilidade social ficou com a agência Carlos Magno Publicidade e a de rádio com a Diferi Comunicação de Impacto, ambas de Uberlândia.
RECONHECIMENTO II
Na premiação regional, as agências escolhidas foram PRP Marketing de Comunicação, abrangendo Araxá e Divinópolis; Aria Publicidade e Marketing, com Juiz de Fora e Agência Sic, com Ituiutaba e Uberaba e Uberlândia e Patos de Minas. Na categoria Estudante, a faculdade Estácio de Sá venceu com a peça Museu da Vida Real. Na internet, a premiação contemplou duas vezes a Esamc com as peças Consuma com Moderação e TecMan, e o Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, com E você, tem coração?. No quesito TV, os internautas elegeram A vida é uma descoberta e os jurados a peça O lado ao lado, ambas da Esamc.
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FUSÃO
Unidas e mais poderosas ROBHSON ABREU
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o completar bodas de prata no mercado mineiro, a empresa de monitoramento eletrônico Circuito Integrado, das irmãs Myriam e Júnia Barros, deu uma guinada em sua estrutura e fundiu suas atividades com a Cativa Imagens, empresa capixaba da empresária Sizue Itho. O resultado não poderia ser melhor - Cativa Circuito uma empresa mais completa, moderna e com novos serviços e grande expertise de suas proprietárias.
equipe, definir e formalizar novos processos de trabalho a fim de oferecer produtos de ponta para as empresas mineiras que já eram clientes da Circuito e também para as novas que conquistaremos a partir de agora”, aponta a Myriam Barros. “Sizue cativou toda a nossa equipe com o seu jeito de falar e expor suas estratégias de futuro para a nova empresa que está nascendo, o que tranquilizou todos os colaboradores da Circuito”, completa.
Tudo começou, conta Sizue, durante o encontro nacional promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Monitoramento de Informação (ABEMO), em Fortaleza. As empresárias não se conheciam pessoalmente, apenas sabiam do conceito de sucesso em seus mercados. “Conversa vai e conversa vem, decidimos unir forças e a Cativa passou a assumir a Circuito Integrado sob a consultoria de Myriam e Júnia”, informa Sizue.
Com a fusão, alguns funcionários da Cativa Imagens estão vindo a Belo Horizonte para conhecer de perto o trabalho desenvolvido pela Circuito Integrado ao longo desses 25 anos de mercado. A intenção, afirma Sizue, é intercambiar as experiências e tornar a empresa ainda mais forte.
A partir de agora, a Cativa Imagens passa a ter o controle de 50% da Circuito Integrado, além de oferecer clipagem impressa e web, relatórios mais aprofundados da performance do cliente na mídia e também, análises críticas de mídia. “Estamos somando expertises. Vamos manter a mesma NOVA CIRCUITO: Myriam, Sizue e Júnia, a união faz a força e cria novas oportunidades
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A Cativa Imagens, com 13 anos no mercado capixaba, possui clientes como Governo do Estado do Espírito Santo, prefeituras de Vitória e Vila Velha, Samarco, Vale, TCU entre outras. A empresa iniciou suas atividades com clipagem de impressos e depois adotou novas mídias - rádio, TV, web e redes sociais. “Estamos trabalhando no
desenvolvimento de novas ferramentas de serviço, melhorando nosso banco de dados e unificando nossos processos de informações”, diz a nova sócia.
NOVIDADES DA CATIVA CIRCUITO Para 2014, a empresa de monitoramento promete a finalização de seu portal na web. Nele, o cliente encontrará todas as mídias - TV, rádio, impressos, web e redes sociais. Além disso, quem contratar os serviços da empresa, que pode variar de R$ 3 mil a cem mil reais, contará com algumas facilidades como e-mail de alerta, análise de mídia três vezes ao dia com envios pelo celular, tablet ou convencional e torpedo de alerta via SMS. A Cativa Circuito promete agilizar o monitoramento já que boa parte de seus clientes utilizam a clipagem como ferramenta estratégica em seus negócios. “Com essas opções de envio de informações, o empresário terá mais agilidade para tomar decisões e, com isso, fortalecer seus negócios além de, ainda, saber o que saiu sobre sua empresa com grande rapidez”, observa Sizue Itho.
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Escreva para mim: pqn@pqn.com.br
Fotos: Carta de Notícias
AMIGO DOS BEATLES
Um dos jornalistas presentes na cobertura do show Paul McCartney em terras mineiras, foi o paulistano Marco Antonio Mallagoli, um dos maiores especialistas em Beatles do Brasil. Mallagoli, que coordena o fã clube e o site Revolution, esteve pessoalmente com cada um dos Beatles: John Lennon (semanas antes de seu assassinato), Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star. Ele lançou um livro sobre a banda há vários anos e prepara um outro para o final de 2013.
GENTE NOVA
Quem está prestando serviços na Comunicação da Usiminas, em Ipatinga, é o jornalista William de Paula. Ele atua, sob coordenação do jornalista Paulo Assis, na produção de conteúdo para intranet da empresa. William foi, por muitos anos, assessor de comunicação da Associação Esportiva e Recreativa Usipa, um dos maiores clubes do Vale do Aço. Dois autores de peso, da literatura do Vale do Aço: a advogada Nely Morato Ferreira e o psicólogo João Ney Araújo.
MAÇONARIA FEMININA
A escritora e advogada Nely Morato Ferreira, lançou em noite de autógrafos, no Panorama Tower Hotel, em Ipatinga, o livro “A Mulher na Maçonaria em todos os tempos”. Fundadora da Academia Ipatinguense de Letras, onde ocupa a cadeira número um, Nely é também venerável mestre da Loja Maçônica Mista Lírio do Vale. Homenageando a autora, em nome da academia, falou o editor de cultura do Diário do Aço, Nivaldo Resende.
FESTA DA IMPRENSA
Com a presença do presidente Paulo Brant e diretores, a Cenibra promoveu no dia 13 de junho mais uma confraternização entre a sua equipe de Comunicação Empresarial, os jornalistas e radialistas do Vale do Aço e Governador Valadares, comemorando o Dia da Imprensa. A festa, neste ano, foi na Grampian Delicatessen, no Cariru, em Ipatinga. E a Fiemg reuniu os jornalistas do Vale do Aço em sua nova sede, em torno de um coquetel e jantar, para comemorar o Dia da Imprensa, no dia 3 de junho.
O editor de cultura do Diário do Aço, Nivaldo Resende, discursa no lançamento do livro “A Mulher na Maçonaria em Todos os Tempos” da advogada e escritora Nely Morato Ferreira.
COBERTURA
A Nó de Rosa, a Partnersnet Comunicação Empresarial e a In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação receberam muito bem os jornalistas credenciados para cobrir o show de Paul McCartney, no Mineirão, em Belo Horizonte. Na sala de imprensa, ao lado da Pista Premium (à qual os jornalistas tiveram acesso), cerca de 50 profissionais, de vários estados brasileiros, tinham à disposição toda infraestrutura para cobertura: internet wifi, armários com chave (para guardar pertences) e buffet com sanduíches, batata frita, amendoim e refrigerantes. Parabéns para toda a equipe!
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Jornalista. Participe, mande suas sugestões para pqn@pqn.com.br
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VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS
DOAÇÃO
A Central de Transplantes de Pernambuco é cheia de histórias reais de superação. A Blackninja apostou na negação familiar, principal causa da não-doação de órgãos em Pernambuco para incentivar que mais doadores surjam, lançando mão de heróis da vida real. A campanha, já no ar no rádio, televisão e backbus, é movida pela emoção e conta com dois filmes de 60” – Receptor e Doador – com testemunhais para falar da felicidade que é receber um órgão. Seguindo o mote Doar Órgãos é uma decisão difícil, mas salva vidas, fala da história de Daniela Costa, que perdeu o marido em acidente de moto e de Wellingtânia Portela,, de 42 anos que chegou a pesar 34 quilos, que depois do transplante de fígado tem vida normal.
O Sindjorce promoveu na primeira semana de julho, seu 3º Ciclo de Debates. Com o tema “Violência contra jornalistas: atentado à democracia”. O debate discutiu a série de agressões sofridas por trabalhadores da imprensa durante as últimas manifestações de rua em Fortaleza. O evento contou com a participação de profissionais que estiveram na linha de frente da cobertura dos protestos e representantes de diversos setores da sociedade, testemunhas dos confrontos que atingiram os jornalistas no exercício profissional.
ACIMA DA MÉDIA I
Os jornais de maior circulação no Norte/Nordeste - incluindo Diário do Nordeste e O Povo, do Ceará - faturaram a bagatela de R$ 78,5 milhões em venda bruta de anúncios publicitários, no acumulado de janeiro a março de 2013. O crescimento em relação a igual intervalo de 2012 é de 3,76%. Parece pouco, mas os veículos impressos do Norte/Nordeste foram os únicos, entre as regiões auditadas, segundo informações do Projeto Inter-Meios, a registrarem crescimento no faturamento bruto no primeiro trimestre. Nacionalmente, o faturamento caiu 4,99%.
ACIMA DA MÉDIA II
As emissoras de TV do Nordeste também faturaram alto. Os veículos regionais faturaram nada menos que R$ 591,3 milhões, no acumulado do ano até março. O montante representa incremento de 3,80%, acima da média nacional, que foi de 2,64%, em relação a igual intervalo de 2012. No meio rádio, as emissoras regionais (Norte/Nordeste) registraram faturamento de R$ 21,4 milhões, no acumulado do primeiro trimestre. O montante foi 2,65% maior do que o valor registrado em igual intervalo de 2012. o
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RECONHECIMENTO
Professores, alunos e funcionários ligados ao curso de Relações Públicas da Universidade Católica de Pernambuco estão em clima de comemoração pelo resultado obtido na avaliação institucional do Ministério da Educação. A graduação, criada em 1970, obteve conceito 4, numa escala de 1 a 5. Os representantes do MEC estiveram na Unicap e percorreram salas de aula, laboratórios e toda a estrutura do campus para compor a avaliação. O curso de RP da Unicap foi um dos pioneiros no Norte e Nordeste do Brasil. Seu principal laboratório é a Agência Experimental de Relações Públicas (Agerp), que possui projetos premiados nacionalmente. Lá são desenvolvidas pesquisas de opinião, campanhas institucionais, eventos, entre outras atividades. “Já conquistamos algo em torno de 50 prêmios pelo Brasil”, ressalta o professor Alfredo Sotero, coordenador do curso.
COMUNICAÇÃO DIGITAL
A Associação Brasileira das Agências Digitais, em Pernambuco, (ABRADi-PE) promoveu na primeira semana de julho, um almoço para apresentar a entidade e falar das perspectivas do setor que cresce num ritmo de 10% ao ano, segundo os dados da 4ª edição do Censo das Agências Digitais. O faturamento chegou aos R$ 2,2 bilhões em 2012, sem considerar o investimento em mídia. O número de agências digitais brasileiras aumentou de 2.510, em 2011, para 3.094, em 2012. Destas, 549 ficam no Nordeste. O faturamento do setor cresceu cerca de 50%, saindo de R$ 1,47 bilhões, em 2011, para R$2,2 bi, no ano passado. Destes, R$ 391 milhões foram faturados na região.
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ENTIDADE
CONSELHO: publicitários e anunciantes reunidos em um órgão consultivo em prol da comunicação mineira. A intenção é impulsionar o setor, gerando novos negócios
Profissionais mineiros ganham Conselho de Comunicação Associação Comercial de Minas empossa entidade com o objetivo de buscar soluções o crescimento e desenvolvimento do setor no Estado VERA LIMA
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as últimas décadas, o mercado mineiro da Comunicação vem perdendo força no cenário brasileiro. Levantamentos do Sindicato das Agências de Propagandas de Minas Gerais (Sinapro-MG), indicam que o setor caiu do terceiro para o quinto lugar em faturamento no ranking dos estados. Além disso, as empresas mineiras continuam perdendo contas importantes para as agências do eixo Rio-São Paulo e até mesmo para estados como Bahia e Pernambuco. Tendo como missão contribuir para que esse cenário seja revertido, foi criado em Belo Horizonte, o Conselho
Empresarial de Comunicação da Associação Comercial de Minas (ACMinas). A nova entidade, presidida pelo diretor da Faz Comunicação, o publicitário Hélio Faria, é apoiada em três pilares – criar proatividade no mercado, visando a novos negócios; fortalecer e estabelecer metas para alcançar os objetivos; e retomar o crescimento e um novo posicionamento no mercado nacional. Helinho conta que recebeu a sugestão do presidente da entidade, Roberto Fagundes, para a criação do Conselho. A partir daí, foi promovido um intenso trabalho de elaboração que durou dois
anos. Foram ouvidos representantes de 37 entidades da cadeia produtiva da comunicação mineira – representado por agências de publicidades, agências de web, produtoras de áudio e vídeo, gráficas, locutores, designers, revistas, jornais, portais e sites, emissoras de rádio e TV, mídia exterior, assessoria de imprensa, relações-públicas e empresas de comunicação corporativa. “Elaboramos um conselho que reúne as principais forças da indústria da comunicação de Minas Gerais.” O presidente do Conselho destaca que, apesar de todas as dificuldades, a cadeia produtiva da indústria da
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Comunicação tem movimentado em Minas, anualmente, valores da ordem de R$ 2,5 bilhões e gerado cerca de 120 mil empregos diretos. “O Conselho de Comunicação da ACMinas, que diante da amplitude que pretende implementar à sua atuação, pode ser também chamado de Conselho da Comunicação de Minas – reorganiza-se como espaço e vértice, para onde todos podemos convergir, legitimamente, em torno das justas reivindicações do setor e, mais que isso, das causas de Minas, na medida em que elas, em diferentes momentos, encontram e misturam-se”, destacou. O Conselho não pretende estar acima das entidades de classes. “Mas não será apenas um órgão consultivo e, sim, a união de forças para estimular e agregar valores a esse aglomerado. Sofremos perdas constantes e ficamos, muitas vezes, em situações apáticas ou limitadas às ações isoladas. É cada um defendendo seu interesse e, separadamente, é difícil lutar contra fortes mercados como o de São Paulo, que é extremante organizado e unido na defesa de seus interesses. Essa nova união é para, juntos, alcançarmos metas que serão estabelecidas e desenvolvidas pelo Conselho. E para que não fique só no discurso, teremos uma empresa nos assessorando no
sentido de cobrar metas e resultados”, informa Helinho. Fagundes afirma que a comunicação mineira está numa posição que, absolutamente, não é compatível com a invejável presença mineira no contexto econômico nacional quando se compara seu desempenho na maioria dos demais setores produtivos.
ATUAÇÕES POLÍTICAS No âmbito político-institucional, o Conselho vai trabalhar para mostrar que a comunicação mineira pode ser um importante instrumento de orientação a investimentos e incentivos voltados para o desenvolvimento do Estado. A discussão e apresentação de projetos de lei junto à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e ao Congresso Nacional estão entre as ações previstas. “Há pouca atuação política favorável ao aglomerado da Comunicação por parte da bancada mineira em Brasília, como também por parte da bancada dos deputados estaduais”, destacou Helinho.
POLÍTICAS
Para o publicitário Roberto Bastianetto, vice-presidente do Conselho, havia
no mercado mineiro uma forte demanda reprimida para a criação de uma entidade como essa. “Parecia que estavam todos esperando uma iniciativa assim. Esse é um trabalho inédito no país, porque vamos ter representantes de todos os segmentos. Não queremos reserva de mercado, mas temos que buscar estímulos, ações que nos protejam mais, constituir uma bancada política que lute pela preservação e crescimento do mercado da comunicação. Em muitas situações, por exemplo, perdemos contas por timidez. É aquela frase infeliz: ‘Minas trabalha em silêncio’. Então, o Conselho obteve adesão de todos por entender nossa real necessidade de nos assumirmos, de fazer muito barulho e reconquistar e abrir novos espaços”, pondera Bastianetto. O vice-governador de Minas, Alberto Pinto Coelho, afirma que o Conselho Empresarial de Comunicação da ACMinas terá um papel muito importante para toda a sociedade. “Ele vai atuar no sentido de organizar uma atividade que é de grande relevância para o desenvolvimento econômico e social do Estado, gerando um efeito dinâmico, uma convergência e um elo de uma corrente para ganharmos todos”, destacou. Divulgação
ALBERTO, ROBERTO E HÉLIO : trabalho árduo de dois anos entre representantes da comunicação mineira para alavancar a criação do Conselho Empresarial da ACMinas
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Relações Públicas, especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional pela ECA/USP, mestrando em Ciências da Comunicação com estudos sobre memória organizacional e storytelling. Gerencia o portal Mundo das Relações Públicas (www.mundorp.com.br) desde 1997. É analista de tendências da Ideafix Estudos Institucionais e professor da Aberje.
E o contador de histórias?
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á que se fala tanto em storytelling, é bom pensar um pouco na habilidade de contar histórias. A presença do contador de histórias ressurgiu a partir da década de 70 em vários países. Foi um retorno considerado surpreendente, tendo em vista a industrialização, a urbanização e a tecnologia. O contador de histórias, segundo pesquisa de Busatto, recebeu vários nomes ao longo do tempo: era o “rapsodo” para os gregos; o “griot” para os africanos; o “bardo” para os celtas, todos empenhados na narração oral como via para organizar o caos e perpetuar e propagar os mitos fundacionais de suas culturas como “portador da voz poética”. Contar histórias é uma arte cênica, que, portanto, modula tom emocional e impacto sobre o público. A efetiva experiência e a profundidade do relato são fatores preponderantes e então toda a inspiração buscada na trajetória do evocador faz a diferença entre ser um monólogo tedioso ou uma conversa interativa. No cerne da narrativa, considerada eficaz, estaria ainda uma intenção de reciprocidade, de engajamento do polo ouvinte. O contador de histórias do século XXI apresenta seu trabalho por meio de espetáculos de narração oral, performances artísticas elaboradas, com o domínio de técnicas corporais e vocais e critérios de seleção para escolha de histórias. Performance é a vida dada ao texto pelo narrador, por meio de sua voz. Entre as possibilidades, estaria o uso de música, da dança, da poesia, da declamação, da mímica e das artes plásticas. Todavia, para o ambiente organizacional, vale dizer que o ato de narrar a história deve ser conduzido de forma mais natural possível. Não convém a uma história organizacional que o narrador
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faça uma performance, modificando seu tom de voz e comportamento usual. A narrativa deve ter credibilidade e, para tanto, os gestos devem ser verdadeiros. Nesse caso, vale a posição de Shedlock: “contar histórias é a arte de esconder a arte”. Um ponto relevante diz respeito à crescente demanda do grande público pela história vivida com a valorização das obras de history makers. A palavra do contador de histórias implica, portanto, uma totalidade e competência no saber dizer (voz), saber fazer (gestos) e saber comunicar (presença) no tempo e no espaço. E o que o público deseja são lembranças de eventos que sejam “narráveis” e, em que a contingência da materialidade, seja compensada pela invenção da narrativa. Alex Pentland, em recentes pesquisas no Human Dynamics Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), afirma que o teor do discurso pesa menos do que o modo como se expressa. Tudo é pensado a partir dos “sinais honestos, pistas não verbais que espécies sociais usam para se coordenar – gestos, expressões, tom de voz. [Eles] são singulares porque provocam alterações no receptor do sinal”. O estudioso, naturalmente, não dispensa a análise sobre o conteúdo do discurso, que pesaria mais para o sucesso a longo prazo, mas postula a importância de cuidar do formato da narrativa. Basicamente, a capacitação de um contador de histórias envolve o estilo, a verdade, a preparação e a apresentação. Existem muitos estilos narrativos. No sempre dinâmico ambiente de trabalho convém relatos simples e diretos, impregnados de um tom pessoal, o que Denning chama de “voz da conversação” pela espontaneidade e coloquialidade que afastam da fala ensaiada que soa menos verossímel. Nesse formato, não há uma imposição de ponto-de-vista, apenas seu relato que leva a crer que se está próximo da lógica e da realidade dos acontecimentos, com certa inevitabilidade de encadeamento de fatos. Nesse ínterim, a linguagem não pode chamar atenção para si mesma, outrossim servindo tão somente de suporte para uma ideia muito mais importante.Os maneirismos de fala e as gesticulações em desacordo atrapalham a visualização do cenário e do significado da história.
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Jornalista e professora de cursos de Comunicação. Conte suas novidades: calcadao@pqn.com.br
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MULHER BRASILEIRA
ELEIÇÕES NO SINDICATO
A Liquigás Distribuidora acaba de lançar a revista Mulher Brasileira, um dos principais canais de comunicação com seus consumidores finais. O lançamento marca o início da circulação bimestral da publicação. Com 512 mil exemplares, ela será uma das revistas femininas de maior circulação nacional e de distribuição gratuita por revendedores autorizados da Liquigás no ato da entrega domiciliar dos botijões. A publicação é dirigida especialmente às mulheres acima de 25 anos, que são as principais consumidoras de GLP.
TREINAMENTO DIVINO
Os padres cariocas não fizeram feio durante a Jornada Mundial da Juventude. Muitos deles voltaram às salas de aula, onde aprenderam como lidar com a imprensa. A Arquidiocese do Rio, em parceira com o Projeto Comunicar/PUC-Rio, promoveu um treinamento de porta voz com os padres que vivem na cidade. O treinamento consistiu em ensinar aos clérigos a dar entrevistas. Eles foram divididos de acordo com os vicariatos: Sul, Urbano, Norte, Oeste, Leopoldina, Suburbano e Jacarepaguá e formaram sete turmas, com média de 15 alunos por aula. As aulas ficaram a cargo de cinco professores do Projeto Comunicar. Segundo a professora Lilian Saback, nas aulas teóricas, os padres conheceram o cotidiano e a estrutura das grandes empresas jornalísticas, além de estudarem o processo de criação das notícias e a importância do tempo para os repórteres. Já nos módulos práticos, os “alunos” simularam entrevistas tanto para TV quanto para o jornal impresso e sites. E também foram são orientados com relação à sua postura e objetividade nas respostas.
DANÇA DAS CADEIRAS
Joaquim Ferreira dos Santos deixou a coluna Gente boa no Globo,, porém manterá a crônica semanal. Segundo Caderno de O Globo Cleo Guimarães, Guimarães que cobriu as férias do titular, assumiu o posto interinamente. Já Ana Luiza Guimarães, a veterana apresentadora do Bom Dia Rio, passa para o RJ TV 2ª Edição, enquanto Flávio Fachel assumiu o seu lugar pela manhã. Márcio Gomes, apresentador do RJTV 2ª edição, é o novo correspondente da TV Globo, em Tóquio. O de Tóquio, Roberto Kovalik, segue para Londres. Marcos Losekann, voltou para o Brasil, como repórter em Brasília, Rodrigo Alvarez foi para Israel e Rodrigo Bocardi para a bancada do SPTV 1ª edição.
Quatro chapas disputaram esse ano as eleições do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio. A vencedora foi a Chapa, 2 Sindicato é pra lutar - Oposição de verdade, com Paula Maíran como presidente e Cláudia de Abreu como secretária-geral. Parabéns para as outras chapas: Chapa 1 - Linha direta com os Jornalistas; Chapa 3 - Sindicato de todos para todos; e, Chapa 4 - Democracia e Transparência. Agora é torcer para que todos os jornalistas cariocas sejam bem representados. A revista PQN está à disposição da nova diretoria e desejamos sucesso na gestão que se inicia. Parabéns para toda a equipe!
NOVA SEDE
O Jornal do Commércio, o mais antigo periódico em circulação do País, depois de mais de 50 anos vai se mudar. Deixará a sede da Rua do Livramento, no Riachuelo, e vai para São Cristóvão, provavelmente, em setembro. A nova sede será um imóvel que era da Carioca Engenharia, na rua Fonseca Teles. o
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TALENTOS DA MATURIDADE
A Aktuell foi a agência selecionada pelo Santander para gerenciar o concurso Talentos da Maturidade, que tem como objetivo incentivar a produção cultural, valorizar a criatividade, o potencial artístico e ampliar participação social da terceira idade. O concurso apresenta duas novidades: a categoria dança e a regionalização. Os trabalhos serão divididos por região: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste e contemplarão mais participantes. Artes Plásticas, Literatura, Música Vocal e Fotografia continuam no projeto. Para divulgar todas as mudanças e melhorias do concurso, foi produzido um vídeo com um casal, que detalha todas as novidades. As inscrições são gratuitas e vão até o dia 30/08. Os candidatos devem ter mais de 60 anos de idade e podem se inscrever em mais de uma categoria. Os vencedores levarão até R$ 12 mil reais cada um.
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Jornalista, professor da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), autor do livro O ombudsman e o Leitor e doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo.
Visões do exílio no além-mar
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stou chegando em Portugal para realizar meu pós-doutoramento no Instituto de Estudos Jornalísticos da Universidade de Coimbra. Venho pesquisar mais sobre as origens da imprensa brasileira e da nossa participação no jornalismo da metrópole, no período colonial, quando ainda não tínhamos periódicos em Pindorama (Brasil, em Tupi). Para eu que morava em Tiradentes e trabalhava em São João del Rei, Portugal é bem familiar. Tem a religiosidades das cidades históricas mineiras, uma arquitetura semelhante e um apego pelo passado, bem comum em Minas Gerais. Entre as cidades históricas mineiras a que mais se assemelha a Coimbra é Ouro Preto. Ambas possuem ladeiras e são cidades cuja a vida estudantil é muito marcante. As semelhanças vão até mesmo com relação à vida nas repúblicas, festiva e cheia de rituais. Alguns trotes que fazem em Ouro Preto também ocorrem aqui, mas de forma mais leve. Como é o caso do “vento”, quando os veteranos jogam as roupas, objetos (às vezes até tiram a porta do quarto) dos calouros em um lugar sujo ou em cima de uma árvore. O aluno novato chega na república os veteranos explicam que foi um “vento” que causou o problema.
Estranho é que Portugal acaba sendo um local também para encontrar brasileiros. Pessoas que deixamos de conviver quando estamos em Pindorama parece que estão a nossa espera, como para nos recepcionar. Outro dia, por exemplo, pude assistir e conversar com a Lúcia Castelo Branco, que em mais de 30 anos de belorizontino nunca tinha tido oportunidade. Também fiz amizade com o artista plástico Sebastião Miguel, que veio fazer doutoramento aqui no além-mar. Além de vários encontros de pessoas que sempre estiveram próximas, mas que não conhecia. E encontros com portugueses das letras e da comunicação. A literatura é algo muito profundo em Portugal, parece estar entranhado na terra. Daí o bom encontro com o poeta João Rasteiro, um português contador de piadas, o que é raro por aqui. E que não chama nem Joaquim, nem Manoel. Alias, ainda não encontrei ninguém que tivesse um desses dois nomes. Vou passar quase um ano em Portugal. Daqui enviarei minhas colunas para a Revista PQN procurando mostrar um pouco das descobertas que for fazendo sobre a origem de nossa imprensa, curiosidades sobre o jornalismo, a cultura portuguesa e as belezas do país. Sinto que estar em Portugal é muito importante para se entender o Brasil. É como se nos surpreendéssemos a todo momento com coisas que não sabíamos a origem. Gonçalves Dias quando escreveu um dos mais conhecidos poemas brasileiro, A Canção do Exílio, que começa com o verso “minha terra tem sabiá”, palmeiras onde canta o sabiá” estava estudando em Coimbra. Não se podia chamar formalmente de um exílio, ele estava ali porque queria. Por isso, tomo a licença poética de me dizer um jornalista/escritor que manda suas impressões do exílio.
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TORCEDORES
O pôster de Manaus na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 tem assinatura criativa da Mene & Money. Money O conceito “Torcedores por natureza” ressalta a paixão do amazonense pelo futebol e pelo verde. A peça foi divulgada em evento realizado nos jardins do Teatro Amazonas. As duas araras em cima da trave deram o tom regional do cartaz, numa beleza plástica sem igual. Parabéns para a equipe de criação. Golaço!
FUTURE OPEN
A terceira edição do Future Open Manaus 2013 traz novo formato na estratégia de comunicação e marketing. Manolo Boscá implementou um núcleo altamente profissional para a comercialização do evento, que atrairá novos investidores. O Future 2013 acontecerá em agosto, na Academia de Tênis, em Ponta Negra.
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OLÉ PQN
Nesta e demais edições abrimos um espaço para destacar o trabalho de agências e empresas, que se destacam pela criatividade e inovação. O Olé PQN deste mês vai para a equipe da Inovape Comunicações. Parabéns para os feras Leonardo Marcell (redação), Allan Portilho (direção de arte) e Jean Vale (direção de criação).
ACUSAÇÃO
O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) acusou os proprietários do jornal A Crítica de utilizarem uma briga pessoal para promover uma campanha difamatória na tentativa de intimidarem a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o Ministério Público do Estado (MPE-AM) e o Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam). O parlamentar irá cobrar respostas às denúncias feitas por ele contra a empresa nos últimos meses. O deputado tem denunciado variadas fraudes encabeçadas pela Família Calderaro, mas ainda não houve esclarecimento sobre nenhuma delas. Parece que o tempo vai fechar!
O projeto de lei relativo à autorização e regulamentação de publicidade em táxis foi aprovado pela Câmara Municipal de Manaus. Criada pelo ex-vereador Paulo de Carli (PSDB), a proposta segue para a sanção do prefeito da capital, Artur Divulgação Neto (PSDB). De acordo com o artigo primeiro do Projeto, fica autorizada pelos concessionários a exibição de publicidade em táxis em consonância com a Resolução nº 73, de 19 de novembro de 1998 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A proposta ainda estabelece que a propaganda será fixada no encosto da cabeça do banco do passageiro, conforme modelo aprovado, em vinil e naco cinza, com espaço destinado à colocação de periódicos (jornais e revistas) e porta fôlderes (opcional). No vidro traseiro, a publicidade deve ser colocada em película não refletida, com transparência mínima de 50% de visibilidade de dentro para fora do carro e a transmissão luminosa do conjunto vidro e película não poderá ser inferior a 70%, observadas nas demais condições estabelecidas na resolução do Contran. O artigo quarto do projeto veda a publicidade de cigarros, bebidas alcoólicas, propaganda de cunho político, exposições de menores em situações constrangedoras, motéis e casas de prostituição.
FESTIVAL
Vem muitas ideias por aí! Para agitar a criação da Saga Publicidade, a executiva de atendimento, Joana Maia, marcou presença no 19° Festival Mundial de Publicidade de Gramado. Ideias, conceitos, inovações e tudo que rola de novo no mundo servirá de inspiração para o time da agência. E que venham muitos insights!
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“Um minuto pro comercial...” Divulgação
AGORA NO BRASIL
Acaba de ser inaugurada no Rio de Janeiro uma filial da maior agência de Portugal – a MSTF Partners. A empresa, que tem entre seus principais clientes a Portugal Telecom, assumiu a liderança do ranking português neste ano, justamente graças ao atendimento que presta à empresa de telecomunicações.
GOLFE ENTRE AGÊNCIAS I
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O canal Cinemax anunciou a primeira edição #umade-golfe torneio amador de golfe do #umade-golfe, direcionado ao mercado publicitário. A competição, que contará com profissionais da área de mídia de 16 agências de publicidade de São Paulo, tem duração de um semestre, encerrando-se no dia 05 de dezembro. O #umade-golfe é uma ação de relacionamento inédita para estimular a competição saudável entre as agências por meio do esporte. Participam as agências: África, AlmapBBDO, Dentsu, DPZ, Giovanni+DraftFCB, Havas, Leo Burnett, Lodducca, Neogama/BBH, Ogilvy, QG, Taterka, JWT, WE, WMcCann e Y&R. Y&R
EM CANNES
O publicitário Adolpho Resende Netto, da agência RC Comunicação e presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de Minas Gerais - Sinapro - MG, recebeu da Associação Latino-Americana das Agências de Publicidade (ALAP) o prêmio Publicista Latino Americano Brasileiro por ocasião do 19º Festival Internacional de Publicidade de Gramado (RS), realizado entre os dias 05 e 07 de junho.
GOLFE ENTRE AGÊNCIAS II
Para se prepararem para o torneio, os participantes terão a oportunidade de frequentar aulas gratuitas de golfe no clube FPG Golfcenter e receberão, ainda, um kit com tacos e bolas, além de camisas personalizadas. O vencedor da competição - participante que acumular o menor número de tacadas - ganha uma viagem para o Festival de Publicidade de Cannes 2014 e poderá levar um colega de agência como acompanhante.
NO DISTRITO FEDERAL
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A Riot abrirá um escritório na cidade de Brasília, Distrito Federal. A agência já possui sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro e Fortaleza e está projetando no novo negócio um faturamento inicial de R$ 1,5 milhão em um ano de atividades. A escolha pela cidade objetiva prover serviços digitais para o Governo não apenas em comunicação, mas também em iniciativas que começam a ser chamadas de E-GOV ou Governo 2.0.
EM CANNES
O Cannes Lions foi o estímulo para o II Festival de Criatividade Leões da FAAP, cujo briefing foi o Movimento contra o Linfoma, criado pela IK Ideas para a ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). O objetivo da premiação foi estimular a criatividade dos estudantes da instituição, colocando em prática todo o conhecimento adquirido no curso de Propaganda e Marketing, a FACOM. O GP foi para a trinca Raymundo Calumby Barretto Neto, Anna Stella Rodrigues Lo-Ré e Júlia Arenzano da Palma Martins, com a campanha “Toque do Bem”. O Ouro foi para os alunos Alex Rutman, Lucas Saicali e Lucas Succi, que apresentaram a campanha Monstrinho do Linfoma, e o bronze para Elias Nadim Mora, pelo trabalho Silvinho Bergamota.
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30 ANOS DA CASTELO
A agência mineira de publicidade, CommQuest,, foi a escolhida para desenvolver a campanha Castelo Engenharia 30 anos. Com o mote “Fazer parte da sua vida é um Privilégio”,, a campanha pretende destacar a experiência e credibilidade da construtora. Veiculada em revistas especializadas e rádios, a divulgação é direcionada a três públicos: clientes, investidores e colaboradores. Segundo o diretor de criação da CommQuest, Sérgio França,, o objetivo é relacionar os elementos da campanha com a identidade da construtora. “O título Privilégio reforça o relacionamento da marca com seus clientes, uma vez que a Castelo, por meio de seus produtos, orgulha-se de estar dentro do lar dessas pessoas. A trajetória de 30 anos de sucesso só se tornou possível com a confiança desses clientes”, afirma. Além do anúncio em revistas e rádios, 100 investidores e clientes que se relacionaram com a marca recentemente serão presenteados com um kit de vinho exclusivo. Parabéns!
ELE É O CARA
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O eterno Mané Garrincha fez o Brasil vibrar de novo durante a inauguração do Estádio Nacional de Brasília. No filme assinado pela Propeg, com produção da Academia Filmes, o craque apareceu dando seus dribles em uma partida fictícia, tudo isso graças à computação gráfica. Para a produção do filme foram utilizadas imagens do antigo Canal 100, que nos anos 70 e 80 exibia cenas das partidas nos cinemas de todo o País. Com o conceito A alegria do povo está de volta, a agência relembra por meio da campanha do GDF (Governo do Distrito Federal) a expressão que foi usada por muito tempo como apelido do craque. A ação foi composta também por anúncios em jornais e revistas.
DIRETO DO TÚNEL DO TEMPO
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A Rainha, marca com quase 80 anos de tradição, lançou em sua página no Facebook (www.facebook.com/RainhaOficial) e Instagram (@RainhaOficial) campanha Timeline, voltada para sua nova linha de calçados casuais. Criada pela Possible, unidade digital do Grupo Grey141, a campanha é inspirada no conceito de revivalismo, no qual cada vez mais pessoas buscam referências e ícones do passado para compor o presente. As peças da ação mostram modelos com figurinos específicos: Geek, Rocker e Trendy.. Todos vestem tênis casuais da marca e elementos históricos para construir seu próprio estilo. O objetivo é reforçar o conceito e a tradição da marca que, presente no mercado desde 1934, traz do passado referências de épocas que marcaram a vida de todos. Além de divulgar os ícones da marca, a campanha é um marco para a Rainha que volta a se comunicar com o público jovem. Com ela a marca estreia nas redes sociais com a abertura de fanpage no Facebook e perfil no Instagram.
CASE DE SUCESSO
A campanha da Fiat,, Vem pra rua, virou um chiclets no ouvido do brasileiro. Embalada por Falcão, vocalista da banda carioca O Rappa, a música faz um chamado às pessoas irem para as ruas torcer pelo Brasil durante a Copa das Confederações, realizada em junho. Sem citar a montadora, o comercial é recheado de carros da marca. Mas uma coisa a montadora italiana não contava: com a onda de manifestações realizadas em todo o País, a canção virou hino e palavra de ordem do movimento em todos os estados. Virou até hastag nas redes sociais. Quem ainda não ouviu a letra toda, pode fazer donwload no www.fiat. com.br ou assistir ao vídeo no YouTube. A criação foi da Agência Fiat, formada por profissionais da Leo Burnett Tailor Made e AgênciaClick Isobar. E produção da Sentimental Filmes, com direção de Vellas.
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TERCERIZAÇÃO
CONGRESSO
A capital federal foi palco em maio passado, da sétima edição do Congresso Brasileiro Cientifico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas – ABRAPCORP 2013. Pesquisadores, profissionais, professores e estudantes discutiram as Teorias e Métodos de Pesquisa em Comunicação Organizacional e Relações Públicas: entre a tradição e a inovação. Um dos destaques foi a presença do professor Robert T. Craig, da Universidade do Divulgação Colorado. A intenção do evento foi discutir a produção de conhecimento em Comunicação a partir da tradição do pensamento comunicacional e das pesquisas já produzidas no país e exterior.
A VOZ DO BRASIL
Projeto de lei PLS 19/2011, de autoria da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), estabelece que o programa A Voz do Brasil seja considerado patrimônio cultural e imaterial do Brasil. Além de ser o programa radiofônico em funcionamento contínuo mais antigo do Brasil, ele é, também, o mais antigo do planeta. O projeto tem como relatora na Comissão de Educação, a senadora Ana Rita (PT-ES), que critica outro projeto de lei que tramita pela Câmara por pretender flexibilizar o horário da transmissão. A parlamentar, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), declarou que a proposta que permite a mudança de horário é motivada por interesses meramente econômicos da grande mídia, preocupados apenas com a exploração comercial do horário nobre em que o programa é veiculado.
QUE-TÉDIO
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Uma ideia desenvolvida por dois jovens, um alemão radicado em Brasília, Johannes Noebels e a brasiliense, Gisele Peixoto, traz opções para quem deseja sair do ócio, o site www.que-tedio.com.br. Lá, o leitor encontrará uma lista com dicas para serem realizadas durante tal momento. Após um estudo, foi identificado que muitas pessoas quando se depararam no estado de tédio, fizeram pesquisas para tentar encontrar algo de interessante, e, foi a partir daí que o Que-Tédio ganhou vida. A intenção é apresentar formas diversas para que as pessoas levantem do sofá e comecem a praticar algo interessante.
A Câmara dos Deputados prepara-se para comprar serviços de comunicação no valor de até R$ 29 milhões/ ano. Serão contratados 287 funcionários terceirizados para ajudar a abastecer os veículos de comunicação da Casa, a TV, a rádio, a agência e o jornal. Além de pessoal para produzir notícias e programas, serão contratados operadores técnicos e profissionais de arte, internet e arquivo. Três licitações servirão para substituir os atuais contratos. A Câmara gasta cerca de R$ 50 milhões por ano com a comunicação. É o valor do pagamento às empresas, que empregam 282 terceirizados, somado a uma estimativa dos salários dos 95 jornalistas e seis profissionais de audiovisual concursados. O menor salário de jornalista é de R$ 15 mil por mês.
MEDALHA
Em cerimônia realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o presidente da CDN, João Rodarte, foi condecorado com a medalha da Ordem de Rio Branco no grau de comendador. Ele recebeu a medalha do embaixador e secretário Geral do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Santos, e os cumprimentos da presidente Dilma Rousseff, que conduziram o evento junto com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A Ordem de Rio Branco, mais alta condecoração da diplomacia brasileira, é concedida a pessoas que se destacaram por serviços prestados ao governo. A CDN atende à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República desde 2008, sendo responsável por trabalhar a imagem do Brasil no exterior. No âmbito federal, a agência também tem a conta do Ministério da Justiça.
CAMPANHA
O Conrerp 6ª Região apoia a campanha de divulgação da profissão de Relações Públicas, denominada Relações Públicas é bom e eu gosto! realizada pela Faculdade Anhanguera, de Brasília. A primeira ação foi incentivar o aumento do número de inscrições para o vestibular de RP da instituição. Há quatro semestres sem formar novos profissionais, o curso está em vias de ser fechado pela falta de demanda. Diante de tal situação, a primeira ação da campanha tem como público-alvo os jovens que estão em dúvida sobre o curso superior que irão escolher.
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EVENTO
Assessoria de Imprensa 2.0 é tema de workshop em Criciúma EMERSON TEIXEIRA
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Comunicação, principalmente o Jornalismo, passou por profundas transformações ao longo dos últimos dez anos. Do telex ao fax, às redes sociais, a forma de comunicar mudou muito e impôs ao comunicador uma nova postura para que ele sobrevivesse ao competitivo mercado. Atualmente, fala-se em assessoria de imprensa 2.0, mas o que isso vem impactando no desempenho dos novos profissionais e nas empresas já consolidadas? Estes temas foram debatidos durante o I Workshop Assessoria de Imprensa 2.0, realizado em Criciúma, Santa Catarina. De acordo com Bette Romero, colunista da PQN, diretora da Background Comunicação e palestrante do encontro, todos os comunicadores precisam estar antenados nas mudanças de mercado e também como essas mudanças estão impactando no dia a dia de uma assessoria de imprensa. “Hoje, nosso trabalho é mais dinâmico e, com as redes sociais, ganhamos um leitor-cidadão-web mais antenado e
exigente. Um público diferente do que tínhamos há 20 anos”, observa Bette. Além de revisar as principais funções, atividades e ferramentas utilizadas na Assessoria de Imprensa sob o foco das mídias sociais, Bette afirma que é necessário identificar as características do relacionamento com as mídias na atualidade, principalmente as duas mais utilizadas – Facebook e Twitter. O assessor de imprensa, seja ele jornalista ou relações públicas, precisa revisar a divulgação jornalística, seus objetivos e alcance, mesmo que sob novas orientações de novas técnicas na Assessoria de Imprensa. “Ele deve estar capacitado para o planejamento, organização e execução de atividades exigidas na profissão, ainda mais agora em tempos bicudos de mídias sociais”, observa. “O Jornalismo está em constante transformação e temos que estar atentos as estas mudanças”, garante a jornalista Diene Lemos. Segundo ela, o workshop mostrou que os profissionais
do Sul do Brasil estão no caminho certo, mas é sempre bom ouvir experiências de sucesso como as vivenciadas por Bette Romero. Karoline de Carvalho, estudante de Jornalismo, afirma que sua geração, a chamada de 2.0 ou Y, é a que mais tem contribuído com essas mudanças no mercado da comunicação. “O workshop deixou claro para nós, que somos da geração 2.0, que estamos passando por uma fase de transformações e, que gerações anteriores a nossa, tiveram que ralar muito para chegar onde estão. Precisamos valorizar ainda mais esses profissionais de épocas anteriores”, pondera a estudante. O evento, realizado no auditório da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), em Criciúma, contou com o apoio da revista PQN e foi promovido pela Líder.Com Assessoria e Consultoria. De acordo com os organizadores, o próximo encontro deverá acontecer em Lages (SC), na serra catarinense. Líder.com
BETTE, o workshop foi um encontro de gerações e uma boa troca de experiências
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Relações-públicas, professor universitário e consultor empresarial. Envie suas sugestões para: pqn@pqn.com.br
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CONBRAGEMS I
Nos dias 26 e 27 de julho de 2013, acontece em Salvador o III Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica em Relações Públicas e Mídias Sociais (CONBRAGEMS 2013). O evento é promovido pelos cursos de pós-graduação Especialização Gestão Estratégica em Relações Públicas (EGERP) e MBA Gestão Estratégica de Mídias Sociais e Comunicação Digital (MBAGEMS) da Faculdade Batista Brasileira (FBB), com o apoio do capítulo brasileiro da Associação Latino-Americana de Relações Públicas (ALARP-Brasil). Informações e inscrições: www.conbragems.com.br
CONBRAGEMS II
A conferência de abertura será ministrada por Paulo Nassar, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE). Nassar é hoje um dos profissionais de RP de maior destaque no exterior, tendo conquistado recentemente o Atlas Award, da seção internacional da Public Relations Society of America (PRSA), prêmio que, de tão importante, chega a ser chamado de Nobel de Relações Públicas.
CONBRAGEMS III
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Durante o evento será comemorado o 10º aniversário do Portal RP-Bahia, projeto baiano que recebeu recentemente da Confederação Interamericana de Comunicadores (CIC) o XLASC AWARDS, o seu segundo prêmio internacional. O primeiro foi em 2010, como melhor portal de Relações Públicas do Brasil, do Instituto Superior de Relações Públicas e Cerimonial de La Plata. Na oportunidade, o Portal lançará oficialmente a RP TV, a primeira TV do mundo com conteúdo 100% voltado para as Relações Públicas e áreas afins.
COMPÓS
Salvador recebeu pela 2ª vez o encontro nacional da Compós - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação. Após 20 anos, a Compós retornou à capital baiana e como já vem acontecendo, reuniu alguns dos mais reconhecidos pesquisadores da área de Comunicação do país. Durante quatro dias foram discutidos diversos temas interdisciplinares, envolvendo comunicação, artes, cultura e sociedade. O encerramento foi ao estilo baiano, no Rio Vermelho, ao som de Os Mizeravão e do grupo BaianaSystem.
UNIVERSO FEMININO E COMUNICAÇÃO
Moda, decoração e tudo que faz parte do universo feminino você pode conferir no blog Cachecol Colorido, das jornalistas Jordânia Freitas e Fernanda Mendes. A página foi criada há um ano com a proposta de oferecer às suas leitoras um mergulho nas novidades e tendências do mundo fashionista, a partir de um layout divertido, além de textos curtos e leves. O Cachecol também conta com uma página no Facebook, na qual são postados achados, looks do dia e mais um monte de referências para inspirar as suas leitoras e seguidoras. Recomendo a visita: http://cachecolcolorido.blogspot. com.br/ Acesse: www.facebook.com/cachecolcolorido
DE CASA NOVA
Lorena Carvalho é a nova gerente de atendimento na Propeg Bahia. Com mais de nove anos de experiência na área de comunicação, ela é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Salvador, com pós-graduação em Marketing pela ESAMC (Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação). Atuou por quase dois anos como executiva de contas do Jornal Correio, principal publicação do estado, e durante seis anos na agência Ideia 3. Nesse período, atendeu importantes clientes, entre eles PDG, Odebrecht, Gafisa, Queiroz Galvão, Via Bahia e Banco do Nordeste. Na Propeg, Lorena integra a equipe de atendimento da Michele Estevez e gerenciará a conta da Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia).
INAUGURAÇÃO
Um luxo de Salão! U
m novo conceito de beleza! Assim pode ser definido o Meu Salão Ateliê de Beleza, da empresária mineira Anelize Prata. O espaço trouxe requinte para a região do bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, além de oferecer diversas opções em tratamento de beleza e estética. A inauguração foi marcada com a presença de amigos, familiares e clientes do salão que receberam em casa o convite para o grande dia. Todas as ações e estratégias de comunicação ficaram sob a responsabilidade da Pubblicità Comunicação Total que criou logomarca, convite, peças gráficas, anúncio para revista e, ainda, gestão de redes sociais. Confira a fanpage no Facebook: www.facebook.com/meusalaoateliedabeleza. Fotos: Anna Castelo Branco
Visite: Rua Matias Cardoso, 153 Santo Agostinho Tel.: (31) 3245-0899
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Relações Públicas e coordenador do curso de RP da UniSantana. Mande seu e-mail pra mim: pqn@pqn.com.br
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CONVERGÊNCIAS DE RP
A Associação Brasileira de Relações Públicas, seção Minas Gerais (ABRP-MG), e o Centro Universitário UNA lançaram o Convergências de RP – um ciclo de diálogos com os profissionais de RP e áreas afins, mercado da comunicação corporativa, professores e estudantes. A intenção é resgatar as ações da ABRP em Minas. A mesa de debates sobre a importância das relações públicas com a comunidade e com o mercado, contou com profissionais da comunicação da Petrobras, Vale e Três Meia Zero. Os organizadores anunciaram também a realização do Congresso Brasileiro de RP em setembro em BH.
PERFIL
O relatório da pesquisa Perfil do Profissional de Comunicação Corporativa no Brasil, realizada pelo DatAberje – Instituto Aberje de Pesquisa com apoio da Abracom e da Mega Brasil, revelou que o público feminino é predominante na comunicação organizacional, com 72% de participantes. A pesquisa revelou ainda que São Paulo abriga 51% desses profissionais, 46% deles são solteiros e 66% não tem filhos. Apesar de 52% ter formação em Jornalismo, os relações públicas estão em ascensão, chegando ao segundo lugar com 24% dos cargos ocupados. Há cerca de quatro anos, este índice não passava de 10%. Acesse: www.aberje.com.br/pesquisa/ PerfilProfComunicacao2013.pdf
VISITA VIP
A Aberje recebeu a visita da RP e coordenadora adjunta de Relações Internacionais da ULBRA-RS, Andréia Athaydes. A presidente do Conferp foi recebida pelo diretor-presidente Paulo Nassar, também professor do curso de RP da ECA/USP.
COMUNICAÇÃO INTERNA INTEGRADA
Acontecerá nos dias 07 e 08/08, em SP, a conferência Comunicação Interna Integrada e Transparente com o objetivo examinar as novas estratégias praticadas nessa área no Brasil. O encontro é uma iniciativa da Marcus Evans, companhia global especializada na gestão de eventos corporativos, com a participação dos principais players do setor.
CONGRESSO
A Asociación Latinoamericana de Relaciones Públicas (ALARP) em parceria com o Colégio Profesional de Relacionistas Públicos de Chile, promoverá de 16 a 18 de outubro, em Viña del Mar, Chile, o XIII Congresso Internacional de Relaciones Públicas y Comunicación. O evento contará com um programa de conferências que reúne alguns dos mais importantes comunicadores da América Latina. Inscrições: estudantes a partir de U$ 315,00 e profissionais a partir de U$ 355,00. Os valores podem ser divididos em até cinco parcelas. Informações pelo site: www.alarpchile.cl/congreso-xiii Divulgação
NOVA GESTÃO
Tomou posse a nova gestão do Conselho Regional de Relações Públicas – 3ª Região. A nova diretoria estará à frente da entidade até 2015 e terá atuação nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Entre os novos desafios está o fortalecimento da profissão nas áreas de atuação e conscientização sobre a importância do Relações Públicas nas organizações. Por meio de canais de comunicação como as mídias sociais, almeja promover e gerar imagem positiva das organizações. Outra ação será junto às faculdades de Comunicação para esclarecer aos alunos em que áreas os profissionais podem atuar e estimular que se tornem participativos em questões que envolvem as Relações Públicas. Atualmente, mil profissionais estão regulamentados na regional mineira, o objetivo é que até o fim da gestão esse número possa ser ainda maior. Fazem parte da nova diretoria: Washington Moreira Pinto (Presidente), Guilherme Tell Barbosa Silva (Secretário) e Paulo Henrique Rogê do Moreira (Tesoureiro);como conselheiros: Angelina Gonçalves de Faria Pereira, Antônio Luiz Alves Pereira, Erika Pessoa, Fabrício Soares de Souza, Joubert Caetano Amaral, Kátia Andrade Alves da Cunha, Marcelo Moreira de Oliveira, Marcelo Ramos Bastos, Myrna de Fátima Jerônimo, Rodrigo Souza Neves e Vinícius Guimarães Barbosa.
Brasília,
a capital dos THIAGO SOARES
Estima-se que eles sejam mais de cem. Os jornalistas que cobrem o tema “Política”, sejam eles profissionais do rádio, da TV, dos jornais, dos sites e dos blogs, tomaram conta da Capital Federal. Aos olhos simples, você pode até achar fácil cobrir o assunto no Congresso Nacional, no Senado, na Câmara, nos Ministérios, na Prefeitura ou no Governo. Mas a vida desses repórteres não é nada fácil, nada mesmo.
Correspo
CAPA
Quinhentos e treze deputados federais, 81 senadores, 24 ministérios, 10 secretarias da presidência, cinco órgãos, a exemplo das secretarias, com status de ministério, 31 regiões administrativas do Distrito Federal, um governador e 36 secretarias do governo de Estado. Junte a isso tudo dezenas de jornalistas e 204 milhões de brasileiros focados em tudo o que acontece em Brasília, em especial no palco de decisões, denúncias, intrigas, política e politicagem – o Congresso Nacional. A cobertura de Política é vista por especialistas como uma das mais complexas no Jornalismo em termos de conteúdo, conhecimento, fatos noticiados e, principalmente, no que noticiar. Em Brasília, cidade com mais de 2,7 milhões de habitantes, essa rotina é vivenciada diariamente, já que a maioria dos grandes veículos de imprensa possui correspondentes de olho em tudo o que acontece na Praça dos Três Poderes. A missão de informar ao povo brasileiro o que ocorre na maior casa legislativa do país é, além de tudo, fascinante, porém é preciso estar atento a tudo e não participar das questões que envolvem as pautas, não se tornar foco e muito menos a fonte da matéria.
ndentes!
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Para a mineira Aparecida Ferreira, correspondente há 27 anos da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, a vida de correspondente não é nada fácil. No começo, recorda, teve que aprender muito sobre as questões que envolvem o tema Política como o regimento interno das instituições, além de pesquisar mais sobre Ciências Políticas, Direito e Economia.
se o correspondente não conhecer de perto as particularidades e nuances da praça de atuação. Brasília é fascinante, intrigante e exala Política ou a “falta de” em todas as suas esquinas.
Christina Lemos, correspondente da Rede Record desde 1995, afirma que o trabalho é extremamente interessante e apaixonante. Se não houver paixão e interesse pelo assunto, a atividade pode virar um martírio. O grau de exigência e de desgaste do trabalho, avalia, é considerável, o que requer um envolvimento maior dos profissionais que cobrem o tema.
Com trinta e dois anos de Jornalismo, ex-correspondente internacional e uma oportunidade para residir em Brasília, Ari Peixoto, repórter da Rede Globo, acumulou uma grande experiência, o que foi essencial para aceitar o convite para cobrir a política nacional, algo inédito em sua carreira.
Para o repórter do G1, Fabiano Costa, o jornalista para atuar no Congresso Nacional tem que ser imune à ingenuidade. O repórter, pondera, além ouvir sua fonte tem que saber analisar as informações passadas e não entrar no jogo político que faz da Capital Federal palco de tanta atenção. Na Política, em especial a praticada em Brasília, o jogo de interesse é trabalhado incessantemente. Por lá, observa Rinaldo de Oliveira, correspondente da Rede Bandeirantes, as pessoas eventualmente falam algo para atingir outros objetivos. Nesse tipo de cobertura, o repórter tem que estar ligado à informação e também aos bastidores da notícia para não ser usado pelos parlamentares e partidos da situação e oposição. Para Ari Peixoto, repórter da Rede Globo, todos os correspondentes que cobrem Política em Brasília devem ter a percepção exata da importância da cidade no contexto nacional, já que é na capital federal que as decisões políticas que afetam todo o país são tomadas. Em Brasília tudo acontece. A cidade deveria ser parada obrigatória ou, no mínimo, recomendável para todos os jornalistas.
ARI PEIXOTO: BRASÍLIA É PARADA OBRIGATÓRIA
Em 2011, quando Ali Kamel, diretor de jornalismo da Rede Globo, decidiu a volta do correspondente para o Brasil, Peixoto também achou que seria melhor ir para a capital federal, pois era uma experiência que ainda não tinha em seu currículo. Em negociação com a diretoria de jornalismo, ele se tornou correspondente de Política da emissora carioca. “No começo, eu estranhei o funcionamento do Congresso, mas depois percebi afinidades. Eu gosto dessa questão do conchavo, das articulações entre políticos e partidos. Descobri que, apesar de aqui não ser a grande praça da Globo, é por Brasília que tudo passa. É aqui que as decisões
importantes que afetam todo o país são tomadas”, garante.
Para Peixoto, Brasília deveria ser a parada obrigatória ou, no mínimo, recomendável para todos os jornalistas. Vivenciar a prática do jornalismo em Brasília, observa, é importante para os profissionais da área. É também a oportunidade de verificar o mecanismo do Congresso, dos poderes judiciário e executivo. “Eu tinha uma percepção diferente de Brasília e, hoje, sei da sua exata importância”, comentou o jornalista. Outro ponto importante destacado por Peixoto é o distanciamento da fonte na cobertura política, pois em Brasília existe sempre a possibilidade de encontrar um entrevistado no mesmo local habitual que o jornalista frequenta. “Sempre fiz questão de manter distância das fontes, afinal, fonte é fonte, amigo é amigo. Nesses casos, não há como misturar as relações, ou é amigo ou é fonte”, afirma. Para o jornalista, o setorista de Política deve estar atento a dois pontos importantes: observar os vários acontecimentos e decisões, já que em um curto período de tempo tudo pode acontecer, e, obter boas fontes como os assessores dos políticos. “É preciso ter cuidado para não estar ligado ou envolvido
Tiago Oliveira
Foi aproveitando as experiências, causos, histórias e estórias que a revista PQN conversou com estes profissionais que fazem, com grande brilhantismo, a cobertura política na Capital do Brasil. Deixando de lado suas emissoras, para eles o amor à cidade vem em primeiro lugar, pois não existe uma boa reportagem
ARI PEIXOTO: é preciso ter um distanciamento da fonte quando o assunto é cobertura política. Brasília deveria ser parada obrigatória para todos os jornalistas
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com as fontes. Só assim, o repórter conseguirá interpretar a informação que determinado político lhe repassa”, aconselha Peixoto. Brasília, desde sua inauguração em 1960, vem sendo alvo de grandes escândalos, prato cheio para os correspondentes. Assunto é o que nunca falta na capital federal. De 2012 até agora, Ari Peixoto já cobriu muitas pautas importantes, uma delas foi a CPI do bicheiro Carlos Cachoeira. Apesar de a maioria dos convocados permanecer calada no momento dos depoimentos, em termos de aprendizado profissional, o episódio foi ótimo, garante o repórter. “Muita gente que eu convivia falava que eu era sortudo, porque, às vezes, passam-se anos sem uma CPI de grande porte como essa. E ela aconteceu justamente no segundo ano que estou aqui. Pude extrair bastante aprendizado que vou levar para toda a vida profissional”, diz. Formado pelo Centro Universitário Augusto Motta, em 1981, no Rio de Janeiro, o jornalista começou sua carreira como redator de notícias na antiga rádio carioca Manchete FM e, ao mesmo tempo, foi repórter da extinta rádio Tupi. Peixoto sempre teve o desejo de trabalhar em TV. Em 1984, ingressou na TVE, passou por outras rádios e, somente em 1987, entrou para a equipe de jornalismo da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Antes de ir para Brasília, Peixoto teve outras duas experiências fora de sua terra natal. Ele foi correspondente internacional em Buenos Aires, de 2007 a 2009. Após esse período, foi correspondente no Oriente Médio até 2011. “Eu já estava com 20 anos de profissão e aceitei o desafio porque era algo que eu almejava.
A mudança ocorreu em um momento oportuno, pois eu já estava maduro para desenvolver a função. No Oriente Médio, vivi uma das experiências mais ricas que um repórter pode ter, porque é um lugar de tensão contínua”, lembra o jornalista. Ari Peixoto é casado com Kathia Peixoto, que é repórter web do portal G1 Brasília. A jornalista sempre o acompanha e já foi sua produtora até no exterior. “Ela sempre está comigo. O fato de ela ser jornalista me completa, ainda mais com sua experiência. Aqui em Brasília, estamos acumulando uma excelente bagagem profissional”, afirma. Após essa experiência na capital federal, até 2014, Ari Peixoto deverá retornar para o Rio de Janeiro.
RINALDO DE OLIVEIRA: A VOZ DO BORIS NO DF Natural de São Paulo, Rinaldo de Oliveira entrou para o Jornalismo pela antiga Rádio Excelsior, que deu origem à CBN. Na TV, ele estreou na extinta TV Manchete, passou pela Rede TV, SBT, Record, e também foi produtor da revista eletrônica Fantástico, na Rede Globo. Em meio a tanta experiência, hoje ele é o correspondente de Brasília do Jornal da Noite, da Rede
Bandeirantes, apresentado pelo polêmico e talentoso Boris Casoy. Oliveira já havia trabalhado com Casoy na Rede Record e no SBT e, quando atuava na TV Cultura, recebeu o convite para integrar a equipe do apresentador na extinta TV JB. Após curta passagem na emissora, Casoy assinou contrato com a Band e convidou Rinaldo, em 2008, para integrar à equipe diretamente de Brasília. “Tenho uma liberdade editorial que não teria em outros jornais, porque o telejornal é completo e crítico, sem contar que trabalhar com o Boris Casoy, o ícone do jornalismo brasileiro, é incrível. A relação dele com as pessoas que fazem o jornal é muito próxima. E além de tudo, adquiro o respeito e a credibilidade de trabalhar diretamente com esse grande jornalista”, afirma. Apaixonado pelo jornalismo, Oliveira aprendeu a gostar da área de Política. Anteriormente não gostava, mas conta que aprendeu a gostar e passou a ler mais sobre o assunto, sobre os grandes colunistas. E, com isso, passou a compreender mais o jogo político. “Quem é setorista deve ser dedicado às leituras e manter um bom contato com suas fontes. Uma boa e extensa agenda de telefones e uma lista de e-mail é imprescindível, Além é claro, de tempo para conversar e entender sobre os
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assuntos do momento”, observa o correspondente. Ele garante que a cobertura política do Congresso Nacional é uma das mais difíceis no ramo do Jornalismo. O Congresso, avalia, é como se fosse uma panela quente de pipoca onde as notícias ‘pipocam’ o tempo todo. “Você está cobrindo determinado assunto e paralelamente uma informação sobre outro tema pode surgir rapidamente”, garante. Além disso, pondera, a cobertura política é muito delicada porque envolve o poder, o nome do jornalista e o nome da mídia representada. “Eu não escolhi fazer o que eu faço, eu digo que eu fui escolhido para, aconteceu, e eu não me arrependo de nada, nem da carga de trabalho. O horário em que trabalho, das 17h à meia noite, pode ser ruim do ponto de vista de outras pessoas. Quando todo mundo está curtindo a família ou uma
festa, eu estou trabalhando. Mas eu não abandono este ofício por nada”, brinca Oliveira. O correspondente conta que sua ida para Brasília foi por mero acidente. Quando trabalhou na emissora de Sílvio Santos, houve um corte de 500 funcionários e seu nome estava na lista. Na época, o salário que recebia era alto para os padrões do mercado jornalístico e ele ficou um tempo rejeitando novas propostas devido à sua condição financeira anterior. “Passado o período, recomecei como repórter iniciante na TV Cultura. Depois de 90 dias, eu era repórter de rede e, seis meses após, cobri férias em Brasília. Fiquei fascinado pela estrutura da cidade”, relembra. Devido à boa adaptação e o trabalho desenvolvido, a TV Cultura o chamou para ser correspondente na capital federal. Oliveira foi contratado para atuar como repórter de comportamento,
com reportagens de temas variados. Os entrevistados geralmente eram o público em geral, diferentemente da cobertura política. Mas a CPI dos Correios, fato ocorrido em 2005, foi o pontapé inicial para que ele começasse a cobrir as pautas no Congresso Nacional. A TV Cultura, na época, não tinha um repórter setorista de política e Oliveira teve que cobrir o caso. “Foi uma transição muito difícil, porque eu vim da área de comportamento. Na política você trabalha com os jogos de interesse, pessoas que eventualmente falam algo para atingir outro objetivo. Nesse tipo de cobertura, o repórter tem que estar ligado à informação e aos bastidores da notícia para não ser usado”, observa o correspondente. Rinaldo de Oliveira formou-se pelo Instituto Metodista de São Paulo. Além de ser correspondente da Band, ele também é apresentador do telejornal Band Cidade 2ª edição, na Band Brasília, e criador do site Só Noticia Boa, com Thiago Soares
RINALDO: quem é setorista deve ser dedicado às leituras e sempre manter contato com boas fontes. Uma extensa agenda de telefone é imprescindível para o repórter
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informações da capital federal (www.sonoticiaboa.band.uol. com.br). O site, ao lado da diretora Andréa Fassina, seleciona diariamente acontecimentos bons do Brasil e do mundo em diversas áreas: saúde, negócios, tecnologia, variedades, sustentável e boas ações, feitas por homens e animais.
FABIANO COSTA: LUTANDO CONTRA O TEMPO É na web que as notícias redigidas e editadas pelo jornalista Fabiano Costa circulam. Natural de Porto Alegre (RS), Costa atua há quase um ano como repórter de Política do Portal G1 e é um dos mais novos setoristas em Brasília. Apesar de pouco tempo lidando com a editoria em Brasília, Costa já trabalhou durante dez anos no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde também exerceu o cargo de chefia de redação da editoria de Política e mais tarde tornou-se correspondente do diário na Capital federal. “No Zera Hora, a maioria dos meus trabalhos era voltado para Política, mas eu não era exclusivo da área. Eu era correspondente regional do jornal em Brasília e eventualmente cobria pautas de economia e assuntos ligados à agropecuária, segmento muito forte no Rio Grande do Sul”, lembra Costa.
Sua entrada no Portal G1 trouxe uma mudança de estilo para o jornalista, muito comum nos dias de hoje. Costa foi um repórter moldado pelo jornalismo impresso que acabou migrando para a web. Ele afirma que a web possui uma outra dinâmica, outro foco e outras prioridades, apesar de o trabalho ainda ser o mesmo – apurar, escrever e estar sempre atrás dos fatos. A distinção, avalia o correspondente, é que na internet a prioridade é para aquilo que ocorre no momento, ainda que não se deixe de dar atenção para outros assuntos que eventualmente se tornam matérias frias de final de semana. Segundo Costa, a rotina de trabalho é extensa. Em média, ele produz oito reportagens por dia, principalmente em períodos movimentados, geralmente de terça a quinta-feira, quando os deputados estão no Congresso Nacional. “A carga de trabalho no Congresso é muito alta. Já houve semana que viramos duas noites trabalhando. Em dois dias
trabalhei 40 horas ou mais, a exemplo do dia da votação da MP dos Portos”, afirma ele. Para o jornalista, na internet o maior cuidado a ser tomado é com a veracidade dos fatos, pois a imprensa do setor tem uma função importante dentro do Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade de passar informações corretas a tempo. “Uma informação que sai do Congresso como reportagem, se ela for inverídica, até que se corrija, pode causar um grande estrago, às vezes, acabando com a carreira ou com a vida pessoal de um indivíduo, tanto do parlamentar ou até mesmo do repórter que errou”, avalia Costa. O profissional de jornalismo, para atuar no Congresso, precisa ser imune à ingenuidade. “O repórter, além ouvir sua fonte, tem que saber analisar as informações passadas”, pondera. O acesso à informação pode variar de deputado e senador – alguns são mais acessíveis à imprensa e outros receosos. Porém, os parlamentares estão acostumados com a rotina da imprensa
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Costa sente-se realizado como correspondente setorista, ainda mais que seu trabalho, realizado há um ano, vem sendo reconhecido, comentado e repercutido nos meios político e jornalístico. “Somos os olhos e ouvidos da população dentro do Congresso Nacional, é gratificante saber da função ‘utilidade pública’ que estamos exercemos com nosso trabalho”, gratifica-se Fabiano Costa que é formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestrando em Ciências Políticas.
CHRISTINA LEMOS: BRASÍLIA AO VIVO NO DIA A DIA Atuando há quase 20 anos como repórter de Política, Christina Lemos já acompanhou os principais fatos ocorridos na esfera federal – do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello à eleição e governo da presidente Dilma Rousseff. Ela iniciou sua carreira, em rede nacional, na extinta TV Manchete, além de breve passagem pela Rede Bandeirantes e CNT, até ser contratada pela Rede Record, onde atua há 18 anos como repórter especial e comentarista de Política. Segundo Christina, o trabalho exercido é extremamente interessante e apaixonante. “Se não houver paixão e interesse pelo assunto, tudo poderá virar um martírio, porque o grau de exigência e de desgaste das atividades é bem considerável”, comentou a jornalista sobre as atividades em Brasília. O relacionamento com as fontes, afirma a jornalista da Record, não possui um padrão determinado, tudo depende do assunto e do momento. Todos os Ministérios possuem uma boa infraestrutura de comunicação, com um chefe de assessoria que atua mais próximo ao ministro e norteia toda a equipe. Em alguns casos, o parlamentar é uma personagem pouco acessível. Já no Congresso Nacional, os assessores de imprensa intermediam as entrevistas em situações em que é difícil acessar o parlamentar. Há situações em que os próprios assessores funcionam como fontes informais de notícias ou “passam recados”, CHRISTINA : Se não houver paixão e interesse pelo assunto, tudo poderá virar um martírio, porque o grau de exigência e de desgaste das atividades é bem considerável
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Tiago Oliveira
e, de certa forma, eles têm interesse que seus trabalhos tenham certa visibilidade. “Muitas vezes, é o parlamentar que procura o jornalista e isto se dá pelo fato do profissional ter um convívio sério com eles”, informa Costa.
Thiago Soares
FABIANO : o jornalista para atuar no Congresso Nacional precisa ser imune à ingenuidade. Além de ouvir as fontes, temos que saber analisar todas as informações passadas
quando o político não quer aparecer. No Judiciário, o desempenho dos assessores reflete a própria cultura do poder. Na maioria dos casos, eles atuam de forma extremamente protocolar. A maioria dos assessores de imprensa, informa Christina, busca ajudar o repórter mesmo ciente de suas limitações. Para a jornalista, o repórter precisa compreender melhor o desempenho e a rotina de cada assessor, pois ele tem um patrão, que é a fonte principal, e jamais agirá contra o interesse desse. Essa é uma relação delicada, pois muitos assessores assumem posturas equivocadas – ora agem como donos da fonte, como protetores ou guardiões de seu patrão, e ora fecham portas para os jornalistas quando lhes convém. “Felizmente, os assessores mais respeitados e qualificados evitam mentir ou mesmo desviar o jornalista da informação. Repórteres experientes rapidamente identificam o padrão de resposta de determinado assessor de imprensa e, às vezes, comportam-se de acordo com esse padrão”, observa. Para Christina, que já participou de várias coberturas internacionais de
viagens presidenciais, além de ser âncora e editora-chefe do talk-show “Brasília ao Vivo”, da Record News, o Jornalismo pode ser considerado uma ótima opção profissional. “É uma ótima, honesta e até divertida maneira de ganhar a vida. Recompensa de forma satisfatória do ponto de vista financeiro aos que se dedicam e destacam-se. Do ponto de vista da realização pessoal pode ser altamente gratificante”, garante ela.
A jornalista brasiliense, coordenadora dos debates durante as eleições presidenciais, é formada em Letras e Jornalismo pela Universidade Federal de Brasília (UnB) e pós-graduada em Ciências Políticas pela mesma instituição. “Cobrir a Política em Brasília é
fascinante pelo fato de o jornalista ser uma personagem ativa dos fatos do dia a dia que, aos poucos, vão montando a história de uma nação e até da humanidade”, diz a jornalista.
DE BRASÍLIA, APARECIDA FERREIRA... Ela é setorista desde 1986. Já presenciou grandes momentos da política brasileira desde a Assembleia Nacional Constituinte, o Impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello até a eleição da primeira presidenta brasileira. Sua voz é conhecida pela maioria dos mineiros e a sua assinatura nas reportagens pode ser considerada a mais famosa da terrinha do pão de queijo – “De Brasília, Aparecida Ferreira”. Não é mesmo? De acordo com a repórter, cobrir a área de política é
um privilégio para poucos profissionais, já que as grandes decisões que afetam a sociedade brasileira passam pelo Congresso Nacional. Na capital federal, Aparecida cobre toda a esfera da Câmara, Ministérios, Presidência da República e STF. A maioria dos parlamentares, afirma a repórter, é bem acessível e sabem da importância do trabalho feitos pelos correspondentes que é divulgar suas ações e opiniões. Segundo ela, é uma honra informar aos mineiros sobre a Política no país. “Realizo uma cobertura especial e informo sobre as grandes decisões que vão afetar o Estado e a vida dos mineiros”, diz a mineira.
enfrentadas pela jornalista. “Brasília sempre foi uma cidade difícil para viver, você tem que construir amizades sólidas. Os meus parentes são todos de Belo Horizonte, mas aqui me casei e tenho uma filha brasiliense”, diz. E para não perder o costume: de Brasília, Aparecida Ferreira...
Aparecida começou na rádio Itatiaia em 1979, antes mesmo de ingressar na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (FAFI-BH), atual Uni-BH. Era a paixão pelo rádio que já falava mais alto. Ao Lado de José Lino de Souza Barros, ela pronunciou suas primeiras palavras na emissora. Com o diretor de jornalismo, o jornalista Márcio Doti, aprendeu a escrever textos na linguagem radiofônica. Porém, a distância dos familiares que residem na capital mineira foi uma das primeiras dificuldades
APARECIDA: a voz de Minas mais conhecida em Brasília também se apaixonou pela capital federal
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Tiago Oliveira
Sua primeira ida à cidade de Brasília foi para cobrir três dias da instalação da Assembleia Nacional Constituinte. Aparecida então decidiu que sua carreira seria na Capital brasileira e viu no evento sua grande oportunidade de crescimento profissional. “No começo, tive que aprender muito sobre as questões que envolvem a Política como o regimento interno das instituições e, também, pesquisar mais sobre Ciências Políticas, Direito, Economia e outros temas interessantes”. A cobertura política proporcionou momentos marcantes na vida de Aparecida como a viagem com o então presidente José Sarney para Goiânia, onde a jornalista noticiou a tragédia nuclear do Césio 137.
o PQN Arquiv
Jornalista. Envie suas notas para: pqn@pqn.com.br
DERRAMA!!
A primeira cerveja do grupo Inconfidentes Cervejarias Conjuradas acaba de chegar ao mercado. Derrama é o nome dela, mais do que sugestivo diga-se de passagem, uma vez que foi esse o momento decisivo para os rumos do movimento revolucionário mineiro. O estilo escolhido para a cerveja é o White IPA, uma mistura de Wit (cerveja de trigo belga) com IPA (cerveja da escola inglesa super lupulada). Nove lúpulos diferentes foram utilizados na receita da Derrama, que apresenta aroma de manga, cor de ouro e sabor floral. Divulgação
BEST OF SHOW
O cervejeiro Kelvin Azevedo, levou para casa o título de Melhor Cerveja Caseira do Brasil 2013. O feito foi alcançado em Curitiba (PR) durante o 8º Concurso Nacional das Acervas. A cada ano, essa disputa analisa as cervejas caseiras produzidas pelos participantes das Associações de Cervejeiros Artesanais Caseiros (Acervas) de todo o país. Foram inscritas 420 cervejas, em cinco estilos – American Amber Ale; Vienna Lager; Robust Porter; Saison e Livre, no qual a bebida deveria conter um ingrediente da culinária brasileira. Foi justamente no estilo livre que o Kelvin aventurou-se e faturou o título de Best of Show. Ele inscreveu uma Weiss, a clássica cerveja de trigo alemã, acrescida de amendoim e rapadura, ou seja, uma Weiss Pé de Moleque!! Pena que as cervejas feitas em casa não podem ser vendidas.
BRASIL BEER
As diversas marcas, estilos e tipos de cerveja, bem como a devida localização dos fabricantes, empreendedores e cervejeiros estão catalogados no livro Brasil Beer – O guia de cervejas brasileiras, dos experts Henrique Oliveira e Helcio Drumond.. A obra reúne informações detalhadas sobre mais de 450 cervejas e 120 cervejarias, microcervejarias e associações de cervejeiros artesanais atualmente existentes no país.
Divulgação
COLEÇÃO DE JOIAS
A Heineken inspirou Jack Vartanian a desenvolver uma joia exclusiva, edição limitada, para celebrar a parceria entre o designer e a marca. O colar com pingente no formato da garrafa de Heineken, em ouro branco 18k com ródio negro, ganha a tradicional estrela da marca, cravejada nas opções diamantes, esmeraldas ou rubis. As peças, que custam a partir de R$ 2.500,00, estão expostas na flagship store de Jack Vartanian, em São Paulo, na Rua Bela Cintra, 2175. Acesse: lojaonline.jackvartanian.com
TOUR CERVEJEIRO
Um passeio pra lá de interessante é percorrer microcervejarias e bares de cervejas especiais. E isso já é possível! Foi criado o Circuito das Cervejarias Artesanais de Juiz de Fora. A ideia foi de Rodrigo Miranda, cervejeiro caseiro que também é diretor de uma agência de ecoturismo na região da Zona da Mata. Segundo ele, tudo surgiu da vontade de juntar aquilo que ele gostava de fazer, entre trabalho e hobby. O objetivo é levar o visitante a conhecer a cidade de Juiz de Fora através das inúmeras cervejas produzidas por lá. Acesse: www.verdeperto.com Divulgação
Divulg
ACADEMIA DE CERVEJAS
ação
A quarta turma da escola Academia Sommelier de Cervejas, de Belo Horizonte, já está com inscrições abertas. O curso, com duração de quatro meses, dá noções de história da cerveja, insumos e ingredientes, análise sensorial, serviço correto e harmonizações com gastronomia. O objetivo não é simplesmente oferecer um título ao final do curso, mas abrir a possibilidade de conhecimento sobre o vasto mundo das cervejas especiais. Um beer sommelier precisa treinar e estudar todos os dias para se tornar de fato um especialista da área. O curso oferece a base para isso. Acesse: academiasommelierdecervejas@gmail.com
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oal
o pess Arquiv
Publicitário, MBA em Marketing pela FGV e Ohio (EUA), professor de Marketing, sócio-proprietário da Popcorn Comunicação e Marketing, sócio-diretor da Futebologia e diretor do Sinapro-MG.
Vem pra rua!
A
coluna deu lugar a palavras ao ar. Torço para que a rua e as urnas recebam os mesmos sentimentos que temos nas arquibancadas dos estádios de futebol pelo Brasil. Uma torcida apaixonada pelo jogo limpo, bonito, na bola, sem golpes sujos e baixos e com muito fair play. Que todos saibam que o resultado vem daqueles que estão com a bola no pé, mas que essa grande arquibancada quando toma consciência sabe que pode mudar o jogo, e vai mudar!
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Tem uma grande multidão Que vive na pura emoção Vibrando e torcendo com o coração Pra fazer, de fato, uma só nação
Os estádios, sim estão lotados Nos hospitais - amontoados Nas ruas – indignados E no congresso – amedrontados?!
Vá, entoe seu grito de luta Faça valer sua labuta E não fique esperando permuta De quem nunca te ouve ou escuta
Uma coisa não pode acontecer Deixar a falta de educação prevalecer Pois assim não vamos ver Este grande Brasil renascer!!!
Bruna
Kurth
Jornalista. Envie suas notas para: pqn@pqn.com.br
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NOVA CONTA
A Literato Comunicação e Conteúdo, de Curitiba, assumiu a assessoria de imprensa nacional da Redsuns, agência de comunicação digital com foco em performance on-line. Especializada em criação de sites, gerenciamento de mídias sociais e gestão de campanhas com links patrocinados, a empresa oferece soluções digitais personalizadas para atingir os resultados desejados para cada cliente. O investimento em comunicação faz parte da estratégia de crescimento da empresa para 2013. A Redsuns conta com mais de 130 clientes em seu portfólio, reunindo experiências em diversos segmentos: e-commerce, ensino à distância, CRM, entre outros.
ANIVERSÁRIO
A Lide Multimídia, agência curitibana de comunicação empresarial, está completando 20 anos de existência. Com cerca de 40 clientes em sua carteira atual, a agência prepara-se para as próximas décadas com foco na valorização do segmento e nos novos desafios do mercado. A empresa atua em território nacional e oferece soluções em comunicação, por meio de ferramentas como relações públicas, assessoria de imprensa, consultoria e Comunicação, media training, gerenciamento de crise, editoração, clipping e análise de clipping.
CONSCIENTIZAÇÃO
NOVA IDENTIDADE
A agência de propaganda 433 Ag, de Curitiba, lançou a nova logomarca da Marel Indústria de Móveis, uma das maiores indústrias de móveis da América Latina, juntamente com o novo conceito “Ambientes que Inspiram”. A mudança faz parte de uma série de ações de branding para adequar o visual ao produto Marel, pertencente à categoria de alta decoração e destinado a um público que consome experiência. A nova logomarca é resultado de uma composição que engloba cores nobres e cuidadosamente escolhidas, com apenas letras, sem o acréscimo de símbolos. O vermelho deu lugar ao preto, cinza petróleo e cinza claro, fazendo alusão à tecnologia e à contemporaneidade que envolvem os produtos.
A Josapar, através da marca Tio João, idealizou uma campanha de conscientização sobre a importância de motoristas respeitarem a faixa de pedestres. A campanha Eu paro na faixa aconteceu em Pelotas, na Praia do Laranjal. Incentivando motoristas a respeitarem a faixa de pedestres, para que as pessoas possam atravessar ruas com segurança, a Josapar quer contribuir para a diminuição das estatísticas de acidentes de trânsito, uma vez que os pedestres são as maiores vitimas de trânsito do Brasil. Durante toda a ação foram distribuídos adesivos da campanha com o personagem do Arroz Tio João junto às faixas de segurança do local.
Divulgação
MUDANÇA I
O Grupo RIC anuncia ao mercado mudanças na gestão. O presidente Mario Petrelli, fundador do grupo há 25 anos, passará a atuar como conselheiro estratégico e presidente emérito. Assumem as presidências executivas estaduais, os então vice-presidentes, Leonardo Petrelli no Paraná e Marcello Correa Petrelli em Santa Catarina. O processo está sendo todo conduzido com base nos princípios de governança corporativa e tem como objetivo consolidar um modelo de gestão alinhado ao novo momento do mercado de comunicações.
MUDANÇA II
O Grupo RIC, incluindo Paraná e Santa Catarina, tem uma expectativa de faturamento de R$ 215 milhões para este ano, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. O Grupo tem como foco de investimentos a estrutura física, qualidade técnica, digitalização e desenvolvimento tecnológico e humano. A previsão de investimento nessas áreas é de R$ 16 milhões para 2013. A RICTV Paraná e RICTV Santa Catarina contam com a segunda maior audiência nos estados. Juntas elas cobrem 517 municípios com aproximadamente 760 horas de programação regional por mês. A cobertura das duas regiões é de mais de 16 milhões de habitantes, sendo 6 milhões em Santa Catarina e 10 milhões no Paraná. O número representa cerca de 9% da população brasileira.
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oal
o pess Arquiv
Jornalista e servidora pública. Escritora nas horas vagas. Autora do blog Licor de Cassis (www.claudiagabi.blogspot.com)
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C
ircula no Facebook um comentário que, em outras palavras, diz o seguinte: assim como você não passa o dia da árvore com uma árvore nem o dia do índio numa tribo também não precisa se sentir mal porque, em 12 de junho, vai estar de coração vazio e mãos abanando. É, não dá pra negar que as pessoas que estão sem um amor dificilmente perdem o humor. E não há nada mais divertido e sofrido, entre as mulheres, do que a espera por uma ligação, uma mensagem, um e-mail que não chega nunca. Uma amiga, uma vez, deu o número do celular a um moço bonito que viu no restaurante. Sem muito tempo pra pensar e, como tinha gostado do tipo, ela ditou cada algarismo bem devagar, rezando pra que ele não errasse na digitação. Pronto. Não desgrudou mais os olhos do bendito aparelho. A cada 1 minuto e 30 segundos, uma nova checagem. Um dia, dois e nada. No terceiro, ela não tinha ouvido o toque... Um número estranho apareceu na telinha. Ela não retornou. Queria esperar pela próxima tentativa pra não parecer ansiosa demais. Morrendo de curiosidade, consultou osr. Google, que responde tudo ou quase. Era o número de um orelhão num lugar esquisito em que minha amiga nunca esteve: na região de uma penitenciária! Preferiu acreditar que não era o pretendente. A ligação tão desejada nunca se concretizou. Começo a desconfiar de que muitos homens pedem o telefone, compulsivamente, só pra testar o poder de sedução ou registrar ali na agenda para alguma “emergência”. Se eu estiver enganada, como explicar a história de um motorista misterioso que parou uma mulher no trânsito pra conseguir o celular dela? A moça ficou meio com medo. Como nunca se sabe se a alma gêmea está bem ali, no sinal vermelho, resolveu correr o risco. De novo, o cavalheiro tão ousado desapareceu pelas ruas da cidade. No bar, mais um caso parecido. O garçom foi o intermediário. O homem que tinha olhado a noite inteira para a mesma mulher queria o contato dela num pedacinho de papel. Ela deu só o e-mail pra não facilitar demais. Depois de algumas
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conversas virtuais, finalmente, passou o telefone. Outras tantas frases pelo celular, mas a voz continua desconhecida. Ele ainda não fez o convite que ela espera tanto. Claro que as mulheres podem tomar a iniciativa. Mas e se isso assustar o candidato? O que talvez eles não entendam é que, no nosso mundo, quando a gente dá o número do celular é porque pensa que vai receber, no mínimo, uma mensagem que abra uma possibilidade. E aí, quando se ouve o barulhinho do torpedo, a vontade é de sair correndo e esvaziar a bolsa em público pra achar logo aquele mensageiro eletrônico. Você respira fundo, tenta ser discreta e, trêmula, lê o que chegou. Decepção à vista. É o salão, confirmando o horário para o dia seguinte. Ou a loja, convidando para o lançamento de uma coleção. Ou ainda um aviso sobre o sorteio de um carro que você nem sabe se é real ou uma bela tentativa de golpe. Estou mostrando a versão feminina da história porque os homens não costumam contar coisas do tipo. Mas acho que a mesma tecnologia que acelera a vida atrasa as relações. Não há pressa porque as pessoas estão sempre a um clique de distância. Com tantos casos semelhantes, é fácil entender porque muita gente vai passar o dia dos namorados sem um namorado. Pedir o telefone de alguém pode não dar em nada. Mensagens trocadas podem ficar só nas palavras mesmo. E a falta de resposta também é uma resposta.
oal
o pess Arquiv
Jornalista. Participe, mande suas sugestões para: pqn@pqn.com.br
Arquivo Pessoal Divulgação
PETPEDIA
O mercado Pet acaba de ganhar um espaço online dedicado a divulgar o que existe de melhor no segmento: A PetPedia. Desenvolvido pelo web empresário Pablo Casas e pela ativista da causa animal, Luisa Mell, o site concentrará todas as informações necessárias para os profissionais exporem e os consumidores acharem a ferramenta. Com um investimento inicial de R$ 500 mil, a PetPedia funcionará como um agregador, um portal de conteúdo dos diversos segmentos de produtos e serviços voltados aos animais, onde será possível encontrar de tudo ao alcance de um clique.
ADOÇÃO
O programa Pedigree Adotar é tudo de bom, iniciativa da Mars que ajuda a transformar a realidade de cães abandonados por meio do incentivo à adoção e posse responsável, comemora resultados excelentes. O programa ajudou 808 cães a encontrar um lar feliz, atingindo a marca de 2.314 cães adotados desde janeiro. Desde o início do programa, em 2008, foram ajudados 36.804 cães, por meio das 34 ONGs parceiras de 12 estados brasileiros. Confira: www.pedigreeadotaretudodebom.com.br
CERTIFICADO
A Advocacia-Geral da União (AGU) comprovou, na Justiça, a legalidade da apresentação de certificado de saúde internacional elaborado por médico veterinário oficial para desembarcar com animais nos aeroportos do país após viagem ao estrangeiro. A exigência visa garantir a saúde pública e controle zoossanitário brasileiro. De acordo com a Procuradoria-Regional da União da 3ª Região (PRU3), essas exigências têm como objetivo preservar a saúde pública local, evitando que o animal desembarque portando alguma doença ou enfermidade que possa expor os animais brasileiros e a população humana a agentes patogênicos inexistentes ou erradicados do país.
LOLLA MIA
Todo mundo sabe que um pet pode mudar a vida das pessoas. E foi isso que aconteceu com o jornalista e técnico do laboratório de fotografia da Puc Minas em Poços de Caldas, Lúcio Carvalho, e sua esposa Yara Bolognani. Eles contam que, ao passear em São Thomé das Letras, viram um lindo Chow Chow adulto, que ficava solto em uma pizzaria. Eles conversaram com a dona do local e do cão descobrindo que ela tinha filhotes disponíveis para venda – restavam duas fêmeas, os outros filhotes tinham sido vendidos. “Gostamos muito de uma delas, mas já estava reservada para outro casal. No entanto, resolvemos passar na casa lá novamente antes de irmos embora. Conseguimos trazer a cadelinha e minha esposa a batizou de Lolla”. De lá para cá, Lolla tem dado muitas alegrias ao casal que já pensa na primeira ninhada da cadela de temperamento forte.
AÇÃO INTERATIVA
A Royal Canin do Brasil e a ONG Adote um Gatinho se uniram em uma ação interativa no Facebook, que conta com a participação dos internautas apaixonados por animais para alimentar todos os gatos mantidos pela instituição. Para colaborar é muito simples. Basta acessar a fanpage da Royal Canin (www.facebook.com/royalcanindobrasil) e clicar no aplicativo ou acessar diretamente http:// bzz.ms/1j74. Com um visual dinâmico, que mostra um comedouro sendo abastecido com alimento para gatos, o internauta é convidado a participar, com a possibilidade de escolher o gato abrigado pela Adote um Gatinho que será alimentado por ele. Não custa nada para o participante, que muitas vezes tem vontade de ajudar uma ONG e não sabe como. Quando chegar a 20 mil participações, a Royal doará 200 Kg de alimentos para a ONG, o que permite alimentar todos os animais durante um mês inteiro. A Adote um Gatinho (www.adoteumgatinho.org. br) é a maior ONG de gatos do país. O trabalho da instituição consiste em resgatar, acolher, tratar e doar gatos encontrados abandonados na grande São Paulo e também educar a população quanto à posse responsável.
Divulgaç
ão
Arquivo pessoal
Jornalista, palestrante, escritor, professor e assessor de comunicação. Pós-graduado em Jornalismo Institucional pela Puc-SP. Corroteirista do curta metragem “Primeira vez”, vencedor na categoria Voto Popular da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Sugestões pelo: capella.rodrigo@gmail.com
Somos tão jovens?
E
u era um adolescente. Um adolescente comum que gostava de música, festas, conversas, viagens, etc. Naquela época, sustentada por muita energia, fazia parte do Interact Club, uma divisão do Rotary Club para jovens. Quase todo mês, era muito comum irmos às conferências – eventos com discussões, palestras e apresentações de projetos. Havia, é claro, um bom espaço na programação para as festas. E nelas, o som pertencia, boa parte do tempo, à Legião Urbana. Entre as canções, destacava-se “Eduardo e Mônica”. Não por tocar mais de uma vez, mas por sua forma poética natural e aparentemente simples: “Quem um dia irá dizer que existe razão/Nas coisas feitas pelo coração?/E quem irá dizer que não existe razão?”. Chamava atenção também o cotidiano da letra e a forma como os tais protagonistas eram descritos: “Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar/Ficou deitado e viu que horas eram/Enquanto Mônica tomava um conhaque/Noutro canto da cidade/Como eles disseram”. Logo lembrei dessa música quando fui assistir ao filme Somos tão jovens, de Antônio Carlos da Fontoura, dirigido e roteirizado por Marcos Bernstein e com Thiago Mendonça (impecável sua caracterização), Sandra Corveloni, Marcos Breda, entre outros, no elenco. Uma curiosidade é a participação de Nicolau Villa-Lobos interpretando seu pai, Dado, quando jovem, além de Philippe Seabra, da Plebe Rude, como o prefeito de Patos de Minas, cidade onde a Legião fez o seu primeiro show. O longa que conta um pedaço da vida do músico, de 1975 a 1985, já levou mais de um milhão de espectadores ao cinema, narra como Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo, interessou pela música, mais precisamente o punk rock, e vai além:
traz a criação do Aborto Elétrico e, na sequência, da Legião Urbana. Rico em história (apesar de adotar o recurso de licença poética em muitas situações), a cinebiografia inspirada no livro O Filho da Revolução de Carlos Marcelo, atém-se exatamente a esse período inicial de construção da sua persona. Porém, o filme perde-se em alguns fatos como o período em que Renato ficou doente devido a uma doença óssea, sua compulsão por leitura e música, principalmente o punk rock londrino. Somos tão jovens não é uma película destinada somente aos fãs de Renato. Qualquer um que se interessa, minimamente, por música e que busque alguns momentos de uma honesta reflexão deve assisti-lo por impulso, como se estivesse ligando o rádio para ouvir uma boa música (independente da frequência). Afinal, nossa vida segue com “festa estranha, com gente esquisita”, continuamos gostando de “Bandeira e do Bauhaus/De Van Gogh e dos Mutantes” e, de, sempre que possível, “jogar futebol-de-botão”. Será mesmo que continuamos tão jovens? Talvez. Mas, palavra após palavra, a imagem daquele adolescente que gostava de música, festas, conversas, viagens, etc, não sai da minha cabeça que tanto escutou seus sucessos. Como Eduardo, por um momento, tive a vontade apenas de apostar no acaso, de deixar a vida com seu curso natural e simples: “Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer/E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer”. Agora, aproveitando essa vibe, tenho que assistir ao Faroeste Caboclo, porque Somos tão jovens deixou um pouco a desejar, ainda mais por ter lido o livro de Carlos Marcelo. Não que seja um filme ruim, mas nesse caso a obra ainda ficou mais interessante que a película. Tomara que o diretor René Sampaio tenha conseguido, à risca, dar alma aos nove minutos de uma das canções mais famosas da Legião. Será que vou incorporá-la?
Sabor irresistível!
Um brinde à Supremacia!
Armazenada em toneis de Jequitibá, a cachaça Supremacia é produzida na divisa do Norte de Minas com o Estado da Bahia.
www.cachacasupremacia.com.br