CARNAVAL: Bloco dos Comunicadores agita a folia momesca em BH
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Mais de 10 milhões de brasileiras são portadoras da doença. A culpa pode ser da genética que não escolhe idade e nem classe social. Como diagnosticar, tratar e ter uma vida normal?
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R$ 11,00
Caroline Salazar, exemplo na luta contra o preconceito social
UMA EM CADA DEZ MULHERES TEM
ENDOMETRIOSE PROFISSÃO: Um século de Relações Públicas! Será que temos o quê comemorar?
Hoje a festa ĂŠ sua...
ParabĂŠns a todos os Comunicadores da Rede Globo pelos 50 anos de sucesso!
Hoje a festa ĂŠ nossa!
Uma homenagem do Grupo /Revista PQN
@Revista PQN
issuu.com/revistapqn
2015 vem com tudo! Mal acabou 2014 e toda a equipe da revista PQN já estava a todo vapor para pensar quais seriam as pautas da primeira edição de 2015. Este ano estamos começando diferente. Nada de previsões ou de retrospectiva do que passou. E sim uma belíssima reportagem de saúde sobre um mal que atinge milhares de mulheres no mundo inteiro. No Brasil, estima-se que mais de 10 milhões delas sejam portadoras da Endometriose. Uma doença que acontece quando o endométrio – tecido que reveste a parede interna do útero – cresce em outras áreas. Na maioria dos casos, a região atingida é a pélvica: ovários, intestino, reto, a membrana que reveste a pélvis e a bexiga. Entretanto, pode alcançar órgãos mais distantes, como pulmão e sistema nervoso central. Em uma coletiva, conheci várias jornalistas que são portadoras da doença e uma chamou-me a atenção – Caroline Salazar. Uma jornalista goiana, radicada em São Paulo, que sofria com a doença desde os 13 anos de idade. Eu nunca imaginava que uma mulher pudesse sofrer tanto tempo com uma dor insuportável e que somente depois dos 30 fosse diagnosticada. Senti-me solidário com essas “endojornalistas” e, como contribuição fiz uma reportagem com informações superimportantes sobre a doença. Se você, mulher, que ainda menstrua, sente algum sintoma como os descritos na matéria, procure imediatamente seu ginecologista de confiança. A coisa é mais séria do que você pode imaginar. Não sinta vergonha e não se esconda por causa do preconceito social de ser uma mulher infértil. Informe-se e cuide da sua saúde, seu bem mais precioso. A endometriose não escolhe vítimas! Outro assunto importante é a comemoração dos 100 anos de criação da profissão de Relações Públicas no Brasil. Criada em 1914, a profissão ainda divide opiniões e suscita debates e opiniões calorosas. Alguns amigos pregam até o fim do Conselho Federal de Relações Públicas, uma autarquia federal que regulamenta a profissão. Enquanto eles têm um, jornalistas sonham em resgatar o diploma perdido e criar uma entidade do tipo. É sempre assim, algumas pessoas só dão valor quando não têm ou quando perdem. Porém, o mais importante é dizer que qualquer conselho só é forte com a união e participação de todos os seus profissionais representados. Não adianta jogar pedras ou reclamar se você insiste em ficar em cima do muro vendo o circo pegar fogo. Fazer parte do todo é fundamental. Essa trigésima quinta edição traz também uma entrevista gostosa com a atriz Mel Lisboa que, atualmente , interpreta nos palcos a rinha do rock brasileiro, Rita Lee Jones. A voz pode até não parecer com a da roqueira, mas seus trejeitos no palco são idênticos. Parece mesmo que estamos com a cantora em nossa frente. É impressionante e emocionante. Sucessos do começo ao fim. O musical vale a pena ser visto, sendo fã ou não! E para fechar, a folia correu solta neste Carnaval de 2015. Pela segunda vez, o bloco “Quem não se comunica, se trumbica!” agitou as ruas de Belo Horizonte. Como criador do bloco dos comunicadores, fiquei super feliz com a adesão de vários profissionais e também das empresas de comunicação e entidades de classe que apoiaram mais esse meu projeto. A ideia, futuramente, quem sabe, é transformar o bloco numa grande escola de samba com vários projetos sociais. Tudo é possível!
EXPEDIENTE EDITOR-CHEFE: Robhson Abreu REVISÃO: Conrado Santos Nelo PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Pubblicitá Comunicação DIREÇÃO DE ARTE: Dokttor Bhu GERENTE DE MARKETING: Rangel Fernandes FOTOGRAFIA: Mário Martins COLABORADORES Carlin Moura - Cristiane Oliveira - Felipe de Jesus Flora Guedes - Francisco Tovo - Harley Pinto José Ricardo Noronha - Juraci Barbosa Lima Lena Alves - Kátia Gontijo - Manaira Araújo Nadjanaira Costa - Pedro Abelha - Priscila Mendes Ricardo Sá - Rodrigo Cogo
SUCURSAIS LESTE DE MINAS: William Saliba TRIÂNGULO MINEIRO: Mirna Tonus VALE DO RIO DOCE: José Vicente de Souza NORTE DE MINAS: Tania F de Miranda AMAZÔNICA: Núbia Lentz BAHIA: Marcelo Chamusca RIO DE JANEIRO: Janaína Salles SÃO PAULO: Daniel Zimmermann SUL: Douglas Luz BRASÍLIA: Thiago Soares “Todos os textos publicados na revista PQN tiveram seus direitos autorais doados pelos seus autores, não tendo esta publicação qualquer ônus por parte de cada autor/colaborador”.
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Desde 2004 A Revista PQN - Pão de Queijo Notícias é uma publicação da PQN Editora Ltda.
Boa leitura! Robhson Abreu Editor
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SUMÁRIO
CAPA
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ais de 10 milhões de mulheres brasileiras são portadoras da endometriose, uma doença que tem suas possíveis causas na genética e que não escolhe biotipo, classe social e muito menos profissão. Na maioria dos casos, as “endomulheres” podem desenvolver quadros de depressão, estresse emocional, além de não ter uma vida social, profissional e pessoal normal. A doença atinge principalmente a pélvis, ovários, intestino, reto e também a membrana que reveste a pélvis e a bexiga. Mas pode alcançar órgãos mais distantes, como pulmão e sistema nervoso central. O principal sintoma da doença é a dor aguda. Ainda não existe uma cura para a endometriose, embora que, com o fim da menstruação, a mulher fica livre das dores. Porém, as sequelas ficam para sempre, como aderências dos órgãos e a infertilidade. Para alguns especialistas, a doença começa na primeira menstruação e termina na última, o que pode levar a um diagnóstico muito tardio. Capa: Caroline Salazar
PROFISSÃO
MÚSICA
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A profissão de Relações Públicas completou 100 anos de criação no Brasil em 2014. Após três meses do seu centenário, veja o que pensam alguns RPs sobre a área e o que ainda pode melhorar nas próximas décadas
Projeto idealizado por maestro mineiro tem musictracks originais, livres de direitos autorais para uso em projetos culturais, artísticos, corporativos, educativos e comerciais
MARKETING
ENTREVISTA
Em tempos de e-books e redes sociais, o jornal Gazeta do Povo, no Paraná, lançou o projeto Coleção Literatura Paranaense. O sucesso dos seis livros foi tão grande e a iniciativa agradou em cheio os leitores paranaenses
A rainha do rock ganhou um musical à sua altura. Estrelado pela atriz Mel Lisboa, “Rita Lee mora ao lado”, a montagem completa um ano e está melhor do que nunca. Para os fãs, um programa imperdível e cheio de boas estórias
TURISMO
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Madri oferece vários roteiros turísticos. Mas um que percorre pontos vistos nos filmes de Pedro Almodóvar só a PQN tem. Passei pela capital espanhola e relembre os pontos mais famosos retratos pelo polêmico diretor
Francisco Tovo Nadjanaira Costa Kátia Gontijo Cristiane Oliveira Juraci Barbosa Lima José Ricardo Noronha Rodrigo Cogo Carlin Moura Cláudia Gabriel
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Pelo segundo ano consecutivo, o bloco dos comunicadores mineiros “Quem não se comunica, se trumbica”, sai pelas ruas de Belo Horizonte. Este ano a folia ganhou apoio das entidades de classe e empresas de comunicação
COLUNAS
ARTIGOS
Foto: Robhson Abreu
Robhson Abreu Eu Quero! PQN Triângulo Vale do Rio Doce Gente do Leste Autorama PQN RP Norte de Minas Sul Um minuto pro comercial Calçadão Brasília Amazônica Brasília Dendê Adalgiza
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“Fiquei muito emocionada ao ler a matéria do jornalista Douglas Luz sobre o neto que largou tudo para cuidar da avó com Alzheimer, C principalmente por ele ser jovem e abdicar de tudo para cuidar de uma idosa, fato raro nos dias de hoje. A iniciativa é um exemplo para todos nós e mais, serve como um alerta para aqueles que têm casos da doença na família. O Mal de Alzheimer é uma doença silenciosa que pode acometer qualquer pessoa, independente da classe social. Parabéns Douglas
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Fotos: Arquivo Pessoal
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“A PQN continua nos surpreendendo. Que belíssimas reportagens na edição comemorativa de 10 anos. Robhson Abreu, sei de todo o seu esforço para por o bloco na rua. Sou sua fã. Parabéns!” NATASHA GONÇALVES ASSESSORA DE IMPRENSA CONTAGEM/MG
“A Revista PQN publicou uma matéria muito legal sobre profissionais da comunicação que têm filhos com deficiência, como a Cerejinha baby, que tem pais jornalistas. Participamos da matéria como fontes. Obrigada, Helenna Dias e Robhson Abreu pelo carinho e pelo espaço!” ANA FLAVIA JACQUES ASSESSORA DE IMPRENSA BELO HORIZONTE/MG
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“Fiquei muito honrada de ter participado da matéria “Diferentes sim, mas com direitos iguais!”. Uma pauta tão humana. Parabéns a todos os envolvidos. Parabéns, Helenna e conte sempre comigo em suas entrevistas”. ALESSANDRA CANDINI PROFESSORA BELO HORIZONTE/MG “Parabéns, Helenna. A matéria ficou linda. Obrigada pela delicadeza de suas palavras na descrição de cada uma daquelas histórias.” FLÁVIA RIOS REDE COMUNICAÇÃO DE RESULTADOS BELO HORIZONTE/MG “Parabéns pelos 10 anos da revista PQN. 34ª edição está belíssima, com reportagens super humanas e mostrando que a nossa “revista” não trata somente de comunicação como alguns pensam e afirmam. A Pão de Queijo Notícias, criada com muito amor pelo jornalista Robhson Abreu, vem se firmando a cada número como uma publicação de variedades. É gratificante abrir cada edição e sentir um trabalho que emociona, que prima pela qualidade, ética e responsabilidade. Que essa essência nunca se perca nesta deliciosa revista. Parabéns. E que venha
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como ecial e a filho esp também é ter um conceito e ial. como ão soc o pre a inclus s contam combater mover a cadora A DIAS para pro comuni pode ajudar HELENN Mães ações ssão inform a profi obter para o
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A Pessoal
“A edição comemorativa dos dez anos da PQN reforça a qualidade do trabalho e a competência de Robhson Abreu à frente da publicação. A área da Comunicação tem crescido e fortalecido publicações como esta, que consegue abarcar um grande número de informações sobre o setor em nível nacional. Parabéns, PQN!” MIRNA TONUS COLUNISTA DA REVISTA PQN, PRESIDENTE DO FÓRUM DOS PROFESSORES DE JORNALISMO, PROFESSORA NA UFU UBERLÂNDIA/MG
mais um século de boas notícias.” PEDRO AUGUSTO GUIMARÃES GUIMA COMUNICAÇÃO ABSOLUTA FORTALEZA/CEARÁ
e mais ainda, parabéns Fernando Aguzzoli por sua sensibilidade, amor, responsabilidade e zelo ao próximo. “ FÁTIMA CARDOSO PEIXOTO ASSESSORA DE IMPRENSA CUIABÁ/MT
Arquivo
“Parabenizo o jornalista Robhson Abreu pela sua competência e empenho em manter a Revista PQN, um marco da imprensa brasileira. Dez anos de sucesso e compromisso com a qualidade e ética”. KÁTIA GONTIJO COLUNISTA DA REVISTA PQN, JORNALISTA E ADVOGADA BELO HORIZONTE/MG
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“Linda demais essa matéria da Helenna Dias. Delicada, sensível e humana, afinal de contas, todos nós somos diferentes, mas com direitos iguais, sempre!” CONCEIÇÃO ALVARENGA MARTINS RELAÇÕES PÚBLICAS BELO HORIZONTE/MG “Em um universo dominado pelos homens, a PQN descobriu a ótima Rachel Antonini. Linda, simpática, alto astral e dona de uma voz sem igual. Vê-la cantar na festa de 10 anos da revista foi emocionante. Ainda vamos ouvir falar muito dessa mineira. Já virei fã e sempre quando eu puder, levarei minha família para ver seus shows!” VANILDE SILVA PROFESSORA BELO HORIZONTE/MG
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PROFISSÃO
100 anos de RP no Brasil, o quê comemorar? Profissão completa um século e ainda precisa de um bom planejamento de RP para dizer a que veio, assim como seu Conselho que quer conquistar novos registrados e melhorar seu relacionamento com os profissionais HARLEY PINTO
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m século! Pode parecer muito, mas a jovem profissão de Relações Públicas ainda engatinha no mercado, talvez porque seus profissionais não entenderam a verdadeira essência da área ou o mercado não percebeu a importância de um profissional de Relações Públicas em suas organizações. São pontos polêmicos que precisam ser debatidos e alinhavados, mas que, em tempos de mídias sociais, o papel do RP tem se tornado imprescindível. A categoria tem um Conselho e poucos sabem e dão valor a essa autarquia federal tão importante, que desempenha ações ímpares, principalmente no exercício legal da profissão. Porém, a questão é: a profissão de Relações Públicas, assim como todos os seus atores do processo, carece de um bom planejamento de RP para alavancar toda uma categoria que não sabe a que veio e muito menos para onde vai. São 100 anos que precisam de uma boa reflexão e dizer – agora vai!
transporte coletivo de São Paulo. A inovação veio com a percepção da companhia de que a mesma necessitava de um setor dedicado exclusivamente ao relacionamento com os órgãos de imprensa e com o governo. Seu primeiro diretor foi Eduardo Pinheiro Lobo, que durante 19 anos exerceu as funções de diretor de Relações Públicas, contudoele não tinha formação em Comunicação, era apenas um engenheiro bem intencionado. Quarenta anos depois, em 1954, grupo de estudiosos e praticantes Brasileira de Relações Públicas daí, os estados começaram a da entidade que buscavam dar o suporte à atuação desses profissionais.
foi fundada por um de RP, a Associação (ABRP). A partir criar as seções
Tentando acertar o passo, vamos voltar à história, mais precisamente em 1906, quando o jornalista Ivy Lee foi contratado pelo megaempresário do ramo de comunicação David Rockefeller para “catequizar” vários empresários norte-americanos, incitando-os a adotarem medidas como diminuição das horas de trabalho e, claro, a divulgação dessas preocupações nos meios de comunicação, trabalhando, pela primeira vez, suas imagens corporativas. Era o princípio da profissão... Oito anos depois, no final de janeiro de 1914, o Brasil ganhou seu primeiro departamento de Relações Públicas com a implantação da The Light & Power Co. Ltda., a concessionária da iluminação pública e do
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Em 1965, iniciou-se uma ampla discussão com o objetivo de regulamentar a profissão de Relações Públicas no país. Liderada pelo presidente do Conselho Nacional da ABRP, Ney Peixoto do Valle, o debate surtiu efeito. Em 11 de dezembro de 1967, foi publicada a lei de número 5.377, que, entre outros pontos, definiu as atividades específicas da área. Sua regulamentação aconteceu em 26 de setembro de 1968, com a publicação do decreto número 63.283, que regulamentou a Lei 5.377/67, além da proposta de criação dos Conselhos Federal e Regional de Relações Públicas (Conferp e Conrerp). Tais movimentos iniciais, afirma Andréia, auxiliaram a profissão a se desenvolver e consolidar-se, tanto no aspecto institucional como no de qualificação do setor. Hoje, além dos cursos de graduação, existem vários cursos de pós-graduação (lato e stricto sensu) que apresentam linhas de pesquisa que permitem aprofundar, analisar e propor novos modelos teóricos para a área. Várias empresas possuem ou valem-se Divulgação
Luiz Munhoz
Andréia Athaydes, presidente do Conselho Federal de Relações Públicas (Conferp), afirma que a associação pode ser considerada um divisor de águas para o desenvolvimento da profissão de Relações Públicas, que por meio de seus cursos e de eventos promovidos para congregar os seus profissionais, colaborou para a disseminação da profissão no ambiente empresarial.
Andréia: o Conferp acredita que o reconhecimento profissional exigirá maior qualificação por parte dos relações-públicas que deverão estar em constante processo de capacitação
dos serviços de relações públicas, através de agências terceirizadas. Hoje, após esse importante processo histórico, além do Conferp, existem sete conselhos regionais no país que dão suporte ao Federal. São atuantes e focados na busca de melhorias para os RPs. Mesmo com a criação dessa importante entidade, muitos profissionais de relações públicas ainda confundem as atribuições dessa autarquia federal com a de um sindicato profissional. “É por isso que esbarramos com alguns RPs que reclamam da entidade, principalmente aqueles que encontram-se disponíveis no mercado de trabalho e outros que não querem ou não aceitam os trabalhos desenvolvidos pelo órgão. Poucos são os que colocam a “mão na massa”. Outros preferem reclamar a fazer parte do processo de luta pelo exercício legal da profissão”, observa a presidente do Conrerp 3ª Região (Minas Gerais e Espírito Santo), Angelina Pereira. As reflexões são importantes para entender a profissão e também para tentar dar visibilidade ao profissional.“Estamos crescendo, não digo que as pessoas saibam ainda o que é Relações Públicas, mas os setores públicos e privados precisam cada dia mais de profissionais capacitados para exercer atividades natas às relações públicas e, com isso, o mercado tem crescido tanto que diversos órgãos internacionais apontam como uma das 10 profissões do futuro em todo o Marcelo Chamusca: precisamos acabar com este câncer que se chama Conferp e Conrerp
mundo, inclusive no Brasil. Porém, ainda temos muito que evoluir”, observa o doutorando em Comunicação e Cultura Midiática, Mestre Comunicação e Mercado e colunista da PQN, o RP Daniel Zimmermann. De acordo com o professor universitário, consultor empresarial, doutorando (bolsista da FAPESB), mestre em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social e colunista da PQN, o RP Marcelo Chamusca, levando-se em conta a importância do RP no contexto contemporâneo, o profissional ainda não é tão valorizado quanto deveria, apesar de existir por parte do mercado um nível alto de reconhecimento da profissão, em se tratando de médias e grandes empresas. Ele afirma que ainda falta legitimidade social e reconhecimento no conjunto da sociedade. Para Chamusca, a maior contribuição da profissão para o país, durante estes cem anos, é a de qualificar os relacionamentos das organizações com os seus públicos estratégicos, permitindo o avanço nos seus discursos e aprimoramento da sua imagem e reputação frente à opinião pública. “Tudo vai depender das decisões que vamos tomar nos próximos anos. Se abrirmos a profissão e permitirmos a livre circulação das práticas de Relações Públicas e o termo ‘Relações Públicas’ que hoje não surge mesmo quando as empresas estão atuando na área, tudo será muito melhor”, pondera o baiano.
COMO ANDA O MERCADO DE TRABALHO Para Marcelo Chamusca, o cenário brasileiro das Relações Públicas é visto muito positivamente. Temos um mercado aberto e em crescimento, amplo e desafiador, excelente para o empreendedor e péssimo para os acomodados. Na opinião do professor baiano, para o bom profissional sempre terá trabalho. “Estou falando de trabalho e não de emprego. Emprego está difícil. Não somente para os RPs, mas para qualquer profissão, mesmo as socialmente mais legítimas. Agora, trabalho tem cada vez mais...”, garante. Daniel Zimmermann e Chamusca afirmam que os profissionais de RP não devem ficar apegados ao seu mercado de origem e buscar oportunidades em outros estados. Há alguns anos, conta Zimmermann, os bons cargos concentravam-se em São Paulo e Rio de Janeiro, já que há uma predominância econômica dessa região sobre as demais. Porém, em termos de pesquisa, produção, engajamento profissional e referências, existem em outras regiões excelentes exemplos. No Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Brasília, Maranhão e Pará, existem boas instituições de ensino com uma vasta produção e reconhecidas no mercado local e até nacional, inclusive com altos índices de absorção de egressos dos cursos de Relações Públicas. “E como elas conseguem? Trabalhando a profissão em diversos segmentos, focando nas peculiaridades de seus mercados e características regionais”, completa o professor da Cásper Líbero.
Grande do Sul (12), Bahia (9), Minas Gerais (8) e no Paraná (7). Se cada instituição de ensino formar duas turmas por semestre, com 25 alunos cada, temos no final do ano cerca de 7.200 novos profissionais de Relações Públicas chegando ao mercado. Desses, nem 10% conseguem atuar na área com salários que variam de R$ 1.200,00 a R$ 16 mil, caso atue em uma multinacional. O aquecimento da demanda das organizações por esse profissional deve-se à “descoberta” de que, sem relacionamento com seus públicos, nenhuma empresa consegue satisfazer seu público e nem tão pouco crescer. Relações públicas é a profissão dos tempos atuais, onde toda e qualquer instituição demanda a expertise e o olhar apurado do profissional de RP. “Aproveite o fato de ter escolhido a melhor carreira universitária do planeta e não deixe que coisas pequenas atrapalhem a sua trajetória profissional. Se o emprego que sonhou não veio até você, então vá atrás dele. Se não encontrá-lo, crie-o. Faça acontecer!, orgulha-se o relações públicas. E O QUE ESPERAM OS PROFISSIONAIS PARA OS PRÓXIMOS 100 ANOS? Para Lala Aranha, presidente do Conrerp Rio de Janeiro e diretora da Teia de Aranha Comunicação, na cidade maravilhosa, o maior desafio para os próximos anos é o de reconhecer o devido lugar das Relações Públicas na sociedade e nas organizações. Ela afirma que o País está atravessando um novo ciclo socioeconômico em que o
papel das Relações Públicas será muito requisitado para colaborar no desenvolvimento de outra ordem institucional. “Isso porque entendo as Relações Públicas como uma atividade que harmoniza e concilia as relações entre todos os públicos”, diz a carioca. Daniel Zimmermann afirma que os próximos 100 anos terão como maior desafio a adaptabilidade do profissional em relação às novas demandas, principalmente tecnológicas. Isso reflete na sociedade em geral. Aliás, muitos estudos e pesquisas de entidades sérias que investigam o mercado de trabalho apontam que a profissão de Relações Públicas é uma das poucas da área de humanas que irá crescer muito mais do que a média nos próximos 50 anos. A profissão terá destaque na mudança das políticas sociais, na forma como as organizações interagem com a sociedade. “Isso fará com que sejamos reconhecidos como indispensáveis para todos os tipos de organizações. Vamos fazer parte de um vasto processo de mudança no país”, garante o professor. Já Marcelo Chamusca acredita que não há como a profissão avançar mais com uma “camisa de força” chamada Conferpe e Conrerps. Ele afirma que não se trata de modelo de gestão, pois a entidade já teve e tem atualmente, pessoas e profissionais da melhor qualidade que nunca conseguiram mudar nada e nunca vão conseguir. “O sistema é cartorial, uma camisa de força que nos amarra e impede-nos de avançar. Trata-se de uma instância de fiscalização para uma profissão infiscalizável”, denuncia.
Atualmente o Brasil possui 78 cursos de Relações Públicas espalhados em diversos estados. A maior parte deles concentra-se em São Paulo (27), Rio
Lala Aranha: a profissão de Relações Públicas será muito requisitada para colaborar no desenvolvimento de uma nova ordem institucional
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Para ele, o Sistema Conferp é o responsável por uma anomalia que só existe no Brasil: chamam-se as atividades de Relações Públicas de mais de 100 nomenclaturas diferentes, menos de Relações Públicas. “E se você pensou que isso acontece por desconhecimento, pensou errado! Isso acontece para eliminar a ação do sistema”, pondera. Ele afirma que flexibilizar a profissão como querem alguns RPs não vai resolver. “É preciso desregulamentar e extinguir esse ‘câncer’ chamado Sistema Conferp, de uma vez da nossa história, se quisermos alcançar um status de legitimidade compatível com o que somos de fato: a melhor carreira universitária do mundo! Se queremos o avanço da nossa profissão, do ponto de vista de mercado, pois, academicamente somos um dos países mais avançados do mundo, precisamos desregulamentá-la e extinguir de uma vez o Sistema. Precisamos de uma abertura ampla e irrestrita. Flexibilizar é muito pouco para a realidade brasileira”, completa Chamusca. É importante esclarecer que um Conselho Profissional, uma autarquia federal, tem como atividade precípua, a fiscalização do exercício profissional de uma determinada categoria profissional. Isso vale para todos os Conselhos – Relações Públicas, Medicina, Odontologia, Administração, Psicologia, Veterinária, Engenharia e de Farmácia. Divulgação
Daniel Zimmermann: temos umas das 10 melhores profissões do mundo e uma das mais promissoras da área da Comunicação. Aguns profissionais ainda não se atentaram quanto a este quadro e se sentem perdidos
Um Conselho não tem filiados, pois não é uma Associação (pessoa jurídica de direito privado, responsável por congregar os profissionais de determinada área, visando atualização e aprimoramento profissional) e muito menos um Sindicato (pessoa jurídica de direito privado, que têm sua ação voltada para as questões referentes à relação de trabalho, tais como salário, horas extras, insalubridade, acordos e dissídios coletivos). Diferente dessas duas instituições onde a filiação é opcional, o registro em um conselho profissional é obrigatório. Assim sendo, vale ressaltar, que o registro nos Conselhos Regionais de Profissionais de Relações Públicas (Conrerps) é obrigatório tanto para profissionais que exerçam atividades de RP, quanto para as empresas que ofereçam serviços privativos da área. Os procedimentos de fiscalização dos Conrerps, tanto para pessoa física, quanto jurídica, além de filiarem-se em suas obrigações legais – enquanto autarquia designada por regulamentar uma atividade profissional –, “são as mais nobres possíveis, especialmente no sentido de garantir, na sociedade, que a atividade de Relações Públicas, seja executada de maneira séria, por profissionais que possuam a formação acadêmica e as competências técnicas para tal”, pondera a presidente do Conrerp 3ª Região (Minas Gerais e Espírito Santo), Angelina Pereira. Angelina: o Conselho de Relações Públicas só se tornará forte com a união e participação de seus profissionais. Reclamar somente não adianta
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Atualmente, afirma Chamusca, para evitar a fiscalização do Conselho, muitas empresas omitem na carteira de trabalho o termo Relações Públicas, diferente do que acontece com os termos Marketing, Publicidade e Propaganda. “No dia em que o termo Relações Públicas puder ser utilizado sem medo e sem moderação, nosso futuro será muito mais promissor. Temos tudo para ter a profissão mais reconhecida socialmente no mundo, por conta da nossa imprescindibilidade para o contexto contemporâneo. Por outro lado, precisamos nos livrar das amarras do passado e avançar fortes para o futuro. E isso só será possível no dia que a Relações Públicas possa ser amplamente difundidas”, completa. Para Angelina, o grande desafio da profissão para os próximos 100 anos é fazer com que as organizações entendam a importância do profissional, que tem entre suas atividades, a criação de ações de relacionamento que possibilitam o fortalecimento da imagem da organização junto aos seus públicos. A responsabilidade para essa grande tarefa, não é somente dos Conrerps, “e sim de todos nós, profissionais de Relações Públicas. Que possamos nos inspirar nos RPs que construíram a história da profissão nos últimos 100 anos, sejam eles vindos das academias ou do mercado de trabalho. Temos que projetar mais um século de uma profissão sólida e promissora”, diz a presidente regional.
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o Caia Robert
Robhson Abreu Quer participar? Envie suas sugestões para: robsonabreu@pqn.com.br
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CONTA NOVA
A Evcom é a nova assessoria de imprensa do Grupo Glass Vetro, que atua há 23 anos no mercado e é líder no segmento de ferragens e acessórios para o setor vidreiro. O atendimento da conta ficará a cargo dos jornalistas William Miranda e Carla Foschini, sob direção de Daniela Barbará e Alexandra Santos. Ricardo Marques
CRESCIMENTO
A agência mineira de comunicação Plan B assumiu as contas do energético Flying Horse e do Amazoo Açaí e passou a ser responsável pela estratégia da comunicação nacional das duas marcas, ambas da GlobalBev. A chegada de contas reafirmam o crescimento da agência, a atuação nacional e o posicionamento de integrar ações em vários canais de comunicação.
NOMEAÇÃO
O italiano Luca Rossi foi nomeado como o novo presidente da Lenovo América Latina. Ele será responsável pelo gerenciamento de estratégias para manter o crescimento e liderança da empresa no mercado. Seu espírito empreendedor, experiência e habilidades são fatores essenciais para conduzir a empresa a um novo nível na região, incluindo PC, Tablets e Enterprise.
MUDANÇAS 2015
A partir de agora o CBN BH será ancorado conjuntamente pelos jornalistas Guilherme Ibraim e Shirley Souza. Ibraim está na emissora desde 2011, primeiro como repórter e depois como chefe de reportagem. Já Shirley trabalhou nas rádios Itatiaia e Alvorada e nas TVs Alterosa, Record e Rede Minas. Há quatro anos faz parte da equipe CBN. Outra estreia é o “Balaio”, quadro que irá ao ar às terças-feiras, às 11h35, no qual Juliana Alvim, coordenadora de jornalismo da CBN BH, reunirá convidados para discutir os temas mais quentes da política. Raquel Romagna é a nova chefe de reportagem da manhã.
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COMPETÊNCIA
E ANO COMEÇOU!
A Lec Comunicação assumiu a conta da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel MG). A agência, que é dirigida pela jornalista Lorenza Coelho, passa a ser a assessoria de imprensa da entidade. A agência mineira está no mercado desde 2008 e oferece serviços de assessoria de imprensa, gerenciamento de redes sociais, Media Traning, cobertura jornalística de eventos, e muito mais!
O relações públicas Albert Plucky vem fazendo bonito no comando da Secretaria de Comunicação & Transparência da Prefeitura Municipal de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde que assumiu a pasta, ele e equipe vem se destacando na divulgação das ações e obras do Prefeito Carlin Moura. Além disso, Plucky vem dando um show nas redes sociais, fato que colocou a Prefeitura do município em boa posição no Facebook.
PARABÉNS
O Jornal do Buritis, que circula na região Oeste de Belo Horizonte, está completando 11 anos de circulação. Na linha de frente, o competente jornalista Alexandre Adão que, com um projeto audacioso, conseguiu crescer e concretizar a publicação, assim como o bairro Buritis que hoje abriga um forte comércio e várias escolas de ensino superior. É gratificante ver de perto o crescimento dos amigos! Parabéns!
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Eu quero ! pqn@pqn.com.br
O biscoito mais famoso virou ovo!
A Lacta traz como grande novidade o Ovo Oreo. O biscoito, que completa 103 anos de criação, ganha este ano sua primeira versão de ovo de Páscoa, com chocolate ao leite e pedaços de biscoito na casca. PESO: 365g PREÇO: a partir de R$ 49,90
Insaciável
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Não bastasse ser um dos chocolates mais gostosos da Lacta, a linha Amandita cresceu, o novo ovo Amandita Due de 510g veio para atender aos insaciáveis consumidores que buscam a deliciosa sensação de chocolate misturado com waffer.
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PESO: 295g e 510g PREÇO: R$ 61,90
Ratinho gostoso
A Nestlé traz para a criançada o Ovo Mickey. Feito com puro chocolate ao leite, a gostosura mesmo fica por conta de um brinde incrível – uma caixinha de som personalizada do famoso personagem Disney. PESO: 150g PREÇO: a partir de R$ 34,90
O lado negro... do chocolate!
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Para os aficionados em cinema, a Nestlé traz uma novidade divertida e colecionável: os Ovos Star Wars, com duas canecas diferentes para os fãs da série de filmes. Cada ovo vem com uma caneca exclusiva e dois modelos: Darth Vader e Stormtrooper. PESO: 150g PREÇO: a partir de R$ 33,90
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A boca enche d’água
O ovo Dessert Merengue de Limão possui casca de chocolate ao leite recheada de creme de merengue de limão e seu interior é repleto do marshmallow Nhá Benta. Uma deliciosa sobremesa cítrica combinada com chocolate Kopenhagen para comer de colher. PESO: 350g PREÇO: R$ 85,50
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Jóia gostosa
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O Lançamento da Kopenhagen em parceria inédita com a joalheria dinamarquesa Pandora, o Ovo SweetTreasure vem acompanhado de um bracelete de prata com um charm em formato de coelho. Confeccionado artesanalmente, a guloseima traz uma combinação irresistível de uma camada de chocolate ao leite, com uma camada de chocolate aromatizado de caramelo, pedaços de macadâmias, pistaches e cristais de caramelo, finalizados com decoração amarga. Trufas artesanais de limão com pistache e cereja com avelã, bombom de pimenta rosa e bombom baunilha, também acompanham o produto. PESO: 1Kg PREÇO: R$ 420,00
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Flor de sal
Para uma experiência única de degustação, na qual as sensações de sabor e aroma são mais intensas e realçadas, a Cacau Show elaborou o Ovo Gourmet Caramelo com toque de Flor de Sal. Feito com casca de chocolate ao leite, conta com recheio cremoso de caramelo, além de um toque de flor de sal. PESO: 400g Preço: a partir de R$ 56,90
Ovo rosa
Os amantes de chocolate branco contarão com mais uma novidade da Cacau Show: o Ovo Gourmet Rosê. Feito com o chocolate branco Cacau Show e pedacinhos de geleia de morango na casca, é uma opção para presentear e saborear. Um verdadeiro toque de carinho para o paladar.
Superheróis
Com uma formulação com mais cacau, que agrada ainda mais o paladar brasileiro, a Garoto traz o Ovo Vingadores, com puro chocolate ao leite. Mas a criançada vai se amarrar mesmo é nos quatro modelos de copos 3D colecionáveis estampados com os personagens Hulk, Thor, Capitão América e Homem de Ferro.
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PESO: 150g PREÇO: R$ 21,99
PESO: 350 g PREÇO: a partir de R$ 42,90 Divulgação
De colher!
A novidade da Garoto desta Páscoa é o Ovo Baton de Colher, com casca de chocolate ao leite, recheio cremoso e vem acompanhado por uma colher exclusiva. PESO: 73g PREÇO: a partir de R$ 12,00
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Delícia cítrica!
A Brasil Cacau tem outra novidade, o Ovo Fruit Amargo com Laranja Laranja. Essa delícia é feita de chocolate amargo com pedaços de laranja desidratada na casca. Acompanha drageados de laranja com chocolate amargo. Dos deuses! PESO: 400g PREÇO: R$ 20,80
Hummmmm!
Lançamento da Brasil Cacau, o Ovo Alfajor é feito de chocolate ao leite com biscoito e ainda recheio de doce de leite. O alfajor é um dos grandes destaques dessa Páscoa. PESO: 350g PREÇO: R$ 47,20
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Jornalista e Especialista em Mídia Eletrônica: Rádio e TV
Perspectivas do Rádio Digital
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rádio digital finalmente chegou ao Brasil e está em fase de teste desde 2005, autorizado pela Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações). Eno país, as rádios foram autorizadas a fazerem o teste com o sistema IBOC e DRM. Com a digitalização ocorrerá uma melhoria na qualidade do áudio, assim o som do AM (Amplitude Modulada) passará a ter o som do FM (Frequência Modulada) e o FM terá o som de CD.
Até o momento, o padrão a ser escolhido ainda não foi definido e a divisão de espectro não significa o surgimento de novas emissoras, mas a multiplicação dos canais das já existentes, através do Simulcastin que permitirá a transmissão de até três programas simultâneos, na mesma frequência para públicos diferentes. Além da melhoria do áudio, o rádio digital também oferecerá aos ouvintes interatividades como imagem fixa, previsão do tempo, cotações, detalhes da programação musical com nome da música, intérprete ou personagem entrevistado. Esses são alguns dos serviços que serão agregados ao rádio. Os testes realizados já
apresentaram “problema” de delay. A diferença do tempo de transmissão do sinal analógico para o digital ainda permanece. A nova tecnologia, além de não ser acessível à maior parte das emissoras, também não é acessível aos ouvintes. Espera-se que o rádio digital seja popularizado o mais rápido possível, assim como aconteceu na década de 30. O custo dos equipamentos limita o número de emissoras a realizarem os testes. O rádio, de certa maneira, terá que reinventar a forma de se fazer rádio para adaptar-se à nova tecnologia. Ao que tudo indica, a tecnologia do rádio digital será implantada apenas em longo prazo. O investimento médio é de cerca de R$ 300 mil para uma emissora que já conta com base física bem estruturada. O ouvinte terá que arcar também com a compra de um aparelho de som compatível com a tecnologia digital e calcula-se que seja entre R$ 700,00 e R$ 1.000,00 para os aparelhos fixos e entre R$ 550,00 e R$ 700,00 para aparelhos automotivos. Caso contrário não conseguirá ouvir a diferença no som. Os testes não avançaram e isso certamente vai impedir que o rádio digital torne-se uma realidade no país nos próximos anos. A evolução do processo tem sido impedida em todo o Brasil pelo atraso na escolha do sistema de transmissão e também pela limitação de recursos por parte de pequenas e médias emissoras. Os testes para a implantação da nova tecnologia foi retomado no ano passado, mas a dúvida sobre qual modelo a ser adotado ainda paira sobre a cabeça de muitos técnicos, radiodifusores e empresários.Será necessário acompanhar os testes no Brasil e aguardar uma definição do Governo Federal sobre qual o modelo a ser adotado, pois o IBOC e DAB/DRM atendem em diferentes aspectos as necessidades do rádio brasileiro.
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Triângulo Doutora em Multimeios, Mestre em Educação, jornalista, presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e professora de Jornalismo da UFU. pqn@pqn.com.br
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LANÇAMENTO
NÓS é o nome da revista-laboratório temática recém-lançada no Curso de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo da UFU, sob a orientação da professora Ana Spannenberg. A primeira edição aborda a Invisibilidade e está disponível em www.revistanos.org
EVENTO REGIONAL
Os preparativos para o Intercom Sudeste continuam ocupando as mentes dos professores e estudantes dos cursos de Jornalismo, Publicidade & Propaganda e Relações Públicas do Triângulo. Informações: www.facebook.com/ intercomsudeste2015. Mirna Tonus
AOS MESTRES COM CARINHO
A primeira turma do Mestrado Profissional Interdisciplinar em Tecnologias, Comunicação e Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) acaba de realizar diversas defesas de dissertações e produtos desenvolvidos no curso. Jornalistas, publicitários e profissionais de outras graduações são os mais novos mestres da área, na região e fora dela. Parabéns a todos!
ARQUITETURA
Acaba de ser lançada a segunda edição da Revista AUP!, publicação produzida por professores e alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Triângulo (UNITRI). Com periodicidade semestral e tiragem de mil exemplares, a AUP! vem se consolidando como um veículo de comunicação importante nas discussões sobre a cidade em suas diversas formas de apresentação. A publicação conta com artigos que versam sobre arquitetura, urbanismo, paisagismo e áreas afins, escritos por profissionais de diferentes instituições e empresas, além de uma seleção semestral dos trabalhos acadêmicos produzidos em cada período do curso de Arquitetura e Urbanismo do UNITRI. A jornalista responsável pela revista é Isabella Peixoto e diagramação da agência Folia dos Reis, parceira da Royale Comunicação Integrada e da UNITRI.
10 ANOS DE SUCESSO
O Prêmio Tubal Siqueira, que completa dez anos, está com inscrições abertas. Para divulgar a categoria Estudantes, a organização apresentou o tema – Gentileza gera gentileza – e o regulamento para professores e alunos de cursos de Comunicação Social, Marketing, Cinema e Artes. Ana Gabriela Faria, analista de conteúdo e Fernanda Amalfi, analista de marketing, estão animadas com a participação dos alunos das instituições instaladas na região de cobertura da TV Integração
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NOVOS ARES
Conhecida do público pelo marcante trabalho que desenvolve há alguns anos na comunicação de Uberlândia e região, a apresentadora do programa Manhã Total, na TV Paranaíba/afiliada Record, a jornalista Patrícia Caetano decidiu empreender em outros negócios e parcerias, associando a sua marca com produtos de qualidade que tenham a ver com seu estilo e conceitos de vida. Como resultado dessa iniciativa foi lançado uma linha de produtos da Provanza, uma indústria de cosméticos de alto padrão de qualidade, que oferece colônia, creme para as mãos e corpo, difusor de aromas, home spray e sabonete líquido com o nome de Patrícia Caetano. A jornalista conta que a ideia de ter sua linha de produtos surgiu durante suas viagens internacionais.
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Jornalista, formado em Comunicação Social pelo Unicentro Newton Paiva (BH) desde 2004. Pós-graduado em Produção de Mídias Digitais, desenvolvedor de conteúdo para Internet e analista de mídias sociais.
Um breve ensaio sobre a “Era da contrainformação” “Assim como existe um lado escuro na lua, a Era da Informação tem sua irmã gêmea malvada.”
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e acordo com os teóricos da atualidade, vivenciamos a tão aclamada “Era da Informação”. Tudo indica que chegamos a esse ponto com a globalização (pós-guerra fria) potencializada pelo desenvolvimento da rede mundial de computadores. A internet personificou esse modelo no qual a informação circula “livremente” sob a ótica de alguns e “desordenadamente” na visão de outros. Mas, como toda moeda tem dois lados, a informação tratou de nos apresentar sua irmã sombria a malquista – a contrainformação. MAS O QUE SERIA A INFORMAÇÃO E CONTRAINFORMAÇÃO? Considerando que informar significa tomar conhecimento sobre algo e que conhecimento significa entender algo por meio da razão e da inteligência, concluímos que informação é ter conhecimento denotativo sobre algo, ou seja, a ação de se informar. Esse conceito é fundamental para entender o que é a contrainformação.
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Pinóquio: o boneco que queria ser menino e para isso usava da contrainformação para que todos caíssem em suas histórias, menos o Grilo Falante, o seu grande contraditório
A contrainformação ao contrário da informação está mais para ação de não se informar, ou seja, ter um falso conhecimento sobre alguma coisa, baseado em informações falhas, percepções equivocadas e lúgubres. VOLTANDO AO PONTO Tendo esses conceitos esclarecidos, deparamo-nos com seguinte questão: será que a informação que estamos consumindo é realmente informação? Quando dispensamos alguns minutos à frente do computador e nos deparamos com milhares de dados contraditórios sobre um mesmo assunto, logo percebemos que nem tudo que estamos consumindo pode ser informação, já que para ser uma informação, a mensagem dever ser pautada pela objetividade, o que pressupõe realidade ou aplicabilidade tangível. A simples existência do contraditório em duas mensagens pode desqualificar completamente uma das versões senão as duas. Nesse sentindo, temos tal qual as leis da física, dois pólos um “positivo” e outro “negativo”. Prefiro qualificar o “positivo”como informação, já o “negativo” como contrainformação. Por último, o dado que não representa nada que seria aquele totalmente fora de contexto e por isso incompreensível, seria como o notório nêutron no pudim de átomos. MAS COMO SURGIU A CONTRAINFORMAÇÃO? Não é possível precisar ao certo quando a contrainformação surgiu, mas a hipótese é de que veio ao mundo junto com a informação. Estipular uma data em si, seria lançar mão de uma contrainformação, já que o primeiro o homem a dizer a verdade deve ter sido o primeiro a conviver com a mentira. O que se sabe ao certo é que sua popularização foi muito notada durante a Guerra Fria. Esse período é caracterizado pelo controle continuo da informação por questões estratégicas. Na disputa entre dois
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modelos hegemônicos (sociais, econômicos e políticos), qualquer vantagem poderia ser a diferença entre o fracasso o sucesso. Sendo assim, a informação logo foi utilizada como uma poderosa arma. Obter informações do adversário era tão vantajoso quanto espalhar informações falsas para induzir o mesmo ao erro. O PASSO A PASSO DA CONTRAINFORMAÇÃO
3 - Depois de decidida a estratégia é a hora de elencar as ferramentas para o “árduo” trabalho. As mesmas podem variar, porém vejamos algumas: a) Espalhar boatos ou hoax junto aos focos de interesse; b) Corromper atores do processo com as mais diversas táticas; c) Incentivar manifestações populares “supostamente” espontâneas, mas altamente planejadas e organizadas;
1 - É necessário ter um alvo. Esse alvo normalmente é um argumento válido que precisa ser ridicularizado ou refutado mesmo que seja real e válido.
d) Criar “veículos de comunicação” altamente comprometidos com a causa e “supostamente” sérios. (Atualmente a internet facilitou essa tática com a penetração das redes sociais e facilidade de criação dos blogs);
2 - É hora da escolha de estratégia. Existem três tipos bem comuns:
e) Incentivar a proliferação de informações altamente “conflituosas” e de difícil checagem para criar diversos ruídos na comunicação externa.
2.1 - Devaneio ficcional Ridicularizar o fato ou argumento, fazendo tudo parecer uma ficção digna de um filme ou criando uma aura mística, transparecendo um surto psicótico de um mente insana, uma grande falácia mentirosa com objetivos escusos e um argumento digno de uma mentalidade crente.
4 - Com a estratégia definida e as ferramentas em “mãos”, deve-se montar a base argumentativa. Essa é a parte mais trabalhosa, pois exige pitadas de retórica, persuasão, emoção, argumento suicida, fundamentalismo, pseudo-racionabilidade e falso cientificismo. Os ingredientes podem aparecer todos juntos ou separados, tudo depende da receita e do objetivo.
Exemplo: Um piloto militar altamente treinado vê um objeto voador não identificado durante uma missão e relata o fato em detalhes para a imprensa. O comando da força aérea fica bastante irritado coma atitude do militar e publica uma nota ridicularizando o episódio e afirmando que o piloto, em questão, tem trabalhado excessivamente e encontra-se relativamente estressado e confuso.
Vejamos um exemplo claro da argumentação baseada na contrainformação usando a estratégia conspiracionista:
2.2 - Distorção da realidade - Refutar o fato ou argumento fazendo parecer completamente equivocado ou mentiroso. Como se o argumento fosse fruto de um recorte da realidade com objetivos escusos que variam desde um objetivo pessoal a ser alcançado – como ganhar notoriedade – a vantagem indevida como em uma eleição. Exemplo: Milhares de pessoas reúnem-se em um protesto pacífico para pedir o esclarecimento de um crime em um determinado país. Apesar de o movimento ser nitidamente espontâneo, o governo faz uma declaração repudiando o movimento, minimizando a adesão popular e ainda sugere que os manifestantes fazem parte da oposição. 2.3 - Imputação conspiracionista - Juntar elementos que tenha pouquíssimos vínculos ou quase nenhum em uma cadeia de eventos como se fosse uma verdadeira trama de bastidores em que a verdade está “literalmente” sendo “ocultada” da população. Exemplo: Tentando mascarar um grande esquema de corrupção deflagrado pela polícia e divulgado na imprensa, o presidente (de um país qualquer) decide ir a público e afirma: “forças ocultas estão tentando desestabilizar meu governo e que um verdadeiro golpe está em andamento”.
Suponhamos fatos ocorridos na noite do dia 15 de dezembro de 78. a) Vários banhistas avistam diversos objetos de formato estranho, com luzes coloridas e movimento irregular sobrevoando a orla da praia de Copacabana; b) Perto de Copacabana, as forças armadas faziam ação militar; c) Devido a problemas de manutenção na rede elétrica, grande parte do Rio Janeiro fica às escuras incluindo Copacabana. Juntando-se A, B e C dentro da ótica conspiracionista começam a circular notícias pelo Brasil de que Copacabana sofreu uma invasão de ovnis durante a noite do dia 15/12/78 e as forças armadas travaram uma batalha com os mesmos que acabou culminando com a danificação da rede elétrica do Rio Janeiro, resultando falta de energia. Pronto, nosso argumento contrainformativo está completamente formado. Por mais que as explicações para os casos isolados sejam totalmente válidos, uma boa parcela da população vai acreditar na falácia que acaba de ser inventada. Isso ocorre porque a mente humana tende a racionalizar toda a sua percepção de mundo, logo eventos em sequência tem a mesma chance de serem aceitos do que uma boa explicação para os eventos ocorridos separadamente. 5 - Finalmente é chegado o momento de colocar tudo em prática, mas antes é necessário lembrar a regra de ouro da contrainformação: os fins justificam os meios!
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O Erwin
Jornalista, articulista e mestranda em Comunicação Social Puc Minas nadjanairabh@hotmail.com
Os fluxos comunicacionais nas organizações de saúde
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comunicação sempre se apresentou como uma questão centrada nas ferramentas em diversos tipos de organização durante muito tempo. A partir da necessidade de gerir conflitos, negociar e realizar trocas simbólicas, diante das demandas que surgem na sociedade, as organizações e seus profissionais de comunicação passaram a compreendê-la como um processo sistêmico, que se insere nos conceitos e técnicas que dão suporte aos processos administrativos para a interação entre seus interlocutores. Nessa perspectiva, a partir da década de 90, as organizações de saúde perceberam a importância da comunicação no contexto organizacional para melhor gerir os fluxos formais e informais emergentes no ambiente interno e externo, e que vêm impactando a sua estrutura e alterando contextos.
suas relações. O processo assistencial das equipes também é perpassado pelo processo comunicacional ao prescindir de normas padronizadas que se utilizam da comunicações formal da organização. A partir disso, os fluxos se conformam na medida em que as interações ocorrem em torno dos interesses de cada interlocutor.
Os avanços nos estudos sobre os processos comunicacionais, advindos das interações no contexto das organizações, possibilitaram ampliar o olhar sobre os mais diversos tipos de instituições, “ajudando-nos a entender a comunicação como um campo de estudos quando a enxergamos como um sujeito que se institui à medida que constrói seus objetos, que adota um repertório próprio, e que conforma um jeito de olhar próprio para os fenômenos sociais” (Lima e Bastos, 2008, p. 28).
Os fluxos comunicacionais escritos por meio das normas certificadoras das organizações de saúde podem ser compreendidos como processos constituintes da comunicação formal entre as organizações e seus interlocutores, uma vez que estrategicamente foram pensados e organizados, segundo as intencionalidades da organização. Oliveira e Paula (2013, p. 69) destacam que “a comunicação é um constituinte das organizações, tome ela a forma dos processos espontâneos e informais presentes no cotidiano organizacional ou dos processos planejados”. Para as autoras são importante que sejam considerados nessa perspectiva os processos que surgem da informalidade e também reconhecer os diversos discursos presentes nos processos interativos como conformadores desses fluxos.
A comunicação nas organizações de saúde também pode ser analisada a partir das interações ente médico e paciente, paciente e corpo de enfermagem, familiares, funcionários administrativos, operadoras de planos de saúde a partir dos conceitos de George Mead, em seu ineracionismo simbólico de que a comunicação está intrinsecamente ligada ao ato social e como um todo que abarca também o ato, a comunicação possibilita estabelecer uma interação. Assim, os atos que ocasionam os fluxos comunicacionais se processam também a partir do processo assistencial que é fim e que, dada a importância da comunicação, também se torna processo-meio da organização de saúde para estabelecer
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As características especificas das organizações de saúde, suas normas, valores, políticas são atributos que os interlocutores que com ela realizam troca incorporam em seus discursos, constituindo fluxos que possibilitam criar estratégias, que consolidam o papel da comunicação como processo importante para o alcance de objetivos e sua legitimação pública perante a sociedade.
Analisar os fluxos comunicacionais das organizações de saúde abre uma discussão sobre como os discursos desses diferentes atores, dentro de um mesmo contexto organizacional, estabelecem uma intersecção de histórias de vida, que são impactados pela cultura e pelos fluxos normatizados da organização.
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Vale do Rio Doce Aguardo suas sugestões e notas: zevicente.gv@hotmail.com
Arquivo pessoal
CARNAVAL
Foi o maior sucesso o bloco de rua dos amigos e equipe da Pop Comunicação Inteligente, no Trupico do Lala, durante o Carnaval 2015 em GV. Alegria, samba no pé e disposição para pular os quatro dias de folia momesca. Todos estavam vestidos com camisa produzida especialmente para a festa. Ah, quero a minha heim...
NOVO DRD
Após a saída dos colunistas sociais Sinara Neves e Márcio Castelo Branco do Diário do Rio Doce, o único jornal diário da cidade, a coluna Agenda Social ficou de cara nova. O espaço vem sendo feito pelos profissionais da redação. Ah, gente, mas não é a mesma coisa! O valadarense gosta de estilo & glamour. Uma pena!
SAUDADES
A cidade ainda lamenta os falecimentos das senhoras Seriah Halabi e Inês Vieira Cabral, o que deixou ZVS muito triste. Divulgação
POSSE
ARTE COZINHA
A socióloga Beth Reis tomou posse na presidência da Associação e Fórum das Creches Conveniadas de Governador Valadares.
NOVO PRESIDENTE
A Câmara Municipal de Governador Valadares está de novo presidente. Tomou posse, para comandar a casa no biênio 2015/2016, o dinâmico vereador Adauto Carteiro. Fazem parte da diretoria Pedro da Utilar, Cezinha Alvarenga e Iracy de Matos. Sucesso!
COMERCIAL E EMPRESARIAL
Médico e empresário Maurício Dutra tomou posse na presidência da Associação Comercial e Empresarial de Governador Valadares. Ele conta com o apoio da sua brilhante diretoria e conselho, além da bonita primeira dama da ACE, Larissa Gualberto de Souza Dutra. Com certeza a Expoleste 2015 vai bombar este ano!
A apresentadora Tessa Damasceno já está preparando a segunda edição da sua revista Arte Opinião Cozinha, que circulará no segundo semestre de 2015. A primeira edição, com apoio total da rede de supermercados Coelho Diniz, foi superelogiada, com mais de 60 receitas deliciosas. Tessa promete surpresas no próximo número. Divulgação
EXPERT
A Exata Publicidade foi eleita a melhor agência local da região pela LEAG - Local Agency Group. Uma rede global de agências locais escolhidas a dedo, mercado por mercado, no mundo inteiro. Para comemorar, a agência marcou presença no Primeiro Summit Leag. Parabéns para toda a equipe! Agora só faltam dar as caras aqui na PQN!
FEIJOADA
O apresentador Rejes Salomão promoveu a 10ª sexta edição da sua feijoada de verão. Dessa vez, aconteceu no alinhado restaurante Concept, onde ele homenageou seus parceiros, com belo troféu.
CARTA DE NOTÍCIAS
Já está circulando em Valadares, a nova edição da revista Carta de Notícias editada pelo competente jornalista e também colunista da nossa PQN, William Saliba, do Vale do Aço. ZVS é o seu representante na planície-GV, com uma página, onde conta as amenidades & irreverências da terrinha.
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Robhso
Mestre em Administração; especialista em Direito Público; especialista em Formação Política e Econômica da Sociedade Brasileira; jornalista da Rádio América; advogada da Bueno e Gontijo Advocacia e Consultoria, professora de Direito Civil e Processual Civil da Una Betim.
Novo seguro-desemprego A
partir de agora, estão valendo as novas regras para o seguro-desemprego impostas pelo Governo Federal. O pacote foi publicado no dia 30 de dezembro de 2014, em edição extraordinária do Diário Oficial da União, em conjunto às medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram as regras da concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas, entre eles a concessão do seguro-desemprego
Anunciadas pelo Ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, as medidas alteram regras do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da Previdência Social, aumentando o rigor para a concessão do abono salarial, do seguro-desemprego, do seguro-defeso dos pescadores artesanais, a pensão por morte e o auxílio-doença. Segundo o Governo, as mudanças vão acarretar uma economia de R$ 18 bilhões ao ano a partir de2015. Dentre as mudanças, estão as que envolvem os prazos de carência para a concessão do auxílio-desemprego e o número de parcelas que serão recebidas pelo cidadão. Antes, o trabalhador poderia solicitar o seguro-desemprego após trabalhar seis meses. Com as novas regras, ele terá que comprovar vínculo com o empregador por pelo menos 18 meses na primeira vez em que requerer o benefício. Na segunda solicitação, o período de carência será de 12 meses. A partir do terceiro pedido, a carência voltará a ser de seis meses. Também houve mudanças no número de parcelas do seguro-desemprego. Pela antiga regra, o trabalhador recebia três parcelas se tivesse trabalhado entre seis e 11 meses. Para receber quatro, ele teria que ter trabalhado entre 12 e 23 meses e para receber cinco parcelas, teria que ter trabalhado pelo menos 24 meses. Agora, na primeira solicitação, ele vai receber quatro parcelas se tiver trabalhado entre 18 e 23 meses e vai receber cinco parcelas se tiver trabalhado a partir de 24 meses. Na segunda solicitação, o trabalhador vai fazer jus a quatro parcelas se ele tiver trabalhado entre 12 e 23 meses e cinco parcelas a partir de 24 meses. Na terceira, nada muda, vale a regra anterior. Outro ponto da MP, é o aumento da carência do tempo de carteira assinada do trabalhador que tem direito a receber o abono salarial (PIS/Pasep). Antes, quem trabalhava somente
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um mês e recebia até dois salários mínimos tinha acesso ao benefício. Agora, o tempo será de, no mínimo, seis meses ininterruptos. Outra mudança será o pagamento proporcional ao tempo trabalhado, do mesmo modo que ocorre atualmente com o décimo terceiro salário, já que, pela regra atual, o benefício era pago igualmente para os trabalhadores, independentemente do tempo trabalhado. As regras introduzidas agora terão impacto maior a partir de 2016. Para o trabalhador que adquiriu o direito por ter trabalhado em 2014, vale a regra anterior. Outro ponto que destacado são os novos critérios para obter pensão por morte pagas pela Previdência. As regras não se aplicam a quem já recebe a pensão. O Governo vai instituir um prazo de “carência” de 24 meses de contribuição do segurado para que o dependente obtenha os recursos. Atualmente, não é exigido tempo mínimo de contribuição para que os dependentes tenham direito ao benefício, mas é necessário que, na data da morte, o segurado esteja contribuindo. Será estabelecido ainda um prazo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para que o cônjuge obtenha o benefício. Outro ponto polêmico da MP é a vitaliciedade do benefício. Cônjuges “jovens” não receberão mais pensão pelo resto da vida. Pelas novas regras, o valor será vitalício para pessoas com até 35 anos de expectativa de vida – atualmente quem tem 44 anos ou mais. A partir desse limite, a duração do benefício dependerá da expectativa de sobrevida. Desse modo, o beneficiário que tiver entre 39 e 43 anos receberá pensão por 15 anos. Quem tiver idade entre 33 e 38 anos obterá o valor por 12 anos. O cônjuge com 28 a 32 anos terá pensão por nove anos. Quem tiver entre 22 e 27 anos receberá por seis anos. E o cônjuge com 21 anos ou menos receberá pensão por apenas três anos. Deixará de ter direito à pensão o dependente condenado pela prática de crime que tenha resultado na morte do segurado. Atualmente, o direito de herança já é vetado a quem mata o segurado, mas não havia regra com relação à pensão por morte. As regras são polêmicas e podem ser derrubadas, pois é uma MP que tem até 120 dias para ser convertida em lei pelo Congresso Nacional. No entanto, por enquanto está em vigor. Fiquem atentos!
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CASO RODRIGO NETO
Uma data trágica a ser relembrada. No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, completam dois anos a bárbara execução do jornalista Rodrigo Neto, crime ainda não completamente elucidado pela Polícia Civil de Minas Gerais. Ele atuava na Região Metropolitana, onde publicava no Jornal Vale do Aço e Rádio Vanguarda, reportagens investigativas sobre misteriosos assassinatos envolvendo policiais.
EXPANSÃO
A modelo Natália Guimarães ilustra a fase de expansão do Shopping Vale do Aço e não é para menos, pois o projeto arquitetônico tem tudo para oferecer o máximo de conforto aos consumidores da região e aos lojistas. E por falar em beleza, eis que o time da Amplo Brasil Publicidade entrou em cena dando um toque todo especial.
GESTÃO DE PESSOAS
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No Vale do Aço, a repórter da InterTV dos Vales/Globo, a competente Janaína Gonçalves, passou a integrar o time de colaboradores da revista Carta de Notícias. Pós-graduada em gestão de pessoas, ela assina uma coluna sobre o tema na publicação.
HORA DA CEGONHA
Anelise Goper e Bruno Freire, diretores da revista Mais Vip, receberam os amigos em chá de fraldas na Chácara Madeira, em Paraíso. Eles aguardam a cegonha que traz a pequena Bruna, sua primeira herdeira. Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal
SOCIAL
A gerente de comunicação empresarial da Aperam, Soraya Torre, ladeada pelo engenheiro sanitarista e ambiental, Guilherme Argolo Saliba e pelo diretor da Associação Comercial de Timóteo, Hiler Félix.
ENCONTRO IMPORTANTE
Em recente encontro com a imprensa do Vale do Aço, a equipe da Usiminas: Paulo Assis (coordenador de Comunicação da Usina de Ipatinga), Maria Lígia Dutra (gerente geral de Comunicação Empresarial), Romel Erwin de Souza (presidente), Roberto Maia (diretor industrial) e Leonardo Castro Alves (assessor de imprensa). Arquivo Pessoal
DESTAQUE CARNAVALESCO
Francisco Neto, badalado colunista do Diário do Aço de Ipatinga, foi destaque em um dos carros alegóricos da Escola de Samba Unidos da Piedade, que abriu a apresentação do grupo especial, na segunda noite de desfiles em Vitória, no Espírito Santo. O Carnaval capixaba, que tradicionalmente é comemorado uma semana antes dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, teve mais uma vez transmissão ao vivo pela Band para todo o Brasil.
LEMBRANÇAS DE PAUL
A jornalista Tânia Mariano (que atuou por muitos anos na assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Turismo do ES) e este colunista na sala de imprensa do show de Paul McCartney, em Cariacica, realizado no final do ano passado em Vitória/ES.
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Autorama
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NOVO RENEGADE
Com o lançamento marcado para o dia 10 de abril, o Renegade, o primeiro Jeep produzido na nova fábrica do grupo FCA em Goiana, (PE), chega às lojas com preços entre R$ 69.900,00 e R$ 116.900,00. A marca ainda promete uma versão mais barata, com motor 1.8 Flex e preço de R$ 66.900,00. Com opções 4x2 e 4x4, o utilitário terá três versões de acabamento: Sport, Longitude e Trailhawk, que poderão ser equipadas com motor 1.8 flex de 130/132 cv de 18,6/19,1 kgfm de torque ou 2.0 turbodiesel de 170 cv 35,6 kgfm de torque. Além das duas opções de motorização, o carro contará com três tipos de transmissão: manual de cinco marchas (para a versão de entrada), automática de seis marchas ou automática de nove velocidades.
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FAMÍLIA 2015
RECALL
A Hyundai anunciou um recall envolvendo o Genesis 2015. Foram encontradas possíveis infiltrações nas lanternas traseiras, o que pode resultar em acendimento inadequado no painel ou então no não acendimento das luzes de freios. A princípio, o chamado se estende a 24.400 unidades do modelo 2015, fabricados entre 21/02/2014 e 24/01/2015. A montadora informa que os proprietários dos veículos afetadas devem comparecer a rede autorizada para inspeções e, caso necessário, para a impermeabilização das lanternas.
CLIENTE MAIS QUE SATISFEITO
A Triumph Motorcycles foi eleita pelos internautas e leitores da revista Motociclismo, da Motorpress Editora, a marca de motocicletas com o “Cliente mais Satisfeito” no Brasil. É o segundo ano consecutivo em que a fabricante inglesa é a vencedora nesta categoria. Para chegar a este resultado, a editora considerou os votos de mais de quatro mil eleitores. A Triumph teve aprovação de 96% dos seus clientes.
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BIKE DA GM
A renovação da linha Volkswagen Fox agora está completa. A perua SpaceFox e a sua versão aventureira Space Cross acabam de receber as mudanças visuais do hatch e chegam às lojas com preços iniciais de R$ 58.590,00 e R$ 69.690,00, respectivamente. A dupla também ganhou o motor 1.6 16V MSI de 120 cv de potência e 16,8 kgfm de torque associada ao câmbio manual de seis marchas ou a caixa automatizada I-Motion de cinco velocidades. Esse conjunto, no entanto, só está disponível para as versões topo de linha. A versão de entrada Comfortline continua a oferecer o tradicional quatro cilindros 1.6 8V de 104 cv e 15,6 kgfm de torque.
A General Motors começou a vender a sua linha de bicicletas, apresentada durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro do ano passado. O primeiro modelo a chegar às concessionárias é a Mountain Bike Aro 27,5 - a bicicleta estreia no ano em que a Chevrolet completa 90 anos de atividades no Brasil. Com quadro de alumínio hidroformado, suspensão hidráulica a ar e óleo, freios a disco hidráulicos, e relação de 27 marchas, a bike pesa apenas 13,6 kg. O preço sugerido é de R$ 3.499,00. Salgadinho!
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ELE ESTÁ CHEGANDO
A Porsche anunciou a chegada do Cayman GT4 ao Brasil. A versão de topo de linha do modelo terá preço inicial de R$ 569 mil, valor que pode aumentar de acordo com a introdução de acessórios. As encomendas já podem ser feitas e as entregas devem começar nas próximas semanas. O modelo é equipado com motor 3.8 de seis cilindros contrapostos, oferecendo 385 cavalos de potência, indo de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos.
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NEW GENERATION
A nova geração do Fusca chegará ao mercado nos próximos três anos, foi o que garantiu Heinz-Jakob Neusser, presidente do conselho de administração da montadora, durante o Salão de Nova York. O novo Fusca terá um design mais dinâmico e emocional e com possibilidade de motorização híbrida ou elétrica. Divulgação
BIKE DA GM
A Honda atingiu a marca de quatro milhões de motos flex fabricadas em Manaus (AM). Desde 2009 a empresa produz modelos com a tecnologia que permite abastecer com etanol, gasolina ou com a mistura de ambos. Hoje, a linha conta com oito motocicletas flex: Biz 125, CG 150 Start, CG 150 Fan, CG 150 Titan, CG 150 Cargo, NXR 160 Bros, CB 300R e XRE 300. Esses produtos representam cerca de 65% das vendas no mercado brasileiro.
TOP OF MIND CARIOCA
A Fiat Automóveis tem excelentes indicadores em Top of Mind, lembrança de marca, lealdade, consideração de compra e preferência no mercado carioca. Entre os carros mais vendidos, estão Siena e Palio. E mais do que investir neste potencial mercado, a marca participa de diferentes projetos na região. É parceira, por exemplo, do movimento ‘Rio Eu Te Amo’, projeto que deu origem ao filme de mesmo nome. Patrocina há mais de 10 anos o evento “Rei & Rainha da Praia”, durante o verão. Trata-se de uma competição de vôlei de praia que reúne os melhores atletas do país. Divulgação
RIO 450 ANOS
Em comemoração aos 450 anos do Rio de Janeiro, a Fiat lança a série especial Novo Uno Rio 450. O símbolo das comemorações, formado por três traços que lembram juntos um rosto de perfil, estampará a tampa traseira e a lateral dos carros da série em formato de adesivo. Nos bancos dianteiros, a forma é reproduzida com um bordado especial. Esta série especial estará disponível apenas na versão Novo Uno Way 1.0, que ainda terá rodas de liga leve e nova cor nos aneis da grade dianteira, combinando com o retrovisor. Ela será vendida em todo o Brasil. Preço da Série Especial Novo Uno Rio 450, cerca de R$ 37.890,00.
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o pes Arquiv
Jornalista, Mestre em Comunicação Social pela PUC Minas; gestora de comunicação e coordenadora de jornalismo da Prefeitura Municipal de Contagem. Participa do grupo de pesquisa “Comunicação no Contexto Organizacional: Aspectos Teórico-Conceituais, da PUC Minas.
Comunicação x complexidades
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uem já não ouviu a expressão: “Todo mundo acha que sabe fazer comunicação!”? Sabemos que todos se comunicam e isto vem sendo feito pelo ser humano desde a sua existência. Fazer com que a “comunicação” aconteça, ou seja, que a mensagem chegue ao receptor, com menor ruído possível, não é tarefa tão fácil assim. Exigem estratégias e entendimento do processo comunicativo, que vão muito além daquilo que é apenas comunicar. Voltando aos estudos básicos da comunicação – emissor, mensagem e receptor –, entendemos que a comunicação não se processa mais dessa forma linear e passiva. Esse modelo de comunicação é ultrapassado e insuficiente para responder às questões que permeiam as relações que ocorrem no processo comunicativo e que estão cada vez mais complexas, tensas e difusas. Estudos científicos comprovam que não basta apenas comunicar, é preciso entender o contexto social (quais são os públicos, onde eles estão inseridos, suas vivências e experiências). O linguista francês Patrick Charadeau em sua teoria sobre a análise do discurso explica que os sujeitos concebem, organizam e encenam as intenções para produzir efeitos de persuasão ou sedução no seu interlocutor. No entanto, para promover essa sedução não basta apenas encenar e produzir. Não basta que os profissionais de comunicação apenas criem campanhas mirabolantes – milhares de folders, cartilhas, posts de facebook, notícias – para tornar a organização ou o indivíduo conhecido. É preciso mais do que isso ou a comunicação poderá morrer na praia! Devido ao imediatismo das informações e a era digital, percebemos que hoje a maior parte das assessorias de comunicação e agências de publicidade produz sem parar. São peças em série, apenas para informar e não consideram o “comunicar” em seu processo de troca compartilhada. Desconsideram totalmente os efeitos que a mensagem pode causar no indivíduo e aquilo que ele vai interpretar. Apenas produzem e informam o que querem informar. Por isso, a comunicação não acontece! O principal olhar da comunicação deve ser em direção à alteridade, ou seja, ao outro. Uma mensagem pode gerar diversas significações para uma pessoa, gerando um complexo de impressões, informações, percepções e conceitos, já que aquele que a interpreta, também a ressignifica.
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As pessoas produzem sentidos ao verem uma peça publicitária, ao lerem uma notícia, ao verem um post de Facebook ou ao interagirem numa roda de amigos. Elas interpretam as mensagens que lhes são passadas e também dão respostas. Segundo o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rudimar Baldissera, “os sujeitos reagem, recebem, negociam e driblam os propósitos do emissor”. A mensagem que é recebida pode não ser reconhecida, porque ao interpretar, os indivíduos podem transformá-la. Sabemos que os meios de comunicação assumem um papel fundamental na difusão das informações. No contexto organizacional, as práticas de comunicação referendam-nos para a complexidade dessa difusão. O Facebook, por exemplo, que tem se tornado uma importante ferramenta de comunicação nas organizações (privadas ou públicas) dá-nos uma luz para essa reflexão. Os posts ou informações ali apresentados geram pensamentos positivos e/ou negativos. Na maioria das vezes, negativos! Por quê? Aquilo que se pretende comunicar está indo na contramão das expectativas do públicoa que se pretende informar. As pessoas querem “X” e a comunicação informa “Y”. O que é de interesse real do indivíduo não é considerado ou informado. Nessa reflexão, existe um desalinhamento de expectativas e vivências. O que a organização apresenta não vai ao encontro às expectativas dos indivíduos. Antes de comunicar qualquer mensagem, esse alinhamento deve ser feito. A comunicação tem que ser pensada como um processo de troca compartilhada e não como mera transmissão de mensagens por parte daquele que informa. Os envolvidos no processo devem ser observados como sujeitos de produção e interpretação. Dessa forma, é importante que os comunicólogos olhem a comunicação de maneira mais ampla, a partir dos “pontos de fuga”, como nos diz o professor Fausto Neto. A comunicação não é um mecanismo corretor que saneia a instabilidade. A comunicação é um processo, que pode promover a confiabilidade daquilo que é comunicado, quando é bem pensada e planejada. Nessa lógica de estratégia, não devemos desconsiderar as incertezas e defasagens contextuais do processo comunicativo, como também aquilo que a recepção percebe, sente, metaboliza e reage.
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o Pesso Arquiv
Relações Públicas e professor de RP da Cásper Líbero. Mande suas sugestões: pqn@pqn.com.br
NOVA CARTEIRA
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Divulg
Os profissionais de Relações Públicas contam agora com nova Carteira de Identidade Profissional. Produzidas em formato mais resistente, moderno e seguro, as cards identification vem com seu chip smartcard. Por ser um documento legal e oficial de uma profissão regulamentada, o documento pode e deve ser utilizado em todas as situações de identificação, substituindo o RG e possibilitando sua utilização em processos seguros e eletrônicos por meio do uso de certificados digitais. A taxa é de R$ 75,00 e os profissionais terão prazo de um ano para fazer a renovação. Após isso, as carteiras perderão validade.
UMA DÉCADA
Reconhecido por órgãos internacionais como as Nações Unidas e com mais de 21 mil beneficiados, o programa social Árvore da Vida, criado pela Fiat Automóveis, na região do Jardim Teresópolis, em Betim (MG), comemorou seus 10 anos com apresentação de espetáculo inédito, produzido em parceria com o grupo teatral Ponto de Partida. No palco do Teatro Bradesco, em Belo Horizonte, jovens do Árvore da Vida e atores do Ponto de Partida contaram as transformações da comunidade no musical Do Outro Lado, reunindo uma plateia com mais de 500 convidados.
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CONTRATAÇÃO
A 9ine anunciou a contratação de um novo diretor para comandar a sua área de Relações Públicas e Comunicação Corporativa. Victor Rios, ex-CBF, chega para ocupar o cargo. Formado em Jornalismo pela PUC-Rio, com pós-graduação em Gestão e Marketing Esportivo no IBMEC, Victor tem 30 anos, é carioca, tem experiência no esporte e é respeitado pela imprensa esportiva. Boa sorte!
CONGRESSO
Kika Antunes
BOA ESCOLHA
A Presença Online acaba de escolher a Trama Comunicação, empresa que tem 19 anos na área de relações públicas, como sua agência. Entre as atribuições está o planejamento de comunicação, campanhas de engajamento, experiência da marca, relacionamento com a imprensa e formadores de opinião e parcerias com públicos de interesse.
O IX Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas (Abrapcorp 2015) acontecerá entre os dias 12 e 15 de maio, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas e na Faculdade Metrocamp, em Campinas, SP.O evento terá como tema “Comunicação, Governança e Organizações”, destacando e contemplando um assunto que ganha forma e abordagem aprofundada e crítica nos últimos anos. No IX Abrapcorp, a temática será abordada de forma transdisciplinar, com convidados das áreas de administração e de comunicação dialogando a partir de suas respectivas expertises. A taxa de inscrição varia de R$ 80,00 a R$ 415,00, de acordo com o perfil do inscrito e data de pagamento. Sócios da Abrapcorp e alunos de graduação têm descontos e todos os públicos podem contar com valores reduzidos de inscrição até o dia 31 de março de 2015. Informações: www.abrapcorp.org.br.
NOVOS ARES
Daniela Keller é a nova diretora-geral da Red Fuse Communications no Brasil, empresa que desenvolve todas as atividades de comunicação da Colgate-Palmolive no País, concentrando as campanhas off-line, digital, shopper marketing, marketing de relacionamento dirigido aos dentistas e campanhas promocionais. Ela vai liderar uma equipe multidisciplinar.Trata-se de um modelo ideal de agência full-service com profissionais de diferentes especialidades trabalhando de forma integrada para oferecer Di vu ao cliente todos lga çã o os serviços de comunicação e marketing.
MARKETING
Literatura ainda é um bom negócio! Coleção de escritores paranaenses alavanca vendas de jornal e mostra que a leitura de livros possui lugar fixo no mercado. FLORA GUEDES
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a era dos e-books, leituras virtuais e de baixo consumo de obras literárias, muitos leitores mostraram que ter um livro nas mãos ainda é sinônimo de cultura prazerosa. Prova disso foi a promoção do Gazeta do Povo, jornal de maior circulação no Paraná. Distribuído como encarte, o Projeto Coleção Literatura Paranaense foi um sucesso de aceitação entre os paranaenses, tanto que elevou em 35% as vendas avulsas do jornal de sexta-feira no período de novembro a dezembro de 2014, quando foram distribuídos gratuitamente, sem custos adicionais para os assinantes e leitores. Nunca antes foram reunidas grandes obras paranaenses numa única coleção e disponibilizadas, por meio de um projeto, para um público em larga escala. A promoção foi coordenada
pela Editora Inventa, que utilizou obras de seis talentos da escrita do Paraná como Miguel Sanches Neto, Manoel Carlos Karam, Domingos Pellegrini, Paulo Leminski, Roberto Gomes e Helena Kolody. Com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura do Brasil, o projeto foi patrocinado pela Caixa e Instituto Joel Malucelli, além do Grupo Positivo.
refletiu a boa receptividade do produto junto aos leitores. “Os números bem expressivos foram uma surpresa agradável. Não imaginávamos que seria um aumento dessa proporção, tanto que foi necessário repor jornais em alguns pontos de venda”, conta Ana Amélia Filizola, diretora da Unidade de Jornais do GRPCOM - Grupo Paranaense de Comunicação.
Durante o período da promoção, com a distribuição das seis obras, houve uma redução de 11% no total de encalhe do jornal às sextas-feiras e um aumento médio de 25,39% no número de pontos de vendas que tiveram as obras esgotadas. A média de vendas do jornal da sexta-feira foi crescente a cada distribuição. O bom resultado demandou um aumento da quantidade de jornais entregues às bancas, o que
Com tiragem de 420 mil exemplares – 70 mil de cada título – estima-se que o projeto atinja diretamente mais de 2,5 milhões de leitores das mais diversas faixas etárias e classes sociais. A obra que registrou maior procura nas bancas foi Infinita Sinfonia, de Helena Kolody, seguida de Alegres memórias de um cadáver, de Roberto Gomes, além de Ensaios e anseios crípticos, de Paulo Leminski. Divulgação
Coleção Literatura Paranaense: sucesso entre os leitores, mostrando que a literatura ainda é um bom negócio a ser explorado
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ção
coleção colocar na mão das pessoas, obras literárias que ajudam a formar um público leitor no Paraná”, avalia o escritor. O Jornal da guerra contra os Taedos, livro de Manoel Carlos Karam, que ganhou publicação póstuma e agora foi reeditado nessa coleção, apresenta um relato aparentemente factual sobre uma disputa bélica e desmistifica o discurso de guerra, das artimanhas e estratégias com ironia e humor.
As poesias de Helena Kolody encantaram os paranaenses, tornando o livro o mais procurado de toda a Coleção
Quando a coleção foi idealizada, informa Ana Amélia, a editora tinha a percepção de que o conteúdo seria de interesse dos leitores, pois tratava da história e da identidade cultural do povo paranaense. Quando o leitor gosta de um produto, ele responde com rapidez e foi o que aconteceu. O sucesso da Coleção Literatura Paranaense foi tão expressivo, que o GRPCOM já pensa em editar outros produtos. “A Coleção contou com conteúdo agradável, um formato que facilitou o acesso à leitura, além de ser fácil de guardar”, avalia Ana Amélia. GRANDES OBRAS PARANAENSES Baseada em critérios artísticos e literários, além de algumas questões burocráticas e legais, a curadoria do Projeto Coleção Literatura Paranaense conseguiu montar uma seleção de autores e obras ‘ideais e possíveis’ para representar a arte literária contemporânea paranaense. O escritor Miguel Sanches Neto, que também é poeta, contista, ensaísta, considerado um dos críticos literários mais respeitados no Brasil, é um dos escritores participantes com sua obra inédita Linhas Órfãs. Neto afirma que atualmente não existe nenhum movimento institucional que consagre o autor paranaense, por isso vê a coleção como uma forma de fortalecer e celebrar os escritores locais. “E ainda mais importante é o fato dessa
Já Pequenices, do escritor londrinense Domingos Pellegrini, reúne pela primeira vez uma série de crônicas em um livro, confirmando seu talento como um grande contador de histórias e um dos maiores cronistas do Brasil, agraciado duas vezes com o Prêmio Jabuti e é autor de mais de 30 obras entre contos, novelas, crônicas juvenis e infantis. Também compõe a Coleção Gazeta do Povo Literatura Paranaense Ensaios e anseios crípticos, de Paulo Leminski. A obra reeditada é a oportunidade de conhecer Leminski como ensaísta, polemista, que joga luz em questões específicas. Embora aborde temas complexos, o autor fala de forma direta, emotiva e preza pela beleza do texto. O conhecimento acadêmico é colocado à prova em Alegres memórias de um cadáver,, de Roberto Gomes. Uma obra-prima da literatura brasileira, em sua sexta edição, está mais atual do que nunca. Para completar a série em grande estilo, a obra Infinita sinfonia, de Helena Kolody, que reúne cerca de 500 poemas da escritora.
Escolas Particulares (Sinepe/PR). Só a Secretaria de Estado da Cultura, por meio da Biblioteca Pública do Paraná, distribuiu nove mil títulos da Coleção. Os estabelecimentos penais do Paraná, vinculados à Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, também receberam as obras. O projeto conta com o Manual do Professor, um volume especial que fornece instruções para serem aplicadas em sala de aula incluindo exercícios relacionados a cada obra da Coleção. O Manual foi distribuído para mais de 90 mil professores das escolas públicas gerenciadas pelo Governo do Paraná e em mais de duas mil instituições de ensino particular no Estado. Coube à Editora Inventa o projeto gráfico e diagramação dos livros, enquanto que o estúdio de design D-lab assina as ilustrações dos autores que estampam as capas e, a Posigraf, ficou responsável pela impressão e acabamento dos livros.
Ana Amélia: a Coleção trouxe a história e a identidade cultural do povo paranaense
Eduardo Macarios
Divulga
BOA DISTRIBUIÇÃO Mais da metade dos exemplares foram distribuídos pela Gazeta do Povo e os demais foram encaminhados para a rede pública e privada de ensino, além de importantes pontos de leitura e espaços culturais Saber como o Faróis do Saber, Tubotecas e Casas de Leitura, por meio das parceiras firmadas entre o Governo do Estado do Paraná, Secretarias da Educação e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e também o Sindicato das
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rigues
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Robso
Jornalista e Juiz de Direito aposentado.
Os vícios de linguagem
J
á faz um bom tempo que observo na imprensa, principalmente falada, o uso de alguns vícios de linguagem e de formas emergentes de expressões já consagradas em nosso tão maltratado vernáculo. Felizmente, nossas redações e nossos entrevistadores não se deixaram contaminar pelo emprego inadequado, indevido e abusivo do gerúndio, que grassou pelo País afora, desencadeado, ao que parece, por operadores de telemarketing. Existe um fenômeno linguístico que não tem muita explicação, envolvendo o aparecimento de gírias e corruptelas, que surgem no linguajar popular, simplesmente do nada. Elas não são de todo condenáveis, pois a língua viva sofre e deve sofrer mutações ao longo do tempo, como também é salutar que ela receba influência de línguas estrangeiras, sem se falar do vocabulário regional, bastante variado. Nesse particular, há termos que são usados e conhecidos até mesmo numa única cidade. Ainda não é disso que me propus a escrever neste espaço. Quero abordar, exatamente, a linguagem jornalística, tanto aquela concebida e regrada nas redações, como aquela que flui de modo espontâneo, na atividade dos repórteres, na condução de suas entrevistas, sobretudo quando se trata de jornalismo de televisão e rádio. Algumas dessas expressões até soam mal e ferem a gramática, como é o caso do “meio que”. Creio que essa tenha surgido da fala de um narrador esportivo do futebol nacional, ao comentar, por exemplo, que um jogador estava meio que desmotivado ou que o esquema tático mostrava-se meio que complicado. Isso, porém, é do futebol, seara em que cada narrador procura ter a sua marca, o seu bordão, com destaque para o momento do gol. Nossas tardes e noites de transmissões esportivas, pelo rádio e pela televisão, têm uma linguagem peculiar, rica e até mesmo gostosa, por conta da criatividade e da emoção dos narradores. Ouvimos e vemos, até a última volta do ponteiro, a bola correndo pelo gramado ou viajando sobre a área, o árbitro apitando pela última vez, ao final de cada tempo da partida; caixa, caixa e mais caixa, a cada gol; tá no filó, do saudoso Sasso, tão antigo, dos tempos da TV Itacolomi; pelo amor dos meus filhinhos; no pau, no pau, quando a bola não
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entra, impedida pela trave; ou, ainda, o que que eu vou dizer lá em casa, quando o jogador erra o gol, debaixo das traves; pimba na gorduchinha... E por aí vai. Tudo bem folclórico. Passo agora ao foco do que quero dizer que são alguns vícios de linguagem e formas emergentes de expressão. Pegando o gancho do futebol, começo com o uso do verbo seguir, em vez do verbo continuar. Tomo a expressão, tão conhecida, que virou chavão até mesmo fora dos gramados, “segue o jogo”. Na esteira do jogo, segue a missa, segue a reunião, segue o enterro. E muito mais, como, em caso de interrupção de uma partida, “o jogo segue parado”. A substituição verbal ali apontada, talvez porque pareça mais erudita, não se justifica, como não se justifica sua generalização. Segundo o bom Aurélio, seguir tem o sentido de acompanhar, ou seja, está mais para perseguir. Já o verbo continuar tem o sentido de dar sequência, de prolongamento, sem interrupção. Está mais para prosseguir, que é seguir adiante. Depois vem o famoso risco de morte, em vez do tradicional e consagrado risco de vida. É para qualquer leitor, ouvinte, ou telespectador ficar com a pulga na orelha, sem saber qual a forma correta dessa expressão. Não se pode taxar de errada a expressão emergente, inovadora, que, na informação sobre um crime ou acidente, por exemplo, refere-se à existência derisco de morte, por conta da mutação a que está sujeita a língua viva, diferentemente do que acontece com a língua morta, como é o Latim, imutável. Contudo, trata-se de uma inovação absolutamente desnecessária, pois uma coisa é apenas consequência da outra. Para o Direito Penal, o bem jurídico protegido pela lei e que ela busca preservar é a vida. Quando ocorre um crime ou um acidente, fatos que são os mais noticiados, o que está em risco é a vida. Pela gravidade do crime ou do acidente, a vítima está na iminência de perder esse bem maior, que é a vida. A morte é a consequência ou é o nome da perda da vida. Risco, que, etimologicamente, é apenas uma linha, um traço, tem aqui um sentido figurado, claro, que o Aurélio define como (1) perigo ou possibilidade de perigo e (2) situação em que há probabilidades mais ou menos previsíveis de perda ou ganho
como, por exemplo, num jogo de azar, ou numa decisão de investimento. Trata-se, pois, nas hipóteses que analisamos, de uma possibilidade de perda de um bem, que é a vida. Então, fica bem melhor dizer que há risco de vida. É também mais jurídico. Um vício avassalador tem sido o emprego dos verbos no futuro do pretérito, nomenclatura nova para o nosso antigo condicional, que passa uma ideia de incerteza e até mesmo de possível inexistência do fato noticiado. Isso, aliado ao emprego exagerado do termo suposto, gera uma incerteza maior ainda. Assim, é comum se ler e se ouvir a informação de que o suposto atirador teria tido um romance com a suposta vítima, que teria ido procurá-lo numa casa afastada, que seria sua residência. Muitas vezes, o repórter está diante de um fórum ou de uma delegacia, ouve o promotor, ou ouve o delegado, falando do andamento do inquérito ou do processo, onde tudo está devidamente registrado, o indiciado foi preso em flagrante e tudo mais. Ainda assim, ele informa que o suposto autor teria comparecido à delegacia e teria dito ao delegado que não conheceria a suposta vítima, acrescentando que a prisão preventiva já teria sido requerida, mas que o juiz a teria negado. Tenho ouvido e ouvido, com muita frequência, narrativas assim, impensáveis no jornalismo de um passado não muito distante. O exagero desse palavreado dá a clara impressão de que o jornalista apurou os fatos, como lhe compete, mas não
quer se comprometer com a veracidade da informação que ele transmite. Ainda nessa linha, está o emprego do termo suspeito. Muitas vezes, um criminoso é conhecido no local do crime, logo em seguida a esse, apanhado em flagrante, como, por exemplo, o marido que matou a mulher, tentou suicídio e foi levado para o hospital. Em casos assim, é comum a notícia referir-se a esse indivíduo como suspeito. Ora, apurado o fato e apurada a sua autoria, já existe um autor e não apenas um suspeito. Não há ainda um indiciado, que só ganha essa denominação no inquérito policial, como ainda não há um acusado ou réu, figuras que só aparecem após o recebimento da denúncia do Ministério Público pelo juiz. Está muito em moda o uso do termo diferentes, assim, no plural, quando se quer referir a vários locais, pessoas, coisas ou fatos, enfatizando o óbvio. Isso ocorre, quando se diz, por exemplo: o Papa visitou cinco países diferentes; o Presidente fala cinco idiomas diferentes; o atleta pratica seis modalidades de esporte diferentes. Bastaria que fosse dito, simplesmente, cinco países, cinco idiomas ou seis modalidades de esporte, pois é óbvio que não se trata de iguais. Comentar sobre alguém, sobre algum fato ou sobre qualquer coisa é outra expressão que se ouve sempre. Comentar, segundo o dicionário, já significa falar sobre. Isto quer dizer que o sobre deve ser dispensado e evitado, porque já está incorporado no termo comentar.
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ação
Divulg
Formado em Direito, MBA Executivo Internacional pela FIA/ USP, possui especialização em Marketing, Empreendedorismo, Empreendedorismo Social e Vendas pela VanderbiltUniversity (Owen GraduateSchoolof Management) e atua como professor dos Programas de MBA da FIA e também do Programa de Educação Continuada do Corretor de Imóveis do CRECI/SP
10 dicas para se “vender” no Linkedin e atrair oportunidades profissionais
O
Linkedin é a maior e mais importante rede profissional do mundo. De acordo com o mais recente levantamento, feito em fevereiro deste ano, a ferramenta possui 347 milhões de usuários cadastrados, sendo 20 milhões brasileiros. Como se destacar diante dessa multidão? Como vender sua imagem na rede e despertar a atenção de headhunters e profissionais de RH? Para ajudara você, listarei 10 dicas para usar (corretamente) os diversos recursos do Linkedin e, assim, atrair oportunidades para sua carreira. 1) ESCREVA UMA HEADLINE (LINHA LOGO ABAIXO DO SEU NOME) ATRAENTE: Saiba se diferenciar e crie uma headline realmente única, que prontamente atraia quem lê e visita seu perfil. Fuja da mesmice e diferencie-se! 2) SELECIONE UMA FOTO APROPRIADA: Seja o mais cuidadoso que puder e use uma imagem profissional, com boa luz e trajes adequados. 3) LISTE TODO O SEU HISTÓRICO PROFISSIONAL E ACADÊMICO: Enalteça e seja o mais específico que puder para destacar os resultados atingidos em suas experiências.
4) CONSTRUA UM “SR. RESUMO” PROFISSIONAL: Concisão, objetividade e autoconfiança são considerados elementos-chave aqui. 5) PREENCHA O CAMPO DE COMPETÊNCIAS COM PALAVRAS-CHAVE: Essa área permite incluir suas habilidades, talentos e atributos chave. 6) ATUALIZE SEU STATUS REGULARMENTE: Lembre-se de que, ao final do dia, o que realmente vale no mundo profissional, social e real é sua reputação, credibilidade e confiança. Faça com que seus posts enalteçam tais elementos. 7) CONECTE-SE A GRUPOS E SIGA AS EMPRESAS QUE TE INTERESSAM: Participe, interaja e acompanhe de perto as corporações que você admira e deseja trabalhar. 8) COLETE UM BOM NÚMERO DE RECOMENDAÇÕES: São elas que mais saltam aos olhos dos headhunters (caçadores de talentos). Se possível, peça depoimentos especialmente dos profissionais que já lhe lideraram. 9) CRIE UMA URL PERSONALIZADA (POR EXEMPLO: WWW.LINKEDIN.COM/IN/SEUNOME): O Linkedin permite que você customize o link da sua conta. Faça isso e divulgue esse endereço em seus materiais de divulgação! 10) COMPARTILHE SEUS TRABALHOS E DONS: Divulgue apresentações em PowerPoint, teses defendidas, trabalhos apresentados em congressos, etc. Tudo isso valorizará sua imagem! Lembre-se sempre de que a arte do bom networking é saber ser interessante sem ser interesseiro.
ação
Divulg
Norte de Minas Estrategista de Marketing. Envie suas notas para: pqn@pqn.com.br
Nosso querido Aurélio Vidal promoveu na noite do último dia 13 de março, a terceira edição do Troféu Imprensa Norte de Minas. A iniciativa premiou os melhores profissionais da imprensa da região, além de artistas, cantores e empresários. E a PQN foi lá para conferir tudo bem de perto para você. Quem sabe no ano que vem estaremos lá recebendo o belíssimo troféu?!
Fotos: Silvana Mameluque
Aurélio Vidal e Jerusia Arruda (Assessora de Imprensa do Samu)
Aurélio Vidal e Christiano Jilvan, repórter esportivo do Jornal de Notícias
Aurélio Vidal e a Jornalista Adriana Queiroz representando Drikka Queiroz, colunista do jornal O Norte
Patrícia Freire, Rádio 98 FM; Délio Pinheiro, apresentador do MG TV, afiliada Rede Globo, e Angela Nobre da rádio 93 FM Wanderlino Arruda; Sérgio Mendes e Felicidade Tupinambá, assessora de imprensa da Codevasf
Aurélio Vidal e o colunista Giu Martins, do Jornal Gazeta
Esta colunista e Carol Diniz, do Marketing do Sicoob Credinor
Safroa Riguilida, personagem de Léo Ribeiro, do programa de TV “De boa com Safroa”
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vo pes
Arqui
Relações Públicas pela UFSM-RS, especialista em Gestão Estratégica da Comunicação Organizacional e Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP, com estudos sobre memória e storytelling. É Gerente de Conteúdo da Aberje, onde atua como professor dos cursos livres e do MBA em Gestão da Comunicação.
Storytelling como técnica ou processo N
a trigésima quinta edição da revista PQN, organizei em duas grandes questões, que chegaram até a mim pelas redes sociais, a discussão sobre Storytelling como técnica ou processo. Espero sejam úteis para você em seu trabalho. PORQUE O PROFISSIONAL DE RP DEVE PROCURAR COMPREENDER A FUNCIONALIDADE DA TÉCNICA? Primeiro, é preciso dizer que não entendo storytelling apenas como “técnica”. Isso pressupõe que basta manejar algumas características técnicas e estéticas para que ele possa ser produzido e levado a um público de interesse. Precisa bem mais que isso. Se não houver um contexto propício na organização, não raro, os projetos de storytelling dão errado, não surtem efeito, não conseguem captar histórias em seus públicos de relacionamento. O que chamo de “contexto” é um cenário interno de gestão que de fato torne esse processo narrativo (o storytelling) aderente, legítimo, verossímil e, com isso tudo, envolvente, memorável e convincente. Um dos pontos desse contexto é a prerrogativa do ambiente humanizado, que não é fácil encontrar no mundo corporativo sempre tão voltado à produtividade. Outro ponto é a existência prévia de mecanismos de participação e de diálogo com esses públicos, portanto, uma certa garantia de que todas as vozes estejam sendo ouvidas, porque, do contrário, não adianta somente fazer storytelling por técnica, numa determinada ação sobre um assunto.
Já os profissionais de Relações Públicas, ou qualquer comunicador que esteja trabalhando em uma organização, precisam entender e dar vazão à importância de contemplar todas as demandas e aspirações possíveis de todos os interlocutores de uma dada situação. São profissionais que não estão lá exclusivamente para defender o ponto de vista da organização que o contrata, mas para ser um mediador entre diferentes pontos de vista da
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controvérsia e encontrar o melhor caminho. Storytelling é um processo narrativo que dá visibilidade e relevância a diferentes vozes, trajetórias, experiências, sem as prevalências típicas do universo empresarial, como, por exemplo, escolher alguém pra falar por conta de seu cargo. Storytelling traz à tona outras tonalidades que demonstram que todos os públicos são imprescindíveis para que aquela célula social (a empresa, o governo, a ONG) desenvolva-se e atinja seus objetivos. QUAIS AS VANTAGENS PARA A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL AO UTILIZAR A TÉCNICA? Uma visão mais contemporânea sobre a comunicação organizacional pressupõe a criação, a gestão, as narrações conjuntas, ou seja, não cabe mais somente à organização, por meio de seus setores de comunicação ou de fornecedores da área, moldar a narrativa sobre ela, sua equipe, seus produtos e suas condutas. A sociedade atual demanda um processo mais colaborativo, mais dialético. Os profissionais de comunicação envolvidos na gestão da reputação de uma organização precisam levar em conta as imagens múltiplas geradas nas mentes das pessoas e conversar com e sobre essas imagens, alterando suas estratégias iniciais, dando vazão a outras perspectivas e enfoques. O controle do comunicador cada vez é menor, porque ele lança ideias que são retrabalhadas pelos públicos na cena social, dentro ou fora da internet. O storytelling auxilia para se ter uma comunicação organizacional mais participativa, mais engajada com os interesses e visões dos públicos a que se dirigem, sabendo que não há mais uma audiência passiva que aceita tudo.
Bruna
Kurth
Sul
Jornalista. Envie suas notas para: pqn@pqn.com.br
Divulgação
TERRITÓRIO NACIONAL
A agência de comunicação empresarial curitibana, Lide Multimídia, após quatro anos de atendimento da rede gaúcha de farmácias Panvel, amplia a atuação de relações com a imprensa e assume o atendimento nacional do Grupo Dimed. No Rio Grande do Sul, o atendimento local é realizado pela agência Moglia. Entre os objetivos de comunicação para 2015 estão a divulgação dos planos de expansão e a difusão dos valores do Grupo. Divulgação
QUALIDADE DE VIDA
Promover a qualidade de vida e melhores condições para o cotidiano das cidades é um grande desafio das autoridades e de cada cidadão. A RICTV, afiliada da Record em Santa Catarina, inspirada no grande sucesso do movimento Sou Bem Floripa, estende a bandeira do projeto para quatro cidades - Sou Bem Joinville, Sou Bem Blumenau, Sou Bem Itajaí e Sou Bem Chapecó. O movimento mostra os caminhos para que cada pessoa faça a sua parte em busca de uma cidade melhor. Para que isso aconteça, os veículos de comunicação do Grupo RIC SC, que envolve TV, rádio, jornal e revista, divulgam pautas relacionadas a temas específicos, lançados em cada fase do movimento, valorizando as cidades e provocando mudanças de atitudes.
MARCA-CONCEITO
A nova marca do Governo do Estado do Rio Grande do Sul já traz consigo um conceito: “Todos pelo Rio Grande”. A criação inova ao transformar o próprio slogan em um elemento visual. A frase e o desenho reproduzem valores e diretrizes como união, solidariedade e espírito comunitário. A marca é assinada pelos publicitários gaúchos Newton Bento e Renato Konrath, que cederam a criação sem custo para o Governo. A peça tem as cores do Estado e uma logotipia gráfica simples e com limpeza visual.
PREMIAÇÃO
O 1º Prêmio Agricultura Familiar de Jornalismo atingiu os objetivos propostos. Cerca de 200 trabalhos, inscritos por jornalistas profissionais e publicados nos principais meios de comunicação da Região Sul, revelaram um retrato da agricultura familiar nos três estados. A promoção do prêmio é da Coordenação de Projetos da ONU/FAO. O concurso premiará, no dia 17 de abril, as melhores reportagens publicadas em rádio, TV, jornais, revistas, blogs e sites jornalísticos com veiculação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
REPOSICIONAMENTO
COMEMORAÇÃO
O jornal Notícias do Dia (ND), do Grupo RIC, acaba de completar nove anos de sucesso. Inicialmente com circulação na Grande Florianópolis e mais tarde para Joinville e seu entorno, o jornal prioriza o registro do que ocorre nas respectivas regiões, com cadernos especiais segmentados e colunistas que vivem as cidades. Hoje, sua presença hiperlocal é complementada com a versão online com conteúdo específico das principais regiões do estado: Grande Florianópolis, Joinville e região, Vale do Itajaí e Oeste. Conheça o ND, acesse www.ndonline.com.br. Parabéns para toda a equipe!
Este é o espírito da RPC, que iniciou 2015 com uma marca mais leve e vibrante, que materializa o novo posicionamento da emissora. O novo momento será de proximidade e sintonia com os paranaenses. A partir de agora, a emissora, filiada da Rede Globo no Paraná, será chamada como já é conhecida: RPC. As mudanças não aconteceram apenas no desenho da marca, mas na linguagem adotada no Jornalismo, nas peças publicitárias, no direcionamento das ações com a comunidade e no relacionamento com o telespectador. O projeto de evolução da marca durou um ano e ficou a cargo das agências de branding Brainbox Design e da agência de publicidade Opus Múltipla, ambas do Grupo OM.
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ação
Divulg
Jornalista, ex-deputado estadual e Prefeito de Contagem.
Crises passam e as obras ficam
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o dia 10 de março, assinaremos a Ordem de Serviço para a construção da Trincheira do Itaú, parte do Plano Estratégico de Mobilidade Urbana que está sendo implementado em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. São R$ 220 milhões em investimentos, decorrentes do financiamento do governo federal, por meio da Caixa Econômica Federal, para a construção de obras estruturantes, como trincheira, viadutos e novos corredores de ônibus. Com a Trincheira do Itaú pretendemos solucionar um dos grandes gargalos de trânsito no município, que fica no entroncamento entre as avenidas Babita Camargos e General David Sarnoff. Ali, chegam a transitar mais de 70 mil carros por dia, 102 linhas de ônibus, além de caminhões e carretas, que atendem às indústrias da região (saiba mais no www. contagem.mg.gov.br). Vamos dar início a essa grande obra no momento em que o Brasil passa por dificuldades econômicas e políticas. Mas é justamente nessas horas difíceis que não podemos descuidar das obras e investimentos. É importante destacar que o nosso país tem uma democracia consolidada e todas as instituições estão em pleno funcionamento. Tivemos no ano passado um grandioso processo eleitoral. Os poderes Legislativo e Judiciário estão funcionando plenamente, assim como o Ministério Público, e os órgãos auxiliares, como a Polícia Federal. As eleições já passaram e eventuais divergências políticas não podem prejudicar o andamento do nosso país. Exemplo disto são as investigações em curso na Petrobras, que não podem ser contaminadas pela agenda política. A Petrobras é uma empresa brasileira, fomentadora da cadeia produtiva nacional, inclusive de Contagem. Sua inviabilidade
poderia acarretar vários problemas, já que temos inúmeras empresas fornecedoras de máquinas, equipamentos e produtos que geram empregos para a nossa população. A defesa da estabilidade democrática se faz necessária para alcançarmos a estabilidade econômica. Nessas horas é preciso muito juízo e equilíbrio por parte de todos os brasileiros. Acredito ser justamente neste momento de crise econômica que os investimentos públicos devem ter um papel ainda mais estratégico, já que o investimento privado fica na defensiva e desconfiado. Com isso, existe a tendência do capital privado mergulhar! Aí o Governo tem que entrar em campo para esvaziar a piscina e reutilizar a água. No início dos anos 70, o Brasil sofreu uma crise similar, decorrente da crise internacional do petróleo. E qual foi a reação na época? Aumentaram-se os investimentos públicos com a implantação do segundo Plano Nacional de Desenvolvimento-II (PND). Houve uma ofensiva do Estado dando início às obras da Hidrelétrica de Itaipu e da usina de Angra dos Reis. Foram criadas a Embrapa e diversas outras estatais brasileiras. Outros países não tiveram a mesma iniciativa! Entraram nos anos 1980 endividados – assim como o Brasil, é verdade – mas com uma diferença: eles não tiveram as conquistas da Embrapa, de Itaipu e de Angra dos Reis, como nós. Nesse sentido, o fortalecimento dos investimentos públicos é essencial para alavancar a economia e retomar a confiança dos brasileiros. Como estamos fazendo em Contagem, iniciando uma ampla frente de obras com financiamentos do Governo Federal, temos que incentivar uma campanha para o aumento dos investimentos públicos e privados, em obras de infraestrutura e de engenharia nacional.
TURISMO
A Madri
Almodôvariana
Os obras do diretor sugerem uma outra versão da capital espanhola que encanta, ilumina, inspira e é cheia de emoção, assim como a sétima arte MANAIRA ARAÚJO
E
xistem vários roteiros turísticos para conhecer a capital espanhola, pois são muitas as Madris: a da arquitetura antiga, a da arquitetura contemporânea, a de Franco, a do rei João Carlos e da rainha Sofia, a do rei Felipe e da rainha Letícia, a do Real Madrid, a do Atlético de Madrid, a das ‘cañas’, a das ‘tapas’, a dos museus, a dos mercados e a dos jamones. Todas têm o seu encanto, mas tem uma que poucos conhecem: a cinematográfica – a Madri de Pedro Almodóvar.
passeios turísticos convencionais e explore outras cenas, outras áreas e outros ares... Possivelmente, nessa lista aparecerão alguns ou vários filmes que você ainda não conhece, mas fica o convite para vê-lo antes ou depois da estadia na capital, para reconhecer os locais e para se sentir como se estivesse dentro de alguma das películas. Se você já visitou Madri, possivelmente passou por alguns desses lugares sem identificar os atores e as histórias que aconteceram por lá.
Divertidos, picantes, polêmicos ou mesmo incompreendidos, os filmes já garantiram ao diretor destaque internacional e vários prêmios, entre eles dois Oscar – Melhor Filme Estrangeiro com “Tudo sobre minha mãe”, em 1999, e Melhor Roteiro com Ela” em 2002 –, e também “Fale com Ela”, dois Globos de Ouro – Melhor Filme Estrangeiro com “Tudo Sobre Minha Mãe” e com “Fale com Ela”. Ela” Mãe”,
APERTE O CINTO, A VIAGEM VAI COMEÇAR!
Bem perto do marco zero de Madri, está a via pedonal que aparece no final de “Carne Trêmula” (1997) com muitos carros. Almodóvar aproveitou a decoração e o movimento de O Urso e o Madronho: símbolo de Madri preferido nas selfies dos turistas de todo o mundo
Manaira Araujo
Apaixonado ou não pelo cinema do diretor espanhol, montar um roteiro para conhecer a capital da Espanha por meio das locações dos filmes do diretor certamente lhe dará uma outra visão da cidade, fazendo com que você saia dos
Se você chegou ou vai embora de Madri pelo Aeroporto Adolfo Suárez, mais conhecido como Barajas, pode começar ou terminar o roteiro aí mesmo. Lançado em 2013, “Os Amantes
Passageiros” é ambientado quase todo dentro de um avião que sai da capital espanhola com destino ao México, mas tudo começa em Barajas. Se você encontrar sua mala suja ou estragada, pode imaginar que ela estava no carro dirigido por Jessica (Penélope Cruz) e que sofreu um pequeno acidente. Ao invés de ficar com raiva, você vai rir ao se lembrar da divertida cena protagonizada por Jessica e León (Antonio Banderas) na pista do Terminal 4 do aeroporto. E se tiver a impressão que já viu a atriz Penélope Cruz no aeroporto em outra ocasião, isso pode ter acontecido mesmo. Em “Volver” (2016), ela protagonizou Raimunda, que também trabalha no Terminal 4.
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s dos filmes
Fotos retirada
Natal para mostrar o trânsito e as pessoas que passam por ali, enquanto Victor (Liberto Rabal) tenta acalmar a Elena (Francesca Neri). Apesar de não aparecer na cena, Javier Barden também dá a graça no filme. A Calle Del Arenal liga a Puerta del Sol à Plaza de Isabel II, popularmente chamada de Ópera. Impossível ir à cidade e não passar por essa simpática rua. Além dos vários bares e restaurantes, numa estreita rua à esquerda está a tradicional Chocolatería San Ginés, com fotos de vários famosos que pararam lá para comer um churros – também chamados de porras – com chocolate quente. E não esqueça, ao passar pela Puerta del Sol, faça uma selfie com o Urso e o Madronho, símbolo da capital espanhola. CALLE ALBERTO
BOSCH
“Ata-me!”
O CENTRO É CHEIO DE SURPRESAS O ponto central e tradicional de Madri aparece mesmo no filme “A Flor do meu segredo” (1995). Leo Macías (Marisa Paredes) desperta após sua tentativa de suicídio no recém-inaugurado apartamento de Ángel (Juan Echanove), em Callao. O apartamento está no último andar no Palacio de la Prensa, desenhado pelo arquiteto Pedro Muguruza Otaño e construído em 1928. O edifício fica na Plaza Del Callao, 4 e merece uma bela foto. Se tiver tempo livre, aproveite para ir a alguma peça de teatro ou musical em cartaz pelas redondezas.
C ALLE DE
Já na coquetelaria do Museo Chicote, foi filmada uma cena chave de “Abraços Partidos” (2009), quando Judit (Blanca Portillo) revela a seu filho Diego (Tamar Novas) e a Harry Caine (Luís Homar) todos os seus segredos enquanto toma um Gin Tônica. Em sua passagem pela cidade, reserve a mesa 10, a mesma usada pelos atores na cena. E prove a bebida favorita dos madrilenhos, depois da cerveja. A bebida é servida em diversas combinações e custa de 6 a 10 euros. Inaugurado em 1931, o local é muito badalado e está localizado na Gran Vía, 12.
SEGOVIA
“Os aman
tes passag
eiros”
O espaço cultural Circulo Bellas Artes, também badalado pelos turistas aparece em “Tudo sobre a minha Mãe” (1999), quando Manuela (Cecilia Roth) espera seu filho para ver “Uma Rua Chamada Pecado”. Desde a fachada do teatro, Huma Rojo (Marisa Paredes) parece observar a cena. Fundado em 1880, o espaço está localizado na Calle Alcalá, 42, e conta com uma ampla e gratuita programação de exposições, filmes e peças teatrais. PL AZA MAYOR
“A flor do meu
VIAD
UC TO SEG “Matador” OVIA
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segredo”
UM CIRCUITO DE MUITAS EMOÇÕES Andando pela cidade fica difícil imaginar as galinhas, coelhos e outros animais que dividiam uma cobertura com Pepa (Carmen Maura) no filme “Mulheres à beira de um ataque de nervos” (1990). Apesar das cenas terem sido gravadas num teatro, Pedro Almodóvar quis situar o apartamento no sétimo andar do edifício localizado na Calle Montalbán, 7. A entrada e a fachada do apartamento aparecem várias vezes durante o filme. O edifício fica atrás do Circulo de Bellas Artes e é bem perto do Parque del Retiro. Vale a pena dar uma esticada até lá para ver um pouco de natureza, bem na região central da capital. Já no filme “Ata-me” (1990), a atriz Marina Osorio (Victoria Abril) é sequestrada por Ricki (Antonio Banderas) e o cativeiro escolhido é seu apartamento, localizado na Calle Alberto Bosch, 13, bem esquina com a Calle de Alfonso XII, próximo do Paseo Del Prado e dos museus Thyssen-Bornemiszadel e Del Prado. Este último
Divulgação
O espaço oferece o Gin Tônica mais famoso de Madri, saboreado por Blanca Portillo, Tamar Novas e Luís Homar durante o filme “Abraços Partidos”
tem entrada gratuita de segunda a sábado das 18h às 20h e aos domingos e feriados das 17h às 19h. Em “De Salto Alto” (1991), após anos longe dos palcos, a cantora e atriz Becky Del Páramo (Marisa Paredes) faz a sua reestreia no Teatro María Guerrero, no mesmo dia em que sua filha Rebeca (Victoria Abril) é presa. A primeira música que Becky canta, dedicada à filha é a versão de Luz Casal para o bolero de Agustín Lara, “Pensa em mim”. Hoje, o Teatro María Guerrero é a sede do Centro Dramático Nacional, juntamente com o teatro Valle-Inclán. Com o nome de Teatro da Princesa, o espaço artístico foi inaugurado em 1885, na Calle de Tamayo y Baus, 4, no bairro Chueca. Preferido pelos jovens e principalmente pela turma LGBT, esse bairro tem vários bares com terrazza, mesas ao ar livre, e a bebida mais procurada é o Mojito, que custa cerca de cinco euros. Depois de passar pelo teatro María Guerrero, que tal tomar um vinho ou uma sidra na Taberta Ángel Sierra, mesmo local em que Leo Macías (Marisa Paredes) e sua amiga Betty (Carme Elías) se encontram em “A Flor do meu Segredo” (1995). Fundada
em 1917, a taberna está localizada na Calle Gravina, 11, em Chueca. Ao entrar pela porta do famoso bar, que mais parece um museu, é possível voltar ao início do século, quando a taberna foi inaugurada. Você encontrará o local praticamente da mesma forma com que Leo e Betty o deixaram. Uma taça de vinho custa a partir de dois euros. Já a garrafa de sidra custa três euros. Em “Ata-me!” (1990) podemos ver Antonio Banderas bem mais jovem, no papel de Ricki. Em busca de heroína, na Plaza de La Villa, ele encontra o traficante (Rossy de Palma), a quem havia roubado na noite anterior. Ricki tenta fugir, mas é pego na Calle Del Cordón, onde toma uma surra. A praça está localizada bem próxima à Calle Mayor. Se você gosta de correr, poderá até reviver Ricki e refazer a corrida feita pela personagem. A rua onde ele foi pego está bem perto da praça e não dá para cansar. Só não precisa levar a surra! PONTOS TURÍSTICOS FAMOSOS A Plaza Mayor, um dos pontos mais famosos de Madri, não poderia ficar de fora das obras de Almodóvar. No final de “A Flor do meu Segredo” (1995), Leo Macías (Marisa Paredes) e Ángel
(Juan Echanove) dão uma volta pela praça, mas vê-la vazia como mostra a cena é praticamente impossível. A qualquer hora do dia ou da noite existe uma grande movimentação de turistas e mesmo de moradores que a cruzam para ir pra casa ou ao trabalho. Inaugurada em 1619, a Plaza Mayor passou por várias transformações ao longo dos anos e, recentemente, foi reformada. Quem passar por lá, nos próximos meses, vai vê-la novinha em folha. E uma dica: apesar de poder encontrar o Museo del Jamón em outros locais no centro da capital, sugiro refrescar a garganta tomando um ‘caña’ por menos de um euro com direito a ‘tapa’ no bar que fica nessa praça. Depois de algumas ‘cañas’ e ‘tapas’, se você ainda estiver com fome, aproveite para experimentar o tradicional ‘bocadilho de calamares’ por 2,50 euros. Não se assuste ao ver o chão cheio de guardanapos usados, isso é sinal de que o local é bom e não sujo. E no famoso e premiado filme “Fale com Ela” (2002), Benigno (Javier Cámara) observava da sua janela como Alicia (Leonor Watling) treinava sob a supervisão de sua professora de dança, Katerina (Geraldine Chaplin), na escola “Decadance”. As cenas foram gravadas
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no Hotel Room Mate Alicia, numa das esquinas da Plaza Santa Ana. O hotel ainda funciona. É um belo edifício do século XX com a fachada toda em vidro. Está localizado na Calle del Prado, 2, e a diária custa 103 euros, segundo o site do hotel, no entanto é possível encontrar albergues em prédios antigos a um preço mais em conta. O site booking. com é uma boa pedida para localizar esse tipo de acomodação. No início de “A Flor do meu Segredo” (1995), Leo Macías (Marisa Paredes) pede a um vagabundo na rua que lhe ajude a tirar os seus apertados sapatos em troco de umas moedas. De repente, começa a chover e pode-se ver o quão solitária estava a personagem. A cena foi filmada na fonte da Plaza de Puerta de Moros, que une a Plaza de La Cebada com a Calle de San Francisco, na tradicional região de La Latina. A região tem vários bares e restaurantes com preços bem baratos, comidas típicas como as “croquetas”, a “tortilla”, os “huevos rotos” e mesmo o “cocido madrileño”. Fica até difícil dar o nome de um bar específico, mas um que vive lotado é o Javier Martín Croquetas e Cafés, localizado na Calle Toledo, 74. Lá são servidos 32 tipos de croquetes e uma porção com seis unidades sai a 4,95 euros.
aujo Manaira Ar
E como esquecer a Cafetería Wooster de La Bobia? O local foi muito importante em “Labirinto de Paixões” (1982), onde acontece a cena final e o encontro entre os dois protagonistas interpretados por Riza Niro (Imanol Arias) e Sexilia (Cecilia Roth). Infelizmente o bar La Bobia já não existe, deu lugar ao café-franquia da marca Wooster, desvirtuando então a essência original. Mesmo assim, vale a pena passar pelo estabelecimento localizado bem no início do Rastro, na Calle San Millán, 3, e relembrar esse emblemático ponto de encontro de pintores,
músicos, escritores, boêmios, punks, mods, rockers e outras tribos durante “La Movida Madrileña”. Deixe para passar pela região num domingo de 10h às 15h, quando poderá aproveitar para conhecer o grande mercado das pulgas – e de tudo mais – de Madri: El Rastro. No início de “De Salto Alto” (1991), logo que chega a Madri, Becky Del Páramo (Marisa Paredes) tem uma cena na Plaza Del Alamillo com a sua ajudante Margarita (Ana Lizarán) e sua filha Rebeca (Victoria Abril). No local, elas vêm o anúncio de um imitador da artista que se nomeia Femme Letale (Miguel Bosé), mas antes de ir embora, Becky para perto de uma janela junto ao chão, no número 5 da Plaza del Alamillo, lugar onde nasceu e foi criada. A praça é o encontro das ruas Del Alamillo, Del Toro, de Alfonso VI e de La Morería, no tradicional Barrio de La Morería, onde está o tablado de Flamenco mais famoso do mundo, o Corral de La Morería. O preço é um pouco salgado, cerca de R$ 300,00 para duas pessoas, incluindo jantar e espetáculo. Porém é uma ótima opção turística para comer bem e ver a tradicional dança espanhola. A casa de flamenco fica na Calle de La Morería, 17. LEMBRANÇAS DE UMA MADRI A Escalinata de Bailén foi mais uma locação do filme “Os Amantes Passageiros” (2013). O lugar aparece quando Ruth (Blanca Suárez) e a porteira (Carmen Machi) observam atônitas como Alba (Paz Vega) é colocada na ambulância depois de ter um ataque de ansiedade. A cena acontece na Escalinata de Bailén, que une a Calle de Bailén com a Calle de Segovia, aproveitando o desnível que existe entre essas ruas. Na Escalinata, é possível ver a antiga “Casa del Pastor” e o mais antigo escudo de armas de Madri, feito em granito, no século XVI. O imóvel que está no local serviu de locação para a casa de Alba, que gostava de viver “na beira do abismo”, em referência ao Viaducto de Segovia. Vale a pena passar na Calle de Segovia, 21, para fazer uma foto nesse lugar tão cinematográfico e histórico. A Calle de Bailén também aparece em “Abraços Partidos” (2009). As deliciosas croquetas devem ser acompanhadas de ‘cañas’ bem geladas
Outra cena divertida de “Amantes Passageiros” é quando Ruth passando de bicicleta pela Calle Segovia percebe que cai do viaduto um telefone celular. O aparelho pertence a Alba que está a ponto de suicidar por culpa de Ricardo Galán (Guillermo Toledo), coincidentemente antigo amante de ambas. O local pode ser visto em outros filmes de Almodóvar. A Calle de Segovia fica no centro histórico de Madri, no bairro de Palacio, unindo a Plaza de Puerta Cerrada com o Viaducto de Segovia. Bem perto está o Palácio Real espanhol, que atrás das grades e tapumes reserva vista privilegiada dos Jardines de Sabatini e do Río Manzanares. A entrada custa 10 euros. E por falar no Viaducto de Segovia, ele é umas das áreas que mais aparecem nas obras de Almodóvar. Em o “Matador” (1986), após perseguir María Cardenal (Assumpta Serna) por toda Madri, Diego Montes (Nacho Martínez) finalmente a encontra no viaduto. Conhecido como ponto dos suicidas, hoje o local é protegido com vidros para evitar os acidentes. Foi construído em 1978 para prolongar a calle de Bailén, que fica na sua parte superior, e corrigir o desnível que chega a 23 metros com calle de Segovia. Mas os vidros atrapalham a linda vista da cidade. Na região, estão a Calle Cava Baja e a Calle Cava Alta, também com vários bares e restaurantes. Em Madri, as ‘cañas’ e ‘tapas’ nunca são demais. Parece um pouco com Belo Horizonte. Em Madri, os mineiros sentiriam-se em casa. Após passar pelo Palacio e pela Plaza España, chegamos à Plaza de Emilio Jiménez Millas, mais conhecida por Plaza dos Cubos devido à escultura abstrata de autoria de Gustavo Torner de la Fuente que fica no seu centro. Em “A Lei do Desejo” (1987), é lá que Antonio (Antonio Banderas) despede-se de Pablo (Eusebio Poncela), antes de pegar o trem para Jerez. Esse espaço aberto está cercado de bares, restaurantes, cinemas e outros estabelecimentos, sendo um dos pontos de encontro dos madrilenhos. Não deixe de passar na Calle Princesa, para tomar umas ‘cañas’ e comer uns ‘tapas’. Se quiser variar, na parte subterrânea tem um restaurante alemão, outro mexicano e cinema, o mais barato da capital, com entrada no valor de cinco euros.
“Puja, puja, puja”. Grita uma mulher (Pilar Bardem) a Isabel (Penélope Cruz) para que lhe ajude a dar a luz dentro de um ônibus no filme “Carne Trémula” (1997). Pela janela, é possível identificar que o ônibus passa pelo Palácio de Santa Cruz, pelo Edificio Metrópolis e pela famosa Puerta de Alcalá. Sem dúvidas, depois da estátua do Urso e o Madronho da Puerta del Sol e das Cibeles, a Puerta de Alcalá é um dos principais cartões postais de Madri. Seja dia ou seja noite, o monumento merece uma foto. Sempre! Pedro Almodóvar não poderia deixar de fora de seus filmes o famoso Paseo de La Castellana, na parte mais nova e comercial do centro de Madri. Em “Mulheres à beira de um Ataque de Nervos” (1988), Pepa (Carmen Maura) vai até ao escritório da advogada feminista Paulina Morales (Kiti Mánver), que está situado, como ela indica ao taxista (Guillermo Montesinos), no número 31. No local, você pode ver o bonito e moderno Edificio Pirámide, construído em 1971, com salas e escritórios comerciais
bos reserva A Plaza de Los Cu subsolo restaurantes no
CENAS MAIS QUE FAMOSAS Uma das cenas mais famosas de “A Lei do Desejo” (1987) foi gravada em frente ao Cuartel del Conde Duque. Por lá passaram Tina (Carmen Maura), Pablo (Eusebio Poncela) e Ada (Manuela Velasco) numa quente noite de verão. “¡Riégeme, riégeme!”, emplora Tina ao homem que está lavando a rua. Para muitos, essa é a cena mais característica do filme e da carreira de Carmen Maura. O quartel começou a ser construído em 1717 pelo arquiteto espanhol Pedro de Ribera e está localizado na Calle Del Conde Duque, 9. Bem perto de lá, está a Estación Fantasma de Chamberí. Desativada em 1966, a estação foi convertida em museu e conserva muitos objetos usados naquela época. Está localizada sob a Plaza de Chamberí e a entrada é gratuita, mas é bom agendar a visita para não perder a viagem.
O Museo D el Jamón e suas obra s primas
Em umas das obras mais picantes de Almodóvar, “Carne Trémula” (1997), Elena (Francesca Neri), filha única de um diplomata italiano viúvo, mora em um imponente prédio do Paseo Eduardo Dato. Na cena, Víctor (Liberto Rabal) observa Elena da porta do edifício arquitetado por Mariano Carderera e localizado no Paseo Eduardo Dato, 18. O prédio está bem perto do Museo de Arte Público, um passeio elevado construído para facilitar a comunicação entre as zonas leste e oeste da capital e que funciona com um museu ao ar livre.
Palácio Real de
Madri
Em “Que Fiz eu para merecer isto?“ (1984), aparece o conjunto de prédios conhecidos como Colmenas que fica à beira da M-30. Lá vive Gloria (Carmen Maura), uma dona de casa frustrada e viciada em anfetaminas, com seu marido, filhos e sogra. No final do filme, a câmera vai de distanciando da casa da protagonista-heroína e das casas ao redor, no bairro de La Concepción. Almodóvar já prestava atenção nas casas dessa região há muitos anos, quando ainda trabalhava num armazém da empresa Telefónica. A M-30 é umas das principais vias e que circula o centro de Madri. Sempre ‘enamorado’ por Madri, certamente Pedro Almodóvar tenha usado várias outras locações pela cidade para rodar seus filmes. Quem acompanha a carreira do diretor espanhol sempre vai descobrir Os churros de San Gin outros locais presentes nas cenas de seus filmes e até mesmo nas es películas de outros diretores. Recorde e monte seu próprio roteiro turístico cinematográfico. Reviver os encontros e desencontros de Antonio Banderas, Carmen Maura, Penélope Cruz e outros atores espanhóis nos filmes de Almodóvar são sempre um tempero a mais, uma inspiração da sétima arte que vale a pena a ser vivenciada e referendada.
Fotos: Man
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“Um minuto pro comercial...” Pedro Abelha
pedroabelha@terra.com.br
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THE CUP
O The Cup Awards entregou em Liubliana, capital da Eslovênia, os troféus para os vencedores da oitava edição do prêmio e dois, dos sete conquistados pelo Brasil, são da AlmapBBDO. As peças premiadas são o comercial 85 segundos da Getty Images na categoria Best of Communication Media and Publications - Best of Products Services, e a empena Mega Print, criada para a HP na categoria Best of Media - Best of Outdoor. Os outros brasileiros foram o case Vem pra Rua, da Leo Burnett Tailor Made, que ganhou em duas categorias; o Enterro do Bentley, também da LBTM, para Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, e dois troféus para Tweet Censurado, da DM9 Rio para Anistia Internacional.
COMEMORANDO
A Grey Brasil celebra, neste início de 2015, a chegada de novos clientes: Itambé, Danubio e Faixa Azul. A agência comandada por Walter Longo, presidente, e pela COO Sylvia Panico será a responsável pela comunicação das marcas. De acordo com Sumara Osório, head de planejamento da Grey Brasil, será um grande desafio desenvolver, a partir de um pensamento estratégico, soluções criativas para a construção de um posicionamento bastante claro para cada uma das três marcas.
CONTRATADO
A Fischer anuncia importante contratação para a área de Planejamento Estratégico, liderada pelo VP Bertrand Cocallemen. Quem chega é Dida Louvise, que assume como diretor. Dida atuou na Nike no último ano, onde foi responsável pelas estratégias digitais de alguns segmentos da marca no Brasil. Já trabalhou também no planejamento das agências CuboCC, Africa, Talent e Borghierh/Lowe e atendeu clientes como Itaú, Vivo, Wal-Mart, Santander e Unilever, entre outros.
DUPLA DE CRIAÇÃO
A Heads decidiu liderar seu escritório de Brasília com talentos da cidade. Pessoas que construíram suas carreiras no mercado brasiliense e que passaram a montar suas equipes do jeito candango de ser. A dupla que chega para a criação da agência tem exatamente essa riqueza que a diversidade regional proporciona - o redator Guilherme Branco e o diretor de Arte Gustavo Frazão. Hoje, o escritório da Heads em Brasília conta com 30 profissionais.
PAOLLA É FIAT
A 9ine - em parceria com a BT Arts - intermediou campanha da Fiat Automóveis, estrelada pela atriz Paolla Oliveira. O VT é assinado pela agência Leo Burnett Tailor Made. O contrato entre Paolla e a montadora italiana é o primeiro fruto da parceria com a 9ine, por quem é agenciada desde fevereiro deste ano. Contemplará também aparições da estrela em eventos e ações de marketing promovidos pela montadora, que chega ao décimo terceiro ano de liderança no mercado automotivo.
BOM DESEMPENHO
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Em um ano cheio de retrações, o mercado publicitário brasileiro destacou-se com um crescimento de 9,4% em 2014, de acordo com o levantamento realizado pela Carat, empresa de mídia e pesquisa da Dentsu Aegis Network. A Chá das 5, produtora especializada em filmes e vídeos corporativos, teve papel marcante nessa elevação com a conquista de importantes clientes, como o Comitê Paraolímpico Brasileiro, Esser, Editora Moderna e SENAI.
NOVO COMANDANTE
Em São Paulo há nove anos, o curitibano Marco Aymore chega à Salles Chemistri para comandar a equipe de atendimento dos clientes CVC, Centauro, Medley e Discovery. Ex-FCB, o executivo já trabalhou com marcas como FIAT, Pirelli e Sky. Discovery Na nova função, reportará-se ao diretor-geral da agência, Marcos Vinicio, e ao presidente Hugo Rodrigues.
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A CAPA MÁGICA
A Casa do Zezinho está divulgando uma campanha de crowdfunding no site Indiegogo para não lançar um produto em campanha criada pela AlmapBBDO. AlmapBBDO Contrariando a lógica desses espaços, que arrecadam doações para financiar produtos revolucionários, a ONG quer que uma capa capaz de deixar que “crianças invisíveis” continue apenas como um protótipo. O vídeo, que apresenta o projeto e que foi produzido pela produtora La Casa de la Madre, mostra um grupo de pesquisadores falando sobre a descoberta dessa capa e revela seu verdadeiro propósito quando mostra como foi criada. O filme pede então que os internautas façam uma doação para que a Casa do Zezinho possa ajudar ainda mais crianças em situação de vulnerabilidade e para que essa capa, que na verdade é um simples cobertor muito usado por moradores de rua, deixe de existir nesse contexto. A meta é atingir trinta mil dólares que possibilitará aumentar em 12% o número de crianças atendidas nos projetos sociais da Casa do Zezinho. Pessoas do mundo inteiro podem participar do financiamento. Divulgação
NÃO À VIOLÊNCIA
Líder em ações com foco em causas que interessam especialmente à mulher, o Instituto Avon lança a campanha Linha 180, criada pela NewStyle a fim de conscientizar a sociedade sobre o combate à violência doméstica no país. A agência criou uma linha de maquiagem vazia, a Linha 180, e uma Revista Avon especial para suas revendedoras, que têm acesso fácil aos lares. Com o conceito Não maquie a verdade, a campanha propõe o uso pelas mulheres em risco ou em situação de violência para que elas sejam encorajadas a usar a Linha 180 sem medo.
DUPLA OLÍMPICA
Divulgação
A Nissan do Brasil acaba de lançar sua nova campanha publicitária criada pela Lew’Lara/TBWA com a dupla olímpica Hortência Marcari e Robson Caetano. Intitulado “Venda Recorde Nissan”, o filme convida o consumidor a conhecer o Nissan New March, produzido pela fabricante em seu Complexo Industrial em Resende, no Rio de Janeiro. A campanha de varejo é composta por filme veiculado em TV aberta e fechada, spot para rádio, anúncios em jornal e peças digitais. Esse é o segundo filme com a participação dos atletas.
STORYTELLING
A Samsung lança sua campanha voltada para a mídia digital e redes sociais assinada pela Leo Burnett Tailor Made, para a categoria de TVs, exclusivamente para a América Latina. Intitulado Aniversário, o filme conta a história de um menino que se dedica a preparar uma festa. À medida em que vai chegando a hora da comemoração surgem diversas dúvidas no espectador, que se vê envolvido com a espera do garoto para enfim celebrar essa data tão especial. Com emoção e sutileza, o filme traz um storytelling que exemplifica como a conectividade e convergência dos produtos Samsung pode unir as pessoas àquilo que elas mais amam. A campanha tem o objetivo de reposicionar a TV na vida dos consumidores, ensinando-os por meio das funções inteligentes, que são exclusivas para as Smart TVs Samsung, como é fácil a convergência entre diferentes dispositivos.
CAÇADA
A Citroën desenvolveu uma ação inédita e criativa para comemorar os 11 anos do início de produção de seu compacto C3 no Brasil, homenageando seus mais de 330 mil proprietários. Denominada “C3 Hunter”, a campanha nasceu com a proposta de caçar a unidade mais antiga do C3 fabricada no país e reformá-la completamente, como retribuição ao carinho pelo carro e pela marca. A “caçada” entrou na fanpage da Citroën do Brasil no Facebook no final de 2014 e levou apenas três dias para Manuela Oristanio se manifestar: “o C3 mais antigo e de um único dono é do meu pai. Até me viu crescer!”. Foi assim que a história da família Oristanio passou a fazer parte da história da Citroën. Divulgação
O MAIS AMADO DO BRASIL
O extrato de tomate Elefante lançou uma nova campanha de mídia em Belo Horizonte. A cidade contará com spots de rádios em emissoras locais e busdoors que trazem o Elefante preferido do Brasil e um de seus principais atributos, o rendimento para os pratos das consumidoras. O extrato de tomate Elefante também estreia em nova campanha de TV com o filme “Elefante Tímido”, criado pela agência Talent. A campanha, que vai até maio de 2015, será veiculada em todo território nacional com comerciais do filme nos canais Viva, GNT e Discovery Home&Health. O filme pode ser visto pelo link https://www.youtube.com/watch?v=FsuX5E1z1I0.
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MÚSICA
Biblioteca digital x projetos audiovisuais Projeto idealizado por maestro mineiro tem musictracks originais, livres de direitos autorais para uso em projetos culturais, artísticos, corporativos, educativos e comerciais FELIPE DE JESUS
C
riar ou utilizar uma trilha para vídeos, filmes e jingles é, às vezes, muito complexo. Ora pelo valor cobrado pelos músicos, ora pelos direitos autorais quando é usado algo já pronto, conhecido do grande público. A ideia de criar um banco de dados para download totalmente gratuito para os profissionais que atuam na área audiovisual como cineastas e vídeomakers parecia ser um sonho distante, mas ganhou vida com um maestro mineiro que, viu na iniciativa, uma forma de popularizar gratuitamente as trilhas sonoras. O criador do Cine Music (www.cinemusic.com.br), Andersen Viana, Ph.D em Música pela Universidade Federal da Bahia, maestro, compositor, produtor cultural e também professor na Fundação Clóvis Salgado das Artes, em Belo Horizonte, conta que a ideia surgiu após ter feito esse mesmo trabalho na Inglaterra e nos Estados Unidos. Durante cinco anos,ele pesquisou as trilhas musicais na internet em sites de bibliotecas de outros países como Alemanha, Japão França e Suíça. “No Brasil, dois anos de trabalho foram patrocinados pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte (FMC), dentro do projeto Biblioteca Digital da Música. Foram catalogadas fichas técnicas de diversos filmes internacionais. Se fosse contar desde o começo, isso em 1979, posso considerar quase 35 anos de muito trabalho”, observa Viana. Atualmente, o maestro detém o direito autoral de 340 títulos e algumas trilhas já foram utilizadas em outros longas-metragens. Algumas das faixas da biblioteca musical foram usadas em filmes nacionais e estrangeiros como “A Cartomante”, “Corações Ardentes”, “3:00 AM”, “O Próximo Passo”, “Minas Portuguesa”, “Filhos de Adão”, “Perdidos em Abbey Road”, “Vivalma”, “Manuelzão e Bananeira”, “Ofélia”, “Opostos”, “Jogando para o Amanhã”, “Trem Fantasma”, “O Homem da Cabeça de Papelão”, “Bem Próximo do Mal”, “Um Dia Qualquer”, “Nego”, “Ser Humano”, “Sozinho no Inferno”, “Reenactment”, “Desafios” e “Oswaldo França Júnior”.Todas as faixas (musictracks) são originais, livres de direitos autorais para uso em projetos culturais, artísticos, corporativos, educativos e comerciais. Viana afirma que é importante salientar que o acesso à biblioteca é público, gratuito e universal para audição. Qualquer um pode acessar e escutar as atuais 230 faixas sem
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Andersen: trilhas gratuitas vão facilitar o trabalho de muitos profissionais
ter que pagar. É por isso que o Cine Music tornou-se uma boa opção para os profissionais que queiram usar as musictracks livremente de forma 100% legal em projetos audiovisuais, de teatro, de dança e multimídia. “Muitas vezes, as musictracks podem inviabilizar a produção ou deixá-la menos criativa. O produtor agora pode economizar tempo e dinheiro, já que as músicas estão prontas para utilização”, pondera. O maestro esclarece que no link “biblioteca”, encontra-se as músicas com a assinatura em áudio “cinemusic”, o que pode inviabilizar o uso em pós-produção audiovisual, por exemplo. No entanto, aqueles que gostarem de alguma composição e decidirem utilizá-la em outro trabalho devem entrar em contato. Feito isso, será enviado um link para baixar o arquivo sem a voz gravada por cima (Voice Over). Pelo modo tradicional, lembra Viana, seria contratar um compositor, que iria subcontratar músicos e técnicos, alugar estúdio para gravação, mixagem e masterização. Somente depois de feito tudo isso, é que finalmente seria entregue a música ao usuário final. Divulgação
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Calçadão Queridos leitores da Revista PQN, foi com prazer que aceitei o convite do Robhson Abreu para assumir a coluna Calçadão. O Clube da Comunicação uniunos e eu estou aqui, com o papel de trazer notícias bem cariocas e interessantes, após três anos da querida Beth Romero à frente deste espaço. Espero que esta seja a primeira de muitas e que gostem das dicas e novidades que trouxer para vocês, agora como parte da família PQN. Participe: pqn@pqn.com.br Divulga
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PORTAS DE COPA
Referência maior, o bairro de Copacabana não poderia ficar de fora da festa pelos 450 anos do Rio de Janeiro. Uma das ideias mais originais para homenagear a cidade é da arquiteta Cássia Mota, que criou o projeto Portas de Copa. Ela registrou imagens de portas icônicas do bairro para transformá-las em desenhos, que serão postados no www.portasdecopa.com durante o mês de março. O objetivo do projeto cultural é resgatar a história da cidade que não está nos cartões postais, revelando a beleza do art déco das décadas de 30, 40 e 50, estampadas nas portarias de Copacabana.
Divulgação
DO FACE
A M2 Academy, unidade de treinamento da agência digital M2Br, é a primeira agência carioca a ter a chancela do Facebook Brasil para a realização de cursos no Rio sobre o uso da ferramenta. O objetivo é ensinar na teoria, e na prática, os melhores recursos de marketing. Os alunos trabalham em grupos e têm verba disponível para veicular campanhas de Ads durante as aulas. A previsão é que até o final do ano sejam abertas seis turmas de Facebook.
FOTOGRAFIA
WEBJORNALISMO
A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), entidade de representação civil mais antiga do País, com 205 anos, lançou o primeiro webjornal totalmente dedicado ao empresariado nacional. O Jornal do Empresário é feito toda semana e traz reportagens, análises e entrevistas sobre negócios, economia, empreendedorismo e desenvolvimento. Apresentado em cenário virtual pelos jornalistas Valéria Aguiar e Alex Melo, o webjornal, com duração média de 15 minutos, é enviado toda quarta-feira para milhares de usuários cadastrados no site da entidade e seguidores nas redes sociais. O Jornal do Empresário faz parte do plano de marketing criado pela ACRJ, que procura integrar e produzir conteúdo para diferentes plataformas. A entidade conta também com boletins de rádio, mídia indoor própria, cursos à distância para empresários, agência de notícias e ampla divulgação nas redes sociais.
A fotógrafa Ju Santos, que trocou Bagé, no Rio Grande do Sul, pelo Rio deJaneiro há 11 anos, é a nova editora de fotografia da revista Muito Mais. A publicação, que nasceu em Rio das Ostras, na região dos Lagos, dá um novo passo chegando à cidade do Rio. A terceira edição será lançada este mês e traz matérias de variedades. Ju Santos vai comandar uma equipe decinco profissionais.
SAIA DO ÓBVIO
Pensando em oferecer o melhor do Rio aos seus clientes, a Agência Heidelberg listou atrações cariocas nem tão famosas assim, mas que merecem a visita. Para conhecer os pontos turísticos, aplicativos dão uma mãozinha no transporte e a hospedagem com conforto de hotel sai a partir de R$ 160,00 a diária nos apartamentos da agência.
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NA SELFIE
A agência de propaganda Strenna apostou na selfie e na linguagem de sinais para criação da campanha de 30 anos da empresa Nova Rio. O objetivo é “viralizar” e fazer com que os colaboradores participem, postando em suas redes sociais fotos fazendo o sinal do coração, símbolo das peças de comunicação. É uma maneira de reforçar a Nova Rio como uma marca positiva. Além disso, por ser ano comemorativo, a agência optou por trabalhar com apelo emocional e não racional, como fez em anos anteriores.Todos os colaboradores, que participaram da campanha, doaram seus cachês para uma instituição indicada por eles, na ação Astro Nova Rio. Também foram criadas uma logo comemorativa e a hashtag #NovaRio30anos.
Hummmm.. isso combina com o que?
Armazenada em toneis de Jequitiba, a cachaca Supremacia e produzida na divisa do Norte de Minas com o Estado da Bahia. l
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Joelho de porco com batatas
www.cachacasupremacia.com.br
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Brasília
LIVRO REPORTAGEM
O roubo de um bebê em uma maternidade particular da capital federal. Os 16 anos de investigação, a angústia dos pais, a descoberta da identidade da sequestradora e o reencontro do menino com a família acabaram nas páginas do livro-reportagem O caso Pedrinho, escrito pelo jornalista Renato Alves. Durante cinco anos, o autor dedicou-se à pesquisa, escrita, revisão e edição do livro que mostra em 240 páginas, os bastidores dos 12 anos de cobertura jornalística do caso. Em novembro de 2012, o Correio Braziliense tornou pública a investigação do caso do menino que teria sido roubado em 21 de janeiro de 1986. Divulgação
ELE CHEGOU
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Nelson Vilalva é o novo diretor de projetos do Grupo PPG, holding que controla as agências Propeg, Revolution Brasil, Menta, Invent e iNFavela. O profissional ficará sediado em Brasília, onde usará a estrutura da holding na capital como hub operacional para o desenvolvimento de ações na área de live marketing e prospecções de novos canais e projetos do PPG. Baiano, Vilalva é um dos mais reconhecidos e experientes profissionais do mercado publicitário brasiliense. A PQN lhe deseja boa sorte!
Jornalista mineiro radicado em Brasília. Sugestões: pqn@pqn.com.br
PARCERIA
A Globo e a Universidade de Brasília (UNB) anunciaram parceria na construção do curso de extensão A Engenharia nas Novas Tecnologias de Mídias. O acordo entre a emissora e a instituição de ensino tem como objetivo aprofundar conhecimentos na área de engenharia aplicada à TV. A temática envolve o ensino de conceitos como telecomunicações, eletrônica, potência e tecnologia da informação. O projeto vai funcionar da seguinte maneira: podem se inscrever no curso alunos matriculados a partir do sétimo período dos cursos de Engenharia de Redes e Engenharia Elétrica da UNB. Os professores responsáveis por ministrar os encontros são profissionais da Rede Globo.
RELATÓRIO
O relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa, revelou que em 2014, foram registradas 129 agressões e três mortes de profissionais do setor, em todo o país. Os dados elaborados pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) mostram que as estatísticas são menores se comparados aos do ano de 2013. Foram 189 casos e seis trabalhadores mortos. O Centro-Oeste aparece como a região menos violenta para a categoria. No ano passado, foram sete agredidos, sem registro de óbito. Dois no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e um caso em Mato Grosso. Os números são evolutivos. Em 2013, a região foi a 3ª em número de violência. No total 23 profissionais de impressa sofreram algum tipo de agressão. Apenas no DF, 20 jornalistas tornaram-se vítimas.
PROMOÇÃO
Há dois anos como diretor geral da Borghi/Lowe Rio de Janeiro, André Gomes foi promovido a Vice-Presidente e passa a liderar também a Borghi/Lowe Brasília. Com mais de 15 anos de experiência no mercado publicitário, André iniciou sua carreira no marketing da Ambev, onde ficou por sete anos. Depois trabalhou na Santher e Kaiser. Sua trajetória em agências começou em 2003, quando foi contratado pela Y&R como diretor de atendimento, responsável por anunciantes como Vivo, Telefônica, Bradesco e Pfizer. Três anos mais tarde, integrou-se à diretoria da Grey como diretor geral de atendimento.
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CAPA
Aline e Rogério: mesmo com a Endometriose, casal não perde as esperanças de realizar o sonho de ter um filho, nem que seja por meio da fertilização in vitro
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“A endometriose rouba o direito da mulher de ser Mulher! ” Uma em cada dez mulheres brasileiras é portadora da doença. Sem cura, o diagnóstico geralmente é feito tardiamente, o que vem causando a infertilidade em mais de 40% das pacientes. Algumas “endojornalistas” usam a profissão para conscientizar a sociedade e lutam pelo reconhecimento da doença como social e de saúde pública ROBHSON ABREU
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s números são alarmantes. De sete a dez milhões de brasileiras têm endometriose e 50% delas podem ficar inférteis. Porém, 55% das mulheres acometidas pela endometriose não sabem o que é, já 66% delas não conseguem identificar a que essa doença tipicamente feminina está associada. Para alguns especialistas a endometriose, conhecida como uma doença das mulheres modernas, tem causas genéticas e podem começar desde a primeira até a última menstruação. Na maioria dos casos, as“endomulheres” podem desenvolver quadros de depressão, estresse emocional, além de não ter uma vida social, profissional e pessoal normal. A endometriose acontece quando o endométrio – tecido que reveste a parede interna do útero – cresce em outras áreas. Na maioria dos casos, a região atingida é a pélvica, ovários, intestino, reto, a membrana que reveste a pélvis e a bexiga. Entretanto, pode alcançar órgãos mais distantes, como pulmão e sistema nervoso central. O principal sintoma da doença é a dor. O ginecologista e professor Carlos Alberto Petta, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), informa que 80% das mulheres apresentam essa manifestação. “A cólica menstrual é muito intensa nesses casos. A paciente pode ter, também, dor na relação sexual, alteração intestinal – quando o intestino fica solto durante a menstruação – e, às vezes, dores ao urinar”, esclarece.
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Cleurice: diagnóstico tardio não prejudicou o sonho de ser mãe. Hoje, a Endometriose foi reduzida com o fim da menstruação e início da menopausa
Em recente pesquisa comportamental realizada pela Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), as causas da doença ainda são desconhecidas. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos. “Infelizmente, o diagnóstico não costuma ser tão rápido por falta de informação e acesso aos serviços de saúde, o que se torna um problema para as mulheres”, afirma o médico e presidente da entidade, Maurício Simões Abrão. Há três décadas, ter um diagnóstico preciso e inicial da endometriose era quase que impossível. Cleurice Fernandes Alves, jornalista, hoje com seus 67 anos, lembra que há 30 anos não se falava na doença. Tudo era relacionado à cólica e dores menstruais. “Eu chegava a ficar de cama quando estava menstruada. Meu diagnóstico só veio quando me casei e não conseguia engravidar. Na época, fiz tratamento por mais de três anos com o médico mineiro Afrânio Ferreira Coelho”, conta a jornalista. Durante o tratamento, Cleurice teve sua menstruação interrompida por
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nove meses. Era como se fosse uma gravidez artificial e ela tinha que tomar hormônios o tempo todo, além de injeções na barriga. Para muitas mulheres como Cleurice, a endometriose é uma doença muito sofrida. Além das fortes dores, muitas apresentam quadro de anemia, devido à perda constante de sangue – até 15 dias ou mais, dependendo do nível da doença. A jornalista goiana e hoje radicada em São Paulo, Caroline Salazar, também passou por situações semelhantes. Desde os 13 anos, ela sofre com a endometriose. Na adolescência, seus ginecologistas achavam que as dores e cólicas eram decorrentes da menstruação. Em 2009, somente aos 30 anos, foi que o diagnóstico veio. De lá pra cá, Caroline sempre foi tratada como uma paciente que teve cisto de ovário e operada de apendicite, porém ambos já eram a manifestação da endometriose. Os medicamentos já não faziam mais efeito e a dor era contínua diuturnamente, sete dias por semana, 24 horas por dia. “Eu não aguentava ficar em pé. Fiz ultrassom e tinha dores antes e durante a menstruação”, conta a jornalista goiana.
Hoje, após passar por dois processos cirúrgicos, o último realizado em junho de 2012, Caroline já não sente mais dores e comemora o sucesso da operação realizada pelo doutor Hélio Sato. Somente quando foi tentar engravidar, três anos depois, que ela teve sangramento anormal na primeira menstruação depois da retirada do DIU de progesterona (ou Mirena), mas sem dores. Já as outras menstruações foram normais. Depois de quase duas décadas, a jornalista sofreu com as dores severas da doença sem ter um diagnóstico. A endometriose afeta mulheres durante os principais anos de suas vidas. No momento em que elas deveriam estar terminando seus estudos, iniciando ou mantendo suas carreiras, construindo relacionamentos e, talvez, começando a formar uma família. De acordo com a ONU (Organizações das Nações Unidas), a endometriose afeta 176 milhões de mulheres no mundo todo. O Estudo Global de Saúde da Mulher (GSWH) reuniu 1.418 mulheres entre 18 e 45 anos, de 16 centros em 10 países (inclusive o Brasil) nos cinco continentes e os resultados são alarmantes e preocupam diversas entidades.
O QUE É A ENDOMETRIOSE?
O endométrio, tecido que reveste o útero (e descama, formando a menstruação), passa a crescer em outras áreas, como ovários, trompas, intestino, cavidade abdominal, etc.
OVÁRIO
TRATAMENTO
Até agora, a doença era tratada com drogas que interrompem o funcionamento dos ovários, causando menopausa temporária, por via injetável ou por aerossol nasal; outra opção é o DIU hormonal que bloqueia a ovulação e a menstruação, inibindo o crescimento do endométrio.
Ovário
Cavidade Abdominal
ÚTERO TUBA UTERINA
VAGINA
Útero Bexiga
QUAIS AS CAUSAS E SINTOMAS?
Tendência familiar, genética, fatores imunológicos, qualidade de vida ruim, produção excessiva de hormônios. Como sintomas, as dores intensas, alterações urinárias ou intestinais durante o período menstrual, dor durante a relação sexual, dificuldade para engravidar, cólicas incapacitantes, entre outros...
Renata D’Almeida
Caroline e a pequena Bárbara: a luta contra a doença não está sendo em vão e suas ações têm inspirado mulheres de diversas partes do mundo
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É muito comum que as mulheres vivam por muitos anos com a dor causada pela endometriose antes de receberem um diagnóstico oficial. Isso, muitas vezes, significa um atraso na gestão da doença, e, consequentemente, afetando de forma negativa a sua vida profissional, social e psicológica. “É importante que as mulheres conheçam mais sobre os sintomas da endometriose, em vez de apenas ficarem pensando que a dor pélvica é “normal”. Elas precisam saber que a dor da endometriose é real e pode ser tratada. Por isso, é importante que falem com seus ginecologistas”, reforça o doutor Abraão. Casos como os de Cleurice e Caroline ilustram bem a dor sentida por milhares de mulheres que têm que conviver com a doença sem mesmo saber o que lhes acomete. Aliado a isso, elas ainda sofrem com o descaso por parte dos planos de saúde que não querem tratar a endometriose como uma doença comum, os mesmos acreditam que o mal seja pré-existente.
FATORES QUE A ENDOMETRIOSE ESTARIA ASSOCIADA:
38% Cólicas menstruais 18% Alteração hormonal 15% Genética 11% Anemia 5% DST 13% Não se associa a nenhum desses fatores
TIPOS DE TRATAMENTO
25% Cirurgia por Laparoscopia 24% Uso de antinflamatórios 20% Cirurgia para a retirada dos ovários 14% Uso de anticoncepcionais 12% Uso de DIU hormonal 5% Laqueadura
CONHECIMENTO SOBRE A DOENÇA
55% Das entrevistadas não sabem o que é a Endometriose 63% Não conhecem ninguém que tenha Endometriose 37% Conhecem alguém que tenha Endometriose
RECONHECENDO OS SINTOMAS Os sintomas da endometriose podem variar de acordo com cada paciente. Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras, cerca de 12%, que não sentem nenhum tipo de desconforto. A doença acomete hoje cerca de seis milhões de brasileiras, sendo que até 50% delas podem ficar inférteis. Entre os sintomas mais comuns estão as cólicas menstruais intensas, dores pré-menstruais, dores durante as relações sexuais e dores difusas ou crônicas na região pélvica. Algumas mulheres podem ainda apresentar outros sintomas como fadiga crônica e exaustão, sangramento menstrual intenso ou irregular, alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação, dificuldade para engravidar e até mesmo infertilidade. O ginecologista, Carlos Alberto Petta, e professor do Departamento de Ginecologia da Unicamp, reforça que o diagnóstico ainda é demorado. Na pesquisa realizada pela SBE, somente 33% das mulheres citaram infertilidade, cólica menstrual intensa e dor durante a relação sexual como os principais sintomas da endometriose. Aline do Espírito Santo, jornalista mineira, 38 anos, afirma que seu caso pode ser considerado atípico entre as
A ENDOMETRIOSE NO BRASIL 68% das mulheres em Salvador e Fortaleza sabem o que é Endometriose
87% das mulheres em Manaus não sabem o que é Endometriose
59% das mulheres no Rio de Janeiro sabem o que é Endometriose
89% das mulheres em Goiânia não sabem o que é Endometriose
87% das mulheres em Belo Horizonte não sabem o que é Endometriose
71% das mulheres em São Paulo sabem o que é Endometriose
28% das mulheres em Curitiba sabem o que é Endometriose
FONTE: Pesquisa da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) com cinco mil mulheres acima de 18 anos de todas as regiões do país (contemplando as capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Goiânia e Manaus).
Divulgação
COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR A ENDOMETRIOSE? Ainda não existe prevenção. A patologia pode surgir em mulheres altamente estressadas, que comem muita gordura saturada e são sedentárias, assim como entre aquelas que seguem uma dieta balanceada, praticam atividade física e mantêm baixos níveis de estresse diário. No grupo de risco, estão apenas as mulheres que apresentam casos na família. Não existe cura, apenas o controle da doença. Ela cessa com a menopausa, porque encerra o estimulo hormonal. O tratamento varia com a idade, gravidade dos sintomas e o desejo de ter filhos. Assim, é dividido em dois grupos: o clínico e o cirúrgico. No primeiro caso, indica-se o uso de medicamentos para controle da dor, anti-inflamatórios e analgésicos, além de exercícios e técnicas de relaxamento. Pode-se, também, optar pelo tratamento hormonal, com a interrupção do ciclo menstrual, criando um estado de pseudogravidez com administração de pílulas anticoncepcionais de estrogênio e progesterona e compostos específicos para o tratamento da endometriose como derivados de progesterona apenas e análogos do GnRH.
Carlos Alberto: a conscientização de todas as mulheres é fundamental para a busca de diagnóstico e tratamento da endometriose de forma correta e sem tantas sequelas graves ao aparelho reprodutor
pacientes que apresentam os sintomas da endometriose. Apesar de ter sido diagnosticada com a doença em seu nível IV, um dos piores segundo os especialistas, ela conta que nunca sentiu fortes dores e muito menos perdeu o apetite sexual. Ela teve cólica apenas uma vez na adolescência, aos 13 anos e, há cerca de dois anos, quando parou de tomar o anticoncepcional. Em setembro de 2012, Aline e o marido, o advogado Rogério Santanna, resolveram que era a hora de aumentar a família. Ela parou de usar a pílula e começaram as tentativas. Seu ginecologista deu um prazo de três meses e, se ela não engravidasse, começaria os exames de rotina. Passado o período, nada. Foi realizado um ultrassom e o resultado mostrou trompas e ovário normais. Mais um tempo de tentativas e nada! O médico então sugeriu a Histerossalpingografia, pois achava que poderia ser alguma anormalidade nas trompas. Exame feito
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e trompas perfeitas. O rastreamento com ovulação também estava normal, com ovulação perfeita. “Mesmo com tudo favorável para engravidar, não engravidei e aí sim, tive uma cólica terrível. Percebemos então que poderia ser endometriose. Fiz um ultrassom com preparo de intestino e nesse exame foi comprovada a endometriose grau IV no intestino, borda do ânus e aderências”, recorda a jornalista.
Já o cirúrgico, a opção é a laparoscopia, que retira ou destrói o tecido. Sempre se evita cirurgias mutilantes, com a preservação dos órgãos. A retirada de útero e ovários só é recomendada em casos graves quando a mulher não deseja mais ter filhos. A remoção cirúrgica das lesões de endometriose pode ser uma opção. Conforme pesquisa comportamental da SBE, 88% das mulheres brasileiras desconhecem as opções de tratamento para a doença.
Mesmo não sentindo os sintomas ditos típicos da endometriose, Aline não vem sendo submetida a nenhum tratando mais forte e nem ingerindo medicamentos voltados à redução das dores decorrentes da doença. Ela afirma que não pode operar devido à idade, 38 anos, e também, porque a endometriose está no intestino. “Trata-se de uma operação muito agressiva e meu ovário grudou no intestino. Não posso correr o risco de perdê-lo e, com isso, perder o meu sonho em ser mãe”, observa.
É importante que toda mulher tenha o hábito de ir ao ginecologista para promover o acompanhamento de sua saúde, além de ficar atenta aos sintomas da endometriose. Como primeiro passo, há o exame ginecológico. Em seguida, o médico poderá requisitar os exames laboratoriais e de imagem; visualização das lesões por laparoscopia; ressonância pélvica ou ultrassonografia transvaginal e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença.
Em alguns casos os sintomas não são tão perceptíveis com a realização de exames. Existem mulheres passam a vida inteira com dores abdominais achando que são apenas as cólicas menstruais. “Passei minha vida inteira tomando doses de “Buscopan”, pois acreditava que as dores terríveis eram cólicas menstruais. Sempre ia ao ginecologista e ele nunca me falou da doença, e eu nem sabia que ela existia. Somente quando engravidei e perdi minha filha aos quatro meses e meio de gestação é que fui diagnosticada com endometriose. Passados alguns anos, engravidei novamente, tomei várias injeções para segurar a gravidez e hoje meu filho tem 14 anos. Mas não foi nada fácil. Hoje, em meus 55 anos, as dores terminaram com a menopausa, mas sofri muito”, desabafa a professora mineira Tânia Luiza de Abreu. Após ser diagnosticada, a jornalista Caroline Salazar foi submetida a duas cirurgias devido à doença e às aderências pélvicas. Suas alças intestinais estavam grudadas em outros órgãos, o que aumentava ainda mais a dor. Com todo o processo, aliado ao preconceito que levou ao desemprego, por conta do tratamento que fazia para tratar a dispareunia, ela desenvolveu depressão profunda. “Graças a um ex-namorado que estava trabalhando numa palestra de endometriose fui
diagnosticada. Ele não aguentava ver o tanto que eu sofria. A endometriose rouba o direito da mulher de ser mulher”, desabafa.
tratamento”, completa o presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose. ENDOMETRIOSE PODE CAUSAR INFERTILIDADE?
“Fiquei muito deprimida quando soube que tinha a doença. Estava em um momento péssimo da vida e pensei em morrer. No dia 21 de março, fará um ano que descobri a doença. Hoje, faço terapia e lido bem com a doença. Mas quando tenho cólica, não gosto nem de falar. E para diminuir a dor tomo ‘Buscopan’ na veia ou ‘Ponstam’, mas sempre no hospital e com acompanhamento médico”, pondera Aline do Espírito Santo.
Atualmente a endometriose lidera as causas de infertilidade entre mulheres acima dos 25 anos, sendo possível que aproximadamente 30 a 40% das mulheres inférteis tenham algum grau de endometriose. A doença pode causar o estreitamento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação.
Quando não há um controle adequado da doença, ela pode evoluir e acarretar mais complicações ou até desencadear outras patologias, como o câncer. Sabe-se, porém, que o risco de a doença virar câncer é mínimo – varia de 0,5% a 1% do total. De acordo com o doutor Carlos Alberto Petta, as pacientes acometidas apresentam diminuição da qualidade de vida e redução de suas atividades, gerando problemas psicossociais, frustração e isolamento. Há também um impacto causado pelas perdas de horas de trabalho, absenteísmo etc. “A maioria das mulheres também não sabe quais são os principais sintomas da doença, nem como são feitos o diagnóstico e
A boa notícia é que os métodos de reprodução assistida (Inseminação Intrauterina e Fertilização “In-Vitro”) têm excelente indicação nos casos da doença e podem, efetivamente, ajudar o casal a conseguir a gravidez. No caso da inseminação, aestimulação ovariana pode corrigir a disfunção ovulatória da endometriose e o aumento da quantidade de espermatozoides ativos nas trompas pode facilitar a fertilização do óvulo. Já a Fertilização “In-Vitro” (FIV) é realizada fora do organismo, em laboratório, após coleta dos óvulos e espermatozoides. Os gametas não estariam submetidos ao processo inflamatório crônico da pelve. “As chances de gravidez são, portanto, Divulgação
Gravidez: o sonho de milhares de mulheres com endometriose tem se tornado realidade graças à Fertilização In Vitro realizada em clínicas de fertilização
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muito boas, dependendo da idade da mulher e da qualidade dos embriões produzidos”, diz o especialista em Reprodução Humana Assistida, o doutor Edilberto de Araújo Filho, do Centro de Reprodução Humana (CRH) de Rio Preto, interior de São Paulo. Foi o que aconteceu com a jornalista Caroline Salazar. Aos 35 anos, após constatar baixa ovulação, ela optou pela FIV. De oito folículos do ovário direito ela teve dois óvulos, mas apenas um era bom e virou embrião. Por conta da sua idade, quase 36, ela teria que ter implantado três embriões para ter de 30 a 40% de chances de engravidar, mas conseguiu engravidar com apenas um. No início do mês de março de 2015, nasceu Bárbara, nome dado em homenagem a Santa Bárbara, padroeira da ‘endojornalista’. A pequena nasceu com 2,420 Kg e 45 centímetros. Geralmente a FIV é o método escolhido por casais inférteis com endometriose grave. A jornalista Aline do Espírito Santo e o advogado Rogério Santanna optaram por este método e planejam, para este ano, a inseminação. Cada tentativa custa, em média, R$ 15 mil nas clínicas de fertilização. O valor pode ser até maior dependendo da complexidade e da gravidade do caso. “Com a doença, Aline não consegue engravidar. Somente com a FIV é que conseguiremos realizar nosso sonho em ter um bebê”, completa o advogado. Já Cleurice Fernandes teve a sorte de engravidar pelos métodos naturais. Após o nascimento de sua filha Daniela, as dores diminuíram bastante. Inclusive o médico disse que ela poderia ter mais filhos. Porém, ela não teve coragem, devido às complicações da gestação. “Foi muito difícil. Além da endometriose, tenho útero retrovertido. Como sequela, fiquei com muitas aderências. A doença costuma invadir partes do intestino. Hoje, não tenho mais endometriose, com a menopausa ela some”, desabafa. AS ENDOJORNALISTAS Jornalistas por formação, Caroline Salazar e Aline do Espírito Santo abusam da profissão para conhecer cada vez mais a endometriose, doença pela qual ambas são acometidas. No ano de 2010, Caroline criou o blog “A Endometriose e Eu” (http://aendometrioseeeu.blogspot.
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com.br), uma espécie de diário de bordo que conta suas histórias, medos, alegrias e que conscientiza as milhares de mulheres sobre o que é a doença. A iniciativa deu tão certo que hoje a mídia social é uma das mais acessadas e importante fonte de informação para as “endomulheres”. O blog recebe a participação de médicos e cientistas do Brasil e do exterior e de muitas portadoras que também, a exemplo de Caroline, contam suas histórias de vida. Muitos depoimentos emocionados e emocionantes de mulheres que viram na mídia social um espaço de desabafo e também de troca de experiência. Em 2012, o blog foi eleito o TOP1 na categoria saúde pessoal, o mais votado do País. Em 2013, recebeu o TOP 3 na mesma categoria. Com sua linguagem simples, direta e a forma como retrata principalmente as dores e a incompreensão da sociedade com a doença, o blog é uma das mídias sociais mais lidas do mundo. A jornalista, que um dia sonhou em ganhar muitos prêmios no jornalismo, é hoje a principal ativista no Brasil na causa e foi eleita a capitã da “Million Women March for Endometriosis” (Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose), idealizada pelo médico americano Camran Nezhat. Anualmente, as “endomulheres”saem às ruas para lutar pelo reconhecimento da doença como sendo de caráter social e de saúde pública. No Brasil, a marcha, que é promovida em mais de 60 países, será realizada no dia 28 de março em quatro cidades – São Paulo (no vão do Masp), Porto Alegre (Hospital Fêmina), Campo Grande (Praça Ary Coelho) e Londrina (Calçadão de Londrina). O horário de início de concentração em todos os pontos será às 9h e o início da caminhada às 10h. Já Aline, que participa de vários grupos sobre a doença nas redes sociais e no aplicativo WhatsApp, está criando o blog “Para ser mãe”. A intenção é contar sua experiência com a doença e também trocar conhecimentos. “Temos sempre que mostrar nossa cara. Algumas ‘endomulheres’ têm vergonha em assumir a doença pelo fato de serem inférteis e por puro preconceito
d a família e dos amigos. É por isso que muitas são diagnosticadas tardiamente. Não é vergonha ter endometriose. Nós, como jornalistas e portadoras, temos que fazer nosso papel que é de informar à sociedade sobre essa doença silenciosa que, pode não matar, mas que nos tira o direito de ser mulher, de ser profissional e de ser mãe”, afirma a comunicadora mineira. É bom lembrar que a conscientização sobre a endometriose é fundamental para a busca de diagnóstico e tratamento. “As mulheres precisam entender que não é normal sentir cólicas fortes todo mês. Não é normal tentar engravidar e um ano depois não conseguir. É preciso uma boa avaliação ginecológica, pois elas podem ter uma piora no quadro sem o acompanhamento de um profissional. Com o auxílio de especialistas, há melhora na qualidade de vida”, conclui o médico Carlos Alberto Petta. Divulgação
“A Endometriose e Eu”: o blog de Caroline é uma grande referência para as endomulheres
Amazônica Relações Públicas. Sugestões: nubialentz@me.com
COMEMORAÇÃO
O projeto RP Manaus completou quatro anos de existência. Criado no dia 22 de fevereiro de 2011, com a missão de ajudar acadêmicos, profissionais, recém-formados e empresários por meio de informações relevantes da área de comunicação social, o projeto ganhou forma e identidade. Em Manaus, a sede é na Cardume Coworking e atualmente 18 profissionais voluntários participam da criação e promoção de iniciativas aos relações públicas da região. Parabéns e contem sempre com a gente!
CONTRA A EXTINÇÃO
O Governo do Amazonas Amazonas, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (SDS), do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), acaba de lançar a campanha de proteção ao Sauim-de-Coleira. Sauim-de-Coleira Com o tema Sauim-de-coleira, uma espécie que pede socorro, socorro a ação pretende agregar esforços do poder público e de organizações não governamentais (ONGs) tendo por finalidade de reverter o estado crítico de extinção do primata. A campanha faz parte do Plano Nacional para Conservação do Sauim-de-Coleira (PAN). A meta é assegurar a sobrevivência de pelo menos oito populações de Saguinus Bicolor, reduzindo sua taxa de declínio populacional e protegendo áreas de ocorrência da espécie que é encontrada em Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara.
Sebastião Salgado
CIDADE SEDE
Agora é oficial: a FIFA definiu Manaus como uma das seis cidades-sede das Olimpíadas Rio 2016, em reunião realizada em Zurique. Para o prefeito Arthur Virgílio Neto, sua visita à CBF foi fundamental para reforçar as potencialidades de Manaus como uma cidade apta a receber grandes eventos. A FIFA reconheceu todo o trabalho feito durante a Copa do Mundo e agora também honrará o município com o selo de Cidade Olímpica.
CONGRESSO DE COMUNICAÇÃO
Manaus sediará o Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte (Intercom Norte). O evento, que está na 14ª edição, será realizado entre os dias 28 e 30 de maio em unidades do Centro Universitário do Norte. Este ano, o tema escolhido foi Comunicação, Cultura e Cidade Espetáculo. Na programação, palestras, oficinas, exposições e atrações culturais. Profissionais e pesquisadores da área da Comunicação que tenham interesse em ministrar oficinas durante o evento podem entrar em contato pelo e-mail: secretariaintercomnorte2015@gmail.com. As inscrições até o dia 11 de maio.
NAS ALTURAS
A Torre Observatória da Amazônia já está pronta. A torre, que impressiona pelos seus 325 metros de altura – um metro a mais do que a Torre Eiffel, na França – erguida em meio à mata, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, a 156 quilômetros ao norte de Manaus, vai investigar a ligação entre biosfera, floresta e atmosfera. O projeto custou cerca de R$ 20 milhões e é uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Universidade Estadual do Amazonas e Instituto Max Planck de Química, da Alemanha.
OFICINEIRO
O jornalista e escritor amazonense, Mário Bentes,, estará em Manaus, a partir de março, para ministrar uma série de oficinas por meio do selo editorial Lendari,, iniciativa criada por ele como meio de fomentar a produção de obras no estado. Serão três oficinas: Escrita criativa para contos e crônicas, Planejamento e execução de romance e Criação de personagens cativantes,, realizadas, respectivamente, nos dias 21, 22 e 28 de março. Todas as oficinas vão acontecer entre 14h e 18h. O valor da inscrição para cada uma é R$ 50,00, mas o pacote completo sai por R$ 120,00. Inscrições: www.lendari.com.br/inscricao-em-oficina
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Priscila Prade
ENTREVISTA
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“Tem pessoas
que a gente não esquece
nem se esquecer!”
É bem assim o nosso sentimento quando assunto é a maior roqueira brasileira – Rita Lee. Há um ano na estrada, o musical “Rita Lee mora ao lado” nos proporciona isso. Não tem como esquecer uma cantora que suas músicas fazem parte da trilha sonora da história de cada um ROBHSON ABREU
H
á um ano rodando pelo Brasil, o musical “Rita Lee mora ao lado”, baseado no livro de Henrique Bartsch – “Rita Lee mora ao lado, uma biografia alucinada da rainha do rock” – Panda Editora, é uma ode à obra de uma das cantoras mais importantes da música brasileira. Irreverente, sem papas na língua, Rita Lee é um patrimônio nacional que, em breve, vai ganhar as telonas. E como protagonista, a atriz Mel Lisboa, a mesma que vem dando vida nos palcos com um musical com duas horas de duração. “Eu já nem sei mais se estou andando ou agindo como ela fora do palco. Respiro Rita, estou vivendo dela”, disse a atriz. No início da temporada, com os cabelos cortados no mesmo estilo de Rita no final dos anos 1970 e começo de 1980, Mel Lisboa conta que esse foi um dos maiores trabalhos - o de tentar se manter ruiva. Hoje, ela prefere usar uma peruca ruiva e deixar os cabelos curtos. É a praticidade! O musical, que já rodou algumas capitais, ainda vai aportar em várias cidades brasileiras – Belo Horizonte (28 e 29/03), Maceió (11 e 12/04), Fortaleza (18 e 19/04), Recife (25 e 26/04) – levando o legado de
Rita Lee, principalmente ao público mais jovem que não conhece tanto a obra da amiga da Elis pimentinha. Durante 120 minutos, o público conhecerá passagens marcantes da vida da roqueira ruiva – a infância, o relacionamento com os pais e irmãs –, tudo costurado por seus grandes hits como Agora Só Falta Você, Saúde, Coisas da Vida e Baila Comigo. Mas tudo sem se preocupar com a ordem cronológica com que cada música foi lançada. Cada canção foi usada para contar dramaturgicamente a estória e não pontuando ano a ano seu lançamento. É como se as músicas servissem de pano de fundo para contar a vida de Rita Lee Jones. No elenco Carol Portes, Rafael Maia, Yael Pecarovich, Samuel de Assis, Amandi Cortez, Débora Reis, Márcio Macena, Antônio Vanfill, César Figueiredo, Fábio Ventura, Flávia Strongolli, Nanni Souza e banda. Imperdível! Em um gostoso bate-papo com a revista PQN, Mel Lisboa fala como surgiu o convite para interpretar Rita Lee e a grande oportunidade em atuar, pela primeira vez, em um musical. E com certeza, este é o melhor papel da atriz que ficou conhecida em todo o Brasil ao dar vida à provocante Anita. Mel pode até não ter a potência da voz da rainha do rock, mas os trejeitos, caras e bocas, e a irreverência estão a cada apresentação no palco. E viva o rock’n’ roll!
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Fotos: Priscila
Prade
1) Como surgiu o convite para interpretar Rita Lee, a rainha do rock nacional? Surgiu há uns cinco anos, quando ainda era um projeto embrionário. O Márcio Macena tinha a ideia de transformar o livro “Rita Lee mora ao lado” em musical e, quando escolheu em alguém para fazer a Rita, pensou logo em mim. Ele convidou-me para um almoço, deu-me o livro e depois perguntou se eu gostaria de fazer a Rita. Eu disse: você é louco? É claro que eu quero! Deu até um frio na barriga, mas como recusar um presente desse?
2) Como foi a preparação para viver a Rita? O laboratório foi com ela? Infelizmente não conseguir fazer um laboratório com ela. A Rita Lee é atualmente bastante reclusa. Eu não queria que ela se sentisse invadida. Durante todo o processo, estive pessoalmente com ela apenas uma vez, quando fui ao lançamento do livro dela com o Laerte. A minha preparação foi platônica, observando de longe, estudando, respirando-a. Tudo para compor uma personagem ímpar.
3) Quando tempo levou para você pegar os trejeitos, caras e bocas? O processo de ensaios durou dois meses e meio. Esse foi o tempo que tive para estudá-la. Tentei não imitá-la em momento algum, deixei que o meu corpo fosse absorvendo aquelas informações que recebia.
4) Você é fã da Rita? Sou e muito. Quanto mais eu sei sobre ela, mais gosto e admiro-a.
5) Quando você se olha no espelho do camarim, vestida de Rita, você consegue enxergar a cantora? Não, ali no espelho vejo apenas a Mel caracterizada de Rita Lee. O negócio acontece no palco mesmo.
6) Há algum momento do musical que você mais se identifica com a cantora? Eu não sei dizer se há um momento específico. Eu me
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identifico com ela o tempo todo. Trabalhei para isso. No palco, sinto-me Rita Lee. Eu já nem sei mais se estou andando ou agindo como ela fora do palco. Respiro Rita, estou vivendo dela.
7) Este é o seu primeiro musical. Está gostando da experiência de cantar e atuar? Estou gostando bastante. Estou começando a gostar de cantar e isso é importante. No entanto, ainda tenho muito a desenvolver, por isso continuo com as minhas aulas de canto e piano. Sem dúvida este é o meu grande papel.
8) Algumas partes do musical contam fatos que misturam a ordem cronológica da vida da roqueira. Na estreia, isso foi muito comentado negativamente pela crítica especializada. Incomoda ou isso foi corrigido? A gente mantém a ordem cronológica, apenas não citamos datas ou anos. O que algumas pessoas não entenderam foi o fato das músicas terem sido escolhidas em função da dramaturgia e não necessariamente respeitando o momento em que ela foi criada. Um exemplo é a Rita ainda criança na escola cantando Hey Boy, uma música que foi gravada muitos anos depois pelos Mutantes.
9) As comparações com o biografado são sempre comuns. Algumas pessoas elogiaram sua fisionomia, o cabelo ruivo e figurino, outras criticaram sua voz, não tão potente como a de Rita Lee. Você estava preparada para isso? O que melhorou da estreia em São Paulo em abril até agora? Eu tento que estar preparada para todos os tipos de críticas, desde as mais elogiosas até as mais duras, mas tanto uma quanto a outra podem ser enganosas. Minha voz de fato não é potente e eu sei disso. Mas não é disso que se trata. O que eu tento é respeitá-la e não fazer feio. Quanto às melhoras, sim, depois de um ano fazendo a peça e aulas de canto, é mais fácil hoje cantar. Eu erro menos e estou divertindo-me muito mais.
10) Você viveria outro biografado? É boa a experiência de fazer um musical? Viveria, sim. A experiência é muito rica. Estou adorando fazer um musical, principalmente este que conta a história de um grande ícone do rock nacional. Rita é única, eterna!
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o pess Arquiv
Dendê Relações-públicas, professor universitário e consultor empresarial. Envie suas sugestões para: pqn@pqn.com.br
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PESQUISA I
A UNEB, por meio da Assessoria de Comunicação (Ascom), disponibilizou para toda comunidade acadêmica os resultados da Pesquisa de Comunicação Interna da Universidade, aplicada de setembro a outubro de 2014. A pesquisa contou com a participação de 1.251 pessoas entre estudantes, professores e técnicos administrativos de todos os campus da instituição. Essa é a primeira vez que a instituição realiza uma consulta avaliativa desse porte com o objetivo de coletar informações dos diferentes públicos que compõem o ambiente interno da Universidade sobre preferências e hábitos relativos à comunicação interna e a utilização dos seus canais de comunicação.
PESQUISA II
O Portal da UNEB foi um dos pontos de maior destaque na pesquisa. Cerca de 49,1% da comunidade acadêmica apontou o site institucional como o canal de comunicação mais utilizado para obter informações sobre a universidade. Mais de 33% dos pesquisados afirmaram que acessam o Portal da UNEB diariamente e 50,6% apontou que o tipo de informação mais procurada no portal são as notícias. No quesito conteúdo, metade dos entrevistados classificou como “Boa” a qualidade das informações veiculadas no portal. A maioria (38,5%) também avaliou positivamente a atualização das informações disponíveis no site.
PESQUISA III
Cerca de 52% dos pesquisados não conhecem a WEBTV da UNEB. Mais de 60% nunca assistiu suas produções, 70% não conhece os seus programas e 89% da comunidade nunca realizou trabalhos em parceria com a WEBTV. Entretanto, quando perguntados sobre o grau de importância atribuído à existência de uma TV universitária na UNEB, 46,4% dos entrevistados responderam que é muito importante.
PARCERIA
A Darana, agência de relações públicas com sede em Salvador e atuação na região Nordeste, e o Grupo Attitude, líder na América Latina em comunicação de negócios e construção de relacionamentos para incremento da reputação, anunciaram um acordo de associação que prevê o licenciamento do atual portfólio de produtos e serviços do Grupo Attitude, promovendo a imediata expansão do portfólio de serviços e capacidade de atendimento da agência em toda a região. Na foto: Mariana Trindade, sócia-diretora da Darana, e Rodolfo Zabisky, CEO do Grupo Attitude.
VIVA SALVADOR!
A programação oficial comemorativa do aniversário de 466 anos de Salvador, celebrado no dia 29 de março, foi divulgada pela Prefeitura do Salvador. Na ocasião, o prefeito ACM Neto, o chefe da Casa Civil, Luiz Carreira, o secretário de Cultura e Turismo (Secult), Érico Mendonça e o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, detalharam as atrações da segunda edição do Festival da Cidade, que reunirá diversas atrações entre os dias 22 e 29 de março. Além da programação do festival, foram anunciadas as obras a serem entregues na semana do aniversário da cidade.
PLANEJAMENTO
O Planejamento de Comunicação do Governo Estadual terá como foco a ética, transparência com a mídia e agilidade de respostas e canais integrados, como Ouvidoria do Estado e redes sociais. O plano foi apresentado durante encontro entre assessores e profissionais da Comunicação das secretarias, órgãos e autarquias estaduais, no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O secretário de Comunicação Social, André Curvelo, disse que a integração entre as assessorias na divulgação das ações do governo e o atendimento à imprensa são fundamentais para eficiência da prestação de serviço ao cidadão, por meio da informação de interesse público. O secretário prometeu Divulgação trabalhar de maneira integrada, no sentido de levar de forma ética, transparente e eficaz a prestação de contas das ações do Governo do Estado.
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Jornalista e servidora pública. Escritora nas horas vagas. Autora do blog Licor de Cassis (www.claudiagabi.blogspot.com)
Amor ou degustação? F
alar de amor é sempre tão repetitivo... A sensação que se tem é que mudam os personagens, mas os romances começam e se acabam de forma muito parecida. Costumo ter conversas intermináveis com amigos sobre os contrastes entre as paixões e os casamentos que caíram na rotina. Aí todos têm alguma opinião já formada ou experimentada. O que deixa muita gente sem palavras, inclusive eu, é entender por que há tantas pessoas sozinhas por aí se outras tantas pessoas dizem que querem encontrar o amor.
conversar, rir, ir a um show ou cinema e até fingir um namoro num dia de carência. Distração garantida sem qualquer peso. Quase como uma degustação, amostra grátis, sem compromisso.
Afinal, um lado não cruza o caminho do outro? É fato que muita gente não quer se comprometer. Mas, e quando os dois querem e não conseguem se acertar? Onde é que o doce perde o ponto? Uma palavra errada, um olhar atravessado, uma interpretação precipitada sobre o que aquela pessoa pode lhe oferecer? Medo das diferenças ou trauma de uma relação anterior? Conheço homens e mulheres que fogem exatamente quando percebem que o outro se declarou ou simplesmente se mostrou disposto a encarar o desafio. E há aqueles que se afastam porque acharam o outro frio demais ou distante demais...
Pior ainda, como escreveu Carlos Drummond de Andrade, é quando “João amava Teresa que amava Raimundo...” Nesse desencontro de afetos, ninguém sai satisfeito, na poesia ou na vida. Se há algo que essa troca de parceiros não garante é a cumplicidade, a intimidade, o convívio intenso, a companhia de alguém que não tem pressa pra esgotar o romance.
O que eu vejo é que muitos não dão tempo nem para a possibilidade de que o sentimento aconteça ou amadureça. Já chegam com suas conclusões apressadas, fazem de tudo pra confirmar aquelas convicções e, satisfeitos com a própria razão, partem para a próxima conquista. A gente se acostumou a ter muitos “contatos” e vive na falsa ilusão do excesso. É uma escolha e cada um sabe o que quer para si. Quem sou eu pra questionar o que traz alegria... Você pode desejar apenas alguém pra se divertir. Que mal há nisso? Sair pra
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Mas, e se a outra pessoa quiser alguém para namorar de verdade? Você quer a fantasia e ela busca aquele amor pé no chão com tudo o que isso pressupõe. Amor de supermercado. Amor arroz com feijão! Quando esses dois se encontram, o choque é certo.
CARNAVAL
‘Eô, eô, eô, Je suis Comunicador!’
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Com
Bloco “Quem não se comunica, se trumbica” desfilou pelas ruas de Belo Horizonte e arrastou vários jornalistas, publicitários e relações públicas que entoaram o hino feito especialmente para valorizar a categoria LENA ALVES - FOTOS: MÁRIO MARTINS
C
om uma canção contagiante em ritmo de axé - “Je suis comunicador” -, o bloco “Quem não se comunica, se trumbica!” saiu pela segunda vez pelas ruas da capital mineira arrastando centenas de profissionais da comunicação. Este ano, o bloco dos comunicadores, criado pelo jornalista Robhson Abreu, contou com apoios importantes como a Cervejaria Bäcker, Staff de Publicidade, Jornal de Belô, Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), Sindicato Agências Propaganda de Minas Gerais (Sinapro-/MG), Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas 3ª Região (Conrerp/3ª), Pessoa Comunicação e Relacionamento, Link Comunicação Empresarial, Interface Comunicação Empresarial, Partners Comunicação Integrada, Zuppo Morais Projeto Divulga Fácil, Ricardo Cardoso Projeto Paralelo Live, RC Comunicação, Marcelo Botelho Assessoria de Comunicação, Núcleo Educacional de Design e Inteligência (NEDI), VBR Artes Gráficas, Jornal Diário de Contagem Online e do produtor musical Jânio Batista Pereira. O bloco, neste segundo ano, conquistou a adesão de várias empresas de comunicação e de entidades das categorias que
A novidade de 2015: Espaço Kids
Daniele e Valdeci Ferreira
viram na iniciativa uma forma de valorizar os comunicadores - em todas as suas áreas de atuação. “Estamos a cada Carnaval reunindo mais e mais foliões. Quem sabe em 2016 mais comunicadores se juntem ao bloco e venham encher de alegria o nosso cortejo. Os apoios das empresas e entidades foram fundamentais, principalmente da Cervejaria Bäcker que abrilhantou a concentração com seu chope artesanal; do sindicato dos jornalistas e das agências de publicidade; do Conrerp e da Staff de Publicidade, essa que ajudou a organizar toda a folia. O meu muito obrigado a todos vocês e também aos foliões que foram pular com a gente e que estão fazendo o carnaval de rua de BH. Ano que vem tem mais!”, agradeceu Abreu, o criador do bloco. Para 2016, o bloco ganhará uma bateria de percussão que será formada pelos próprios comunicadores e amigos. Todos os instrumentos estão sendo doados pelas assessorias de imprensa. A intenção é chegar a 70 integrantes. Os ensaios terão início a partir de junho. Informações e doações pelo (31) 2127-4651 ou pqn@pqn.com.br.
Gil Sotero
Dinorah Carmo e amiga
Júlia Prazeres, Aloísio Lopes, Débora Rajão, Sueli Cotta e Débora Caram
Cláudia Resende, Cláudio e Júlia
Mônica Miranda e Robhson Abreu
Mônica Miranda, Sirley Oliveira, Aloísio Lopes e Júlia Prazeres
Rangel Fernandes e Robhson Abreu
Luciana Aquino e Angélica Trindade
Guiomar Barbosa e Robhson Abreu
Dirlaine Mayre, Ricardo Campos, Rafaela,Danielle, Robhson e Valdeci
Vladimir Pola Martins
uciasdor S e J uni
Com
Sérgio Gazel e esposa
O ator Will Soares
Cláudia, Erika Pessoa e Danielle
Marcelo Botelho
Rita de Cássia, Bruna e Eneida Meira, Paula Savlin, Janaína e Vítor Meira
E a galera estava animada...
Pausa para a foto
Robhson, Lena Alves e Robson Rodrigues
Geórgio Baçvaroff e Caio Oliveira
A animação da turma
Mário Martins
uciasdor S e J uni
Com
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